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Metodologia de Investigação Científica 2021

Índice

Título página
1. Introdução …………………………..…………………………………………………….3
2. Pesquisa …………………………………………………………………………………...4
1.1 Tipos de Pesquisa…………………………………………..………………………………….4
1.1.1.1 Pesquisa qualitativa ……………………….………………………………………………4
1.1.1.2 Pesquisa Quantitativa……………………………………………………………………...5
1.2 Conhecimento científico e outros tipos de conhecimento ……………………………………5
1.2.1 Características do conhecimento popular………………………………………………....9
1.3 Conceito de ciência………………...………………………………………………………….9
1.4 Divisão e classificação das ciências……...……………………………………………………9
3. Projecto de uma pesquisa………………………………………………………………...11
3.1 Estrutura de um projecto…………………………….……………………………...……11
3.2 Cronograma………………………………………………………………………………13
3.3 Elementos de um projecto………………………………………………………………..14
3.4 Delimitação de um Tema ………………………………………………………………..14
3.5 Objectivos gerais ………………………………………………………………………...14
3.6 Objectivos específicos…………………………………………………………………...15
3.7 Justificativa………………………………………………………………………………15
3.8 Objecto…………………………………………………………………………………...15
3.8.1 Problema……………………………………………………………………………..15
3.8.1.1 Como estruturar uma pergunta científica…………………………………………….16
3.8.1.2 Hipótese básica………………………………………………………………………17
3.8.1.3 Hipótese secundária………………………………………………………………….17
4. Metodologia ……………………………………………………………………………..18
4.1 Técnica de colecta de dados……………………………………………………………...18
4.1.1 Documentação indirecta……………………………………………………………...18
4.1.2 Pesquisa documental…………………………………………………………………18
4.1.3 Pesquisa Bibliográfica……………………………………………………………….19
4.1.4 Referência bibliográfica……………………………………………………………...19
4.1.5 Como fazer uma referência bibliográfica……………………………………………20

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Metodologia de Investigação Científica 2021

4.2 Observação……………………………………………………………………………….20
4.2.1 Limitações da observação……………………………………………………………21
4.3 Entrevista………………………………………………………………………………...21
4.3.1 Tipos de entrevista …………………………………………………………………..22
4.3.2 Limitações……………………………………………………………………………22
4.4 Questionário……………………………………………………………………………...22
4.4.1 Limitações……………………………………………………………………………23
4.5 Citação…………………………………………………………………………………...23
4.5.1 Citação directa……………………………………………………………………….23
4.5.2 3.5.2 Citação indirecta……………………………………………………………….24
4.5.3 Citação de uma comunicação oral…………………………………………………...25
4.5.4 Citação de programas de rádio e televisão…………………………………………...25
4.6 Pesquisa de campo……………………………………………………………………….25
4.7 Pesquisa de laboratório…………………………………………………………………..25
5. Métodos de abordagem…………………………………………………………………..25
5.1 Método indutivo………………………………………………………………………….25
5.2 Método dedutivo…………………………………………………………………………26
5.3 Método dialéctico………………………………………………………………………...27
6. População e amostragem…………………………………………………………………28
6.1 População………………………………………………………………………………...28
6.2 Amostra…………………………………………………………………………………..28
6.3 Amostragem……………………………………………………………………………...28
6.4 Planos de amostragem……………………………………………………………………29
7. Pesquisa em saúde………………………………………………………………………..30
7.1 Surgimento do comité de bioética………………………………………………………..30
7.2 Comité de bioética……………………………………………………………………….31
7.3 Ética profissional………………………………………………………………………...31
7.3.1 Virtudes profissionais………………………………………………………………..32
8. Bibliografia………………………………………………………………………………33

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1. Introdução
A disciplina de Metodologia e Investigação cientifica (MIC), é um campo das ciências que se
ocupa com o estudo referente as áreas de pesquisa e construção do conhecimento científico. Ela
permite aos estudantes a compreensão e o conhecimento da trajectória para a elaboração e
realização de trabalhos de pesquisa.

Objectivos gerais da disciplina

Ao terminar a disciplina de Metodologia e Investigação Cientifica, o estudante deverá ser capaz


de:

• Aplicar os conhecimentos adquiridos em diversas áreas da vida;


• Explicar a origem da filosofia da ciência;
• Descrever os diferentes métodos de uma pesquisa científica;
• Conhecer as técnicas de pesquisa;
• Elaborar um relatório de pesquisa científica.

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CAPITULO I: Introdução a Metodologia de Investigação Cientifica (MIC)

1.Pesquisa

O que entendemos por Pesquisa?

Pesquisar é uma necessidade de todos os indivíduos. Para alcançar a qualificação como um


processo de investigação científica.

As pesquisas geram as ciências e por sua vez as tecnologias. Abrangem todas as áreas onde há
intervenção do Homem, desde a produção de alimentos, utensílios domésticos, telecomunicação,
etc. Por meio dela, tem o Homem explorado de forma mais rápida e eficiente o meio ambiente, o
espaço, a melhoria do sector agro-pecuário e da qualidade da educação, além de novas descobertas
nas áreas da Medicina, Informática, Farmacêutica, entre outros.

Pesquisa é o conjunto de procedimentos sistematizados, baseados em raciocínio lógico, na busca


de soluções para os problemas nas diversas áreas, utilizando metodologia científica.

Só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar uma
resposta. Pesquisar é portanto, buscar ou procurar resposta para alguma coisa. As razões que levam
à realização de uma pesquisa científica podem ser agrupadas em razões intelectuais e práticas.

Graças a estas pesquisas, o Mundo em que vivemos tem registado melhorias em vários campos do
saber.

1.1 Tipos de pesquisa

1.1.1 Quanto a abordagem


1.1.1.1 Pesquisa qualitativa

A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas sim, com o
aprofundamento de compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.os pesquisadores
que adoptam a abordagem qualitativa

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Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam o porquê das coisas, exprimindo o
que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem a
prova de factos, pois os dados não são mensuráveis e se valem de diferentes abordagens.

Esta pesquisa preocupa-se com os aspectos da realidade que não podem ser quantificados,
centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.

1.1.1.2 Pesquisa Quantitativa

Diferente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados,


como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os
resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da
pesquisa.

A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenómeno,


as relações entre as variáveis.

A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do


que se poderia conseguir isoladamente.

1.2 Conhecimento Cientifico e outros tipos de conhecimento

Ao se falar de conhecimento científico, o primeiro passo consiste em diferenciá-lo de outros tipos


de conhecimento existentes.

Para tal, vejamos o seguinte exemplo:

Desde a antiguidade, até aos nossos dias o Homem mesmo desprovido de outros conhecimentos
sabe o momento exacto da sementeira, a época da colheita, a necessidade do uso dos adubos, como
proteger as plantações das pragas, conhece o solo adequado para as diferentes culturas e também
tem o conhecimento de que o mesmo tipo de cultura todos os anos empobrece o solo.

Hoje a agricultura utiliza sementes seleccionadas, usa adubos químicos para maximizar a
produção, uso de insecticidas como forma de acabar com as pragas, entre outros métodos.

a) Quais os tipos de conhecimento que podemos diferenciar neste exemplo?

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Neste exemplo, temos dois tipos de conhecimento, o primeiro é o popular, o conhecimento é
transmitido de geração para geração por meio de uma educação informal e baseada exclusivamente
na imitação e experiência pessoas, portanto empírico, desprovido de conhecimento sobre a
composição do solo, das causas do desenvolvimento das plantas, o ciclo reprodutivo dos insectos,
etc.

O Segundo, é o científico, é transmitido por intermédio e treinamento apropriado, sendo um


conhecimento obtido de modo racional, conduzido por meio de procedimentos científicos.

Visa essencialmente explicar, “porquê” e “como” os fenómenos ocorrem.

Saber e conhecer significa ter posse de informações, ter noção de algo que se relaciona com o
mundo envolvido, o conhecimento significa consciência de si mesmo e acto ou efeito de saber e
conhecer de forma metódica e organizada.

Etimologicamente a palavra conhecimento deriva do latim cognoncere, é sinónimo de “procurar


entender” ou connhecer Junto” (MAGALHÃES, 2005 apud CASTILHO, BORGES E
PERREIRA, (2011:9).

Define-se conhecer como uma relação entre a pessoa e o objecto a ser conhecido. No processo de
conhecimento, a pessoa se apropria, de certo modo do objecto a ser conhecido.

O conhecimento vulgar ou popular, as vezes denominado censo comum, não se distingue do


conhecimento cientifico nem pela autenticidade, nem pela natureza do objecto conhecido, o que
as diferencia é “ a forma, o modo ou o método e os instrumentos do conhecer”

Saber que uma determinada planta precisa de “X” quantidade de água e que, se não a receber de
forma natural, deve ser irrigada pode ser um conhecimento verdadeiro e passível de se por a prova,
mas, nem por isso científico. Para que isso ocorra, é necessário ir mais além: conhecer a natureza
dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que distinguem
uma espécie de outra.

Dessa forma, segundo LAKATOS E MARCONI (2003:74) evidenciam-se dois aspectos:

• A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e a verdade;

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• Um mesmo objecto ou fenómeno – uma planta, um mineral, uma comunidade ou as
relações entre chefes e subordinados – pode ser matéria de observação tanto para o
cientista quanto para o homem comum; o que leva a um conhecimento cientifico e outro
vulgar ou popular é a forma de observação.
1.2.1 Características do conhecimento popular

O conhecimento popular refere-se ao conhecimento prático, obtido ao acaso, após inúmeras


tentativas, é adquirido e acumulado através de terceiros, da vivência e dos problemas do dia-a-dia.
É obtido por qualquer ser humano e baseia-se na experiencia pessoal.

Para Ander-Egg (1978:13) apud LAKATOS E MARKONI (2003:76), o conhecimento popular


caracteriza-se por ser predominantemente:

• Superficial – isto é conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando juntodas coisas: expressa-se por frases como “porque vi”, “porque
senti”, “porque disseram”, “porque todo mundo diz”;
• Sensitivo, ou seja, referente a vivências – estados de ânimo e emoções da vida diária;
• Subjectivo – pois é o próprio sujeito que organiza as suas experiências e conhecimentos,
tanto os que aduire por vivência própria quanto os “por ouvi dizer”;
• Assistemático – pois essa “organização” das experiencias não visa a uma sistematização
das ideias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;
• Acrítico – pois, verdadeiro ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não
se manifesta sempre de uma forma critica.
1.2.2 Os quatro tipos de conhecimento
a) Conhecimento popular/ empírico – refere-se ao conhecimento práctico, obtido ao
acaso, este baseia-se fndamentalmente na experiência pessoal. É o modo comum,
espontâneo e pré-critico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu
redor. Este surge da necessidade de resolver problemas imediatos e não exige
comprovação científica;
b) Conhecimento científico – refere-se ao conhecimento obtido por
experimentação, utilizando a metodologia científica. Caracteriza-se pela sua

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capacidade de analisar, de explicar, de desenvolver, de justificar, de induzir, de
aplicar leis e de pré-ver com segurança eventos futuros. Ao contrario do empírico,
o conhecimento cientifico surge não apenas da necessidade de se encontrar solucoes
para problemas de ordem practica da vida diária, como também do desejo de
fornecer explicacoes sistemáticas que possam ser testadas e criticadas. O
conhecimento cientifico diferencia-se do empírico não pela fidelidade, nem pela
natureza do objecto conhecido, mas sim pela forma, modo ou método e os
instrumentos utilizados no acto de conhecer, exige comprovação cientifica.
c) Conhecimento filosófico – baseia-se na experiência e não na experimentação. É
um conhecimento que busca constantemente o sentido justificação, da possibilidade
de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o homem. Pauta-se em ideias,
conceitos, observações, reflexões e experiências. Apesar de não exigir
experimentação, trabalha-se através da coerência lógica. Não exige comprovação
cientifica justamente porque baseia-se em conhecimentos explicativos da vida, do
mundo, da morte, etc.
d) Conhecimento religioso/ Teológico – apoia-se em doutrinas que contêm
proposições sagradas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural e, por esse
motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exactas); é um
conhecimento sistemático do mundo como obra de um criador divino, suas
evidencias não são verificadas, está sempre implícita uma atitude de fé perante um
conhecimento revelado.
É conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa, não pode, por sua
origem, ser confirmado ou negado, depende da formação moral e das crenças de
cada indivíduo.
1.3 Conceito de ciência

Podemos definir ciência como sendo a sistematização de conhecimentos, um conjunto de


proposições logicamente correlacionados sobre o comportamento de certos fenómenos que se
deseja estudar: “A ciência é todo um conjunto de actitudes e actividades racionais, dirigidas ao
sistemático conhecimento, com objecto de estudo, capaz de ser submetido a prova.

As ciências:

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a) Objectivo ou finalidade – preocupação em distinguir a característica comum ou as leis
gerais que regem determinados eventos;
b) Função – aperfeiçoamento através do crescente acúmulo de conhecimentos, da relação
homem com o seu mundo;
c) Objecto, subdividido em:
• Material – aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar, de modo geral;
• Formal – enfoque especial, em face das diversas ciências que possuem o mesmo objecto
materia.

1.4 Divisão e classificação das ciências

LAKATOS E MARCONI (2003:80), a complexidade do universo e a diversidade de fenómenos


que nele se manifestam, aliadas à necessidade do homem de estudá-los para poder entendê-los e
explicá-los, levaram ao surgimento de diversos ramos de estudo e ciências específicas.

Estas necessitam de uma classificação, quer de acordo com sua ordem de complexidade, quer de
acordo com o seu conteúdo: objecto de estudo ou Temas.

Desta forma a ciência divide-se em formal e factual. A formal ocupa-se da “Lógica e da


Matemática”, enquanto que a Factual se divide em Natural: Fisica, Quimica, Biologia, Psicologia
e Sociais/Culturais: Psicologia Social, Sociologia, Historia, Geografia, Politica, etc. Como podem
ver na figura seguinte:

Lógica

Formais
Matemática

Ciências Naturais Física


Química
Factuais Biologia e outras
Antropologia cultural
Sociais Direito
Economia

9
Geografia

Politica, etc.

Exercício 1

1. Tendo em conta as definições apresentadas, diferencie o conhecimento popular do


Filosófico? O conhecimento religioso do cientifico?
2. Qual é a posição da MIC no contexto das ciências?

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2. Projecto de uma pesquisa.

É o planeamento de todas as etapas da pesquisa que se pretende realizar. Um projecto de pesquisa


desempenha várias funções, tais como: define e planeia o caminho a ser seguido no trabalho de
pesquisa; atende as exigências das instituições de ensino, tendo em vista a discussão/exposição
dos projectos de pesquisa.

A pesquisa surge de uma dúvida, que por sua vez leva à formulação de um problema que deverá
ser resolvido por meio da utilização de um Método científico.

Para DESCARTES (1999) apud SIQUEIRA, MERTENS e BENEVENTO (2008:4), Método é a


ordem dos elementos de um processo, para atingir um fim.

A pesquisa, qualquer que seja, ela tem a priori três fases que se integram e interagem: Planemento,
execução e a apresentação. Toda a pesquisa se inicia quando o pesquisador é tomado por uma
dúvida em torno de um problema e surge a necessidade, de fazer hipotéses para dar tratamento ou
resposta a questão. Nesse momento começa a elaboração do projecto, quando são formuladas as
seguintes perguntas: Quem? O que quero descobrir/ o que quero fazer? Para quem quero
fazer? Onde? Quando fazer? Como fazer?

2.1 Estrutura

Um trabalho científico inicia com os seguintes elementos:

• Capa;
• Folha de rosto;
• Introdução (onde deverá conter: tema, problema, objectivos, justificativa da investigação e
as hipóteses);
• Metodologias/ Material e métodos;
• Cronograma;
• Orçamento (opcional);
• Referências bibliográficas;
• Anexo ou apêndice.

11
3 cm

Istituto Politecnico da RHDC


Capa: Devem constar na capa do

Projecto os seguintes elementos:

2 cm
3 cm
Nome do curso, nome da instituição,

titulo do projecto,
Ocupação espontânea de áreas húmidas e seus
efeitos sócio-Ambientais
Nome do autor,
Curso médio em Turismo
Cidade e mês e o ano.

Pemba, Janeiro de 2024

2 cm
F
2 cm
Fig. 1 – Modelo de capa de projecto

3 cm

Atansio Marcos
Folha de rosto (contra capa)

Deve conter o nome do aluno (a),


Ocupação espontânea de áreas húmidas e seus efeitos

2 cm
sócio-Ambientais
Titulo do trabalho, curso,a finalidade, 3 cm

Curso e nome do docente orientador. Projecto de pesquisa a ser apresentado ao


Curso de ….do Instituto politecnico da
RHDC, como requisito para obtenção do
nível médio emTurismo, sub orientacao
de Supervisor: Hipólito Elias Machiana

Fig. Modelo de folha de rosto 2 cm

12
3 cm

Capitulo I

Introdução: 1.Introdução

Na introdução, faz-se uma breve apresentação xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

2 cm
Do que irá se abordar no trabalho e nela são xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
3 cm
apresentados os seguintes elementos: Tema, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Problema, Objectivos, Justificativa por meio xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Da revisão bibliográfica e as hipóteses. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

2 cm

Fig.3 – Modelo de introdução

2.2 Cronograma

O cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização de todo o trabalho de pesquisa.
Define-se também etapas de cada processo dentro de um espaço de tempo.

Exemplo:
Meses
Actividades Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro
Elaboração de um
tema e leitura
preliminar
Elaboração de
problemas e
objectivos
Revisão
bibliográfica
Justificativa
Revisão
bibliográfica
Apresentação da
primeira versão
do projecto

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2.3 Elementos do projecto

O tema da pesquisa define o assunto a ser tratado na pesquisa, este deve ser claro e preciso.

É o assunto que se deseja provar ou desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade práctica
enfrentada pelo pesquisador, da sua curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de
outros trabalhos, etc.

Os Objectivos, a especificação do objectivo de uma pesquisa responde às questões “para quê? E


para quem?” Se apresenta.

2.4 Delimitação de um Tema

O processo de delimitação do Tema só é dado por concluído quando se faz a sua limitação
geográfica e espacial, com vista a realização da pesquisa.

Na delimitação do Tema respondemos a seguinte questão: “Onde?”

2.5 Objectivo geral

Está ligado a uma visão global e abrangente do tema.

Neste campo, nós damos a perceber a finalidade da pesquisa, qual o meu objectivo ao fazer tal
pesquisa. Usamos verbos como: Compreender, Analisar, Desenvolver, Demonstrar, etc.

Esta deve estar em concordância com o Tema e a justificativa do Trabalho.

• O objectivo geral vem responder a pergunta para quem? Para quê?


• Quais metas pretendo atingir com a pesquisa?

2.6 Objectivos específicos

Apresenta carácter mais concreto, têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um


lado atingir o objectivo geral e de outro, aplicá-lo a situações particulares.

Usam-se os seguintes verbos: Avaliar, pesquisar, seleccionar, Interpretar, definir, organizar, etc.

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2.7 Justificativa

Este é o único item do projecto que se apresenta respostas à seguinte questão: por quê?

Consiste numa exposição resumida, porem completa, das razões de ordem teórica e dos motivos
de ordem prática que tomam importante a realização da pesquisa. Deve enfatizar as contribuições
que esta pesquisa poderá trazer, importância do Tema do ponto de vista geral, descoberta de
soluções gerais e/ ou particulares, ou seja, o autor da pesquisa deverá abordar para além da
importância académica, deve enfatizar também a relevância social, cultural, económica e jurídica
(se houver). A justificativa não apresenta citações de outros autores, visto que, o pesquisador
expõe os motivos pelos quais opta por fazer um dado tipo de pesquisa.

2.8 Objecto

Reponde à pergunta o quê? O objecto de pesquisa engloba:

2.8.1 Problema

A formulação do problema prende-se ao Tema proposto: ela esclarece a dificuldade especifica com
a qual o pesquisador se defronta e pretende resolver por intermédio da pesquisa.

Este deve ser especificado com clareza, concisão e objectividade, outras características
importantes devem ser consideradas no momento da sua formulação, ele deve ser compreensível,
individualizado, específico e ter uma estreita relação com o Tema.

A forma interrogativa é a mais indicada para a apresentação da problemática da pesquisa, assim


ela deve ser escrita em forma de pergunta?

2.8.1.1 Como estruturar a pergunta científica

Esta certamente é a questão que irás responder no trabalho de pesquisa.

Recomenda-se que escolha um Tema já tenha sido abordado, pois a partir dele, construíra a sua
pergunta.

Ex: Temos como Tema “ Ocupação espontânea de áreas húmidas no Bairro da Expansão
(Período 2017 - 2019).

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Como podemos transformar este Tema em Uma pergunta???

Vimos que a nossa pergunta de Partida deverá estar intimamente ligada ao Tema, assim sendo
podemos ter as seguintes perguntas:

1. Que implicações sociais e ambientais podem ser causadas pela ocupação de áreas
húmidas?
2. Quais as causas da ocupação das terras húmidas no Bairro da Expansão?

Ao fazer a pergunta de partida, temos de ter em consideração o seguinte:

• Sua questão pode ser respondida por meio de uma pesquisa científica?
• O problema, é pertinente para justificar que a pesquisa seja realizada?
• Sua pergunta está compreensível e clara?
• A pesquisa é possível?
• Seu tempo disponível para a pesquisa é suficiente?

Dicas para o desenvolvimento da sua pergunta de partida, ela deve iniciar com:

➢ Como?
➢ Qual?
➢ Quais?
➢ Porquê?
➢ Onde?

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➢ Quando?

2.8.2 Hipótese Básica

A formulação do problema, sendo uma dificuldade sentida, necessita de uma resposta,


provisória, isto é uma hipótese. A principal resposta é denominada hipótese básica, podendo
esta, ser acompanhada por outras que recebem a denominação de secundárias.

2.8.3 Hipótese secundaria

São afirmações complementares a hipótese básica, nesta apresentamos outras possíveis


soluções a serem encontradas.

Exercício 2
1. Como já vimos nas aulas anteriores, faça a capa e a folha de rosto com todos os
elementos já estudados.
2. Escolha um Tema e delimite:
➢ Os objectivos gerais;
➢ Específicos;
➢ A justificativa;
➢ A problematização;
➢ As Hipóteses;
3. Metodologia

A metodologia não procura soluções, mas escolhe as maneiras de encontrá-la, integrando os


conhecimentos a respeito dos métodos em vigor nas diferentes disciplinas filosóficas ou
científicas, é portanto, o caminho em direcção a um objectivo, ou ainda, é o corpo de regras e
procedimentos estabelecidos para realizar uma pesquisa.

ATENÇÃO: que, não se faz pesquisa sem método.

A discriminação da metodologia de pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois


responde ao mesmo tempo as seguintes questões: Como? Onde? Quando? Com quê?

17
3.1 Técnicas de colecta de dados

Técnica é um conjunto de regras de que se serve uma ciência ou uma arte, é a habilidade de usar
essas regras ou normas, a parte prática. Toda a ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de
seus propósitos.

3.1.1 Documentação indirecta

Toda a pesquisa implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os
métodos ou técnicas empregues. Este material é útil não só por trazer conhecimentos que servem
de back-ground ao campo de interesse, como também para evitar possíveis duplicações.

O levantamento de dados, é o primeiro passo de qualquer pesquisa científica e é feito de duas


maneiras: pesquisa documental (ou de fontes primárias) e pesquisa bibliográfica (ou de fontes
secundárias).

3.1.2 Pesquisa documental

A característica da pesquisa documental é que a fonte de colecta de dados está restrita a


documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser
feitas no momento em que o facto ou fenómeno ocorre. Podem ser: documentos de arquivos
públicos, publicações parlamentares e administrativas, estatísticas (censos), documents de
arquivos, entre outros.

3.1.3 Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em


relação ao tema de estudo, desde boletins, jornais, revistas livros, pesquisas, monografias, tese,
etc. sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com o que já foi escrito, ou filmado
sobre determinado assunto.

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3.1.4 Referência bibliográfica

Para proceder correctamente com a referência bibliográfica, é importante consultar a ficha técnica
do livro, que traz todos elementos necessários e, na sua ausência, a folha de rosto e outras partes,
até obter as informações completas. Quando se trata de revistas, muitas vezes os elementos
importantes da referência bibliográfica localizam-se na lombada da revista. E no caso de Jornais,
a primeira página é que fornece a maioria das informações.

Fig. 4 – Ficha técnica Fig. 5 – Lombada da revista

3.1.5 Como fazer referência bibliográfica


➢ Quando a obra tem apenas um autor:

Primeiro, escrevemos com letras maiúsculas o apelido do Autor, seguido por uma vírgula, de
seguida o primeiro e o segundo nome, seguidos de um ponto continuado; Logo de seguida em
itálico, escrevemos o título da obra; a edição (caso tenha); Local; editora e o ano de publicação.

Exemplo 1: CHRISTOFOLETTI, António. Geomorologia, 2. ed. revista e ampliada, São Paulo,


editora Edgard Blucher, 1980.

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➢ Quando a obra tem 2 autores:

Primeiro, escrevemos com letras maiúsculas o apelido do autor, seguido por uma vírgula, o
primeiro e o segundo nome, separados por um ponto e vírgula; Apelido do segundo autor, seguido
por uma vírgula, de seguida o primeiro nome e o segundo, seguidos de um ponto continuado; Logo
de seguida em itálico, escrevemos o título da obra; a edição (caso tenha); Local; editora e o ano de
publicação.

Exemplo 2: MARCONI, M. A. E LAKATOS, E. M. Metodologia cientifica, 4. ed. São Paulo,


editora Atlas 2001.

NB: As referências bibliográficas devem ser apresentadas em ordem alfabética.

3.2 Observação

A observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos
na obtenção de determiinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas
também em examinar factos ou fenómenos que se deseja estudar. Desempenha um papel
importante nos processos da observação, no contexto da descoberta e obriga o investigador a um
contacto directo com a realidade.

3.2.1 Limitações da observação

A observação é um método abstracto que envolve a recolha, a interpretação e a comparação de


dados. Partilha estas características com o método de estudo do caso.

A observação é geralmente limitada a um pequeno número de contextos. É possíve, portanto


generalizar, mas apenas se a intervenção for suficientemente homogénia entre os diferentes locais.
Baseia-se em dados espontâneos ou naturalistas, reunidos por um observador independente e

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experiente. A fiabilidade da observação depende, em larga medida do know – how profissional do
observador.

A observação requer uma preparação meticulosa para tornar o observador capaz de se integrar no
contexto observado sem perturbar ninguém.

3.3 Entrevista

A entrevista é o encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a
respeito de um determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um
procedimento usado na investigação social.

3.3.1 Tipos de entrevista


a) Padronizada ou estruturada - é aquela em que o entrevistador segue um roteiro
previamente estabelecido, as perguntas feitas ao indivíduo são pré-determinadas. O
pesquisador não é livre para adaptar suas perguntas a determinada situação, de alterar a
ordem dos tópicos ou de fazer outras perguntas.
b) Não estruturada – o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em
qualquer direcção que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais
amplamente a questão, em geral as perguntas são aberta e podem ser respondidas dentro
de uma conversa informal.
3.3.2 Limitações
➢ Incompreensão por parte do entrevistado;
➢ Disposição do entrevistado em dar informações necessárias;
➢ Retenção de alguns dados importantes;
➢ Ocupa muito tempo;
➢ Tamanho da amostra menor que o questionário;
➢ O entrevistado poderá ser influenciado pelo pesquisador.

21
3.4 Questionário

Questionário é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma série ordenada de


perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem presença do entrevistador. O entrevistador
envia o questionário e junto dele, deve explicar a natureza da pesquisa, sua importância e a
necessidade de obter as respostas, como forma de incentivar a que este seja respondido.

3.4.1 Limitações

Esta apresenta limitações, quando as perguntas são fechadas:

➢ Disponibiliza informação pouco rica;


➢ Permite tirar conclusões simples e pouco ricas.
➢ Dificuldade em auxiliar o informante em questões não compreendidas.

Quando as perguntas são abertas:

➢ A possibilidade das respostas reflectirem pouco aquilo que é o objectivo do questionário;


➢ Possibilidade de aborrecer o inquirido.
3.5 Citação

As citações (referentes as obras consultadas), são de fundamental importância no enriquecimento


da pesquisa, porque expõe o posicionamento de diferentes autores com experiencia num mesmo
assunto.

Não se pode transcrever completamente ou parcialmente um conteúdo de outro autor sem fazer a
devida referência.

22
Portanto, a citação é menção no texto de uma informação colhida em outra fonte. Esta pode ser
directa, indirecta, de fonte escrita ou oral.

3.5.1 Citação directa

É a transcrição exacta de palavras e trechos de um autor, seguindo txativamente a redacção, a


ortografia, a acentuação e a pontuação. Neste caso, a citação deverá conter o nome do autor ou da
instituição responsável, seguida do ano de publicação e da página consultada.

Exemplo: Segundo GIL (1999:13), ``Pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem
o objectivo de proporcionar repostas aos problemas que são propostos``.

Quando a citação directa for composta por mais de três linhas, deve ser apresentada num parágrafo
independente, recuado 4cm da margem esquerda, com letra menor (tamanho 10), e em espaço
simples (1,0).

Exemplo:
O objectivo da metodologia científica é tornar os
meiosXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX. (RUIZ, 1997:27).

A obras deverão ser referenciadas no corpo do texto de acordo com os sistemas de citação
adoptadas, sob pena de serem consideradas plágio, demonstrando assim a credibilidade da
pesquisa realizada.

3.5.2 Citação indirecta

Consiste na transcrição não rigorosa do que diz o autor, a parir da interpretação de um texto
consultado, do qual se quer retirar um trecho importante, nesse caso não se usa as aspas e a
citação da página se usa apenas quando consulta um trecho da obra, mas quando é usada toda a
obra ou v árias páginas da mesma, para a citação não é necessário citar a página no corpo do
texto.

23
Exemplo: uma obra sobre metodologia cientifica contribuiu no planeamento e execução das
pesquisas dos alunos durante sua vida académica, porém garantia de um bom trabalho está no
exercício do aluno (FERRÃO, 2003).

a) Quando a obra tem mais de 3 autores cita-se da seguinte forma:


MIRANDA e tal, (1997:15).
b) Quando queremos citar um autor que foi citado por outro, é feita da seguinte forma:
RORTY (2000) apud DIAS (2006:141).

3.5.3 Citação de uma comunicação oral


Apelido, Nomes, titulo, local, instituição, ano. (comunicação oral).

Exemplo: MACHIANA, Hipólito Elias. Definição e análise de um problema, Maputo, Centro de


formação profissional da RHDC, 2017. (comunicação oral).

3.5.4 Citação de programas de rádio e Televisão


Tema, Nome do Programa, Cidade, nome da Tv ou Rádio, data da apresentação do
programa. Nota especificando o tipo de programa (Tv ou rádio).

Exemplo: UM MUNDO ANIMAL. Animais Selvagens, Maputo, Stv Noticias, 01 de Janeiro de


2017. Programa televisivo.

3.6 Pesquisa de campo


É utilizada para gerar conhecimentos relativos a um problema, testar uma hipótese, ou
provocar novas descobertas em uma determinada área. Baseia-se em projectos de pesquisa
que determina as hipóteses, os objectivos e a metodologia utilizada para efectuar as
observações controladas, as variáveis a serem observadas e analisadas, a amostragem, a
técnica de colecta de dados, a preparação das informações e análise estatística.

3.7 Pesquisa de Laboratório


É uma investigação em que o pesquisador manipula as variáveis e faz os seu controle. A
pesquisa é realizada em ambiente fechados, reais ou artificiais, geralmente controlados. A

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maior parte destas pesquisas é experimental, feitas com pessoas, animais, vegetais e
minerais.

4. Métodos de abordagem
4.1 Método indutivo
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares
suficientemente constatados, chega-se a uma verdade geral ou universal, não contida nas
artes examinadas. Portanto o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões, cujo
conteúdo é mais amplo do que o das preemissas nas quais se basearam.
Uma ds características importantes é que o argumento indutivo, fundamenta-se nas
premissas.
Portanto, para se chegar a uma conclusão, parte-se do conhecimento particular para o geral.
Exemplo:
O corvo 1 é negro.
O covo 2 é negro. Premissas
O corvo 3 é negro.
O corvo n é negro.
Logo, todos os corvos são negros. Conclusão

Exemplo 2:
Cobre conduz energia.
Zinco conduz energia. Premissas
Cobalto conduz energia.
Ora, Zinco, cobre e cobalto são metais.
Logo, todo o metal conduz energia. Conclusão

Exemplo 3:
O Hipólito é mortal.
O Nelson é mortal. Premissas
A Bento é mortal.

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Ora, o Hipólito, o Nelson e o Bento, são Homens.
Logo, todo o Homem é mortal. Conclusão

4.2 Método Dedutivo

O método dedutivo parte das teorias e leis consideradas gerais e universais buscando explicar a
ocorrência de fenómenos particulares. O exercício metódico da dedução parte de enunciados gerais
(leis universais), que supostos constituem as premissas do pensamento racional e deduzidas
chegam a conclusões.

Este método parte do geral para se chegar a uma conclusão específica. A função do método
dedutivo é explicar o conteúdo de suas premissas, consideradas universais.

Exemplo:

Todo o mamífero tem um coração.

Ora, todos os cães são mamíferos. Premissas

Logo, todos os cães têm um coração. Conclusão

4.3 Método dialéctico

Dialéctica é a arte de dialogar, ou seja, de argumentar e contra-argumentar em relação a assuntos


que não podem ser demonstrados.

O que a dialéctica faz de diferente, é captar as estruturas da dinâmica social. O mundo é um


conjunto de processos. Nesse caso, as coisas não podem ser analisadas na qualidade de objectos
fixos, mas em contínuo movimento.

Exercício 3

1. Com base em obras por si consultadas, faça um resumo onde apresentes referências
bibliográficas de obras que apresentem 1, 2, 3, e 4 autores (2 de cada).
2. Faça igualmente as respectivas citações.

5. População e amostragem

26
A relação entre a amostra e a população é de importância fundamental para a análise estatística.

5.1 População

É o conjunto de todas as coisas que se pretende estudar. Representada por tudo o que esta no
interior dos desenhos.

5.2 Amostra

É parte representativa da população, aquela que realmente é estudada. O objectivo de seleccionar


uma amostra é obter informações que sejam representativas da população como um todo, a maneira
mais simples de fazer isso, é escolher uma amostra de forma aleatória, de maneira que cada
membro da população tenha probabilidade de estar em qualquer amostra.

5.3 Amostragem

É o procedimento pelo qual um grupo de pessoas ou subconjunto de uma população é escolhido


com vista a obter informações relacionadas com um fenómeno, e de tal forma que a população
inteira esteja representada.

5.4 Planos de amostragem

Para a definição do plano amostral devem-se ter bem definidos:

a) Unidade amostral: indivíduos ou grupo de indivíduos;


b) Sistema de referência: lista completa das unidades amostrais;
c) N = tamanho da população: é definido pelo número de indivíduos da população amostral;

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d) n = tamanho da amostra: definido pelo número de indivíduos seleccionados na amostra.

n˂N O tamanho da amostra deve ser menor que o da população.

28
CAPITULO II: Aspectos éticos na investigação em saúde

6. Pesquisa em saúde

Toda a investigação científica é uma actividade humana de grande responsabilidade ética, pelas
características que lhe são inerentes, revela-se a importância da investigação em saúde e se
consideram os princípios éticos gerais que se aplicam, mas para este caso se ampliam, pois estamos
a trabalhar com a ciência Humana e há grande preocupação com o bem estar dos sujeitos aos
estudos e com o respeito pelos direitos e a integridade pessoais.

O olhar da ética na investigação abrange todas as etapas do processo de investigação, enquanto


preocupação com a qualidade ética dos procedimentos e com o respeito pelos princípios
estabelecidos.

6.1 Surgimento do Comité de bioética

Na década de 60, nos Estados unidos, a instalação de Seatle Artificial Kidney Center – considerado
o primeiro centro de diálise em saúde – trouxe ao Dr. Belding Scibner, seu criador, um dilema
mora: havendo um grande número de doentes em estágio final de doença rena crónica e poucos
ʺrins artificiaisʺ, quais deveriam ser os critérios para triagem dos pacientes a serem submetidos
prioritariamente ao procedimento?

A complexidade na tomada de decisão que culminou com a organização de um comité de pessoas


da comunidade para, junto à equipe médica, auxiliar na análise dos casos e, de alguma forma,
decidir quem deveria viver e quem deveria morrer.

O Dr. Scriber aceitou a formação do comité, acreditando que o grupo faria suas escolhas
considerando e respeitando a autonomia dos pacientes e que seria justo com os envolvidos.
Acreditava-se que a justiça e a equidade poderiam ser alcançadas se as decisões fossem tomadas
por um grupo independente de cidadãos representando uma série de valores individuais e
colectivos.

Outra situação apontada como responsável pelo estabelecimento do comité, foi o caso de uma
norte americana que com foi admitida em um hospital de Nova Jersey, em estado de coma, cuja
etiologia (estudo ou ciência das causas) nunca foi esclarecida. No mesmo ano, os pais receberam

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a notícia da irreversibilidade do quadro neurológico e estes solicitaram que fosse retirada de
ventilação mecânica. O médico assistente, após ter concordado com a solicitação no primeiro
momento, negou-se, no dia seguinte a desligar a máquina e pôr fim a vida da jovem, alegando
problemas morais e profissionais.

Desde então, a necessidade de discussão de conflitos éticos como os acima descritos e muitos
outros que premeiam o quotidiano dos profissionais de saúde, bem como as mudanças ocorridas
nos padrões tradicionais de relacionamento entre cuidadores e pacientes, tem demandado a criação
de grupos cujo objectivo é auxiliar as equipes de saúde e os pacientes na tomada de decisões
difíceis, sejam oriundos de prácticas clínicas, da pesquisa científica, etc, a estes grupos que tratam
de questões de cuidados com os pacientes são chamados pela UNESCO de comités de ética de
cuidados de saúde hospitalar.

6.2 Comité de Bioética

O comité de bioética é um espaçco independente, sediado em hospitais, clínicas, institutos de


pesquisa ou laboratórios de experimentação, onde se reúnem profissionais de diferentes áreas do
conhecimento para, discutir e trabalhar diversos componentes dos vários sectores que lidam com
a vida e saúde do homem.

O objectivo principal deste comité, é o de reflectir sobre os diferentes aspectos envolvidos nos
conflitos éticos que se apresentam na práctica clínica de uma instituição de saúde.

A composição do comité deve serpreferencialmente multidisciplinar, reunindo profissionais de


saúde (médicos de diferentes especialidades, enfermeiros, assisstentes sociais, psicólogos) e da
área jurídica. Filósofo, teólogos, farmacêuticos, e algum membro da sociedade civil que não esteja
ligado a área da saúde.

6.3 Ética profissional

A ética é um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em práctica no exercício de
qualquer profissão. A ética profissional, estuda o relacionamento do profissional com os seus
pacientes, visando à dignidade humana e a construção de um bem-estar no contexto sociocultural
onde exerce a sua profissão.

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6.3.1 Virtudes profissionais
a) Honestidade - é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio que não admite
relatividade, tolerância ou interpretações acidentais.
b) Sigilo – o respeito aos segredos das pessoas, neste caso os pacientes, é muito importante.
Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação é obrigatória.
c) Competência – o conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e prácticas
profissionais é pré-requisito para a prestação de serviços de boa qualidade.
d) Imparcialidade – é uma qualidade tão importante que assume as características do dever,
pois, se destina a refutar os preconceitos, a reagir contra os mitos, a defender os verdadeiros
valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações que terá
que enfrentar.

Algumas atitudes que devemos ter no campo da saúde:

• Respeitar a confidencialidade dos pacientes;


• Evitar críticas e calúnias a quem quer que seja;
• Respeite sempre, a intimidade do paciente;
• A ficha do paciente tem um carácter privado;
• Nunca se dirija aos pacientes pelo apelido, muito menos pela doença;
• Preste atendimento sem descriminação (cor, raça, status social, religião, etc.);
• Cuidado com o Tom da voz;
• Evite aceitar gratificações dos pacientes.

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7. Bibliografia

CASTILHO, Auriluce Pereira; BORGES, Nara Rúbia; PEREIRA, Vânia Tanús. Manual de
Metodologia científica, S/ed., Utumbiara, 2011.

DINIZ, Célia Regina; SILVA, Iolanda Barbosa. Tipos de métodos e sua aplicação, 21 ed.,
Campina grande, 2008. Disponível em http://www.ead.uepb.edu.br/ava

GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa,1ª ed, Rio grande
do Sul, 2009. Disponível em http://www.ufrgs.br/cursopgdr.

LOCH, Jussara de Azambuja; GAUER, Gabriel José. Comité de bioética: importante instância de
reflexão ética no contexto da assistência à saúde.porto alegre 2010. Diponível em
http://www.amrigs.org.br/revista

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cientifica,


5ª edição, São Paulo, Editora Atlas, 2003.

MARTINS, José Carlos Amado. Artigos de reflexão, 2008. Disponível em


http://pensarenfermagem.esel.pt/files.

VIANELLO, Luciana Peixoto. Métodos e técnicas de pesquisa, S/ed. – disponível no seguinte


endereço: http://disciplinas.nucleoead.com.br/pdf/Livro_mtp.pdf

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