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Manual Segurança Do Trabalho - Trabalho em Altura
Manual Segurança Do Trabalho - Trabalho em Altura
Índice
1- INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………4
1.1- Enquadramento………………………………………………………………………..4
1.2- Trabalhar mais e melhor……………………………………………………………….6
1.3- Acidentes de trabalho…………………………………………………………………..9
1.4- O quadro dos novos desafios do mundo do trabalho…………………………………13
2 - CONCEITOS…………………………………………………………………………………14
2.1 - Escadas……………………………………………………………………………….14
2.1.1 - Escadas portáteis…………………………………………………………….14
2.1.2 - Escadas fixas…………………………………………………………………14
2.1.3 - Escadas fixas de serviço……………………………………………………..16
2.2 - Trabalhos em postes metálicos………………………………………………………20
2.3 - Trabalhos sobre coberturas ligeiras………………………………………………….20
2.4 - Plataformas de trabalho………………………………………………………………21
2.5 -
Andaimes……………………………………………………………………………..23
2.5.1 - Andaimes de pés fixos……………………………………………………….23
2.5.2 - Andaimes de pés móveis…………………………………………………….30
2.5.3 - Andaimes suspensos (Bailéus)………………………………………………31
3 - RISCOS………………………………………………………………………………………33
3.1 - Escadas portáteis…………………………………………………………………….33
3.2 - Escadas fixas…………………………………………………………………………34
3.3 - Escadas fixas de serviço……………………………………………………………..34
3.4 - Trabalhos em postes metálicos………………………………………………………35
3.5 - Trabalhos sobre coberturas ligeiras………………………………………………….35
3.6 - Plataformas de trabalho………………………………………………………………36
3.7 -
Andaimes……………………………………………………………………………..36
3.7.1 - Andaimes de pés fixos……………………………………………………….36
1- INTRODUÇÃO
1.1 - Enquadramento
Em primeiro lugar, é necessário determinar o marco regulatório que inclui a definição da altura
mínima a partir da qual se considera que representa um risco proporcionando acidentes, e a
continuação das causas que provocam esses mesmos acidentes.
De acordo com algumas boas práticas, algumas empresas consideram que os trabalhos em altura,
são aqueles que são executados em alturas superiores a 2 ou 3 metros nos andaimes, escadas,
estruturas, máquinas, plataformas, veículos, entre outros, sendo que as quedas das pessoas a
níveis distintos podem dar origem a lesões que normalmente são graves.
Os principais riscos a que estão expostos os trabalhadores são: quedas de pessoas, quedas de
objectos, contacto com linhas eléctricas aéreas, golpes, impacto de veículos, perda de
estabilidade e acidentes que ocasionam incapacidade permanente ou temporária ao trabalhador1 e
nalguns casos fatais.
Como critério geral, todos os trabalhos em altura só podem efectuar-se em princípio, com a ajuda
de equipamentos ou dispositivos de protecção colectiva, tais como plataformas, redes de
1
Por incapacidade permanente, entende-se, a impossibilidade permanente de um trabalhador auferir rendimentos
de trabalho (no todo ou em parte) devido a uma acidente de trabalho. esta pode ser dividida em incapacidade
permanente parcial (provoca ao trabalhador uma redução inferior a 2/3 na sua capacidade de trabalho ou ganho,
com carácter permanente); incapacidade permanente absoluta (provoca ao trabalhador uma redução superior a 2/3
na sua capacidade de trabalho ou ganho, com carácter permanente, podendo esta verificar-se para o trabalho habitual
ou para toda e qualquer profissão). Por sua vez, a incapacidade temporária, é a impossibilidade de um trabalhador
auferir rendimentos de trabalho, devido a um período de ausência provocado por acidente de trabalho, após o qual
volta o seu posto de trabalho habitual. Esta também se pode dividir em incapacidade temporária parcial (aquela
que provoca ao trabalhador uma redução inferior a 2/3 na sua capacidade de trabalho ou ganho, voltando ao seu
posto de trabalho habitual) e incapacidade temporária absoluta (aquela que provoca ao trabalhador uma redução
superior a 2/3 na sua capacidade de trabalho ou ganho, voltando ao seu posto de trabalho habitual).
Curso Técnico Superior Segurança e Higiene do Trabalho 3
MANUAL EDIÇÃO: 1
SEGURANÇA DO TRABALHO REVISÃO: 0
DATA: 10/05/2003
PÁG.: 4 DE 150
TRABALHOS EM ALTURA
segurança, guarda corpos e guarda cabeças. Deve ainda dispor-se de meios de acesso seguros e
utilizar-se cinturões de segurança, arnês anti-queda e/ou outros meios de protecção individual
equivalentes.
Como em qualquer tipo de acidentes, podem intervir duas grandes causas : humanas e materiais.
Humanas
Causas físicas - Agilidade, Desequilíbrio; Idade; Falta de Reflexos; Força, Habilidade;
Condição Física, Vertigens.
Materiais
Ordem e limpeza
Cada vez mais as empresas, os trabalhadores, os sindicatos, o estado, os media, a opinião pública
e a sociedade em geral estão mais atentos às questões da higiene, segurança e saúde no trabalho.
Os acidentes e as doenças profissionais não são inevitáveis e o fado é "apenas" uma parte
importante da nossa cultura musical. O trabalho deve ser, além de um modo de obtenção de
rendimento uma actividade gratificante e que não ponha em risco a saúde do trabalhador. Os
custos directos e indirectos da "não segurança" são elevados para todas as partes envolvidas. A
prevenção é para além do cumprimento de requisitos legais, ou mesmo de uma obrigação moral,
um investimento.
Medidas bem intencionadas e caras nem sempre evitam acidentes ou doenças profissionais.
Com a implementação de um sistema de gestão da higiene, segurança e saúde no trabalho de
acordo com a norma OHSAS 18001 ou NP 4397 a organização poderá evidenciar as seguintes
vantagens:
- Responder a requisitos legais
- Melhorar a imagem da organização no mercado
- Sistematizar métodos de trabalho
- Melhorar a satisfação dos colaboradores
- Ter maior possibilidade de internacionalização do produto final
- Ter mais um factor diferenciador do mercado em que se inserem
- Ter melhores rendimentos através da redução dos custos da segurança
- Aumentar a participação dos trabalhadores a diversos níveis
- Contribuir para a detecção e correcção de erros e para o preenchimento de lacunas
existentes, através de auditorias realizadas por entidades especialistas.
quer para os colegas de trabalho do sinistrado) que decorrem de uma situação de acidente, então
estamos no sentido certo.
Em Portugal a saúde, higiene e segurança no trabalho está longe do que seria desejável. Ao país
falta uma aposta estruturada na prevenção e inspecção ao nível da HSST. Parâmetros essenciais,
até do ponto de vista da produtividade, mas que as empresas portuguesas insistem em considerar
"marginais" à sua estrutura produtiva.
É necessário a aposta de forma determinante nas pessoas e que se mude a mentalidade das
relações de trabalho. O empresário permanece focado em dar resposta ao trabalho, sem pensar
nos recursos humanos e nas condições de trabalho. Quanto menos pensarmos nos recursos
humanos, mais serão os encargos com baixas e indemnizações, maiores as filas de espera nos
hospitais e menos competitivo o país.
É essencial que os empregadores deixem de ver a HSST como algo marginal ao funcionamento
da empresa e comecem a perceber o impacte que as suas decisões de gestão têm neste campo.
Acidentes de trabalho mortais ocorridos nos locais de trabalho e objecto de inquérito pela IGT
em 2001
Por actividades (mais significativos)
Construção Civil 156 55,7 %
Agricultura / Pecuária 18 6,4 %
Serv. Prestados Empresas 12 4,3 %
Extr. Min. não Metálicos 11 3,9 %
Transportes / Armazen 9 3,2 %
Indústria química 8 3,0 %
Ind. Prod. Met/Mat. Eléctrico 7 2,5 %
Tab.1 - Acidentes de trabalho mortais em 2001
Acidentes de trabalho mortais na construção civil e obras públicas em 2001.
Causas desconhecidas
DESCONHECIDAS
Outras causas
TOTAL
Gruas/Andaimes
Atropelamentos
Bordadura Laje
Montag. Desm.
Plataf./Escadas
Poços Tuneis e
Linhas Aéreas
Outro tipo de
Abertura em
Ferramentas
Constritivos
Demolições
Pavimentos
Escavações
Andaimes/
Escadarias
Elementos
Habitação
Cobertura
Cobertura
Máquinas
Eléctricas
Objectos
Indústria
Abertura
Estaleiro
Galerias
Paredes
NÍVEL
Outros
Outros
Equip.
Valas
TOTAL
10 8 4 10 4 5 3 18 11 1 17 0 2 10 7 6 11 2 11 2 4 4 3 156
Incidência regional
Quedas Quedas
Outras Causas
Distritos Em ao Soterramento Esmagamento Electrocussão Totais
causas Desconhecidas
altura nível
Aveiro 4 4 3 1 1 13
Beja 2 7 9
Braga 3 1 2 1 7
Bragança 1 2
C.Branco 1 1
Coimbra 2 1 2 5
Évora 1 1
Faro 6 3 1 10
Guarda 2 3 5
Leiria 8 2 1 1 12
Lisboa 12 3 7 1 2 3 28
Portalegre 3 3
Porto 21 3 1 2 27
Santarém 2 2 4 2 2 12
Setúbal 2 2 2 4 10
Viana Castelo 3 2 5
Vila Real 1 1 2
Viseu 2 1 2 5
Total Geral 73 19 36 19 6 3 156
80 73
70
60
Quedas em altura
50 Soterramento
36 Esmagamento
40
Electrocussão
Outras causas
30
Causas desconhec.
19 19
20
10 6
3
O novo contexto do mundo do trabalho é marcado pela globalização das economias, pelas novas
tecnologias e até pelas expectativas individuais que vêm exigir às empresas um reforço
substancial da sua capacidade competitiva.
Esta dinâmica evidencia uma nova e determinante centralidade da empresa, obrigando-a a
desenvolver e a inovar, em particular nos domínios da gestão, dos recursos humanos, das
tecnologias e da organização do trabalho, com reflexos fundamentais ao nível das exigências que
se colocam no domínio das condições de trabalho, em que serão de destacar os desafios
associados:
- qualidade do trabalho
- à organização e gestão da prevenção nos locais de trabalho
- à organização do trabalho
2 - CONCEITOS
2.1 - Escadas
A utilização de escadas portáteis deve revestir-se de alguns cuidados prévios que têm a ver,
nomeadamente, com a escolha do tipo de escada mais adequado ao tipo de trabalho, com o
estado de conservação da mesma e com a resistência da superfície de apoio.
O utilizador de escadas portáteis deve ter consciência dos riscos a que está sujeito,
nomeadamente, o risco de queda e de electrização.
As escadas fixas são origem de um grande número de acidentes laborais, principalmente quedas
de diferente nível.
Desdobrada: composta por um laço central que conduz ao patim intermédio, do qual partem
dois tipos de escada.
As escadas fixas de serviço estão permanentemente sujeitas a uma superfície vertical e servem
para aceder ocasionalmente a telhados, poços, silos, torres de refinarias de petróleo, chaminés e
outras zonas de acesso restrito.
Este tipo de escadas devem ser consideradas intrinsecamente perigosas pelo que deve ter um
correcto desenho, um uso restringido a pessoal interno só para casos esporádicos ou ocasionais
sempre não seja possível outro sistema de acesso mais seguro e utilização de equipamento de
protecção individual.
Definições e tipos
Uma escada de serviço está formada por uma série de escalões. Constroêm-se preferencialmente
de aço, ferro forjado, ou outro material equivalente assegurando sua eficiente estabilidade à
estrutura que o suporta.
Podem-se distinguir basicamente três tipos de escada de serviço:
Escada inclinada: escada instalada sobre uma superfície inclinada (>75 º)
Escada vertical separada: escada que consta de degraus de metal, madeira ou outro material
unidos mediante sistemas de fixação.
Escada vertical integrada: escada instalada sobre uma superfície vertical e consta de uma série
de degraus permanentemente seguros à estrutura.
Todos os aparelhos instalados sobre chassis portáteis que podem ser deslocados, pode-se acoplar
uma plataforma de trabalho para efectuar trabalhos em altura podendo apresentar uma série de
vantagens desde o ponto de vista de segurança frente a outros meios de acesso a alturas como
podem ser escadas manuais.
São constituídos por uma plataforma de trabalho numa estrutura elevatória geometricamente
deformável.
A estrutura pode ser:
- Um paralelogramo deformável
- Braço que levanta com balanceamento de forma compassada
- Braço elevatório e telescópico
- Braço hidráulico articulado com desenvolvimento telescópico
- Carrinhas elevadoras de carga
2.5 - Andaimes
a) Caracterização
b) Definição de andaime
c) Caracterização de um andaime
Um andaime caracteriza-se por ser uma estrutura que se destina a viabilizar o acesso a locais
elevados.
Um andaime deve possuir, além dos elementos de estrutura de base, elementos de segurança,
destinados a prevenir a ocorrência de acidentes, quer por queda das pessoas que os utilizam, quer
por queda de materiais.
Um andaime deve ser dimensionado por forma a suportar os esforços previstos para a sua
utilização.
Actualmente, são utilizados, cada vez mais, modelos de andaimes constituídos por elementos
pré-fabricados, com estruturas em H e CAVALETES, ou, ainda, com regulação múltipla -
Andaimes Modulares.
Para estes modelos, existem plataformas pré-fabricadas em alumínio, aço galvanizado ou
madeira, bem como escadas adaptadas ao andaime, em conformidade com a norma CEN HD
1000.
Equipamentos de segurança de andaimes são equipamentos que fazem parte da estrutura dos
andaimes e visam a protecção de todos aqueles que os utilizam.
Dos mais relevantes destacam-se os guarda-corpos e guarda cabeças.
Da atenção e cuidado postos na sua montagem depende a segurança de todos os que vierem a
trabalhar no andaime.
Porque os trabalhos efectuados com recurso a andaimes requerem geralmente a utilização de uma
diversidade de ferramentas e equipamentos, e ainda porque estes têm de ser deslocados para os
diversos locais de trabalho, a sua movimentação deve revestir-se de cuidados especiais.
A concepção, desenho, montagem e utilização de um andaime deve ter determinados factores em
consideração:
- Avaliação das cargas a suportar por cada plataforma, montante ou apoio, de
modo a permitir escolher o tipo de material mais adequado e o método de
ligação de elementos mais seguros.
- A resistência do solo que influi no tipo de amarrações a executar.
- A previsão de armazenamentos temporários de material pesado sobre as
plataformas, condiciona o espaçamento entre os montantes, a espessura das
tábuas que constituem as plataformas e os reforços de rigidez a introduzir.
- Considerar os efeitos adversos dos factores climatéricos (chuva, vento, neve,
etc)
* Segundo o Regulamento de segurança dos Trabalhos de Construção Civil, para andaimes para
obras de manutenção Lmax = 2,5 m; para andaimes para obras para construção Lmax = 2 m.
Terminologia
Os andaimes de pés móveis são assim designados porque em vez dos dispositivos de
nivelamento e apoio, estão equipados com rodas que permitem o seu deslocamento.
Normalmente estes andaimes são pré-fabricados (deve ser dada preferência), embora possam ser
constituídos estruturalmente por elementos à semelhança dos andaimes de pés fixos.
As rodas devem ser solidárias ao andaime e devem poder ser bloqueadas em rotação e
orientação. Quando as rodas não estiverem em utilização, os apoios em contacto com o solo não
devem permitir o deslocamento do andaime.
Do ponto de vista técnico definimos os andaimes suspensos móveis como construções auxiliares
suspensas por cabos que se deslocam verticalmente nas facahadas mediante um mecanismo de
elevação e descida accionado manualmente.
Utilizam-se para a realização de numerosos trabalhos em altura: acabamento de fachadas de
edifícios, rebocos, pinturas, etc, assim como para reparações diversas em trabalhos de reablitação
de edifícios.
Os elementos principais que constituem estes tipo de andaime são:
Plataforma - Estrutura formada por uma base de chapa galvanizada anti-deslizante sobre a qual
se situam a carga e as pessoas
Pescante - Elemento situado no telhado do edifício, onde engancha o cabo que suporta a
plataforma.
Aparelho de elevação - aparelho ancorado à plataforma leva o mecanismo que o fixa e desloca
através do cabo. Leva outro mecanismo acoplado, que actua sobre o segundo cabo que faz as
funções de cabo de segurança.
Cabo - Elemento auxiliar que ancora no pescante, serve para deslocar a plataforma em sentido
vertical. Existe um segundo cabo que faz as funções de cabo de segurança.
O Bailéu pode ter 2 ou 3 órgãos de suspensão, constituídos cada um deles por um estribo, onde
assenta a plataforma, um guincho e um dispositivo pára-quedas. O guincho deverá conter um
dispositivo duplo de segurança que impeça a descida acidental da plataforma.
O dispositivo pára-quedas, normalmente incorporado no guincho, destina-se a suportar a
plataforma em caso de rotura do cabo de elevação ou de falha do guincho.
Os andaimes suspensos podem ser suportados por vigas em balanço, ganchos ou dispositivos
especiais de aço, tais como, tirantes ou braços de suspensão, desde que apoiados/fixados sobre
uma estrutura adequada.
Tanto os montadores como os trabalhadores que os utilizam devem preocupar-se constantemente
com a segurança da instalação sobre a qual trabalham.
Há que ter em conta que o andaime está perfeitamente construído e se seguiu uma série de
normas técnicas de montagem.
3 - RISCOS
Queda de altura
Choque com objectos na subida/descida
Queda de objectos (a partir de pontos superiores)
Também se pode verificar uma série de práticas inseguras ou existir condições pouco seguras,
destacando-se as seguintes:
- subir ou descer com pressa ou em grupo
- não utilizar o corrimão
- levar calçado inseguro
- visibilidade limitada por iluminação deficiente
- degrau saliente, com a consequente insegurança que gera nos utilizadores.
O principal risco derivado do uso das escadas de serviço é a queda de altura nas seguintes
circunstâncias:
- na sua utilização normal de subida ou descida
- utilizando a escada levando cargas
- subir ou baixar de forma rápida
- falta de visibilidade
Queda de altura
Choque com objectos na subida/descida
Queda de objectos (a partir de pontos superiores)
Projecção de objectos (em particular se o cabo se soltar durante o
desenrolamento)
Electrização ou electrocussão (na vizinhança de outras instalações em
tensão)
Quedas em altura: ao subir ou descer da cobertura mediante escadas portáteis ou fixas; por
roptura de pontos frágeis que não suportam o peso de um homem, nomeadamente as cobertas;
pisar directamente sobre claraboias de insuficiente resistência; devido às condições atmosféricas;
aberturas não assinaladas e desprotegidas; desequilíbrios junto da periferia, quando desprovida
de guarda-corpos.
Queda de objectos ou de parte da cobertura sobre as pessoas: por acumular cargas excessivas
sobre as mesmas; ao pisar directamente sobre a superfície rompendo-se uma parte da mesma; por
contactos eléctricos com cabos acessíveis desde a cobertura.
Os riscos mais importantes que se apresentam no uso de plataformas de trabalho elevadas são os
seguintes:
- Queda em altura de pessoas enquanto se encontram sobre a plataforma numa
posição elevada.
- Queda de objectos, ferramentas ou outros utensílios sobre as pessoas ou
equipas situadas por baixo da zona de operação.
- Embate entre alguma parte da plataforma e partes da própria carrinha como o
seu mastro ou contra estruturas, paredes ou tectos onde se desenrolam os
trabalhos
- Embate entre alguma parte do conjunto plataforma-carrinha e o solo como
consequência da sua inclinação ou tombo por circunstâncias diversas como
pode ser efectuar trabalhos em superfícies muito inclinadas.
- Contacto eléctrico directo ou indirecto com linhas eléctricas
- Quedas das pessoas ou da própria plataforma de trabalho contra objectos
móveis ou fixos situados na vertical da própria plataforma.
3.7 - Andaimes
Queda de altura
Choque com objectos na subida/descida
Queda de objectos (a partir de pontos superiores )
Electrização ou electrocussão (na vizinhança de instalações em
tensão).
O primeiro passo para a protecção dos riscos associados à utilização de andaimes é o seu
conhecimento. As causas mais frequentes de acidentes em/com andaimes são devidas a:
sobrecarga excessiva;
embate de veículos.
má preparação da operação
conduta insegura
ruptura da plataforma;
Contacto dos trabalhadores (ou objectos que estes possam manusear) com os
condutores nus duma linha eléctrica aérea, por:
não respeito das distâncias de segurança;
ausência de protecções;
Queda de altura
Choque com objectos na subida/descida
Queda de objectos
Electrização ou electrocussão (na vizinhança de instalações em tensão).
O primeiro passo para a protecção dos riscos associados à utilização de bailéus é o seu
conhecimento. As causas de acidentes mais frequentes com bailéus são:
Queda de objectos
a partir do andaime;
a partir da edificação ou de um equipamento de elevação de cargas sobre o
bailéu.
4 - ENQUADRAMENTO LEGAL
Dada a evolução resultante da necessidade de adopção das medidas de protecção contra quedas
de altura face ao Decreto-Lei 348/93, de 1 de Outubro, regulamentado pela Portaria 988/93, de 6
de Outubro, do Decreto-Lei 128/93, regulamentado pela Portaria n.º 1131/93, alterados
respectivamente pelo Decreto-Lei n.º 139/95, de 14 de Junho, e Portaria n.º 109/96, de 10 de
Abril, e da adopção por Portugal das Normas EN 358:1995 e EN 361:1992 (Despacho IPQ
26/96, DR n.º 84/96, de 9 de Abril, Suplemento), para as Empresas, as principais consequências
são:
A Portaria 1131/93, de 4 de Novembro (n.º 3.1.2.2) estabelece que “os EPI destinados a prevenir
as quedas de altura ou os seus efeitos devem conter um dispositivo de preensão do corpo e um
sistema de ligação que possa ser preso a um ponto de fixação seguro. Devem ser concebidos e
fabricados de modo que, quando utilizados nas condições previsíveis de utilização, o
desnivelamento do corpo seja o mais reduzido possível para evitar qualquer impacte contra um
obstáculo, mas sem que a força de travagem atinja o limiar da ocorrência de lesões corporais nem
o de abertura ou de ruptura de um componente do EPI susceptível de provocar a queda do
utilizador.
Devem, além disso, assegurar, terminada a travagem, uma posição correcta do utilizador,
que lhe permita aguardar o tempo razoável necessário para ser socorrido.”
que o sistema de amarração não deve ser utilizado para pára-quedas (número 1.).
trabalho. Os sistemas de amarração ao posto de trabalho não são previstos para serem
utilizados para pára-quedas (Nota do Capítulo 6, ponto 5 -2 b)
...
Devem, além disso, assegurar, terminada a travagem, uma posição correcta do utilizador,
que lhe permita aguardar o tempo razoável necessário para ser socorrido.
...
Art. 11.º Até 1 de Janeiro de 1997 podem ser colocados no mercado e postos em serviço
os produtos conformes com os regimes de marcação em vigor até 1 de Janeiro de 1995.
Publica a Lista das normas Portuguesas que adoptam as normas harmonizadas no âmbito
da aplicação da Directiva 89/686/CEE, alterada pelas Directivas do Conselho 93/68/CEE e
93/95/CEE, relativa a Equipamentos de Protecção Individual.
...
...
...
...
d) um aviso sublinhando que o equipamento não deve ser utilizado como pára-quedas.
...
3. Definições
5 - MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A escada deve ser colocada de forma a que a base fique apoiada em pontos
solidamente fixos, que a impeçam de deslizar.
Em nenhuma circunstância a escada pode ficar assente sobre materiais soltos, caixotes
ou outros objectos que possam vir a provocar a sua instabiliade ou oscilação
Sempre que não seja possível colocar a base dos montantes sobre um plano horizontal
fixo, devem usar-se estabilizadores ou pés reguláveis.
Nos casos em que se verifique o risco de afundamento dos pés, devem ser usadas
bases de madeira com dimensões de pelo menos 20 x 20 cm.
O apoio superior da escada deve ficar estável, devendo, para tal, verificar-se uma das
seguintes condições:
- Os dois montantes da escada ficam assentes em pontos de solidez não
duvidosa;
- A utilização dum dispositivo de adaptação ao apoio (berço), em "V", "U", etc.
- O último degrau fica encostado no "apoio".
Nota: Ter atenção se as superfícies de apoio da base e do topo da escada apresentam aderência
diminuída, por acção do gelo, musgo ou outra.
* Para assegurar o equilíbrio e estabilidade, as escadas devem ser colocadas de modo que
a relação entre o pé (distância da base da escada à vertical do apoio) e o comprimento da
escada esteja compreendida entre 1/3 e 1/4;
Nota: Para trabalhos de curta duração e sem exigência de grandes esforços do utilizador,
aceita-se que um trabalhador colocado na base da escada possa servir como agente de
imobilização, impedindo os movimentos laterais desta e travando a base dos montantes com os
pés.
Na subida (descida)
Na subida olhar sempre para cima, para evitar bater com a cabeça em
obstáculos que se encontrem no seu caminho.
No posto de trabalho
A representação gráfica das distintas cotas e das inclinações das escadas podem observar-se na
fig. 18
desfavoráveis à segurança pelo que se deve de evitar este tipo de desenho nos lugares de
trabalho.
Existem várias fórmulas para o cálculo dos degraus de uma escada, apresentando-se uma
possível:
1ª 2t + 1h = 63 a 65 cm
2ª 1t + 1h = 48 cm
3ª 1h - 1t = 12 cm
Sendo:
h = cobertor
t = espelho exterior
A largura das escadas também tem relação com o nível de segurança da mesma. Uma escada
demasiado estreita dificulta o movimento da pessoa, pelo que a largura mínima de uma escada de
uso normal é de 90 cm.
Em certos locais de trabalho a largura da escada é função do número de pessoas que a devem
utilizar, bem como condições de protecção contra incêndios, etc.
Corrimãos
Iluminação
A iluminação mínima exigida a uma escada para ser utilizada com segurança é de 100 lux ainda
que este número pode variar em função da utilização a que está destinada e do número de
pessoas que a devem utilizar. O nível de iluminação dependerá da cor da escada sendo
recomendável que a cor das mesmas seja o mais claro possível.
Para locais que recebem público as escadas que podem servir de evacuação deverão ser dotadas
de sinalização. Adicionalmente em locais de espectáculos donde a iluminação natural não seja
suficiente, o eixo dos degraus deve ter iluminação própria de sinalização de 1 lux.
Como complemento às iluminações normais e especiais podem-se utilizar recobrimentos
fotoluminiscentes que tem a propriedade de armazenar a luz em condições normais e devolvê-la
ao ambiente quando haja falta da luz habitual. Brilham no escuro e servem para sinalizar vias de
evacuação, localização de equipas de emergência, etc.
Selecção: deve haver uma selecção do pessoal que deve utilizar escadas fixas tendo em conta os
seguintes aspectos:
- compleição física adequada
- inexistência de antecedentes médicos sobre problemas de coração, vertigens,
enjoo ou outros impedimentos físicos.
Formação: em muitos casos a sensação de medo que o operário se sujeita em um certo momento
que nem sobe nem desce, nestes casos o operário deve ser ajudado. As pessoas que tenham estas
tendências devem ser desqualificadas como usuários potenciais de escadas fixas.
Normas de utilização : Todo o trabalhador que deva usar escadas fixas de serviço deverá seguir
as seguintes normas de utilização.
- comprovar que a escada não apresenta defeitos e está livre de substâncias
resvaladiças, como o barro, óleo, gordura, gelo, etc
- não subir ou descer carregado de ferramentas ou materiais. Os materiais e/ou
ferramentas necessários devem-se subir ou baixar utilizando sistemas
apropriados.
- Situar o pé firmemente sobre cada degrau antes de transferir todo o peso a
cada um dos pés.
- Subir ou baixar tranquilamente sem pressas.
- Não utilizar calçado com tacões certificando-se que não tem gordura, barro, ou
outra qualquer substância deslizante.
Todas as escadas cujo ponto de partida está num ponto alto deverão dispor de uma plataforma de
segurança protegida perimetralmente por uma estrutura ou outro sistema que evite possíveis
quedas.
O trabalhador num posto de trabalho com risco de queda em altura, com um desnível superior a 3
metros, deverá utilizar um sistema antiquedas, para além do cinto de trabalho.
(Nota: o cinto de trabalho não é previsto para servir de pára-quedas).
5.4.3 - Na subida
O trabalhador deve estar sempre protegido com um sistema pára-quedas. A solução preconizada
é a descrita em 5.4.1 - 2b), recorrendo a um pára-quedas deslizante sobre uma corda, método que
se designa por "linha de vida".
À medida que vai progredindo, verificar o estado das peças em que se vai apoiar para subir ou
para se posicionar (verificar se oferecem solidez adequada, se estão em bom estado, se já estão
bem fixas, etc.). Em caso de dúvida o trabalhador não as deve utilizar.
subir ligado à corda linha de vida, rep etindo o passo anterior tantas vezes
quanto necessário até chegar ao posto de tr abalho.
Antes de se efectuar qualquer trabalho é necessário efectuar um estudo prévio sobre a coberta
ligeira pela empresa responsável das obras a realizar que segundo as condições da mesma (tipo,
inclinação, medidas de protecção existentes, etc) desenha um sistema de trabalho, medidas de
acesso seguro, equipamentos de protecção individual necessários e a forma de usá-los.
As condições climatéricas têm muita influência neste tipo de trabalho. É proibido trabalho em
telhados húmido ou molhados Não se devem realizar trabalhos se as condições atmosféricas não
o permitirem, em particular com vento. Como regra geral não se trabalha com velocidade do
vento superior a 50 Km/h, devendo-se tirar qualquer material ou ferramenta que possa cair da
cobertura.
Usar sempre tábuas com frisos de madeira (anti-derrapante) com espessura igual ou maior que
2”, e sem presença de nós, para circulação transversal; caso não tenha onde prender o cinto de
segurança, instalar o que chamamos de “linha da vida”, o que significa fixar firmemente um cabo
de aço ou corda (diâmetro mínimo ¾”) de uma extremidade do telhado à outra o qual tem a
finalidade de servir de fixação do cinto; nunca concentrar cargas em pontos do telhados, sempre
distribui-lo
a) Considerações de uso
Quando uma carrinha elevadora é utilizada com uma plataforma de trabalho, esta deverá estar
desenhada para o efeito. Destaca-se as medidas de segurança da plataforma de trabalho e da
carrinha independentes, possuindo a plataforma comandos de controlo autónomos incorporados.
b) Plataforma de trabalho
A plataforma de trabalho deve estar desenhada de forma segura, fabricada de material seguro, de
resistência adequada e mantida limpa. Recomenda-se que levem acopladas uma bandejas porta
objectos situadas preferencialmente na parte dianteira evitando desta forma que as ferramentas
caiam sobre a superfície da plataforma.
Capacidade de carga: O peso da plataforma conjuntamente com a pessoa, ferramentas,
materiais, etc. não deve superar metade da carga máxima de elevação tomando como base os
dados do fabricante.
Carga máxima admissível: sobre a plataforma deve ser afixado uma placa indicando o seu
próprio peso, a carga máxima admissível (aconselha-se que não ultrapasse os 300 Kg) e a
categoria da carrinha que a pode utilizar. Recomenda-se não utilizar carrinhas elevadoras com
uma capacidade de carga inferior a 1500 Kg.
Altura de trabalho: a altura máxima de trabalho deve-se limitar, por exemplo a 5 metros.
Dimensões: as dimensões da base da plataforma deverão ser o mais pequenas possível
compatível com o número máximo de pessoas que devem trabalhar sobre a mesma e que em
qualquer caso permita realizar os trabalhos adequadamente. As dimensões mais comuns são de
1000x800 mm e de 1000x1000 mm. A altura da parte traseira mais próxima do mastro deve ser
de 1900 mm como mínimo.
Número máximo de pessoas: recomenda-se o número máximo de pessoas a transportar não
excederá dois.
O comando de emergência deve permitir baixar a plataforma em caso de avaria ou qualquer outro
tipo de emergência. Este comando deve estar situado preferencialmente ao nível do solo e estar
desenhado de forma que seja impossível accioná-lo acidentalmente.
Em lugares de trabalho ou áreas de trabalho submetidas a ruído elevado deverá dispor-se de um
sistema de comunicação, por exemplo intercomunicadores de rádio, entre o condutor da carrinha
e os operários situados sobre a plataforma de trabalho. Também neste caso será necessário que se
disponha de um sistema de atenção complementar como uma buzina caso exista uma
emergência.
5.7 - Andaimes
Na elevação das peças constituintes dos andaimes deverão ser usados meios
mecânicos, tais como, gruas e aparelhos de guindar.
Na montagem dos andaimes não se deve iniciar o tramo superior sem estarem
terminados os níveis inferiores com todos os elementos de estabilidade.
b) Plataformas de trabalho
O acesso entre plataformas de trabalho, nos andaimes, deve ser feito por
escadas montadas em estruturas independentes, que permitam uma transposição
fácil dos vãos a vencer.
c) Utilização
ANDAIME DESACTIVADO
PROIBIDA A UTILIZAÇÃO
INÍCIO DE DESMONTAGEM
DD.MM.AAAA
TENSÃO DISTÂNCIA
Até 60 kV 3m
U> 60 kV 5m
Quando esta distância não possa ser cumprida os condutores ou peças nuas em
tensão devem ser convenientemente afastados ou protegidos com protectores ou
anteparos, operações a realizar por pessoal especializado.
e) - Outras considerações
Curso Técnico Superior Segurança e Higiene do Trabalho 67
MANUAL EDIÇÃO: 1
SEGURANÇA DO TRABALHO REVISÃO: 0
DATA: 10/05/2003
PÁG.: 68 DE 150
TRABALHOS EM ALTURA
elementos retirados deverão ser repostos nas condições iniciais logo que
possível.
- Se alguma parte do andaime, ou a sua totalidade, ficar momentaneamente
desprotegida, o acesso à área em causa deverá ser condicionado aos
trabalhadores encarregados de repor as condições de segurança.
- Nas operações de soldadura a electroarco é proibida a utilização da estrutura
do andaime como "massa".
- Em princípio, não permitir a utilização de "fogo aberto" nos andaimes de
madeira ou mistos. Se sobre o andaime se executam operações que envolvam
fogo, dever-se-á fazer a protecção dos elementos combustíveis, com mantas
ignífugas ou outro material eficaz. Junto deverá existir um extintor de
incêndios adequado.
- Nos andaimes com acesso de alçapão este deverá estar fechado sempre que
não estiver a ser utilizado. Compete ao utilizador do acesso a obrigação de o
fechar logo que possível.
- Os pisos dos andaimes deverão manter-se isentos de detritos que possam
provocar desequilíbrio a quem os utilize. A periodicidade das limpezas está
dependente do tipo de trabalhos que se estão a executar. Deverá ser tal que,
permanentemente, se mantenham condições seguras nas plataformas que estão
a ser utilizadas e ainda que a acumulação de detritos nas restantes não
sobrecarregue a estrutura, nem crie o risco de queda acidental de material para
o solo ou outras plataformas.
- Não será permita a anulação, transferência ou fragilização das amarrações dos
andaimes sem que tal seja expressamente autorizado por pessoa responsável.
b) - Utilização
TENSÃO DISTÂNCIA
até 60 kV 3m
U> 60 kV 5m
Quando esta distância não possa ser cumprida os condutores ou peças nuas em
tensão devem ser convenientemente afastados ou protegidos com protectores
ou anteparos, operações a realizar por pessoal especializado.
Sempre que se efectuem trabalhos com andaimes na proximidade de
condutores ou peças nuas em tensão, estas devem ser sinalizadas de forma a
torná-las mais visíveis para evitar a aproximação dos trabalhadores ou de
objectos que estes possam manusear.
A montagem de andaimes construídos em materiais isolantes pode ser uma
possibilidade a considerar nos trabalhos na proximidade de peças em tensão.
Considerando a carga máxima que o andaime deve suportar, deve -se realizar
um ensaio estático, realizado a baixa altura, com uma carga de 5 vezes a carga
máxima de trabalho durante 1 hora.
No caso do andaime ser içado através de motores, o prévio dimensionamento
será testado com um acréscimo de 20 % à carga máxima de trabalho,
simulando a avaria em cada um dos guinchos.
Na recepção, em obra, deve fazer-se uma vistoria cuidada de todos os
elementos constituintes do(s) andaime(s) suspenso(s). Deve ser fornecido pelo
instalador um certificado de instalação e ensaio do bailéu.
Antes do início dos trabalhos deve ser colocado, bem visível no interior do
bailéu, o sinal de "protecção individual obrigatória contra quedas".
b)- Utilização
c) - Manutenção/Conservação
d) Proibições
6 - MEDIDAS DE PROTECÇÃO
Perda de equilíbrio do trabalhador à beira do espaço, sem protecção (escorregão, passo em falso,
batida de objecto em movimento).
Falha de uma instalação ou de um dispositivo de protecção (quebra, desabamento do suporte).
Na construção civil e/ou nas obras públicas, os trabalhadores devem ser aptos para trabalhos em
altura, do ponto de vista médico:
- exame médico na contratação
- exame depois de uma interrupção do trabalho (de mais de 3 semanas)
- exames anuais.
No caso geral em que a protecção colectiva contra as quedas de altura não está assegurada, o
trabalhador num posto de trabalho com risco de queda de altura (Nota) deverá utilizar um
sistema pára-quedas, para além do tradicional cinto de segurança (que passou a designar-se por
cinto de trabalho).
Nota : Embora a legislação nacional não refira expressamente qualquer valor, considera-se, a
exemplo da legislação de outros países, nomeadamente a Francesa, que estas
medidas se aplicam risco de queda de altura a partir de 3 metros.
ou
No posto de trabalho
O trabalhador deve ficar preso por duas ligações distintas, com as funções de:
amarração (apoio e posicionamento) no posto de trabalho, permitindo ao trabalhador
dispor das mãos livres para executar a tarefa, para o que deve utilizar a corda de
amarração (correspondente à actual corda de sujeição)
segurança em caso de queda (que até agora era realizada de forma insuficiente pelo
cinto de segurança com corda de sujeição e fiador), que deverá ser assegurada por um
sistema pára-quedas, que deverá ficar colocado em permanência em todas as fases de
realização do trabalho. Este dispositivo pára-quedas deverá ser fixado da seguinte
forma:
Do lado da ancoragem: a ancoragem deve ficar segura e colocada a uma altura tal que
o amortecedor pára-quedas não prejudique ou atrapalhe o trabalho e possa cumprir a sua
missão. Em caso de queda, a altura desta deve ser o mais reduzida possível e, claro,
sempre inferior à distância a qualquer obstáculo que fique por baixo do posto de
trabalho, o que condiciona o tipo de dispositivo pára-quedas a utilizar (o comprimento
do amortecedor pára-quedas no caso de ser este o tipo a utilizar).
Nota : o amortecedor pára-quedas não deve ser passado directamente sobre o apoio ou outro
suporte, para evitar um desgaste prematuro provocado pelo roçar durante o trabalho. Não é
permitido fixar a ancoragem a ferragens ou consolas, cuja resistência pode não ser suficiente.
Para evitar ao trabalhador o risco de queda durante a subida ou a descida dum apoio,
recomendam-se os seguintes procedimentos:
No caso de apoios com vários obstáculos, é preferível adoptar uma outra forma de
subida, conforme possível (elevador, escada, corda de vida com fixação à distância
...)
e) - Novos termos
No quadro seguinte indicam-se as antigas e as novas designações dos EPI para trabalhos em
altura e as correspondentes normas em vigor.
NORMALIZAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Uma das extremidades da corda comporta um anel reforçado (por exemplo, por
um sapatilho em plástico ou com uma manga em poliester). Na outra
extremidade (extremidade livre) a corda deve ter uma costura de modo que não
permita que esta possa soltar-se inadvertidamente do regulador.
As costuras das extremidades da corda devem ser protegidas com uma manga
termoretráctil transparente.
1 regulador Antiquedas.
FORNECIMENTO
A Corda de Amarração deve estar marcada de forma clara e durável com a Marcação “CE”
(garantia de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de fabrico,
o tipo de fibra utilizada na fabricação e o número de série ou lote de fabrico.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
Na corda: um exame ao estado dos fios, indícios de desgaste, estado das costuras,
etc.
UTILIZAÇÃO
Na posição de trabalho no apoio, a Corda de Amarração deve estar colocada de modo a que
não possa deslizar ao longo do apoio; se tal não for possível (ou em posições de trabalho
temporariamente difíceis) deve utilizar-se simultaneamente a Corda de Amarração e o
fiador.
CONSERVAÇÃO
A corda de amarração deve ser arrumada em locais sem humidade e fora da exposição aos
raios solares.
CARACTERÍSTICAS
O Cinto de Trabalho é concebido para envolver o corpo de forma segura, de modo a manter o
utilizador na posição de trabalho em altura. O Cinto de Trabalho com a corda de amarração e
o fiador constituem o Sistema de Amarração ao Posto de Trabalho.
O cinto de trabalho é basicamente constituído por:
Correia de ajuste, a estrutura principal do Cinto de Trabalho, que serve para ajustar o
tamanho do cinto à cintura do utilizador e para fixar os outros elementos constituintes
do cinto;
Fecho do cinto, aplicado nas extremidades da correia de ajuste, que pode ser:
sistema automático
fivela
Corpo do cinto, aplicado na parte central da correia de ajuste, constituído por uma
faixa de uma substância rígida ou semi-rígida, impermeável ou impermeabilizada;
2 Argolas de suporte, fixadas sobre a correia de ajuste, que servem para fixar a bolsa
de ferramentas e/ou outros equipamentos;
O Cinto de Trabalho deve ser compatível para utilização conjunta com o arnês.
FORNECIMENTO
O Cinto de Trabalho deve estar marcado, de forma clara e durável, com a Marcação "CE"
(garantia de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de fabrico,
o tipo de fibra utilizado na fabricação e o número de série ou o lote de fabrico.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
No caso de degradação aparente, o Cinto de Trabalho deve ser imediatamente posto fora de
serviço, o mesmo acontecendo aos acessórios. É, no entanto, permitida a substituição dos
elementos amovíveis (corda e acessórios que formam o conjunto).
UTILIZAÇÃO
O Cinto de Trabalho é utilizado nos trabalhos em altura, sempre que exista risco de queda e
que o utilizador tenha necessidade de se posicionar, tendo em atenção que este
equipamento não constitui um meio de protecção de quedas em altura, mas sim, um
meio de sujeição e posicionamento ao posto de trabalho.
Quando o utilizador tiver necessidade de desapertar a corda de amarração para mudar de
posição de trabalho ou ultrapassar um obstáculo, deve prender-se previamente com o fiador
a um ponto fixo, cuja solidez não lhe deixe dúvidas (o fiador constitui o mais elementar
dos sistemas pára-queda).
Na posição de trabalho noa apoio, a corda de amarração deve estar colocada de modo a que
não possa deslizar ao longo do apoio; se tal não for possível (ou em posições de trabalho
temporariamente difíceis) deve utilizar simultaneamente a corda de amarração e o fiador).
A fixação da corda de amarração, do fiador ou dos dispositivos antiqueda ao Cinto de
Trabalho deve ser feita nas argolas "D", sendo fixos através de mosquetões de segurança
dupla.
O utilizador só deverá iniciar a subida após ter verificado que todo o equipamento se
encontra devidamente colocado e em boas condições de funcionamento.
CONSERVAÇÃO
Depois de utilizado o Cinto de Trabalho deve ser limpo de sujidades que possam ter-se
acumulado durante os trabalhos. A limpeza dos cintos deve ser feita com produtos
indicados pelo fabricante, ou na ausência destes simplesmente com água.
No caso do cinto ficar molhado após a utilização ou limpeza, deve secar sem que os raios
solares incidam directamente sobre ele.
Após utilização os cintos devem ser arrumados em suportes ou locais destinados para o
efeito (sem humidade e fora da exposição aos raios solares).
CARACTERÍSTICAS
as costuras das extremidades da corda devem ser protegidas com uma manga
termorretráctil transparente;
FORNECIMENTO
O Fiador deve estar marcado de forma clara e durável com a marcação "CE" (garantia de
conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de fabrico, o tipo de
fibra utilizada no fabrico e o número de série ou do lote de fabrico.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
UTILIZAÇÃO
O Fiador é um elemento Pára-quedas que deve ser utilizado em conjunto com o Arnês ou
em conjunto com o Sistema de Amarração ao Posto de Trabalho. Destina-se à protecção
de quedas.
O trabalhador deve prender-se com o Fiador a um ponto fixo cuja a solidez não lhe deixe
dúvidas:
sempre que a corda de amarração não possa ser fixa de modo a impedir que deslize ao
longo do apoio;
CONSERVAÇÃO
Após o trabalho o Fiador deve ser limpo de sujidades que possam ter-se acumulado. A
limpeza da corda e dos acessórios deve ser feita com produtos indicados pelo fabricante, ou
na ausência destes simplesmente com água; a secagem deve ser feita sem que os raios
solares incidam directamente sobre a corda.
O Fiador deve ser arrumado em locais sem humidade e fora da exposição aos raios solares.
NORMALIZAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
• O Arnês simples deve estar preparado para receber o cinto de trabalho, desde que ambos
sejam da mesma marca.
FORNECIMENTO
• O Arnês deve estar marcado de forma clara e durável com a marcação "CE", (garantia de
conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de fabrico, e o
número de série ou lote de fabrico.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
QUANDO Antes e depois de usar Uma vez por ano
POR INICIATIVA DE QUEM O utilizador A hierarquia
POR QUEM O utilizador A hierarquia
COMO Visual e teste manual Visual e teste manual
No caso de degradação aparente, o Arnês deve ser imediatamente posto fora de serviço,
o mesmo acontecendo aos acessórios, sendo no entanto permitida a substituição dos
elementos amovíveis (mosquetões, caso existam).
UTILIZAÇÃO
O Arnês deve adaptar-se bem ao corpo do utilizador, sem ficar demasiado apertado.
Para trabalhos em apoios, em que o corpo está sujeito pelo Arnês e cinto de trabalho,
deve ser utilizado um Arnês dotado de cinta de assento.
CONSERVAÇÃO
Em caso algum devem ser feitas alterações ou reparações do Arnês. Sempre que se
verificar uma avaria ou dúvida sobre o funcionamento do aparelho em questão, deve ser
enviado para reparação especializada.
Depois de cada utilização, o Arnês deve ser limpo de sujidade que se possa ter acumulado
durante os trabalhos.
O Arnês pode ser lavado à mão ou à máquina com detergente seguindo as indicações do
fabricante.
NORMALIZAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
FORNECIMENTO
• O Pára-quedas retráctil deve estar marcado de forma clara e durável com a marcação "CE"
(garantia de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de fabrico,
o número de série ou lote de fabrico e o tamanho do cabo ou fita extensível.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
No teste manual das partes móveis, visando o funcionamento das molas, ou outros
mecanismos.
UTILIZAÇÃO
• O Pára-quedas retráctil é utilizado em conjunto com um arnês nos trabalhos em altura com
risco de queda, que exijam deslocações horizontais ou verticais, que apresentem risco de
queda livre.
• A colocação do Antiquedas deve ser feita sempre a um ponto fixo que se encontre acima
do plano de trabalho.
• Nas movimentações deve ser tomada atenção para que o cabo ou fita não fiquem presos a
obstáculos.
CONSERVAÇÃO
• Em caso algum devem ser feitas alterações ou reparações. Sempre que se verificar uma
avaria ou dúvida sobre o funcionamento do aparelho em questão, deve ser enviado para
reparação especializada.
• Após a utilização e sempre que se justificar o Pára-quedas Retráctil deve ser limpo de
eventuais sujidades que possam acelerar a sua deterioração ou impedir o seu normal
funcionamento.
CARACTERÍSTICAS
FORNECIMENTO
as características requeridas para o ponto de ancoragem (no arnês e num ponto fixo na
estrutura);
• O Amortecedor Pára-quedas deve estar marcado de forma clara e durável com a marcação
"CE" (garantia de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de
fabrico, o número de série ou lote de fabrico.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
Nas partes flexíveis (fita e invólucro): Verificar indícios de desgaste, o estado das
costuras, sinais de deterioração, etc.
UTILIZAÇÃO
• Utilizado nos trabalhos em altura que necessitem de algum espaço de manobra, a sua
utilização deve ser sempre feita em associação com um arnês e destina-se à protecção de
quedas.
• A fixação do Amortecedor Pára-quedas é sempre feita num ponto fixo que se encontre
acima do plano de trabalho, cuja resistência aparente não deixe dúvidas.
Na utilização deste equipamento deve ter-se em conta a distância de paragem indicada pelo
fabricante, ou seja a distância abaixo do nível de trabalho dentro da qual não devem existir
obstáculos, para que o trabalhador na eventualidade de queda não choque contra eles.
CONSERVAÇÃO
• Em caso algum devem ser feitas alterações ou reparações: sempre que se verificar uma
avaria ou dúvida sobre o funcionamento do aparelho em questão, deve ser enviado para
reparação especializada.
NORMALIZAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
O Pára-quedas Deslizante é caracterizado pelo diâmetro , que deve estar de acordo com o
diâmetro da corda em que vais ser utilizado.
FORNECIMENTO
• Os Pára-quedas deslizante devem estar marcados de forma clara e durável com a marcação
"CE" (garantia de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de
fabrico, e o número de série ou lote de fabrico, bem como o tipo e diâmetro da corda em
que deve ser utilizado.
• No fornecimento dos Pára-quedas Deslizante deve ser mencionado de forma bem clara a
que tipo de ancoragem se destina cada Pára-quedas.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
UTILIZAÇÃO
• O Pára-quedas Deslizante é utilizado para protecção contra quedas em altura nas fases de
subida/descida.
CONSERVAÇÃO
• Em caso algum devem ser feitas alterações ou reparações. Sempre que se verificar uma
avaria ou duvida sobre o funcionamento do aparelho, deve ser enviado para reparação
especializada.
• Após a utilização e sempre que se justificar o Pára-quedas Deslizante deve ser limpo de
eventuais sujidades que possam acelerar a sua deterioração ou impedir o seu normal
funcionamento.
• Os Pára-quedas Deslizantes são peças metálicas capazes de resistir a grandes tensões, mas
não estão preparados para sofrer grandes pancadas, pelo que devem ser manuseados com
cuidado.
NORMALIZAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
O Pára-quedas Deslizante tem de ser próprio para a calha em que irá funcionar.
FORNECIMENTO
• O Pára-quedas Deslizante deve estar marcado de forma clara e durável com a marcação
"CE" (garantia de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de
fabrico, e o número de série ou lote de fabrico.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
UTILIZAÇÃO
• O Pára-quedas só pode utilizar para ancoragem o tipo de calha metálica especificada pelo
fabricante.
CONSERVAÇÃO
• Em caso algum devem ser feitas alterações ou reparações. Sempre que se verificar uma
avaria ou dúvida sobre o funcionamento do aparelho, deve ser enviado para reparação
especializada.
• Após a utilização e sempre que se justificar, o Pára-quedas Deslizante deve ser limpo de
eventuais sujidades que possam acelerar a sua deterioração ou impedir o seu normal
funcionamento.
NORMALIZAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Existem vários modelos de Reguladores com a mesma função, embora com princípios de
funcionamento diferente.
Em alguns modelos pode ter incorporado um sistema de fecho que permite a sua fixação
directamente ao cinto de trabalho.
FORNECIMENTO
O Regulador deve estar marcado de forma clara e durável com a marcação "CE" (garantia
de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de fabrico, e o
número de série ou lote de fabrico.
O Regulador que integre um sistema com a marcação "CE" para o conjunto, e desde que
não se possam destacar do referido sistema, pode ser dispensado da marcação "CE".
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
UTILIZAÇÃO
para se aproximar puxar a ponta livre da corda no sentido de frente para a trás;
Em todos os casos a extremidade livre da corda de amarração deve ter uma costura ou um
nó, para que aquela não se possa escapar do aparelho.
CONSERVAÇÃO
Em caso algum devem ser feitas alterações ou reparações. Sempre que se verificar uma
avaria ou dúvida sobre o funcionamento do aparelho em questão, deve ser enviado para
reparação especializada.
Após a utilização e sempre que se justificar o Regulador deve ser limpo de eventuais
sujidades que possam acelerar a sua deterioração ou impedir o seu normal
funcionamento.
Os Reguladores são peças metálicas capazes de resistir a grandes tensões, mas não estão
preparados para sofrer pancadas, por exemplo não devem ser atirados para o chão.
Fig.35 - Mosquetões
NORMALIZAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Os Mosquetões para utilizar nos trabalhos em altura devem ser dotados de dupla
segurança. Só devem poder ser abertos após pelo menos duas operações consecutivas
efectuadas deliberadamente.
um corpo principal em metal tratado, numa das duas extremidades recebe o sistema de
fecho e a outra serve de batente desse mesmo fecho;
o fecho é constituído por um corpo metálico tratado, que tem embutido uma mola para
fecho automático; quando o utilizador solta o fecho este fecha-se automaticamente por
acção da mola de reposição não havendo perigo de ficar aberto.
FORNECIMENTO
Os Mosquetões devem estar marcados de forma clara e durável com a marcação "CE"
(garantia de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de
fabrico e o número de série ou lote de fabrico.
Os Mosquetões que integrem um sistema com a marcação "CE" para o conjunto, e desde
que não se possam destacar do referido sistema, poderão ser dispensados da marcação
"CE".
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
UTILIZAÇÃO
CONSERVAÇÃO
Os Mosquetões não devem estar em contacto com produtos corrosivos para os metais,
durante a utilização ou enquanto armazenados.
Os utilizadores não devem fazer qualquer tipo de reparações nos Mosquetões, Sempre
que se verificar uma avaria ou suspeita sobre o seu funcionamento deve ser enviado para
reparação especializada.
Depois de utilizados os Mosquetões devem ser limpos de sujidades que se possam ter
acumulado durante os trabalhos. A limpeza dos mosquetões deve ser feita com produtos
indicados pelo fabricante, ou na ausência destes simplesmente com água.
Os Mosquetões são peças capazes de resistir a grandes tensões mas não estão preparados
para sofrer grandes pancadas, pelo que devem ser manuseados com cuidado.
NORMALIZAÇÃO - REGULAMENTAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
• Numa das extremidades tem um argola, com costura, para fixação ao mosquetão.
FORNECIMENTO
• A corda de segurança deve estar marcada de forma clara e durável com a marcação "CE"
(garantia de conformidade com as normas de segurança aplicáveis), o mês e ano de fabrico,
o tipo de fibra utilizada no fabrico e o número de série ou lote de fabrico.
VERIFICAÇÃO E CONTROLO
VERIFICAÇÃO CONTROLO
No caso de degradação aparente a corda deve ser imediatamente posta fora de serviço,
nomeadamente se apresenta fios partidos, se sofreu um esforço violento, ou se esteve em
contacto com produtos químicos nefastos.
UTILIZAÇÃO
• As cordas destinadas à segurança de pessoas não devem ser utilizadas para outros fins, tais
como elevação de cargas ou reboque de viaturas, etc.
• A corda não deve ser colocada de forma a ficar a roçar em arestas ou ângulos cortantes,
superfícies abrasivas, em contacto ou na proximidade de fontes de calor.
Mesmo durante a utilização as cordas devem se possível ser protegidas do calor e dos
raios solares.
CONSERVAÇÃO
• Para evitar que a corda se desfie nas extremidades, deve ser aquecida com uma chama até
começar a fundir, apertando-a de seguida (não deve ser feita directamente com as mãos,
para não sofrer queimaduras). Esta operação deve ser feita mesmo que venha a existir uma
costura.
• As cordas devem manter-se sempre o mais limpas possível, utilizando-se por exemplo um
encerado, um saco ou um recipiente durante a utilização para evitar que não fiquem em
contacto com o chão.
• Se a cordas estiverem sujas devem ser lavadas com água e secas num local arejado, seco e
fora do alcance directo dos raios solares.
• A armazenagem e transporte das cordas deve ser feita em recipientes ou locais previamente
destinados para o efeito. Esses locais devem caracterizar-se por terem um ambiente fresco,
seco, fora do alcance dos raios solares e inerte quimicamente.
a) Inspecção:
b) - Escadas de encosto:
não devem ter mais de 7 metros (escadas de extensão não devem ter mais de 12 metros)
o espaçamento entre os degraus deve ser uniforme e não exceder 30 centímetros
a distância entre os montantes na base não deve ser menor do que 35 centímetros (escada até 3
metros de comprimento). Para escadas maiores aumentar a distância em 2 centímetros
para cada metro adicional. Exceções são feitas a escadas confeccionadas por fabricantes
autorizados.
c) - Escadas de abrir
d) - Uso
Para subir uma escada deve haver uma pessoa segurando a base desta até que o usuário amarre o
terceiro degrau (a contar de cima para baixo) em um suporte fixo e prenda seu cinto de
segurança. Sempre se deve subir e descer uma escada de frente para ela.
As precauções a tomar neste caso são diferentes das indicadas para a subida a uma
escada inclinada, uma vez que os braços do trabalhador são fortemente solicitados
Assim, o trabalhador ao subir e ao descer deve estar preso por um dispositivo pára-
quedas deslizante que o acompanha na deslocação. O trabalhador deve subir ou
descer sempre com a corda de amarração a fazer uma volta redonda em torno do
apoio e da(s) escada(s).
Cada trabalhador fica preso através de sua corda de amarração que é passada
entre a escada oposta e o apoio (em caso de queda, o eventual deslizar da corda
é limitado pelos berços da escada oposta)
Nota : A solução definitiva passará pela adopção da técnica da corda “linha de vida” ou pela
construção de novas escadas de encaixar com uma calha ao longo dos montantes, para
aplicação de um pára-quedas deslizante.
f) - Trabalhos em fachadas
Se não for possível a solução do elevador, a escada portátil pode ser utilizada desde
que se respeitem as seguintes regras de segurança:
a escada deve estar estendida a uma altura tal que o encosto na fachada seja feito
sensivelmente ao nível do posto de trabalho,
a escada deve estar fixada dos dois lados para assegurar o seu equilíbrio lateral. Se
tal não for possível a escada deve ser agarrada manualmente, em permanência, por
um trabalhador no solo. (Não esquecer que uma escada correctamente posicionada
pode ser desestabilizada por acção do vento ou por gestos do trabalhador em cima
dela).
exemplos:
uma viga de um tecto,
um barrote preso numa janela
um píton previamente fixado na fachada
Quando o acesso à cobertura se faz por meio de escadas manuais devem-se tomar todas as
medidas de segurança inerentes ao seu uso.
Se se trata de alturas superiores a 7 metros e o acesso se faz através de escadas fixas verticais ou
inclinadas devem-se cumprir as recomendações respectivas com as seguintes particularidades:
- junto da escada se instalará um letreiro que indique a proibição de uso por
pessoal não autorizado
- no final da escada instalar uma corrimão basculante com dispositivo de fecho
automático por gravidade assegurando que o operário não cai pela abertura da
escada
- utilizar equipamento de protecção individual mais concretamente sobre a
utilização de dispositivos anti-quedas.
Para não pisar directamente sobre as cobertas utilizam-se passarelas de circulação entre a coberta
e os trabalhadores facilitando desta forma assim a realização de trabalhos sobre esta.
Os materiais mais utilizados nas passarelas são o alumínio e a madeira. O alumínio é um material
ligeiro e inoxidável. A superfície deve ser antideslizante, flexível e com perfurações para limitar
a acção do vento. Os módulos devem ter umas perfurações longitudinais de modo a encaixar
umas nas outras.
Fig.42 - Passarela paralela com cavilhas Fig.43- Passarela estabilizada por pontos de fixação
Fig.44 - Passarela voltada para baixo Fig.45 - Passarela voltada para cima
- Caminho de serviço
- Com travessas sobrepostas
- Escadas
- De passagem
- De circulação
Capacete de protecção
Óculos de segurança
luvas
Calçado de segurança com biqueira de aço e rasto anti-derrapante
Sistema de protecção antiqueda (arnês de segurança e cinto de trabalho)
6.2.3 - Andaimes
A zona onde está estacionado o andaime deve ser protegida com meios de
balizagem ou e sinalizada com o aviso de perigo queda de objectos, tendo em
vista isolar o local dos trabalhos.
Em locais de passagem, sempre que haja o risco de queda de materiais, deve
ser colocada uma Rede de Protecção.
No caso da montagem de andaimes que ocupem a via pública, devem ser
seguidas as instruções de sinalização decorrentes do pont o 6.2.4"Segurança
deTrabalhos na Via Pública".
Alguns dos factores de risco e suas causas relacionadas com a montagem e utilização dos
andaimes móveis poderão ser evitados se se seguirem as normas construtivas respeitantes à
plataforma de trabalho, os pontos de ancoragem e dispositivos de suspensão, os órgãos de
suspensão e manobra que permitem que o andaime está perfeitamente construído e protegido.
Montadores - devem estar formados para fazer este tipo de trabalhos devendo ter a cabeça
protegida e equipamento individual de protecção anti-quedas. A formação deverá incluir a
interpretação do plano de montagem e desmontagem, as medidas de segurança a seguir em cada
caso que devem incluir a prevenção de riscos de queda de pessoas e objectos, os coeficientes de
cargas, os efeitos das condicionantes meteorológicas, etc.
Pescantes - podem-se ancorar ao ferro através de um orifício. Na base colocam-se contrapesos.
Na instalação dos pescantes deve-se ter a preocupação de apoiar sobre zonas estáveis e
resistentes.
Calcular a separação correcta entre pescantes em função dos módulos existentes. Se os pescantes
não se colocam bem estes podem-se voltar. Há que evitar esforços laterais muito perigosos.
Plataforma - esta pode ser composta por um ou vários módulos, que podem ser de diferentes
comprimentos
Aparelhos de elevação -
c2) Sinalização
No local de trabalhos deve existir pelo menos uma placa com a identificação do trabalho, dono
da obra e empreiteiro.
Se uma escada em posição de trabalho ocupa até 2/3 da largura do passeio e se sobram pelo
menos 65 centímetros de espaço para o trânsito de peões, devem ser colocadas, antas e depois da
escada, rede, fita ou corrente delimitadora para impedir o trânsito sob a escada.
Se uma escada em posição de trabalho ocupa mais de 2/3 da largura do passeio, ou se o espaço
reservado aos peões não permite uma passagem fácil (cerca de 65 centímetros), colocar:
- sinais com a indicação "Peões - circulem pelo passeio oposto"
- antes e depois da escada, rede, fita ou corrente delimitadora para impedir o
trânsito sob a mesma.
Os sinais devem ser colocados, quando possível, em correspondência com a passadeira de peões
mais próxima antes do obstáculo ou, na sua falta, numa posição tal que constitua aviso válido
para peões.
Se uma escada em posição de trabalho ocupa, para além do passeio, uma parte da via, deve
proceder-se do seguinte modo:
- colocar sobre o passeio, antes e depois da escada, rede, fita ou corrente
delimitadora e o sinal com a indicação "Peões - circulem pelo passeio oposto"
- colocar na via, antes e depois da escada, uma baia
- sinalizar o obstáculo com o sinal "Obrigação de contornar a placa ou
obstáculo"
A área ocupada por uma "barquinha", parada para trabalhos na via junto à berma, sinaliza-se do
seguinte modo:
- colocar o sinal "Trabalhos na via" nos dois sentidos de circulação
- colocar o sinal "Obrigação de contornar a placa ou obstáculo"
- delimitar a área de trabalho com cones de sinalização.
Para trabalhos que exijam frequentes deslocações da "barquinha", com paragens de duração
muito limitada ( por exemplo, substituição de lâmpadas de iluminação pública), o veículo parado
deve estar sinalizado, com um operador devidamente equipado, colocado antes da "barquinha" e
a distância suficiente deste, com uma bandeira vermelha.
De noite, ou em situações de escassa visibilidade, deve-se também recorrer à sinalização normal
prevista, integrada das cautelas relativas à visibilidade nocturna.
7 - CONCLUSÕES
De acordo com as estatísticas de acidentes de trabalho, verificou-se que o tipo de acidente mais
frequente é o relacionado com a s quedas de níveis diferentes.
Apesar da natureza destes trabalhos significar tanto risco, são realizados em grande parte por
pessoas totalmente despreparadas, seja do ponto de vista técnico ou da aptidão certificada por
exame médico.
A preparação e implementação das medidas de segurança é uma responsabilidade colectiva.
Sempre que um trabalho se desenvolva em altura o homem tem de estar sempre em segurança.
Qualquer planeamento deve prever a possibilidade de manter o homem em segurança (preso)
durante todo o seu tempo de realização do trabalho, incluindo na subida e/ou descida.
É necessário um planeamento prévio do trabalho, com a análise de riscos, questionando-se fase a
fase. É necessário também efectuar um acompanhamento constante e inspecções regulares.
Os custos de um acidente são enormes, tanto para o indivíduo, como para a entidade patronal e
para a sociedade.
É necessário dar prioridade a medidas que eliminem ou reduzam os perigos na sua origem e que
proporcionem uma protecção colectiva.
Existem inúmeros perigos a nível do trabalho em altura. No entanto, existem também inúmeras
"boas práticas" que podem facilmente ser aplicadas no sentido de impedir a ocorrência de
acidentes. O primeiro passo consiste em efectuar uma avaliação dos riscos que seja adequada e
suficiente.
Deverá ser assegurada uma verdadeira redução da exposição ao perigo, quer por parte dos
trabalhadores quer de outras pessoas (incluindo os visitantes dos estaleiros ou o público que está
de passagem), a avaliação dos riscos deverá ter em consideração todos os possíveis riscos e
perigos.
Os trabalhadores têm o dever de cooperar de forma activa a nível das medidas de prevenção
implementadas pelas entidades patronais, bem como cumprir as instruções de acordo com a
formação recebida.
O equipamento de protecção individual deve ser utilizado sempre que necessário. Deve ser
adequado aos riscos a prevenir, confortável, estar em boas condições e não contribuir para
aumentar os outros riscos. È necessário formação para a sua utilização.
8 - BIBLIOGRAFIA
TRABALHOS EM ALTURA
Autor:
Moisés Henrique Fontes Cadete Esteves
SANTARÉM
MAIO 2003