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Auditoria e Controlo Interno

I. Conceito, objetivo e objetivos de auditoria e auditoria financeira


Auditoria: processo sistemático de objetivamente obter e avaliar prova acerca de
correspondência entre informações, situações ou procedimentos e critérios pré-estabelecidos,
assim como comunicar conclusões aos interessados. Para além disso, é um exame ou
verificação de uma dada matéria, tendente a analisar as conformidades da mesma com
determinadas regras, normas ou objetivos, conduzido por uma pessoa idónea, tecnicamente
preparada, realizado com observância de certos princípios, métodos e técnicas geralmente
aceites, com vista a possibilitar ao auditor formar uma opinião e emitir uma opinião/parecer
sobre a matéria analisada.

 Etimologicamente, a palavra auditoria deriva do verbo latino audire [ouvir].


 Inicialmente, nos primórdios da auditoria, as conclusões dos auditores fundamentavam-se
essencialmente nas informações verbais que eram transmitidas. Contudo, atualmente
existe algo designado ceticismo profissional, ou seja, todos os auditores chegam na
empresa com dúvidas, e ao passar pelos vários setores vão formando uma opinião própria,
saindo por isso da dúvida. O auditor não pode acreditar nas informações verbais,
precisando ser cético. Isto não significa desconfiar de alguém, mas sim fazer o seu trabalho
que é reunir provas.

- A auditoria tem planeamento, execução e relatório. Os auditores quando vão para campo
fazem o planeamento que irão realizar [análise de riscos, criticidade]. De todo o trabalho da
auditoria, a fase de execução traz provas, evidências para o auditor, uma vez que na auditoria
não podemos fazer nada sem provas.

 Para o auditor chegar ao resultado precisa de provas adequadas e suficientes para formar
uma opinião – RELATÓRIO. Não se pode colocar nada no relatório sem prova (não basta as
palavras dos outros).
 Apesar de pudermos apanhar fraude, não estamos à sua procura, uma vez que no
cumprimento da nossa função existe um planeamento que o temos de cumprir.
 Na auditoria não existe o provavelmente – OU É OU NÃO É.
 EXEMPLO: a empresa compra 50 camiões em que cada um custa 50.000€. Temos
de avaliar e verificar a compra. O que fazemos? – notas de encomenda, notas de
pagamento [extratos bancários: não posso fraudar porque é externo à empresa],
contratos, material em armazém, faturas.

Processo sistemático Consiste numa sequência de procedimentos lógicos e


organizados
Objetivamente Atitude objetiva e independente (sem preconceitos, conclusões
baseadas em procedimentos)
Prova Essência da auditoria
Correspondência Medida qualitativa e/ou quantitativa da conformidade das
informações, situações ou procedimentos com os critérios pré-
estabelecidos.
Critérios pré- Princípios contabilísticos ou normas de contabilidade,
estabelecidos estabelecidos por lei, regulamentos ou contratos.
Comunicar Divulgar, através de um relatório escrito, com um determinado
grau de confiança, as conclusões do trabalho efetuado.
Interessados Todos os que necessitam da informação do auditor: acionistas,
sócios, credores, devedores.

DEFINIÇÃO GERAL QUE SE APLICA TANTO À AUDITORIA INTERNA COMO À EXTERNA.

Auditoria interna: atividade independente e objetiva de avaliação e de consultoria, desenhada


para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela auxilia uma organização
a realizar os seus objetivos a partir da aplicação de uma abordagem sistemática e disciplinada
para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, controlo e
governação. É a acumulação e avaliação de evidência sobre informação para determinar e
relatar o grau de auditoria.

 Correspondência entre a informação e os critérios estabelecidos. A auditoria deve ser


efetuada por pessoas competentes e independentes.
 Para se realizar uma auditoria tem de haver informação que seja verificável e normas que
permitam ao auditor avaliar a informação
 Acumulação e avaliação de evidência: informação utilizada pelo auditor para chegar às
conclusões sobre se a informação auditada está em conformidade com os critérios
estabelecidos.
 Pessoas competentes e independentes: o auditor deve emitir uma opinião justa e isenta
de favoritismos, para alem de em todas as ocasiões adotar um comportamento
competente e de elevado profissionalismo.
 Relato (opinião): comunicação das conclusões do auditor aos utilizadores

- Limites da auditoria:

 Amostragem das evidências;


 Limitações de tempo e de custo;
 Algumas evidências recolhidas podem ser de fraca qualidade;
 Utilização de diferentes políticas contabilísticas;
 Falta de cuidado na execução dos trabalhos.

- Alterações fundamentais introduzidas pela 8º diretiva

o Existiu uma serie de escândalos ocorridos nos EUA e na UE que colocaram em evidência
um elemento importante para assegurar a credibilidade e fiabilidade das DF’s
[demonstrações financeiras]; provocaram prejuízos económicos consideráveis para os
mercados de capitais e para a economia, para alem de confirmaram a urgência e
necessidade das iniciativas da UE previstas a nível da revisão legal das contas e salientadas
em maio de 2003.
o CARACTERIZAÇÃO:
 Clarifica as obrigações dos ROC;
 A sua independência e código deontológico;
 Introdução de um controlo de qualidade externo;
 Supervisão pública sólida do setor da auditoria;
 Melhoria da cooperação entre as autoridades de supervisão da UE.

o INOVAÇÃO:
 Supervisão pública – garantia essencial da qualidade da auditoria
 Registo
 Controlo de qualidade
 Investigação, disciplina e sanções
 Organismo de supervisão pública:
 Criação do Conselho Nacional de Supervisão de Auditoria (CNSA);

 Auditorias de elevada qualidade


 Ética
 Educação
 Técnica – normas de auditoria e auditorias de elevada qualidade

- Características da informação financeira

 Objetivos:
 Informação acerca da posição financeira;
 Alterações da posição financeira;
 Resultados das operações.

 Utilidade:
 Investidores, credores e outros utentes.
 Investem racionalmente; concedem crédito e tomam outros decisões, contribuindo
assim, para um mercado de capitais eficientes.

 Características qualitativas:
 A informação financeira deve ser compreensível aos utentes através das seguintes
características:
 Relevância, fiabilidade e comparabilidade
+
 Conceitos, princípios e normas contabilísticas adequadas.
 Com isto, as demonstrações financeiras são descritas como apresentando uma
imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e do resultado das operações
da empresa.

- Importância das DF’s


o Afetam o grau de formação de capital na economia como resultado da distribuição do
rendimento criado entre investimento e consumo;
o Influenciam a forma como os capitais públicos disponíveis podem ser distribuídos entre
empresas, influenciando a concorrência pelos subsídios e incentivos;
o Alteram custos de procura de informação não incluída nas mesmas, determinando os
recursos globais a afetar ao processo de regulamentação, para além dos custos diretos do
próprio processo da sua produção e auditoria;
o Podem afetar a distribuição da riqueza entre os vários agentes.

- Objetivo e objeto da auditoria

 Objetivo: expressar uma opinião e emitir uma opinião/parecer sobre a matéria


analisada (avaliar de país para país, de entidade para entidade);
 Objeto “matéria analisada”: o que se inspeciona/verifica para se chegar a uma opinião
(um extrato bancário pode ser matéria analisada).

- Objetivo de uma auditoria de demonstrações financeiras

 Habilitar o auditor a expressar uma opinião sobre se as DF’s estão preparadas, em todos os
aspetos materiais, de acordo com uma estrutura concetual de relato financeiro aplicável.
 Auditoria externa: o auditor chega numa empresa, contratado, não sendo
funcionário da própria empresa, e pega no manual de procedimento dessa
empresa para perceber o funcionamento da empresa, e nas DF’s. É nas DF’s que
começa o trabalho de um auditor, vendo o que é mais relevante.
 Existe auditoria operacional – fazemos um trabalho nas operações num processo de algo
que ocorre em outro país [ex: whisky na Escócia: fazemos auditoria no processo de
fabricação do whisky nesse país].
 Etapas par o desenvolvimento dos objetivos de auditoria:
 Compreender os objetivos e responsabilidades de uma auditoria;
 Dividir as DF’s em classes de transações;
 Conhecer as asserções acerca dos saldos de contas;
 Conhecer os objetivos das classes de transações e contas.

II. Papel da auditoria nas organizações


A auditoria, INTERNA, pode identificar áreas que requeiram atenção especial, identificar
problemas e insuficiências que careçam de resolução e, a partir daí propor medidas com vista
a eliminar ou atenuar as principais deficiências detetadas, designadamente no que respeita:

 à avaliação e execução dos objetivos e das políticas estabelecidas


 necessidade de alterar normativos, critérios e processos
 adequação e eficácia dos meios e processos;
 adequação e eficácia dos sistemas de controlo interno e de gestão

Já a auditoria EXTERNA apresenta outras formas de utilidade para a empresa:


 contribui para a qualidade dos Documentos de Prestação de Contas e do sistema de
informação que os suporta;
 contribui para um mais fácil relacionamento dos gerentes com os acionistas;
 pode ser um fator revelador de fraudes;
 facilita as avaliações em caso de amortização de quotas;
 facilita as relações com os stakeholders.

Enquanto a contabilidade regista, classifica e agrega os eventos económicos com o objetivo de


fornecer informação financeira útil para a tomada de decisões. A auditoria examina se a
informação reflete os eventos económicos ocorridos durante o período contabilístico.

Importância da auditoria na redução do risco de informação

− existe conflito de interesses entre os gestores que produzem informação e aqueles


que a usam;
− a informação prestada pode resultar em decisões com consequências económicas
relevantes para quem toma decisões e para a sociedade;
− os utilizadores da informação estão na maior parte das vezes impedidos de controlar
diretamente a qualidade de informação;
− a preparação e a verificação dos documentos das DF’s é um processo de alguma
complexidade.

Causas do risco de informação Redução do risco de informação


Informação remota O próprio utilizador verifica a informação
Preconceitos e motivações de quem fornece O utilizador partilha o risco de informação
a informação com o órgão de gestão
Volume de informação As demonstrações são auditadas
Informação que tem por base transações
complexas e pouco usuais

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA PROFISSÃO

CREDIBILIDADE Necessidade de credibilidade por parte da sociedade na


informação e nos sistemas de informação.
PROFISSIONALISMO Possibilidade de empregadores, clientes e outras partes
interessadas, identificarem profissionais no campo da
auditoria.
QUALIDADE DOS Garantia de que os serviços obtidos do auditor sejam levados
SERVIÇOS a efeito com os mais altos padrões de desempenho.
CONFIANÇA Necessidade de confiança dos utentes dos serviços na
existência de uma estrutura concetual de ética profissional
que rege a prestação desses serviços.

III. Tipos de auditoria


IV. O auditor: o perfil do auditor
V. Normas de auditoria financeira
VI. Procedimentos gerais e técnicas de amostragem
VII. Desenvolvimento do trabalho de auditoria – processo e função

Respostas perguntas professor


1. Conceito de auditoria.
Resposta: processo sistemático de objetivamente obter e avaliar prova acerca de
correspondência entre informações, situações ou procedimentos e critérios pré-estabelecidos,
assim como comunicar conclusões aos interessados. Para além disso, é um exame ou
verificação de uma dada matéria, tendente a analisar as conformidades da mesma com
determinadas regras, normas ou objetivos, conduzido por uma pessoa idónea, tecnicamente
preparada, realizado com observância de certos princípios, métodos e técnicas geralmente
aceites, com vista a possibilitar ao auditor formar uma opinião e emitir uma opinião/parecer
sobre a matéria analisada.

Etimologicamente, a palavra auditoria deriva do verbo latino audire [ouvir]. Inicialmente, nos
primórdios da auditoria, as conclusões dos auditores fundamentavam-se essencialmente nas
informações verbais que eram transmitidas. Contudo, atualmente existe algo designado
ceticismo profissional, ou seja, todos os auditores chegam na empresa com dúvidas, e ao
passar pelos vários setores vão formando uma opinião própria, saindo por isso da dúvida. O
auditor não pode acreditar nas informações verbais, precisando ser cético. Isto não significa
desconfiar de alguém, mas sim fazer o seu trabalho que é reunir provas.

A auditoria tem planeamento, execução e relatório. Os auditores quando vão para campo
fazem o planeamento que irão realizar [análise de riscos, criticidade]. De todo o trabalho da
auditoria, a fase de execução traz provas, evidências para o auditor, uma vez que na auditoria
não podemos fazer nada sem provas.

Para o auditor chegar ao resultado precisa de provas adequadas e suficientes para formar uma
opinião – RELATÓRIO. Não se pode colocar nada no relatório sem prova (não basta as palavras
dos outros). Apesar de pudermos apanhar fraude, não estamos à sua procura, uma vez que no
cumprimento da nossa função existe um planeamento que o temos de cumprir. Na auditoria
não existe o provavelmente – OU É OU NÃO É.

2. Independência para a auditoria [slide 49].


Resposta: o auditor deve manter uma posição de independência referente ao processo
de auditoria, em todos os seus aspeto, evitando atuar em casos em que existam
circunstancias que influenciem a sua opinião objetiva ou outros em que possa originar-se
no utilizador uma duvida razoável sobre a própria independência e objetividade do parecer
do auditor. Normalmente, os organismos públicos definem uma serie de proibições para
atuar como auditor, quando este se encontre ligado a ele por grau de parentesco,
dependência económica e/ou profissional, ou possa presumir-se a existência de fatores
que possam influenciar a sua independência de criterio.

Em todo o caso, a certeza moral do parecer advém sempre do próprio auditor e da sua
reputação que e vigiada pelos organismos públicos – comissões de ética e deontologia.

Existem formas que ajudam o auditor a manter a sua independência como: a) definir
deveres profissionais; b) proibir interesses financeiros, como ser acionista da empresa que
vai proceder a auditoria; c) proibir interesses de gestão como desempenhar cargos de
direção; d) proibir interesses familiares.

3. Auditoria externa e interna [slide 87]


Resposta: A auditoria interna e a atividade independente e objetiva de avaliação e de
consultoria, desenhada para adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Ela
auxilia uma organização a realizar os seus objetivos a partir da aplicação de uma abordagem
sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento
de riscos, controlo e governação. É a acumulação e avaliação de evidência sobre informação
para determinar e relatar o grau de auditoria.

Já a auditoria externa ocorre quando o auditor chega numa empresa, contratado, não sendo
funcionário da própria empresa, e pega no manual de procedimento dessa empresa para
perceber o funcionamento da empresa, e nas DF’s. É nas DF’s que começa o trabalho de um
auditor, vendo o que é mais relevante.

4. Limitações da auditoria, e porque a auditoria não tem o seu efeito


total.
Resposta: o auditor esta abrangido por varias limitações, entre elas a amostragem. A
amostragem é um processo inerente à própria auditoria que consiste em formular conclusões
acerca de um todo, a partir da análise de uma porção desse todo. Ou seja, na auditoria os
auditores não analisam a empresa toda, escolhendo apenas uma porção da empresa.

Para além disso estão ainda limitados em relação a tempo e custo; e podem deparar-se com as
evidências recolhidas durante o processo de auditoria com fraca qualidade. Mas das
dificuldades do auditor pode considerar-se uma limitação que é o fato de se utilizarem
diferentes políticas contabilísticas. Por último, muitas das vezes os auditores depararam-se
com a falta de cuidado na execução do seu trabalho.

5. Importância das DF`s [slide 21]


Resposta: As DF’s são importantes para a auditoria. Estas são conhecidas como
demonstrações financeiras, e podem afetar o grau de formação do capital na economia;
podem ainda influenciar a forma como os capitais públicos disponíveis são distribuídos.
Influenciam ainda o preço das ações na bolsa e a distribuição da riqueza entre os vários
agentes, ou seja, acionista, Estado e diretores. Por último, podem alterar os custos de procura
de informação não incluída nas mesmas demonstrações financeiras. Concluímos com isto que
todos os atos feitos pela empresa devem estar nas demonstrações financeiras.

6. 3 fases da auditoria.
Resposta: A auditoria divide-se em três fases: planeamento, execução e relatório.
O planeamento ocorre no momento em que as ações tomadas no momento anterior à
realização da auditoria são determinantes para o sucesso das atividades; e começa com a
elaboração de um plano e o estudo da empresa que irá ser avaliada.

Posteriormente decorrerá a fase de execução, que acontece através da coleta de informações


que determinam se o departamento em questão está a seguir os padrões impostos. Aqui o
auditor irá entrevistar pessoas de dentro da empresa, e faz as suas próprias constatações.

Por último ocorre a fase de relatório em que a equipa de auditores se reúne para rever as
áreas problemáticas e para determinar as recomendações para corrigir problemas de
qualidade. Tudo isto estará dentro do relatório que os auditores terão de fazer acerca daquela
auditoria.

7. Auditoria vrs. Contabilidade


Resposta: A contabilidade insere-se dentro do processo de auditoria, mas são realidades
diferentes.

Enquanto a auditoria examina se a informação reflete os eventos económicos ocorridos


durante o período contabilístico; a contabilidade regista, classifica e agrega eventos
económicos com o objetivo de fornecer informação financeira útil para a tomada de decisões.

Assim enquanto a auditoria recomenda, a contabilidade produz provas.

8. Objetivos fundamentais da profissão [slide 34]


Resposta: Os objetivos fundamentais da profissão são englobados por vários objetivos, mas
os principais são 4: credibilidade, profissionalismo, qualidade dos serviços e confiança.

O auditor necessita de credibilidade por parte da sociedade na informação que passa, ou seja,
a sociedade precisa acreditar na informação que o auditor transmite. Precisa de ter
profissionalismo no processo de auditoria; deve garantir que os serviços obtidos do auditor
sejam levados a cabo com os mais altos padrões de desempenho; e por último precisa ter a
confiança dos utentes dos serviços, na existência de uma estrutura conceitual de ética
profissional.
9. Perfil do auditor [slide 44]
Resposta: O auditor deve ser um profissional com conhecimentos que lhe permitam
compreender a unidade económica no seu conjunto. Assim, deves para além dos
conhecimentos nas áreas de contabilidades finanças e fiscalidade, devem ter conhecimento
em organização, sistemas de informação e informática.

Estes profissionais devem ser dotados de um conjunto de aptidões e características pessoais e


comportamentais como por exemplo: ser honesto, ser sociável e ter iniciativa própria.

10. Conceito de ética [slide 54] e objetivos do codigo de ética [slide 63


e 64].
Resposta: conjunto de teorias morais segundo as quais cada um deve seguir as regras
ditadas pelo dever e pelas intenções que lhe estao associadas e não pelas suas consequências.
Este comportamento e regras que todos devemos seguir são necessária para que a sociedade
funcione de forma ordenada.

O Codigo de Ética, de 2011, apresenta 5 princípios fundamentais: integridade, objetividade,


competência e zelo profissional, confidencialidade e comportamento profissional.

Este codigo tem como objetivos orientar os membros de um grupo profissional no


cumprimento das suas responsabilidades; definir as normas básicas de ética; impor padrões de
conduta; estabelecer regras que regem a prestação de serviços profissionais por parte dos
membros.

Sendo assim o auditor é um dos profissionais que durante toda a execução do seu trabalho
tem o dever de seguir as regras de conduta da ética.

11. Para que serve as normas, padronizando a atividade da auditoria


[slide 70]
Resposta: Em auditoria, a norma relaciona-se com a qualidade com que o trabalho e
realizado, e permite definir requisitos mínimos relativos a características pessoais do auditor<
uniformizar o desempenho da profissão; diminuir confusões por parte dos utilizadores sobre
as auditorias; e ainda delimitar as responsabilidades dos auditores.

Estas normas e a sua utilização deriva do aumento das relações económicas entre empresas;
da crescente procura de informação por sujeitos nacionais, para alem do crescente nível de
internacionalização económico e pelo desenvolvimento tecnológico e informático.

E vantajoso o auditor basear a prestação do seu trabalho nas normas, porque estas permitem
a uniformização na execução do trabalho; facilita a comunicação; permite a fluidez e
transparência dos processos e facilita a tomada de decisão por parte dos utilizadores.

Existem 4 tipos de normas.


As normas técnicas são de aplicação obrigatória e constituem os princípios básicos a cumprir
pelos auditores no desenvolvimento dos trabalhos deles. Aplicam-se a auditoria das DF`s e a
outras funções de interesse publico.

As normas gerais são aquelas que o auditor usa para realizar o seu trabalho com diligencia,
para cumprir as disposições do codigo de ética, e para dialogar com o seu cliente e produzir o
acordo por escrito de forma clara e completa.

As normas de trabalho de campo dividem-se em ações preparatórias, planeamento e


coordenação, execução e supervisão do trabalho.

Por ultimo as normas de relato, ocorridas na fase final, da produção do relatório; o auditor
deve emitir um documento final/relatório, que seja claro quanto a sua opinião, identifique a
natureza e objeto do trabalho, o âmbito do trabalho efetuado, e projete a sua opinião de
forma que corresponda com a verdade e apropriadamente.

12. Conceito de amostragem [slide 99]


Resposta: A amostragem é um processo inerente à própria auditoria que consiste em
formular conclusões acerca de um todo, a partir da análise de uma porção desse todo. Ou seja,
na auditoria os auditores não analisam a empresa toda, escolhendo apenas uma porção da
empresa.

Este processo subdivide-se em dois tipos de amostragem:

A amostragem estatística e a amostra selecionada aleatoriamente. Aqui o auditor incorre num


risco, que se refere ao fato de as conclusões extrapoladas para a população, com base na
amostra serem diferentes das conclusões que se extrairiam diretamente da população. As
conclusões desta amostragem são baseadas nos niveis de confiança.

A amostragem não estatística são amostras de apreciação, dirigidas ou de julgamento. A


capacidade de julgamento do auditor, e fundamental, e os seus resultados/conclusões são
apenas validos para a amostra selecionada e não podem ser extrapolados para toda a
população.

13. Tipos de procedimento da auditoria [slide 91]


Resposta: Os procedimentos são condutas, acompanhadas de técnicas concretas que o
auditor leva a cabo com o objetivo de obter provas que proporcionem a evidencia necessária e
suficiente para a formação da opinião. Tanto podem ser procedimentos gerais, ou seja, são
utilizados nas varias fases da execução do trabalho; como específicos que são usados apenas
em situações muito concretas.

Existem 5 procedimentos gerais: inspeção, observação, perguntas; confirmação e


acompanhamento de inventario.

A inspeção serve para verificar a existência de determinados ativos como dinheiro, existências
ou imoveis.
A observação consiste em observar como são desenvolvidas as tarefas, e consiste no
seguimento físico e imediato do desenvolvimento dos distintos ciclos e operações que se
desenrolam na empresa. E um bom procedimento para avaliar o controlo interno.

As perguntas consistem em contatos pessoais, mediante conversas ou reuniões com o auditor


com empregados ou membros da direção; tem como objetivo obter a opinião dos mesmos no
que respeita ao controlo interno e atividades da empresa.

Por ultimo, a confirmação consiste na obtencao de uma comunicação de um terceiro,


independentemente da empresa auditada, que tem conhecimento da natureza e condições da
operação.

Ainda existem outros procedimentos como as verificações, reconstrução, revisão, analises e


comparações.

14. Ceticismo e a duvida.


Resposta: O ceticismo diz-nos que o auditor entra para um trabalho e faz uma avaliacao
critica com a mente questionadora, da validade da evidencia de auditoria obtida, e esta
sempre alerta para a evidencia de fraude, e poe em causa a confiabilidade dos documentos e
respostas a indagações e outras informações obtidas da administração e dos membros da
direção.

O ceticismo e, assim, uma atitude que permite ao auditor identificar e responder a possíveis
situações de distorções. Permite ainda uma maior atenção sobre provas de auditoria que se
contradigam entre si.

Sabemos pelo conceito de auditoria, que a atividade do auditor se fundamenta na duvida e


que essa duvida e que o leva a reflexão. Isto acontece porque o auditor entra para o processo
de auditoria com duvidas, e questiona, interroga e investiga tudo para tirar a duvida, e no fim
do processo já na fase de relatório, deve ter uma opinião fundada e fundamentada, e sem
duvida nenhuma.
1) Conceito de controlo interno

Resposta: O controlo interno representa numa organização o conjunto de procedimentos,


métodos ou rotinas com o objetivo de proteger os ativos, produzir dados contabilísticos fiáveis
e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.
É um processo contínuo e um meio para atingir um fim. É da responsabilidade da
administração a implantação de qualquer sistema de controlo interno. É ainda da
responsabilidade de todos os colaboradores que devem conhecer as suas funções e limites de
autoridade.
O controlo interno serve para minimizar os riscos, lutar contra a incerteza e facilitar
que se atinja os objetivos estabelecidos pelas organizações.
O controlo interno não é uma função, mas sim um processo dinâmico.

2) Coso

Resposta: O coso é um modelo que surgiu em 1992 nos Estados Unidos. É um modelo
utilizado como base para estruturas de controles internos. Esta estrutura estabelece 5
componentes e 17 princípios que representam os conceitos fundamentais associados a cada
componente. Como esses princípios são originados diretamente dos componentes, uma
entidade poderá ter um controle interno eficaz ao aplicar todos os princípios.
Como o controlo interno é um processo conduzido pela estrutura de governança,
administração e outros profissionais, e é desenvolvida para proporcionar uma segurança
razoável relativamente aos objetivos pretendidos é necessário que os 5 componentes estejam
presentes para que isto ocorra.

Os 5 componentes são: ambiente de controlo (base de todos os outros


componentes); avaliação de risco (envolve os mecanismos de identificação, análise e gestão
dos riscos relevantes); atividades de controlo (execução das políticas e procedimentos
estabelecidos pela administração); informação e comunicação (sistemas que possibilitam que
os funcionários e toda a organização possam coletar e compartilhar informações necessárias
para controlar as suas operações); e monitoramento ou supervisão (mecanismos de
acompanhamento dos controles internos pela gestão de atividade).

3) Objetivos do controlo interno


Resposta: De acordo com o COSO, a definição dos objetivos é fundamental para que se possa
avaliar os riscos a que a organização se encontra sujeita e a manter o SCI eficaz. Estes objetivos
devem ser definidos de forma clara e consistente, tendo sempre em atenção a missão e os
valores éticos da entidade, os seus pontos fortes e fracos e as suas oportunidades e ameaças,
levando à definição de uma estratégia global.
Os objetivos operacionais estão relacionados com a eficácia e eficiência das
operações da entidade, inclusivamente com as metas de desempenho financeiro e operacional
e a salvaguarda de perda de ativos.
Os objetivos de relato relacionam-se com a fiabilidade da divulgação dos relatos
financeiros e não financeiros, internos e externos.
Os objetivos de conformidade estão associados ao cumprimento de leis e
regulamentos a que a entidade está sujeita. O registo do cumprimento destes normativos
influencia a reputação da organização perante a comunidade, tanto no sentido positivo como
negativo.
Os objetivos devem ter uma ligação entre si e devem também ser complementares
e coerentes com os objetivos dos diversos departamentos e funções.

4) Aspetos limitadores do controlo interno


Resposta: A eficiência do controlo interno não poderá ser superior aos valores de integridade
e ética das pessoas que o criaram, administram e controlam.
O sistema de controlo implantado na empresa devera ser flexível. O ambiente
interno começa com a própria direção que deve transmitir a mensagem de que a integridade e
o controlo efetivo não podem ser postos em causa. Posto isto, existem 3 aspetos limitadores
de um bom ambiente: integridade, valores éticos e a competência das pessoas.

5) Ética
Resposta: Para ter um bom controlo interno e necessário transmitir o codigo de conduta,
penalizar comportamentos indevidos e estar atento a reação de criticas de comportamento
ético. Um clima ético forte contribui significativamente para a eficácia dos sistemas de
controlo. Por isso, e necessário ter-se em conta as preocupações da empresa, colaboradores,
fornecedores e clientes, pois os colaboradores podem iniciar atos desonestos, ilegais ou não
éticos pelo simples fato de a organização em que estao inseridos lhes dar incentivos ou
proporcionar tentações fortes para o fazerem, como prédios dependentes de elevado
desempenho, funções de auditoria fraca e inexistência de controlos.

6) Contribuição para um sistema eficaz (pág. 142)


Resposta: É necessária que o sistema de controle interno seja eficaz porque quanto mais
eficaz mais ajuda a combater erros e incorreções. É por isso que os funcionários da empresa
devem atuar com profissionalismo e a sua competência profissional deverá refletir o
conhecimento e capacidade necessária às tarefas inerentes à função que desempenha o
pessoal.
Existem por isso alguns aliados a um sistema eficaz que as empresas devem ter a
seu lado. Desde o recrutamento de pessoas com elevada competência e honestidade, porque
para um bom desempenho de funções para além da capacidade que a pessoa deve ter, ela
deve ser honesta. A própria administração/direção deve ter uma certa competência para
desempenhar as suas funções na busca do equilíbrio entre o nível de competência desejado e
o custo. Deve haver uma definição adequada das tarefas, níveis de formação e supervisão, e
deve haver um desenvolvimento de conhecimento e experiência das chefias, em que estes
devem estar em constante aprendizagem.

7) Tipos (pág. 144)


Resposta: Existem 5 tipos de controlo interno cada um com as suas características.
O primeiro tipo é o preventivo que impede que fatos indesejáveis acontecem;
portanto são tipos de controlo que entram imediatamente em funcionamento que tem como
função por exemplo comparar faturas com as guias de receção antes de autorizar o
pagamento para que não haja nenhum erro.
O controlo interno detetivo serve para identificar ou corrigir acontecimentos
indesejáveis que já tenham ocorrido como por exemplo observar a distribuição de salários
numa base de amostram ou efetuar contagens físicas.
O 3º tipo é o orientativo/diretivo que serve para encontrar ou encorajar a
ocorrência de fatos desejáveis.
O controlo corretivo como o próprio nome indica serve para corrigir problemas
identificáveis, e uma das suas muitas funções, é por exemplo, a elaboração de relatórios sobre
a existência de artigos obsoletos.
Por último, o controlo compensatório serve, mais uma vez como o nome indica,
compensar eventuais fraquezas de controlo em outras áreas da organização. Ou seja, se uma
área daquela organização está em baixo ou não está na máxima força, e se em outra área da
mesma organização se consegue resultados ainda mais positivos, o resultado de uma
compensa a falta ou o baixo resultado da outra, como por exemplo, o valor das entradas
registadas pelo armazém pode ser controlado pela contabilidade através da reconciliação da
conta

OU controlo de organização, dos procedimentos e sistemas de informação?

8) Limites (pág. 159)


Resposta: O controlo interno como já dito, é um conjunto de procedimentos e métodos
realizados por pessoas, funcionários daquela organização. Decorrente da sua própria definição,
este deve proporcionar uma segurança razoável, contudo nunca se conseguindo atingir uma
segurança absoluta. Ora entre as muitas limitações que este pode ter, existem algumas que se
salientam. Começando pelo desinteresse por parte da gestão em manter um SCI (sistema de
controlo interno) adequado, ora se a direção, o órgão que comanda a organização e as pessoas
que lá trabalham, não se interessar por manter um bom sistema de controlo interno porque
não está interessado em atingir a confiança e integridade da informação que passa, nenhum
controle interno aguenta. Poderíamos pensar que isto é contrassenso, pois a gestão deveria
ser a mais interessada nas vantagens de um SCI adequado. No entanto, nem sempre isto se
verifica. Apesar de o SCI para funcionar precisar de envolver toda a organização, é
competência do órgão de gestão a sua implementação e manutenção, ou seja, a decisão final
compete ao órgão de gestão.
Se, por sua vez estivermos perante uma empresa de grande dimensão, a
segregação de funções é mais difícil porque o número de funcionários é muito grande. Quando
se pretende implementar um SCI é importante saber a dimensão da entidade, pois o sistema é
diferente consoante estejamos numa entidade com poucos colaboradores ou com muitos. Esta
diferença é particularmente relevante ao nível da segregação de funções, pois numa pequena
empresa que tem poucos colaboradores é mais difícil dividir as tarefas incompatíveis pelos
colaboradores do que numa entidade maior.
O sistema do controlo interno não é barato, e o custo para a implementação desse
sistema não deverá ser superior ao benefício que se espera obter dele. Algumas empresas
apesar de saberem bem o benefício que este sistema traz à organização não conseguem
mesmo suportar o custo para o manter. Por isso, é que antes de se decidir implementar um
SCI, a entidade deverá ponderar quais os custos em que incorrerá e quais os benefícios que
poderão advir de implementação desse sistema. Isto porque a implementação de um SCI numa
entidade não acarreta os mesmos custos que acarreta a sua implementação em outra
entidade.
A própria existência de erros humanos e fraudes é um dos grandes limitadores do
controle interno. Existem tantos fatores que limitam a realizam a 100% do controle interno tal
como a falta de competência, integridade, cuidado, distração, erro de julgamento ou até má
compreensão. Ou seja, por mais que se reduzam as condições para a sua ocorrência, não se
consegue garantir a sua eliminação, e o SCI deverá funcionar como dissuasor à ocorrência de
irregularidades e fraudes. Contudo, o SCI só funcionará se todas as pessoas o conhecerem bem
e estiverem alinhadas no cumprimento dos seus objetivos. Se as pessoas não forem
competentes e responsáveis e moralmente integras, o SCI jamais atingirá os seus objetivos.
A própria tecnologia e informática é um limite, porque como atualmente todos os
documentos da empresa são inseridos no sistema informático, é muito mais fácil alguém ter
acesso direto aos ficheiros sem passar por ninguém e sem pedir autorização.

9) Segregação de funções (pág. 162)

Resposta: A segregação de funções é um princípio de controle interno, e um dos


procedimentos específicos deste sistema que determina que as funções conflitantes entre si,
nos diferentes processos de uma organização, sejam separadas entre diferentes pessoas, com
o objetivo de evitar riscos. Em linha geral é um princípio de controle interno que estabelece a
separação de atribuições entre colaboradores em várias fases de um determinado processo.
Assim, tem como objetivo principal evitar que se atribua à mesma pessoa múltiplas
funções. Isto dificulta a ocorrência de erros ou irregularidades. No ciclo de uma operação que
abranja um conjunto de atos compreendidos entre o início e o seu termo, é de todo
conveniente que se atribua a um responsável uma tarefa específica.
Para evitar conflitos de interesse é necessário repartir funções entre os diversos
departamentos para que não exerçam atividades incompatíveis, como executar e fiscalizar
uma mesma atividade. Por exemplo, a administração deve dividir a sua responsabilidade entre
os diversos departamentos: finanças, contabilidade, recursos humanos.

10) Registo metódico de fatos (pág. 163)

Resposta: As operações registadas na contabilidade devem respeitar as regras contabilísticas


aplicáveis e os documentos justificativos. Estes devem ser numerados de forma sequencial,
porque possibilita detetar quaisquer utilizações menos apropriadas.
Isto significa que todas as operações devem ser relevadas de uma forma
sistemática e sequencial. A forma como as operações são relevadas na contabilidade deve ter
em consideração regras contabilísticas tal como documentos justificativos.

11) Importância da prova


- obtém-se na execução. Adequada e suficiente.
Resposta: A prova de auditoria é a informação utilizada pelo auditor para chegar às
conclusões sobre as quais baseia a sua opinião. E obtida na fase de execução e e a base do
relatório de auditoria.
De facto, a prova de auditoria desempenha um papel fundamental no trabalho dos
auditores, pois é com base nesta que eles formulam uma opinião sobre as DF de uma empresa.
Porém não se espera que os auditores tratem toda a informação que possa existi,
devendo ponderar o custo de obtenção da prova de auditoria, o seu significado e relevância.
Não obstante, o auditor deve obter prova de auditoria apropriada e suficiente. O auditor usa
juízo profissional e exerce ceticismo profissional ao avaliar a quantidade e qualidade de prova
de auditoria, e, por conseguinte, a suficiência e adequação para suportar a opinião de
auditoria.

12) Cite 2 ou 3 procedimentos de auditoria e diga para que servem


Resposta: O auditor desempenha um papel fundamental na forma como avalia se as
informações fornecidas são ou não fidedignas, recorrendo para isso a um conjunto de
procedimentos de auditoria. Estes podem ser definidos como um conjunto de técnicas e
métodos que contribuem para a obtenção de provas que são usadas para sustentarem a
opinião do auditor aquando da elaboração do relatório.
A inspeção consiste numa análise aos registos, documentos e ativos tangíveis. A
inspeção aos registos e documentos permite obter prova de auditoria a diferentes níveis de
credibilidade. Quanto à inspeção física dos ativos, permite confirmar a sua existência.
A observação tem como finalidade observar a forma como os procedimentos e
processos estão a ser realizados. Normalmente é utilizada numa fase preliminar da auditoria,
permitindo verificar se um determinado controlo interno está ou não a ser usado. Contudo
este procedimento apresenta algumas limitações, porque os colaboradores da entidade ao
saberem que estão a ser observados podem alterar o seu comportamento.
A confirmação externa tem como objetivo obter evidencias de auditoria relevantes
e confiáveis com resposta de um terceiro por escrito para o auditor, seja em papel ou por
outro meio. A evidencia quando obtida de fontes independentes externas à entidade, é mais
confiável.
O recálculo consiste na averiguação da exatidão aritmética dos documentos ou dos
registos contabilísticos efetuados pela entidade.
A reexecução/redesempenho envolve a execução independente pelo auditor de
procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controlo
interno da entidade.
A indagação é um processo de recolha de informação, por escrito ou de forma
verbal, obtido junto de colaboradores da empresa que mais se adequam ao tema em questão,
ou a partir de pessoas externas à entidade. Contudo este procedimento não proporciona prova
de auditoria suficiente de como não existem distorções materialmente relevantes, nem sobre
a eficácia da operacionalidade dos controlos implementados, pelo que deve ser
complementada com outros procedimentos.

13) Planeamento de uma auditoria (pág. 200)


Resposta: O planeamento da auditoria consiste na definição do quadro geral a que deve
cingir-se a execução da auditoria, isto é, na determinação dos critérios que permitirão ao
auditor conduzir a execução e revisão de forma precisa, sistemática, eficiente e atempada e,
portanto, adaptada à realidade a auditar.
Esta fase torna-se vital para que com uma adequada organização do trabalho a
desenvolver se consiga uma maior economia, eficiência e eficácia, com a melhor alocação de
recursos disponíveis em função de uma ponderação relação custo-benefício. Numa auditoria
que não seja adequadamente planeada o auditor corre o risco de executar uma auditoria
ineficaz e ineficiente, levando à emissão de uma opinião inapropriada sobre as DF.
Este planeamento consiste em 5 fases.
Começasse por definir a materialidade e avaliar o risco de auditoria aceitável e o
risco inerente, uma vez que na concretização de um trabalho de auditoria considera-se
praticamente impossível verificar todos os documentos e registos efetuados ao longo do
exercício económico, cabendo ao auditor identificar se as DF estão afetas a distorções
materialmente relevantes. O risco de auditoria consiste na possibilidade de o auditor vir a
emitir uma opinião tecnicamente inadequada quando as DF estão materialmente distorcidas.
O auditor obtém segurança razoável adquirindo prova de auditoria suficiente e apropriada
para reduzir o RA (risco de auditoria) para um nível aceitavelmente baixo. Numa auditoria em
que se pretende proporcionar um nível de segurança alto, o RA deve ser sempre baixo, e para
tal, o auditor deverá avaliar os riscos inerentes e de controlo.
Passa, também por compreender o controlo interno e avaliar o seu risco, porque
o CI é um dos aspetos mais significativos num processo de auditoria, independentemente da
dimensão da entidade a ser auditada, devendo qualquer entidade a ser objeto de auditoria
possuir sistemas que garantam a eficiência da sua atividade. A importância do controlo para a
auditoria é uma matéria de julgamento profissional do auditor. Ao ser executado um bom
controlo sobre as vendas, faturação, compras e tesouraria, criar-se-á uma ótima oportunidade
para se atingirem resultados mais favoráveis e com menores prejuízos.
Deve desenvolver a estratégia global de auditoria, ou seja, o instrumento que
define o alcance e a direção da auditoria, e os parâmetros essenciais para orientar o
desenvolvimento do plano de auditoria. Desenvolve também o plano de auditoria ou
programa de auditoria que é um plano de ação detalhado, destinado a orientar o trabalho do
auditor, devendo contemplar todas as informações disponíveis e necessárias para o
desenvolvimento do trabalho de auditoria a ser executado.
Por fim deve conhecer a entidade, porque uma compreensão completa dos
negócios e da indústria do cliente e o conhecimento sobre o funcionamento da entidade são
fundamentais para o auditor realizar uma auditoria apropriada.

14) Risco

Resposta: O risco é a probabilidade de um acontecimento ou ação poder afetar


adversamente a entidade. Consideramos risco qualquer ameaça à eficiência da entidade.
É a possibilidade de existência de deficiências materiais no controle e que não são
detetadas pelo auditor durante a auditoria.
Existem três tipos de riscos. O risco inerente é o risco que se origina da natureza
própria do tipo de operação analisada, a partir de uma transação, saldo contábil ou divulgação,
e pode derivar de diversos fatores como transações pouco usuais ou ainda dos resultados de
auditorias anteriores. Estes riscos ocorrem normalmente, porque os cálculos complexos têm
mais probabilidade de estarem incorretos ou incompleto que os mais simples.
O risco de controle que consiste na incapacidade do sistema de controle interno de
evitar ou detetar oportunamente um erro importante.
O risco de deteção é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor não
detetem uma distorção potencialmente relevante
Ainda existe o risco de auditoria que consiste na possibilidade de o auditor vir a
emitir uma opinião tecnicamente inadequada quando as DF estão materialmente distorcidas.
Quanto maior o risco, maior a necessidade de um controlo de gestão eficaz.

15) Materialidade

Resposta: A materialidade é o tamanho do erro ou omissão nas DF que o auditor acredita


tornar provável que o julgamento de um dos usuários das DF possam ser influenciadas na
tomada de decisão. Contudo é um conceito relativo, e não absoluto, o que significa que não é
possível detetar uma quantia fixa para a sua determinação em todas as entidades porque
depende das características específicas de cada uma delas, ou seja, o que e um determinado
montante para um não o e para outra empresa. Por isso, é que o auditor deve aplicar
julgamentos profissionais para a avaliação do que pode ou não influenciar as decisões dos
utilizadores, sendo necessário analisar cada situação no seu contexto específico.
A materialidade depende da dimensão/quantidade, natureza/qualidade na medida
em que o auditor deve conhecer a natureza do negocio bem como o ramo de atividade, os
resultados das operações e a posição financeira e circunstâncias, quem são os utilizadores,
quais as suas necessidades para a tomada de decisão.
Da definição de materialidade decorre e põe em ênfase os utilizadores
razoavelmente informados que utilizam as DF como base para a tomada de decisões. Na
prática, este conhecimento tao abrangente é extremamente difícil, senão mesmo impossível
de obter. É muito complicado para o auditor identificar todos os interessados nas DF da
empresa em análise, sendo ainda mais difícil identificar as razões particulares que cada tipo de
utilizar tem para esse interesse. A maior dificuldade consiste em: o que é material para
determinado utilizar pode não o ser para outro, sendo que o auditor terá de ter em conta
todos eles quando decide o que é material ou não.

16) Papéis de trabalho e relatório.


Resposta: Os Papéis de trabalho de auditoria constituem um registo permanente do trabalho
efetuado pelo auditor, dos fatos e informações obtidos, bem como das suas conclusões sobre
os exames. É com base nestes papeis que o auditor irá relatar as suas opiniões, críticas e
sugestões.
O auditor deve registar nos papéis de trabalho informação relativa ao
planeamento de auditoria, natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos aplicados,
resultados obtidos e as suas conclusões. Devem ainda conter o juízo do auditor relativamente
a todas as questões significativas.
Tem como objetivo auxiliar o planeamento e execução da auditoria, auxiliar a
supervisão e revisão do trabalho de auditoria, e proporcionar prova do trabalho de auditoria.
Os registos dos Papéis de Trabalho compreendem duas seções principais.
O arquivo permanente contém informações úteis para um período de anos. Cada
seção é parte necessária e integrantes dos Papéis de Trabalho referentes a qualquer ano. Estes
arquivos são incompletos sem os permanentes visto que estes contêm trabalho de auditoria e
dados aplicáveis tanto ao ano corrente como a anos anteriores. As informações nele contidas
devem ser revistas e atualizadas no início de cada auditoria, e se for necessário incluir alguma
informação deve ser arquivada de forma sistemática, para fácil consulta. As informações que
podemos encontrar neste tipo de arquivo são, por exemplo, sobre a empresa (escritura e
registo), legislação aplicável à empresa, contratos e documentos importantes, ou ainda
relatórios e orçamentos.
Já o arquivo corrente contém informações relativamente a cada período abrangido pela
auditoria. Neste tipo de arquivo, encontramos os programas de trabalho e os mapas de
trabalho.
O relatório de auditoria é um documento elaborado pelos auditores com o objetivo de
registar as ocorrências e eventos levantados no processo de auditoria. Neste material, os
responsáveis pelo trabalho apresentam todos os dados coletados durante a averiguação,
indicando as atividades, áreas e processos que não estão em conformidade com as regras
internas. O relatório tem como objetivo fornecer informações suficientes para os gestores
avaliarem se a empresa está a alcançar os resultados pretendidos.
Um bom relatório deve conter os 5 requisitos gerais: ser construtivo, objetivo, conciso
(???), oportuno e claro.
Existem 6 tipos de relatório.
Os relatórios ordinários são os relativos ao cumprimento do programa atual da auditoria.
Os relatórios especiais são feitos a pedido da direção sobre um tema ou área específica. Os
relatórios intercalares, são elaborados quando se detetam incidentes, cuja relevância
aconselha informar a direção, propondo uma tomada de ação imediata. Os relatórios amplos
são destinados a baixos níveis hierárquicos da organização, fornecendo informações
específicas para cada área. Os relatórios curtos são destinados a níveis hierárquicos mais
elevados, e apresentam as principais deficiências encontradas, e uma conclusão sobre os
resultados do trabalho. Os relatórios de sugestões são memorandos, onde constam todas as
recomendações tendentes a corrigir as deficiências encontradas.

17) Terceiros, Existências e Imobilização (???)


Resposta: As evidências de auditoria são todas as provas documentais que fundamentam o
trabalho e as observações realizadas pelo auditor. São as informações que comprovam uma
declaração ou um fato e são fundamentais para a formulação de conclusões e recomendações
objetivas e corretas. Podem ser obtidas através da pesquisa documental, da observação ou do
consenso.
Controlo de terceiro – terceiros, fornecedores e clientes que participam da empresa. E o
conjunto de boas praticas e normas que auxiliam no controle e monitoriamente de empresas
contratadas.
O controle de imobilização e o processo de conhecimento e monitoramento do património de
uma empresa, sendo assim, ele fornece relatórios com informações estratégicas para os
gestores e para a contabilidade.

Disponibilidades
As disponibilidades são o dinheiro da empresa no âmbito do controlo interno.
Os métodos e procedimentos de controlo nesta area permitem assegurar que a importância
em numerários existente em caixa não deve ultrapassar o montante adequado as
necessidades diárias das autarquias: a virtualização de receita e evidente aquando da emissão
do recibo para a cobrança, a sua cobrança ou anulação.

Reconciliações bancarias – dentro do universo das disponibilidades, mais especificamente no


banco. Confrontar o saldo das DF e o saldo do banco e confrontar os dois saldos. Os auditores
nunca reconciliam, e sempre a contabilidade.
Disponibilidade – dinheiro da empresa: dinheiro, caixa, bancos, aplicações financeiras

Exercício 1
A – valor insuficiente pois esta abaixo dos 50%. Recomenda-se fazer a reposição. 200 [saída]
de dinheiro]
B – local inadequado, porque estamos na disponibilidade da empresa, e os cheques deviam
estar na contabilidade. Recomenda-se mandar para a contabilidade. 720 [os
cheques nunca entram na contabilidade]
C – despesa incompatível com a finalidade da empresa. O próprio funcionário deve repor o
dinheiro.
D – táxi. Dinheiro a mais de 90 dias são considerados pendencia de longa data e já devia ter
mandado para a contabilidade, o que denota já haver algo de errado. A falha encontra-se
mesmo ai na pendencia de longa data, e deve enviar para a tesouraria/contabilidade reposição
60 [saída]
E – pendencia longa data e enviar para deposição 40 [saída]

Na D. e E., os auditores na hora deve perguntar qual o problema e porque o funcionário tem
documentos de tao longa data sem enviar a tesouraria.

800
200 – numerário
180 (60+40) – documentos
200 + 180 = 380 euros

Como ele devia ter 800 euros, e apenas tem 200 em numerário e 180 em documentos?
- o funcionário vai ter de ser responsabilizado, informado pela sociedade que vai ter de repor o
dinheiro que falta em caixa. Por isso a contagem tem de ser feita de surpresa, sem o
funcionário saber para que ele não possa encobrir nenhuma falta.

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