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Entrevista a Viriato, o grande chefe dos Lusitanos

Monumento a Viriato, Viseu

Escola Básica Dr. José Domingues dos Santos


História e Geografia de Portugal
Lourenço Blanco 5.ºC, nº13
Lo u renço - Os romanos
demoraram quase 200 anos até
conquistar toda a Península Ibérica,
começaram em 218ac e só a
conseguiram conquistar totalmente
em 19ac. Fiquei a saber na escola,
na minha aula de história, que o
g r a n d e re s p o n s á v e l p o r e s t a
demora foi o senhor Viriato.
Viriato - Ah ah ah!!! Fiz os romanos
passarem um mau bocado, sem
dúvida! As tribos ibéricas estavam
habituadas a lutar entre si e com a
chegada dos romanos, unimo-nos por
uma causa comum, a defesa da nossa
região, a Lusitânia. E eu, como chefe dos Lusitanos, posso ser considerado responsável.

Lourenço - Todas as tribos da Lusitânia uniram-se para combater os romanos?


Viriato - As tribos que estavam nas regiões do Sul, como conviviam com os povos do
Mediterrâneo, tinham mais semelhanças com os Romanos e acabaram por se render e
aceitar mais facilmente a integração no Império.
As tribos mais a centro e norte, que eram che adas por mim, resistimos com todas as
nossas forças para manter a nossa liberdade e independência. Até as nossas mulheres
recebiam treino militar e ajudavam na defesa das nossas cidades.

Lourenço - Mas quase 200 anos,


porque não desistiram eles? Porque
queriam tanto conquistar toda a
península Ibérica?
Viriato- Queriam as suas riquezas
naturais, a península Ibérica tinha
muitos metais preciosos, como a prata,
o ouro e o ferro. Também pelas suas
características geográ cas, a sua
extensa costa, a qualidade dos seus
portos e a proximidade do norte de
África. Mas o motivo principal era
porque queriam dominar todo o
comércio do Mar Mediterrâneo. Mare
Nostrum, como lhe chamavam.
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Lourenço- Os Lusitanos tinha um
estilo de vida muito diferente dos
Romanos. Pode-me dizer como era
o modo de vida dos Lusitanos?
Viriato- Estávamos organizados em
tribos, que eram ligadas por graus de
parentesco.
Construíamos as nossas cidades, os
Castros, no cimo das montanhas para
nos defendermos mais facilmente dos
ataques dos inimigos.
Vivíamos basicamente, da agricultura
de subsistência, fazíamos criação de
gado, caçávamos e pescávamos.

Lourenço- Quem vos liderava? Quem fazia as vossas leis?


Viriato- Não tinhamos leis escritas, a nossa Justiça baseava-se no uso e na tradição.
O líder era eu. Fui eleito em Assembleia pelo povo Lusitano, o Chefe Militar, pelos meus
feitos e conquistas militares.

Lourenço- E os Romanos, como viviam?


Viriato- Os Romanos habitavam em grandes
cidades com grandes diferenças sociais.
Possuíam técnicas de construção muito
avançadas, para além de construírem grandes
monumentos, construíram também uma rede
de estradas e pontes que ligavam todo o
império.
Economicamente também eram muito
avançados e possuíam um exército forte e
disciplinado. Mas essa superioridade
económica e militar dos romanos não nos
intimidou.

Lourenço- Porque não queriam ceder aos Romanos? Não gostavam do modo de
vida deles?
Viriato - Se cedêssemos aos romanos, eles cariam com todas as nossas riquezas,
teríamos que pagar impostos a Roma e viver de acordo com as suas leis e costumes.
Nos dávamos muito valor à nossa liberdade e queriamos manter o nosso modo de vida.
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Lourenço - Para muitos historiadores o Viriato
é visto como um modelo de guerrilheiro. Pode
me falar um pouco das estratégias de guerra
que usou?
Viriato - Não nos limitávamos a car à espera
que os Romanos nos atacassem, muito pelo
contrário, planeávamos ataques em diversos
locais da Península Ibérica, chegando mesmo até
ao norte de África.

Lourenço - Mas vocês já estavam cercados por


Romanos. Como conseguiam vence-los?
Viriato - Estávamos em vantagem em relação aos
Romanos, porque como conhecíamos melhor os
terrenos, organizávamos emboscadas e ataques
surpresas especialmente nas horas mais quentes
do dia ou durante a noite.

Lourenço - Os Romanos tinham muita


experiência em guerras. Porque não
conseguiam ganhar?
Viriato - Os Romanos tinham um exército
pro ssional com armas mais avançadas e
estavam habituados a combater de forma muito
organizada. Mas as suas armaduras eram muito
pesadas, o que lhe di cultava os movimentos e
as nossas estratégias de guerra deixavam-nos
desorientados.
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Lourenço- O que aconteceu em 140ac, que levou à sua morte no ano seguinte?
Viriato - Em 140ac houve uma batalha em que os romanos sofreram uma grande
derrota. Capturei Fábio Máximo Serviliano, que para salvar a sua vida, prometeu-me a
independência do povo Lusitano.

Lourenço- Eles cumpriram esse acordo?


Viriato - Quando a noticia chegou a Roma, este acordo foi considerado humilhante para
a imponência romana e o Senado voltou atrás na decisão, declarando-nos novamente
guerra.

Lourenço - E a guerra continuou...


Viriato - Enviaram um novo general, Quinto Servílio Cepião, mas nós continuamos a
ganhar as batalhas.
Enviei a Roma três emissários da minha inteira con ança, o Audax, o Ditalco e Minuros,
com o objetivo de os forçar a pedir nova paz. Mas Cepião, recorre ao suborno e
promete-lhe honras e ouro em troca da minha vida.

Lourenço- Foi um m trágico para si e para o povo Lusitano.


Viriato - Uma traição! Assassinaram-me durante o sono.
Os Romanos foram uns cobardes ao recorrerem a um suborno para me conseguirem
vencer. Um método muito vergonhoso para uma superpotência como Roma.
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