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1.

MORFOESTRUTURAS E MORFOESCULTURAS

Os termos morfoestruturas e morfoesculturas foram propostos pelo geógrafo russo I. P.


GUERASIMOV para designar unidades de relevo que estão subordinadas, respectivamente, à
estrutura geológica e aos processos erosivos.

As morfoestruturas são compartimentos de relevo continentais ou submarinos determinados


por processos tectônicos, vulcânicos ou pelas interferências litológicas.

As morfoesculturas variam de acordo com o tipo e a intensidade dos processos de erosão.


Pode-se dizer que a cada zona morfoclimática corresponde um conjunto característico de
morfoesculturas. Exemplificam-nas as formas fluviais, flúvio-glaciais, eólicas, marinhas etc.

1.1 - Exemplos de morfoestruturas

Cadeia montanhosa submarina — corresponde a elevações encontradas sobre o fundo dos


oceanos originadas por processos de origem vulcânica ou tectônica. É uma área sismicamente
ativa.

Chapada — é uma superfície tabular estrutural, em geral limitada por rebordos localmente
festonados, disposta horizontalmente. A chapada desenvolve-se em estrutura concordante e
horizontal de bacias sedimentares.

Cuesta —o termo cuesta foi utilizado pela primeira vez por Williams Moris Davis para
definir um relevo dissimétrico, formado de um lado por uma vertente íngreme e de um outro
por um planalto que se inclina suavemente em sentido inverso. A cuesta é um relevo derivado
da estrutura concordante e inclinada de uma bacia sedimentar. Para que se desenvolva um
relevo cuestiforme são necessárias algumas condições já apontadas por TRICART (1949):

• alternância de camadas de dureza diferente;

• existência de camadas rochosas inclinadas (estrutura monoclinal), em princípio


concordantes;

• ataque da região pela erosão.

Escarpa de falha - trata-se, como foi dito anteriormente, de uma vertente abrupta, de altura
variável, que se desenvolve diretamente no plano da falha. As escarpas de falha primitivas
são frequentemente observadas em áreas neotectônicas.
Montanhas de dobramento - são diversos tipos de montanhas que se originaram por
tectonismo plástico. Depois de ter ocorrido o dobramento, as camadas enrugadas são
soerguidas a milhares de metros de altura, sendo sulcadas por rios ou geleiras de altitude
(AB'SÁBER, 1975). As montanhas de dobramento são, às vezes, denominadas de sistemas
montanhosos ou cinturões montanhosos, como por exemplo os Alpes, os Andes etc.

Rift - segundo HUBP (1989), é uma estrutura tectônica falhada da crosta terrestre, com
extensão linear de milhares de quilômetros. São áreas de atividades sísmicas e vulcânicas.
Existem rifts continentais (Lago Bacia, lagos da África Oriental) e rifts oceânicos (ao longo
das dorsais submarinas).

Trincheira - é uma morfoestrutura tectônica formada na área de subdução de uma placa


litosférica. Trata-se de uma região de elevada atividade sísmica, situada no assoalho
submarino.

1.2 Exemplos de morfoesculturas

1.2.1. Morfoesculturas desenvolvidas por processos de pedimentação

Essa categoria de morfoesculturas engloba os compartimentos de relevo frequentemente


encontrados em áreas secas atuais ou que, no passado, possuíram climas áridos ou semiáridos
(paleoclimas). Esses compartimentos são: os pedimentos, os glacis, os pediplanos e os
inselbergues.

Pedimentos/glacis - são expressões geomorfológicas usadas por diversos autores, com


significados variados, o que gera uma certa controvérsia. Para os geomorfólogos franceses, o
termo pedimento significa superfície de aplainamento sobre rochas duras (cristalinas e
cristalofilianas), enquanto "glacis" designa uma superfície de erosão elaborada em rochas
tenras.

Os pedimentos e os "glacis" apresentam um perfil côncavo, nas partes superior e média da


vertente, suavemente inclinado em direção ao talvegue mais próximo. Os pedimentos
formam, em alguns casos, um ângulo bem nítido com a zona montanhosa chamado "knick".

A existência dessa ruptura de declive é atribuída a diversos fatores, tais como: problemas
litológicos, maior intemperismo na base da elevação e aumento da força erosiva. O contato
do pedimento com a superfície montanhosa também pode ocorrer através de uma linha
sinuosa com numerosas reentrâncias no sopé da montanha.
Pediplanos

O pediplano é uma superfície inclinada formada pela junção de pedimentos. Possui uma
topografia com inclinação menor que a do pedimento, com uma declividade quase nula em
todas as direções.

No início, os vales se alargam rapidamente devido ao escoamento superficial. Em seguida,


ocorre a individualização dos relevos residuais, resultando no desenvolvimento do pediplano.
Em ambientes secos, é comum encontrar múltiplos pediplanos escalonados na paisagem, mas
é importante analisar cuidadosamente essa escalonamento, pois nem sempre indica a
existência de vários ciclos de pediplanação.

A atuação de fatores tectônicos às vezes pode justificar a presença de diferentes níveis de


topografias aplanadas. Por exemplo, um pediplano pode ter sido afetado por uma falha, dando
a impressão de duas superfícies pediplanadas.

Inselbergues

Os inselbergues são formas de relevo isoladas encontradas em pediplanos. Existem dois


tipos principais: inselbergues de resistência e inselbergues residuais.

Os de resistência são formados por rochas compactas e resistentes, enquanto os residuais são
restos de uma antiga superfície de erosão e funcionam como divisores d'água. Os
inselbergues podem apresentar diversas formas, como cúpulas em rochas graníticas, com a
presença de diáclases recurvadas.

1.2.2. Morfoesculturas desenvolvidas por processos de dissecação

Colinas

Colinas são formas côncavo-convexas elaboradas por escoamento superficial encontrado e


movimento de massa lento do tipo “creep".

No primeiro estágio, existem interflúvios (áreas mais elevadas entre vales) que foram
formados por uma antiga superfície de erosão. Esses interflúvios apresentam refinamentos no
topo que indicam a direção de uma drenagem durante um período úmido, com predominância
da erosão linear. Em seguida, ocorre a fase de transição para o segundo estágio, onde se
formam as "grotas", que são depressões de bordas verticais limitadas por escarpas curvas.
Essas grotas concentram as precipitações e direcionam o fluxo de água para um sulco
terminal que se aprofunda na base da encosta. As grotas evoluem para o terceiro estágio,
chamado de "fase de colo", onde aparecem colinas pouco proeminentes em uma topografia
ainda pouco movimentada. Cada interflúvio possui duas vertentes e, nesse estágio, as pré-
colinas ainda dividem as águas das chuvas em dois sentidos, alimentando cursos de água com
níveis de base locais desiguais. Se o colo entre as colinas é erodido, ocorre uma captura
fluvial, em que um dos cursos de água é capturado pela cabeceira do outro curso que está em
uma posição mais baixa. Isso resulta na formação de um vale onde antes havia um colo. À
medida que a captura se completa, as colinas se destacam entre si e se distanciam à medida
que os vales se ampliam.

Cristas

Os cristas podem ser resultantes da dissecação fluvial em maciços residuais, através do


aprofundamento de vales, em geral adaptados a redes de fraturas, ou uma consequência direta
da estrutura. Em áreas apalacianas, as cristas são exemplos nítidos de influências estruturais
(camada rochosa mais resistente).

1.2.3. Morfoesculturas desenvolvidas por processos de acumulação

Planícies

A planície é uma área plana delimitada por aclives onde os processos de deposição superam
os de erosão. Existem diferentes tipos de planícies, como as fluviais, flúvio-marinhas,
marinhas, eólicas, lacustres e glaciais. Na planície fluvial, os sedimentos depositados pelos
rios podem ser categorizados em depósitos de bacia de inundação, depósitos de bancos e
depósitos de canais. Os depósitos de bacia de inundação são detritos deixados na planície
durante enchentes e são compostos por silte e argila. Os depósitos de bancos se formam fora
do canal fluvial e incluem diques naturais e seus rompimentos. Os depósitos de canais são
sedimentos mais grosseiros, como seixos e areias, formados dentro dos canais fluviais.

Planícies flúvio-marinhas

As planícies flúvio-marinhas são áreas complexas com depósitos sedimentares fluviais e


marinhos recentes. Elas podem apresentar terrenos periodicamente inundados, lagoas de
barragem fluvial, padrão de drenagem meandrante, cordões arenosos, vegetação de mangue e
terraços fluviais. Um exemplo conhecido desse tipo de planície é a planície do Recife,
localizada no estado de Pernambuco.

planícies marinhas
As planícies marinhas são áreas planas que se formam devido à acumulação de sedimentos
marinhos. Elas podem apresentar características de planícies alagáveis em alguns casos.
Essas planícies são geralmente acompanhadas por terraços marinhos, restingas e cristas
praiais. Os terraços marinhos são porções planas e ligeiramente inclinadas em direção ao mar,
representando uma quebra na inclinação da planície marinha. A ocorrência desses terraços é
justificada pelas variações no nível do mar e por fenômenos neotectônicos. As restingas são
formas de relevo elaboradas em áreas arenosas costeiras, formadas pela deposição de
sedimentos através da ação de correntes ou ondas em estuários. As cristas praiais são
acumulações alongadas paralelas às antigas linhas de praia, formadas pela ação de ondas de
tempestade ou correntes marinhas secundárias.

planícies eólicas

As planícies eólicas são formadas pelo acúmulo de areias transportadas pelo vento. Nesse
tipo de planície, encontramos as dunas, que são montes de areia criados pela ação do vento
em áreas secas, costeiras, arenosas e fluviais. As características das dunas variam de acordo
com a direção e a intensidade dos ventos, a disponibilidade de areia e os fatores que as fixam.
Existem diferentes tipos de dunas, como as barcanas, que se assemelham a meias luas vistas
de cima, com as pontas apontando na direção do vento; as dunas parabólicas, que geralmente
se formam ao abrigo de depressões de deflação e têm uma forma parecida com uma parábola;
e as dunas "seif" ou longitudinais, que se originam da ação de ventos de direções opostas e
dependem da diferença de comportamento entre ventos fracos e regulares e ventos fortes e
ocasionais.

Planícies lacustres

As planícies lacustres são formadas em áreas onde lagos foram recentemente preenchidos por
sedimentos depositados por seus afluentes, resultando em uma redução do volume de água e
tornando a bacia lacustre menos profunda. A extinção de um lago ocorre mais rapidamente
quando sua profundidade média é menor.

Planícies glaciais

As planícies glaciais são originadas por depósitos transportados pelo gelo, como lama, areia e
seixos. Elas apresentam colinas alongadas, depressões pantanosas e grandes acumulações
arenosas. Nas regiões do noroeste da Europa e norte da América do Norte, existem amplas
planícies glaciais que exibem características morfológicas resultantes da deposição glacial,
bem como da ação dos rios glaciais.

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