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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 20ª VARA

DO TRABALHO BELO HORIZONTE/MG.

PREVENÇÃO AOS AUTOS: 0010102-46.2022.5.03.0020

MARINALDO NASCIMENTO, brasileiro, inscrito no CPF sob o n° 457.895.505-25,


portador do RG de nº BA 05.630.135-91, residente e domiciliado na Rua Imperatriz, n° 75,
Bairro Itaban, Muruci /BA, CEP 45.936-000, vem através de seu procurador, abaixo-assinado,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, ajuizar a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em face de

99 TECNOLOGIA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n°


18.033.552/0001-61, com sede na Rua Sansão Alves dos Santos, n° 400, Andares 3,4,5,6 e 7,
Bairro Cidade Monções, São Paulo/SP, CEP 04.571-090, pelos motivos fáticos e de direito a
seguir expostos.

1. PRELIMINARMENTE

A presente ação contém os mesmos pedidos e a mesma causa de pedir do processo 0010102-
46.2022.5.03.0020 que foi distribuído perante a 20ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. Por
esta razão, este juízo é prevento para conhecer e julgar esta matéria.

2. DOS FATOS E DO DIREITO


O reclamante é IRMÃO da Sra. MARGARETE NASCIMENTO, falecida durante
horário de trabalho em benefício da reclamada.

A “de cujus” havia perdido o trabalho de cozinheira há cerca de três meses e, desde
então, passou a alugar um automóvel, FIAT Uno, ano 2012, para trabalhar como motorista de
aplicativo da plataforma digital da requerida, vez que, sozinha, ela era a provedora da família,
composta por três filhas e cinco netas.

Sra. Margarete costumava sair para o labor às 08:00 horas, voltava em casa para
almoçar às 13:00 e encerrava o dia às 22:00 horas, auferindo, em média, uma renda de
R$3.000,00 (três mil reais) a R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).

Ocorre que, no dia 10/10/2021, a Sra. Margarete, saiu para trabalhar como
normalmente fazia.

Todavia, as horas foram se passando e o reclamante juntamente com suas demais


irmãs tentaram entrar em contato com a mesma durante toda a noite sem sucesso.

O reclamante juntamente com suas irmãs descobriu que a Sra. Margarete foi
assassinada a sangue frio, com um tiro na cabeça, por um cliente do aplicativo conforme se
verifica, na ocorrência e inquérito policial anexos.

A notícia da morte de Margarete fez com que o reclamante ficasse desesperada,


muito triste, com profundo sentimento de vazio e perda, pois a trabalhadora era o alicerce da
família. Uma mulher bondosa, amorosa, responsável, e que não tinha desavenças com
ninguém. A tenra idade do reclamante fazia com que ela buscasse na irmã as referências de
amor, amizade e honradez que tanto faltam nesse mundo. Perder a irmã tão cedo trará danos
imensuráveis à saúde mental e comportamental do reclamante.
Foi verificado que o desaparecimento e consequente morte da “de cujus” ocorreu
após ela aceitar o primeiro passageiro pelo aplicativo da requerida no Via Shopping, na região
do Barreiro.

Ora, Excelência! O reclamante, em razão do ato ilícito da reclamada, tivera o laço


afetivo com sua irmã rompido de forma abrupta e prematura, pelo que perderam a chance de
conviver e de compartilhar de mais momentos e intimidade que só irmãos partilham, o que
representa imensurável e irreparável prejuízo. Após a tragédia, a requerente vive um
verdadeiro sentimento de desespero e sofrimento, chora muito e sente um vazio no coração,
vez que perderam uma pessoa insubstituível e que desde a tragédia, sobrou apenas sentimento
de dor, tristeza, vazio, revolta e indignação em razão da conduta da requerida, não tendo
restado às reclamantes alternativa senão tentar dar continuidade a sua própria vida sem o
amor, o carinho e a companhia de sua irmã.

Assim, resta inequivocamente demonstrado o dano experimentado pela requerente,


em decorrência da conduta ilícita da reclamada.

3. DO ACIDENTE DE TRABALHO

A legislação brasileira considera acidente de trabalho os eventos ocorridos pelo


exercício do labor, que causem lesão corporal ou perturbação funcional, morte e perda ou
redução da capacidade para o trabalho.

Também, são identificados como acidentes do trabalho as doenças profissionais, os


acidentes ocorridos no local de trabalho decorrentes de atos intencionais ou não de terceiros
ou de companheiros do trabalho, os casos fortuitos ou decorrentes de força maior, os
acidentes ocorridos no percurso residência/local de trabalho/residência e nos horários das
refeições (Lei n° 8.213/1991), entre outros.
“In casu”, uma vez que a trabalhadora autônoma faleceu durante o expediente,
enquanto prestava serviço à reclamada, configurado está o acidente de trabalho nos termos do
art. 19 da Lei 8.213/1991.

Além disso, em observância ao Princípio da Eventualidade, caso não seja


considerado como acidente de trabalho no entendimento deste D. Juízo, mesmo que
considerado como ato ilícito ocorrido no curso da prestação de serviço, tal condição não
isenta a reclamada de pagar a indenização pretendida, já que a mesma assumiu o risco da
atividade econômica e, com isso, atrai a aplicação dos arts. 927 e 186 do Código Civil.

Nesse diapasão, a recente modificação introduzida no novo Código Civil, foi adotada
a teoria da responsabilidade civil objetiva nos casos de acidente de trabalho ou doenças que a
ele se equiparem, e com isso, se tornou despicienda a necessidade de comprovação da culpa
do causador do dano, já que para que haja a reparação de dano, é suficiente a simples
comprovação de que o dano esteja diretamente relacionado ao acidente sofrido pela vítima.

Nesse sentido, transcrevemos o disposto no art. 927, do Código Civil:

"Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo."
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza e
risco para os direitos de outrem.

A atividade de transporte é eminentemente de risco, logo, aplicável a teoria da


responsabilidade objetiva, devendo as reclamantes serem indenizadas conforme a seguir será
requerido, com fulcro no dispositivo legal retro transcrito.

Outrossim, corroborando os argumentos supracitados, constata-se, conforme


determina o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988, que a reclamada presta serviço de
utilidade pública e, portanto, deve reparar os danos que causou.
Desta forma, como ficou comprovado o dano e o nexo causal, é devida a indenização
pretendida.

“Ad argumentandum tantum", ainda que não fosse considerada a teoria da


responsabilidade objetiva, e fosse necessária a comprovação da culpa do causador do dano,
esta também ficou claramente caracterizada no caso em epígrafe, conforme veremos nas
razões historiadas abaixo.

Nesse sentido, a CULPA da reclamada está evidenciada através das inúmeras


atitudes negligentes e imprudentes da mesma.

Isto porque a empresa é a beneficiária do serviço prestado pela “de cujus” e não
realizou a fiscalização devida para a segurança de seus condutores ("culpa in vigilando"),
como por exemplo com a utilização de câmeras no interior do veículo, acionador de
segurança, “botão de pânico”, ou gravações das viagens a fim de resguardar a integridade
física de seus motoristas.

Vale destacar que a reclamada fora totalmente negligente e imprudente, motivo pelo
qual deve ser responsabilizada pelo ocorrido, tendo agido com culpa.

É preceito legal que compete ao tomador dos serviços garantir a execução do


trabalho, sem que tal fato gere dano à integridade física de seus prestadores, daí porque a
inexecução das medidas de segurança do trabalho acarreta a responsabilidade do contratante.
Quando a empresa não cumpre obrigação explícita no contrato de prestação de serviços
concernente à segurança de seus trabalhadores e da incolumidade durante a prestação de
serviços, tem o dever de indenizar o dano.

Nesse sentido, determina o art. 157 da CLT:


Cabe às empresas:
I- Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho.

Importante, ainda, transcrever trecho da obra do Mestre Washington de Barros


Monteiro, Curso de Direito Civil, Direito das Obrigações, 5º volume, Editora Saraiva:

"Todo ato ilícito gera para seu autor a obrigação de ressarcir o prejuízo
causado. É de preceito que ninguém deve causar lesão a outrem. A menor
falta, a mínima desatenção, desde que danosa, obriga o agente a indenizar
os prejuízos conseqüentes de seu ato".

No mesmo sentido, é o recentíssimo entendimento da jurisprudência. Vejamos:

Importa destacar também que, estando a Uber inserida na dinâmica da


prestação de serviços do de cujus, a imputação de responsabilidade à
referida empresa é questão que se impõe, haja vista que cabe àquele que se
beneficia da atividade, ainda que não se trate de relação de natureza
empregatícia, responder pelos danos sofridos pelos responsáveis pela
realização dos serviços. (RO n° 0000078-31.2020.5.07.0015 –
Desembargador relator: Clóvis Valença Alves Filho – Data de publicação
15/09/2021).

Desta forma, demonstrado e provado à saciedade, o nexo causal, a culpa da


reclamada e o dano experimentado pelas reclamantes, subsiste a obrigação de indenizar os
danos morais.

Como não bastasse o próprio sofrimento, a Requerente é, ainda, diretamente atingida


pelo sofrimento dos demais familiares, em especial de seus avós, de suas irmãs e de suas
sobrinhas, que também ficaram muito entristecidas com a perda da avó, choram
constantemente e não entendem o porquê isso aconteceu.

Soma-se, ademais, a circunstância em que a tragédia ocorreu, vez que a Sra.


Margarete estava em seu horário de trabalho, buscando de forma honrada o seu sustento e o
de sua família e, em razão da conduta ilícita da ré, resta apenas sentimento de dor, tristeza,
vazio, revolta e indignação em saber que tal situação poderia ter sido evitada.
Assim, comprovado está o dano causado.

Dessa forma, os traumas emocionais pelo acidente de trabalho foram nefastos para o
reclamante, sendo certo, portanto, que as consequências oriundas do acidente extrapolaram o
lado econômico e patrimonial, gerando reflexos psicológicos.

A culpa da ré também está fartamente demonstrada, e é gravíssima, já que a mesma


não cumpriu as normas mais elementares de segurança do trabalho.

Consoante a lição de Carlos Alberto Bittar ("Responsabilidade Civil por Danos


Morais", 2ª ed., RT, ano 94):

"...responsáveis são as pessoas que, direta ou indiretamente nos termos da


lei, se relacionam com o fato gerador do dano. Incluem-se as pessoas que
praticam atos ilícitos, por si ou por elementos outros produtores de danos,
ou exercem atividades perigosas, compreendidas, pois, as diferentes
situações de responsabilidade por fato próprio, ou de terceiros, ou de
animal ou de coisas relacionadas. E inserem-se, então neste contexto,
entidades ou pessoas das quais flui a energia danificadora, ou que estão
relacionadas juridicamente com o causador da lesão. i. (obra citada pág.
137)

Sobre o tema, a ressarcibilidade de prejuízos não patrominiais, escreveram os


insignes juristas Muzeund e Tunc:

"Em direito essa reparação impõe-se também ante a eqüidade e é uma


consideração que resultaria em vão menosprezar. Pareceria chocante em
uma civilização tão avançada como a nossa, que fora possível, sem incorrer
em nenhuma responsabilidade civil, lesionar os sentimentos mais elevados e
mais nobres de nossos semelhantes, enquanto que o menor atentado contra o
patrimônio origina reparação.

A propósito, sobre o tema já se tem decidido:

"Dano moral. Reparação. Execução de sentença. No arbitramento do valor


do dano moral é preciso ter em conta o grau em que o prejuízo causado
terá influenciado no ânimo, no sentido daquele que pleiteia a reparação. A
intensidade da culpa, a violência, as circunstâncias em que ocorreu o efeito
danoso poderão informar o critério a ser adotado em tal arbitramento,
árduo e delicado, porque entranhado de subjetividade" (TJRJ - 8ª AP. - Rel.
Paulo Pinto - j. 06.08.85 - RT 602/180).

"A indenização por dano moral é arbitrável mediante estimativa


prudencial que leve em conta a necessidade de, com a quantia, satisfazer a
dor da vítima e dissuadir, de igual e novo atentado, o autor da ofensa"
(TJSP 2ª C. el. Cezar Peluso - j. 21.12.93 - RJTJESP 156/94 e RT 706/67).

“entendo que a morte do de cujus, ocorrida durante o exercício de suas


atividades, reclamam e justificam o deferimento da indenização
pretendida, eis que restaram sobejamente caracterizados os elementos
ensejadores da responsabilidade civil, faltando apenas definir o quantum
devido a esse título, que será arbitrado em valor equivalente à extensão
do dano sofrido, nos termos dos art. 944 do Código Civil Brasileiro. É
certo que o valor dos danos morais a ser fixado deve ser condizente com
o sofrimento experimentado, harmonizando-se com os propósitos do
instituto jurídico da reparação civil, que não tem o escopo de ressarcir
prejuízo de todo incomensurável, mas, enquanto pena pecuniária e
pedagógica que é, impor sanção ao agressor para que este, atingido no
seu patrimônio, possa se redimir do ato faltoso praticado, além de
compensar o ofendido em pecúnia pelo prejuízo moralmente
experimentado. Reconheço que se trata de matéria delicadíssima e que,
efetivamente, todos os critérios utilizáveis sempre terminaram por gerar
imprecisões. Busca-se, contudo, aquele menos matemático, e sim mais
humano, mais próximo da razoabilidade e do bom senso pelo que
entendo que a fixação arbitrada prudentemente pelo Julgador, valendo-
se da equidade e sujeita a controle, é a que se apresenta como mais
sensata. O tema vem sendo objeto de acirrada controvérsia doutrinária e
jurisprudencial, não obstante venha se firmando posicionamento no
sentido de que a tarifação ou qualquer estudo matemático não é critério
adequado para fixação de danos morais, já que o Juiz deverá avaliar a
magnitude da dor ocasionada ao postulante, utilizando-se da prova, da
realidade que o cerca, do bom senso e das máximas de experiência.
Assim, porque o valor da indenização deve se revelar razoável, não
representando enriquecimento sem causa para o ofendido, mas sim meio
de dissuadir o causador do dano à continuidade ou repetição do mesmo
procedimento.” (RO n° 0000078-31.2020.5.07.0015 – Desembargador
relator: Clóvis Valença Alves Filho – Data de publicação 15/09/2021).

Desta forma, considerando os diversos danos causados e a gravidade da tragédia


ocorrida, faz jus o reclamante o pagamento da indenização por danos morais no valor de
R$500.000,00 (quinhentos mil reais), o suficiente para que sirva como inibidor de atos como
estes pela reclamada.

4. REPARAÇÃO POR ATO ILÍCITO - DANOS PATRIMONIAIS


O reclamante é irmã da “de cujus” e ambas possuíam uma relação de muito amor,
companheirismo e afetuosidade, o verdadeiro amor incondicional de irmãos.

Além de toda dependência emocional, o reclamantes dependia financeiramente de


Margarete para todos os atos de suas vidas, visto que era a única fonte de renda da família
adivinham da “de cujus”.

A “de cujus” em seu labor para a Reclamada auferia renda mensal de R$ 3.500,00
(três mil e quinhentos reais) mensais, o qual era integralmente utilizado para manutenção e
subsistência da família.

Com a morte prematura de Margarete, o irmão se viu privada do conforto e bem-


estar que Margarete proporcionava, além de passar a ter dificuldades para manutenção da vida
pôs a perda do alicerce da família.

Como é cediço, o Código Civil brasileiro determina a responsabilidade de indenizar


sempre que por ato ilícito gerar dano a outrem.

No caso em tela o ato ilícito encontra-se evidente, devendo a Reclamada arcar com o
infortúnio causado a família, nos termos do art. 948, II do CC.

“Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras


reparações:

II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se


em conta a duração provável da vida da vítima.”

Corrobora entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Vejamos:


EMENTA: ACIDENTE DO TRABALHO. MORTE DO EMPREGADO.
DANOS. REPARAÇÃO. É devida à autora compensação pelo dano moral
sofrido em conseqüência da morte do filho, ocorrida em acidente do trabalho.
O ato ilícito atribuído ao empregador resulta da conduta imprudente,
consubstanciada na determinação de que o empregado executasse funções de
motorista, estranhas às tarefas ajustadas no ato de contratação, provocando
exposição desnecessária a situação de risco. Da conduta ilícita resultou
acidente que provocou a morte de três empregados, entre os quais
encontrava-se o filho da demandante. Além da obrigação referente à
compensação pelo dano moral, é devido o pagamento da reparação
do dano material sofrido pela mãe do falecido, nos termos do artigo 948
do Código Civil, vantagem devida na forma de pensão mensal, destinada
a restaurar a situação financeira da família, alterada pelo óbito.

(TRT da 3.ª Região; Processo: 0249000-20.2009.5.03.0047 RO; Data de


Publicação: 16/09/2010; Disponibilização: 15/09/2010, DEJT, Página 133;
Órgão Julgador: Setima Turma; Relator: Alice Monteiro de Barros;
Revisor: Paulo Roberto de Castro)

Logo, cabe a Reclamada ressarcir o prejuízo material sofrido pelas Reclamantes,


pagando em parcela única, a renda mensal da “de cujus” até a provável duração de sua vida,
que atualmente, segundo pesquisa realizada pelo IBGE, seria de 80 anos.

Conforme certidão de óbito anexa, Margarete faleceu aos 49 anos, tendo então uma
expectativa de vida de mais 31 anos. Como a “de cujus” auferia renda mensal de R$ 3.500
(três mil e quinhentos reais), a indenização deverá seguir este valor acrescido de 13° até a
provável data de sua morte, totalizando o valor de R$ 1.410.500,00 (um milhão, quatrocentos
e dez mil e quinhentos reais).

5. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

A nova legislação trabalhista prevê o arbitramento de honorários de sucumbência ao


advogado, a serem fixados entre 5% e 15%, senão vejamos o que preceitua o art. 791-A da
CLT:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento)
e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da
liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
No caso em tela, há que se considerar a complexidade da causa, a prestação dos
serviços de forma zelosa e diligente, o tempo de acompanhamento, o valor envolvido da
demanda e a repercussão social do litígio, razão pela qual requer seja condenada a Reclamada
ao pagamento dos honorários de sucumbência no importe de 15% sobre o valor da causa.

6. DOS PEDIDOS

Por todo exposto, requer seja a Reclamada condenada a pagar o reclamante:

A) Indenização por danos morais pelo acidente de trabalho sofrido pela de cujus para o autor
no importe de .........................................................................................................R$
500.000,00

B) Indenização por danos materiais sofrido pelo reclamante no importe


de ............................................................................................................................ R$
1.410.500,00

C) Condenação ao pagamento dos honorários sucumbenciais no importe


de...........................................................................................................................R$ 286.575,00

Requer os benefícios da Justiça Gratuita, por ser o reclamante pobres no sentido


legal, não tendo condições de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu sustento
e de sua família.

Ressalva, a incidência de juros e correção monetária, nos termos da legislação


trabalhista específica, a incidir sobre todas as parcelas ora pleiteadas.
Ante o exposto, requer o reclamante que V. Exa. digne-se a determinar a notificação
do Reclamado no endereço indicados, na pessoa de seu representante legal para, querendo,
responder a todos os termos e atos da presente, sob pena de revelia e confissão,
acompanhando, se lhe for do interesse, até decisão final que julgará totalmente procedentes
os pedidos do presente feito, condenando a Reclamada no pagamento das parcelas ora
pleiteadas, bem como custas e demais despesas processuais.

Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito,


mormente documental, testemunhal, bem como depoimento pessoal das partes, sob pena
de confissão.

Dá à causa, o valor de R$ 2.197.075,00 (dois milhões, cento e noventa e sete mil e


setenta e cinco reais).

Termos em que,

Pede e espera deferimento

Belo Horizonte, 31 de março de 2022.

JULIANO PEREIRA NEPOMUCENO

OAB/MG 73.683

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