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MANUAL DE TREINAMENTO

ANATOMIA E
FISIOLOGIA DA FACE

1
Seja bem-vindo(a) a este e-book. Os produtos da
Rennova são desenhados para realçar a beleza do
rosto e do corpo. Consequentemente, é importante
compreender sobre anatomia e fisiologia. Também
é importante ser capaz de discutir questões técnicas
com os seus clientes, a maioria dos quais já têm um
treinamento avançado em anatomia da pele.

Este manual revisa os conhecimentos básicos que


você precisa para se comunicar com sucesso com
os profissionais de saúde e suas equipes.

Ele inclui anatomia e fisiologia da pele e


musculatura facial.

Quando você concluir esta seção, você será


capaz de descrever as principais funções da pele,
descrever a estrutura geral da pele, distinguir
as camadas da pele e compreender sobre a
musculatura da expressão facial.

2
Índice
1. Funções da Pele
Estruturas e Anatomia da Pele
Epiderme
Derme
Hipoderme

2. Músculos da Expressão Facial


Músculo Occipitofrontal
Músculo Prócero
Músculos Corrugadores do Supercílio
Músculo Orbicular dos Olhos
Músculo Nasal
Músculo Elevador do Lábio Superior
Músculo Elevador do Ângulo da Boca
Músculo Zigomático Menor
Músculo Zigomático Maior
Músculo Risório
Músculo Bucinador
Músculo Orbicular da Boca
Músculo Depressor da Ângulo da Boca
Músculo Depressor do Lábio Inferior
Músculos Mentonianos
Músculos Platisma
Mímica facial

3. Anatomia do Envelhecimento
Envelhecimento Facial
Características do envelhecimento da pele
Alterações nas órbitas e terço médio da face
Alterações mandibulares
Envelhecimento das camadas de gordura
Compartimento de gordura facial
Envelhecimento dos músculos e ligamentos

4. Conclusão
3
1 Funções da Pele

4
A pele é o maior órgão do corpo humano.

Na idade adulta, compõe aproximadamente cerca


de 14 a 17% do peso total corporal, abrangendo
quase dois metros da área de superfície.

Apesar das qualidades de suavidade e


flexibilidade, a pele proporciona uma
cobertura firme, durável e elástica
para o corpo.

É um órgão essencial para a


sobrevivência humana, pois
atua na manutenção do
ambiente interno.

As funções
primárias da
pele incluem:
Proteger o corpo
do calor, da luz,
de ferimentos e
de infecções;

Armazenar água,
gordura e vitamina D;

Regular a temperatura
corporal.

5
Estruturas e Anatomia da Pele

Na pele são encontrados quatro


tipos básicos de tecidos:
• O tecido epitelial, reveste a superfície
externa do corpo, as cavidades corporais
internas e os órgãos;
• O tecido conectivo ou tecido conjuntivo,
fornece força, elasticidade e isolamento;
• O tecido muscular liso ou musculo liso,
regula o diâmetro dos vasos sanguíneos;
• O tecido neutro, fornece receptores
sensoriais e controla o músculo liso.

A pele é constituída por três camadas distintas:


a epiderme, a derme e a hipoderme. Cada uma
delas tem uma ou mais funções específicas.

EPIDERME
Flexível, resistente à água e
exerce função de barreira.
DERME
Proporciona elasticidade
e sustentação a pele.
HIPODERME OU TECIDO
SUBCUTÂNEO
Tecido adiposo e
vasos sanguíneos.

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Na pele também encontramos estruturas, como os
vasos sanguíneos, linfáticos e estruturas nervosas, além
dos anexos cutâneos, como pelos, glândulas sebáceas,
glândulas sudoríparas e unhas.

EPIDERME
Poros, pelos, camada
queratinizada e terminação
nervosa.

DERME
Glândulas sudoríparas e
sebáceas, músculo eretor
de pelo e folículo piloso.

HIPODERME
Veias, artérias e tecido adiposo.

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Epiderme
A epiderme é a camada mais superficial da pele e está
diretamente em contato com o exterior. É a parte da pele que
podemos ver e tocar.

Ela é composta por epitélio de revestimento, que é um tecido


estratificado, pavimentoso e queratinizado, formado por 30 a 50
camadas celulares com diferentes formas e funções que estão
organizadas em cinco subcamadas.

A epiderme não possui vasos nem nervos e a sua espessura varia


de 0,07mm a 0,12mm conforme a região do corpo, sendo mais
grossa nas regiões de atrito, como a sola dos pés e palma das
mãos, e mais fina sobre as pálpebras.

Tão fina quanto uma folha de papel, a epiderme forma um


envelope que protege o corpo humano das bactérias, das toxinas
e da perda de líquidos.

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Estrutura das camadas da epiderme

Camada córnea

Camada lúcida

Camada granulosa

Camada espinhosa

Camada basal

Camada basal

A camada basal é a camada mais


profunda da epiderme e fica em contato
com a derme. É composta por uma única
fileira de células prismáticas situadas sobre
uma membrada basal que separa a epiderme
da derme e através da qual essas células recebem os
elementos necessários para a sua nutrição. É a camada
onde ocorre constante divisão celular, responsável pela
renovação da epiderme. A medida que se multiplicam, as
células novas vão empurrando as mais antigas em direção
à superfície, de modo que estas passam a pertencer a
outras camadas.

9
Camada espinhosa

As células mais profundas da camada


espinhosa são arredondadas, enquanto
as que estão mais próximas da superfície
são mais planas. Estas células são
provenientes da camada basal. A medida que
as novas células profundas vão nascendo, elas vão se
deslocando para o exterior.

Camada granulosa

A camada granulosa é formada por


uma ou duas filas de células muito
planas que possuem grânulos nos quais
é elaborada a queratina, isto é, a proteína
fibrosa que garante à pele a sua peculiar
consistência. Embora essas células, durante a sua
maturação, produzam queratina, em simultâneo
elas vão perdendo o seu núcleo e o restante dos
elementos intracelulares, o que proporciona a perda
da sua vitalidade.

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Camada lúcida

Presente apenas na pele da palma das


mãos e na planta dos pés, a camada
lúcida é constituída por uma ou duas
filas de células planas praticamente
transparentes. Embora ainda possuam núcleo,
não desempenham qualquer atividade essencial.

Camada córnea

A camada córnea é a camada mais


externa da epiderme. É formada por
várias filas de células repletas de queratina
que já perderam o seu núcleo e que não
desempenham qualquer atividade vital, por
isso são consideradas células mortas.

PRINCIPAIS FUNÇÕES
DA EPIDERME
Age como a primeira barreira contra agressões externas,
como traumas, infecções e ação dos raios solares.
Funciona como um reservatório de tecido
gorduroso e de vitamina D.
Regula a perda de água do organismo.
Funciona como um isolante térmico, conservando a
temperatura corporal.

11
Derme
A derme se encontra logo abaixo da epiderme
e apresenta, normalmente, 3 mm de espessura,
mas varia em textura e espessura de acordo
com a localização no corpo. A derme mais fina é
encontrada nas pálpebras, onde a necessidade de
movimentos rápidos é essencial para a proteção
dos olhos.

Ambas as camadas da epiderme e da derme


contêm células, fibras e uma substância gelatinosa
denominada “substância basal/germinativa”.

Mas, diferentemente da
epiderme, a derme contém:

Folículos pilosos
Glândulas sudoríparas
Glândulas sebáceas
Nervos
Terminações nervosas
Canais linfáticos

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Estrato córneo
Epiderme

Derme papilar

Derme reticular

A composição da derme se dá a partir


de duas subcamadas:

Derme papilar:

Está situada imediatamente abaixo


da epiderme. Possui papilas que
aumentam a aderência entre a
derme e a epiderme. O limite
dérmica-epidérmica é formado por
saliências – papilas dérmicas, com
função de aumento da área de
contato.

Derme reticular:

A derme papilar, com limites pouco


nítidos, continua com uma camada
mais espessa e profunda da derme,
a derme reticular, que se estende
para baixo do tecido subcutâneo
e é formada por tecido conjuntivo
denso e rico em fibras elásticas.

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As células da derme incluem fibroblastos, histiócitos (macrófagos
do tecido conectivo que engolem e digerem os fragmentos
celulares) e mastócitos (células do sistema imunológico que contêm
histamina e outras substâncias que regulam a inflamação).

Epiderme Os fibroblastos
produzem as:
• fibras reticulares
Derme (fibras de colágeno);
• fibras elásticas;
Hipoderme
• glicoproteínas.

Fibras de colágeno Elastina

As fibras reticulares são formadas pelas fibras de colágeno


espessas mais abundantes na derme papilar, onde elas ajudam
a ligar a junção dérmica-epidérmica.

As fibras de colágeno proporcionam resistência


à pele, evitando que ela se rasgue quando
esticada e representam cerca de 75% da
derme.

As fibras elásticas são longos fios


de uma proteína chamada elastina.
Essas fibras de elastina concedem
elasticidade à pele, completando as
resistência das fibras de colágeno, e
correspondem a menos de 5% do peso
total da derme.

E as glicoproteínas são responsáveis pela


manutenção do volume hídrico da derme.

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Existem vários tipos de
colágeno e estes três são
os principais:

Colágeno tipo I:

é o mais abundante entre os


colágenos e é encontrado nos
tendões, na cartilagem fibrosa, no
tecido conjuntivo frouxo comum
e no tecido conjuntivo denso.
Esse tipo forma fibrilas longas e
espessas que, organizadas, dão
grande resistência aos tendões.
Dessa maneira, proporciona
suporte para a elasticidade da pele
e melhora a saúde das juntas.

Colágeno tipo II:

é produzido pelos condrócitos e


aparece na cartilagem hialina e na
elástica. Sua forma é semelhante
ao tipo I, mas possui menor
diâmetro. Esse colágeno está
presente nos olhos, na cartilagem
e nos discos intervertebrais.

Colágeno tipo III:

também em formato fibrilar, o


colágeno tipo III é o segundo mais
abundante. No entanto, esse
tipo é o primeiro a diminuir sua
produção natural no corpo. Ele é
encontrado na pele, no útero, nos
vasos arteriais e nos intestinos.

15
Pele jovem
A pele, quando jovem, é lisa
e elástica porque contém
muito ácido hialurônico.

O ácido hialurônico é uma


substância que faz parte
naturalmente do organismo
humano e está presente em
todos os órgãos em diferentes
proporções.

56% do ácido hialurônico se


encontra na pele, preenchendo
o espaço entre as células, o que a
mantém lisa e elástica.

Ele é responsável pelo volume


da pele, forma dos olhos e
lubrificação das articulações.

Também é importante destacar


que o ácido hialurônico tem a
capacidade de “atrair” moléculas
de água e, assim, manter a pele
hidratada.

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Pele madura

Com o avançar da idade o


ácido hialurônico diminui
e, consequentemente, diminui
a hidratação e a elasticidade
da pele, o que contribui para o
surgimento de rugas.

Ácido
hialurônico

Elastina

Colágeno

PRINCIPAIS FUNÇÕES DA DERME


Proporciona proteção mecânica ao corpo
contra batidas e colisões, tendo o colágeno
um papel importante nesta função.
Regula a temperatura corpórea por meio
do fluxo sanguíneo e do suor.
Proporciona as sensações cutâneas de
toque, dor, calor ou frio.

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Hipoderme

Epiderme

Derme

Gordura
subcutânea

Músculo

A hipoderme, também conhecida como


camada ou tecido subcutâneo, está
situada embaixo da derme.

É o tecido que contém um número


maior de células adiposas
(células de gordura).

Não há nenhuma linha diferencial


entre a derme e a camada
subcutânea. Esta camada e o
tecido adiposo que ela contém
fornecem isolamento térmico e
armazenamento de energia.

A espessura da camada gordurosa


varia de acordo com a localização
anatômica, idade e gênero.

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Eixo do pelo
Eixo do pelo
Extrato córneo
Poro

Receptor de
Epiderme pressão

Glândula
sebácea
Derme

Tela subcutânea Glândula


sudorífera

Artéria
Veia
Terminações
nervosas livres

A união da derme reticular e da camada subcutânea contém


abundantes glândulas écrinas e apócrinas, que são rodeadas por
lipócitos (células de gordura). Os bulbos dos folículos capilares do
couro cabeludo podem ser encontrados nessa camada.Além disso,
esta camada é formada por grandes vasos sanguíneos, troncos
nervosos e terminações nervosas. O tecido subcutâneo atua como
absorvedor de choque e facilita a mobilidade da pele sobre as
estruturas subjacentes.

PRINCIPAIS FUNÇÕES DA HIPODERME


Isolamento térmico
Proteção mecânica
Armazenar energia
Fixa a pele aos órgãos e outras estruturas

19
2 Músculos da
expressão facial

20
Apesar de serem designados sob esta denominação de caráter
funcional, as funções mais importantes dos músculos da face na
verdade estão relacionadas com deglutição,
mastigação, fonação e piscar de olhos.

Os músculos da expressão facial, compõem o grupo de músculos


mais delicados do corpo humano.

Estes músculos situam-se logo abaixo da pele e constituem uma


camada quase única.

Os feixes de fibras de um músculo são muitas


vezes unidos aos de outro e nos locais de
inserção é comum estarem entrelaçados.

A contração deles movimenta a área


da face às quais estão fixados,
produzindo depressões em forma
de uma linha perpendicular
à direção das fibras dos
músculos, que com o tempo
se transformam em pregas
ou rugas.

Suas funções, geralmente,


são indicadas pelos seus
próprios nomes, que
revelam o movimento que
fazem.

21
Os músculos da
expressão facial que
mais interessam a
estética são:

Aponeurose

Músculo Orbicular
dos Olhos

Músculo
Occipitofrontal

Músculo
Prócero
Músculo Nasal

Músculo Elevador
do Lábio Superior

Músculo
Músculo Elevador do
Zigomático Ângulo da Boca
Maior

Músculo
Zigomático
Menor Músculo Risório

Músculo
Músculo Bucinador
Orbicular da
Boca Músculo Depressor do
Lábio Inferior
Músculo
Músculo Mentoniano Músculo Platisma
Depressor do
Ângulo da Boca

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Músculo Occipitofrontal
É um músculo com um feixe frontal e outro occipital unidos pela
aponeurose epicrânica, que é a cobertura tendínea do crânio.

O ventre frontal insere-se na pele do supercílio e da raiz do nariz.


Muitas de suas fibras se entrelaçam e se unem as dos músculos
adjacentes.

Esse músculo é responsável por elevar os supercílios e dobrar a


pele da fronte em sulcos horizontais e pela formação das rugas da
testa ou frontais.

Aponeurose

Músculo
Occipitofrontal

23
Músculo Prócero
É um pequeno músculo vertical que se origina no osso nasal. Está
inserido na pele da glabela entre os supercílios.

Ao contrair, ele é puxa para baixo a extremidade das sobrancelhas


e enruga a pele da glabela.

A ação desse músculo durante a vida, eventualmente, deixa rugas


permanentes na pele da glabela, as rugas glabelares.

Músculo Prócero

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Músculos Corrugadores do Supercílio
São dois músculos horizontais, um de cada lado, que se originam
no osso frontal e terminam na extremidade lateral do supercílio.

São recobertos pelo músculo orbicular do olho e pelo músculo


frontal. Recebem esse nome porque provocam rugas verticais na
glabela ao tracionar para baixo e medialmente os supercílios.

Este músculo facial é considerado o principal músculo na


expressão do sofrimento.

Juntamente com o músculo prócero, é responsável pela formação


das rugas glabelares.

Músculo Corrugador
do Supercílio

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Músculo Orbicular dos Olhos
Situado em torno do olho, excede os limites da órbita. Recobre os
músculos próximos nas regiões frontal, temporal e nasal.

É quase todo cutâneo, prendendo-se somente nos ligamentos


palpebrais medial e lateral e em dois pontos ósseos na maxila e
lacrimal. Protege o olho da luz intensa e do perigo iminente.

Suas partes principais são a parte palpebral, que une as


pálpebras levemente, como no sono e no piscar, e a parte orbital
que coopera para o fechamento forçado do olho como proteção.

Sua contração fecha as pálpebras e as comprime para dentro. É o


responsável pelo aparecimento das rugas conhecidas como “pés-
de-galinha”.

Músculo Orbicular
dos Olhos

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Músculo Nasal
Tem origem óssea na base do processo alveolar. É dividido em
parte transversa ou compressor da narina, que se estende
pelo dorso do nariz unindo-se com o do lado oposto, e a parte
alar ou dilatador da narina, um feixe bem menor que se prende
na circunferência lateral da narina. A parte transversa enruga a
pele do nariz e comprime a abertura nasal, daí o seu outro nome,
compressor das narinas.

A parte alar dilata as narinas quando traciona a asa nasal


lateralmente, daí o seu outro nome dilatador das narinas.

É o músculo responsável pela formação das rugas de coelho, mais


conhecidas como “Bunny Lines”.

Músculo Nasal

27
Músculo Elevador do Lábio Superior
Este músculo se origina em uma linha de 1 cm e meio da margem
infraorbital, logo acima do forame infraorbital, onde se encontra
coberto pelo músculo orbicular do olho.

Muitas de suas fibras entrelaçam-se com as fibras do orbicular da


boca. Situa-se entre o músculo elevador do lábio superior e da asa
do nariz e do músculo zigomático menor, com os quais se acha
parcialmente fusionado.

Sua ação, como o próprio nome já diz, eleva o lábio superior e leva-o
um pouco para frente. Ao executar essa ação, esse músculo ajuda a
realizar expressões faciais como sorrir ou fazer cara de desdém.

Músculo Elevador
do Lábio Superior

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Músculo Elevador do Ângulo da Boca
Como o próprio nome já diz, eleva o ângulo da boca.

É um músculo bem desenvolvido, porém mais curto que os três


músculos precedentes. Sua fixação óssea é na fossa canina,
portanto, abaixo do forame infraorbital.

Posiciona-se verticalmente e termina no ângulo da boca, entrelaçando


suas fibras com as de outros músculos que nele também se inserem.
É totalmente coberto pelo elevador do lábio superior.

Entre o elevador do ângulo da boca e os três músculos elevadores


do lábio superior, há uma certa quantidade de tecido conjuntivo
frouxo, no qual correm vasos e nervo infraorbitais.

Músculo
Elevador do
Ângulo da
Boca

29
Músculo Zigomático Menor
É um músculo delgado que se situa ao lado do músculo elevador
do lábio superior. Está fixado no corpo do osso zigomático
mediamente ao músculo zigomático maior, se misturando com os
músculos do lábio superior, elevador do lábio superior e da asa
nasal e do elevador do lábio superior.

Trabalhando em conjunto com os tracionadores do lábio superior,


o zigomático menor eleva o lábio superior e aprofunda as linhas do
sulco nasolabial. Consequentemente, a sua função é contribuir com
várias expressões faciais de presunção e contentamento.

Este músculo também ajuda na fala, principalmente quando a


intenção é enfatizar alguns sons, como o da letra “i”.

Músculo
Zigomático
Menor

30
Músculo Zigomático Maior
É uma longa e bem desenvolvida fita muscular cuja origem óssea é
na face lateral do osso zigomático, atrás da origem do zigomático
menor. Daí se dirige para baixo e para dentro, cruzando as fibras
superiores do músculo bucinador, das quais é separado pelo corpo
adiposo da bochecha, e insere-se no ângulo da boca.

É conhecido também como o músculo do riso devido a sua ação de


levar para cima e para fora
o ângulo, dando à boca uma conformação arqueada.

Músculo
Zigomático
Maior

31
Músculo Risório
O músculo risório é muito tênue, com aspecto de um fino fascículo
muscular ou de um amplo leque superficial. Ele pode ter vários
pontos de origem, que às vezes são inconsistentes, incluindo o arco
zigomático, a fáscia parotídea, a fáscia sobre o masseter anterior à
glândula parótida, a fáscia que recobre o platisma ou a fáscia sobre
o processo mastoide.

Nessas áreas, suas fibras podem agarrar-se também à pele e,


durante a contração, produz uma fossa (covinha) na bochecha.
Como o músculo risório termina no ângulo da boca, não tem
nenhuma fixação óssea. Ele também é chamado de “músculo do
sorriso”, já que sua contração bilateral puxa os ângulos da boca
lateralmente e um pouco superiormente, produzindo um sorriso.

Músculo Risório

32
Músculo Bucinador
É o músculo da bochecha situado entre a pele e a mucosa. Está
preso à mucosa, porém separado da pele pelo subcutâneo, que é
abundante nesse local. Origina-se, em cima e em baixo, na região
malar do processo alveolar da maxila e da mandíbula ao longo da
base do processo alveolar.
Posteriormente, ele é continuo com o músculo constritor superior da
faringe. A partir desta origem óssea e ligamentosa, as fibras em feixes
não paralelos entre si chegam ao ângulo da boca e confundem-se
com as fibras do orbicular da boca. Além de puxar a comissura da
boca para baixo, esse músculo consegue retraí-la um pouco.
Deve ser observado com cautela para evitar que seja atingido
durante uma aplicação de toxina e tenha um efeito indesejável.

Músculo
Bucinador

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Músculo Orbicular da Boca
É um músculo esfincteriano que circunda a boca e se estende desde o
nariz até o sulco labiomentoniano. Suas fibras podem ser divididas em
um grupo superior e outro inferior que se entrecruzam em ângulos
agudos ao lado da comissura da boca.

Muitas fibras musculares (nem todas) inserem-se na mucosa e na


pele dos lábios. Como resultado da inserção localizada de um forte
feixe muscular, em algumas pessoas, são visíveis pequenas fossas
na pele do lábio. As principais funções deste músculo são cerrar os
lábios para a apreensão de alimentos, assobiar, comprimir os lábios
contra os dentes e nos permitir fazer biquinho para beijar.

Também ajuda na tarefa de expelir o ar da boca à força, permitindo


cuspir sementes de melancia e até tocar instrumentos musicais,
como trompete.

Músculo
Orbicular
da Boca

34
Músculo Depressor da Ângulo da Boca
Este é o músculo que deprime o ângulo da boca, como o próprio
nome explica, fazendo a expressão de tristeza.

Bastante superficial, ele cobre parte do depressor do lábio inferior


e do bucinador. Tem sua origem na base da mandíbula entre as
origens dos músculos platisma e depressor do lábio inferior, em
uma linha que vai da região malar ao tubérculo mentoniano.

Como sua origem é larga e a inserção é reduzida no ângulo


da boca, toma o aspecto de um triângulo de base inferior. É
responsável pelo tratamento do sulco labiomentoniano e das
linhas de marionete. Não é muito comum a indicação para uso de
toxina botulínica e a maioria dos médicos prefere tratar esta área
com preenchedores.

Músculo Depressor
do Ângulo da Boca

35
Músculo Depressor do Lábio Inferior
É um músculo quadrilátero, com a linha de origem imediatamente
acima da linha de origem do depressor do ângulo da boca. A
partir daí, os feixes de fibras seguem obliquamente até o lábio,
onde se inserem.

A parte látero-inferior do músculo é inteiramente oculta pelo


depressor do ângulo da boca. Ambos os músculos cobrem, de cada
lado, o forame mentoniano e seu conteúdo.

Como os outros músculos da face, seu próprio nome revela sua


função, que é a ação do movimento que deprime o lábio inferior e
de expressões de ironia, o pensar e a dúvida.

Músculo Depressor
do Lábio Inferior

36
Músculos Mentonianos
Ambos os músculos mentonianos se situam num espaço triangular
de base inferior formado pelas margens mediais dos músculos
depressores do lábio inferior.

Sua origem óssea é na fossa mentoniana, acima do tubérculo


mentoniano. Dirige-se para a frente e agarra-se firmemente
na cútis do mento, onde às vezes aparece uma depressão
permanente, a famosa covinha ou celulite de queixo.

Sua inserção faz acentuar o sulco labiomentoniano. Eles provocam


o enrugamento da pele do queixo e coloca para a frente o lábio
inferior. Na prática, a ação deste músculo é vista quando alguém
faz “beicinho”.

Músculo Mentoniano

37
Músculos Platisma
É uma lâmina muscular longa, superficial, larga e fina que cobre a maior
parte das regiões lateral e anterior do pescoço, chegando a cruzar a
clavícula e terminar na região peitoral. Suas fibras interdigitam com as dos
músculos do terço inferior da face. Se prende na mandíbula, imediatamente
abaixo do depressor do ângulo da boca e frequentemente envia fibras
até a bochecha. O platisma é o principal músculo depressor da expressão
facial. Ele é responsável por puxar a pele ao redor da parte inferior da boca
para baixo ou para fora, o que vinca a pele na parte inferior do rosto. Sua
contração repetida provoca as bandas verticais decorrentes da separação
e hipertrofia dos feixes musculares e as rugas horizontais do pescoço nos
locais de aderência do sistema músculo aponeurótico superficial (SMAS) à
derme suprajacente. Cada uma das alterações pode ser tratada com toxina
botulínica e, comparando-as com terapias de áreas faciais, no pescoço o
resultado surge mais rapidamente e é mais duradouro. O paciente ideal é
aquele com flacidez da pele discreta a moderada, sem acúmulo de gordura.

Músculo Platisma

38
Mímica facial

Os músculos da expressão facial foram até aqui focados pelo


aspecto puramente anatômico, mas é natural que, por suas
próprias funções, eles devam ser observados pelo aspecto
dinâmico sob a regência do nervo facial.

Suas contrações produzem na face variações na forma dos orifícios


anatômicos, pregas e sulcos da pele que alteram a fisionomia e
exteriorizam os sentimentos das pessoas. São as manifestações
faciais das alterações do comportamento, a expressão das emoções.

Os músculos faciais não se movem comandados apenas por


uma via motora voluntária, eles também se contraem para adotar
expressões por meio de uma via motora involuntária
acrescentada de um componente cerebelar que
controla o sinergismo e a harmonia dos músculos.

Assim, a expressão da mímica facial pode


ser voluntária ou involuntária, natural ou
espontânea.

Um sorriso, por exemplo, pode ser espontâneo


e automático quando se gosta de uma piada (via
não-consciente), mas pode ser também um sorriso
“social” voluntário e programado (via consciente).

Fica claro que a expressão e a mímica facial


constituem ligações dos caracteres físicos e
psíquicos do homem e que a contração dos
músculos traduz os seus próprios sentimentos e
emoções num determinado momento.

39
Agora, vamos tentar relacionar
algumas expressões faciais
específicas com movimentações
musculares.
A exteriorização da atenção afeta às regiões
orbital e frontal. O ventre frontal do músculo
occipitofrontal eleva o supercílio e a pálpebra
superior para se ver melhor, determinando o
aparecimento de rugas horizontais na fronte.

Os músculos da mastigação e o músculo


orbicular da boca ficam algumas vezes relaxados,
o que permite uma ligeira abertura da boca.

A reflexão e a concentração se traduzem


pela contração do músculo corrugador do
supercílio e, em menor grau, do músculo
orbicular do olho, originando pregas
verticais entre os supercílios.

A atenção interrogativa, quando se duvida


ou diverge de alguma explicação, por
exemplo, exterioriza-se pela contração de
um dos corrugadores do supercílio e pela
contração do frontal do lado oposto.

40
Ainda em torno das órbitas, onde se
realizam as expressões faciais mais
nobres e intelectualizadas, pode-
se vincular a ação do corrugador do
supercílio à tradução de esforço, ira,
estranheza, dor psíquica.

O músculo prócero, cuja ação origina


uma prega horizontal abaixo da glabela,
manifesta-se nas demonstrações de
tenacidade, rudeza e de ameaça e
agressão.

A surpresa e o espanto fazem


afastarem-se as rimas bucal e
palpebrais por maior ação do frontal
e relaxamento dos elevadores da
mandíbula.

O susto e o medo são acentuações das


ações musculares que caracterizam a
surpresa. Se o medo evolui para terror
ou pavor, tem-se, então, um exagero das
mesmas ações, com envolvimento também
do orbicular da boca e do platisma para a
contração dos lábios e da pele do pescoço.

41
As manifestações da alegria e da dor física,
que são exprimidas pelo riso e pelo choro,
não são ligadas ao intelecto e se desenham
na região bucal.

No sorriso há uma contração moderada do


complexo muscular bucinador, zigomático
maior e risório, dando a boca uma
configuração curva, côncava para cima.

A função depressora dos músculos do


lábio inferior concorre também para as
expressões de desprezo, desdém, enfado,
soberba, nas quais toma parte bem ativa
o músculo mentoniano no movimento de
eversão do lábio.

Combinadas à ação do platisma, essas


contrações contribuem para as expressões
de asco, repugnância.

Destas duas últimas expressões participa


também o músculo nasal.

Os músculos peribucais, isoladamente,


participam de outras expressões faciais,
como é o caso do elevador do lábio superior
demonstrando menosprezo, suficiência,
ameaça, do bucinador unilateral
demonstrando ironia, zombaria e do
orbicular da boca demonstrando raiva, ira.

42
No riso, as comissuras da boca são levadas
um pouco mais para cima e para os lados
pelo mesmo complexo muscular, podendo
atuar também os músculos zigomático
menor, elevador do ângulo da boca, elevador
do lábio superior e da asa do nariz. O
sulco nasolabial fica mais acentuado e as
pálpebras aproximam-se.

Se o riso evolui para gargalhada, todos esses


músculos se contraem mais fortemente,
acompanhados da contração do orbicular do
olho, a ponto de provocar o aparecimento
de “pés-de-galinha” e transbordamento de
lágrimas.

Por ação do elevador do lábio superior e


da asa do nariz, as narinas aumentam seu
diâmetro transverso.

Nas manifestações de sofrimento, tristeza ou dor,


predomina a ação do músculo depressor do ângulo
da boca que, ao abaixar a comissura da boca, dá à
ela um aspecto arqueado de concavidade inferior e
ao sulco nasolabial um alongamento característico.
O sulco labiomarginal, quando existe, fica mais
pronunciado. As pregas verticais surgem na
área da glabela, resultado da movimentação
do corrugador do supercílio.

Todos esses caracteres dão à face aquele


aspecto “longo“, comum nas pessoas
pessimistas e desanimadas. No pranto ou
choro, a contração enérgica do depressor
do ângulo da boca, auxiliada pela contração do
depressor do lábio inferior e do mentoniano, traz
todo o complexo muscular inferior da face para baixo,
em uma acentuação da expressão anterior.

O orbicular do olho aproxima as pálpebras para


completar o quadro.

43
3 Anatomia do
Envelhecimento

44
Envelhecimento Facial
O envelhecimento facial é um processo multifatorial
e tridimensional. Todos os tecidos estão envolvidos
nesse processo, no qual ocorre a deterioração na
estrutura e aparência da pele, remodelagem óssea,
queda dos tecidos secundária à gravidade, atrofia
de gordura, flacidez da musculatura e alterações
nos ligamentos determinados por fatores
exógenos e endógenos.

Tipos de envelhecimento da pele


Envelhecimento Intrínseco
O envelhecimento intrínseco, também
conhecido como envelhecimento
cronológico, se manifesta na pele com
o surgimento de linhas de expressão,
ressecamento e diminuição da espessura
do tecido. É causado por características
pessoais e genéticas dos indivíduos e não
pode ser evitado.
Envelhecimento natural

Envelhecimento Extrínseco
O envelhecimento extrínseco é causado
por fatores externos ao organismo e, por
isso, pode ser prevenido, pelo menos
em parte. As alterações externas são
mais significantes para a maioria das
pessoas, como por exemplo, os danos
causados pela radiação ultravioleta do sol,
conhecido como fotoenvelhecimento. O
Fotoenvelhecimento dano à pele se acumula com o decorrer
do tempo, causando um colapso gradual
de colágeno e elastina na derme, além da
qualidade e da quantidade de proteínas e
ácidos naturais na pele.

45
Características do envelhecimento da pele

Envelhecimento Extrínseco
Com o decorrer dos anos, a epiderme torna-se mais fina e a
velocidade de renovação celular diminui. A derme vai ficando mais
delgada, devido à redução do número de fibras de colágeno e
elastina do tecido conjuntivo, além da alteração na conformação
das fibras de colágeno existentes.

Essas alterações acabam por proporcionar o aparecimento de


rugas e sulcos que se fundem na derme e na hipoderme.

Apesar de as rugas que se formam no rosto serem, de certa forma,


passíveis de serem minimizadas, é importante que se tomem cuidados
adequados com a pele. Por exemplo, o uso de proteção solar, a
utilização de cremes hidratantes ou o uso de um arsenal de produtos
cosméticos utilizados para prevenir o aparecimento de rugas.

Uma aparência envelhecida pode ser devido a


qualquer uma das seguintes combinações ou
ainda independentemente delas:

Linhas de expressão e rugas Uso de drogas


Genética Tabagismo
Tipo e extensão de Uso de determinados
exposição aos raios UV medicamentos
Doenças
Perda de
elasticidade/colágeno Tratamentos médicos

Pigmentação irregular Afinamento


e descoloração ósseo/perda óssea

46
Envelhecimento
ósseo
35 anos 45 anos 55 anos

O esqueleto ósseo da face é importante para o contorno


tridimensional da face, pois é ele o que dá o suporte no qual os
tecidos moles se sustentam.

Com o aumento da idade o processo de envelhecimento afeta


também os ossos da face.

Os ossos da face perdem volume e sofrem


reabsorção em áreas específicas, como
as regiões das órbitas, do maxilar e
da mandíbula.

O esqueleto vai
apresentando alterações
morfológicas com a idade,
o que consequentemente
leva a alterações na
projeção dos tecidos
moles, acentuando
os sulcos e rugas
que surgem com o
envelhecimento.

Estas mudanças
estruturais levam a
implicações estéticas
que podem ser tratadas
quando é realizada
volumização facial.

47
Alterações nas órbitas e terço médio da face
Vários estudos sugerem que o envelhecimento
da órbita e do terço médio da face fazem
parte de um processo de alterações no
formato dos ossos.

O alargamento global da abertura orbital


resulta na mudança das relações entre os
componentes da órbita e a estrutura óssea
que os circunda. Isso pode levar a alterações
como a proeminência das bolsas de gordura,
sulcos mais proeminentes ou enoftalmo
e ptose, que podem ser vistos com o
envelhecimento.

As alterações que ocorrem na metade


superior da órbita podem resultar em queda
dos tecidos moles em direção à abertura
orbital e, consequentemente, na aparência
de queda da sobrancelha, principalmente na
região da cauda.

Na metade inferior, os tecidos moles podem


descer sobre a proeminência óssea diminuída,
levando à flacidez na pálpebra inferior e
aprofundamento do sulco nasojugal.

A diminuição do ângulo maxilar pode levar à


diminuição do suporte ósseo para as bolas
de gordura malar, o que pode tornar o sulco
nasolabial mais proeminente.

O aumento da abertura piriforme com o


aumento da idade pode contribuir para a
diminuição da projeção e suporte nasal.

48
Alterações mandibulares
A mandíbula é a estrutura
do terço inferior e qualquer
mudança na sua projeção,
espessura ou peso, pode
resultar em uma perda de
definição da parte inferior da
face, afetando a estética global.

Pacientes com peso e


comprimento normais no ramo,
tem um suporte excelente
para o reposicionamento dos
tecidos moles.

Em oposição, aqueles que têm


ramo curto, ângulo mandibular
aberto e corpo mandibular
curto, tem suporte esquelético
pobre para o terço
médio e região perioral e
frequentemente se beneficiam
de aumento volumétrico
para aumentar seu suporte
esquelético.

De maneira geral, há
reconfiguração de uma face
jovem triangular para uma face
mais quadrangular.

49
Envelhecimento das camadas de gordura
Como a face é composta de múltiplas subunidades anatômicas,
é improvável que seu envelhecimento seja uniforme em todas as
regiões.

Na face jovem, a gordura malar se posiciona na proeminência


malar, levando a um formato de coração com o ponto de
convergência no mento.

Com a idade, a gordura malar cai, expondo o rebordo orbital


inferior e contribuindo para a formação dos sulco nasolabial. O
comprimento vertical da pálpebra inferior parece aumentar. A ptose
também é evidente nas sobrancelhas e no terço inferior da face.

A face jovem é caracterizada por uma transição suave entre os


compartimentos subcutâneos e o envelhecimento leva a perda
abrupta desta transição.

35 ANOS 45 ANOS 55 ANOS

50
Compartimento de gordura facial
A camada de gordura da face não é contínua, mas dividida em
compartimentos.

O envelhecimento facial pode ser analisado como uma mudança


no volume e posição desses compartimentos distintos, tanto os
superficiais como os profundos.

No terço médio, os compartimentos superficiais que mais sofrem


alterações com o envelhecimento são os compartimentos
malares medial, médio e lateral. Os compartimentos profundos se
encontram abaixo desta camada superficial.

Esses compartimentos podem envelhecer independentemente. A


queda dos tecidos moles somente não explica a complexidade do
processo de envelhecimento.

Com o passar dos anos existe hipertrofia seletiva da porção


superior da gordura facial, além de redistribuição generalizada da
gordura da face em todas as localizações.

As alterações musculares e nos ligamentos faciais também


contribuem para que as alterações nos compartimentos
gordurosos sejam mais visíveis em algumas regiões como, por
exemplo, nas pálpebras inferiores.

Visão frontal e lateral dos Visão frontal dos


compartimentos de gordura compartimentos de
superficial da face. gordura profundos da face.

51
Envelhecimento dos músculos e ligamentos
Musculatura
O envelhecimento causa uma diminuição na massa e/ou na força
muscular em todas as regiões do corpo. Essas alterações também
foram estudadas na face. Como, por exemplo, o músculo orbicular
da boca afina com a idade, enquanto o mesmo não acontece com
o músculo orbicular dos olhos.

Aqui é importante analisar o Sistema Músculo Aponeurótico


Superficial (SMAS).

O SMAS é uma estrutura fina, esbranquiçada, rica em colágeno,


responsável pela sustentação da pele, tanto na face quanto no
corpo. Está localizada logo abaixo do tecido adiposo e envelopa os
músculos da face, responsáveis pela expressão facial. Esta camada
fibromuscular do terço médio da face separa a gordura facial
profunda dos compartimentos de gordura da camada superficial.

Alguns autores relatam o SMAS como uma rede 3D que contém


fibras de tecido conectivo subcutâneo que fazem conexões com a
derme. O SMAS desempenha um papel significativo no processo
de envelhecimento.

À medida que envelhecemos, o SMAS enfraquece e diminui o


suporte da face, ou seja, sua capacidade de manter os músculos. E
a gordura e a pele vão diminuindo ao longo do tempo.

Esse processo, combinado com a


gravidade e os fatores ambientais, Derme
faz com que os traços faciais
percam o vigor juvenil.
Epiderme
Assim, mudanças nas propriedades
viscoelásticas do SMAS podem em
última análise levar à alterações de
Hipoderme
diferentes tecidos da face.

Smas

52
Envelhecimento dos músculos e ligamentos
Ligamentos
Os ligamentos de retenção da face são responsáveis por ligar as
camadas de tecido mole ao esqueleto subjacente.

Eles servem para estabilizar a face jovem, mas a movimentação


muscular contínua em combinação com as alterações intrínsecas
do envelhecimento levam ao enfraquecimento desse suporte
ligamentar.

A frouxidão nos ligamentos pode ser uma das causas primárias do


envelhecimento facial, tornando visível uma série de convexidades
e concavidades.

Além disso, o reposicionamento (queda) dos compartimentos de


gordura que ocorre com o passar dos anos leva ao estiramento
dos ligamentos faciais e causa subsequente ptose nos tecidos
moles da face.

53
4 Conclusão

54
Nas estruturas da face
podem ser percebidos
os primeiros sinais de
envelhecimento, como
a flacidez muscular
e da pele, as rugas
e as manchas.

Os procedimentos estéticos podem trazer excelentes resultados,


melhorando a autoestima dos pacientes.

No entanto, é preciso ter preparo e qualificação para realizar tais


procedimentos. Afinal, na face existem estruturas que, se forem
lesadas, podem gerar sequelas irreversíveis.

Portanto, conhecer bem a anatomia facial é fundamental, pois traz


mais segurança, diminui o risco de possíveis complicações nos
procedimentos e garante melhores resultados.

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