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CARDIO
ONCOLOGIA

dr. CHARLES RIOS SOUZA

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PREPARAÇÃO EM CARDIOLOGIA
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CARDIO ONCOLOGIA

Esta obra é protegida pela lei número 9.610 dos Em vigor a lei número 10.693, de 1 de Julho de 2003,
Direitos Autoriais de 19 de Fevereiro de 1998, que altera os artigos 184 e 186 do Código Penal em
sancionada e publicada no Diário Oficial da União acrescenta Parágrafos ao artigo 525 do Código de
em 20 de Fevereiro de 1998. Processo Penal.

Produção Visual: Preparatório Saúde


Capa e diagramação: Renata Nagli
Coordenação: Diógenes Alcântara

PREPARAÇÃO EM CARDIOLOGIA 01
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E-BOOK ONCOLOGIA

AUTOR

Dr. Charles Rios Souza

Médico Assistente do Serviço de Marca-Passo do HC - UFMG - MG


Estimulação Cardíaca Artificial pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - SP
Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - SP
Clínica Médica pelo Hospital Júlia Kubitschek - FHEMIG - MG
Graduação em medicina pela UFJF - MG

PREPARAÇÃO EM CARDIOLOGIA 02
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1. INTRODUÇÃO 2. DEFINIÇÃO DE
CARDIOTOXICIDADE

O tema cardio-oncologia, apesar
de pouco frequente nas provas do TEC, Redução assintomática da FE
levanta o interesse de muitos cardiologistas, Grau I
entre 10 e 20%.
pois, por vezes, em nossa prática clínica, nos
surpreendemos com tais pacientes e, devido
Redução da FE abaixo de 20% ou
ao fato de serem pouco prevalentes, leva a um Grau II
abaixo do normal.
turbilhão de incertezas que visamos dirimir
nesse texto. Os dados foram retirados da I
Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia da SBC. Grau III Insuficiência cardíaca sintomática.

3. APRESENTAÇÃO DA CARDIOTOXICIDADE

Alterações súbitas na repolarização


Forma Aguda
ventricular, alterações no intervalo QT, Do início até 14 dias após o
arritmias ventriculares e supraventriculares, tratamento
Forma subaguda SCA, pericardite e miocardite.
Subtipo I: disfunção ventricular sistólica ou
1º ano após QT
diastólica.
Forma crônica
Subtipo II: disfunção ventricular sistólica ou
Após 1º ano da QT
diastólica.

A insuficiência cardíaca (IC) pode ocorrer entre 5 e 30% dos casos. Os efeitos cardiotóxicos
são cumulativos e relacionados à dose, velocidade de infusão, associação de drogas e insuficiência
hepática e renal. As antraciclinas (doxorrubicina, ciclofosfamida) são sabidamente tóxicas aos
miócitos; a doxorrubicina pode causar dano miocárdico já na primeira dose e está relacionada
a doses cumulativas, principalmente, acima de 400mg/m². As antraciclinas são caracterizadas
por causar danos irreversíveis, apesar de estudos recentes mostrarem reversibilidade em alguns
casos.

FATORES DE RISCO PARA IC


Extremos de idade
Disfunção ventricular prévia
HAS
DM
Uso de associação de quimioterápicos
Radioterapia mediastinal
Suscetibilidade genética

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CLASSIFICAÇÃO PROPOSTA PARA CARDIOMIOPATIA RELACIONADA À QUIMIOTERAPIA

Achados na biópsia
Relação
endomiocárdica
Cardiotoxidade Protótipo com dose Reversibilidade
(microscopia
cumulativa
eletrônica)
Vacúolos, destruição
Doxorrubicina
Tipo I Sim dos sarcômeros, Não
Ciclofosfamida
necrose
Transtuzumabe
Aparência benigna Sim (maioria
Tipo II Sunitinibe Não
ultraestrutural dos casos)
Sorafenibe

Arq Bras Cardiol 2011; 96(2 supl.1): 1-52

PRINCIPAIS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DO


CÂNCER E A INCIDÊNCIA DE CARDIOTOXICIDADE (REDUÇÃO DA FRAÇÃO DE EJEÇÃO
E / OU INSUFICIÊNCIA CARDÍACA)
Incidência (%) de disfunção ventricular Frequência de
Agente quimioterápico
ou insuficiência cardíaca uso
Antraciclinas (doxorrubicina, 5% a 35% dos casos
++++
epirrubicina, idarrubicina) (dose acima de 400 mg/m2)

Agentes alquilantes
5% a 25% dos casos ++++
(ciclofosfamida, ifosfamida)

Agentes antimicrotúbulos
2% a 10% dos casos +++
(docetaxel, paclitaxel)

Anticorpos monocionais e inibidores da tirosina-quinase

Trastuzumabe 2% a 28% dos casos ++


Bevacizumabe 2% a 10% dos casos ++
Sunitinibe 3% a 10% dos casos ++

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FATORES DE RISCO PARA CARDIOTOXICIDADE ASSOCIADA ÀS ANTRACICLINAS

Fatores de risco Risco aumentado no caso de


Idade Menor idade
Sexo Feminino
Modo de administração Injeção rápida
Dose cumulativa Excedendo a dose cumulativa de:
Daunorrubicina 550-800 mg/m2
Doxorrubicina 400-550 mg/m2
Epirrubicina 900-1.000 mg/m2
Idarrubicina 150-225 mg/m2
Irradiação mediastinal Irradiação mediastinal precoce ou concomitante
Doenças cardiovasculares
Hipertensão arterial, doença coronária
prévias
Distúrbios eletrolíticos Hipocalcemia, hipomagnesemia

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4. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico baseia-se nos sinais e sintomas de IC associados à classe do quimioterápico
utilizado, dose cumulativa, uso prévio de outros quimioterápicos cardiotóxicos e presença
de outros fatores de risco cardiovasculares. A troponina e o BNP têm sido utilizados como
biomarcadores úteis na identificação precoce de dano miocárdico e no seguimento de pacientes
oncológicos. O ecocardiograma é a opção mais utilizada como método de imagem. A biópsia
miocárdica é sensível e específica na detecção de cardiomiopatia induzida por antraciclinas,
porém, pouco utilizada devido ao fato de ser método invasivo, além da acurácia dos métodos de
imagem.

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5. MONITORAMENTO DE CARDIOTOXICIDADE

RECOMENDAÇÕES REFERENTES A MONITORIZAÇÃO DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR


ANTES E DURANTE O TRATAMENTO COM TRASTUZUMABE57
Nível de
Classe Indicação
evidências
Avaliação clínica, em busca de sinais e sintomas de
Classe I C
cardiopatia
Análise de risco-benefício antes do início do
Classe IIa tratamento em pacientes portadores de fatores de D
risco para cardiotoxicidade
Terapia com trastuzumabe em pacientes com FEVE <
Classe IIa C
55% quando os benefícios forem maiores que o risco
Avaliação periódica dos pacientes em uso de
Classe I C
trastuzumabe quanto a sinais e sintomas de ICC
Avaliação da função ventricular avaliada por meio
do ecocardiograma transtorácico (Simpson) ou da
Classe I C
ventriculografia radioisotópica (MUGA) antes do
início do tratamento com trastuzumabe
Manutenção do mesmo método complementar
Classe I D
durante tratamento
Realização de ecocardiograma transtorácico antes
Classe I do início do tratamento, e após 3 meses, 6 meses e C
12 meses
Realização de ecocardiograma transtorácico se
Classe I C
houver modificações do quadro clínico
Realização de ecocardiograma tridimensional ou de
Classe IIa ressonância nuclear magnética ou MUGA em casos D
de limitação do ecocardiograma transtorácico
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ESQUEMA DE MONITORAMENTO CARDIOLÓGICO* PARA PACIENTES RECEBENDO


ANTRACÍCLICLOS OU OUTROS AGENTES TIPO 1 (MD ANDERSON)
Dose
acumulada Primeiro 2° ao 5° > 5° ano
Antes do Durante o Ao final do
de ano após o ano após o após o
tratamento tratamento tratamento
antraciclina tratamento tratamento tratamento
(mg/m2)**
Quando Controle Quando
Controle com
< 200 Sim clinicamente Sim com 2 anos e clinicamente
1 ano
indicado 5 anos indicado
Controle
Controle Quando
Após 200 com 2 anos,
200-300 Sim Sim com 6 meses clinicamente
mg/m2 3 anos e 5
e 1 ano indicado
anos
Após 200, Controle
Controle Controle a
300-400 Sim 300, 350 mg/ Sim com 6 meses
anual cada 2 anos
m2 e 1 ano
Após 200, Controle com
Controle Controle
> 400 Sim 300, 350 e Sim 3 meses, 6
anual anual
400 mg/m 2
meses e 1 ano
* Monitoramento cardíaco inclui: consulta cardiológica, avaliação da função ventricular e dosagens de
troponina (esta última apenas durante o tratamento quimioterápico); ** As doses cumulativas são referentes
à doxorrubicina; para o mitoxantrone, multiplica-se a dose por 0,2, para a epirrubicina e as preparações
lipossomais, multiplica-se a dose por 1,5.
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RECOMENDAÇÕES DO SEGUIMENTO DOS PACIENTES DURANTE


O TRATAMENTO COM TRASTUZUMABE57
Nível de
Classe Indicação
evidências
Manutenção do tratamento em pacientes assintomáticos com
Classe I C
FEVE normal que não apresentam redução da FEVE
Manutenção do tratamento em pacientes assintomáticos
Classe I com queda da FEVE > 10% mas ainda com valor dentro da C
normalidade. Recomenda-se repetir ecocardiograma em 4 meses
Manutenção do tratamento em pacientes assintomáticos com
queda da FEVE entre 10% e 15% mas ainda com valor acima
de 40%. Recomenda-se iniciar terapia com betabloqueador
Classe I C
e IECA e repetir ecocardiograma em 2 a 4 semanas. Se não
houver recuperação da função, recomenda-se suspender o
trastuzumabe
Interrupção do tratamento em pacientes assintomáticos com
queda da FEVE > 15% ou FEVE < 30%. Recomenda-se terapia
Classe I com betabloqueador e IECA e repetir ecocardiograma em 2-4 C
semanas. Se a FEVE não melhorar, manter terapia suspensa. Se a
FEVE estiver acima de 45%, pode se reiniciar o trastuzumabe

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Pacientes sintomáticos com queda da FEVE > 10%, mas ainda


com valor dentro da normalidade, podem ter seu tratamento
continuado. Recomenda-se terapia com IECA e betabloqueador
Classe I C
e repetr ecocardiograma em 2 a 4 semanas. Se a FEVE
permanecer estável ou melhorar, a terapia deve ser mantida. Se
houver queda, o trastuzumabe deve ser suspenso
Interrupção do tratamento em pacientes sintomáticos com
Classe I C
queda da FEVE > 15%
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MONITORAMENTO POR MEIO DE BIOMARCADORES

Nível de
Classe Indicação
evidências
Dosagem precoce de troponinas (0h, 24h, 72h após cada
IIa ciclo) e BNP (ou NT-ProBNP) para pacientes de alto risco para B
cardiotoxicidade
Dosagem tardia de troponinas e BNP (ou NT-ProBNP) - 1 mês
IIa C
após o ciclo

Dosagem de peptídeos natriuréticos para seguimento


IIb C
ambulatorial de cardiotoxicidade
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Agentes quimioterápicos Síndrome clínica de cardiotoxicidade

Doxorrubicina e ciclofosfamida Disfunção ventricular esquerda

Sunitinibe HAS

Talidomida e erlotinibe TVP

Fluouroracil e capecitabina Sd isquêmicas miocárdicas (SIM)

Bavacizumabe e cisplatina HAS e SIM

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6. PREVENÇÃO DE CARDIOTOXICIDADE

RECOMENDAÇÕES PARA O USO DE AGENTES CARDIOPROTETORES PARA A PREVENÇÃO


DA MIOCARDIOPATIA ASSOCIADA A ANTRACICLINAS
Nível de
Classe Indicação
evidências
Uso de IECA em pacientes com evidências de lesão miocárdica
I (elevação de troponina I, ou BNP ou alteração ecocardiográfica) B
logo após quimioterapia
Uso do carvedilol em pacientes com evidências de lesão miocárdica
IIa (elevação de troponina I, ou BNP ou alteração de ecocardiografia) C
logo após quimioterapia
Uso de dexrazoxane pré-quimioterapia para prevenção de
IIa A
insuficiência cardíaca em pacientes de alto risco de cardiotoxicidade

Uso de agentes cardioprotetores como N-acetilcisteína, coenzima


III C
Q10, combinações de vitaminas E e C e N-acetilcisteína ou L-carnitina

Abreviaturas: IECA: inibidor da enzima conversora de angiotensina; BNP: brain natriuretic peptide.
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7. TRATAMENTO DE CARDIOTOXICIDADE

RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DA IC PÓS-QT

Nível de
Classe Indicação
evidências
Uso de IECA em pacientes com IC e disfunção sistólica assintomática
I C
ou sintomática, na maior dose tolerada
Uso de IECA em pacientes com aparecimento de disfunção
IIa C
diastólica durante ou após tratamento quimioterápico
Os BRA devem ser recomendados a pacientes portadores de IC
I C
intolerantes aos inibidores da ECA
Uso de betabloqueadores (carvedilol, metoprolol, bisoprolol) em
I pacientes com IC e disfunção sistólica assintomática e sintomática, C
na maior dose tolerada
Uso de espironolactona (25 a 50 mg/dia) em pacientes sintomáticos
I C
(IC CF II-IV), com disfunção sistólica
Indicação de transplante cardíaco para pacientes com IC refratária,
IIa apesar da máxima medicação para IC, com mais de 5 anos de não C
recidiva da neoplasia após tratamento
Uso de IECA em pacientes com insuficiência renal, hipercalemia ou
III C
hipotensão sintomática
Abreviaturas: QT: quimioterapia; IECA: inibidor da enzima conversora de angiotensina; BRA:
bloqueador do receptor AT2 da angiotensina; IC: insuficiência cardíaca.
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8. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÕES EXEMPLO
1- TEC 2015 - Entre os agentes quimioterápicos para tratamento
do câncer, qual agente está associado à maior incidência de
cardiotoxicidade e evolução para insuficiência cardíaca?

a) Paclitaxel.
b) Sunitinibe.
c) Doxorrubicina.
d) Ciclofosfamida.
e) Bevacizumabe.
Comentário: Questão clássica e agora extremamente fácil para os
alunos de Cardioaula. As antraciclinas, nesta questão, representadas
pela Doxorrubicina, podem levar à incidência de cardiotoxicidade
e IC em até 35% dos casos, sendo a droga com maior potencial de
causar tais efeitos colaterais, principalmente, nas doses acima de
400mg/m². Resposta: letra C.

PRINCIPAIS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS UTILIZADOS NO


TRATAMENTO DO CÂNCER E A INCIDÊNCIA DE
CARDIOTOXICIDADE (REDUÇÃO DA FRAÇÃO DE EJEÇÃO
E / OU INSUFICIÊNCIA CARDÍACA)
Incidência (%) de disfunção
Agente Frequência de
ventricular ou insuficiência
quimioterápico uso
cardíaca
Antraciclinas
(doxorrubicina, 5% a 35% dos casos
++++
epirrubicina, (dose acima de 400 mg/m2)
idarrubicina)
Agentes alquilantes
(ciclofosfamida, 5% a 25% dos casos ++++
ifosfamida)
Agentes
antimicrotúbulos
2% a 10% dos casos +++
(docetaxel,
paclitaxel)
Anticorpos monocionais e inibidores da tirosina-quinase

Trastuzumabe 2% a 28% dos casos ++

Bevacizumabe 2% a 10% dos casos ++

Sunitinibe 3% a 10% dos casos ++

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Síndrome clínica de
Agentes quimioterápicos
cardiotoxicidade

Doxorrubicina e ciclofosfamida Disfunção ventricular esquerda

Sunitinibe HAS

Talidomida e erlotinibe TVP

Fluouroracil e capecitabina Sd isquêmicas miocárdicas (SIM)

Bavacizumabe e cisplatina HAS e SIM

QUESTÕES EXEMPLO
2- TEC 2016 - Em paciente com câncer de mama, com proposta de
tratamento com trastuzumabe, é CORRETO afirmar:

a) A monitoração cardiovascular está indicada apenas quando o


tratamento se estender por mais 24 meses.
b) Se o exame clínico e o ecocardiograma antes do início do
tratamento forem normais, não há necessidade de monitoração
da função cardiovascular durante o tratamento.
c) Para a monitoração, está indicada a realização de ecocardiograma
transtorácico antes do início do tratamento e após 3, 6 e 12 meses.
d) Se houver suspensão do tratamento por queda da fração de
ejeção, este não deve ser reiniciado, mesmo que haja recuperação
da função cardíaca.
e) O tratamento deve ser interrompido em pacientes
assintomáticos e com queda da fração de ejeção maior que 5%,
mas ainda com valor maior que 40%.
Comentário: Letra A e B erradas; a monitorização deve ser contínua,
inclusive com indicação classe I de realização de ECOTT após 3,
6 e 12 meses do início do tratamento. Letra D errada; se houver
recuperação da função cardíaca com FE acima de 45%, pode se
reiniciar o trastuzumabe. Letra E errada, o tratamento deve ser
interrompido em pacientes assintomáticos se a FE cair mais que 15%
ou FE < 30%.

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RECOMENDAÇÕES REFERENTES A MONITORIZAÇÃO DA


FUNÇÃO CARDIOVASCULAR ANTES E DURANTE
O TRATAMENTO COM TRASTUZUMABE57

Nível de
Classe Indicação
evidências

Avaliação clínica, em busca de sinais e


Classe I C
sintomas de cardiopatia
Análise de risco-benefício antes do início
Classe IIa do tratamento em pacientes portadores de D
fatores de risco para cardiotoxicidade
Terapia com trastuzumabe em pacientes
Classe IIa com FEVE < 55% quando os benefícios forem C
maiores que o risco
Avaliação periódica dos pacientes em uso de
Classe I trastuzumabe quanto a sinais e sintomas de C
ICC
Avaliação da função ventricular avaliada
por meio do ecocardiograma transtorácico
Classe I (Simpson) ou da ventriculografia C
radioisotópica (MUGA) antes do início do
tratamento com trastuzumabe
Manutenção do mesmo método
Classe I D
complementar durante tratamento
Realização de ecocardiograma transtorácico
Classe I antes do início do tratamento, e após 3 meses, C
6 meses e 12 meses
Realização de ecocardiograma transtorácico
Classe I C
se houver modificações do quadro clínico
Realização de ecocardiograma tridimensional
ou de ressonância nuclear magnética
Classe IIa D
ou MUGA em casos de limitação do
ecocardiograma transtorácico
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RECOMENDAÇÕES DO SEGUIMENTO DOS PACIENTES DURANTE


O TRATAMENTO COM TRASTUZUMABE57

Nível de
Classe Indicação
evidências
Manutenção do tratamento em pacientes
Classe I assintomáticos com FEVE normal que não C
apresentam redução da FEVE
Manutenção do tratamento em pacientes
assintomáticos com queda da FEVE > 10%
Classe I mas ainda com valor dentro da normalidade. C
Recomenda-se repetir ecocardiograma em
4 meses
Manutenção do tratamento em pacientes
assintomáticos com queda da FEVE entre
10% e 15% mas ainda com valor acima
de 40%. Recomenda-se iniciar terapia
Classe I C
com betabloqueador e IECA e repetir
ecocardiograma em 2 a 4 semanas. Se não
houver recuperação da função, recomenda-
se suspender o trastuzumabe
Interrupção do tratamento em pacientes
assintomáticos com queda da FEVE > 15%
ou FEVE < 30%. Recomenda-se terapia
com betabloqueador e IECA e repetir
Classe I C
ecocardiograma em 2-4 semanas. Se a FEVE
não melhorar, manter terapia suspensa. Se a
FEVE estiver acima de 45%, pode se reiniciar o
trastuzumabe
Pacientes sintomáticos com queda da
FEVE > 10%, mas ainda com valor dentro da
normalidade, podem ter seu tratamento
continuado. Recomenda-se terapia com IECA
Classe I e betabloqueador e repetr ecocardiograma C
em 2 a 4 semanas. Se a FEVE permanecer
estável ou melhorar, a terapia deve ser
mantida. Se houver queda, o trastuzumabe
deve ser suspenso
Interrupção do tratamento em pacientes
Classe I C
sintomáticos com queda da FEVE > 15%
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Resposta: letra C

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QUESTÕES EXEMPLO
3- TEC 2016 - Mulher, 44 anos, câncer da mama esquerda.
Foi proposta quimioterapia adjuvante com doxorrubicina e
ciclofosfamida por quatro ciclos, seguida de paclitaxel semanal
por 12 semanas.
- Tem como antecedentes relevantes:
- Doença de Hodgkin aos 16 anos de idade, tratada com
quimioterapia sistêmica e radioterapia em mediastino
- Diabetes melito tipo 2, em uso de hipoglicemiante oral há 15 anos
e hipertensão arterial sistêmica há 10 anos mal controlada.
- Exame físico normal.
- Índice de massa corporal 38kg/m2.
- Oncologista solicita avaliação quanto ao risco de cardiotoxicidade
pelo tratamento com quimioterapia proposto. Neste caso:

a) A radioterapia em mediastino não é fator de risco para


cardiotoxicidade e não deve ser levada em consideração em sua
avaliação.
b) A paciente apresenta fatores de risco para cardiotoxicidade
induzida por antraciclinas. Sugerir que seja avaliada a possibilidade
de outro protocolo de quimioterapia sem antraciclinas.
c) A cardiotoxicidade por antraciclinas é caracterizada por
processo inflamatório agudo e intenso, e o evento clínico mais
frequente associado a estes fármacos é o espasmo coronariano.
d) A paciente é jovem, sem alterações ao exame físico e, portanto,
não tem risco aumentado para cardiotoxicidade associada à
antraciclinas.
e) Se o ecocardiograma da paciente estiver normal ela pode ser
considerada sem risco aumentado para cardiotoxicidade associada
à quimioterapia.
Comentário: Letra A errada; a radioterapia em mediastino é sim
fator de risco. Letra C errada; a cardiotoxicidade por antraciclinas
é caracterizada por disfunção ventricular esquerda. Letra D errada;
a paciente apresenta vários fatores de risco para cardiotoxicidade,
tais como HAS, DM, radioterapia mediastinal e sexo feminino. Letra
E errada; o fato de não haver disfunção ventricular prévia não indica
baixo risco para cardiotoxicidade. Resposta: letra B.

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FATORES DE RISCO PARA IC

Extremos de idade

Disfunção ventricular prévia

HAS

DM

Uso de associação de quimioterápicos

Radioterapia mediastinal

Suscetibilidade genética

FATORES DE RISCO PARA CARDIOTOXICIDADE ASSOCIADA ÀS


ANTRACICLINAS

Fatores de risco Risco aumentado no caso de

Idade Menor idade

Sexo Feminino
Modo de
Injeção rápida
administração
Dose cumulativa Excedendo a dose cumulativa de:

Daunorrubicina 550-800 mg/m2

Doxorrubicina 400-550 mg/m2

Epirrubicina 900-1.000 mg/m2

Idarrubicina 150-225 mg/m2


Irradiação
Irradiação mediastinal precoce ou concomitante
mediastinal
Doenças
cardiovasculares Hipertensão arterial, doença coronária
prévias
Distúrbios
Hipocalcemia, hipomagnesemia
eletrolíticos
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QUESTÕES EXEMPLO
4- TEC 2017 - Leia as opções abaixo e marque a correlação correta
entre o tipo de quimioterápico com as suas respectivas síndromes
clínicas de cardiotoxicidade.
I – Doxorrubicina e Ciclofosfamida A – Trombose venosa profunda
II – Sunitinibe e Sorafenibe B – Síndromes isquêmicas miocárdicas
III – Talidomida e Erlotinibe C – HAS e síndromes isquêmicas
miocárdicas
IV – Fluorouracil e Capecitabina D – Hipertensão arterial sistêmica
V – Bevacizumabe e Cisplatina E – Disfunção ventricular esquerda

A) I – B, II – A, III – C, IV – D, V – E.
B) I – A, II – B, III – E, IV – C, V – D.
C) I – E, II – D, III – A, IV – B, V – C.
D) I – D, II – C, III – B, IV – E, V – A.
E) I – C, II – E, III – C, IV – A, V – B.
Comentário: Questão extremamente fácil. Bastava saber que a
doxorrubicina é a droga que leva à maior incidência de DVE. Com
essa correlação, eliminavam-se todas as alternativas.

Síndrome clínica de
Agentes quimioterápicos
cardiotoxicidade
Doxorrubicina e
Disfunção ventricular esquerda
ciclofosfamida
Sunitinibe HAS

Talidomida e erlotinibe TVP

Fluouroracil e capecitabina Sd isquêmicas miocárdicas (SIM)

Bavacizumabe e cisplatina HAS e SIM

Resposta: letra C

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