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TRABALHO AVALIATIVO REFERENTE A UNIDADE II

Discentes:
Brenda Camilly Chaves Fonseca
Francisca Mikaelly da Costa Cunha
Kallynne Souza Fernandes de Moura

A) Discorra sobre a concepção de fato social na sociologia durkheimiana


evidenciado suas principais características:

Fato Social é o objeto de investigação da sociologia na percepção do


sociólogo Émile Durkheim, ele define este objeto em sua obra “As regras do método
sociológico”. Para Durkheim os fatos sociais devem ser tratados como “coisa”, pois
segundo ele não é somente aquilo que é concreto em forma de matéria, mas também
é o que está exterior aos indivíduos e não é somente matéria, como por exemplo, a
cultura, a religião, o idioma.

A definição dada por Durkheim (2004, p.47) para fatos sociais é: [...]"toda
maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção
exterior; ou então, o que é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo, ao mesmo
tempo, uma existência própria, independente das suas manifestações individuais"[...].
Os fatos sociais são externos aos indivíduos, pois fazem parte de uma consciência
coletiva e já estão estabelecidos antes de seu nascimento. Eles estão expressos em
regras, valores e normas sociais e obrigam os indivíduos a agirem de acordo com os
padrões culturais.

Nessa concepção, nem tudo o que tudo o que o indivíduo faz é considerado
um fato social, pois para ser identificado como tal, mas tem de atender a três
características: Generalidade- os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem
para um único individuo, mas para todo um grupo, ou sociedade. O exemplo que o
autor traz são “regras jurídicas, morais, dogmas religiosos, sistemas financeiros, etc.”
(DURKHIEM, 2004, p.40). A segunda característica é a exterioridade, que quer dizer
que os fatos sociais é externo ao individuo, isso não quer dizer que os indivíduos não
posso interiorizara-los, quando o indivíduo nasce, a sociedade já está organizada,
com suas leis, seus padrões, precisamos aprende-los, através da educação, Para
Durkheim (2004) a educação tem justamente o objetivo de fazer o “ser social”.

Posteriormente vem, a coercitividade que tem características relacionada com


o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem
aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los. Ou seja ,é
quando interiorizamos um fato social e agimos de acordo com o que nos impõem,
quando não percebemos que este fato social está agindo sobre nós. Mas se por acaso
entrarmos em desacordo com o que um fato social diz, então algum tipo de coerção
e/ou resistência do grupo sentiremos.

Durkheim (2004, p.44) afirma que:

[...] um fato social reconhece-se pelo poder de


coerção externa que exerce ou susceptível de
exercer sobre os indivíduos; e a presença desse
poder reconhece-se, por sua vez, pela resistência
que o fato opõe a qualquer iniciativa individual que
tende a violá-lo[...] com o efeito, a coerção é fácil
de verificar quando se traduz exteriormente por
uma reação direta da sociedade, como no caso do
direito, da moral, das crenças, dos usos e até das
modas.

A sociedade é quem modela/condiciona/padroniza padrões, costumes hábitos,


crenças portanto, ela é responsável pelo condicionamento social. Os fatos sociais que
tomamos como base são todos maneira de “fazer”; segundo o autor são de ordem
filosófica, mas há também maneira de “ser” coletivos, quer dizer, fatos sociais de
ordem anatómica (normal) e/ou morfológica (patológico).

B) Disserte sobre a distinção entre fato social normal e fato social patológico;

Entre algumas considerações que devem ser levadas em consideração ao se


pensar acerca de uma explicação e distinção entre o que seria o normal e o
patológico, é importante destacar a associação desses dois termos com a saúde e a
doença. Segundo Durkheim, a saúde é boa e desejável para as sociedades, ao
contrário da doença, a qual é uma coisa má e de se evitar. A saúde seria um estado
onde as possibilidades são máximas, enquanto a doença é aquele estado que faz
com essas possibilidades diminuam, tendo a primeira como consequência um
enfraquecimento do organismo, mas em contrapartida o autor afirma que nem tudo
que vier a possuir esse resultado será de fato um processo doentio ou patológico,
mas sim muitas vezes algo normal.

Para Durkheim o melhor procedimento para determinar a normalidade seria


descobrir o que é mais frequente e típico das sociedades de um determinado tipo ou
em um determinado estágio de evolução, logo, o patológico seria aquilo que se
desviasse de modo significativo dessa média. A partir desse raciocínio o autor pôde
fazer umas de suas indagações mais intrigantes acerca do crime, o qual levando em
conta uma taxa particular de crime e de alguma outra forma de desvio poderia ser
então o crime considerado normal para certos tipos de sociedades. Dessa forma,
somente quando as taxas de desvio excedem ao que é característico de um certo tipo
societal é que se tem a presença de uma “anormalidade”.

Mesmo essas anormalidades da qual falamos ainda podem ter as suas


consequências suplantadas ou compensadas por vantagens que não percebemos,
ainda que ela perturbe o jogo normal das funções, embora para isso seja preciso
entender no que consiste o estado normal e o sinal que nos permite reconhecê-lo.
Assim, o autor chama de normal os fatos que apresentarem as formas mais gerais, e
aos outros chamará de mórbido ou patológico, sendo o estado normal comumente
confundido com o tipo médio a medida que temos este como um resultante da reunião
num todo, numa espécie de individualidade abstrata, das características mais
frequentes na espécie com as suas formas mais frequentes, e desse modo, qualquer
desvio em relação a este padrão da saúde, é fenômeno mórbido.

Segundo Durkheim, um fato não pode ser considerado patológico se não em


relação a uma dada espécie, as condições da saúde e da doença não podem ser
definidas em abstrato e de uma maneira absoluta, pois, cada espécie tem a sua saúde
por que tem um tipo médio que lhe é peculiar, e a saúde das espécies inferiores não
é menos do que a das “espécies superiores”. De maneira análoga, um fato social
também não pode ser considerado normal para uma espécie social a não ser em
relação a uma fase, igualmente determinada do seu desenvolvimento, porém a fim de
saber se ele de fato tem essa designação, é necessário não apenas observar a forma
sob a qual se apresenta na generalidade das sociedades que pertencem a essa
espécie, mas ter a diligência de as considerar na fase correspondente da sua
evolução.
O normal e o anormal variam segundo as raças ao passo que a distinção entre
o fisiológico e o patológico é válida para todo genus homo, assim, o que é mórbido
para o selvagem não o é para um indivíduo civilizado. A normalidade de um fenômeno
então, será explicada pelo simples fato de estar relacionado com as condições de
existência da espécie considerada, seja como um efeito mecanicamente necessário
destas condições, seja como um meio que permite aos organismos se adaptarem a
estas.

Portanto, sem dúvidas para entender a distinção entre o normal e o patológico


na argumentação do autor, é de suma importância considerar a sua colocação acerca
da normalidade do crime, que entretanto pode também chegar a atingir uma certa
anormalidade, mas apenas quando as suas taxas são exageradas, sendo o crime
então mórbido. Porém, no geral o mesmo é tido por ele como normal, uma vez que
afirma que este é inevitável, apesar de não desconsiderar o fato do crime ser
lastimável, é presente em todas as sociedades, apenas mudam de forma em cada
uma delas. Logo, para ele, o crime chega a ser também útil por ser indispensável á
evolução normal e moral do direito.

C) Analise as reflexões formuladas por Durkheim acerca do suicídio como fato


social, apontando os tipos por ele analisados (egoísta, anômico e altruísta) de
forma a explicitar em que condições tais suicídios ocorrem.

Antes de falar do suicídio enquanto um fato social, faz-se necessário um


esclarecimento sobre o que é fato social. Assim, de maneira simplificada, segundo
Durkheim, o fato social consiste em maneiras de agir, de pensar e de sentir que
exercem determinada força sobre os indivíduos, obrigando-os a se adaptar às regras
da sociedade onde os mesmo vivem. Entretanto, nem tudo o que uma pessoa faz
pode ser considerado um fato social, pois, para ser identificado como tal, tem de
atender a três características que o autor destaca, sendo elas: generalidade,
exterioridade e coercitividade.

Durkheim propõe analisar o suicídio como um fato social, não vendo nele
eventos particulares isolados uns dos outros, mas sim um conjunto de suicídios
cometidos numa mesma sociedade. O autor define o suicídio como: todo caso de
morte que resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado
pela própria vítima e que ela sabia que deveria produzir esse resultado. Ademais, o
sociólogo afirma que o suicídio é um ato influenciado pelo social e a cultura, e que
varia na razão inversa do grau de integração do indivíduo nos grupos sociais, nessa
perspectiva, portanto, categoriza-o em três tipos:

Suicídio egoísta: refere-se à vontade pessoal do indivíduo e é resultado de


uma individualização. É ocasionado devido à falta de laços firmes a algum tipo de
grupo social. Sendo relevante ressaltar que pode ser menos ocorrente em sociedades
interacionistas onde há mais vínculos afetivos.

Ex. Uma pessoa que se sente isolada de alguns grupos sociais, como a família;
amigos; comunidade.

Suicídio anômico: refere-se à situação anomia social, ou seja, quando à


sociedade está desprovida de regras. Assim, gerando intensa frustração se a
normalidade anterior não for mantida.

Ex. As crises econômicas, onde há um desajustamento integral das regras


normais da sociedade. Logo, determinados indivíduos ficam em condições inferiores
a que ocupavam anteriormente.

Este suicídio e o egoísta, estão ligados, pois os dois decorrem do fato da


sociedade não está suficientemente presente nos indivíduos, porém a esfera da qual
ela está ausente não é a mesma em ambos os casos, afirma Durkheim.

Suicídio altruísta: refere-se à intensa integração do indivíduo em grupos


sociais, ato em que o indivíduo está tomado pela obediência e força coercitiva do
coletivo, seja ele um grupo social restrito ao qual pertence ou mesmo a sociedade
como um todo.

Ex. kamikazes japoneses, que lutaram na segunda guerra Mundial, ao


lançarem as aeronaves em que pilotavam sobre os inimigos provocando sua própria
morte.

REFERÊNCIAS

RODRIGUES, José Albertino (Org.). Durkheim – sociologia; Tradução de Laura


Natal Rodrigues. 9ª edição. 2°impressão. São Paulo: Editora Ática, 2000.

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