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LEI PENAL

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Lei penal é a fonte formal imediata do direito penal, uma vez que tem reservado para
si, por expressa previsão constitucional, o papel de criar infrações penais e cominar
penas.

Sua estrutura apresenta dois preceitos, um primário (conduta descrita) e um


secundário (pena a ser aplicada). A nossa lei penal é descritiva, ou seja, descreve a
conduta, impondo a pena caso a conduta seja praticada (proibição indireta).

Essa técnica legislativa foi desenvolvida por Karl Binding, chamada de teoria das
normas, que diferencia norma e lei. O ilícito viola a norma penal, que é o fundamento
implícito da obrigatoriedade de não agir, mas não viola a lei, pois age conforme ela
descreve.

CLASSIFICAÇÃO

LEIS PENAIS INCRIMINADORAS: criam crimes e cominam penas. É a parte especial


do Código Penal, bem como a legislação penal especial.

LEIS PENAIS NÃO-INCRIMINADORAS: não criam crimes nem cominam penas.


Subdividem-se em:

Permissivas: são as causas de exclusão da ilicitude. Autorizam, permitem a prática


das condutas típicas (ex: CP, art. 23);
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Exculpantes: estabelecem a não-culpabilidade ou impunidade de algumas condutas.

Interpretativas: esclarecem o conteúdo e o significado de outras leis (ex: CP, art.


327).

De aplicação, finais ou complementares: delimitam o campo de validade das leis


incriminadoras (CP, art. 2º).

Diretivas: estabelecem as diretrizes, os princípios aplicáveis a determinada matéria


(ex: CP, art. 1º).

Integrativas ou de extensão: complementam a tipicidade no tocante ao nexo causal


nos crimes omissivos impróprios, tentativa e participação (ex: CP, art. 13, §2º).estar:
como todo negócio jurídico, o testamento deve atender ao art. 104 do CC.

LEIS PENAIS COMPLETAS OU PERFEITAS: apresentam todos os elementos da


conduta criminosa (ex: CP, art. 157).

LEIS PENAIS INCOMPLETAS OU IMPERFEITAS: reservam a complementação da


definição da conduta criminosa a outra lei, a um ato da Administração Pública (lei penal
em branco) ou a um julgador (tipo penal aberto). Ex. Artigo 28 da Lei 11.343/2006 –
Lei de Drogas (Usuário) A definição do que consiste a droga referenciada pelo artigo
supracitado, é regulamentado pela Portaria n. 344/98, expedida pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA) 3
CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL.

As principais particularidades de uma lei penal correspondem à exclusividade (só a lei


pode criar delitos), imperatividade (o seu descumprimento acarreta sanção),
generalidade (imposta a todos, inclusive aos inimputáveis), impessoalidade
(projeta seus efeitos a fatos futuros, para qualquer pessoa) e anterioridade (só
podem ser aplicadas se em vigor na data do fato).

LEI PENAL EM BRANCO

Também chamada de lei cega ou aberta, reclama complementação em seu preceito


primário, por lei ou ato da Administração. Subdivide-se em:

lei penal em branco em sentido amplo (lato sensu) ou homogênea: o


complemento tem a mesma natureza jurídica e provém do mesmo órgão que elaborou
a lei penal (ex: CP, art. 169, parágrafo único, I e CC, art. 1264).

lei penal em branco em sentido estrito (strictu sensu) ou heterogênea: o


complemento tem natureza jurídica diversa e emana de órgão distinto (Lei 11.343/06
e Portaria SVS/MS 344/1998).

lei penal em branco inversa ou ao avesso: neste caso, o preceito primário é


completo, reclamando complementação o preceito secundário da norma. Nesse caso, a
complementação necessariamente deve vir de lei, sob pena de ofensa ao princípio4 da
reserva legal (ex; Lei 2.889/56, art. 1º - Lei de Genocídio).
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL

É a tarefa mental que procura estabelecer a vontade da lei, ou seja, o seu conteúdo e
significado. A ciência que disciplina esse estudo é a hermenêutica jurídica, através da
prática de interpretação da lei chamada de exegese. Alguns critérios são adotados para
que se possa realizar a interpretação da lei:

QUANTO AO SUJEITO QUE A REALIZA: autêntica, judicial ou doutrinária.

autêntica: também chamada de legislativa, é aquela que se incumbe o próprio


legislador, quando edita uma lei com o propósito de esclarecer o alcance e significado
de outra. Pode ser contextual ou posterior. Tem eficácia retroativa, ainda que mais
gravosa ao réu. Ex: conceito de funcionário público (CP, art. 327).

doutrinária: também chamada de científica, é exercida pelos doutos, escritores,


doutrinadores do texto legal. Não tem força obrigatória ou vinculante, pois não faz
parte da estrutura legal (ex: Exposição de motivos do CP).

judicial: ou jurisprudencial, é executada pelos membros do Poder Judiciário,


aplicadores do direito, na decisão dos litígios que lhe são submetidos. Sua reiteração
constitui a jurisprudência. Em regra, não tem força cogente, salvo no próprio caso
concreto, onde faz coisa julgada, e em caso de súmula vinculante (CF, art. 103-A).

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QUANTO AO RESULTADO: declaratória, extensiva ou restritiva.

O resultado refere-se à conclusão extraída pelo intérprete.

declaratória: ou declarativa, ou, ainda, estrita: é aquela que resulta da perfeita


sintonia entre o texto da lei e sua vontade.

extensiva: é a que se destina a corrigir uma fórmula legal excessivamente estreita.


Estende-se, amplia-se o texto da lei para amoldá-lo à sua efetiva vontade.

restritiva: é a que consiste na diminuição do alcance da lei, concluindo que a sua


vontade ultrapassou a finalidade precípua normativa, não necessitando de aplicação
integral.

INTERPRETAÇÃO PROGRESSIVA.

Também chamada de adaptativa ou evolutiva, é a que busca amoldar a lei à realidade


atual. Evita constantes reformas legislativas, acompanhando as mudanças sociais.

INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA.

Ou intra legem, é a que se verifica quando a lei contém em seu bojo uma fórmula
casuística, seguida de uma fórmula genérica. É necessária para possibilitar a aplicação
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da lei aos inúmeros e imprevisíveis casos que as situações práticas podem apresentar.
ANALOGIA

A analogia não se trata de interpretação da lei penal. É, na verdade, um meio de


integração normativa do ordenamento jurídico.

Também conhecida como integração analógica ou suplemento analógico, é a aplicação,


ao caso não previsto em lei, de lei reguladora de caso semelhante. Somente podem ser
utilizadas em normas penais não-incriminadoras, em razão do princípio da reserva
legal. Pode ser:

analogia in malam partem: é aquela pela qual aplica-se ao caso omisso uma lei
maléfica ao réu, disciplinadora de caso semelhante. Não é admitida em nosso
ordenamento.

analogia in bonam partem: é aquela pela qual se aplica ao casso omissivo uma lei
semelhante, favorável ao réu. É aplicável no ordenamento pátrio, salvo em casos de
leis excepcionais, que não admitem analogia pelo seu caráter extraordinário, de
especialidade.

analogia legal ou legis: é aquela que se aplica ao caso omisso uma lei que trata de
caso semelhante.

analogia jurídica ou juris: é aquela em que se aplica ao caso omisso um princípio


geral do direito. 7

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