Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Francisco Fernandes
Disciplina: Saúde 2
2016/2017
Manual do cuidador
TAFAC
Índice
Introdução …………………………………………………………………………………….……………………..…... 2
2. O envelhecimento ……………………………………………………………………………………………….. 4
2.1. Ciclo Vital ………………………………………………………………………………………………….……. 4
2.2. Alterações orgânicas ………………………………………………………………………………..…….. 7
2.3. Patologias mais comum …………………………………………………………………………..……. 8
3. Cuidar ………………………………………………………………………………………………………………… 10
3.1 Direitos dos doentes ……………………………………………………………………………………… 10
3.1.1. Dignidade …………………………………………………………………………………………. 13
3.1.2. Dignidade idosa ………………………………………………………………………………... 14
3.1.3. Doente cuidados Paliativos ………………………………………………………………. 14
3.1.4. Doente Mental …………………………………………………………………………………. 15
3.1.5. Intimidade ………………………………………………………………………………….…….. 15
3.1.6. Sexualidade/ Género …………………………………………………………….………….. 15
3.1.7. Privacidade ………………………………………………………………………………………. 16
4. Cuidador formal ………………………………………………………………………………………………… 16
4.1 Qualidades do cuidador ………………………………………………………………………………… 17
4.2 Áreas de intervenção …………………………………………………………………………………….. 17
5. Cuidar em casa ou no hospital …………………………………………………………………………… 18
6. Autonomia; Independência; Autoestima …………………………………………………………… 18
7. Cuidados de higiene e conforto …………………………………………………………………………. 18
7.1. Objetivos …………………………………………………………………………………………………….. 19
7.2. Tipos de banhos – adulto/crianças ……………………………………………………………... 20
7.2.1. Adulto …………………………………………………………………………………………….. 21
7.2.2. Criança …………………………………………………………………………………………... 23
7.3. Cuidados de higiene Homem/Mulher …………………………………………………………. 26
7.3.1. Olhos ……………………………………………………………………………………………… 26
7.3.2. Nariz ………………………………………………………………………………………………. 26
7.3.3. Boca ………………………………………………………………………………………………. 26
7.3.4. Unhas/pés ……………………………………………………………………………………… 27
7.3.5. Cabelo …………………………………………………………………………………………… 28
2
7.3.6. Ouvidos ………………………………………………………………………………………….. 28
7.4. Cuidados de higiene genitais: femininos/masculinos …………………………………… 28
7.5. Comunicação na prestação de cuidados ………………………………………..……………. 31
8. Materiais utilizados nos Cuidados de Higiene ………………………………………………….… 31
9. Fatores Ambientais …………………………………………………………………………………………… 32
10. Fatores Pessoais ……………………………………………………………………………………………….. 32
11. I.A.C.S: Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde …………………………………………. 33
Conclusão ……………………………………………………………………………………………………………….. 33
Bibliografia ……………………………………………………………………………………..………………………. 34
3
Introdução
Com este trabalho queremos criar um documento de apoio tendo como
referência informações adquiridas na área de SAU2 tanto transmitidas pelo
enfermeiro, como pela pesquisa e discussões de grupos de trabalho, concluindo com
informações relevantes para o serviço de cuidados de saúde.
4
2. O Envelhecimento
Genética;
Acesso a cuidados de saúde e medidas preventivas (ginásio, centro de dia,
centro de saúde)
Segurança no trabalho;
Exposição a agentes ambientais;
Alimentação cuidada e diversificada;
Tabaco, álcool e outras adições;
Patologias adquiridas;
Exercício físico e sedentarismo;
Poluição ambiental;
Atividades profissionais de desgaste elevado
Envelhecimento intrínseco
Envelhecimento extrínseco
5
2.1 Ciclo vital
Ciclo de Vida é a sequência de etapas vivenciadas pelo individuo, sujeito a uma
série de transições e de superar uma série de provas e de crises. Nestas etapas
desenvolve-se um processo de socialização e de aprendizagem constante, mediante os
quais, pelo contacto com outros seres humanos e através da educação, o individuo
atravessa, de modo gradual por diferentes idades e status, tornando-se capaz e
consciente nas formas de uma cultura, até a conclusão de sua existência pessoal.
6
Todos os sentidos As capacidades de aprender e Desenvolve-se um apego a pais e a
funcionam no nascimento lembrar estão presentes, mesmo outras pessoas.
em graus variados. nas primeiras semanas. O uso de Desenvolve-se a auto-consciência.
O cérebro aumenta de símbolos e a capacidade de Ocorre uma mudança
Primeira infância complexidade e é altamente resolver problemas da dependência para a
(do nascimento sensível à influência desenvolvem-se no final do autonomia. Aumenta o interesse por
aos 3 anos) ambiental. segundo ano de vida. outras crianças.
O crescimento e o A compreensão e o uso da
desenvolvimento físico das linguagem desenvolvem-se
habilidades motoras são rapidamente.
rápidos.
7
A condição física atinge o As capacidades cognitivas e os Os traços e estilos de personalidade
máximo, depois diminui julgamentos morais assumem tornam-se relativamente estáveis,
ligeiramente. maior complexidade. mas as mudanças na personalidade
As escolhas de estilo de vida As escolhas educacionais e podem ser influenciadas pelas
influenciam a saúde. profissionais são feitas. etapas e pelos eventos de vida.
Jovem adulto Tomam-se decisões sobre os
(dos 20 relacionamentos íntimos e os estilos
ao 40 anos) de vida pessoais.
A maioria das pessoas casa-se e tem
filhos.
Meia-idade (dos Pode ocorrer alguma A maioria das capacidades O senso de identidade continua a
40 deterioração das mentais atinge o máximo; a desenvolver-se; pode ocorrer uma
aos 65 anos) capacidades sensoriais, da perícia e as capacidades de transição de meia-idade stressante.
saúde, do vigor e da resolução de problemas práticos A dupla responsabilidade de cuidar
destreza. Para as mulheres são acentuadas. dos filhos e dos pais idosos pode
chega a menopausa. O rendimento criativo pode causar stress.
diminuir, mas melhorar em A saída dos filhos deixa o ninho
qualidade. vazio.
Para alguns, o êxito na carreira e
o sucesso financeiro alcançam o
máximo; para outros pode
ocorrer esgotamento total ou
mudança profissional.
A maioria das pessoas é A maioria das pessoas é A aposentação pode oferecer novas
saudável e activa, embora mentalmente alerta. Embora a opções para a utilização do tempo.
a saúde e as capacidades inteligência e a memória possam As pessoas precisam de enfrentar as
físicas diminuam um pouco. deteriorar-se em algumas áreas, perdas pessoais e a morte iminente.
Terceira idade O tempo de reacção é mais a maioria das pessoas encontra Os relacionamentos com a família e
(dos 65 anos em lento e afecta alguns forma de compensação. com os amigos íntimos pode
diante) aspectos do funcionamento. oferecer apoio importante. A busca
de significado na vida assume
importância central.
8
como agressões, que provoquem danos anatomofisiológicos, e agentes etiológicos
causadores de patologias, como vírus e bactérias, por exemplo.
Enfarte, Angina: entupimento das artérias coronárias, que levam o sangue ao coração.
AVC: fornecimento de sangue a uma parte do cérebro é impedido por uma obstrução
(AVC isquémico) ou hemorragia (AVC hemorrágico) e isso faz com que o cérebro não
obtenha oxigénio necessário e as células do mesmo param e morrem (quando morrem
não se recuperam).
9
Diabetes: excesso de glicose no sangue provocado pelo mau funcionamento do
pâncreas ou pela diminuição da tolerância aos açucares.
Enfisema pulmonar: é uma doença dos alvéolos (onde ocorre as trocas gasosas
durante a respiração) que se vão destruindo e isso faz com que reduza o oxigénio.
Osteoartrose: é um doença que atinge a cartilagem articular em cerca 70% dos idosos.
Principal manifestação é a dor cronica. (coluna, joelhos, anca e mãos)
Osteoporose: é a perda anormal do osso tornando mais fraco com maior facilidade em
fraturar e maior dificuldade em consolidar.
Cancro da mama: 45% dos casos são identificados em mulheres cm mais de 65 anos
10
Cancro da pele: comum em idosos, principalmente os de pele clara e/ou antecedentes
de exposição solar excessiva.
Incontinência urinária;
Instabilidade postural e quedas;
Imobilidade;
Demências;
Delirium; (É um transtorno de base orgânica associado a alterações
quantitativas de consciência possibilitando o desenvolvimento do estado
confuso)
Depressão;
Osteoporose;
Hipertensão arterial;
Diabetes;
AVC;
Cancro da mama;
Cancro na próstata;
Cancro do cólon e reto;
Cancro da pele;
Osteoartrose;
3.Cuidar
O cuidar e um ato de vida permanente e quotidiana que tem como finalidade
permitir que a vida continue e se desenvolva. É indispensável para melhor
compreender a natureza humana. O cuidar é um ato pensado sendo por isso único do
ser humano.
Para tudo há estratégias e o cuidar não é diferente, por isso devemos colocar a
pessoa cuidada como o centro do processo, estabelecendo e desenvolvendo com ela
uma interação e um envolvimento em que se deve estar presente, respeitar, sentir
para e com a pessoa cuidada, proporcionar suporte, mas ser firme promovendo assim
o autocuidado e independência.
11
3.1 Direitos dos doentes
Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes
12
Deveres dos Doentes
O doente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que deve
procurar garantir o mais completo restabelecimento e também participar na
promoção da própria saúde e da comunidade em que vive;
O doente tem o dever de fornecer aos profissionais de saúde todas as
informações necessárias para obtenção de um correto diagnóstico e adequado
tratamento;
O doente tem o dever de respeitar os direitos dos outros doentes;
O doente tem o dever de colaborar com os profissionais de saúde, respeitando
as indicações que lhe são recomendadas e, por si, livremente aceites;
O doente tem o dever de respeitar as regras de funcionamento dos serviços de
saúde;
O doente tem o dever de utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de
colaborar ativamente na redução de gastos desnecessários.
Esta carta foi preparada por várias associações europeias em 1988, em Leiden,
resume e reafirma os Direitos das Crianças hospitalizadas.
13
A equipa de saúde deve ter a formação adequada para responder às
necessidades psicológicas e emocionais das crianças e da família.
A equipa de saúde deve estar organizada de modo a assegurar a continuidade
dos cuidados que são prestados a cada criança.
A intimidade de cada criança deve ser respeitada. A criança deve ser tratada
com cuidado e compreensão em todas as circunstâncias.
3.1.1. Dignidade
As pessoas deverão poder viver com dignidade e segurança, livres de
explorações e de maus tratos físicos ou mentais;
Receber um tratamento digno, independentemente da idade, género, raça ou
etnia, ou outras condições, sendo valorizadas independentemente da sua condição
económica.
Reconhecer valores como a racionalidade e liberdade demonstra-se pelo
respeito à privacidade, à identidade, à informação e à não discriminação.
14
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define cuidados paliativos como os
cuidados que visam melhorar a qualidade de vida dos doentes e suas famílias, que
enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável e/ou grave e com
prognóstico limitado, através da prevenção e alívio do sofrimento, com recurso à
identificação precoce e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos,
nomeadamente a dor, mas também dos psicológicos, sociais e espirituais.
Cabe a todos os que prestam assistência de qualquer tipo a esses doentes, agir
com o seu consentimento, obtendo-o da forma como for possível, garantindo que seu
esforço é genuíno e com interesse.
3.1.5 Intimidade
Devemos respeitar a privacidade do doente preservando-os durante os
cuidados de higiene e conforto e o transporte do mesmo. Querendo com isto dizer não
expor publicamente factos da vida privada, respeitando seu ser como um todo,
cumprindo desígnios éticos e morais.
15
3.1.6 Sexualidade/Género (Dignidade)
A expressão da sexualidade e uma das atividades de vida diária menos
valorizada.
A dignidade do individuo passa, sem duvida alguma, pelo respeito pela sua
expressão de género.
É expectável que mesmo numa fase tardia da nossa vida, possamos utilizar
produtos e acessórios que nos identificam com o género. Utilizar batom, rímel, creme
facial, perfume, fazer a barba ou depilação é o exemplo de ações que nos identificam
em termos de género.
Cabe ao cuidador providenciar, dentro das limitações existentes que promovam
a expressão da sexualidade garantindo desta forma o respeito pela identidade
individual.
3.1.7 Privacidade
Um direito do utente para que seu ser físico, espiritual e sexual não seja
exposto aos outros, sem seu consentimento.
4. Cuidador formal
O cuidador formal é o profissional aquele “membro, ou não, da família, que,
com ou sem remuneração, cuida do doente no exercício das suas atividades diárias tais
como alimentação, higiene pessoal, medicação de rotina, acompanhamento aos
serviços de saúde, excluídas as técnicas ou procedimentos identificados com profissões
legalmente estabelecidas…”
16
Existem dois tipos de Cuidadores, o Formal (profissional renumerado que
presta serviços em instituição ou domicilio) e o cuidador informal (não renumerado
familiar ou amigo num ambiente familiar).
17
5. Cuidar em casa ou no hospital
Ao cuidar em casa devemos conviver com a família e utente como um todo,
sempre no contesto de inclusão do doente no meio familiar, nunca deixando de
transmitir a responsabilidade dos membros da família para a recuperação e conforto
do doente.
18
A Pele
Turgor: avaliar a hidratação tecidual que pode estar: normal, aumentada, diminuída.
19
7.1 Objetivos
Objetivo dos banhos
Limpeza da pele;
Estimular a circulação;
Propiciar observação do estado da pele em geral;
Proporcionar conforto físico e mental;
Aliviar a sensação de fadiga e desconforto da posição permanente e da
humidade produzida pelo corpo.
Banho de chuveiro
Segurança:
Preparar o ambiente (fechar janelas e portas para não haver correntes de ar;
ver se a casa de banho está seca e limpa.);
Verificar se tem os recipientes para a triagem das roupas;
Verificar as barreiras de segurança;
Banho de leito
Quando o utente não consegue se levantar, por qualquer que seja o motivo, é
este o tipo de banho que deverá ser-lhe dado. No entanto, para o utente, o banho de
leito pode ser muito constrangedor, já que aumenta seu sentimento de dependência,
20
diminui sua autonomia e rompe com sua privacidade. É fundamental, então, que o
cuidador mantenha um diálogo com ele durante o banho. O banho de leito deve ser
dado de forma rápida, eficiente e com toda a privacidade que ele merece, quanto
antes acabar o banho melhor.
Banho Parcial
O banho parcial pode ser dado na cama ou na banheira, de acordo com as condições
do utente. Neste caso, as áreas higienizadas são a face, as mãos, as axilas, o pescoço,
as nádegas e a genitália e higiene oral.
Banho de imersão
Limpeza da pele;
Estimular a circulação;
Propiciar observação do estado da pele em geral;
Proporcionar conforto físico e mental;
Aliviar a sensação de fadiga e desconforto da posição permanente e da
humidade produzida pelo corpo.
7.2.1 Adulto
Banho no adulto
21
Controlo cefálico;
Equilíbrio sentado;
Movimentos involuntários;
Capacidade de executar ou de ajudar nas transferências;
Deformidades ou limitações na postura.
1. Lavar as mãos;
2. Cumprimentar, e avaliar o doente;
3. Fechar as portas e janelas, evitar correntes de ar;
4. Desocupar a mesa‐de‐cabeceira, utilizar mesas ou bancas de apoio;
5. Reunir o material, colocá‐lo sobre mesa ou bancas e pôr o biombo;
6. Colocar as luvas e avental
7. Desprender o lençol de cama;
8. Colocar a roupa limpa na ordem em que vai ser usada, no respaldo da cama;
9. Fazer a higiene oral do paciente;
10. Molhar o coxim;
11. Lavar os olhos, limpando do canto interno para o externo, usando uma parte
diferente do pano para cada olho;
12. Mudar de toalha
13. Colocar sabão ou gel de banho na luva ou pano de banho;
14. Lavar e secar cabelo rosto, pescoço e orelhas;
15. Trocar a água;
16. Retirar a camisola ou a camisa do pijama, mantendo o tórax protegido com o
lençol;
17. Colocar a toalha para cobrir o braço mais distante;
18. Lavar o braço, colocar a mão na banheira, lavar e secar;
19. Repetir a mesma manobra no outro braço e mão;
20. Colocar a toalha sobre o tórax e abdome, afastando o lençol até a cintura;
21. Levantar a toalha com uma das mãos e com a outra lavar o tórax e abdome;
22. Secar a parte limpa e observar as condições da pele e peito, hidratar com creme
ou loção;
23. Cobrir com lençol o tórax e abdome, retirando a toalha;
24. Retirar a calça do pijama;
25. Colocar a toalha na perna mais distante;
26. Lavar e secar a perna até o tornozelo;
27. Repetir a mesma manobra para a outra perna;
28. Cobrir com lençol as pernas, retirando a toalha
29. Colocar a toalha dobrada sobre os tornozelos;
30. Colocar a banheira junto aos pés;
22
31. Colocar um dos pés na banheira;
32. Lavar e secar o pé, principalmente entre os dedos, verificando as unhas;
33. Repetir a mesma manobra para o outro pé;
34. Retirar a banheira;
35. Retirar o lençol das pernas até à cintura e cobrir com a toalha;
36. Desprender a fralda, colocando uma das pontas por baixo do doente, virar o
doente em posição lateral, retirar a fralda juntamente com os resíduos, colocar
a toalha na parte inferior das costas e nádegas, mantendo‐o nesta posição, com
auxílio de outra pessoa; lavar, secar e massagear as costas, nádegas e cóccix,
hidratar com creme ou loção;
37. Posicionar arrastadeira e virar o paciente em decúbito dorsal, de maneira que
fique com a zona dos genitais sobre arrastadeira, se não tiver, utilizar uma
toalha húmida com água e outra com sabão para realizar higiene íntima, lavar e
secar;
38. Retirar arrastadeira e resguardo, depois de seco verificar a pele, hidratar com
loção ou creme;
39. Colocar um resguardo e uma fralda limpa
40. Abafar o doente com o lençol retirando as toalhas
41. Arrumar a cama com o doente acamado;
42. Vestir o doente;
43. Colocar um lençol limpo sobre o que está cobrindo o doente e retirar o de
baixo;
44. Deixar o lençol por cima solto, prender na zona dos pés, (atenção aos pés
devem ficar livres de pressões)
45. Arrumar o quarto;
46. Retirar as luvas e lavar as mãos;
7.2.2 Criança
Banho da criança
O banho faz parte das tarefas do dia-a-dia e deve ser uma atividade agradável e
facilitada, quer para a criança, quer para quem o dá.
23
Se há alterações de sensibilidade, como por exemplo na criança com Espinha
Bífida, o termómetro para medir a temperatura da água antes de iniciar o banho é
imprescindível.
Na criança muito hipotónica (os músculos têm muito pouca força), uma cadeira
de banho tipo Paralisia Cerebral pode impedi-la de escorregar, enquanto é lavada.
Idade da criança
Patologia
Alterações do tónus muscular
Alterações da sensibilidade
Existência ou não de movimentos involuntários
Controlo motor:
Controlo cefálico
Equilíbrio sentado
Capacidade de executar ou ajudar nas transferências
Deformidades ou limitações posturais
Modelos apresentados:
Quando a criança cresce e se torna mais pesada, as ajudas técnicas a utilizar para o
banho serão basicamente as mesmas que utilizamos no adulto.
24
para limpar os olhos e a cara. Quanto aos genitais do bebé, é apenas necessária uma
lavagem de rotina. Se tiver acumulado muco seco nos cantos das narinas ou dos olhos,
humedeça várias vezes para amolecer antes de retirar;
6. Limpe bem o bebé com uma luva de lavagem limpa, antes de o retirar da água, para
que não lhe escorre tanto das mãos;
7. Envolva o bebé numa toalha com capuz e seque-o com pequenas palmadinhas. Se
tiver a pele seca ou um pouco de eczema da fralda, poderá aplicar uma loção
hidratante suave após o banho;
8. Vestir o bebe com roupa apropriada.
7.3.2 Nariz
Nariz
O utente/doente remove as secreções do nariz assoando-se, há que alertar que
o não deve fazer com muita força, pois cria uma pressão que pode atingir o tímpano, a
mucosa nasal e até mesmo estruturas sensíveis do olho, o sangramento das narinas é
um sinal de que o idoso se assou com muita força.
Se o idoso não conseguir remover as secreções nasais, ajude-o com uma toalha
molhada ou um cotonete umedecido com água ou soro fisiológico.
Nunca inserir o cotonete para além da ponta que tem o algodão.
O enfermeiro pode remover as secreções com uma aspiração suave.
7.3.2 Boca
Boca
A higiene da boca deve ser feita após cada refeição, e sempre que for
necessário. Se o paciente for capaz, ele mesmo poderá fazer sua higiene bucal
Material:
25
Escova de dentes
Pasta de dentes;
Antisséptico oral;
Gases;
Espátula.
Procedimentos:
7.3.4 Unhas/pés
Cuidados às mãos e unhas:
Há que propor ao doente/utente, no caso de ter autonomia para tal, para lavar as
mãos quando:
Regresse da casa de banho;
Antes e depois das refeições;
Antes de tomar medicamentos;
Antes de se deitar e de acordo com as suas necessidades.
Procedimento:
Encher a bacia com água morna (37º);
Molhar e lavar as mãos com um sabão neutro, depois os espaços interdigitais, a
palma e as costas das mãos;
Enxaguar e secar por pressão com uma toalha;
Colocar a mão do doente/utente sobre uma toalha, cortar as unhas de forma
reta e limá-las se necessário;
Para as unhas dos pés deve ter os mesmos cuidados, mas a unha é cortada a
direito e deve ter-se atenção aos espaços interdigitais que devem permanecer
bem secos e limpos.
26
Pés
Os idosos costumam ter sérios problemas nos pés, devido a mudanças
circulatórias, deformidades ósseas, diabetes. Por isso, é fundamental prestar atenção
na forma correta de fazer a limpeza.
É imperativo que se observe a coloração dos pés e se verifique se existem
lesões cutâneas.
7.3.5 Cabelo
O simples ato de lavar o cabelo pode produzir sentimentos positivos e de
pertença, renovando a sua força e motivação perante a situação em que se encontra.
Para além de manter o cabelo limpo e saudável, as lavagens regulares evitam o
desgaste e enfraquecimento, tanto do cabelo, como do couro cabeludo. O próprio ato
de lavar também melhora a circulação no couro cabeludo.
A frequência da lavagem do cabelo depende da rotina diária do doente/utente.
Antes de iniciar a lavagem do cabelo, certifique-se que tem tudo o que precisa
ao seu lado, evitando que deixe o doente/utente sozinho a meio do processo.
27
7.3.6 Ouvidos
O ouvido externo, a orelha, não precisa de uma limpeza a fundo. Poderá ser
feita apenas com um pouco água e um pano ou papel (Não usar cotonete).
O canal do ouvido, na maior parte dos casos não necessita de ser limpo.
Durante a lavagem do cabelo no banho entra no canal do ouvido água suficiente para
soltar a cera que tem acumulada. Além disso, a pele no seu canal auditivo cresce
naturalmente para fora, facilitando a expulsão da cera. Na maioria das vezes solta-se e
sai involuntariamente enquanto dorme.
Cuidados antes e
Definição Prevenção Promove Homem Mulher
após a eliminação
Lavar a vulva
tendo
Limpeza dos Lavar pénis, atenção a
Saúde
Higiene perineal genitais Infeções e escroto. separar
Conforto
externos 1* grandes e
pequenos
lábios. 2*
Tipos de eliminação
Cateter no Eliminação
interior da Drenar para de urina
Algaliado Sim Sim
bexiga pela aliviar dor /retirar
uretra mostras
28
Se aplica no
pénis para
Confiança,
Dispositivo urinário prevenir ou
Incontinência controlo e Sim Não
Externo masculino diminuir
conforto
episódios de
incontinência.
Facilita a
Dispositivo urinário micção quando Saúde
Infeções Não Sim
Externo feminino não puder se Conforto
sentar
Consiste na
derivação do
colon para o
Continuação
exterior /
de uma vida
Colostomia abertura Sim Sim
Normal no
artificial
dia-a-dia
realizada na
parede
abdominal.
É um tubo
flexível Continuação
colocado de uma vida
Cateter Nefrostomia Sim Sim
dentro do rim Normal no
para drenar dia-a-dia
urina retida
Nota: 1*- Começar a lavar com movimentos circulares pela ponta do pênis,
puxando o prepúcio para baixo e lavando a glande, posteriormente o pênis e o
escroto. (não esquecer de voltar a colocar o prepúcio na sua posição normal). 2*-
Lavar de frente para trás (do meato urinário para o orifício vaginal e
posteriormente para a região anal), prestando atenção a sujidade acumulada entre
os lábios, utilizando uma mão para afastar os lábios e a outra para lavar.
29
7.5 Comunicação na prestação de cuidados
Comunicar é um ato que envolve um emissor e recetor e um contexto/
mensagem percetível para ambos.
A comunicação na prestação de cuidados será sempre adequada a condição
física e psicológica do utente, prestando uma comunicação clara e concisa, para que a
30
mensagem seja bem interpretada pelo mesmo. Devemos informar ao utente de todo e
cada passo que pretendamos efetuar para a prestação do cuidado. (Cumprimento
inicial, execução trabalho, finalização da tarefa e despedir-se).
O Feedback e essencial para determinar a precessão da mensagem pelo utente
já que permite que a sua resposta seja adequada ou não aos nossos pedidos e
informações.
Mecanismos que poderão facilitar e tornar mais seguro o banho do adulto com
deficiência ou do idoso:
31
9. Fatores Ambientais
Os fatores ambientais são condicionados a elementos como o clima, desastre
naturais, produção de alimentos, trabalho e mobilidade urbana.
São externos ao indivíduo e podem ter uma influência positiva (facilitador) ou
negativa (barreira).
Na prestação de cuidados de saúde, nomeadamente cuidados de higiene, o
ambiente hospitalar/domiciliar é influenciador da aceitação dos cuidados.
A existência de recursos quase ideais em meio hospitalar em nada se parece com o
meio domiciliário. O prestador de cuidados vê-se confrontado com a necessidade de
adaptação dos recursos existentes.
32
Conclusão
Bibliografia
33