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E. E.

PROFESSOR NÉLSON DE SENA

PLANO DE ESTUDO
TUTORADO
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO

1° BIMESTRE - 2021/02
SUMÁRIO

LEGISLAÇÃO APLICADA 1…………………………………………………. 1


SEMANA 1………………………………………………………………………….. 2
SEMANA 2………………………………………………………………………….. 4
SEMANA 3………………………………………………………………………….. 7
SEMANA 4…………………………………………………………………………..10
SEMANA 5…………………………………………………………………………..11
SEMANA 6…………………………………………………………………………..13

HIGIENE OCUPACIONAL 1…………………………………………………. 16


SEMANA 1………………………………………………………………………….. 17
SEMANA 2………………………………………………………………………….. 22
SEMANA 3………………………………………………………………………….. 25
SEMANA 4………………………………………………………………………….. 29
SEMANA 5………………………………………………………………………….. 31
SEMANA 6………………………………………………………………………….. 33

INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO
TRABALHO………………………………………………………………………. 35
SEMANA 1………………………………………………………………………….. 36
SEMANA 2………………………………………………………………………….. 39
SEMANA 3………………………………………………………………………….. 42
SEMANA 4………………………………………………………………………….. 48
SEMANA 5………………………………………………………………………….. 51
SEMANA 6………………………………………………………………………….. 54

INFORMÁTICA APLICADA…………………………………………………. 56
SEMANA 1 E 2………………………………………………………………………56
SEMANA 3 E 4………………………………………………………………………62
SEMANA 5 E 6………………………………………………………………………67

PORTUGUÊS INSTRUMENTAL...………..………………………………. 70
SEMANA 1 E 2………………………………………………………………………70
SEMANA 3 E 4………………………………………………………………………77
SEMANA 5 E 6………………………………………………………………………81
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDOS TUTORADO – ADAPTADO
60% DA CARGA HORÁRIA
( ) EJA ( x ) CURSO TÉCNICO ( ) AEE ( ) OUTROS
COMPONENTE CURRICULAR: Legislação Aplicada
NOME DA ESCOLA: E.E. PROF. NELSON DE SENA
ALUNO:
TURMA: 2021.02 TURNO: Noturno
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 4 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 16

ORIENTAÇÕES AOS PAIS


DICA PARA O ALUNO QUER SABER MAIS?
E RESPONSÁVEIS

Olá, estudante!
Este PET é composto por 6 semanas,
contendo a aula para leitura, e atividades Conheça mais sobre a
para praticar o conhecimento construído! Consolidação das Leis
Seja bem-vindo a nossa disciplina de
Trabalhistas em:
Legislação Aplicada I!
http://www.planalto.gov.br/ccivi
l_03/decreto-
Leia o conteúdo e realize as lei/del5452.htm

atividades propostas em cada semana.

“Dar asas à imaginação é entender que


o conhecimento é fundamental para a
criatividade.”

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SEMANA 1

Gênero: Direito Trabalhista

OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir conceitos iniciais e aspectos históricos sobre Direito


Trabalhista.
HABILIDADE(S): Compreender a origem e o objetivo das leis trabalhistas.

CONTEÚDOS RELACIONADOS: CLT; Constituição Federal.

INTERDISCIPLINARIDADE: Direito privado.

ATIVIDADES

Direito Trabalhista
O direito do trabalho, também chamado de direito trabalhista, é um ramo do direito privado que é
responsável por regular a relação jurídica entre trabalhadores e empregadores, baseado nos princípios e leis
trabalhistas.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Constituição Federal de 1988 regem as normas e regras
que estabelecem os critérios mínimos para que essa relação seja harmoniosa e lícita, preservando os direitos de
ambas as partes e a dignidade humana do trabalhador.
O direito do trabalho é um dos ramos mais importantes do direito privado para a sociedade atual, pois a
relação do ser humano com o trabalho vai além da necessidade da renda para viver.

Para que servem as leis do trabalho?


Dentro das relações sociais contemporâneas, a função social de uma pessoa é geralmente estabelecida
a partir do papel que ela desempenha no seu trabalho.
Não é incomum, ao conhecer uma pessoa, que se pergunte o nome dela e “o que ela faz/no que ela
trabalha”. O trabalho, portanto, não tem apenas o papel de garantir a renda. É por meio dele que conhecemos
pessoas, estabelecemos relacionamentos e nos enquadramos dentro da sociedade.
Mesmo assim, a relação jurídica do trabalho (num contrato realizado entre duas partes) é importante
para garantir o sustento do trabalhador e, principalmente, a sua proteção e segurança, uma vez que essa
relação é desigual, com uma parte menos favorecida do que a outra.
O trabalhador oferece ao empregador suas habilidades, força de trabalho e tempo, enquanto o
empregador lhe oferece dinheiro. Essa relação contratual para o trabalho, naturalmente desproporcional,
precisa ser protegida por leis específicas que garantam amparo à parte hipossuficiente (o trabalhador).
Dessa forma, as leis trabalhistas não só servem para manter uma relação jurídica de trabalho
harmoniosa entre trabalhadores e empregadores, mas também protege a força de trabalho do país, garantindo
direitos e proteção, estabelecendo padrões que preservem a dignidade da pessoa humana.

Origem do direito do trabalho


No mundo inteiro, a discussão sobre o direito do trabalho começou junto com a Revolução Industrial,
no final do século XVIII.
As relações de trabalho no berço do sistema capitalista industrial eram realizadas diretamente entre
empregadores e trabalhadores, sem a intervenção ou normatização do Estado.
Dessa forma, o trabalho e o pagamento eram definidos pelos empregadores, oferecendo cargos àqueles
que aceitavam as condições.

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Essa relação resultou na precarização e na condição desumana do trabalho. Jornadas de 16 horas
diárias, homens, mulheres e crianças trabalhando em fábricas sem proteção ou supervisão, salários indignos,
adoecimento dos trabalhadores e nenhuma proteção em casos de desemprego ou acidentes de trabalho.
Essas condições, repetidas mundo afora, fizeram com que os trabalhadores se organizassem enquanto
categoria, criando sindicatos para conseguir se mobilizar na conquista de direitos que protegessem o
trabalhador e a relação de trabalho, oferecendo condições dignas e seguras para tal.
Essas movimentações autônomas de trabalhadores despertaram a necessidade de leis e relações
jurídicas que protegessem o trabalho e os trabalhadores, criando sistemas de amparo, além de disponibilizar
critérios contratuais mínimos (como o salário mínimo, o limite de horas de trabalho, entre outras conquistas).

Direito do trabalho no Brasil


No Brasil, especificamente, a discussão sobre o direito do trabalho começou no final do século XIX, por
conta da escravidão, que só foi abolida no país em 1888, e por conta da economia pouco industrializada,
pautada principalmente na agricultura.
Mesmo assim, existia movimentação no país, no final do século XIX e início do século XX, de
estabelecimento de leis e amparos na relação trabalhista, como a proibição do trabalho infantil (menores de
12 anos), a limitação de horas trabalhadas e até a disposição de férias obrigatórias.
Entretanto, essas movimentações eram esparsas, sem um conjunto legislativo de normas de
regulamentação e proteção do trabalho e dos trabalhadores.
Isso mudou em 1923, com a criação do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), um órgão que
primariamente tinha como objetivo estabelecer as regras criadas pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT) após a Primeira Guerra Mundial.
Em 1934, no entanto, surge, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas, a primeira Constituição
brasileira a tratar do direito do trabalho, marcando a mudança econômica do país, que passou a investir mais
na indústria e menos na agricultura.
A Constituição de 1934 garantia aos trabalhadores direitos fundamentais, como o salário mínimo,
jornadas de trabalho de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas, liberdade sindical e uma
série de normas de proteção aos trabalhadores.
Mesmo com várias conquistas para os trabalhadores brasileiros, a garantia de direitos trabalhistas e a
formação do direito do trabalho no âmbito jurídico, a verdadeira revolução na área dentro do território
nacional ocorreu em 1943, ainda durante o governo Vargas, com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Consolidação das Leis do Trabalho


A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada através do decreto-lei nº 5.452/1943, foi um marco no
direito do trabalho brasileiro, reunindo e sistematizando regras e leis trabalhistas num único documento, que
lida desde regras de proteção às normas das relações jurídicas entre trabalhadores e empregadores.
A CLT possui 922 artigos que regulamentam as relações do trabalho, os direitos e deveres de
empregados e empregadores, além de questões legais e jurídicas a respeito dessa relação.
A Consolidação das Leis do Trabalho, mesmo tendo 77 anos, normatiza o trabalho no Brasil até os dias
atuais, e é modelo internacional de leis e regulamentações trabalhistas.
A Constituição Federal de 1988 trouxe algumas mudanças nas relações de trabalho e inseriu o trabalho
como fundamento da mesma e como direito e garantia fundamental dos cidadãos brasileiros.
Mesmo com as alterações provocadas pela Reforma Trabalhista de 2017, a Consolidação das Leis do
Trabalho ainda é o norte das relações trabalhistas e do direito do trabalho no Brasil.
Diante da sua importância e das alterações recentes, é primordial que as empresas realizem um
compliance trabalhista em seus departamentos.

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ATIVIDADE
01) Elabore um parágrafo de 5 a 7 linhas discorrendo sobre a importância e os objetivos do Direito do
Trabalho.
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SEMANA 2

Gênero: Três Poderes

OBJETO DE CONHECIMENTO: Introdução à divisão dos poderes políticos, bem como sua
organização.
HABILIDADE(S): Compreender como são divididos os poderes políticos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS: Constituição Federal.

INTERDISCIPLINARIDADE: Direito privado.

ATIVIDADES

Três Poderes
Os três poderes, independentes e coesos entre si, são categorias dos poderes políticos presentes na
democracia de um país.
Assim, quando pensamos na Política de um Estado, em sua estrutura e organização, existem três
poderes políticos que norteiam suas ações, são eles:
• Poder Executivo

• Poder Legislativo

• Poder Judiciário

Respectivamente, esses poderes são destinados a: executar as resoluções públicas, produzir as leis e
julgar os cidadãos.
• Desde a antiguidade muitos estudiosos, pensadores e filósofos discutiam questões
sobre a Política e sua organização.

• Entretanto, foi o filósofo, político e escritor francês Charles-Louis de Secondat (1689-


1755), mas conhecido por Montesquieu, quem desenvolveu, no século XVIII, a “Teoria da Separação
dos Poderes”.

• Essa Teoria relatada em sua obra “O Espírito das Leis”, apresentava a divisão dos

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poderes políticos e seus respectivos campos de atuação.

• Vale lembrar que, antes de Montesquieu outros grandes filósofos já haviam feito
referência sobre a importância desse modelo de Estado. Como exemplo notório, temos o filósofo
grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) e sua obra intitulada “Política”.

• Desde aquela época, o objetivo central da divisão dos poderes no campo político era o
de descentralizar o poder. Isso porque ele estava concentrados nas mãos de um pequeno grupo.

• A ideia central era de favorecer um Estado mais justo, democrático e igualitário para
todos os cidadãos.

PODER EXECUTIVO
• O Poder Executivo, como o próprio nome já pressupõe, é o poder destinado a executar,
fiscalizar e gerir as leis de um país.

• No âmbito deste poder está a Presidência da República, Ministérios, Secretarias da


Presidência, Órgãos da Administração Pública e os Conselhos de Políticas Públicas.

• Sendo assim, essa escala do poder decide e propõe planos de ação de administração e
de fiscalização de diversos Programas (social, educação, cultura, saúde, infraestrutura) a fim de garantir
qualidade e a eficácia dos mesmos.

• É válido destacar que no município, o Poder Executivo é representado pelo Prefeito


enquanto a nível estatal é representado pelo Governador.

• No Brasil, o Poder Executivo emana de um sistema presidencialista. Ele é exercido pelo


Presidente da República amparado por seus Ministros de Estado, que por sua vez, são responsáveis
pela coordenação e supervisão em suas respectivas áreas de atuação.

• Esse poder é de natureza Federal e o líder nacional é escolhido por sufrágio (voto)
popular e universal para um mandato de quatro anos, enquanto seus ministros são selecionados por
indicação presidencial. Este sistema se repete em outros níveis.

• Na esfera Estadual, o poder executivo é representado na figura do Governador e por


seus Secretários de Estado.

• Enquanto, em âmbito Municipal, é representada pela figura do Prefeito e de seus


Secretários Municipais.

• Em todos os casos, o representante do Poder Executivo conta com um vice-


representante (Vice-Presidente, Vice-Governador e Vice-Prefeito).

• Importante destacar que o Poder Executivo muda de país a país. Ou seja, nos países
presidencialistas, é representado pelo seu Presidente, que acumula os cargos de chefe de governo e
chefe de estado.

• Já nos países parlamentaristas, o Poder Executivo fica dividido entre o Primeiro-


ministro, que é o chefe de governo, e o monarca (normalmente o rei), que ostenta o cargo de chefe de
Estado.

• Em regimes totalmente monárquicos, o monarca assume tal qual o presidente, as


funções de chefe do governo e do Estado.

PODER LEGISLATIVO
• O Poder Legislativo é o poder que estabelece as Leis de um país. Ele é composto pelo
Congresso Nacional, ou seja, a Câmara de Deputados, o Senado, Parlamentos, Assembleias, cuja

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atribuição central é de propor leis destinadas a conduzir a vida do país e de seus cidadãos.

• O Poder Legislativo, além de desempenhar o papel de elaboração das leis que regerão a
sociedade, também fiscaliza o Poder Executivo.

• No território brasileiro, o Poder Legislativo é constituído por um sistema bicameral,


composto pelo Congresso Nacional.

• Por sua vez, ele divide-se entre a Câmara dos Deputados, que representam o povo, e
pelo Senado Federal para representar os Estados enquanto Unidades da Federação.

• Nas esferas Municipal e Estadual, o Poder Legislativo é canalizado pelas Câmaras de


Vereadores e Câmaras de Deputados Estaduais, respectivamente.

• Cada Estado será representado por três Senadores da República que serão eleitos por
meio de votação majoritária, para mandatos de oito anos.

PODER JUDICIÁRIO
• O Poder Judiciário atua no campo do cumprimento das Leis. É o Poder responsável por
julgar as causas conforme a constituição do Estado.

• É composto por juízes, promotores de justiça, desembargadores, ministros,


representado por Tribunais, com destaque para o Supremo Tribunal Federal – STF.

• Essencialmente, o Poder Judiciário tem a função de aplicar a lei, julgar e interpretar os


fatos e conflitos, cumprindo desta forma, a Constituição do Estado.

• Poder Judiciário no Brasil

• O Poder Judiciário brasileiro é constituído:

• Supremo Tribunal Federal

• Superior Tribunal de Justiça

• Tribunais Regionais Federais

• Tribunais do Trabalho

• Tribunais Eleitorais

• Tribunais Militares

• Tribunais dos Estados.

• São divididos, basicamente, como sendo da justiça comum, justiça do trabalho, justiça
eleitoral e justiça militar.

• A justiça comum tem como órgão máximo da União o Superior Tribunal de Justiça; as
cortes abaixo são organizadas em duas entrâncias e uma instância superior.

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ATIVIDADE

01) Como é feito a escolha do presidente e dos demais governantes do nosso país?
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02) Relacione a coluna de acordo com a função de cada poder.

(1) Poder Executivo


(2) Poder Legislativo
(3) Poder Judiciário

( ) Cria, renova e aprova as leis.


( ) É atribuída a função judiciária, ou seja, a administração da Justiça na sociedade. É representado pelos
juízes e desembargadores.
( ) É o poder que executa. Representado pelos administradores, ou seja, os prefeitos municipais, os
governadores estaduais e pelo presidente do país.

SEMANA 3

Gênero: Conceitos de legislação e sua hierarquia. Tópicos sobre: constituição, lei, decreto, portaria.

OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir conceitos básicos e apresentar a hierarquia das normas.

HABILIDADE(S): Compreender o conceito de lei, decreto, portaria, resolução, estatuto e regimento;


conhecer a hierarquia dar normas.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Direito do trabalho.

INTERDISCIPLINARIDADE: Direito privado.

ATIVIDADES

Conceitos de legislação e sua hierarquia. Tópicos sobre: constituição, lei, decreto, portaria.

LEI: lei é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos próprios do ato
normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito.
DECRETO: decreto é uma ordem emanada de uma autoridade superior ou órgão (civil, militar, leigo ou
eclesiástico) que determina o cumprimento de uma resolução.
ESTATUTO: estatuto é um regulamento, que determina ou estabelece a norma. Lei orgânica ou
regulamento especial de um Estado, associação, confraria, companhia, irmandade ou qualquer corpo coletivo
em geral.
REGIMENTO: regimento é um conjunto de regras ou normas estabelecidas como necessárias a uma
organização; é um regimento em que se determina o modo de direção, funcionamento e outras exigências de

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uma empresa, associação ou entidade, ou de um concurso.
PORTARIA: portaria é um documento de ato administrativo de qualquer autoridade pública, que
contém instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de
execução de serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra determinação da sua competência.
RESOLUÇÃO: resolução é norma jurídica destinada a disciplinar assuntos do interesse interno do
Congresso Nacional, no caso do Brasil. Também é elaborado e finalizado no âmbito legislativo, a exemplo da
norma examinada anteriormente, mas esta trata de questões do interesse nacional. Os temas da resolução mais
corriqueiros referem-se à concessão de licenças ou afastamentos de deputados ou senadores, a atribuição de
benefícios, etc. O quorum exigido para a sua aprovação é a maioria simples (Art. 47, CF/88), sendo que a sua
sanção, promulgação e publicação ficam a cargo do presidente do respectivo órgão que a produziu (do
Congresso, do Senado ou da Câmara dos Deputados).
Fonte: https://legislacao.ufsc.br/conceitos/

Hierarquia das normas no direito comum


- Norma fundamental;
- Constituição Federal;
- Lei; (Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada, Medida Provisória, Decreto Legislativo e
Resolução);
- Decretos Regulamentadores do Poder Executivo;
- Outros diplomas dotados de menor extensão de eficácia e mais tênue intensidade normativa.

ATIVIDADE

01) Marque a opção incorreta:

a) estatuto é um regulamento, que determina ou estabelece a norma. Lei orgânica ou regulamento


especial de um Estado, associação, confraria, companhia, irmandade ou qualquer corpo coletivo em geral.
b) decreto é uma ordem emanada de uma autoridade superior ou órgão (civil, militar, leigo ou
eclesiástico) que determina o cumprimento de uma resolução.
c) lei é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos próprios do ato
normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito.
d) resolução é um documento de ato administrativo de qualquer autoridade pública, que contém
instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral.

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SEMANA 4

Gênero: Princípios do Direito do Trabalho

OBJETO DE CONHECIMENTO:

HABILIDADE(S):

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

INTERDISCIPLINARIDADE:

ATIVIDADES
Princípios do Direito do Trabalho
No direito do trabalho os princípios constituem o fundamento do ordenamento jurídico. Dentre os
principais princípios informadores do direito do trabalho pode-se elencar princípio da irrenunciabilidade dos
direitos, princípio da continuidade da relação de emprego, princípio da primazia da realidade, princípio da
razoabilidade, princípio da boa-fé e princípio protetor.

Princípio da irrenunciabilidade dos direitos


Os direitos trabalhistas são indisponíveis, ou seja, têm caráter cogente e imperativo, devem ser,
obrigatoriamente, observados, pois há uma limitação, a autonomia de vontade. Sempre que houver renúncia a
direito trabalhista legalmente garantido, haverá uma presunção de vício de consentimento na transação. Assim,
no contrato de trabalho, qualquer renúncia a direito é presumidamente inválida.

Princípio da continuidade da relação de emprego


A relação de emprego deve sempre ser preservada no sentido de lhe garantir a mais longa duração
possível. Esse princípio é que dá sustentáculo ao instituto jurídico da estabilidade no emprego.

Princípio da primazia da realidade


A realidade dos fatos deve prevalecer quando houver divergência sobre a verdade formal documentada
nos autos e nos acordos.

Princípio da razoabilidade
Nas relações de trabalho deve-se proceder de acordo com a razão, de modo que não se estipule ao
trabalhador prestação de serviço de forma desproporcional à sua possibilidade pessoal.

Princípio da boa-fé
O que foi avençado deve ser cumprido pelos contratantes, de maneira a não ser admitida que algum
deles se utilize de artifício ardil em desfavor do outro.

Princípio Protetor
Pode ser subdividido em três regras:

In dubio pro operário


No caso de dúvida sobre o alcance da norma trabalhista, esta deve ser interpretada de maneira a trazer
o maior benefício possível ao trabalhador. É uma regra de interpretação da norma.

Regra da condição mais benéfica

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O trabalho deve ser prestado observando-se as condições concretas de trabalho criadas pelo
empregador, mantendo-se sempre o status anterior.

Regra da aplicação da norma mais favorável.


Dentre as várias normas regulamentadoras da relação de trabalho, deve-se aplicar sempre a norma que
mais favoreça o empregado. Assim, verifica-se que, em matéria trabalhista, a norma hierarquicamente superior
será sempre aquele mais favorável ao trabalhador. Assim, pode-se afirmar que no Direito do Trabalho
predominam os princípios informativos supra mencionados, os quais visam assegurar maior amparo ao
trabalhador, parte mais fraca na relação de emprego, com vistas em que se atinja a igualdade substantcial,
visando equiparar as partes desiguais de modo a dar-lhes tratamento isonômico, igualando os iguais e tratando
com desigualdade os desiguais, na exata medida em que se desigualam.

Fonte: OLIVEIRA, J. P. Hierarquia das Normas no Direito do Trabalho. UNIESP. Disponível em:
http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170725104857.pdf Acesso em 14 de ago. 2021.

ATIVIDADE
01) Cite dois princípios do Direito do Trabalho que mais te chamaram atenção e explique o porquê.

02) Em direito do trabalho, os fatos concretos do dia a dia laboral prevalecem sobre o conteúdo de documentos
para estabelecer os efeitos jurídicos da relação trabalhista. A verdade dos fatos, prevalece sobre a verdade
formal. Essa afirmação refere-se ao princípio da:
A) Primazia da realidade.
B) Continuidade da relação de emprego.
C) Irrenunciabilidade de direitos.
D) Intangibilidade da realidade.

SEMANA 5

Gênero: O que é a Constituição?

OBJETO DE CONHECIMENTO: Texto “O que é a Constituição” de João Trindade – Consultor


Legislativo do Senado Federal.
HABILIDADE(S): Compreender a importância da Constituição para o Direito do Trabalho.

CONTEÚDOS RELACIONADOS: Direito do trabalho

INTERDISCIPLINARIDADE: Direito privado

ATIVIDADES
O que é a Constituição?
Por: João Trindade – Consultor Legislativo do Senado Federal
De todas as leis que existem em um país, a Constituição é a mais importante delas. É a norma que trata
justamente da elaboração das outras leis (como devem ser feitas, por quem, etc.) e do conteúdo mínimo que
essas outras normas devem ter.
Vejamos um exemplo: a lei que fixa o valor do salário mínimo. Esta é uma lei “comum”, que nós
chamamos de lei ordinária. Ela deve, portanto, ser votada pelo Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e
Senado Federal) e ser submetida à sanção (concordância) ou veto (desaprovação) do Presidente da República.
Essa lei deve, ainda, fixar o salário mínimo de forma unificada em todo o território nacional, e em um nível que

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assegure o atendimento a necessidades básicas do trabalhador e da sua família. Quem é que diz tudo isso sobre
a lei do salário mínimo? A Constituição, em diversos de seus artigos (especialmente o art. 48 e o art. 7º, inciso
IV).
Bom, agora que nós já sabemos o que é uma Constituição, vamos ver o que ela contém.
Claro que o conteúdo de uma Constituição reflete o que, num determinado país, são considerados os
assuntos mais importantes. Por isso, vamos analisar especificamente a Constituição da República Federativa do
Brasil, que foi editada (após muitos debates na Assembleia Constituinte) em 5 de outubro de 1988.
Nossa Constituição contém regras sobre como devem ser feitas as leis e como devem funcionar os três
Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), além de outros órgãos que atuam conjuntamente com esses
Poderes (como é o caso do Ministério Público e da Defensoria Pública, por exemplo). Outro tema importante
tratado em nossa Constituição é a divisão de tarefas entre a União, os Estados e os Municípios. Assim, sempre
que alguém vai propor uma lei federal (lei da União, a ser votada no Congresso Nacional), deve antes verificar,
nos arts. 21 a 30 da Constituição, se aquela competência é mesmo da União, e não dos Estados ou dos
Municípios, por exemplo. A Constituição de 1988 também se preocupou bastante em assegurar os direitos
básicos dos cidadãos, chamados de direitos fundamentais. Por conta disso, especialmente nos arts. 5º a 17,
estão previstas as prerrogativas básicas dos indivíduos e dos grupos sociais em relação ao Poder Público. É na
Constituição que estão previstos direitos como vida, liberdade, propriedade, igualdade, saúde, educação,
moradia, entre vários outros.
Mas não para por aí! A Constituição Brasileira tem muitas outras normas sobre assuntos que os
membros da Assembleia Constituinte consideravam muito relevantes. É o caso, por exemplo, de regras sobre
índios, orçamentos, impostos, ciência e tecnologia, aposentadoria, estrutura da administração pública, etc.
Como você percebe, todo legislador (e todo bom cidadão!) devem conhecer muito bem a Constituição,
pois é ela que regulamenta a elaboração de todas as leis e grande parte da nossa vida em sociedade.

Fonte: https://www12.senado.leg.br/jovemsenador/home/arquivos/textos-consultoria/o-que-e-a-
constituicao

ATIVIDADES

01) Com base na leitura do texto “O que é a Constituição?”, escreva um parágrafo de até 7 linhas sobre a
importância da Constituição para a Segurança do Trabalho

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SEMANA 6

Gênero: Jornada de trabalho

OBJETO DE CONHECIMENTO: Determinações legais sobre jornadas de trabalho.

HABILIDADE(S): Compreender determinações legais sobre jornadas de trabalho.

CONTEÚDOS RELACIONADOS: Direito do trabalho; CLT; Constituição Federal.

INTERDISCIPLINARIDADE: Direito privado

ATIVIDADES

Jornada de trabalho
Regras estão previstas na Constituição da República e na CLT

No Brasil, todo trabalhador contratado com carteira assinada, ou seja, numa relação de emprego, tem a
jornada de trabalho estipulada no contrato de trabalho. A lei exige que fique clara, por escrito, a duração do
trabalho que esse profissional terá de cumprir diariamente.

Duração da jornada de trabalho


A Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso XIII, inclui, entre os direitos dos trabalhadores, a
“duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”. O
inciso XIV prevê a “jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva”. Na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o tema é tratado na Seção II, artigos 58
a 65.
Algumas categorias cumprem jornada diferenciada por terem regulamentação própria. É o caso de
bancários (seis horas diárias ou 30 horas semanais), jornalistas (cinco horas diárias ou 30 horas semanais),
médicos (quatro horas diárias), aeronautas (devido às peculiaridades da atividade, a jornada pode chegar a 20
horas), radiologistas (24 horas semanais) e advogados (quatro horas diárias ou 20 horas semanais), entre
outros.

Controle da jornada
O controle convencional do tempo de trabalho prestado é feito por meio do ponto. De acordo com o
artigo 74, parágrafo 2º, da CLT, "para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a
anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho". E, de acordo com a jurisprudência do TST (Súmula 338), a prova
a respeito da jornada deve ser feita pelo empregador. A não apresentação injustificada dos controles de
frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho alegada pelo empregado.

Intervalos
O chamado intervalo intrajornada, período destinado ao repouso e à alimentação, não é computado na
jornada de trabalho. De acordo com o artigo 71 da CLT, quem trabalha mais de seis horas tem direito a um
intervalo mínimo de uma hora. Se a jornada é inferior a seis horas, o intervalo é de no mínimo 15 minutos.
Quando o período de descanso é descumprido, o empregador fica obrigado a remunerar o período
correspondente como se fosse horas extras, ou seja, com acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da
remuneração da hora normal de trabalho.
O intervalo de uma hora pode ser reduzido em situações especiais relacionadas ao fornecimento de

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refeições em espaço adequado para 30 minutos, mediante autorização do Ministério Público do Trabalho. A
Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) passou a admitir a redução para 30 minutos, desde que haja previsão em
convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Horas extras
A legislação trabalhista brasileira permite que os empregados prestem até duas horas a mais de
trabalho por dia mediante acordo individual, convenção ou acordo coletivo. Essas horas além da jornada devem
ser pagas com adicional de pelo menos 50% do valor da hora normal ou compensadas por meio de banco de
horas.

Horas de deslocamento
Antes da vigência da Reforma Trabalhista, o período gasto no trajeto entre a casa e o trabalho nos casos
em que o empregador fornecia transporte aos empregados para o trabalho realizado em locais de difícil acesso
(plantações, áreas de mineração ou construções, fábricas situadas fora do perímetro urbano) e não servidos por
transporte público disponível era considerado tempo à disposição do empregador e deveria ser remunerado.
Agora, o período não mais integra a jornada de trabalho.

Tempo à disposição
Outra mudança da Reforma Trabalhista diz respeito a atividades que antes eram incluídas na jornada de
trabalho ou pagas como horas extras com o entendimento de que o empregado estava à disposição do patrão.
De acordo com o texto atual, não é computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal
quando o empregado, “por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas
ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares”. Essas atividades, listadas expressamente no artigo 4º, parágrafo 2º, da CLT são:
práticas religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, atividades de relacionamento social, higiene pessoal e
troca de roupa ou uniforme.

Turnos ininterruptos
Essa modalidade de jornada é adotada em ramos de atividades que exigem operação ininterrupta,
como refinarias, montadoras de automóveis e siderúrgicas. Nela, os empregados trabalham em constante
revezamento e, portanto, têm a cada dia um horário diferente. Muitas vezes, a jornada abrange períodos diurno
e noturno ou, devido à escala de serviço, pode ser cumprida alternadamente no período matutino, vespertino e
noturno.
Esse regime acarreta desgaste à saúde superior ao de quem trabalha em horários regulares. Por isso, a
Constituição (artigo 7º, inciso XIV) limitou a jornada em turnos de revezamento a seis horas por dia. Essa
duração só pode ser alterada por meio de negociação coletiva.
Algumas atividades, como as de enfermagem e de vigilância, exigem o trabalho em plantões. Para esses
casos, a jurisprudência do TST (Súmula 444) admite, excepcionalmente, a adoção da jornada de 12 horas de
trabalho por 36 horas de descanso (12 X 36), tendo em vista a sobrecarga resultante.
Entre os requisitos para a regularidade dessa modalidade estão a previsão em lei ou em convenção ou
acordo coletivo de trabalho. A Súmula 244 assegura a remuneração em dobro do valor relativo ao trabalho
prestado nos feriados e afasta o direito ao pagamento de adicional referente ao trabalho prestado na 11ª e na
12ª horas.

Trabalho externo
Essa modalidade de trabalho abrange as atividades incompatíveis com a fixação de horário porque a
prestação de serviço não exige a presença na empresa, como no caso de vendedores, entregadores e
motoristas de caminhão. De acordo com o inciso I do artigo 62 da CLT, essa condição deve ser anotada na
carteira de trabalho e no registro de empregados.

Teletrabalho
Outra inovação trazida pela Reforma Trabalhista foi a regulamentação do teletrabalho. A lei introduziu
na CLT o artigo 75-B, que define essa modalidade como “a prestação de serviço preponderantemente fora das
dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua
natureza, não se constituam como trabalho externo”.

14
Em relação à jornada, com a mudança na legislação, o teletrabalho foi inserido nas exceções à regra
geral das oito horas diárias listadas no artigo 62 da CLT.

História da jornada de trabalho


A limitação da duração do trabalho é considerada uma das principais conquistas dos trabalhadores na
história mundial e do Brasil. A partir da Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, o trabalho ganhou outra
configuração com a introdução das máquinas na produção.
No Brasil, o processo de industrialização começou a se instalar a partir do início século XX. Sem
regulamentação alguma, o que vigorava era o regulamento de cada fábrica, e alguns trabalhadores chegavam a
trabalhar entre 14 e 18 horas por dia. Data dessa época a organização dos primeiros sindicatos e as primeiras
greves, que tinham entre as principais reivindicações a restrição da duração do trabalho.
A matéria, no entanto, levaria algum tempo até ser regulamentada na Constituição de 1934, que passou
a prever que a duraçáo do trabalho seria de oito horas diárias, entre outros direitos.

OIT
A primeira Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), assinada em 1919, tratou
justamente da duração de trabalho. A Convenção 1 estabeleceu a adoção do princípio de oito horas diárias ou
48 horas semanais. Em 1935, a Convenção 40 passou a recomendar a jornada de 40 horas semanais.

Fonte: https://www.tst.jus.br/jornada-de-trabalho

ATIVIDADES
01) Marque a alternativa incorreta.
a) O chamado intervalo intrajornada, período destinado ao repouso e à alimentação, não é computado
na jornada de trabalho
b) A legislação trabalhista brasileira permite que os empregados prestem até duas horas a mais de
trabalho por dia mediante acordo individual, convenção ou acordo coletivo.
c) Se a jornada de trabalho é inferior a seis horas, o intervalo é de no mínimo 25 minutos.
d) Quando o período de descanso é descumprido, o empregador fica obrigado a remunerar o período
correspondente como se fosse horas extras.

02) Julgue o item a seguir, relativo ao direito do trabalho.


O tempo para descanso e alimentação não usufruído pelo empregado deve ser pago com acréscimo de,
no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

(__) Certo
(__) Errado

15
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDOS TUTORADO – ADAPTADO
60% DA CARGA HORÁRIA
( ) EJA ( x ) CURSO TÉCNICO ( ) AEE ( ) OUTROS
COMPONENTE CURRICULAR: Higiene
Ocupacional I
NOME DA ESCOLA: E.E. PROF. NELSON DE SENA
ALUNO:
TURMA: 2021.02 TURNO: Noturno
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 4 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 16

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“Dar asas à imaginação é


entender que o conhecimento é
fundamental para a criatividade.”

16
SEMANA 1

Gênero: Conceituando a Higiene Ocupacional

OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir conceitos básicos em Higiene Ocupacional e apresentação


das etapas para identificação e análise de riscos.

HABILIDADE(S): Conhecer as definições sobre higiene ocupacional. Conhecer instituições de


pesquisa na área, em âmbito nacional e internacional. Conhecer as etapas de antecipação,
reconhecimento e avaliação dos riscos ocupacionais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Agentes ocupacionais; riscos ocupacionais.

INTERDISCIPLINARIDADE: Gerenciamento de riscos; Administração e Qualidade aplicada.

ATIVIDADES

Conceituando a Higiene Ocupacional

Trabalho × riscos
O desenvolvimento tecnológico proporcionou enormes benefícios e conforto para o homem. Apesar das
grandes vantagens advindas, o progresso também expôs os trabalhadores a diversos agentes potencialmente
nocivos que, sob certas condições, podem provocar doenças ocupacionais ou desajustes no organismo
decorrentes das condições de trabalho.
A higiene ocupacional, com seu caráter prevencionista, tem como objetivo fundamental atuar nos
ambientes de trabalho (e em ambientes afetados), aplicando princípios administrativos, de engenharia e de
medicina do trabalho no controle e prevenção das doenças ocupacionais. Objetiva, também, detectar os
agentes nocivos, quantificando sua intensidade ou concentração e propondo medidas de controle necessárias
para assegurar condições seguras para realização de atividades laborais.
A higiene ocupacional também é denominada higiene industrial ou higiene do trabalho. É a área onde
os profissionais de segurança exercerão grande parte de suas atividades prevencionistas.

Figura: Higiene ocupacional atuando como proteção ao trabalhador


Fonte: CTISM

Conceituação

17
Conceituamos higiene do trabalho como a ciência e arte que se dedica ao reconhecimento, avaliação e
controle dos riscos ambientais (químicos, físicos, biológico e ergonômicos) presentes nos locais de trabalho.
Abaixo, apresentamos outras definições estabelecidas por importantes órgãos internacionais de pesquisa na
área.
Segundo a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH – Conferência Americana
de Higienistas Industriais Governamentais, 2012), a higiene industrial é uma ciência e uma arte que objetiva a
antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos fatores ambientais e estresses, originados nos
locais de trabalho. Esses podem provocar doenças, prejuízos à saúde ou ao bem-estar, desconforto significativo
e ineficiência nos trabalhadores ou entre as pessoas da comunidade.
Segundo a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH – Conferência Americana
de Higienistas Industriais Governamentais, 2012), a higiene industrial é uma ciência e uma arte que objetiva a
antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle dos fatores ambientais e estresses, originados nos
locais de trabalho. Esses podem provocar doenças, prejuízos à saúde ou ao bem-estar, desconforto significativo
e ineficiência nos trabalhadores ou entre as pessoas da comunidade.
Segundo a International Occupational Hygiene Association (IOHA – Associação Internacional de Higiene
Ocupacional, 2012), é a antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos para a saúde, no ambiente
de trabalho, com o objetivo de proteger a integridade física e o bem-estar do trabalhador e salvaguardar a
comunidade em geral.
As definições de higiene podem conter uma ou outra variação conceitual, mas todas elas,
essencialmente, visam ao mesmo objetivo que é proteger e promover a saúde, o bem-estar dos trabalhadores
como também do meio ambiente em geral, através de ações preventivas no ambiente de trabalho.

Figura: Instituições de pesquisa na área de higiene ocupacional


Como podemos observar, quatro são as palavras que estão presentes na maioria das definições:
antecipação, reconhecimento, avaliação e controle. Agora, vamos saber um pouco mais sobre essas etapas.

Antecipação
A antecipação consiste em ações realizadas antes da concepção e instalação de qualquer novo local de
trabalho. Envolve a análise de projetos de novas instalações (impacto ambiental, saúde ocupacional),
equipamentos, ferramentas, métodos ou processos de trabalho, matérias-primas, ou ainda, de modificações.
Visa identificar riscos potenciais, procurando alternativas de eliminação e/ou neutralização, ainda na fase de
planejamento e projeto (seleção de tecnologias mais seguras, menos poluentes, envolvendo, inclusive, o
descarte dos efluentes e resíduos resultantes). A antecipação constitui-se de normas, instruções e
procedimentos para correto funcionamento dos processos, visando reduzir ou eliminar riscos que possam
surgir, ou seja, assegurar que sejam tomadas medidas eficazes para evitá-los. Isso pode requerer a criação de
normas ou procedimentos para compradores, projetistas e para a contratação de prestadores de serviço, de
modo a reduzir-se, ao máximo, a probabilidade de que surjam novos riscos aos processos. Nessa etapa
qualitativa pode se fazer o uso de técnicas de análise de riscos, como por exemplo, a APR (Análise Preliminar de
Riscos) no projeto de novas instalações. Exemplo: na compra de novos equipamentos podemos especificar
níveis de ruído máximos e a obrigatoriedade de dispositivos de proteção instalados.

Lembre-se
Se possível não adicione novos problemas e sim novas soluções.

Reconhecimento
Visa identificar os diversos fatores ambientais relacionados aos processos de trabalho, suas

18
características intrínsecas (etapas, subprodutos, rejeitos, produtos finais, insumos) e compreender a natureza e
extensão de seus efeitos no organismo dos trabalhadores e/ou meio ambiente. Analisa as diferentes operações
e processos, identificando a presença de agentes físicos, químicos, biológicos e/ou ergonômicos que possam
prejudicar a saúde do trabalhador, estimando o grau de risco. O reconhecimento é um levantamento preliminar
qualitativo dos riscos ocupacionais e vai exigir um conhecimento extenso e cuidadoso de processos, operações,
matérias-primas utilizadas ou geradas e eventuais subprodutos. O PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – NR 09), o Mapa de Riscos Ambientais (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – NR 05) e
técnicas de análise de riscos industriais são importantes ferramentas de informação nessa etapa.

Figura: Observação de uma atividade para reconhecimento dos riscos


Fonte: CTISM

Avaliação
É o processo de avaliar e dimensionar a exposição dos trabalhadores e a magnitude dos fatores
ambientais. Nessa etapa, serão obtidas as informações necessárias para determinar as prioridades de
monitoramento e controle ambiental, com a interpretação dos resultados das medições representativas das
exposições, de forma a subsidiar o equacionamento das medidas de controle. Nessa etapa, se estabelece o
plano de monitoramento (estratégia de amostragem) para avaliar quantitativamente as fontes potenciais de
exposição e a eficiência das medidas de controle. A avaliação objetiva determinar a exposição, ou seja, quantas
vezes e por quanto tempo o trabalhador fica exposto.

Figura 1.5: Avaliação de riscos de um espaço confinado


Fonte: CTISM

Controle
Selecionar meios, medidas e ações (procedimentos de trabalho) para eliminar, neutralizar, controlar ou
reduzir, a um nível aceitável, os riscos ambientais, a fim de atenuar os seus efeitos a valores compatíveis com a
preservação da saúde, do bem-estar e do conforto. As medidas de controle podem estar relacionadas ao
ambiente de trabalho ou ao trabalhador. A hierarquia dos controles deve ser:
a) Controle na fonte do risco – melhor forma de controle. Deve ser a primeira opção, envolve
substituição de materiais e/ou produtos, manutenção, substituição ou modificação de processos e/ou
equipamentos.
b) Controle na trajetória do risco (entre a fonte e o receptor) – quando não for possível o controle na
fonte, podemos utilizar barreiras na transmissão do agente, tais como: barreiras isolantes, refletoras, sistemas

19
de exaustão, etc.
c) Controle no receptor (trabalhador) – as medidas de controle no trabalhador só devem ser
implantadas quando as medidas de controle na fonte e na trajetória forem inviáveis, ou em situações
emergenciais. Como exemplo, podemos citar: educação, treinamento, equipamentos de proteção individual,
higiene, limitação da exposição, rodízio de tarefas, etc.

Figura: Controle: ventilação local exaustora de processo


Fonte: CTISM

É importante ressaltar o caráter multidisciplinar da higiene do trabalho, que envolve não apenas
medidas de engenharia e questões estritamente técnicas, mas também, as informações advindas de estudos
médicos do trabalhador exposto (exames periódicos). Pretende-se, assim, determinar e identificar possíveis
alterações no seu organismo, provocadas pelos agentes agressivos, as quais podem ter passado despercebidas
ou, até mesmo, como comprovantes de que as medidas de controle adotadas foram eficazes ou ineficazes.

Importante
Quanto mais cedo for eliminado o risco, melhor.

ATIVIDADE

01) Defina, com suas palavras, qual é o objetivo da Higiene Ocupacional.


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02) Quais são as classificações de riscos ocupacionais englobados no estudo da Higiene Ocupacional?
Marque a opção correta.
a) riscos físicos, químicos e ergonômicos.
b) riscos físicos, químicos, biológico e ergonômicos.
c) riscos químicos, biológico e ergonômicos.
d) riscos físicos, químicos e biológico.

03) Leia atentamente o texto abaixo e identifique ações de antecipação, reconhecimento, avaliação e
controle em segurança do trabalho. Cada item recebeu uma numeração para você indicar na tabela abaixo a
etapa correspondente.

Uma empresa metalúrgica pretende comprar um estampo de corte de chapas de aço e encaminhou ao

20
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) a especificação para que
avaliasse as questões de segurança¹. O SESMT recomendou que fossem incluídas nas especificações proteção
tipo cortina de luz eletrônica para as mãos e treinamento de operação prévio pelo fabricante².
Na chegada do equipamento, o Técnico em Segurança do Trabalho (TST) realizou uma análise preliminar
de risco e determinou os procedimentos necessários ao descarregamento3.
Com o equipamento em funcionamento, iniciou-se o treinamento prévio (antes da máquina entrar em
operação normal)4 com a participação do instrutor designado pelo fornecedor, SESMT e Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA).
Durante a operação plena do equipamento (em ritmo de produção) o TST ao analisar as atividades
detectou itens e procedimentos inseguros5 e foram realizadas as correções necessárias6 . Outro aspecto
detectado pelos operadores foi a posição de trabalho desconfortável7 . O SESMT acompanhou um profissional
no levantamento ergonômico8 que comprovou as anormalidades.
Instalados os novos postos de trabalho9 o SESMT verificou a nova situação (novo levantamento
realizado) e comprovou a eficácia das medidas10.
Passadas algumas semanas da operação, ocorreu um problema com a cortina de luz protetora das
mãos. Para evitar a entrada em zona de perigo, este dispositivo foi tornado inoperante, uma vez que, havendo
um incidente, ele poderia interromper a produção. Em função da investigação do incidente11, o SESMT
determinou novo treinamento12, para que ficasse clara a prioridade da segurança do trabalho sobre a produção.
Ficou estabelecido pelo SESMT que inspeções regulares13 seriam realizadas para avaliação dos procedimentos
de trabalho no equipamento.

RESPOSTA:
ATIVIDADE AÇÃO (antecipação, reconhecimento, avaliação ou
controle?)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13

21
SEMANA 2

Gênero: Avaliação da Exposição aos Agentes Ambientais


OBJETO DE CONHECIMENTO: Explicação de termos importantes para a compreensão da disciplina.
HABILIDADE(S): Conhecer a classificação dos riscos ambientais (ocupacionais);
conhecer os fatores determinantes de uma exposição, as características e as estratégias de
avaliação.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Riscos ambientais; mapa de riscos.

INTERDISCIPLINARIDADE: Gerenciamento de riscos; Administração e Qualidade Aplicada.

ATIVIDADES

Avaliação da Exposição aos Agentes Ambientais


Objetivos
Conhecer a classificação dos riscos ambientais (ocupacionais).
Conhecer os fatores determinantes de uma exposição, as características e as estratégias de avaliação.

Classificação dos riscos ambientais


Na maioria das atividades industriais existem processos capazes de gerarem, no ambiente de trabalho,
substâncias e fenômenos físicos que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade, ao entrarem em
contato com o organismo dos trabalhadores, podem produzir moléstias ou danos à sua saúde.
Na higiene ocupacional, dividimos os riscos presentes no ambiente de trabalho em:
• Riscos físicos.
• Riscos químicos.
• Riscos biológicos.
• Riscos ergonômicos.
Cada um destes grupos subdivide-se de acordo com as consequências fisiológicas que podem provocar,
quer em função das características físico-químicas, concentração ou intensidade dos agentes, quer segundo sua
ação sobre o organismo. Mais adiante estudaremos com maiores detalhes cada um desses riscos ambientais.
Os riscos ergonômicos, apesar de fazerem parte da higiene ocupacional, por suas características
especiais têm sido, na maioria dos casos, estudados em separado, como parte integrante da ciência chamada de
ergonomia, que você estudará no decorrer de seu curso.

Fatores determinantes de uma exposição


Na prática da higiene ocupacional, os resultados de avaliação da exposição são, frequentemente,
comparados com os limites de exposição ocupacional (limites de tolerância). Esses fornecem orientações para
estabelecer níveis aceitáveis de exposição e seu controle. Exposição acima dos limites requer medidas
corretivas imediatas. Para os profissionais prevencionistas a intervenção será no “nível de ação”, que
geralmente é a metade do limite de tolerância.
Em função das dificuldades em se realizar uma avaliação representativa da exposição, recomenda-se,
sempre, uma análise criteriosa dos resultados, pois muitas variáveis estão presentes.

Características físico-químicas do agente químico ou natureza do agente físico


O conhecimento das características específicas de cada agente é fundamental na definição de seu
potencial de agressividade e, inclusive, na proposição de medidas técnicas para a sua neutralização. Cada
agente ambiental tem características e efeitos específicos de acordo com sua natureza. O primeiro passo na
avaliação de uma exposição é a identificação do(s) agente(s) presente(s) e as possíveis consequências desta
exposição. Como exemplo, podemos citar a densidade de um gás ou vapor de um agente químico que irá afetar
a distribuição e concentração no ambiente (os gases mais densos que o ar tendem a se acumular ao nível do

22
solo e, consequentemente, terão a sua dispersão dificultada quando comparada à dispersão dos gases com
densidade próxima ou inferior à densidade do ar).

Tempo de exposição
Quanto maior o tempo de exposição, maiores serão as possibilidades de se produzir uma doença
ocupacional. O tempo real de exposição será determinado considerando-se a análise da tarefa desenvolvida
pelo trabalhador. Essa análise deve incluir estudos tais como: tipo de atividade e suas particularidades,
movimento do trabalhador ao efetuar o seu serviço, jornada de trabalho e descanso. Devem ser consideradas
todas as suas possíveis variações durante a jornada de trabalho, de forma a subsidiar o dimensionamento da
avaliação quantitativa da exposição.

Concentração ou intensidade do agente


Quanto maior a concentração ou intensidade dos agentes agressivos presentes no ambiente de
trabalho, maior será a possibilidade de efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores. A concentração dos agentes
químicos ou a intensidade dos agentes físicos devem ser avaliadas, mediante amostragem nos locais de
trabalho, de maneira tal que elas sejam as mais representativas possíveis da exposição real do trabalhador a
esses agentes agressivos. Esse cuidado na avaliação, faz-se necessário, pois, muitas variáveis estão envolvidas e
influem diretamente na representatividade. Como exemplo, podemos citar a temperatura em uma exposição a
um determinado agente químico.

Suscetibilidade individual
A complexidade do organismo humano implica em que a resposta do organismo a um determinado
agente possa variar de indivíduo para indivíduo. Portanto, a suscetibilidade individual é um fator importante e
os limites de tolerância não devem ser considerados como 100% seguros. Os controles fixados a 50% dos limites
de tolerância devem ser prioritários.

Sinergismo
Nos locais de trabalho pode haver a exposição simultânea a mais de um agente, originando exposições
combinadas e interações entre eles, modificando os agentes. As consequências para a saúde da exposição a um
determinado agente só pode diferir, consideravelmente, das consequências da exposição a este mesmo agente
em combinação com os outros, particularmente se houver sinergismo ou potenciação dos efeitos. Exemplo:
duas ou mais substâncias perigosas com efeitos toxicológicos devem ter, prioritariamente, analisados seus
efeitos combinados e não os efeitos produzidos individualmente.

Características das avaliações ambientais


Em todo o estudo de um ambiente de trabalho o mais importante é estabelecer as relações entre o
ambiente, seus riscos, suas especificidades e os possíveis danos à saúde dos trabalhadores. A amostragem, que
é a etapa inicial da avaliação ambiental, envolve grande responsabilidade, devendo ser feita criteriosamente,
pois todo o trabalho subsequente estará na dependência direta dos procedimentos corretos utilizados na
efetivação da avaliação.

Avaliação qualitativa
O estudo qualitativo é o estudo prévio das condições de trabalho, visando coletar o maior número
possível de informações e dados necessários, das condições relacionadas aos trabalhadores e ambientes, a fim
de fixarem-se as diretrizes do levantamento quantitativo.

Avaliação quantitativa
A avaliação quantitativa fornece valores para o dimensionamento das medidas de controle que, uma
vez adotadas, devem passar por um novo levantamento quantitativo para se verificar a eficácia das medidas
implantadas.

Limites de tolerância

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Os Limites de Tolerância (LT), ou Limites de Exposição Ocupacional (LEO), referem-se às concentrações
ou intensidades dos agentes ambientais aos quais, se acreditam, que a maioria dos trabalhadores possa estar
exposta, repetidamente, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde.
Na NR 15, temos a seguinte definição: “Entende-se por “Limite de Tolerância” a concentração ou
intensidade máxima ou mínima relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará
dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.” Como a fronteira entre o LT e o dano não pode ser
100% estabelecida, essa definição carrega uma imprecisão que, com a revisão da norma, certamente, será
corrigida.
Os limites de exposição são baseados em informações científicas oriundas da combinação de
experiências industriais, experiências em humanos e estudos em animais.
É importante ressaltar que, devido à susceptibilidade individual, uma pequena porcentagem de
trabalhadores pode apresentar desconforto em relação a certas concentrações ou intensidades inferiores aos
limites de exposição. Portanto, os limites de exposição são recomendações e devem ser utilizados como guias
nas práticas de avaliação, não devendo ser considerados uma linha divisória entre concentrações seguras e
perigosas. O correto é se manter as concentrações ou as intensidades de qualquer agente no nível mais baixo
possível.
No Brasil, os limites de tolerância estão estabelecidos em: NBR (Norma Brasileira); NR (Norma
Regulamentadora); NHO (Norma de Higiene Ocupacional).
O quadro abaixo apresenta os principais limites de tolerância internacionais que servem como base de
avaliação e comparação nas atividades de avaliação ocupacional.

Nível de Ação (NA)


É definido pela NR 9 como “o valor acima do qual devem ser iniciadas as ações preventivas, de forma a
minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição”.
Normalmente o nível de ação é estabelecido como metade do LT.
O nível de ação é o referencial para a tomada de decisões dos profissionais prevencionistas, uma vez
que procura prevenir, com uma margem segura, a exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais, ou seja,
as medidas de segurança devem manter as concentrações e intensidades em níveis inferiores ao nível de ação.

Valor Teto (VT)


É o valor que não pode ser ultrapassado, em hipótese alguma, pois oferece risco iminente à saúde do
trabalhador.

ATIVIDADES

01) Qual é a diferença entre Limite de Tolerância (LT) e Nível de Ação (NA)?
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02) Defina o que são avaliações qualitativas e quantitativas.


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SEMANA 3

Gênero: Riscos Físicos: pressões anormais, radiações ionizantes e não ionizantes

OBJETO DE CONHECIMENTO: Explicação sobre riscos físicos e caracterização da exposição.

HABILIDADE(S): Conhecer as pressões anormais (hiper e hipobáricas), bem como sobre os tipos de
radiações, suas unidades de medida e legislação básica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Agentes ambientais; análise e identificação de riscos.

INTERDISCIPLINARIDADE: Legislação Aplicada; Gerenciamento de riscos.

ATIVIDADES
Riscos Físicos

Os riscos físicos representam diversas formas de energia que podem estar presentes em um ambiente
de trabalho, em quantidade considerada superior àquela que o organismo é capaz de suportar, podendo
conduzir a uma doença profissional. Entre os mais importantes podemos citar:
• Pressões anormais.
• Radiações ionizantes – raios X, raios alfa, raios beta, raios gama.
• Radiações não ionizantes – infravermelho, luz visível, ultravioleta, laser, micro-ondas.
• Ruído.
• Temperaturas extremas: calor e frio.
• Vibrações.
• Umidade

Pressões anormais
Atividades exercidas a pressões acima (hiperbárica) e abaixo (hipobárica) da atmosférica normal são
denominadas atividades sob pressões anormais. Elas são muito específicas e exigem treinamento especializado,

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equipamentos sofisticados, pessoal e infraestrutura de apoio. A legislação básica encontra-se na NR 15 (1978c)
em seu Anexo 6. 3.1.1.1.

Baixas pressões
Estão sujeitos a baixas pressões trabalhadores que exercem atividades em grandes altitudes (raro no
Brasil). Em condições hipobáricas, com o aumento na altitude, a pressão atmosférica é reduzida e, portanto,
diminui também, a pressão parcial de oxigênio no ar. Muitas vezes se lê que o percentual de oxigênio no ar
diminui com a altitude, o que não é verdadeiro. O que vai variar é a densidade do ar (as moléculas se espalham).
Com a queda na pressão parcial, o processo de difusão do oxigênio dos alvéolos pulmonares para as hemácias, e
destas para os tecidos, é afetado negativamente, diminuindo a porcentagem de O2 na hemoglobina (o
transporte de oxigênio para os tecidos). Então, uma menor pressão parcial de oxigênio (pO2) produz uma
diminuição no número de moléculas de oxigênio por unidade de volume, ou seja, se respira menos quantidade
de oxigênio que na pressão normal.

Altas pressões
Ocorrem em atividades executadas por mergulhadores e em trabalhos em tubulões de ar comprimido
(escavações abaixo do nível do lençol de água), onde a pressão, acima do normal, tem a finalidade de evitar,
principalmente, a entrada de água. Ocorre também em trabalhos em campânulas (compartimentos estanques
utilizados para trabalhos submersos). Para os mergulhadores, por exemplo, a profundidade, o tempo de
mergulho e a velocidade de subida são parâmetros de controle essenciais para evitar as doenças
descompressivas e os acidentes como os barotraumas, embolias, embriaguês das profundidades (saturação por
N2), afogamentos, intoxicação pelo oxigênio, intoxicação pelo gás carbônico. Portanto, o processo de
descompressão é fundamental e essencial na atividade de mergulho. Esse processo cuidadoso segue o
estabelecido nas tabelas de descompressão previstas na legislação. Como regra simples e de fácil
entendimento, poderíamos dizer que conforme mais se avança no tempo de duração do mergulho e na
profundidade atingida, maior será o tempo necessário para que o corpo consiga eliminar as bolhas de
nitrogênio que se formam no sangue quando o ar é respirado sob pressão e, portanto, maior será o tempo
necessário de descompressão.

Radiações Ionizantes
Caracterizam-se por radiações que produzem a ionização do átomo, ou seja, a radiação ao atingir um
átomo tem a capacidade de subdividi-lo em duas partes elétricas carregadas, chamadas íons. O perigo das
radiações ionizantes é que o organismo não tem mecanismo de percepção dessas radiações. São exemplos de
radiações ionizantes as partículas alfa, beta (elétrons e prótons), o nêutron, os raios X e gama (γ). Além da
capacidade de ionização, as radiações ionizantes são bastante penetrantes, quando comparadas com as demais.
São encontradas na natureza em elementos radioativos (urânio 235, rádio, potássio 40), em isótopos
radioativos (Co 60) em raios X e γ de uso medicinal (radiografias) e industrial (gamagrafia). As radiações têm
efeitos somáticos (anemia, leucemia, catarata, câncer) e genéticos cumulativos e irreversíveis (alterações
cromossômicas que podem causar mutações). As radiações eletromagnéticas do tipo X e γ são mais penetrantes
e, dependendo de sua energia, podem atravessar vários centímetros do tecido humano (por isso são utilizadas
em radiografias médicas)

26
Radiações não ionizantes
Caracterizam-se por radiações de natureza eletromagnética que, quando absorvidas, o efeito mais
importante é a excitação dos átomos, aumentando sua energia interna. Produzem aquecimento do corpo,
podendo conduzir a efeitos eritêmicos (queimaduras), catarata, fadiga, efeitos carcinogênicos (câncer de pele),
conforme seu comprimento de onda. Os efeitos das radiações não ionizantes sobre o organismo humano
dependem da intensidade, duração da exposição e do comprimento da onda de radiação. A legislação básica
encontra-se na NR 15 (1978c), em seu Anexo 7. As mais importantes radiações não ionizantes são:
a) Micro-ondas – produzidas em estações de radar, radiotransmissão e em alguns processos industriais
e medicinais. Causam aquecimento localizado na pele. A exposição às micro-ondas resulta perigosa,
principalmente, quando são emitidas elevadas densidades de radiação.
b) Radiação infravermelha – de origem natural (sol) ou artificial (fornos, metais incandescentes, solda).
Tem como característica ser pouco penetrante (alguns milímetros) e sua absorção causa, basicamente, o
aquecimento superficial (pele). Quanto maior a temperatura, maior será a quantidade irradiada. Como medidas
de controle, podemos citar o uso de barreiras, redução do tempo de exposição, uso de equipamentos de
proteção individual, etc.
c) Radiação ultravioleta – de origem natural (sol – UVA e UVB) ou artificial (arco voltaico em operações
de solda, lâmpadas ultravioletas). A radiação ultravioleta é pouco penetrante e seus efeitos serão sempre
superficiais, normalmente envolvendo a pele e os olhos. Um efeito importante e reconhecido da radiação
ultravioleta é o câncer de pele. Como medidas de controle, podemos citar barreiras e equipamentos de
proteção individuais (óculos e protetor solar), etc.
d) Radiação laser – feixe de luz direcional altamente concentrado em um único comprimento de onda.
LASER é uma sigla, cujo significado é Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação (Light
Amplification by Stimulated Emission of Radiation). O laser tem como característica a grande quantidade de
energia concentrada em uma área muito pequena (grande perigo de queimaduras graves), a manutenção da
intensidade com a distância (é que a luz refletida em superfícies polidas podem ser tão perigosas quanto à
emissão principal, apresentando risco de destruição de tecidos, queimadura).
e) Radiofrequência – radiação de grande comprimento de onda encontradas em radiofusão AM, ondas
VHF, UHF, radioamadorismo, radionavegação, radioastronomia e, normalmente, não apresentam problemas
ocupacionais. Os efeitos à saúde são predominantemente térmicos, ou seja, aquecimento por absorção da
radiação pelos tecidos.

ATIVIDADE

01) Marque a alternativa abaixo que não corresponde a um risco físico.


a) Ruído
b) Temperaturas extremas: calor e frio
c) Gases e Vapores

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d) Umidade

02) Cite três tipos de radiações não ionizantes e defina as características de cada uma.
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SEMANA 4

Gênero: Riscos físicos: ruído, temperaturas extremas, vibrações e umidade

OBJETO DE CONHECIMENTO: Explicação sobre riscos físicos e caracterização da exposição.

HABILIDADE(S): Desenvolver conhecimentos sobre ruído, temperaturas extremas, vibrações e


umidade, suas unidades de medida e legislação básica.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Agentes ambientais; análise e identificação de riscos.

INTERDISCIPLINARIDADE: Gerenciamento de riscos; Legislação aplicada.

ATIVIDADES
Riscos físicos: ruído, temperaturas extremas, vibrações e umidade

Ruído
Talvez o principal risco dos ambientes de trabalho atuais, pois está presente em qualquer espaço
industrial. O som é uma variação da pressão sonora do ar que conduz a uma sensibilização nos ouvidos. O ruído
é um conjunto de vários sons não coordenados (várias frequências), que causam incômodo e desconforto. A
perda auditiva pelo ruído, normalmente, é produzida pela exposição do trabalhador a ambientes ruidosos (de
caráter progressivo) e manifesta-se após muitos anos de exposição. O ruído é classificado em:
a) Ruídos contínuos – são aqueles cuja variação de nível de intensidade sonora é muito pequena em
função do tempo. Exemplos: geladeiras, ventiladores.
b) Ruídos intermitentes – são aqueles que apresentam grandes variações de nível em função do tempo.
São os tipos mais comuns. Exemplos: fala, furadeira, esmerilhadeira.
c) Ruídos impulsivos ou de impacto – apresentam altos níveis de intensidade sonora, num intervalo de
tempo muito pequeno. São os ruídos provenientes de explosões e impactos. São característicos de rebitadeiras,
prensas, etc.
O ruído ocupacional é avaliado através de medidores de pressão sonora, tecnicamente denominados
sonômetros e comumente conhecidos como decibelímetros e dosímetros (Figura 4.1). A unidade de medida é o
decibel (dB). Os decibelímetros são mais indicados para avaliação do ruído de um determinado ambiente e os
dosímetros para avaliação da exposição do trabalhador (uma vez que ficam afixados ao trabalhador durante
toda a jornada). A NR 15 – Anexos 1 e 2 (1978c) e a NHO 01 (2001) estabelecem limites máximos de exposição
para vários níveis de ruído, segundo os seguintes parâmetros normatizados:
a) Limiar de integração – valor a partir do qual serão contabilizados os níveis de pressão sonora para fins
de exposição ocupacional.
b) Nível de critério – valor referência para uma exposição de 8 horas.
c) Fator duplicativo de dose – incremento em dB para o qual o tempo de exposição permitido será
reduzido à metade.
d) Curva de compensação – parâmetros de ponderação para compensar a diferente sensibilidade do
ouvido humano às diferentes frequências.
No Brasil, o LT permitido para uma jornada de 8 horas é de 85 dB(A). Evidentemente que um aumento
no nível de pressão sonora (ruído) vai implicar na diminuição do tempo de exposição. A legislação ainda prevê o
valor máximo, acima do qual não é permitida exposição em nenhum momento da jornada de trabalho com
ouvidos desprotegidos que é de 115 dB(A). Vide Anexo 1 e 2 da NR 15 (1978c) e NHO 01 (2001) (Avaliação da
exposição ocupacional ao ruído).

Temperaturas extremas
Como temperaturas extremas consideram-se o calor e o frio em intensidade suficiente para causar

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desconforto, alterações e prejuízos à eficiência e saúde dos trabalhadores. A exposição ao calor é característico
de locais como: fundições, usinas, fábricas de vidro, indústrias de papel, olarias, indústrias metalúrgicas,
siderúrgicas, etc. O calor pode estar ainda presente em trabalhos ao ar livre nas épocas quentes do ano. Na
avaliação devem ser considerados fatores tais como: temperatura, velocidade e umidade relativa do ar, calor
radiante e calor gerado pelo metabolismo (atividade física). Os índices de avaliação incluem: Temperatura
Efetiva (TE), Temperatura Efetiva Corrigida (TEC), Índice de Bulbo Úmido, Termômetro de Globo (IBUTG) (NR 15,
em seu Anexo 3, 1978c) e Índice de Sobrecarga Térmica (IST).

Vibrações
É o movimento oscilatório de um corpo produzido por forças desequilibradas de componentes de
movimento rotativo ou alternativo de máquinas e equipamentos. Dependendo da frequência do movimento
oscilatório e sua intensidade, as vibrações podem causar desde desconforto (formigamentos e adormecimento
leves) até comprometimentos no tato e sensibilidade à temperatura, perda de destreza e incapacidade para o
trabalho (problemas articulares). A vibração só acarretará problemas quando houver o contato físico do
trabalhador com a fonte da vibração. Sua avaliação é feita através de acelerômetros (aceleração do movimento
– m/s2 e frequência – Hz). São exemplos de aplicações sujeitas às vibrações trabalhos com motosserras,
furadeiras e socadores pneumáticos. A legislação básica encontra-se na NR 15 (1978c), em seu Anexo 8.
As vibrações podem ser:
a) Localizadas – provocadas por ferramentas manuais com efeitos em certas partes do corpo
(articulações de mãos e braços).
b) Generalizadas – lesões de corpo inteiro, normalmente produzidas pelo trabalho em grandes
equipamentos (caminhões, ônibus e tratores), acarretando problemas na coluna vertebral e dores lombares.
Como medidas de controle, podemos citar o revezamento no trabalho, ou seja, a diminuição no tempo
de exposição e medidas técnicas que reduzam a intensidade das vibrações.

Umidade
Operações realizadas em ambientes com umidade podem causar problemas de pele e fuga de calor do
organismo. A umidade está presente em ambientes alagados ou encharcados. A legislação básica encontra-se
na NR 15 em seu Anexo 10. As atividades ou operações executadas em locais com umidade excessiva, capazes
de produzir danos à saúde dos trabalhadores (problemas respiratórios, quedas, doenças de pele), devem ter a
atenção dos prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de
medida de controle. Como medidas de controle podemos citar: previsão de escoamento da água e EPIs.

ATIVIDADE
01) Marque a alternativa abaixo que está incorreta.
a) Ruídos contínuos – são aqueles cuja variação de nível de intensidade sonora é muito pequena em
função do tempo. Exemplos: geladeiras, ventiladores.
b) Ruídos intermitentes – são aqueles que apresentam grandes variações de nível em função do tempo.
São os tipos mais comuns. Exemplos: fala, furadeira, esmerilhadeira.
c) Ruídos impulsivos ou de impacto – apresentam baixos níveis de intensidade sonora, num intervalo de
tempo muito pequeno. São os ruídos provenientes de explosões e impactos. São característicos de rebitadeiras,
prensas, etc.

02) Como são classificadas as vibrações? Defina os dois tipos.

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SEMANA 5

Gênero: Riscos químicos: Agentes químicos

OBJETO DE CONHECIMENTO: Explicação sobre riscos químicos e caracterização da exposição.

HABILIDADE(S): Conhecer os tipos de agentes químicos, unidades de medida e classificação, bem como
seus efeitos sobre o organismo humano.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Agentes ambientais; análise e identificação de riscos.

INTERDISCIPLINARIDADE: Legislação aplicada; Gerenciamento de riscos.

ATIVIDADES

Riscos químicos: Agentes químicos

Nesta disciplina, você terá noções básicas sobre os riscos químicos. Existem disciplinas específicas, ao
longo das etapas, que dedicarão atenção especial a esses riscos, para que você obtenha os conhecimentos
necessários e torne-se um bom profissional prevencionista.

Classificação dos agentes químicos


No estudo da química, você pode encontrar inúmeras maneiras de classificar as substâncias químicas ou
agentes químicos presentes no ar atmosférico. No entanto, quando nos referimos ao estudo da higiene
ocupacional, estes são classificados de acordo com o seu estado físico, como os aerodispersóides, gases e
vapores.

Aerodispersóides
Os aerodispersóides são definidos como partículas sólidas ou líquidas que podem estar em suspensão
no ar atmosférico. Apresentam, aproximadamente, tamanho inferior a 150 µm. Estes também são conhecidos
como aerossóis. Quanto maior for o tempo de permanência das partículas no ar, maior será a possibilidade de
serem inaladas pelos trabalhadores. Podem ser classificados de acordo com o seu estado físico, assim como,
pelos efeitos que provocam no organismo humano, em razão da natureza e da reatividade do material. O
tempo para estas partículas permanecerem suspensas depende de sua densidade, tamanho e da velocidade de
movimentação do meio contínuo (o ar).

Poeiras
As poeiras podem ser entendidas como um conjunto de partículas que são geradas mecanicamente por
procedimento de ruptura ou rompimento, ou ainda, por uma desagregação de partículas maiores em menores,
com diâmetros produzidos na faixa aproximada de 0,1 µm a 25 µm. Quando expostos a um longo período de
tempo, os trabalhadores podem adquirir doenças do grupo das pneumoconioses, que oferecem perigo por
causar enrijecimento dos tecidos pulmonares.

Fumos
Este tipo de aerodispersóide é característico de operações que envolvem fusão de metais, típica de
indústrias onde se tem a presença de processos de soldagens e fundição. Entende-se por fumos, partículas no
estado sólido que são produzidas por uma condensação dos vapores emanados da fusão, podendo conter
metais pesados no ar como o zinco (Zn), por exemplo. Quando os vapores estão carregados com metais em
suspensão são denominados fumos metálicos. Além do zinco, existem outros que são nocivos a saúde como os
fumos de chumbo (Pb), encontrado em fábricas de baterias e os de cromo (Cr) e Níquel (Ni) em locais onde se

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realiza revestimento externos de peças por estes metais. A respiração destes fumos por um longo tempo e a
não adoção de cuidados pode causar ulcerações do septo nasal.

Fumaças
Assim como as poeiras, as fumaças são partículas que resultam de uma reação química de combustão
incompleta. Estas são constituídas de carbono geradas pela queima de materiais orgânicos.

Fibras
As fibras são partículas sólidas que são produzidas por processos de rompimento mecânico, as quais
apresentam como característica física um formato alongado. Para você entender melhor, imagine uma partícula
que tenha como comprimento, uma medida cujo valor seja aproximadamente de 3 a 5 vezes o seu diâmetro,
conforme Figura 5.6. Você pode encontrar ambientes ocupacionais com este agente nas indústrias que
trabalham com fibras de lã, algodão, asbesto, vidro e de cerâmica. No caso de exposição prolongada à fibra de
asbesto, a doença que pode ser desenvolvida é a asbestose, bastante agressiva aos pulmões dos trabalhadores.

Neblinas
As neblinas podem ser entendidas como um conjunto de partículas líquidas que estão suspensas no ar,
resultantes da condensação dos vapores oriundos de substâncias no estado líquido que são voláteis. Em outras
palavras, de acordo com a condição térmica que o líquido está submetido (aquecimento), este tem facilidade de
evaporar, com isso, o vapor agrega-se ao ar até atingir a saturação. Nessa condição não se consegue agregar
mais vapor ao ar gerando excesso de vapor no ambiente e, ao mesmo tempo, há uma diminuição da
temperatura do ar, ocasionando a condensação (mudança do estado físico de vapor para líquido) do vapor que
está saturado no ar ambiente, formando partículas líquidas ou gotículas.

Gases e vapores
Talvez, por algumas vezes, você já deve ter pensado que gases e vapores pudessem ser sinônimos.
Entretanto, não são e apresentam conceitos bem diferentes. O gás é uma dispersão de moléculas que estão
espalhadas e misturadas no ar ambiente, com movimentação desordenada, resultante de forças internas fracas
e que, sob condições de temperatura e pressão atmosféricas (normais), já estão no estado gasoso. Por
apresentarem estas características, os gases têm a capacidade de preencher espaços, em sua totalidade, ou
seja, podem adquirir a concentração de 100% do volume. Já o vapor é definido como o estado gasoso de
agentes químicos que, quando condicionados à temperatura e pressão atmosféricas, apresentam-se no estado
líquido. A sua concentração no meio ambiente dependerá de variáveis como pressão de vapor e temperatura
ambiente. Quando houver aumento da temperatura, ocorrerá uma elevação da pressão de vapor e, por
conseguinte, maior vaporização do produto no ar

ATIVIDADES
01) Leia atentamente as seguinte afirmativas e assinale V (verdadeiro) ou F (falso).
(__) Gases e vapores podem ser considerados sinônimos.
(__) As fibras são partículas sólidas que são produzidas por processos de rompimento elétrico.
(__) Fumaças são constituídas de carbono geradas pela queima de materiais orgânicos.
(__) Quando expostos a um longo período de tempo a poeiras, os trabalhadores podem adquirir
doenças do grupo das pneumoconioses, que oferecem perigo por causar enrijecimento dos tecidos pulmonares.

02) Sobre as consequências da exposição de trabalhadores a riscos químicos, marque a alternativa


incorreta.
a) No caso de exposição prolongada à fibra de asbesto, a doença que pode ser desenvolvida é a
asbestose, bastante agressiva aos pulmões dos trabalhadores.
b) A respiração de fumos por um longo tempo e a não adoção de cuidados pode causar ulcerações do
septo nasal.
c) Quando expostos a um longo período de tempo a poeiras, os trabalhadores podem adquirir doenças
do grupo das pneumoconioses, que oferecem perigo por causar enrijecimento dos tecidos pulmonares.
d) Sobre os Aerodispersóides, podemos dizer que quanto maior for o tempo de permanência das

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partículas no ar, maior será a possibilidade de serem inaladas pelos trabalhadores, causando doenças como
asbestose.

SEMANA 6

Gênero: Riscos químicos: limites de tolerância

OBJETO DE CONHECIMENTO: Explicação sobre riscos químicos e caracterização da exposição.

HABILIDADE(S): Conhecer os agentes químicos, seus limites de tolerância e a conversão para a


jornada de trabalho brasileira a partir de limites de tolerância internacionais.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Agentes ambientais; análise e identificação de riscos.

INTERDISCIPLINARIDADE: Legislação aplicada; Gerenciamento de riscos.

ATIVIDADES
Riscos químicos: limites de tolerância

Os limites de tolerância
No Brasil, os Limites de Tolerância (LT) para os agentes químicos são estabelecidos pela NR 15 (1978c),
em seu Anexo 11. Esses LT são baseados nos valores de Threshold Limit Value (TLV), da ACGIH (2010), com
modificação para a jornada de trabalho da época (1978, ano de publicação da norma) de 48 horas semanais.
A NR 15 estabelece dois tipos de LT para agentes químicos:
a) LT média ponderada com valor máximo – a concentração é avaliada por amostragens onde a média
obtida não pode ultrapassar o LT, prevendo também um valor máximo, o qual não pode ser ultrapassado em
nenhum momento da jornada.
b) LT valor teto – substâncias que não têm LT média ponderada e que têm um valor que não pode ser
ultrapassado em nenhum momento da jornada.
Para o profissional da área de segurança, trabalhar somente com os LT da legislação brasileira não é
suficiente, pois a NR 15 (1978c) atem-se mais a percepção do adicional de insalubridade. Para você se tornar um
bom técnico, será necessário estudar e trabalhar com conceitos e limites estabelecidos por órgãos de destaque
internacional, como os TLVs definidos pela ACGIH (2010), os PEL definidos pela OSHA (Occupational Safety and
Health Administration), os REL e os IDLH do NIOSH (National Institute Occupational Safety and Health).
A seguir, apresentamos os mais conhecidos:
a) TLV-TWA (Time Weighted Average) – da tradução é uma Média Ponderada no Tempo. Este tipo de
limite de tolerância representa uma concentração média ponderada no tempo para uma jornada de trabalho de
40 horas semanais e 8 horas diárias. Acredita-se que, a maior parte dos trabalhadores, com repetida exposição
laboral, não venha sofrer efeitos adversos à saúde (ACGIH, 2010, p. 4).
b) TLV-STEL (Short Time Exposure Limit) – da tradução é um Limite de Exposição de Curta Duração. Este
limite representa um valor de concentração média ponderada para uma exposição de 15 minutos e durante a
jornada de trabalho, não devendo ser ultrapassado em nenhum momento (ACGIH, 2010, p. 5).
c) TLV-C (Ceiling) – da tradução significa Valor Teto. Neste caso, representa a concentração do agente
químico que não poderá ser ultrapassada, em momento algum da jornada (ACGIH, 2010, p. 5).
É importante ressaltar que os TLVs são marcas registradas da ACGIH (2010). Outros limites de tolerância
muito usados em higiene ocupacional são:

33
• PEL (Permissible Exposure Limit) – da tradução é Limite de Exposição Permissível. Estes são
estabelecidos pelo órgão fiscalizador do trabalho nos Estados Unidos. Representam um nível de concentração
médio para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e 8 horas diárias, à qual a exposição é permitida sem
a adoção de medidas de proteção a respiração.
• REL (Recommended Exposure Limit) – da tradução é Limite de Exposição Recomendado. Representa
uma concentração média recomendada pelo NIOSH para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e 10
horas diárias.
• IDLH (Immediately Dangerous to Life or Health) – da tradução é Imediatamente Perigoso à Vida ou à
Saúde. Os valores de concentração de IDLH (no Brasil são conhecidos como IPVS) indicam para uma exposição
aguda para a respiração, podendo haver ameaça direta de morte ou consequências irreversíveis à saúde. É uma
concentração de perigo imediato que pode comprometer uma possível fuga, na ocorrência de falhas em
equipamentos para proteção respiratória.

1. Leia atentamente as seguinte afirmativas e assinale V (verdadeiro) ou F (falso).


(__) Os limites de exposição estabelecidos pelo OSHA são os “REL”, para 40 horas semanais de trabalho.
I
(__) O TLV-STEL, o TLV-C e o valor teto da NR 15 (1978c), não podem ser ultrapassados em momento
algum da jornada de trabalho.
(__) Os valores de TLV são desenvolvidos pelo NIOSH.

02) Defina quais são os dois tipos de LT para agentes químicos, e explique.
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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDOS TUTORADO – ADAPTADO
60% DA CARGA HORÁRIA
( ) EJA ( x ) CURSO TÉCNICO ( ) AEE ( ) OUTROS
COMPONENTE CURRICULAR: Introdução a
Segurança do Trabalho
NOME DA ESCOLA: E.E. PROF. NELSON DE SENA
ALUNO:
TURMA: 2021.2 TURNO: Noturno
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 4 NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 16

ORIENTAÇÕES AOS PAIS


DICA PARA O ALUNO QUER SABER MAIS?
E RESPONSÁVEIS

Olá, estudante! Conheça mais sobre as Normas


Este PET é composto por 6 semanas, Regulamentadoras em Segurança
contendo a aula para leitura, e e Saúde do Trabalho, em:
atividades para praticar o
Seja bem-vindo a nossa disciplina de
conhecimento construído! https://www.gov.br/trabalho/pt-
Introdução a Segurança do Trabalho! br/inspecao/seguranca-e-saude-
no-trabalho/ctpp-nrs/normas-
regulamentadoras-nrs
Leia o conteúdo e realize as
atividades propostas em cada
semana.

“Dar asas à imaginação é entender


que o conhecimento é fundamental
para a criatividade.”

35
SEMANA 1

Gênero: Histórico da Segurança do Trabalho

OBJETO DE CONHECIMENTO: Introdução aos aspectos históricos da segurança do trabalho.

HABILIDADE(S): Definir e situar historicamente a problemática da Segurança do Trabalho;


Compreender a origem das leis trabalhistas; conhecer as situações de trabalho durante a revolução
industrial.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Revolução industrial; leis trabalhistas; CLT.

INTERDISCIPLINARIDADE: Legislação aplicada.

ATIVIDADES

Aspectos históricos

Construções muito antigas como o Coliseu de Rosa, a Muralha da China, entre outras, mostram
que o trabalho organizado surgiu há milhares de anos. Mas isto não demonstra que havia uma
preocupação com a segurança e a higiene dos trabalhadores responsáveis por todas essas
construções. É preciso registrar, também, que a maior mão de obra utilizada era constituída por
escravos.
A partir dos séculos XVIII e XIX com o advento da Revolução Industrial que passou a se utilizar
de novas tecnologia como a máquina a vapor, os motores de combustão interna e depois os elétricos
que levaram a novas máquinas de tecelagem, entre outras inovações, ocorreram mudanças
importantes no mundo do trabalho.

Figura 1 - Serviços com Máquinas de Tecelagem


Fonte: wikipedia.org.br

Entretanto, todo este desenvolvimento tecnológico não se fez acompanhar do correspondente


desenvolvimento social, ocasionando desequilíbrios, além do agravamento da situação social. Nessa

36
época, ocorreu um grande deslocamento da população da área rural para as regiões urbanas,
buscando trabalho nas fábricas que absorvia toda mão de obra disponível. No entanto, os salários
eram baixíssimos, as jornadas eram longas e os locais de trabalho muito insalubres. Assim, as
condições de trabalho tornaram-se, em larga escala, bastante inseguras e precárias.
Dezenas de documentários sobre as condições de trabalho, no final do séculos XIX e início do
século XX, impressionam pelas cenas onde podem ser vistas as precárias condições de trabalho
daquela época.
Da mesma forma, muitas obras literárias, também, mostram as precárias e desumanas
condições de trabalho dos trabalhadores das minas de carvão na Inglaterra ou ainda das usinas portos
e estaleiros espalhados pela Europa. Um exemplo desse tipo de literatura é a obra “Germinal” de
Emile Zola.
Conforme o professor Valneo Pileggi (2004), infelizmente há muitos exemplos das terríveis
condições de trabalho que existiam nas épocas passadas e que continuam ocorrendo na época atual,
pois apesar dos avanços tecnológicos e sociais alcançados, ainda acontecem casos de displicência,
abusos e situações ilegais referentes ao trabalho, como apontam as estatísticas de acidentes do
trabalho em várias partes do mundo atual, além dos casos de Trabalho Infantil e Trabalho Escravo.
Acontecimentos desastrosos ocorridos na época apontada, bem como, a decorrente pressão da
opinião pública, certamente contribuíram bastante para que medidas de proteção ao trabalhador
finalmente fossem tomadas. Assim sendo, cronológica e resumidamente, destacamos os seguintes
acontecimentos de relevância no que se refere ao tema da segurança do trabalho.

Ano de 1911
Tem início a implementação com maior amplitude o tratamento médico industrial. Foi fundada
nessa ocasião a Associação Internacional para a Proteção Legal dos Trabalhadores, em Basiléia, no ano
de 1901. As ideias propostas se incorporaram à Constituição da Organização Internacional do
Trabalho, adotada pela Conferência da Paz, em abril de 1919. Foi dessa forma que se iniciou,
paulatinamente, a observação de que algumas doenças apresentadas por operários poderiam ter
surgido devido à intensa produtividade nas indústrias.

Ano de 1919
Ainda conforme o professor Pileggi, por incrível que pareça, o surgimento oficial de Ações
Coordenadas e abrangentes ligadas a segurança e higiene do trabalho ocorreu somente no ano de
1921, quando a Organização Internacional do Trabalho – OIT, a qual havia sido fundada em Genebra,
na Suíça, em 1919 , organizou um Comitê para o Estudo de Assuntos referentes a segurança e higiene
do trabalho. Nessa época o Comitê da OIT estabelecido em Genebra na Suíça, estudando as condições
de trabalho e vida dos trabalhadores no mundo, tornou obrigatória a constituição de Comissões,
compostas de representantes do empregador e dos empregados, com o objetivo de zelar pela
prevenção dos acidentes do trabalho, quando as empresas tivessem 25 ou mais empregados.
Nessa mesma ocasião, surge no Brasil a primeira Lei sobre Acidentes do Trabalho, a de no 3724
de 15 de janeiro de 1919. Esta lei regula as obrigações resultantes dos acidentes no trabalho como os
efeitos de indenizações e auxilia nas questões judiciais.
Conforme artigo publicado na Revista Persona, o Decreto Legislativo número 3.724 de 15 de
Janeiro de 1.919, primeira norma acidentária brasileira, foi resultado de uma longa discussão no
Congresso Nacional em razão da divergência sobre qual critério indenizatório se adotaria: um só
pagamento ou pensão vitalícia. O debate incorporou a ideia da adoção de ambas as formas, sendo a
primeira para os casos de morte, e a segunda para os casos de incapacidade permanente, mas acabou
por eliminar a pensão vitalícia definitivamente.
O decreto legislativo, com força de lei, adotou a Teoria do Risco Profissional. Isso significou, na
prática, a caracterização do acidente laboral envolvendo elementos de exterioridade, subtaneidade,
violência e voluntariedade. Excluiu, portanto, as com causas e limitou a proteção jurídica somente aos
acidentes que ocorressem durante o horário do trabalho ou que fossem diretamente relacionados a

37
ele.

Ano de 1934
Ainda conforme consta do artigo da revista Persona, decreto anterior, no entanto, de forma
avançada, incorporou as doenças ocupacionais em seu rol protetivo, e vigorou até o advento do
Decreto nº. 24.637 de 10 de Julho de 1.934, (também com força de lei já que a Constituição da
República de 16 de Julho de 1.934, previa em seu artigo 5º, XIX, “c” e “i” a competência da União para
legislar sobre assistência social e normas sociais referentes ao trabalho). Assim, em 10 de julho de
1934 foi promulgada a segunda Lei de Acidentes do Trabalho através do Decreto n o 24.637.
Com o Decreto nº. 24.637/34 houve ampliação da proteção do campo de proteção para incluir
os industriários, trabalhadores agrícolas, comerciários e domésticos, sempre até determinado valor de
remuneração.

Criação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT


A CLT teve início com o Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo presidente
Getúlio Vargas, como forma de unificar a legislação trabalhista que existia nessa época no país. Tinha
como objetivo primordial, a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho. A CLT foi
resultado de 13 anos de intenso trabalho - desde o início do Estado Novo, em 1937, até 1943 - de
importantes juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à
necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de “estado regulamentador”. A
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho
urbano quanto do rural. Várias alterações, já foram efetuadas desde a sua criação sempre visando
adequar o texto aos aspectos da modernidade. A CLT continua sendo o principal marco legal que
regulamenta as relações de trabalho e protege os trabalhadores em nosso país. É mister informar que
esta lei traça o marco de grandes melhorias futuras para o trabalhador brasileiro, integra em seu corpo
assuntos relacionados a:
a) identificação profissional como a carteira de trabalho e a previdência social;
b) duração da jornada de trabalho;
c) salário mínimo;
d) férias anuais;
e) segurança e medicina do trabalho;
f) duração e condições de trabalho em atividades especiais como bancários, serviço de
telefonia, músico, trabalho em embarcação, frigorífico, estiva, portos, professores e outros;
g) proteção de trabalho da mulher;
h) proteção do trabalho do menor;
i) remuneração, rescisão;
j) sindicatos.
Mapeando a evolução dos direitos do trabalhador percebe-se que finalmente com a CLT, o
trabalhador brasileiro pôde contar com mais dignidade no mercado de trabalho. A partir da CLT, no
enquadramento do “capítulo V - Segurança e Medicina do Trabalho” foi instituído pela portaria 3.214
de 08/06/78 as normas regulamentadoras (NRs) com o objetivo de regulamentar as ações associadas à
segurança e medicina do trabalho que veremos mais adiante em nosso estudo. A partir daí, as
empresas têm que se enquadrar tanto na CLT como nas NRs (normas regulamentadoras) sob pena de
multas trabalhistas, o que deixa o trabalhador em condições melhores com relação aos seus direitos
por ter ciência de que existe uma lei como garantia deles.

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ATIVIDADE

01) Faça um pequeno texto (de até 10 linhas), dialogando sobre o impacto da revolução
industrial para desenvolvimento das leis trabalhistas.

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SEMANA 2

Gênero: Conceitos e definições em Segurança do Trabalho

OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir conceitos básicos para auxiliar nos estudos na área do
conhecimento.
HABILIDADE(S): Compreender conceitos básicos da Segurança do Trabalho; Definir Higiene
Ocupacional; SESMT e CIPA; Ato e condição insegura; Acidente de trabalho; CAT.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Leis trabalhistas; Normas Regulamentadoras.

INTERDISCIPLINARIDADE: Higiene Ocupacional; Legislação Aplicada.

ATIVIDADES

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Segurança do Trabalho
O estudo da segurança do trabalho abrange várias disciplinas como Introdução à Segurança,
Higiene e Medicina do Trabalho, Controle e Prevenção de Riscos em máquinas, Equipamentos e
Instalações, ambiente, Legislação, Ergonomia entre outras. (LUCENA et al., 2012) Muitas indústrias
optam pela implementação da segurança do trabalho por ser imposta por Lei. Na maioria das vezes as
empresas agem desta maneira por não saber o quanto é benéfica a segurança do trabalho e o quanto
reduz os gastos e evita acidentes.
Basicamente os acidentes de trabalho ocorrem por duas causas:
A primeira: Ato Inseguro - E abrange todo ato praticado pelo homem, em geral consciente do
que está fazendo, que está contra as normas de segurança.

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Exemplo:
- Uso de ferramentas inadequadas por estarem mais próximas,
- A limpeza de máquinas em movimento por preguiça de desligá-las,
- A operação sem um equipamento de proteção.
A segunda: Condição insegura que engloba a condição do ambiente de trabalho que oferece
perigo e ou risco ao trabalhador.
Exemplo:
- Proteção mecânica inadequada;
- Condição defeituosa do equipamento (grosseiro, cortante, escorregadio, corroído, fraturado,
de qualidade inferior, etc.), escadas, pisos, tubulações;
- Projeto ou construções inseguras;
- Processos, operações ou disposições perigosas (empilhamento, armazenagem, passagens
obstruídas, sobrecarga sobre o piso, congestionamento de maquinaria, etc.)
- Iluminação inadequada;
-Ventilação inadequada ou incorreta.
Deste modo, temos que, eliminando os atos e as condições inseguras são possíveis reduzir os
acidentes e as doenças ocupacionais. Também a partir destes benefícios diretos, a empresa pode se
organizar, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas
no trabalho.

SESMT e CIPA
O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa, quando necessário, é formado de uma
equipe multidisciplinar composta pelos seguintes profissionais: Técnico de Segurança do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro de Segurança do Trabalho e
Auxiliar em Enfermagem do Trabalho. Esses profissionais formam o que chamamos de SESMT –
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
Já a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, é composta por representantes do
empregador e dos empregados e tem a responsabilidade de auxiliar o SESMT nas atividades
prevencionistas.

Higiene do trabalho
É a ciência que tem como objetivo reconhecer, avaliar e controlar todos os fatores ambientais
de trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde dos trabalhadores. as fases da higiene do
trabalho se resumem em: o Identificação, Prevenção e Eliminação ou Atenuação dos riscos à saúde,
com metas de atuação e responsabilidades; o Controle das áreas Insalubres ou Perigosas (EPI’s); o
Epidemiologia das Formas de Adoecimento (rastreamento e diagnóstico precoce); o Educação e
Conscientização; o Promoção da Saúde e Qualidade de Vida; o Documentação das ações efetuadas e
revisão periódica com análise crítica.
A higiene no trabalho envolve três funções que são:
1- Medicina Preventiva
Visa estabelecer a prevenção e o controle das principais doenças que costumam se manifestar
na população, evitando que os empregados da organização sejam por elas atingidos. Os exames
médicos periódicos são um exemplo deste tipo de ação.
2- Prevenção sanitária
Está voltada para a preservação de condições adequadas de higiene no ambiente de trabalho,
como combatendo os possíveis focos de contaminação. São exemplos de ações neste sentido o
tratamento da água, e a manutenção do asseio nas instalações sanitárias.
3- Medicina ocupacional
Visa à adaptação do empregado à sua função, ao enquadramento do trabalhador em cargo
adequado às suas aptidões fisiológicas e a proteção contra riscos resultantes da presença de agentes
prejudiciais à saúde. Como exemplo de procedimentos relacionados a essa função, podemos citar a

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realização de exames médicos admissionais e periódicos e o desenvolvimento de programas de
reabilitação e readaptação funcional.

Acidente de trabalho
De acordo com o Art. 19 da Lei 8.213/91, acidente do trabalho “é o que ocorre pelo exercício
do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.”
Os acidentes de trabalho mais frequentes são as quedas e os soterramentos, sendo que as
principais causas são: não seguir as regras de segurança estabelecidas, não utilizar os dispositivos de
segurança ou utilizá-los de forma inadequada.
São considerados acidentes do trabalho, os acidentes ocorridos durante o horário de trabalho e
no local de trabalho, em consequência de agressão física, ato de sabotagem, brincadeiras, conflitos,
ato de imprudência, negligência ou imperícia, desabamento, inundação e incêndio.
Também são acidentes de trabalho os que ocorrem:
- Quando o empregado estiver executando ordem ou realizando serviço sob o mando do
empregador.
- Em viagem a serviço da empresa.
- No percurso da residência para o local de trabalho.
- No percurso do trabalho para a casa.
- Nos períodos de descanso ou por ocasião da satisfação de necessidades fisiológicas, no local
de trabalho.
- Por contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade.
Podem também contribuir para o surgimento de acidentes de trabalho:
- A ingestão de bebidas alcoólicas;
- As hipoglicemias, que podem provocar lipotímias (desmaios) por falta de alimentação. Por
exemplo, quando os trabalhadores não tomam o pequenoalmoço;
- A fadiga, por não se ter dormido o suficiente ou quando se trabalha por turnos, em especial se
o trabalho incluir lidar com máquinas perigosas.
Estes acidentes de trabalho podem ser classificados em:
- Acidente tipo ou típico - que é consagrado no meio jurídico como definição do infortúnio do
trabalho originado por causa violenta, ou seja, é o acidente comum, súbito e imprevisto. Exemplos:
batidas, quedas, choques, cortes, queimaduras, etc.
- Doença do trabalho - É a alteração orgânica que, de modo geral, se desenvolve em
consequência da atividade exercida pelo trabalhador o qual esteja exposto a agentes ambientais tais
como, ruído, calor, gases, vapores, micro-organismos. Exemplos: pneumoconioses, surdez
ocupacional.
- Acidente de trajeto - É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o
local de trabalho ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do empregado, em horários e trajetos compatíveis.

Comunicação de acidente de trabalho (CAT)


É um formulário que deve ser preenchido quando ocorrer qualquer tipo de acidente de
trabalho (mesmo nos casos de doença profissional e acidentes de trajeto).
A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos
com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil
seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata.
Isso está baseado na necessidade de que os fatores ocasionais do acidente devem ser
investigados o mais rapidamente possível, para que todas as medidas de correção e prevenção sejam
prontamente tomadas, além de imediatamente se efetuarem os primeiros socorros ao acidentado.
A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à

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aplicação de multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999.

ATIVIDADES

01) Qual a diferença entre ato seguro e condição insegura? Cite exemplos.
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02) Como os acidentes de trabalho podem ser classificados? Explique cada.


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SEMANA 3

Gênero: Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança do Trabalho

OBJETO DE CONHECIMENTO: Introduzir as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança do


Trabalho.
HABILIDADE(S): Compreender a origem das Normas Regulamentadoras; Conhecer as NR’s.

CONTEÚDOS RELACIONADOS: Leis trabalhistas.

INTERDISCIPLINARIDADE: Legislação Aplicada; Higiene Ocupacional.

ATIVIDADES

NORMAS REGULAMENTADORAS
Além da Constituição Federal e das legislações trabalhistas previstas na CLT, a legislação básica
que rege a Segurança do Trabalho está contida nas Normas Regulamentadoras. A Portaria nº 3.214/78
e suas alterações estabeleceram as Normas Regulamentadoras – NR que devem ser observadas por

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empregadores e empregados regidos pela CLT.

NR 1 – Disposições Gerais: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas


Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigações
do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema específico. A
fundamentação legal, ordinária e específica que dá embasamento jurídico à existência desta NR são os
artigos 154 à 159 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

NR 2 – Inspeção prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao


Ministério do Trabalho e Emprego – MTE a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos,
bem como a forma de sua realização.

NR 3 – Embargo ou interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer


paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem
observados pela fiscalização trabalhista na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e
à Medicina do Trabalho.

Tanto o EMBARGO quanto a INTERDIÇÃO são procedimentos de urgência de cunho


prevencionista, e têm como consequência a paralisação total ou parcial das atividades quando, em
procedimento fiscalizatório, o auditor fiscal do trabalho constata situação de grave e iminente risco à
segurança, saúde e integridade física dos trabalhadores.

- O embargo terá como consequência a paralisação total ou parcial de obra;


- A interdição terá como consequência a paralisação total ou parcial de estabelecimento, setor
de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos.

NR 4 – Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho:


Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas que possuam empregados regidos pela
CLT, de organizarem e manterem em funcionamento Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT com a finalidade de promover a saúde e proteger a
integridade do trabalhador no local de trabalho.

NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das


empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma
comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais,
através da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador, para que melhore as
condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e de doenças
ocupacionais. Ela é composta por empregados que se dividem em dois grupos: representantes do
empregador e representantes dos próprios empregados, em quantidade paritária, ou seja, a
quantidade de membros da representação dos empregados e a do empregador é a mesma.

NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI: Estabelece e define os tipos de EPI a que as


empresas estão obrigadas a fornecer aos seus empregados, sempre que as condições de trabalho
exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

NR 7 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO: Estabelece a


obrigatoriedade de elaboração e implantação por parte de todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional,
com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Deve ser
elaborado em função dos riscos aos quais eles estarão submetidos durante sua atividade laboral.

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NR 8 – Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas
edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham.

As disposições dessa norma alcançam as edificações já construídas, ocupadas por


trabalhadores, e não edificações em construção, ou residenciais já construídas. As edificações em
construção são abrangidas pela NR18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção.

NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA: Estabelece a obrigatoriedade de


elaboração e implantação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Visa à preservação
da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação
e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no
ambiente de trabalho, considerando a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

NR 10 – Instalações e serviços em eletricidade: Estabelece as condições mínimas exigíveis para


garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas
etapas. Inclui elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, assim
como a segurança de usuários e de terceiros em quaisquer das fases de geração, transmissão,
distribuição e consumo de energia elétrica, observando-se, para tanto, as normas técnicas oficiais
vigentes e, na falta delas, as normas técnicas internacionais.

NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais: Estabelece os


requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à
movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual,
objetivando a prevenção de infortúnios laborais.

NR 12 – Máquinas e equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e


higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e
manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho.

NR 13 – Caldeiras e vasos de pressão: Estabelece todos os requisitos técnico-legais relativos à


instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a
ocorrência de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 187 e 188 da CLT.

NR 14 – Fornos: Estabelece as recomendações técnico-legais pertinentes à construção,


operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho.

NR 15 – Atividades e operações insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes


insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas
nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre e,
também, os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde.

NR 16 – Atividades e operações perigosas: Regulamenta as atividades e as operações


legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes.
NR 17 – Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.

NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção: Estabelece

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diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implantação de
medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na indústria da construção civil.

NR 19 – Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, manuseio


e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores em
seus ambientes de trabalho.

NR 20 – Líquidos combustíveis e inflamáveis: Estabelece as disposições regulamentares acerca


do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a
proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho.

NR 21 – Trabalho a céu aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a


prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, como em minas ao ar livre e em
pedreiras.

NR 22 – Trabalhos subterrâneos: Estabelece métodos de segurança a serem observados pelas


empresas que desenvolvam trabalhos subterrâneos, de modo a proporcionar aos seus empregados
satisfatórias condições de Segurança e Medicina do Trabalho.

NR 23 – Proteção contra incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra incêndios, que


devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos
trabalhadores.

NR 24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho: Disciplina os preceitos de


higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a
banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e ao tratamento da água potável, visando à
higiene dos locais de trabalho e à proteção da saúde dos trabalhadores.

NR 25 – Resíduos industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas pelas


empresas no destino final a ser dado aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho,
de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

NR 26 – Sinalização de segurança: Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como


sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física
dos trabalhadores.

NR 27 – Registro profissional do Técnico em Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho:


Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funções de Técnico
em Segurança do Trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto
ao Ministério do Trabalho.

NR 28 – Fiscalização e penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados pela


fiscalização em Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às
empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao
procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do
Trabalho.

NR 29 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho portuário: Tem por


objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros
socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos

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trabalhadores portuários.

NR 30 – Norma regulamentadora do trabalho aquaviário: Regula a proteção contra acidentes e


doenças ocupacionais objetivando melhores condições e segurança no desenvolvimento de trabalhos
aquaviários.

NR 31 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho rural: Regula aspectos


relacionados à proteção dos trabalhadores rurais, serviço especializado em prevenção de acidentes do
trabalho rural, comissão interna de prevenção de acidentes do trabalho rural, equipamento de
proteção individual – EPI e produtos químicos.

NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde: Tem por


finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implantação de medidas de proteção à segurança e à
saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde, bem como daqueles que
exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

NR 33 – Norma regulamentadora de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados:


Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços
confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores.

NR 34 - Norma regulamentadora de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da


construção, reparação e desmonte naval: Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos
mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas
atividades da indústria de construção, reparação e desmonte naval.

NR 35 – Trabalho em altura: Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de


proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta
atividade. De acordo com a norma considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de
2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.

NR 36 - Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e


derivados: O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e
monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e
processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir
permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da
observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR do Ministério do Trabalho e
Emprego.

NR 37 - Segurança e saúde em plataformas de petróleo: Esta Norma Regulamentadora


estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de
plataformas de petróleo em operação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras – AJB.

ATIVIDADES

01) Qual é a diferença entre embargo e interdição?


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02) Cite quais são as três normas regulamentadoras que mais te chamaram a atenção e
explique o porquê.

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SEMANA 4

Gênero: Sinalização de Segurança

OBJETO DE CONHECIMENTO: Apresentação das cores e placas utilizadas para sinalização em


segurança do trabalho.
HABILIDADE(S): Compreender os conceitos de sinalização de acordo com a Norma
Regulamentadora n° 26.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Normas regulamentadoras.

INTERDISCIPLINARIDADE: Legislação aplicada.

ATIVIDADES

Sinalização de Segurança

A Norma Regulamentadora – NR 26 tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos
locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança,
delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de
líquidos e gases, e advertindo contra riscos.
Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim
de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores adotadas de acordo com a norma são:

a) Vermelho
O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e
combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca
visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa ALERTA).
É empregado para identificar: - Caixa de alarme de incêndio; - Hidrantes; - Bombas de incêndio;
- Sirenes de alarme de incêndio; - Caixas com cobertores para abafar chamas; - Extintores e sua
localização; - Indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do extintor); -
Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou
nicho).
A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo: - Nas luzes
a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções

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temporárias; - Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.

b) Amarelo
Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos.
O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando: - Partes baixas de
escadas portáteis; - Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco; -
Espelhos de degraus de escadas; - Bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas
subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam ter corrimões; - Bordas horizontais de portas de
elevadores que se fecham verticalmente; - Faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de
carregamento; - Meios-fios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção; - Paredes de fundo de
corredores sem saída; - Vigas colocadas a baixa altura;

c) Branco
O branco será empregado em: - Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas
(localização e largura); - Direção e circulação, por meio de sinais; - Localização e coletores de resíduos;
- Localização de bebedouros; - Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate
a incêndio ou outros equipamentos de emergência; - Áreas destinadas à armazenagem; - Zonas de
segurança.

d) Preto
O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta
viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.). O preto poderá ser
usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem. e)
Azul O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso
e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço. - Empregado em
barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou
fontes de energia dos equipamentos.
Será também empregado em: - Canalizações de ar comprimido; - Prevenção contra movimento
acidental de qualquer equipamento em manutenção; - Avisos colocados no ponto de arranque ou
fontes de potência.

f) Verde
O verde é a cor que caracteriza "SEGURANÇA". Deverá ser empregado para identificar: -
Canalizações de água; - Caixas de equipamento de socorro de urgência; - Caixas contendo máscaras
contra gases; - Chuveiros de segurança; - Macas; - Fontes lavadoras de olhos; - Quadros para exposição
de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.; - Porta de entrada de salas de curativos de urgência; -
Localização de EPI; caixas contendo EPI; - Emblemas de segurança; - Dispositivos de segurança; -
Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

g) Laranja
O laranja deverá ser empregado para identificar: - Canalizações contendo ácidos; - Partes
móveis de máquinas e equipamentos; - Partes internas das guardas de máquinas que possam ser
removidas ou abertas; - Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos.

h) Púrpura
A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações
eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. Deverá ser empregada a púrpura em: - Portas e
aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou
materiais contaminados pela radioatividade; - Locais onde tenham sido enterrados materiais e
equipamentos contaminados; - Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e
equipamentos contaminados.

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i) Lilás
O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de
petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes.

j) Cinza
- Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo;
- Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos.

k) Alumínio
O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e
combustíveis de baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.).

l) Marrom
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não
identificável pelas demais cores. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de
prevenção de acidentes, porém estas deverão ter seu uso o mais reduzido possível, a fim de não
ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. A indicação em cor, sempre que necessária,
especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, será acompanhada
dos sinais convencionais ou identificação por palavras.

Palavra de Advertência
De acordo com a NR 26 as palavras de advertência que devem ser usadas são:
- "PERIGO", para indicar substâncias que apresentem alto risco;
- "CUIDADO", para substâncias que apresentem risco médio;
- "ATENÇÃO", para substâncias que apresentem risco leve.

ATIVIDADES
01) Marque V para as proposições verdadeiras e F para as falsas.
(__) O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de
proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo.
(__) O verde é a cor que caracteriza "SEGURANÇA".
(__) "ATENÇÃO", para substâncias que apresentem risco alto.
(__) O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de
petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes.
(__) O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!"

02) Em quais circunstâncias a cor vermelha poderá ser usada com sentido de advertência de
perigo?
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SEMANA 5

Gênero: Equipamentos de Proteção

OBJETO DE CONHECIMENTO: Norma Regulamentadora n° 06


HABILIDADE(S): Compreender a diferença de Equipamento de Proteção Coletiva e Individual;
conhecer a hierarquia de tomada de medidas preventivas. Conhecer as disposições da NR 06.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Normas regulamentadoras.

INTERDISCIPLINARIDADE: Legislação aplicada.

ATIVIDADES

Equipamentos de Proteção

• Equipamento de proteção coletiva

Equipamento de proteção coletiva é todo equipamento utilizado para atender a vários


trabalhadores ao mesmo tempo, destinado à proteção do trabalhador a riscos suscetíveis de ameaçar
a segurança e a saúde no trabalho. É importante saber que o Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)
se caracteriza em beneficiar um grupo de trabalhadores indistintamente. Eles eliminam ou reduzem os
riscos na própria fonte.
Como exemplos de EPC podem ser citados:
• Redes de Proteção (nylon)
• Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas)
• Extintores de incêndio
• Lava-olhos
• Chuveiros de segurança
• Exaustores
• Kit de primeiros socorros

• Equipamento de proteção individual

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Equipamento de Proteção Individual é todo produto ou dispositivo que tem por objetivo
proteger o trabalhador, individualmente, contra riscos que ameacem sua segurança, saúde e
integridade física durante a atividade laboral. É preciso entender muito bem essa definição.
Lembrando que o EPI protege o trabalhador contra riscos existentes no ambiente de trabalho,
mas não evita acidentes.
A adoção de equipamento de proteção individual será realizada pela Unidade nas seguintes
circunstâncias:
a. sempre que as medidas de proteção coletiva (EPC) não oferecerem completa proteção
contra os riscos de acidentes no trabalho ou de doenças profissionais. São exemplos de EPC: sistemas
de ventilação ambiental, proteção contra incêndio e explosão, chuveiro de emergência, lava-olhos;
b. enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c. em situações de emergência;
d. quando a atividade do empregado apresentar risco ocupacional em função do tipo de agente
(químico, físico ou biológico), quantidade e tempo de exposição do empregado ao agente,
sensibilidade individual do empregado e toxicidade do agente.
Como os EPIs existem para proteger a saúde do trabalhador, devem ser testados e aprovados
pela autoridade competente para comprovar sua eficácia. O Ministério do Trabalho atesta a qualidade
de um EPI por meio da emissão obrigatória do “Certificado de Aprovação” (C.A.).

Tipos de equipamento de proteção individual


I - Proteção da cabeça
II - Proteção dos olhos e da face
III - Proteção auditiva
IV - Proteção das vias respiratórias
V - Proteção dos membros superiores
VI - Proteção dos membros inferiores
VII - Proteção do tronco
VIII - Proteção contra quedas com diferença de nível

A Norma Regulamentadora referente ao EPI é a NR 6: EPI – Equipamento de Proteção


Individual (redação dada pela portaria SIT-MTE n. 25, de 08.12.2011, atualizada pela portaria SIT –
MTE n. 194, de 24.10.2018). Está fundamentada juridicamente no Art. 7º, XXII, da CF-1988; Arts. 166 e
167 da CLT; Súmulas TST ns. 80 e 289; e Instrução Normativa SSST-MTb n.1 de 11.04.1994.

ATIVIDADE

01) O que são Equipamentos de Proteção de Coletiva? Cite exemplos.


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02) O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a
sua saúde. Marque a alternativa CORRETA que não corresponde a um equipamento de proteção
individual:
A) Capacete.
B) Óculos de proteção.
C) Chuveiro Lava-Olhos.
D) Cinto de segurança.

03) Os Equipamentos de Proteção Coletiva têm como objetivo:


I. Prevenir os trabalhadores ou qualquer terceiro que esteja transitando pelo ambiente de
qualquer acidente que possivelmente possa ocorrer.
II. Reduzir ou até mesmo anular qualquer risco comum à todos os colaboradores que o
ambiente de trabalho possa fornecer.
III. Minimizar perdas e aumentar a produtividade, ao fornecer aos trabalhadores um local de
trabalho mais seguro.
Está(ão) CORRETO(S), apenas:
A) Somente II e III estão corretas.
B) Somente I e III, estão corretas.
C) I, II e III estão corretas.
D) Somente I e II estão corretas.

53
SEMANA 6

Gênero: Ambiente e as Doenças Do Trabalho

OBJETO DE CONHECIMENTO: Introdução do estudo sobre o ambiente e as doenças do trabalho,


abordando a conceituação de temas pertinentes sobre o assunto.
HABILIDADE(S): Compreender o ambiente e as doenças ocupacionais; conhecer a diferença entre
doença profissional e do trabalho.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: Análise e identificação de riscos.

INTERDISCIPLINARIDADE: Gerenciamento de riscos; Higiene Ocupacional.

ATIVIDADES

Ambiente e as Doenças do Trabalho

O ambiente de trabalho deve ser adequado às características e funcionamento dos


trabalhadores, quando isso não ocorre, se observa o surgimento de diversas doenças colocando as
pessoas em situações penosas.
A relação entre o trabalho e a saúde é complexa, destacamos três situações principais:
A) Quando as condições de trabalho ultrapassam os limites toleráveis do organismo, a
probabilidade de provocar uma doença no trabalhador é significativa. Neste caso, têm-se uma Doença
Profissional que, no sentido restrito, se define como uma doença devido a fatores (físicos, químicos e
biológicos) bem determinados do meio de trabalho. Ex: a exposição a um nível elevado de ruído gera
uma perda auditiva nos trabalhadores expostos.
B) O meio profissional pode também ter um papel importante, porém, associado a outros
fatores de risco do ambiente fora do trabalho ou do modo de vida do trabalhador, gerando as doenças
do trabalho. Diversos estudos mostram a ocorrência de perturbações digestiva, do sono, do humor
com os trabalhadores em turnos alternados. Os horários deslocados; a dificuldade das tarefas
efetuadas à noite, no momento de menor resistência do organismo, pode influenciar o
desenvolvimento destas patologias. Outros fatores, não profissionais, ligados, por exemplo, ao
patrimônio genético, ao estado de saúde ou aos hábitos de vida (alcoolismo, tabagismo) têm também
um papel importante na aparição e no progresso destas doenças.
C) Quando o trabalho é bem adaptado ao homem, não só às suas atitudes e seus limites, mas
também os seus desejos e seus objetivos, ele pode ser um trunfo à saúde do trabalhador. Neste
sentido, o trabalho nem sempre significa algo patogênico. Ele é, muitas vezes, um poder estruturante
em direção a saúde mental. Ao dar ao trabalhador a oportunidade de se realizar em seu trabalho,
estar-se-á contribuindo para a sua satisfação e bem-estar.

Doenças profissionais
As doenças profissionais são aquelas que decorrem da exposição a agentes físicos, químicos e
biológicos que agridem o organismo humano. Têm no trabalho a sua causa única. São doenças típicas
de algumas atividades.
São exemplos de doenças profissionais:
o As lesões por esforço repetitivo (LER): São inflamações provocadas por atividades de trabalho
que exigem movimentos manuais repetitivos durante longo tempo. As funções mais atingidas têm sido
os datilógrafos, digitadores, telefonistas e trabalhadores de linha de montagem.

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o Perda auditiva: é a mais frequente doença profissional reconhecida desde a Revolução
Industrial, sendo provocada, na maioria das vezes, pelos altos níveis de ruído.
o Bissinose: ocorre com trabalhadores que trabalham com algodão.
o Pneumocarnose (bagaçose): ocorre com trabalhadores com atividades na cana-de-açúcar, as
fibras da cana esmagada são assimiladas pelo sistema respiratório.
o Siderose: ocorre quando de atividades desenvolvidas com limalha e partículas de ferro, para
quem trabalha com o metal.
o Asbestose: ocorre com trabalhadores que trabalham com amianto, o que provoca câncer no
pulmão.
As doenças profissionais podem ser prevenidas respeitando-se os limites de tolerância de cada
risco, utilizando-se adequadamente os equipamentos de proteção individual e com formas adequadas
de atenuação do risco na fonte (ou seja, maneiras de atacar as causas das doenças nas suas origens),
por exemplo, construindo uma parede acústica, caso haja nível elevado de ruído no ambiente de
trabalho.

Doenças do trabalho
São doenças adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e as que se relacionam diretamente. Por serem doenças atípicas exigem a
comprovação do nexo causal com trabalho. Atualmente, estas doenças são verificadas, com maior
intensidade, nas empresas de pequeno e médio porte, situação que é vivenciada em todos os países,
pois os mesmos negligenciam a segurança e as condições dos ambientes, levando os trabalhadores a
desenvolverem doenças do trabalho com maior frequência.
São exemplos de doenças do trabalho:
o Alergias respiratórias provenientes de locais com ar-condicionado sem manutenção
satisfatória, principalmente limpeza de filtros e dutos de circulação de ar.
o Estresse: que é a resposta do organismo a uma situação de ameaça, tensão, ansiedade ou
mudança, seja ela boa ou má, pois o corpo está se preparando para enfrentar o desafio. Isto significa
que o organismo, em situação permanente de estresse, estará praticamente o tempo todo em estado
de alerta, funcionando em condições anormais.

ATIVIDADE
01) Qual a diferença entre doença profissional e doença do trabalho? Cite três exemplos de
cada.
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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDOS TUTORADO – ADAPTADO
60% DA CARGA HORÁRIA
( ) EJA ( x ) CURSO TÉCNICO ( ) AEE ( ) OUTROS
NOME DA ESCOLA: COMPONENTE CURRICULAR:
E.E. PROF. NELSON DE SENA INFORMÁTICA APLICADA
ALUNO: PROF.ª ANA PAULA FERNANDES
TURMA: NOTURNO TURNO: NOTURNO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6 SEMANAS
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 2 AULAS NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8 AULAS

SEMANAS 1 E 2

1. INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA
Elaborado por: Duarte, Ramos e Lacerda (2014).
Clique aqui e acesse o material completo.
1.1 O início de tudo

É interessante conhecer o significado do termo informática antes de começar a tratar


do assunto em si. Não confunda informática com tecnologia. Os significados dos termos
são diferentes, embora a informática seja uma forma de tecnologia.
O termo informática vem da junção de duas palavras, informação + automática, e é
derivado do francês Informatique. A informática nada mais é do que a informação de
maneira automatizada. Ou seja, a informática surgiu da necessidade de se criar algo que
pudesse reduzir e consequentemente otimizar os recursos humanos. Antigamente o
tempo gasto para se fazer um cálculo complexo era razoavelmente demorado. Atualmente
esse tempo é muito menor graças a essa “invenção”.

Figura 1: Junção da palavra Informática


Fonte: Duarte, Ramos, Lacerda (2014, p. 16)

Tecnologia: em termos gerais, a tecnologia é tudo aquilo que é produzido para


agilizar e dar melhorias as necessidades da sociedade em geral. Logo, podemos dizer que
são exemplos de tecnologia: o carro, o aparelho de condicionamento de ar, o e-book, a
bicicleta, o câmbio automático.
Informática: é aquilo que é produzido por meio de um tratamento automático, a fim

56
de realizar o processamento de dados. Para que isso seja realizado de forma eficaz, é
necessário o auxílio de uma máquina eletrônica chamada de computador. Ex: computação
em nuvem, sistema operacional, navegador e outros.
O termo tecnologia vem do grego "tekhne", que significa "técnica, arte, ofício",
juntamente com o sufixo "logia", que significa "estudo".

Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um


conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de
problemas.

É uma aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa. A


partir do século XX, destacam-se as tecnologias de informação e comunicação através da
evolução das telecomunicações, utilização dos computadores, desenvolvimento da internet
e ainda as tecnologias avançadas, que englobam a utilização de energia nuclear,
nanotecnologia, biotecnologia etc.
Os avanços da tecnologia provocam grande impacto na sociedade. Pelo lado positivo,
a tecnologia resulta em inovações que proporcionam melhor nível de vida ao homem.
Como fatores negativos, surgem questões sociais preocupantes, como o desemprego,
devido à substituição do homem pela máquina ou a poluição ambiental, que exige um
contínuo e rigoroso controle.
A princípio, o computador surgiu da necessidade do ser humano de fazer cálculos,
pois é sabido que trabalhar com grande quantidade de dados e informações é uma tarefa
bastante exaustiva, em que a repetição faz com que seja desperdiçado um tempo
considerável. Assim, o computador torna-se uma realidade nos anos 40, entretanto, esses
raros equipamentos, por serem muito caros, só eram encontrados nas universidades.

Figura 2: ENIAC
Fonte: http://situado.net/conheca-o-primeiro-computador-do-mundo/

57
De acordo com Capron e Johnson (2012, p. 12), “o computador é uma máquina que
pode ser programada para aceitar dados (entrada), transformá-los em informação (saída)
útil e armazená-las em dispositivo de armazenamento secundário para proteção ou
reutilização”.

1.2 Componentes básicos do computador

Todos os tipos de computadores necessitam de alguns componentes básicos para


que a máquina eletrônica possa de fato funcionar. Na informática, esses componentes
básicos são chamados de Hardware e necessitam da interação de pessoas, denominadas
de Peopleware. Mas afinal, você sabe o que significa esses termos? Fique atento(a) para
conhecer e entender os principais conceitos que envolvem o computador.

Hardware é considerado toda a parte física do computador, ou seja, tudo aquilo que
conseguimos pegar ou apalpar pode ser classificado como hardware. Na informática,
a área responsável pelo hardware é conhecida como arquitetura de computadores,
existindo, evidentemente, um(a) profissional encarregado(a) por ela.

Software é o conjunto de programas responsáveis pela lógica do computador. Se


hardware é a parte física, podemos dizer que software é a parte “abstrata”, ou seja,
aquilo que você não consegue pegar.

Peopleware são chamadas as pessoas que interagem com o computador. Estas


são classificadas como sendo usuárias final ou doméstica. As pessoas que trabalham
diretamente com o computador também são chamadas de peopleware, como é o
caso dos(as) analistas de sistemas, programadores(as), administradores(as) de redes
e banco de dados, dentre muitas outras.

Você sabia que o


computador por si só
não faz milagre?

É preciso ter um conjunto sincronizado de hardware, software e


usuários. Na maioria das vezes se tem um bom hardware e software,
porém quando o usuário insere, alimenta e manipula certos softwares, ele
não o faz da forma correta, acarretando falha no processamento de
informações. Portanto, não confunda falha de funcionamento do
computador com as falhas humanas.

58
O computador precisa de 4 componentes básicos para funcionar, são eles:

Processador (CPU): também conhecido como centro das atividades ou cérebro


do computador. Ele é o responsável por fazer todo o processamento dos dados.
Sem a unidade central de processamento (CPU), o computador de forma alguma irá
funcionar.

Memória: as memórias são de dois tipos, sendo elas a principal e a secundária,


onde as informações são manipuladas e armazenadas. Existe a memória RAM,
considerada a memória principal do computador, na qual as aplicações são
carregadas para serem processadas pela CPU. A sigla RAM significa memória de
acesso aleatório (Random Access Memory). Existe também a ROM, que é uma
memória somente de leitura (Read Only Memory). Ela contém programas para
gerenciar os componentes elétricos do computador e é preenchida por seu
fabricante.

Dispositivos de armazenamento: têm como finalidade fazer o


armazenamento de dados e programas. Trabalham diretamente em sintonia com o
processador e a memória.

Dispositivos de entrada e saída: são os aparelhos que permitem a interação


de um processador, geralmente um computador, com o homem. Também são
conhecidos como periféricos e possibilitam a entrada e saída de dados.

Dispositivos de entrada: teclado, mouse, web cam, Pendrive, CD, DVD e também
podemos incluir nessa categoria o scanner, leitores de códigos de barras, etc.
Dispositivos de saída: monitor, caixas de som, projetores multimídia, impressora, etc.

1.3 Comparações entre o trabalho humano e a máquina eletrônica

Com o surgimento e a popularização da informática, logo surgiram questionamentos


sobre o benefício dessa tecnologia, uma vez que muitos acreditavam que o computador e
as tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) poderiam substituir a mão de obra
humana. O que se percebeu ao longo dos anos, e consequentemente algumas crenças se
desfizeram, foi que a informática possibilitou uma série de novas oportunidades de
emprego. Com a popularização das TIC’s surge também a necessidade de se ter pessoas
especializadas em determinados segmentos da informática, como é o caso de técnicos(as),

59
programadores(as), analistas de sistemas, engenheiros(as) de software, gerentes de
projetos e vários(as) outros(as) profissionais ligados(as) a essa área.
Atualmente é cada vez mais comum as pessoas estarem familiarizadas com o
computador e com alguns termos relativos a essa tecnologia, e aquelas que ainda não
estão habituadas procuram meios de se atualizarem. Afinal, o computador com acesso à
internet se tornou quase que imprescindível em nossa rotina de trabalho.
As diversas tecnologias que surgem constantemente fazem com que as pessoas
fiquem ao mesmo tempo amedrontadas com tanta informação e animadas com o rápido
avanço tecnológico que oferece tantas possibilidades.
Observe algumas diferenças entre a capacidade de realização de tarefas pelo
computador e pelo ser humano:

Figura 3: Tabela de ações realizadas por seres humanos e computadores.


Fonte: Duarte, Ramos, Lacerda (2014)

Será que os seres humanos


serão substituídos por
máquinas?

Clique aqui e saiba mais

60
ATIVIDADES

1. Quais as formas que você utiliza para se comunicar com seus amigos? Identifique as
que estão relacionadas com o uso da tecnologia.
2. Quantas horas por dia você costuma passar na internet? Quais os sites que utiliza com
mais frequência? Você divide as horas ou minutos quando está na internet em sites
especializados por categorias, como por exemplo, entretenimento, pesquisa, sites de
relacionamento, sites especializados em computação?
3. Você acha importante o estudo de tecnologia da informação mesmo para quem não atua
diretamente na área tecnológica? Por quê?
4. Explique, com suas próprias palavras, cada componente da tecnologia da informação:
hardware, software e peopleware. Dê exemplos de softwares que você utiliza em seu dia a
dia e explique para que eles servem.
5. Você acha que os seres humanos serão substituídos por máquinas? Explique.

61
SEMANAS 3 E 4

1. SOFTWARE

1.1 Informações básicas

Para qualquer tipo de computador funcionar, não precisa apenas do hardware, ou


seja, da parte física. Para que o usuário consiga interagir com a máquina, ele precisa de um
software básico instalado na máquina física. Este programa básico é conhecido como o
Sistema Operacional, cuja sigla é o SO.
Denomina-se software básico os programas essenciais ao funcionamento do
computador, que se comunicam diretamente com a arquitetura da máquina. O melhor
exemplo de um software básico é o sistema operacional, que permite a utilização da
máquina sem que o programador ou usuário precisem conhecer detalhes da arquitetura.
(WEBER, 2012, p. 317).
Os softwares podem ser subdivididos entre três tipos: os de programação, de sistema,
e de aplicação. Verifique abaixo a definição:

1.1.1 Software de programação Elaborado por: Gogoni (2019)


Clique aqui e acesse o material completo.

São as ferramentas usadas pelo programador para desenvolver novos softwares e


programas. Usam diferentes linguagens de programação (C, Java, Python, Swift, etc.) e
abrigam compiladores, intérpretes e depuradores, por exemplo.
Os editores de texto, embora sejam softwares de aplicação também são softwares de
programação, pois podem ser usados para escrever código.

1.1.2 Software de sistema

São os programas encarregados de fazer a comunicação entre o computador, que só


entende linguagem de máquina, e o usuário, sendo a base em que outros softwares, como
os de aplicação e os de programação irão rodar. Ou seja, são plataformas para rodar outros
softwares.
Os sistemas operacionais como Windows, macOS, Linux, iOS, Android, por exemplo,
são softwares de sistema.

62
Figura 1: Sistemas Operacionais
Fonte: https://periciacomputacional.com/sistemas-operacionais/

Em alguns casos, softwares de aplicação podem assumir o papel de sistemas


operacionais, como o Chrome OS, onde o navegador é um software de sistema e de
aplicação. Firmwares, softwares de automação industrial e motores gráficos de jogos
também são exemplos de softwares de sistema.

1.1.3 Software de aplicação

Os softwares de aplicação, por sua vez, são os programas que você conhece: players
de vídeo e música, jogos, editores de textos, calculadoras, navegadores, apps de redes
sociais e etc. Um software de aplicação tem como função executar tarefas das mais
diversas, que podem ser de uso individual ou até mesmo global, o que pede que eles sejam
mais robustos e seguros.

Pago Gratuito Gratuito

Figura 2: Softwares de aplicação para elaboração de textos, planilhas e slides


Fonte: A autora (2021)

63
2 SOFTWARE DE EDIÇÃO DE TEXTOS

Elaborado por: Duarte, Ramos e Lacerda (2014).


2.1 Office
Clique aqui e acesse o material completo.

O pacote Office traz um conjunto de programas em que cada um apresenta uma


finalidade especifica. Ele tem como objetivo auxiliar, agilizar e tornar eficiente a rotina de
trabalhos dos seus usuários. Vale ressaltar que cada SO tem seu próprio pacote de
produtividade, porém isso não impede que você instale um pacote de outro concorrente na
sua máquina. Você deve escolher aquele que satisfaz suas necessidades. O pacote de
produtividade da Microsoft (Windows) é conhecido pelo nome comercial de pacote Office.
Certamente você fará uso desse programa ao longo de sua vida acadêmica e
profissional. Apenas relembrando que cada software lançado é geralmente melhor que o
antigo e apresenta alguns itens ou recursos inovadores, se comparados ao da versão
anterior. O Office possui pacotes diferentes e atualizações periodicamente. Existem as
versões do Office Professional e 365, com última atualização em 2021.

2.1.1 Editor de texto: Word

O Word é um programa bastante conhecido e que tem como finalidade permitir que o
usuário possa fazer o processamento e edição de textos com acabamento profissional.
Quase todas as pessoas que utilizam o computador fazem uso desse programa. Às vezes é
comum encontrar usuários que dizem conhecer e trabalhar com o Word, porém o que se
percebe na prática é que geralmente as pessoas não conhecem e nem sabem utilizar todos
os seus recursos de forma eficiente.
Esse programa é bastante utilizado na elaboração de trabalhos acadêmicos e
digitação de documentos profissionais e pessoais, entre os quais podemos citar as petições,
relatórios, dossiês, apostilas e outros. Um estudante pode utilizar o Word para fazer sua
monografia, dissertação ou tese utilizando alguns dos vários recursos disponibilizados, como
por exemplo: digitar um texto, inserir sumário, criar tabelas, formatar duas colunas em uma
só página, formatar as margens de acordo com as normas da ABNT e seguir o padrão de um
trabalho acadêmico.
Uma vez que o usuário conhece todos os recursos disponíveis no editor de texto, seu
trabalho certamente será desenvolvido de forma rápida e eficiente. Mesmo com os tutoriais
na internet e os vários vídeos de como formatar um trabalho, as pessoas ainda sentem certa
dificuldade em trabalhar com esses recursos. De nada adianta fazer um curso e obter um

64
certificado se você não exercitar a prática constantemente, principalmente na área da
informática. É como ter concluído um curso em planilha eletrônica há mais de 10 anos e
nunca mais utilizá-lo na prática.

2.2 G Suite / Google Workspace

O Google Workspace é a versão comercial do A plataforma Google for


Education é baseada na
pacote de serviços e ferramentas Google, feito para
computação em nuvem.
atender às empresas e/ou pessoas físicas. Clique aqui e saiba mais
informações.

2.2.1 Google Documentos

Serviço principal que possibilita criar documentos, compartilhar e


trabalhar com a equipe de forma colaborativa e em tempo real.
Possui as mesmas formatações do Word, mas possui a vantagem
de ser salvo automaticamente em nuvem e todas as pessoas envolvidas
no processo de elaboração do documento veem as alterações no
documento em tempo real, basta que todos tenham acesso ao link do
arquivo.

APRENDENDO NA PRÁTICA: COMO ELABORAR UM


TRABALHO ACADÊMICO NO EDITOR DE TEXTOS?

Criar um documento;
Salvar (Salvar em .doc e .pdf);
Formatar um texto conforme normas da ABNT:
Margens: superior e esquerda 3cm / inferior e direita 2cm;
Capa: Nome da Instituição, Curso, Autor, Título, Cidade e Ano. (Centralizado,
espaçamento simples entrelinhas);
Folha de Rosto: Nome do autor, Título do Trabalho, Cidade, Ano, Breve descrição do
trabalho e o nome do professor. (Centralizado, espaçamento simples entrelinhas);
Sumário;
Introdução, Desenvolvimento e Conclusão: devem ser enumerados com
alinhamento justificado;
Referências: Alinhado à esquerda e espaçamento simples;
Espaçamento entrelinhas: 1,5 centímetros;
Alinhamento do texto: justificado;

65
Fonte: tamanho 12, Times New Roman ou Arial;
Numeração de páginas: Começa a contar a partir da folha de rosto, mas somente
aparece na página da Introdução;
Como compartilhar o link do documento no Google Documentos.

ATIVIDADES

1. Você conseguiria viver sem a internet? O que mudaria se você deixasse de estar
conectado ao principal meio de comunicação mundial? Você acha que a internet ainda vai
evoluir mais? Crie um parágrafo dissertando sobre o futuro da internet.
2. O que é a computação em nuvem? Você utiliza este recurso no seu dia a dia? Dê
exemplos de como a computação em nuvem pode ser utilizada.
3. O que é um editor de textos? Para que ele serve? Cite exemplos de editores de textos.
4. Suponha que você recebeu um trabalho de um amigo que não possui habilidades na
edição de textos e precisará ajudá-lo na formatação do trabalho. Aplique as normas da
ABNT. Para esta atividade deve ser utilizado o Google Documentos.

66
SEMANAS 5 e 6

1 SOFTWARE DE APRESENTAÇÃO

1.1 Power Point

O PowerPoint é um aplicativo cuja finalidade principal é realizar (facilitar)


apresentações de trabalhos, sejam acadêmicos ou profissionais. Esse programa permite
ao usuário elaborar apresentações diversificadas e dinâmicas, tornando visível aquilo que
muitas vezes está sob forma de texto impresso.
Esse tipo de aplicativo também tem bastante utilidade para apresentações de
relatórios empresariais. Esse programa traz uma grande diversidade de recursos que
podem ser acrescentados em sua apresentação, deixando-a mais envolvente e dinâmica.

1.2 Google Apresentações

O Apresentações Google é um aplicativo de apresentação on-line que permite criar


e formatar apresentações e trabalhar com outras pessoas de forma colaborativa, com
característica de suporte ao processo de ensino aprendizagem colaborativa em tempo
real por meio de qualquer dispositivo, com qualquer pessoa que tenha uma conta Google.
A especificidade desta ferramenta é a produção de apresentações com
compartilhamento da equipe e/ou pessoas em espaços diferentes, mas com o mesmo
objetivo. Conhecer o Apresentações Google sugere explorar as funcionalidades da
ferramenta, assim como provocar possibilidades de adequá-la ao processo de ensinar e
aprender.

APRENDENDO NA PRÁTICA: COMO ELABORAR UMA


APRESENTAÇÃO DE SLIDES?

Criar uma apresentação a partir de um modelo pronto ou em branco;


Salvar (Salvar em .ppt e .pdf);
Formatando os slides:
Como inserir título, texto, imagem, vídeo, SmartArt;
Como inserir, duplicar e excluir um slide;
Tamanho da fonte: Título (entre 32 e 46), Texto (entre 20 e 28);
Cor das letras e fundo: Fundo branco (ou quase branco) e letra preta é o ideal,

67
facilita a leitura;
Use frases curtas ou apenas itens e os explique oralmente. Slides com frases longas
ou texto corrido tendem a fazer com que a apresentação fique confusa e entediante. Use
entre 6 e 8 linhas por slide;
Evite uma apresentação composta apenas por texto. Figuras, diagramas e até
vídeos curtos irão tornar o conteúdo mais interessante;
Mantenha a mesma formatação de slides do início ao fim, inclusive para tamanhos e
estilo da fonte usadas;
Evite usar muitas animações e efeitos. Em geral, efeitos só atrapalham;
Prefira usar a apresentação de slides (tela cheia), no Power Point existe o atalho de
apertar a tecla F5 para esta função;
Calcule o tempo apresentação entre 1 a 2 minutos por slide;
Como compartilhar o link dos slides no Google Apresentações.
Clique aqui e saiba mais dicas
de elaboração de slides

ATIVIDADES

1. O que é um software de apresentação de slides? Para que ele serve?


2. Crie uma apresentação de slides no Google Apresentações, contendo as seguintes
orientações:
a) Escolha um tema;
b) Crie um total de, no mínimo, 10 slides sobre o tema escolhido;
c) Na Apresentação você deve incluir figuras, textos e arquivo de vídeo.
Para esta atividade deve ser utilizado o Google Apresentações.

REFERÊNCIAS

DUARTE, Sara Luize Oliveira; RAMOS, Jose Márcio Benite; LACERDA, Liluyoud Cury.
Introdução à informática. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia;
Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT; Porto Velho: IFRO, 2013. Disponível em:
http://proedu.rnp.br/handle/123456789/1545. Acesso em: 15 ago 2021.

GOGONI, Ronaldo. O que é software? 2019. s/l. Disponível em:


https://tecnoblog.net/311647/o-que-e-software/ Acesso em: 15 ago 2021.

Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Escola de Formação e


Desenvolvimento Profissional de Educadores. Núcleo de Tecnologia Educacional.
Apresentações Google. Belo Horizonte: 2020. E-book.

Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Escola de Formação e

68
Desenvolvimento Profissional de Educadores. Núcleo de Tecnologia Educacional. Google
Documentos. Belo Horizonte: 2020. E-book.

USP. Dicas sobre preparação de slides digitais para seminários, palestras, artigos em
conferências. Universidade de São Paulo – USP. São Paulo , s/d. Disponível em:
https://www.ime.usp.br/~kon/ResearchStudents/dicasSlides.html Acesso em: 15 ago 2021.

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
PLANO DE ESTUDOS TUTORADO – ADAPTADO
60% DA CARGA HORÁRIA
( ) EJA ( x ) CURSO TÉCNICO ( ) AEE ( ) OUTROS
NOME DA ESCOLA: COMPONENTE CURRICULAR:
E.E. PROF. NELSON DE SENA PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
ALUNO: PROF.ª ANA PAULA FERNANDES
TURMA: SEGURANÇA DO TRABALHO TURNO: NOTURNO
MÊS: AGOSTO/SETEMBRO TOTAL DE SEMANAS: 6 SEMANAS
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA: 2 AULAS NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 8 AULAS

SEMANAS 1 E 2
Elaborado por: Cansian; Porrua (2011).
1. PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Clique aqui e acesse o material completo.

Comunicar, segundo o dicionário Houaiss, é transmitir, passar conhecimento,


informação, ordem, opinião ou mensagem a alguém. Podemos inferir que comunicar é o
primeiro passo para toda e qualquer atividade, é a ação de transmitir uma mensagem e
eventualmente receber outra mensagem como resposta.
A palavra comunicação vem do latim COMUNICATIVO, derivado de COMUNICARE,
cujo significado seria “tornar comum”, como “partilhar”, “repartir”. Comunicar implica
participação, interação, troca de mensagens e de informações.
Comunicação é a transferência de informações e a compreensão de uma pessoa
para outra. É uma ponte de significância entre pessoas. O emissor desenvolve uma ideia,
codifica-a e transmite-a. O receptor recebe a mensagem, decodifica-a e utiliza-a. Quando o
receptor responde ao emissor, estabelece-se comunicação em dois sentidos.

1.1 Componentes básicos da comunicação

Todo o processo de comunicação envolve quatro componentes básicos:


um emissor: a pessoa que emite a mensagem.
uma mensagem: o conteúdo intelectual, social, afetivo, emocional, do que é
transmitido. A mensagem pode ser aceita, rejeitada, ou interpretada de modo errado,
ou, ainda, distorcida. A aceitação de uma mensagem depende muito da maneira
como o emissor e o receptor estejam em sintonia.
um meio: é o processo utilizado para a transmissão (ou emissão) da mensagem
(carta, telefone, pessoalmente).
um receptor: a pessoa (ou grupo) que recebe a mensagem.

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Para que o processo de comunicação se efetive, é indispensável a presença desses
quatro componentes, sem qualquer um deles a comunicação não existirá. Por outro lado,
qualquer irregularidade ou imperfeição em um desses quatro elementos comprometerá
seriamente a qualidade e o objetivo da comunicação.
As distorções em uma comunicação são chamadas de “ruídos”. Sempre que ocorrer um
“ruído”, pode-se ter a certeza de ter havido falha num dos quatro elementos básicos da
comunicação descritos.

1.1.1 Recomendações para evitar a ocorrência de “ruídos”

a) Planeje cuidadosamente sua comunicação;


b) Antes de fazer uma comunicação, decida qual é o meio mais adequado para o caso;
c) Se você vai usar a voz, procure falar claro e pausadamente;
d) Evite comunicar-se sob estados de tensão emocional;
e) Quando possível, use a linguagem do receptor;
f) Aborde um assunto de cada vez;
g) Sempre que possível, use exemplos práticos de preferência do mundo do receptor;
h) Não interrompa seu interlocutor;
i) Ao concluir sua comunicação, verifique se você foi compreendido.

1.2 Barreiras na comunicação

É toda forma de interferência na mensagem, entre o emissor e o receptor, podem ser:

1.3 Efeitos de retorno

A comunicação constitui um processo tanto de dar como de receber. Logo que um


emissor lança a sua mensagem, ela provocará uma reação por parte do receptor. Então, o
emissor recebe o efeito de sua mensagem. A esse fato chamamos AÇÃO ou EFEITO DE

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RETORNO. Essa ação de retorno é também conhecida como “feedback”, ou seja,
realimentação, ação de alimentar o processo novamente.

2. DIFERENTES LINGUAGENS

O ser humano é especial também porque utiliza um recurso especial para se


comunicar: a linguagem. Devemos, então, analisar algumas características desse recurso.

2.1 Linguagem verbal

A mensagem é constituída pelo uso da palavra.

2.1.1 Comunicações orais

A fala é o mais complexo, apurado e caracteristicamente humano meio de


comunicação. É usada para transmitir informações a outrem, para responder a perguntas,
relatar fatos, dar opiniões, influir no comportamento alheio por meio de instruções, ordens,
persuasão, propaganda.

2.1.2 Comunicações escritas

Representam toda forma de transmissão de informações a outrem, quer seja para


responder a perguntas, relatar fatos, dar opiniões, influir no comportamento alheio por meio
de instruções, ordens, persuasão, propaganda, de forma escrita, utilizando-se assim um
código, símbolos gráficos de representação, que devem ser do conhecimento do receptor.

2.2 Linguagem não-verbal

No comportamento social humano, usa-se o canal verbal primariamente para


transmitir informações, ao passo que se usa o canal não verbal para negociar atitudes
interpessoais. Algumas formas para, comumente, estabelecermos comunicação não-verbal
com as demais pessoas:
Mímicas: São gestos das mãos, do corpo, da face, caretas.
Olhar: (movimento dos olhos): Os movimentos dos olhos desempenham importante
papel para manter o fluxo da interação: Enquanto A está falando, ergue os olhos para
obter “feedback” sobre como B está reagindo à sua fala, e termina uma longa fala

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com um olhar que diz a B que é sua vez de falar.
Posturas: A postura corporal pode comunicar importantes sinais sociais. Existem
posturas claramente dominadoras ou submissas, amistosas ou hostis. Mediante a
posição geral do corpo, pode uma pessoa revelar seu estado emotivo, de tensão, por
exemplo, ou de “relax”. As pessoas apresentam também estilos gerais do
comportamento expressivo, como se evidencia pelo modo como andam, ficam em pé,
sentam-se, e assim por diante. A postura ou atitude física do corpo constitui uma
mensagem da qual somos pouco conscientes.
Conscientes e Inconscientes: Enquanto falamos, nossos gestos podem dizer
exatamente o contrário do que estamos expressando.
Nutos: São atos de mover a cabeça para frente e para trás, quando se aprova.
Gestos: São os movimentos das mãos, pés ou outras partes do corpo. Alguns são
insinuações sociais involuntárias que podem ser ou não interpretadas corretamente
pelas outras pessoas. Emoções específicas produzem gestos particulares, tais como:
Agressão (cerrar os punhos); Ansiedade (tocar o rosto, roer as unhas); Autocensura
(coçar); Cansaço (limpar a testa). Podem também completar o significado da fala,
quando a pessoa move as mãos, o corpo e a cabeça continuamente e esses
movimentos acham-se intimamente coordenados com a fala, fazendo parte da
comunicação total.
Expressão Facial: A expressão facial pode limitar-se a mudança nos olhos, na
fronte, na boca e assim por diante. As emoções, em categorias amplas (agradáveis
ou desagradáveis) podem ser identificadas através da expressão facial. Funciona
como meio de propiciar realimentação, relativamente ao que alguém está dizendo.

2.3 Língua

É um instrumento de comunicação, gráfico ou sonoro, que pertence a um grupo


social. Daí, podemos dizer que as modificações que a língua sofre são concretizadas por
um grupo e não por um indivíduo. Podemos dizer que a sociedade, um grupo de
indivíduos, adota uma convenção de sinais (letras) sonoros ou escritos para que a
comunicação aconteça.

2.4 Fala

É a maneira de cada componente da sociedade em particular empregar a língua de


forma particular, pessoal. Segundo o dicionário Houaiss, fala é a faculdade que tem de

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expressar suas ideias, emoções e experiências. É um ato individual, por oposição à língua
(que é social em sua essência e independente do indivíduo), para o linguista Ferdinand
Saussure (1857- 1913).
O espaço geográfico, os fatores sociais, profissionais e situacionais são
determinantes para o uso da língua. Note que existem variantes de um lugar para o outro,
de uma classe social para outra, de um profissional para outro e, ainda, utilizamos de forma
diferente a língua de acordo com o local em que estamos. Isso, há algum tempo, era
considerado erro; hoje, trabalhamos com a ideia de variantes linguísticas.

2.5 Língua culta e língua coloquial

As estruturas gramaticais não são rigorosas quando conversamos com um amigo, um


familiar, enfim, enquanto falamos. A essa descontração lingüística chamamos língua
coloquial. Ela é livre de preconceitos, varia bastante e não obedece às normas ditadas pela
gramática. Observe os texto abaixo como exemplo de utilização da linguagem coloquial na
forma escrita.

(...) eu vinha pela rua, no sentido da BR 116, lá pelas 8 horas da manhã, do dia 12 de
setembro de 2007, quando um caminhão de placa AKZ XXXX raspou a lateral inteira
do pálio AMX XXXX, onde tive que jogar totalmente a direção do veículo pálio para o
acostamento tendo que subir no meio-fio. O caminhão estava do lado esquerdo e o
meu pálio do lado direito.

Já a língua culta respeita o uso das normas gramaticais e notamos que dominar
essas regras tem, também, relação com o nível de cultura e escolarização do falante.
Verifiquemos a transcrição do trecho anterior.

(...) dirigia-me ao trabalho pela BR 116, sentido Porto Alegre, aproximadamente às 8


horas do dia 12 de setembro de 2007, quando fui surpreendido pelo caminhão (marca
e modelo), placa AKZ XXX, que, trafegando no mesmo sentido, porém na pista da
esquerda, abruptamente passou para a pista da direita sem sinalizar, atingindo a
lateral do veículo Pálio, placa AMX XXXX, em que eu trafegava. Fui obrigado a
invadir o espaço reservado aos pedestres, sem causar danos a transeuntes, somente
tendo para mim danos materiais.”

A linguagem pode ser profissional, técnico-científica, burocrática, publicitária ou,


ainda, vulgar.

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ATIVIDADES
1. Qual é a importância de dominar a norma culta (gramática) para a sua vida profissional?

2. Sobre o conceito de certo e errado na utilização da Língua Portuguesa, podemos dizer


que há algum erro no textos abaixo? Justifique.

3. Assinale a alternativa incorreta:


a) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe a mensagem entende o seu
significado.
b) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código.
c) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos, formados de palavras,
desenhos, números, etc.
d) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras.
e) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias
maneiras, criando novas mensagens.

4. Observe os elementos da comunicação:

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I) Emissor: Revista Veja
II) Receptor: Os leitores da publicação
III) Canal: Língua Portuguesa
IV) Código: Mídia impressa
V) Contexto ou referente: principal – bullying nas escolas
VI) Mensagem: Abaixo a tirania dos valentões (principal)

Está(ão) Incorreto(s):
a) I, III
b) III e IV
c) IV, VI
d) V, VI

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SEMANAS 3 E 4
Elaborado por: Jesus, Barbosa e Silva (2013)
1. REDAÇÃO CIENTÍFICA Clique aqui e acesse o material completo.

Ao longo do tempo, percebemos que a falta de conhecimento linguístico e de normas


que possam facilitar a vida dos alunos, professores e pesquisadores na elaboração dos
seus trabalhos é uma constante quando se trabalha a língua como pressuposto científico.
Sendo assim, o principal objetivo da redação científica é fazer com que os trabalhos
comumente realizados em cursos que você realiza sejam feitos por meio da pesquisa e dos
seus embasamentos técnico-científicos, bem como sociais.
Para Medeiros (1997, p. 12), apud Câmara Jr. (1978, p. 58): “A leitura exige objetivo
preestabelecido, análise, síntese, reflexão, aplicação do que se leu”. Ou seja, “Ninguém é
capaz de escrever bem, se não sabe bem o que quer escrever”.
No curso que está realizando e diante dos textos das aulas, acreditamos que você já
percebeu que “A leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão, aplicação
do que se leu” (MEDEIROS, 1997, p. 12) e temos que concordar com Câmara Jr. (1978)
quando ele afirma que não é possível escrever bem quando não se sabe exatamente o que
se pretende escrever.

6.1 Fichamento

O fichamento é um processo utilizado para elaborar fichas de leitura na qual devem


constar as informações mais relevantes de um texto lido. São anotações que servirão
posteriormente para consulta, na elaboração do seu trabalho. Lembramos que fichamento
não é um resumo, mas sim um apontamento das principais ideias contidas num artigo ou
obra lida.
É válido ressaltar que o fichamento, segundo Medeiros (1997, p. 93), é precedido por
uma leitura que atenta para o texto. Assim teremos: fichas de comentário, citação direta,
resumo e crítica/analítica. A diferença entre os vários tipos de fichas é só o seu texto. As
fichas compreendem o cabeçalho, referências bibliográficas, corpo da ficha e local onde se
encontra a obra. O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da
sequência das fichas, se for utilizar mais de uma. Veja:

Fichamento de Livro
Nome da obra:
Autor da obra:

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Ano de publicação:
Editora:
Local onde se encontra a obra:
Referência Bibliográfica conforme norma da ABNT:
Corpo da ficha (texto):

6.2 Resumo

É a captação da ideia maior do texto, o ponto central. A


norma NBR 6028:1990 define resumo como “apresentação
NBR é uma abreviação adotada concisa dos pontos relevantes de um texto”. Segundo Medeiros
pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas). (1997, p. 142), resumo é "uma apresentação sucinta, compacta
O N representa norma e BR
brasileira. dos pontos mais importantes de um texto".

6.3 Resenha

Para Andrade (1995, p. 60), apud Medeiros (1997, p.132), a resenha é um tipo de
trabalho que “exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras
obras da mesma área e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor”.
Logo, observamos a resenha com algumas condições estruturais: delimitação, análise
textual, temática, interpretativa, problematização e síntese pessoal. Segundo Santos (2001),
as partes essenciais de uma resenha são: identificação da obra (referência bibliográfica),
credenciais do autor, conteúdo (resumo da obra/digesto), a crítica e a indicação do
resenhista. A resenha não é um resumo. Medeiros afirma que enquanto o resumo não
aceita o juízo valorativo, o comentário e a crítica à resenha exige esse elemento.
Veja o exemplo de como estruturar uma resenha:

Resenha Crítica
Referência Bibliográfica conforme norma da ABNT:
Credenciais do autor que escreveu a obra:
Resumo da obra:
Apreciação crítica do resenhista:
Indicações do resenhista:

O estudo dessa tipologia é uma necessidade prática, que atende ao desempenho


dos trabalhos técnicos voltados às áreas comerciais, administrativas e financeiras,

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lembrando que redigir é aprender manusear a língua (viva) como essência material na
linguagem, seja técnica ou científica.

Elaborado por: Bastos e Ferreira (2016)


6.4 Artigo Científico
Clique aqui e acesse o material completo.

O artigo científico é um trabalho completo, ainda que com dimensões reduzidas.


Lakatos e Marconi (1992, p. 84) definem como “[...] pequenos estudos, porém completos
que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em
matéria de um livro”. O artigo permite ao leitor o conhecimento do teor completo da pesquisa
realizada, uma vez que descreve a metodologia utilizada e os resultados obtidos. Quanto ao
conteúdo, o artigo pode ser muito variado, como discorrer sobre um estudo pessoal ou
oferecer soluções para posições controvertidas (MEDEIROS, 2000).
A norma da ABNT que trata do artigo é a NBR 6022 (2003a) e o define como: “Parte
de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos,
técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento". Quanto aos tipos, o
artigo pode ser original ou de revisão. O artigo original apresenta temas ou
abordagens originais, já o artigo de revisão resume, analisa e discute informações já
publicadas (ABNT, 2003).
Muitas vezes, o artigo é solicitado como parte da avaliação de alguma disciplina e,
nesse caso, orienta-se que os alunos sigam a definição do professor no que se refere à
inclusão da capa e folha de rosto. Usualmente, o artigo não contém capa e folha de rosto,
visto que se destina à publicação em revista científica, portanto será parte dela. Quando o
pesquisador for submeter seu artigo à análise para publicação na revista, deverá utilizar as
orientações dessa revista para a formatação, e essas nem sempre são exatamente como a
norma da ABNT, contudo a maioria das revistas procura utilizar esta norma como referência.
Vamos ver agora, de maneira mais detalhada, cada parte do artigo.
Título (português e língua estrangeira): O título e subtítulo (se houver) devem
figurar na página de abertura do artigo, diferenciados tipograficamente ou separados por
dois-pontos (:) e na língua do texto. O título deve expressar a essência do estudo e ser
composto com o mínimo possível de palavras.
Nomes dos autores: Deve ser acompanhado de breve currículo que o(s) qualifique
na área de conhecimento do artigo. O currículo dos autores, bem como os endereços postal
e eletrônico, devem aparecer em rodapé indicado por asterisco na página de abertura ou,
opcionalmente, no final dos elementos pós-textuais, onde também devem ser colocados os
agradecimentos do(s) autor(es) e a data de entrega dos originais à redação do periódico.
Resumo (português e língua estrangeira): O resumo é elemento obrigatório, deve

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ser uma síntese do trabalho, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas,
não ultrapassando 250 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras-chave e/ou descritores,
conforme a NBR 6028.
Palavras-chave (português e língua estrangeira): Elementos obrigatórios, devem
aparecer logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão “Palavras-chave”. Devem ser
separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.
Introdução: Parte inicial do artigo, onde devem constar a delimitação do assunto
tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do
artigo. Na introdução, também deverá ser apresentada a estrutura do artigo, o que contém
em cada uma das suas partes, de maneira objetiva.
Desenvolvimento: Parte principal do artigo, que contém a exposição ordenada e
pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em seções e subseções, conforme a NBR
6024, que variam em função da abordagem do tema e do método. É a parte na qual o
conteúdo do artigo é desenvolvido, e que permite ao leitor a compreensão do que foi feito e
forma de obtenção das informações.
Conclusão: Parte final do artigo, na qual se apresentam as conclusões
correspondentes aos objetivos e hipóteses. Nessa parte, o autor explica as conclusões
alcançadas e os motivos que levaram a elas.
Referências: Lista em ordem alfabética das fontes bibliográficas utilizadas para o
estudo, efetivamente citadas no documento e seguindo a NBR 6023.

ATIVIDADES

1. Assista o documentário “A Ilha das Flores” e faça uma resenha crítica em relação ao tema
do vídeo. Não se esqueça de usar as regras de formatação e elaboração da resenha crítica
aprendidas nesta aula.

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SEMANAS 5 e 6

1 BASES DE DADOS CIENTÍFICOS

1.1 O Que é o Google Acadêmico?

O Google Acadêmico é um mecanismo de busca focado em bibliografia acadêmica.


Ele surgiu em 2004 como Google Scholar e, em 2006, recebeu uma versão brasileira que
segue com o mesmo nome que conhecemos atualmente.
Atualmente, estima-se que o Google Acadêmico tenha cerca de 390 milhões de
registros de estudos e pesquisas científicas disponibilizadas para consulta pública. É a
maior fonte de materiais acadêmicos disponível na internet.

1.2 Como o Google Acadêmico Funciona?

O Google Acadêmico funciona de forma bem parecida com o buscador tradicional do


Google. A diferença é que a ferramenta mostra produções acadêmicas nas páginas dos
resultados, ao invés de sites, postagens de blogs e conteúdos mais triviais.
O usuário simplesmente digita alguns termos ou nomes de autores, obras ou
palavras-chaves de assuntos específicos no campo de buscas. Então, o algoritmo mostra
os resultados da pesquisa seguindo alguns critérios de relevância. Alguns desses critérios
são:
• O número de referências que o trabalho já recebeu;
• O nome do autor ou pesquisador;
• O local e o ano de publicação;
• A reputação da obra científica na comunidade acadêmica;
• Artigos relacionados em destaque.
Por exemplo, veja os resultados de pesquisa para uma busca sobre jornalismo de
games. Perceba a importância do critério de relevância em função da quantidade de
vezes em que o artigo foi citado anteriormente.

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O Google Acadêmico funciona como uma gigantesca fonte online de documentos
oficiais de estudos e pesquisas científicas disponíveis em um só lugar.
Além disso, ele serve tanto para usuários que são estudantes quanto para autores de
qualquer nível acadêmico.
Como estudante, você pode pesquisar livremente pelos materiais, usar as
referências nas suas produções científicas e armazenar os documentos em uma
biblioteca própria.

APRENDENDO NA PRÁTICA

Vamos acessar o Google Acadêmico para aprender buscar


artigos científicos com temas relevantes para a sua formação?

ATIVIDADES

1. De acordo com o que estudamos até agora, faça um levantamento bibliográfico no


Google Acadêmico relativo à área de formação com o mínimo de três referências e aborde
seus principais objetivos (conteúdos).

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