Sei sulla pagina 1di 10

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso de Licenciatura em Línguas de Sinais de Moçambique - Laboral
Noções de Línguas Bantu

ESTRUTURA E CLASSE NOMINAL

Discente: Belita Alberto João

Docente: Dr. Felex Tembe

Maputo, Dezembro de 2021


Indice
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................3
ESTRUTURA DO NOME..........................................................................................................................4
CLASSES NOMINAIS...............................................................................................................................4
CLASSES E PREFIXOS NOMINAIS SEGUNDO MEINHOF (1910)......................................................5
FUNÇÃO PRIMÁRIA (PRIMITIVA) DOS PREFIXOS NOMINAIS.......................................................6
FUNÇÃO SECUNDÁRIA (DERIVADA) DOS PREFIXOS NOMINAIS.................................................7
CONCLUSÃO.............................................................................................................................................9
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................................10
INTRODUÇÃO

Actualmente, o termo “bantu” é usado nos estudos de linguística moderna para se referir a um
grupo de cerca de 600 de línguas faladas por mais de 220 milhoes de pessoas numa vasta região
da África contemporâneas (Ngunga, 2014).

Deste modo, o presente trabalho enquadra-se na cadeira de Noções das Línguas Bantu e o
mesmo versa sobre estrutura do nome e classes nominais. Nas classes nominais, abordou-se
sobre a função primitiva e derivada. Assim como, através de alguns autores como é o caso do
autor Bleek e Mainhof ajudaram a perceber, que os nomes das línguas Bantu se organizavam
de forma sistemática em grupo de acordo com os seus prefixos ou com o tipo de padrão de
concordância.

3
ESTRUTURA DO NOME

Nome é definido como uma palavra variável que se usa para designar seres, coisas, eventos,
estados, pessoas. Nas diferentes línguas, o nome geralmente marcado por meio de um afixo’
género, (feminino, masculino ou neutro) número (singular/plural) (Ngunga, 2014).

Nas línguas bantos o que é caracterizado e que chama atenção, é a forma sistemática como os
nomes se organizam de acordo com os seus prefixos, que indicam tanto o número como o género
(numa perspectiva totalmente diferente da oposição feminino, vs. masculino ou vs. neutro).

CLASSES NOMINAIS

Como vimos anteriormente, duas partes se podem distinguir, no nome das línguas banto,
nomeadamente, um prefixo, geralmente variável em função da classe, e um tema nominal
invariável, se não em alguns casos, em que a natureza do segmento do prefixo ocasiona
alterações morfofonémicas na consoante ou na vogal em posição inicial deste, que pode interagir
(e mudar) com o ultimo fonema do prefixo. O conjunto de nomes com o mesmo prefixo e/ ou
com o mesmo padrão de concordância, chama-se classe nominal.

Segundo Ngunga (2014) citando Bleek (1982, 1869), notou se que os nomes destas línguas se
organizavam de forma sistemática em grupo de acordo com os seus prefixos ou com o tipo de
padrão de concordância. Antes da sua morte, Bleek (1869) tinha conseguido estabelecer 16
classes nominais a partir da observação de diferentes línguas.

O trabalho deixado incompleto pelo autor Bleek com continuado por outros estudiosos, entre os
quais Meinhof, que em 1899acrescentou três prefixos locativos a lista de Bleek ficando, assim,
uma lista de 19 entre si nem a semântica dos nomes em que aparecem, viria a acrescentar dois
prefixos nomeadamente (classe 20) e (classe 21 ).Assim em 1910, este autor apresentou a
seguinte lista dos prefixos nominais, correspondente a 21 classes nominais do que seria para ele,
protobanto que representa uma espécie de síntese do seu trabalho e do trabalho de Bleek.

4
CLASSES E PREFIXOS NOMINAIS SEGUNDO MEINHOF (1910)

CL PREFS SIGNIFICADO
S
1 mu- Singular de 2
2 Va- Plural de 1
3 mu- Singular de 4
4 mi- Plural de 3
5 li- Singular e 6
6 ma- Plural de 5 e 14 e substâncias ou coisas incontáveis
7 Ki- Singular de 8
8 vî- Plural de 7
9 ni- Singular de 10
10 lî-ni- Plural de 9 e de 11
11 lu- Singular de 10
12 tu- Plural de 13,19 e também de 11
13 Ka- Singular de 12 e as vezes de 14
14 Vu- Singular de abstractos, massa, coisas incontáveis e singular de 4,6,13
15 Ku- Infinitivo
16 pa- Locativo (situacional)
17 ku- Locativo (direccional)
18 mu- Locativo de (interioridade)
19 Pi-
20 ɣu-
21 ɣa-

Nove anos mais tarde, Werner (1967) descobriu que em Gisu (E31na classificação de de Guthre
1967-71) falada no Uganda, havia uma classe com os prefixos ɣu- e ɣi-mi- que propôs que
fossem prefixos das classes não eram conhecidas por Bleek:20(ɣu),21(ɣa-), 22(ɣu-) e 23 (ɣi-

5
mi-) . De maneira que a lista de Bleek/Meinhof, podem adicionar-se as seguintes classes não
conhecidas antes

22 ɣu- Singular de 23
23 ɣi-mi Plural de 22

FUNÇÃO PRIMÁRIA (PRIMITIVA) DOS PREFIXOS NOMINAIS

Por função primária do prefixo entende-se aquela que desempenha, regra geral, em contexto não
derivado. Como se faz referência a cima, se no estado actual do desenvolvimento destas línguas
se tentasse alistar os nomes incluídos nas diferentes classes, em função da categoria semântica a
que pertencem, a conclusão a que chegaria seria do género “afinal em todas as classes há nomes
de todas as categorias semânticas “. A única forma de resolver este dilema seria ver a que
categoria semântica pertencem, em outras por exemplo, em fábulas, em línguas onde os animais
irracionais abundam noutras classes e não nas classes 1 e 2, é frequente encontrarem-se esses
animais “vestidos “de prefixos destas classes para “senhor coelho, senhor macaco e etc”. Mas
claro, eles não deixam de ser animais. Pelo que, embora em condições muito especiais do uso
destes prefixos, pode dizer-se correctamente que em tal língua, alguns nomes que designam
animais também aparecem nas classes 1 e 2. Classes como 3 e 4 as quais pertencem muitos
nomes de árvores, também incluem palavras como aquelas que significam, lua, areia, estrada, etc
como se vê nos ex:

Nyg um-ti “árvore”

Cf.mw-edzi “lua, mês”

mi-ti “árvores”

Nyj n-tengo “árvore”

Cf n-cenga “areia”

6
Cf mi -cenga “areias”

Como se vê, em todos os nomes das classes 3 e 4 indicam plantas como seria de esperar. O esmo
acontece, em casos onde a classes 11 pertencem nomes de coisas de certas características, (por
ex: coisas ou objectos longos) também pertencem a palavra de outra categoria semântica por
exemplo:

Shn: rw-izi “rio”

Cf. Ru-chembere “mulheres velhas”

FUNÇÃO SECUNDÁRIA (DERIVADA) DOS PREFIXOS NOMINAIS

Os prefixos com função basicamente secundária são aqueles que se podem afixar tanto à nomes
completos como à temas nominais e alteram a semântica nuclear do tema. Isto é, a semântica de
um nome portador de um prefixo secundário pode ser profundamente alterada ou por causa de
indicar tamanho, ou aparência marcada (pequeno/grande, bonito/feio), ou por indicar lugar. Por
exemplo:

Yao: ka-mwanace “criancinha (bonita, fofinha)

Cf. mw – aanace “criança”

ci-mwanance “criança, gorducha (nao bonita)

Cf. mw – aanace “criança”

Shn: pa-mucha “na aldeia”

Cf. mu-cha “aldeia”

ku-mba “em direcao à casa”

Cf. im-ba “casa”

mu-rwizi “dentro do rio”

Cf. Rwizi

7
Em termos sintáticos, é este prefixo secundário que controla concordância de todas as palvaras
sintaticamente dependes dos nomes aos quais os prefixos secundários se afixam, como se pode
ver a seguir:

Yao: mwanaance jw-angu “ a minha criança”

Ka-mwanaace k-angu ä minha criancinha (fofinha)”

ci-mwanaace c-angu “a minha criança gorducha”

Shn: pa-mucha pe-du “na nossa aldeira (perto)”

ku-mba kw-edu “ a nossa casa “distante)”

mu-rwizi mw-edu “dentro do nosso rio”

Portanto, estes são chamados secundários por que se afixam a outros prefixos (os primários)
incluindo zero afixado aos nomes sem se limitar a afixação imposta pela variação em número,
como acontece com o prefixos primários.

Note-se também que os prefixos primários podem, desempenhar função secundaria tal como
acontece com a expressão de graus dos nomes (aumentativos e diminuitivo) em algumas línguas
onde nao existam prefixos especificos para o efeito. Em outas línguas, existem prefixos
primariamente secundários para exprimir o diminuitivo (ka-/tu) e nao existem prefixo
primariamente secundários para exprimir o aumentativo.

8
CONCLUSÃO

Como foi dito anteriormente, este presente trabalho enquadra-se na cadeira de Noções das
Línguas Bantu e o mesmo objetivava tratar sobre estrutura do nome e classes nominais. Nas
classes nominais, abordou-se sobre a fixação primitiva e derivada.

Diante disto, constatou-se que nome é definido como uma palavra variável que se usa para
designar seres, coisas, eventos, estados, pessoas. Nas diferentes línguas, o nome geralmente
marcado por meio de um afixo’ género, (feminino, masculino ou neutro) número
(singular/plural). Igualmente, no que diz respeito as classes nominais, por função primária do
prefixo entende-se aquela que desempenha, regra geral, em contexto não derivado. Ao passo que,
os prefixos com função basicamente secundária são aqueles que se podem afixar tanto à nomes
completos como à temas nominais e alteram a semântica nuclear do tema.

9
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ngunga, Armindo. Introdução a Linguística Bantu. Maputo: Imprensa Universitária, 2014.

10

Potrebbero piacerti anche