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=NAMPULA=
SISTEMA URINARIO
DISCENTES: DOCENTE:
Américo Luís Fernando Toquia Rachide Muanlimo
Noémia Carlitos
=NAMPULA=
SISTEMA URINARIO
TEMA:
DOENÇAS RENOVASCULARES
EMERGÊNCIAS URINARIAS
6º GRUPO
O presente trabalho é de carácter avaliativo que tem como seu tema, doenças rinovasculares, e
emergências urológicas. Neste mesmo tema, terá de se falar dos seus subtemas em forma de
desenvolvimento, e também terá que se ter em conta, tratando-se de algumas patologias, falar das
suas abordagens introdutórias, etiologias, manifestações clínicas de cada patologia, tratamento e
suas indicações para transferência de cada patologia.
Conquanto, desfrutando em consideração que aqui se trata dum trabalho científico, usar-se-á a
técnica da pesquisa científica que consiste em busca e consulta de alguns manuais físicos e/ou
electrónicos, e também o mesmo trabalho irá obedecer a metodologia das Normas APA recentes
e usadas a partir deste assim como noutros Institutos de formação e de ensino.
Emergência urinária é toda situação urológica que requer um atendimento imediato pelo TMG e
fazem parte as seguintes patologias: Cólica nefrítica; retenção urinária; insuficiência renal aguda;
Sépsis urinária e trauma urológico.
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1. Doenças Rinovasculares
Etiologia
Tabagismo
Hipertensão arterial
Obesidade
Diabetes mellitus
Dislipidémia
Doença vascular periférica
Idade avançada
Sexo masculino
Factores de risco
Idade avançada
Doença coronária extensa
Insuficiência cardíaca congestiva
HTA Sistólica
HDL baixa
Fisiopatologia
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A doença renovascular aterosclerótica pode resultar em nefropatia isquêmica, que é
definida como a redução da taxa de filtração glomerular ou a perda de parênquima renal
causada por uma doença renovascular hemodinamicamente significativa (estenoses que
reduzem o diâmetro do vaso em > 60%).
Quadro clinico
HTA
Retinopatia
Sinais de doenças cardiovasculares como por Ex: taquicardia, dispneia, ortopneia, sopro
cardíaco.
Sopro abdominal
Sinais IRA /IRC com astenia, anorexia, vómitos
Diagnóstico
Deve-se suspeitar da estenose da artéria renal quando surge hipertensão em um indivíduo antes
normotenso de mais de 50 anos de idade ou no indivíduo jovem (<30 anos) que apresenta
manifestações sugestivas, como:
Diagnostico diferencial
É importante que se faça o diagnóstico diferencial da doença vascular renal com outras
patologias que evoluem de forma similar e com um quadro clínico sugestivo desta:
Nefrotoxicidade crónica
Síndrome hemolítica-urémica
Glomerulonefrites
Doenças túbulo-intersticiais
Conduta:
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O tratamento tem por objectivo controlar a pressão arterial e a restaurar a perfusão do rim
isquêmico. A cirurgia ou angioplastia é superior ao tratamento clínico que pouco contribui para
recuperar a massa renal perdida em consequência da lesão isquêmica.
Os i-ECA estão contra-indicados nesses casos pois pioram o fluxo sanguíneo renal.
A conduta apropriada para os casos suspeitos é a transferência para cuidados superiores, devido
complexidade do diagnóstico e tratamento.
Prognostico
A doença renal isquêmica é reconhecida como causa significativa de doença renal em estágio
terminal em pacientes com mais de 50 anos de idade. Mesmo quando a angioplastia ou a cirurgia
não conseguem normalizar a pressão arterial, esses procedimentos geralmente facilitam o
tratamento clínico.
Traumatismo fechado
Lesões por desaceleração
Dissecção da artéria renal
Complicação de uma angioplastia ou colocação de stent (endoprótese vascular
expansível)
Lesões estruturais das artérias renais
Aneurisma da artéria renal
Embolização
A maior parte dos êmbolos tem a sua origem no coração, em pacientes com patologia cardíaca
associada como:
Valvulopatia cardíaca
Endocardite bacteriana
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Endocardite asséptica
Quadro clinico
O quadro clínico depende da extensão e da evolução cronológica do evento oclusivo, bem como
do estado pré-existente da circulação renal.
Diagnostico
Exames laboratoriais
o Hemograma: presença de leucocitose em situações de enfarto.
o Aumento da ureia/creatinina
Exame de urina
o Presença de hematúria microscópica
o Presença de proteinúria
Exame de imagem
o TAC dos vasos renais ou arteriografia.
Conduta
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o Hidratação adequada
o Diminuição da ingestão de sal
o Prática regular de exercício físico
b) Tratamento farmacológico
o Controle da HTA: com base no uso de IECAs.
o Administração de anticoagulantes (medida indicada a nível superior).
Todo o paciente com suspeita de doença tromboembólica da artéria renal deve ser imediatamente
transferido para um nível superior.
A lesão renal resulta de múltiplos microêmbolos que contém colesterol provenientes de placas
ateroscleróticas presentes em artérias de grande calibre, como a aorta. Esses êmbolos provocam
oclusão de pequenos vasos nos rins e em outros órgãos (retina, cérebro, pâncreas, músculos, pele
e extremidades).
Em geral ocorre no indivíduo idoso com doença aterosclerótica e costuma surgir após cirurgia
aórtica ou arteriografia renal ou coronariana.
Quadro clinico
Manifestações renais:
Tratamento
o Controle de TA
o Hidratação
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Indicações de transferência
Etiologia
Desidratação em lactentes
Traumatismo
Carcinoma renal com invasão de veia renal
Gravidez ou terapia com estrogénio (ex: anticoncepcionais aórtico, tumor)
Síndrome nefrótica
Compressão extrínseca (linfonodos, aneurisma aórtica, tumor)
Quadro clinico
Vómitos
Náuseas
Dor no flanco (cólica nefrítica):
Nos lactentes: quadro agudo de perda da função renal, acompanhada de febre
com calafrios, hipersensibilidade local (pelo aumento dos rins), leucocitose e
hematúria.
Nos adultos: deterioração inesperada aguda ou subaguda da função renal e/ou
piora da proteinúria e hematúria dentro de um quadro clínico sugestivo (sd,
nefótica, uso de anticoncepcionais, gravidez, etc).
Diagnostico
Exames laboratoriais
Hemograma: presença de leucócitos
Exame de urina: presença de hematuria
Exame de imagem:
o Radiografia do abdómen: aumento do tamanho renal (achado inespecífico);
o A ultra-sonografia demonstra trombos na veia cava em 50% dos casos;
o Venografia renal selectiva;
o Tomografia computadorizada com contraste.
Tratamento
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Trombólise com uroquinase (é uma enzima proteolítica) depois uso de anti-coagulantes: heparina
(nível superior) com objectivo de prevenir a embolização pulmonar.
Prognostico
2. Emergências urinárias
A emergência urinária é uma situação de atendimento e intervenção imediata. São consideradas
principais condições de emergência urinária as seguintes:
Cólica nefrítica
Retenção urinaria
Insuficiência renal aguda ( edema agudo do pulmão, tamponamento cardíaco,
hipercalcemia)
Sepsis urinário
Trauma urológico ( renal, uréteres, vesical e uretral)
Cólica nefrítica
Caracteriza-se por uma dor aguda, intensa, oscilante proveniente do tracto urinário superior. É
resultado de obstrução aguda do uréter em qualquer de suas porções, desde a junção uretero-
pélvica (JUP) até o meato ureteral.
A obstrução à drenagem ureteral causa imediata elevação da pressão intraluminar da pelve, com
consequente dilatação aguda e dor.
Etiologia
É raramente:
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Compressão extrínseca (neoplasia, vasculares, pos-operatorios)
Trombose da veia renal
Quadro clinico
O sintoma principal é a dor lombar em cólica, intensa, com irradiação antero-inferior, que
pode atingir o hipogástrio e os genitais;
Pode ser acompanhada de sintomas irritativos vesicais como disúria, polaquiúria e
sensação de resíduo pós-miccional;
Náuseas e vómitos associados
Taquicardia, sudorese; palidez cutânea.
Meios Auxiliares
Diagnostico diferencial
Patologia renal:
Pielonefrite aguda
Embolia/enfarte renal
Patologia genital:
Patologia digestiva:
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Apendicite aguda
Oclusão intestinal
Diverticulite ou pancreatite aguda
Patologia vascular:
Patologia neurológica
Lombo-ciatalgia
Nevralgia lombar
Conduta terapêutica
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Ocorrência de sangramento grave.
Quadro clinico
Conduta terapêutica
Algaliação ou
Punção suprapúbica
Complicações
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Edema Agudo Pulmão
Hipercalemia
Tamponamento cardíaco, Pericardite, Arritmia cardíaca
Hemorragia gastrointestinal
Quadro clinico
O paciente com insuficiência renal aguda pode apresentar sintomatologia de qualquer uma das
complicações listadas acima, ou de todas em simultâneo, como por exemplo:
Ansiedade
Tosse com expectoração espumosa rosada (devido a presença de sangue)
Dispneia significativa
Fervores bolhosos bilaterais, roncos e/ou sibilos
Ortopneia
Sintomas urinários como oligúria (uma diurese inferior a 400 ml/dia em adultos) ou
anúria (uma diurese inferior a 100 ml/dia)
Palidez, sudorese, taquipneia
Pulso rápido, taquicardia e/ou arritmias cardíaca
Hipotensão
Pulso jugular aumentado
Edema palpebral e/ou generalizado
Conduta terapêutica
Oxigénio – 5 l/min
Morfina 2.5mg EV + Metoclorpramida 10mg EV
Furosemida 120-250mg EV
Na Hipercalemia
Restrição de K+ na dieta
Gluconato de Cálcio a 10% (10 ml) EV em 5 min, se há alterações electrocardiográficas
Bicarbonato de sódio (em geral, 50 a 100 mmol), se acidose metabólica grave
Glicose 50% (50 ml) + Insulina rápida 10UI EV.
No tamponamento cardíaco
Traumatismos renais
O traumatismo renal é o mais comum no aparelho urinário associado a fractura das últimas
costelas. 85% dos casos no traumatismo fechado:
Traumatismos renais leves: são os mais frequentes. Afectam o parênquima renal ou a via
excretora intra-renal mas sem afectar a integridade da cápsula renal. Dividem-se em: contusão;
fissura; hematoma subcapsular e hematoma parenquimatoso.
Traumatismos de gravidade média: são aqueles que acometem a cápsula renal. Dividem-se
em: ruptura parenquimatosa incompleta e ruptura renal completa.
Quadro clinico
Tratamento
Tratamento conservador
Repouso no leito
Hidratação
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Antibioterapia
Suporte transfusional caso seja necessário
Tratamento cirúrgico
Traumatismo uretrais
Os traumatismos ureterais são menos frequentes que os renais, contudo as lesões iatrogénicas são
muito mais frequentes. Ocorre mais nas mulheres devido as cirurgias ginecológicas.
Etiologia
Quadro clinico
Tratamento é cirúrgico
Traumatismo vesicais
Os traumatismos vesicais produzem-se geralmente em doentes politraumatizados. A bexiga é
protegida pelos ossos pélvicos que, por vezes, são responsáveis por lesões perfurantes devido a
sua fractura.
Etiologia
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Feridas abertas: produzidas geralmente por arma branca ou de fogo.
Contusões: caracterizam-se pelo aparecimento de uma equimose, hematoma submucoso
ou deslocamento da mucosa.
Perfuração vesical: produz-se por manobras endoscópicas ou por perfuração por
espículas ósseas desprendidas do foco de fractura.
Quadro clinico
Dor hipogástrica
Irritação peritoneal: se a ruptura é intraperitoneal
Hematúria macroscópica
Tratamento
Traumatismo uretrais
Os traumatismos uretrais consideram-se quase exclusivamente do sexo masculino, dada a curta
extensão e a mobilidade da uretra feminina é normal ficar intacta nos grandes traumatismos.
Etiologia
Quadro clinico
A uretra posterior divide-se em prostática e membranosa, estendendo-se desde o colo vesical até
ao bulbo.
Etiologia
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A ruptura da uretra membranosa relaciona-se intimamente com as fracturas ósseas pélvicas,
sendo o mecanismo de ruptura por efeito de guilhotina.
Quadro clinico
Tratamento
O tratamento com uso de algália é contra-indicado. O TMG deve referir estes doentes ao nível
superior.
Sépsis Urinário
Definida como a presença de microorganismos patogénicos ou das suas toxinas na corrente
sanguínea e tecidos provenientes do sistema urinário.
Na maior parte das vezes tem como etiologia as infecções do tracto urinário superior, como por
ex: a pielonefrite, que é uma infecção de maior gravidade e pode evoluir com formação de
abcesso e Sépsis grave.
Quadro clinico
Febre
Taquicardia
Hipotensão
Desidratação
Agitação
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Hemácias
Cristais (se a infecção está relacionada a litíase urinária)
Conduta terapêutica
Nb: O TMG deve transferir todo o paciente que se apresente com um quadro clínico suspeito de
uma condição considerada de urgência urinária.
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Conclusão
A abordagem sindrómica destas patologias referentes a este tema de, doenças rinovasculares,
emergências urológicas e traumas renais, dizem respeito a todos os itens que englobam este
trabalho; daí, a razão de se trazer aqui de forma minuciosa aqui que é a ilustração do mesmo
tema, em que como se pode saber a cólica nefrítica é causada na sua maioria (cerca de 90% dos
casos) por litíase ureteral e o TMG deve ter sempre em conta este facto ao fazer avaliação do
paciente com cólica renal. Na insuficiência renal aguda, as principais condições clínicas que
constituem emergência urinária são a hipercalémia, edema agudo do pulmão e tamponamento
cardíaco.
Doutro lado, a doença renovascular aterosclerótica é a doença mais comum das artérias renais,
resultando em hipertensão arterial sistémica e Nefropatia isquêmica. Nesse contexto constituem
factores de risco para a doença renovascular o tabagismo, a hipertensão arterial, a obesidade, o
diabetes mellitus, a Dislipidémia, a doença vascular periférica e a idade. As manifestações
clínicas estão geralmente associadas a insuficiência renal e hipertensão arterial sistémica.
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Bibliografia
Ministério da Saúde. Manual de Formação para Técnicos de Medicina Geral – sistema urinário,
2013. Maputo, Moçambique. Copyright editora. Pág.: 269-288
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