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Escola FUTURO Formação Profissional

ENSINO FUNDAMENTAL – 1ª FASE

Língua Portuguesa

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Escola FUTURO Formação Profissional / Língua Portuguesa / 1ª Fase Ensino Fundamental

UNIDADE I

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Por que estudar a língua portuguesa?

Por que estudar a língua portuguesa? A verdadeira razão para se estudar a língua materna
é, também, a mais primordial: quem domina a língua, se comunica melhor. Em qualquer
profissão a comunicação existe. É inerente ao ser humano a necessidade de comunicar.
Falar e escrever bem é essencial para que as pessoas entendam perfeitamente o que quer
se transmitir, dentro das organizações, pois é através de mensagens claras e objetivas que
se transmite mensagens sem erros.

Quem se comunica bem pode obter bons resultados durante a atuação profissional
futura. O mercado de trabalho, cada vez mais exigente, demonstra que quem domina a
língua materna está pronto para competir por melhores colocações profissionais,
melhores salários e maiores responsabilidades, justamente pelo fato de que esses
profissionais não contêm ruídos em sua comunicação.

As pessoas que se expressam bem se comunicam corretamente. Se expressar bem,


perante superiores, demonstra a segurança do profissional e a capacidade que ele tem
de saber o que escrever, quando escrever e principalmente como escrever. Também
existe uma questão cultural. A capacidade do indivíduo de escrever e falar bem
demonstra a origem do mesmo. O fato de existirem pessoas pobres, vindas da educação
pública, não faz com que essas mesmas pessoas sejam desprovidas de uma maior
capacidade de se comunicar bem e o mesmo se dá com as pessoas que possuem
educação de instituições particulares. Porém, a comunicação demonstra as raízes da
onde a pessoa veio e o quanto a mesma se dedicou para aprender a dominar a língua.

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Por fim, dada algumas das devidas importâncias da boa comunicação, a nossa língua,
quando bem utilizada, ajuda a construir uma sociedade mais sábia, crítica, livre cidadã e
sociedades melhores constroem um mundo muito melhor.

Você sabia... que a língua japonesa forneceu várias palavras para o enriquecimento do
léxico português no Brasil? Pois foi isso mesmo o que aconteceu. Vejamos por que e quais
são elas.

O contato das duas línguas, que se vem dando desde o século XVI (no princípio, através
de Portugal), foi acentuado com o início da imigração japonesa para o Brasil, em 1908,
com a chegada do navio Caçato Maru (Kasato Maru). Desde então, várias levas de
imigrantes foram chegando ao longo do século passado e eles espalharam-se pelo País.
Trouxeram comidas, costumes, práticas esportivas e outras coisas típicas japonesas,
que foram incorporadas ao nosso cotidiano e hoje nos parecem perfeitamente
naturais.

Junto com essas contribuições culturais, vieram os nomes que as designam, que hoje
fazem parte de nosso linguajar. Ei-los, quase todos devidamente aportuguesados, como
deve ser:

• comidas: iaquiçoba, sushi, sashimi;

• bebidas: saquê;
• técnicas artísticas: caraoquê, iquebana;
• práticas esportivas: aiquidô, caratê, jiu-jitsu, judô, sumô;
• roupas: quimono;

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• categorias de pessoas: bonzo, camicaze, decassêgui, gueixa, samurai, xogum; • outras:


biombo, haraquiri, iene, mangá (história em quadrinhos), micado, tsunami.

Assim, nosso léxico ficou mais rico e, por extensão, a cultura brasileira.

O português no Brasil e em Portugal

O português que falamos hoje no Brasil guarda diferenças com o que se fala em Portugal.
Tais diferenças não se limitam apenas à pronúncia das palavras, facilmente percebida na
linguagem oral. Existem, também, diferenças de vocabulário ( só para citar um exemplo,
no Brasil dizemos “trem”, em Portugal se diz “comboio”) e de construção gramatical
(enquanto no Brasil se utiliza uma construção do tipo “estou estudando”, em Portugal
prefere-se a forma “estou a estudar”).

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Neste exemplo, podemos notar o vocabulário e ortografia do português corrente em


Portugal que o diferencia do que empregamos atualmente no Brasil.

A Língua Portuguesa no mundota página envie artigos para aumentar a informação


sobre a sua

idadeportuguesa pertencente a

Atualmente, o português é língua oficial de oito países (Portugal, Brasil, Angola,


Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste). Apesar da
incorporação de vocábulos nativos e de modificações gramaticais e de pronúncia próprias
de cada país, as línguas mantêm uma unidade com o português de Portugal.

O português também é falado em pequenas comunidades, reflexão de povoamentos


portugueses datados do século XVI, como é o caso de:

Zanzibar (na Tanzânia, costa oriental da África)

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Macau (ex-possessão portuguesa encravada na China)

Goa, Diu, Damão (na Índia)

Málaca (na Malásia)

A Língua Portuguesa se faz presente em todos os continentes, observe:

América: O Brasil é o único país de língua portuguesa na América. Durante o período


colonial, o português falado no Brasil foi influenciado pelas línguas indígenas, africanas
e de imigrantes europeus. Isso explica as diferenças regionais na pronúncia e no
vocabulário verificadas, por exemplo, no nordeste e no sul do país. Apesar disso, a língua
conserva a uniformidade gramatical em todo o território.

Europa: O português é a língua oficial de Portugal. Em 1986, o país passa a integrar a


Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a língua portuguesa é adotada como um dos
idiomas oficiais da organização. Existem falantes concentrados na França, Alemanha,
Bélgica, em Luxemburgo e na Suécia, sendo a França o país com mais falantes.
Ásia: Entre os séculos XVI e XVIII, o português atuou como língua franca nos portos da
Índia e sudeste da Ásia. Atualmente, a cidade de Goa, na Índia, é o único lugar do
continente onde o português sobrevive na sua forma original. Entretanto, o idioma está
sendo gradualmente substituído pelo inglês. Em Damão e Diu (Índia), Java (Indonésia),

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Macau (ex-território português), Sri Lanka e Málaca (Malásia) fala-se o crioulo, língua que
conserva o vocabulário do português, mas adota formas gramaticais diferentes.

Oceania: O português é idioma oficial no Timor Leste. No entanto, a língua dominante


no país é o tétum. Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população
compreende o indonésio bahasa, apenas uma minoria compreende o português.

África: O português é a língua oficial de cinco países, sendo usado na administração, no


ensino, na imprensa e nas relações internacionais. A língua convive com diversos dialetos
crioulos.

Em Angola, 60% dos moradores falam o português como língua materna. Cerca de 40%
da população fala dialetos crioulos como o bacongo, o quimbundo, o ovibundo e o
chacue.

Em Cabo Verde, quase todos os habitantes falam o português e um dialeto crioulo, que
mescla o português arcaico a línguas africanas. Há duas variedades desse dialeto, a de
Barlavento e a de Sotavento.

Em Guiné-Bissau, 90% da população fala o dialeto crioulo ou dialetos africanos, enquanto


apenas 10% utiliza o português.

Em Moçambique, somente 0,18% da população considera o português como língua


oficial, embora seja falado por mais de 2 milhões de moçambicanos. A maioria dos
habitantes usa línguas locais, principalmente as do grupo banto.

Nas ilhas de São Tomé e Príncipe, apenas 2,5% dos habitantes falam a língua portuguesa.
A maioria utiliza dialetos locais, como o forro e o moncó

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A importância da interpretação textual

A leitura faz parte de nosso dia a dia, seja na escola, nas tarefas de casa, durante algum
percurso que fazemos, enfim, em todos os momentos ela está presente.

O fato é que quando a praticamos, muitas vezes não paramos para pensar sobre a sua
verdadeira importância, ou seja: até que ponto este ou aquele texto fez sentido para nós
enquanto mantínhamos contato com ele?

Você sabe o porquê dessa pergunta?

Muitas vezes, principalmente na escola, a professora sugere uma leitura e, logo em


seguida, ordena que seja feita a interpretação referente ao texto lido. Mas como realizá-
la, se não lembramos quase nada daquilo que acabamos de ler? Quando isso acontece é
porque ainda não temos a habilidade necessária a todo bom leitor.

Essa habilidade em saber interpretar um texto, pelo fato de ser muito importante,
precisa ser rapidamente conquistada, pois ela nos ajudará em todas as disciplinas, a
começar por aquele probleminha de matemática....

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Ah! Quantas vezes o lemos e não conseguimos resolvê-lo, não é verdade?

Pois bem, o mais importante nessa atividade é sabermos decifrar qual a mensagem que um
determinado texto quer nos transmitir e, para isso, é essencial analisarmos alguns pontos.

Precisamos estar atentos ao título, uma vez que ele nos fornece pistas sobre o assunto
que será tratado posteriormente. Logo após, surge o primeiro parágrafo que,
dependendo do texto, revela os principais elementos contidos no assunto a ser
discutido.

Geralmente, nos parágrafos seguintes, o emissor (a pessoa que escreve) costuma


desenvolver toda a sua ideia de um modo mais detalhado e, ao final, faz um uma
espécie de “resumo” sobre tudo o que foi dito, para não deixar que nada fique vago,
sem sentido para o leitor.

hAté aqui falamos sobre a forma pela qual o texto se constrói, mas há também outro
detalhe que não podemos nunca nos esquecer: a pontuação. Às vezes, uma vírgula pode
mudar o sentido de uma frase, os pontos de interrogação e exclamação dizem tudo sobre
as “intenções” do autor, ou seja, ele pode deixar uma pergunta para refletirmos, pode
também elogiar ou fazer uma crítica, utilizando o ponto de exclamação, concorda?

Assim sendo, resta ainda dizer que nem sempre numa primeira leitura podemos
identificar todos os elementos necessários a uma boa compreensão. Caso a mensagem
não fique clara ao nosso entendimento, realizamos uma segunda, desta vez um pouco
mais atenta, dando importância aos sinais de pontuação, como também analisando cada
parágrafo e retirando dele a ideia principal.

Agindo assim, considere-se um leitor competente!!!

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Saiba o que mudou na ortografia brasileira por Douglas Tufano (Professor e autor de
livros didáticos de língua portuguesa) O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira
objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de

1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo
Decreto Legislativo num 54, de 18 de abril de 1995. Esse Acordo é meramente ortográfico;
portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele
não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua
portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação
ortográfica desses países. Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários
aspectos, elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre
as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica para aqueles que
desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia
brasileira, sem preocupação com questões teóricas.

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto


completo passa a ser:

ABCDEFGHIJ
KLMNOPQRS

T U V W X Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da


nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W


(watt);

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b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy,


playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

TREMA

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como fica


agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado

eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.

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Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas
(palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica


alcalóide alcaloide

alcatéia alcateia

andróide androide

apóia (verbo apoiar) apoia

apóio (verbo apoiar) apoio

asteróide asteroide

bóia boia

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celulóide celuloide

clarabóia claraboia

colméia colmeia

Coréia Coreia

debilóide debiloide

epopéia epopeia

estóico estoico

estréia estreia
estréio (verbo estrear)estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser
acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis,
herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem
depois de um ditongo.

Como era Como fica


baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva

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cauíla cauila
feiúra feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de


s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica abençôo abençoo

crêem (verbo crer) creem dêem


(verbo dar) deem dôo (verbo
doar) doo enjôo enjoo

lêem (verbo ler) leem magôo


(verbo magoar) magoo perdôo
(verbo perdoar)perdoo povôo
(verbo povoar) povoo vêem (verbo
ver) veem

vôos voos zôo zoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s),


pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fica


Ele pára o carro. Ele para o carro.

Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.


Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos.Esse gato tem pelos brancos.

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Comi uma pêra. Comi uma pera.

Atenção:

- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo


poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do
presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair
mais cedo, mas hoje ele pode.

- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo:


Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim
como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.


Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em


alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a
forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui,
(eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como
aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do
subjuntivo e também do imperativo. Veja:

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a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.


Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.

verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas,


delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.


Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente
que as outras):

verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.

verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas,


delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

Uso do hífen

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Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata
ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos
leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os
prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo. As
observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou
por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti,
aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra,
inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo,
retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico anti-
histórico co-herdeiro
macro-história mini-
hotel proto-história
sobre-humano super-
homem ultra-humano

Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se
inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução

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coautor coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando


este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar,
coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por consoante diferente de r ou s. Exemplos:

anteprojeto
antipedagógico
autopeça autoproteção
coprodução geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo semideus
seminovo
ultramoderno

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante
etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:

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antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar
pela mesma vogal. Exemplos:

anti-ibérico anti-imperialista
anti-inflacionário anti-
inflamatório auto-
observação contra-
almirante contra-atacar
contra-ataque micro-ondas
micro-ônibus semi-
internato semi-interno

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6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento


começar pela mesma consoante. Exemplos:

hiper-requintado inter-
racial inter-regional sub-
bibliotecário super-
racista super-reacionário
super-resistente super-
romântico Atenção:

- Nos demais casos não se usa o hífen.


Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. -
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r:
sub-região, sub-raça .

- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:
circum-navegação, pan-americano .

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento
começar por vogal. Exemplos:

hiperacidez hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente

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superinteressante
superotimismo

8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos: além-
mar além-túmulo
aquém-mar ex-
aluno ex-diretor
ex-hospedeiro ex-
prefeito ex-
presidente pós-
graduação pré-
história pré-
vestibular pró-
europeu recém-
casado recém-
nascido sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se
combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.

Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.


11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.

Exemplos: girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé

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12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de
palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

Na cidade, conta- -se


que ele foi viajar. O
diretor recebeu os ex- -
alunos.

Resumo - Emprego do hífen com prefixos

Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico,
super-homem.

Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:

- Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.


- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
- Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
- Com hífen diante de mesma vogal:
contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:

- Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.


- Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
- Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações

1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r
subregião, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem
hífen: subumano, subumanidade.

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal:

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circum-navegação, pan-americano etc.


3 O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se
inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.

5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição,
como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.

6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:

ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, prévestibular,


pró-europeu.

Guia Prático da Nova Ortográfia© 1998-2009 Editora Melhoramentos Ltda. © 2009 UOL
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Os sinais de pontuação são recursos destinados à escrita, dotados de finalidades

específicas

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Para que servem os sinais de pontuação? No geral, para representar pausas na fala, nos
casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; ou entonações, nos casos do ponto de
exclamação e de interrogação, por exemplo.

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Língua Portuguesa Ensino Fundamental – 1ª Fase

Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de pontuação reproduzem, na


escrita, nossas emoções, intenções e anseios.

Vejamos aqui alguns empregos:

1. Vírgula (,) É

usada para:

a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou,

chorou, esperneou e, enfim, dormiu. Nessa oração, a vírgula separa os verbos.

b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se dizer!

c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio assistir à reunião.

d) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto:

1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele
copo suado! (antecipação de complemento verbal)

2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de


adjunto adverbial)

e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por


exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto e assim.

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Língua Portuguesa Ensino Fundamental – 1ª Fase

f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009.

g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito
mais do que esperava.

2. Pontos

2.1 - Ponto-final (.)

É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:

a) Não quero dizer nada.


b) Eu amo minha família.

E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs.

2.2 - Ponto de Interrogação (?)

O ponto de interrogação é usado para: a)


Formular perguntas diretas:

Você quer ir conosco ao cinema?

Desejam participar da festa de confraternização?

b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de uma


determinada situação:

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Língua Portuguesa Ensino Fundamental – 1ª Fase

O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)

Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)

Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino?
(expectativa)

2. 3 – Ponto de Exclamação (!)

Esse sinal de pontuação é utilizado nas seguintes circunstâncias:

a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo,


surpresa, súplica, ordem, horror, espanto:

Iremos viajar! (entusiasmo)

Foi ele o vencedor! (surpresa)

Por favor, não me deixe aqui! (súplica)

Que horror! Não esperava tal atitude. (espanto)

Seja rápido! (ordem)

b) Depois de vocativos e algumas interjeições:

Ui! que susto você me deu. (interjeição)

Foi você mesmo, garoto! (vocativo)

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Língua Portuguesa Ensino Fundamental – 1ª Fase

c) Nas frases que exprimem desejo:

Oh, Deus, ajude-me!

Observações dignas de nota:

* Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo, questionamento


e admiração, o uso dos pontos de interrogação e exclamação é permitido. Observe:

Que que eu posso fazer agora?!

* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro


sentimento, não há problema algum em repetir o ponto de exclamação ou
interrogação. Note:

Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo.

3. Ponto e vírgula (;)

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Língua Portuguesa Ensino Fundamental – 1ª Fase

É usado para:

a) separar itens enumerados:


A Matemática se divide em:
- geometria;
- álgebra; -
trigonometria;
- financeira.

b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada,
apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.

4. Dois-pontos (:) É

usado quando:

a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:

Ele respondeu: não, muito obrigado!

b) se quer indicar uma enumeração:

Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com
seus colegas e não responda à professora.

5. Aspas (“”)

São usadas para indicar:

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Língua Portuguesa Ensino Fundamental – 1ª Fase

a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um


início firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares
do

Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)

b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a propaganda de


“outdoor”.
6. Reticências (...)

São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de


continuidade ao que se estava falando:

a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa, O


bem que neste mundo mais invejo?

O brando ninho aonde o nosso beijo Será


mais puro e doce que uma asa? (...)

b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...


c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...

7. Parênteses ( )

São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples
indicações.

Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o
predomínio de vírgulas).

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Língua Portuguesa Ensino Fundamental – 1ª Fase

8. Travessão (–)

O travessão é indicado para:

a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:

- Quais ideias você tem para revelar?


- Não sei se serão bem-vindas.
- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste
projeto.

b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e dos


parênteses:

Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.

c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:

O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada.

Gostaria de parabenizar a pessoa que está discursando – meu melhor amigo.

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