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Escola Secundária de Montepuez

Unidade Temática I: Sistemática dos seres vivos


Disciplina: Biologia
Classe: 11a Classe
Prof: Januário Benigno Casimiro BOMBENI (AKA Bombenigno)
Trimestre: 1
Turma: ________________________________________________
Ano: 2022

Aula 1/2
Tema: Sistemas de classificação dos seres vivos
 Breve historial da sistemática e sua evolução (Lineu, Haeckel, Copeland e Whittaker)
Na Natureza, o número de espécies conhecidas é extremamente elevado. Para distinguir os variadíssimos
organismos que se desenvolvem na biosfera, em todos os tipos de ambiente desde antiguidade, os cientistas
sentiram a necessidade de estabelecer uma certa ordem na Natureza, isto é, de os classificar. Desenvolveram
por isso sistemas de identificação e classificação dos organismos de acordo com determinadas normas.

Sistemática é o ramo da biologia que se ocupa na classificação dos seres vivos baseada na semelhança entre as
espécies, indicando o seu grau de parentesco (origens evolutivas).
Na classificação importa saber que as primeiras classificações baseavam-se fundamentalmente, em dados
obtidos a partir da observação dos organismos e muitas vezes, no interesse dos mesmos para o Homem. Eram
classificações práticas/populares. Exemplos de classificações práticas:
 Úteis / nocivos
 Venenosos / não venenosos
 Comestíveis / não comestíveis.
Nas diferentes formas de classificação ao longo do desenvolvimento da Sistemática, o primeiro Cientista a
elaborar um sistema de classificação dos seres vivos foi Aristóteles e usou como critério característico
estrutural dos seres vivos. Os seres vivos foram por ele classificados em dois reinos: Animais e Plantas. Este
tipo de classificação chama-se classificação racional

O segundo Cientista, Theophrastus elaborou o sistema de classificação das plantas na base do seu porte:
Árvores, Arbustos e Ervas.
Este Cientista classificou ainda os animais com base no meio em que viviam: Aéreo, Aquáticos e Terrestres.
Tratava-se de classificações artificiais pelo facto de terem como base um número reduzido de características.
Estas características eram insuficientes e arbitrárias, pois reuniam no mesmo grupo seres com características
muito diferentes.

O terceiro Cientista, Carl Von Linné mais conhecido por Lineu (sec XVIII) apresentou um sistema de
classificação baseado em semelhanças morfológicas e fisiológicas dos organismos. Lineu baseou os seus
sistemas de classificação de plantas e animais. A este sistema chamou-se sistema de classificação natural
porque as plantas e animais eram classificados dentro de cada reino, em agrupamentos taxonómicos de várias
categorias hierárquicas.
Apesar de Lineu ter apresentado um sistema de classificação mais evoluído que os anteriores, este não admitia a
evolução dos seres vivos afirmando que o número de espécies é fixo e imutável. Por esta razão se considerou um
fixista.

O quarto Cientista no sistema de classificação foi o Haeckel. Com o desenvolvimento da microscopia e da


bioquímica (Sec XIX) sugiram problemas na classificação dos organismos devido à observância da
complexidade estrutural de alguns seres vivo. Assim, Haeckel propôs um sistema de classificação de três
reinos: Reino das plantas, Reino animal e Reino Protista

O quinto Cientista é o Copeland. Este mais tarde verificou que os organismos incluídos no reino protista,
embora todos unicelulares apresentavam organização celular muito diferente. Uns com membrana nuclear e
outros sem ela. Nesta base propôs um sistema de classificação de quatro reinos: Reino das Plantas, Reino
Animal, Reino Protista e Reino Monera
O sexto Cientista é o Whittaker. Este desenvolveu um sistema de classificação em cinco reinos que se baseia
em dois critérios fundamentais:

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)


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 Organização celular – células procariotas ou eucarióticas


 Tipo de nutrição – autotrófica e heterotróficas
Assim ele considerou os seguintes reinos na Natureza: Reino Monera, Reino Protista, Reino dos Fungos,
Reino das Plantas e Reino Animal.

NB: As classificações Artificiais assim como Naturais designam – se classificações Horizontais porque são
estáticas com ideias fixístas que privilegiam apenas as características estruturais e não tem em consideração o
factor tempo. Em termos evolutivos, as espécies foram diversificando ao longo do tempo e as classificações
devem reflectir as relações filogenéticas/evolutivas entre os organismos; surgem classificações evolutivas ou
filogenéticas que tem como base, procurar agrupar os seres vivos de acordo com o grau parentesco entre eles.
Este tipo de classificação, tem em consideração o factor tempo por isso, designam – se Verticais porque as
semelhanças identificadas entre os organismos são interpretadas como consequências da existência de um
ancestral comum a partir do qual os grupos divergiram ao longo do tempo.

Aula 3
Tema: Taxonomia e nomenclatura (Conceitos)
A sistemática biológica compreende duas tarefas: taxonomia e nomenclatura.
Taxonomia – Consiste na formação de grupos de seres vivos de acordo com as semelhanças existentes entre
eles. Taxonomia, (do Grego, Taissen, classificar, e Nomen- administrar, lei ou ciência), sendo assim, taxonomia
é um ramo da biologia que se ocupa da classificação dos seres vivos e da nomenclatura dos grupos formados. É
a taxonomia que cabe um sistema uniforme, que dita melhor forma possível o grau de semelhança entre os seres
vivos.
Nomenclatura – Consiste na designação segundo determinada regra estabelecida e acordada internacionalmente
de cada um dos grupos taxonómicos. Assim, Nomenclatura, é o ramo da biologia que se ocupa em dar um
conjunto de nomes e que regula a atribuição de nomes científicos à espécies dos seres vivos.
TPC: Diferencie taxonomia da Nomenclatura

Aula 4-5
Tema: Categorias básicas ou grupos taxonómicos (reino à espécie)
Os grupos hierárquicos estabelecidos por Lineu no seu sistema de classificação ainda hoje são usados. Sendo
assim ele é considerado o pai da taxonomia. A categoria mais restrita ou menor é a espécie - grupo natural – e a
mais vasta é o reino. Nas classificações actuais consideram-se sete categorias principais: espécies, géneros,
famílias, ordens, classes, filos/divisão e reinos.
Espécies semelhantes agrupam-se em categorias taxonómicas maiores e formam os géneros. Géneros
semelhantes formam as famílias. Famílias semelhantes formam as ordens. Ordens semelhantes agrupam-se em
classes. Classes semelhantes formam filos/Divisões. Filos semelhantes constituem/formam os reinos. Além
destes grupos principais, os taxonomistas admitem se houver necessidade, outros grupos adicionais. Por
exemplo: o filo pode dividir-se em subfilos, a classe em subclasse e assim em diante até as subespécies.
Também se admitem por vezes casos de super grupos como por exemplo super famílias e super ordens. O
Homem, por exemplo, é classificado do seguinte modo:
Reino – Animal/Animalia
Filo – Cordados/Chordata
Subfilo – Vertebrados/Vertebrata
Classe – Mamíferos/Mammalia
Ordem – Primatas/Primata
Família – Hominídeos/Hominidae
Género – Homem/Homo
Espécie – Homo sapiens (Homem sábio)
A espécie é a unidade fundamental/ categoria taxonómica básica do sistema de classificação pelo facto
deste grupo taxonómico existir na natureza independentemente da interpretação do Homem. Todas as restantes
categorias taxonómicas são formadas pelo Homem.

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)


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Conceito de espécie/Tipo
1- Espécie - é o conjunto de seres semelhantes, capazes de cruzarem-se entre si em condições naturais,
originando ou deixando descendentes/filhos férteis.
2- Espécie - É um conjunto de seres ou uma população activa que têm em comum muitas semelhanças
(anatómicas, fisiológicas e de comportamento), podendo em condições naturais cruzar-se entre si e
originar ou deixar descendentes/filhos férteis.
NB: A categoria taxonómica é também designada por Taxon (plural taxa).

Aula 6-7
Tema: Regras da nomenclatura
Em ciência como a biologia, dar nome vulgar de um certo ser vivo dificulta a comunicação, pois ele é muitas
das vezes variável de região para outra, dai que houve a necessidade de uniformizar. A regra uniforme para
organização dos grupos taxonómicos, foi um processo lento e difícil. Desde Lineu foram organizados diferentes
códigos até chegar a um código Internacional, em que os seres vivos são subdivididos em categorias
progressivas de menor amplitude ao maior.
Lineu, além de ter apresentado sistemas de classificação para as plantas e animais inovou as regras de
nomenclatura onde apresenta um critério de nomenclatura que, por ser mais simples, foi imediatamente
adoptado e ainda hoje é usado de entre elas vamos referir com maior ênfase a nomenclatura da espécie. As tais
regras:
 A designação das taxas ou das categorias taxonómicas é feita em língua latina, pois o latim é uma língua
morta, ou seja não sofre modificações, é uma língua morta;
 Cada espécie é designada por dois termos ou nomes – nomenclatura binominal, ou seja, aceita dois
nomes. O primeiro termo identifica o género a que a espécie pertence e é sempre escrito com inicial
maiúscula. O segundo termo é aplicado a essa espécie – restritivo específico - e é sempre escrito em
letra minúscula. Ex: Canis vulgaris (designação científica do cão), e se o nome da espécie é escrita
normalmente ou à mão recomenda-se sublinhar o nome (Canis vulgaris).
 Para distinguir duas espécies em alguns casos acrescenta-se ao nome da espécie um terceiro termo
também em latino ou latinizado – restritivo sub específico - a designação da sub espécie é portanto
trinominal. Exemplo: Homo sapiens sapiens. (1. termo genérico) (2. restritivo específico) (3. restritivo
sub específico);
 Todas as categorias taxonómicas superiores à espécie são designadas ou escritos por um único termo
e com inicial maiúscula – designação uninominal assim, por exemplo a classificação da rã será: Em
latim ou português; Filo – Chordata ou Cordados e Família – Ranidae ou Ranídeos assim por diante.
 O nome da família nos animais obtém-se acrescentando a terminação – Idae (lê-se idé) à raiz do nome
do género. Nas plantas, a terminação – aceae/eae (lê-se acé/é). Ex: para o Homem – Género: Homo,
para a Família fica Hominidae. Plantas: bambu: fabaceae, milho: gramineae.
 Por fim, a frente da designação específica deve-se escrever o nome ou abreviatura do taxonomista que,
pela primeira vez, a partir de 1758, atribuiu aquele nome científico a espécie considerada. Ex: Canis
lupus Lin.

NB: Nem todas vezes a denominação da família dependem da raiz do género mas sim, da autoria do
taxonomista de acordo com as suas observações e conclusões.
TPC: Em que consiste a nomenclatura binominal de Lineu?

Aula 8
Tema: Reino Monera- seres procariotas: Características gerais
O reino monera (do grego moneres= único, solitário) engloba seres procarióticos unicelulares e falta-lhes um
núcleo organizado, com membrana nuclear.
 Não possuem cromossomas complexos, retículo endoplasmático, mitocôndrias, cloroplastos ou outro
tipo de plastos.
 Quase todos possuem parede celular rígida constituída por unidades polissacarídeas com aminoácidos
incorporados.

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)


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 Encontram-se em qualquer tipo de habitat.


 A sua célula tem uma organização simples dai que indica a sua primitividade e acredita-se foram os
ancestrais de todos seres vivos actualmente existentes
 Geralmente reproduzem-se assexuadamente.
Os seres vivos do Reino Monera estão agrupados em dois filos:
1- Filo Schizophyta – esquizófitas ou bactérias / arqueobactérias
2- Filo Cyanophyta – cianófitas ou algas azuis / eubactérias

Aula 9
Unidade Temática II: Estudo e Classificação dos seres vivos do Reino Monera ao Reino Plantae
Subtema: Filos do Reino Monera
Tema: Filo Schizophyta: características gerais (estrutura, forma e nutrição)
Habitat: são encontradas em todos ambientes e vivem em associação harmónica e desarmónica com outros
seres vivos.

Estrutura: quanto a estrutura, da célula bacteriana fazem parte o citoplasma envolvido pela membrana
citoplasmática, o material nuclear e a parede celular.

Forma: quanto a forma as bactérias podem ser esféricas – cocos, em forma de bastonete – bacilos, espiraladas –
espirilos – ou ainda em forma de vírgula – vibriões.
Nutrição: As bactérias apresentam todos os tipos de nutrição – heterotrófica e/ou autotrófica – sendo então a
maioria heterotrófica.
As bactérias autotróficas podem utilizar como fonte de energia do sol, os fotossintetizantes, ou podem utilizar a
energia resultante da oxidação de compostos orgânicos – são quimiossintetizantes.
TPC: 1. Classifique as bactérias de acordo com a sua forma; 2. Indique o tipo de nutrição mais frequente nas
bactérias.

Aula 10
Tema: Reprodução das bactérias (bipartição e conjugação)

A reprodução é não assexuada ou seja assexuada e ocorre por divisão binária/bipartição/cissiparidade. Nesse
processo a célula duplica-se o seu cromossoma e divide-se ao meio, originando duas novas bactérias idênticas a
original.

O processo de reprodução mais frequente nas bactérias é a bipartição. No entanto, ocorre nas bactérias um
processo de reprodução chamado conjugação do qual resulta da transferência de informações genéticas (ADN)
de umas bactérias para outras.

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)


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Aula 11
Tema: Importância das bactérias

a) Importância ecológica
Algumas bactérias desempenham um papel ecológico importante como as que juntamente com os fungos
participam na decomposição e reciclagem dos produtos orgânicos do solo, facilitando a manutenção da vida na
terra. Outras bactérias ainda, são muito importantes porque intervêm no ciclo do Azoto. A sua participação
nesse ciclo é fundamental pois disponibiliza o Azoto atmosférico para as plantas que seriam incapazes de o fixar
directamente do ar.
b) Importância Alimentar: Algumas bactérias são usadas na indústria alimentar para a produção vinagre e de
produtos lácteos, resultantes do processamento do leite, como o queijo, iogurtes, manteiga, etc, no contexto da
engenharia genética.
c) Importância Farmacológica: Algumas bactérias são usadas na indústria farmacológica para a síntese de
antibióticos.
d) Importância Medicinal: Algumas bactérias vivem em simbiose com outros organismos. No intestino do
Homem por exemplo vivem variadíssimas bactérias em simbiose. Parte do fornecimento da vitamina K
necessária à coagulação do sangue deve-se a algumas dessas bactérias.

Aula 12
Tema: Doenças causadas por bactérias, sintomatologia e medida de prevenção
Além da importância, existem bactérias que são capazes de causar doenças a outros seres vivos, incluindo o
Homem como, por exemplo: cólera, tuberculose, tétano e difteria, etc.

Doença Agente Sintomatologia Transmissão Medidas de prevenção


Cólera Vibrio cholerae (vibriao colerico) Diarreia intensa, Contaminação fecal de Saneamento básico,
vómitos, febre, dor água por alimentos higiene pessoal,
abdominal. isolamento do doente,
cuidados na preparação
do alimento.
Tuberculose Mycobacterium tuberculosis Febre, tosse, Inalação do ar Evitar contacto com o
(Bacilo de Koch) emagrecimento, contaminado doente; tratamento do
expectoração de sangue. doente; vacinação;
alimentação e moradia
adequada.
Difteria Corynebacterium diphteriae Tosse, febre, Gotículas de saliva Evitar contacto com o
dificuldades de eliminada por tosse, doente; tratamento do
respiração espirro, fala. doente; vacinação;
alimentação.
Tétano Clostridium tetani Distúrbios respiratórios, Contaminação de Cuidados com os
espasmos musculares ferimentos durante a ferimentos; vacina
corte umbilical e entre contra tétano.
outros ferimentos.
Vocabulário: Espasmos- convulsão; expectoração – cuspir/expelir do peito; cevical – pescoço/nuca.
Exercício: Mencione pelo menos 10 doenças provocadas por bactérias

Aula 13
Tema: Filo Cyanophyta (algas azuis): características e sua importância
A denominação Cyanophyta é antiga, nos nossos dias utiliza-se o nome Cyanobacteria, pois antigamente eram
inclusos no grupo das algas, porem na classificação moderna são inclusos nas bactérias, apesar de terem
pigmentos e processos de fotossíntese semelhantes com o das algas e plantas.
 A cyanobacterias tem uma organização procarionte;
 As suas células são em média maiores que os demais procariontes;
 Vivem isolados ou em colónias;
 A reprodução é assexuada;
 Não possuem flagelos;
 São autotróficos.

Importância das Cyanobacterias


Algumas cyanobacterias (do género Nostoc) são capazes de extrair o nitrogénio na atmosfera/ no ar (chamadas
de bactérias fixadoras de nitrogénio) que passa a fazer parte orgânica das suas células (incorporando em
aminoácidos ou outros compostos orgânicos), e ao morrer, essas bactérias fixadoras libertam o N2 (nitrogénio)

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)


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em forma de NH3 (amoníaco). A amónia é aproveitada por algumas plantas (feijoeiro, amendoim, soja,
ervilheira e entre outros legumes) e por outras bactérias do solo, para a sua nutrição e manutenção da
fertilidade dos solos. No meio aquático servem de alimento para outros seres, para alem de serem responsáveis
na oxigenação do meio ambiente.

Aula 14-15
Tema: Vírus- origem, características e reprodução (Ciclo lítico e Lisogénico)
Origem dos Vírus
A origem dos Vírus não é ainda conhecida, existindo várias hipóteses.
Uma delas sustenta que sejam fragmentos de ácido nucleico e proteína que se desligaram duma célula primitiva,
adquirindo independência por qualquer factor incontrolável.
Outra hipótese sustenta que são formas que degeneraram de microorganismos mais avançados devido à fácil
disponibilidade de nutrientes dentro da célula hospedeira, tornando-se não só parasitas mas perdendo também a
capacidade de viver fora de uma célula viva.
Uma terceira hipótese supõe que os vírus descendem directamente dos proto-vírus ancestrais, partículas
primitivas constituídas por ácido nucleico e proteína; isto é, os vírus foram sempre vírus.

Características
 São invisíveis a olho nu, só é possível ao microscópio electrónico
 São constituídos por ácidos nucleicos (ADN e ARN) e proteínas;
 Cada espécie viral possui um único tipo de ácido nucleico, há por tanto vírus de ADN (adenovirus) e
vírus de ARN (retrovirus);
 As proteínas formam capsideo (envoltório do virus);
 O capsideo protege o ácido nucleico viral e tem a capacidade de se combinar quimicamente com
substâncias presentes na superfície das células, permitindo ao vírus reconhecer e atacar o tipo de células
adequadas a hospeda-lo;
 São acelulares/não possuem estrutura celular;
 São parasitas intracelulares obrigatórios (invadem uma célula e assumem o comando);
 Fora da célula hospedeira, o vírus não se manifesta ou seja, não cresce, não reage a estímulos e nem
fabrica substâncias.

Reprodução dos vírus (Ciclo lítico e Lisogénico)


Se houver células hospedeiras compatíveis à disposição do vírus, um único vírus é capaz de originar em cerca de
20 à 30 minutos, centenas de milhares de novos vírus. A reprodução de um vírus envolve dois aspectos:
duplicação do material genético viral e síntese de proteínas no capsideo. O vírus subverte o funcionamento
da célula hospedeira e se reproduz a custo dela, ou seja, inibem o funcionamento do material genético da
célula infectada e passa a comandar a síntese de proteínas.
A partícula viral, quando esta fora da célula hospedeira. É genericamente chamada de virion. Quanto ao seu
ciclo, um vírus pode apresentar dois ciclos: um lítico e um lisogénico.
 Lítico – existe como ADN viral livre no citoplasma da célula hospedeira, e dirige a produção de novas
partículas virais pelo hospedeiro.
 Lisogénico – o ADN da célula é integrado no cromossoma. Lise = romper

Ciclo lítico e lisogénico de um bacteriófago

Exercício: 1. Qual é a origem dos vírus subponto de vista em novas teorias? 2. Como sapo constituídos os
virus? 3. Diferencie ciclo lítico do Lisogénico.

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)


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Aula 16
Tema: Doenças virais, Sintomatologia, modo de transmissão e profilaxia das doenças
Os vírus causam várias doenças nas plantas, os animais inclusive ao homem. Umas dessas doenças são: SIDA,
Sarampo, Coronavirus, varicela, varíola, raiva, entre outras.
SIDA
Causa: HIV (Vírus de Imunodeficiência Humana)
Sintoma: tosse, febre, diarreia, emagrecimento, infecções oportunistas;
Transmissão: contacto sexual, sangue contaminado e derivados, transmissão placentária, agulhas e seringas
contaminados;
Prevenção: relação sexual protegida, análise sanguínea, uso de agulhas e seringas esterilizadas.

Sarampo
Causa: vírus de sarampo
Sintoma: tosse, febre, manchas avermelhadas na pele;
Transmissão: gotículas eliminadas por tosse, espirro e fala;
Prevenção: vacinação, evitar contacto com pessoa doente.

Raiva
Causa: vírus da raiva (Rhabdovirus)
Sintoma: comportamento agressivo
Transmissão: mordedura de um animal infectado, geralmente do cão;
Prevenção: vacinação de cães e de pessoas mordidas por cães infectados.

TPC: Apresente pelo menos cinco doenças causadas por vírus abordando a causa, sintomas, modo de
transmissão e sua prevenção.

Aula 17
Subtema: Reino Protista
 Características gerais e exemplos de seres unicelulares eucariontes
O termo protista (do grego – protos = primeiro) agrupa organismos eucariontes que não são fungos, plantas ou
animais e torna-se evidente, pois neles estão incluídas desde as formas microscópicas unicelulares (como amiba
e paramécias) até as algas castanhas gigantes, que são pluricelulares e chegam a ter 60 metros de comprimento.
 A sua locomoção feita por flagelos e cílios;
 A reprodução mais comum assexuada por bipartição;
 Quanto a sua nutrição, pode-se encontrar protistas autotróficos (geralmente são algas unicelulares e
pluricelulares) e protistas heterotróficos (os protozoários);
 As algas unicelulares e pluricelulares assemelham-se as plantas na organização da sua célula, pois
apresentam cloroplastos, parede celular e a sua nutrição é autotrófica fotossintetizante, só diferem das
plantas porque a grande parte das algas são unicelulares, as algas pluricelulares não possuem tecidos ou
órgãos diferenciados como as plantas.
 Os protozoários assemelham-se aos animais pois apresentam célula sem parede celular, a sua nutrição
é heterotróficos, só diferem dos animais porque são unicelulares.
TPC: Mencione as diferenças e semelhanças entre os grandes grupos do reino protista em relação as plantas e
animais.

Aula 18-19
Tema: Características gerais do filo Phyrrophyta (pirofita), Crysophyta (Crisofita) e Euglenophyta
(euglenofita).

As algas podem ser unicelulares e pluricelulares. Algumas são muito grandes chegando a atingir 60 metros de
comprimento. Mas, por mais complexas que pareçam são muito mais simples que as plantas.
Tem pigmentos fotossintéticos para a fixação da energia luminosa. Os pigmentos podem ter cores diferentes, as
quais lhes conferem as suas cores características: vermelhas, castanhas, verdes ou douradas.

Filo Phyrrophyta
 Phyrrophyta (Pirro=fogo + phyta=planta), também chamados por dinoflagelados (dino=rotação);
 Sua locomoção é por flagelos;
 São unicelulares;

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)


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 Reproduzem-se assexuadamente e sexuadamente;


 Nos plastos existem para além de clorofila, pigmentos vermelhos (carotenoides);
 Seu habitat é na água.

Filo Crysophyta (Crisofita)


 Crysophyta (cryso=dourado + phyta=planta), também chamadas por diatomaceas;
 Seu habitat é no fundo da água;
 Não apresentam flagelos;
 No seu citoplasma existem cromatóforos dourados e gotículas de óleo que além de reserva energética
facilitam a flutuabilidade;
 A sua reprodução é assexuada por divisão binária.

Filo Euglenophyta (Euglenofita)


 Engloba algas unicelulares cuja maioria vive na água doce;
 Sua nutrição é autotrófica (em ambientes luminosos) e heterotrófica (em ambientes escuros);
 Sua locomoção é por flagelos;
 Não possuem parede celular;
 A sua reprodução é assexuada por divisão binária;
 A sua maioria possui uma estrutura intracelular chamada vacúolo contráctil que elimina o excesso de
égua que entra na célula por osmose.

Importância ecológica das algas


Desempenham um papel importante na economia da natureza tanto na água doce como nos oceanos porque
realizam a maior parte da actividade fotossintética. Constituem o principal componente do fito plâncton uma vez
que são a fonte vital de alimento de muitos protistas heterotróficos e de pequenos animais aquáticos.
Algumas algas consumidas por moluscos e outros organismos marinhos sem causar nenhum prejuízo contudo
podem provocar a morte do Homem ou dos golfinhos.

Aula 20
Tema: Filo Protozoa (Protozoarios)
 Características gerais

No contexto de classificação em cinco reinos, o filo protozoa (do grego, protos=primeiro + zoa=animal) é um
termo impróprio, pois significa “primeiros animais”, contudo, ele persiste, informalmente para designar um
grupo de seres eucariontes unicelulares que ingerem alimentos, um modo semelhante aos dos animais.
 Quanto ao seu habitat, eles vivem em ambientes húmidos e a sua maioria são aquáticos;
 Quanto a sua locomoção, deslocam-se por flagelos, por cílios ou por pseudopodes e alguns são imóveis;
 Diversas espécies são parasitas, causando doenças aos animais e ao homem;
 Alguns mantem relações de interdependência com outros seres, com as quais trocam benefícios
(associação de mutualismo);
 Possuem 4 grupos/classes: Rhyzopoda, Flagellata, Cilliata e sporozoa.

Aula 21
Tema: Classes do filo Protozoa (Rhyzopoda, Flagellata, Cilliata e Sporozoa)
- Características gerais

Classe Rhizopoda
 Os rhizopoa (do grego, rhiza = raiz + podos = pés) são protozoários que se locomovem por meio de
pseudopodes (do grego, pseudo=falsos + pés);
 O representante mais conhecido é a amiba (Entamoeba hystolytica);
 A amiba é um parasita que se instala no intestino humano e provoca a doença conhecida por desinteria
amebiana ou amebiase, a pessoa adquire esta doença ingerindo água ou alimentos contaminados por
cistos de entamoeba.
Classe Flagellata
 Os fagellata/flagelados compreendem os protozoários que se locomovem por meio de flagelos
(estruturas filamentosas em forma de chicote) e outros são sesseis (vivem fixos) e utilizam os flagelos
para arrastar partículas alimentares para perto de si;

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)


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 A doença de sono é causada por um flagellata: Trypanossoma gambiensis, que vivem no corpo dos
mamíferos silvestres e é transmitido ao homem pela picada da mosca Grossina palpalis,
tradicionalmente conhecida como mosca tse-tse. A pessoa contaminada apresenta febre, anemia e
fraqueza causadas por substâncias tóxicas libertadas pelo protozoário parasita.

Classe Cilliata
 Compreendem protozoários que apresentam estruturas locomotoras filamentosas mais curtas e mais
numerosas que os flagelos, chamados de cílios;
 São de vida livre, vivem no tubo digestivo de animais ruminantes como é o caso do boi/vaca,
carneiro/ovelha e bode/cabra, auxiliando a digestão da matéria vegetal e servindo, eles próprios de
alimentos para o seu hospedeiro;
 Poucos são parasitas;
 O representante mais conhecido é a paramécia.

Aula 22
Tema: Classe Sporozoa (Plasmodium vivax)
- Estrutura e modo de vida
Os sporozoa englobam os protozoários que não possuem estruturas locomotoras.
 Muitos possuem ciclo de vidas complexas, com estágios em forma de esporos;
 Todos são parasitas;
 Habitam em diferentes locais do corpo do hospedeiro;
 Um dos mais conhecidos representantes dos esporozoarios é o Plasmodium vivax, causador da malária;
 O causador da malária entra no corpo humano pela picada do mosquito (fêmea) do género Anopheles;
Como sintomatologia o individuo apresenta febre, dor de cabeça e mal-estar. E como medidas preventivas,
recomenda-se a combater a sua proliferação, aplicando insecticidas sobre áreas atingidas pela doença, aterro de
lagoas e poças de água que servem de criadouro para as larvas de mosquito assim como o uso de redes
mosquiteiras nas camas.

TPC: 1. No contexto de locomoção, diferencie o estilo de locomoção que apresentam as 4 classes do filo
protozoa/protozoários. 2. Mencione o nome vulgar e científico do agente causador da malária, disenteria e a
doença do sono

Aula 23
Tema: Reprodução e Ciclo de vida do Plasmodium
Quanto a picada do mosquito ao hospedeiro, apresenta uma forma alongada chamada de esporozoites. Logo o
mosquito injecta uma secreção salivar anticoagulante, um caminho para os esprorozoitos atingirem a corrente
sanguínea, chegando assim ao fígado e instala-se dentro de células hepáticas, adquirindo uma forma
arredondada, e esses abandonam o fígado e invadem as hemacias.
Dentro dela, decorre um processo assexuado de reprodução (divisão múltipla) originando merozoites.
As hemacias infectadas rebentam e libertam mais merozoites na corrente sanguínea. Dentro das hemacias alguns
merozoites transformam-se em gametocitos masculinos e femininos que irão contaminar um mosquito
transmissor. Os picos de febre alta e mal-estar que caracterizam a malária, resultam da libertacao de merozoites
através de milhares de hemacias infectadas que contem substâncias tóxicas.
Na segunda fase, o mosquito ao picar um individuo doente, ingere sangue contendo hemacias com gametocitos,
no estômago do mosquito os gametocitos transformam-se em gâmetas masculinos ou femininos. O zigoto/ovo
resultantes desses gâmetas penetram na parede estomacal do mosquito, e dentro desse ovocito ocorre divisão
múltipla, que produz dezenas de esporozoites. Esses por sua vez saem para as glândulas salivares do mosquito,
de onde poderão ser transmitidos pessoas sadias, fechando assim o ciclo de vida
TPC: Qual é a sintomatologia, modo de transmissão, e profilaxia da malária, doença do sono e amebiase?

BIBLIOGRAFIA
BURNIE, David, Dicionário escolar da Natureza, 1ª Ed.,Dorling Kindersley Brasil, 2000
DA SILVA. Amparo Dias, et al. Terra universo de Vida: Ciencias da terra. Biologia 12º Ano, 1ª Parte, Porto
Editora, s/d
MULLER, Susann, Biologia 11ª Classe, 2ª Ed., Texto, 2017
________, Susann, Biologia 11ª Classe, 1ª Ed., Texto, 2010
PIRES, Cristina e LOBO Felisberto, Biologia 11 – Pré-universitário, 1ª Ed., Longman, Maputo, 2010
XAVIER, José Luís e JONASSE, Florência Celeste, Biologia. 11ª Classe, 1ª Ed., Diname, Maputo, 2002

Elaborado por: Januario benigno Casimiro BOMBENI (Lic)

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