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• A bexiga é um órgão muscular liso. Ela armazena temporariamente a
urina proveniente dos rins através dos ureteres até que o corpo esteja
preparado para a excretar através da uretra.
• A bexiga encontra-se inferiormente ao peritônio, assentando no
assoalho pélvico. Nas mulheres, a sua superfície inferior assenta na
sínfise púbica e a parede posterior está em contacto com a vagina e o
útero. Nos homens, a superfície inferior da bexiga assenta na sínfise
púbica e na próstata, posteriormente está o terço distal do reto.
• O músculo detrusor constitui a
parede da bexiga, ele forma o
esfíncter interno da uretra em torno
do colo da bexiga. O músculo
detrusor contrai em torno dos
orifícios ureterais quando a bexiga
contrai de forma a prevenir refluxo
vesicoureteral (refluxo de urina
para os ureteres).
• O reflexo de micção é um reflexo que permite o ato fisiológico da micção
quando a bexiga está cheia. À medida que a bexiga se enche com urina, a
pressão dentro da bexiga aumenta lentamente até que se atinja o ponto
máximo. Isto traduz-se na necessidade de urinar, sentida pela medula espinhal
através do plexo hipogástrico inferior. A medula espinhal envia em seguida
sinais através do mesmo plexo que causam a contração do músculo detrusor e
o relaxamento do esfíncter interno da uretra. O córtex cerebral consegue
sobrepor-se a este reflexo, controlando voluntariamente o relaxamento do
esfíncter externo da uretra. Isto é especialmente relevante, pois permite que
uma pessoa possa adiar a micção até que se encontre numa situação
socialmente adequada para o fazer.
Kenhub, 2019.
Reflexo da Micção
O detrusor é formado por
musculatura lisa (contração
involuntária), com fibras que são
polidirecionais. Desta forma a
bexiga é praticamente esmagada
durante a contração em todas as
direções, eliminando a urina.
• Os neurotransmissores interagem
com os receptores para que ocorra
a função.
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO
No inicio do reflexo, um potencial de ação vai
desenvolver pelas ramificações a nível de T12
até L3, nos nervos simpatico.
O NEROTRANSMISSOR principal é a
NORADRENALIDA (NORAEPINEFRINA),
RECEPTORES alfa e beta. O neurotransmissor
interage com os receptores. Os alfa estão em
maior quantidade no colo, na atividade de
contração. Os beta no corpo e no trigono,
fazendo com que a bexiga expanda e relaxe.
Dessa forma, temos um cenário de bexiga
relaxada e expandida e exficter interno
contraido. Favorecendo assim o
armazenamento e a retenção da urina.
SISTEMA NERVOSO PARASIMPÁTICO
2) Após, urinar “pelo relógio”, em intervalos regulares, usando inicialmente o menor intervalo entre as micções, conforme identificado
no diário miccional. a. Tipicamente começar com intervalos de 1 hora (enquanto acordada). b. Intervalos menores (como 30 minutos ou
menos) podem ser necessários em pacientes que costumam urinar em intervalos de menos de 1 hora.
3) Controlar a urgência (desejo de urinar) entre as micções programadas com técnicas de distração, relaxamento e contrações da
musculatura do assoalho pélvico. a. Técnica de distração: realizar cálculos matemáticos mentalmente. b. Técnica de relaxamento:
realizar respirações profundas. c. Técnica de contrações da musculatura do assoalho pélvico: realizar contrações rápidas dos músculos
do assoalho pélvico.
4) Após 2-7 dias com menos sintomas de urgência e/ou incontinência, aumentar o intervalo entre as micções. a. Usualmente progredir
com 15-30 minutos a mais de intervalo. b. Os intervalos devem ser gradualmente aumentados até que seja atingido intervalo de 2-4
horas com, no máximo, poucos episódio de urgência e/ou incontinência. Aumentar o intervalo entre as micções. a. Usualmente
progredir com 15 a 30 min a mais de intervalo. b. Os intervalos devem ser gradualmente aumentados até que seja atingido intervalo de
2 a 4 horas, com poucos episódios de urgência e/ou incontinência. O treinamento vesical pode demorar até 6 semanas para provocar
melhora no padrão miccional.
• O treinamento vesical, também conhecido como reeducação
vesical, consiste em educação do paciente sobre seus hábitos
miccionais associado a regime de micção programada com
aumentos graduais do intervalo entre as micções. É um
tratamento que ajuda o paciente a “segurar mais urina”, de
forma que consiga urinar com menor frequência e com
menos episódios de urgência e incontinência. O treinamento
vesical é frequentemente realizado em conjunto aos
exercícios da musculatura do assoalho pélvico (exercícios de
Kegel).
https://aps.bvs.br/aps/o-que-e-e-como-orientar-o-treinamento-vesical/
• A bexiga hiperativa é uma condição que tem como principal
causa a hiperatividade do músculo detrusor e que afeta
muitas mulheres.
• Um dos métodos utilizados na fisioterapia é a
eletroestimulação do nervo tibial posterior (PTNS), cujo
objetivo é impossibilitar a contração involuntária do
músculo detrusor de forma exacerbada.
• Uma revisão sistemática de literatura, que utilizou artigos de
ensaios clínicos randomizados encontrados na base de
dados Cochrane.
• O tratamento através da eletroestimulação percutânea no
nervo tibial posterior (PTNS) torna-se um método eficaz,
para o controle da frequência urinária, a noctúria e a
incontinência urinária de urgência, garantindo a melhora
dos sintomas da bexiga hiperativa referida pelos pacientes.
• Embora não exista um valor exato, considera-se que 10-17%
da população mundial já teve algum sintoma de bexiga
hiperativa.
• O nervo tibial posterior é constituído por fibras motoras e
sensitivas, que emergem de L5-S3, onde se originam
também algumas fibras do sistema nervoso parassimpático
(SNP), as quais são responsáveis pela inervação da bexiga. O
estímulo proporcionado a este nervo ocasiona redução da
contração involuntária do músculo detrusor, e tem como
principais vantagens o baixo custo e a ausência de reações
adversas.
• A incontinência urinária (IU) pode ser definida como qualquer
perda involuntária de urina que determine desconforto social ou
higiênico e seja demonstrável de modo objetivo (ABRAMS et
al., 2002). Estudos indicam que até 40% das mulheres
americanas tem algum grau de IU (ANGER et al., 2006). Uma
parcela delas ainda apresenta esse problema com interferência
em atividades cotidianas, como nas relações interpessoal e
sexual. Apesar disso, muitas ainda não procuram auxílio
médico.
CÂNDIDO et al., 2021
• A incontinência é uma condição estigmatizante em muitas
populações(2), o que ocasiona dificuldade em obter dados
epidemiológicos consistentes. Talvez por causa do estigma,
essa condição está associada a baixas taxas de busca por
cuidados de saúde(2). Apesar disso, os estudos mostram que
aproximadamente 12,4% das mulheres jovens(3), 45% das
mulheres de meia-idade e pós-menopausa (4), e 75% das
mulheres mais velhas experimentam alguma perda involuntária
de urina(5). Os custos anuais com cuidados de rotina para o
manejo da IU nos Estados Unidos são estimados em US$ 50-
1000 por pessoa(6). Saboia, et al., 2017
• Um estudo realizado com a população brasileira (SOLER et al., 2017) demonstrou que a
prevalência de sintomas do trato urinário inferior aumenta com a idade, sendo de 36,1% em
homens e 57,4% em mulheres na faixa etária dos 40-49 anos, elevando para 60% em
homens e 73,5% em mulheres de 60-69 anos. Acima dos 70 anos a prevalência é ainda
maior, 71,3% em homens e 95,6% em mulheres. Destes sintomas, urgência miccional e IU de
urgência foram os que mais incomodam os homens e perdas urinárias involuntárias, enurese
noturna e gotejamento pós-miccional os que mais incomodam as mulheres, evidenciando
que a IU, em suas mais diversas formas, merece atenção especial. As perdas urinárias
impactam negativamente a qualidade de vida das pessoas, demonstrando que muitos
sentem vergonha de frequentar lugares públicos devido ao medo de perder urina ou mesmo
pela falta de banheiro e acabam por se afastar de familiares e amigos gerando muitas vezes
um quadro de depressão ligado à IU (KWON et al., 2010). Especificamente em idosos, o
distúrbio do sono causado pelo aumento da frequência urinária noturna e risco de queda
relacionada são as queixas mais prevalentes (KO et al., 2005; NAZARIPANAH et al., 2018).
• Mulheres geralmente apresentam IU de estresse ou urgência,
enquanto homens tendem a apresentar problemas prostáticos
e, portanto, problemas relacionados à incontinência contínua. É
válido lembrar também que diversas medicações,
especialmente relacionadas a próstata, podem provocar um
quadro de IU.
Os órgãos genitais externos (monte púbico, lábios maiores e menores, clitóris, vestíbulo vaginal, bulbos do vestíbulo e
glândulas vestibulares maiores e menores) no conjunto são chamados de pudendo feminino ou vulva. O pudendo feminino
serve como tecido sensitivo e erétil durante a excitação sexual, apresenta a função de orientar o fluxo urinário e serve de
barreira para evitar a entrada de corpo/material estranho nos órgãos genitais internos e nos órgãos do sistema urinário (Figura
1.12).
Clitóris
Puborretal: porção mais medial, mais estreita e espessa do levantador do ânus. Forma uma alça em forma de U que contorna
posteriormente a junção anorretal. O puborretal tem um papel importante na manutenção da continência fecal.
Pubococcígeo: porção mais larga e intermediária; entretanto, é a parte menos espessa do músculo levantador do ânus e
apresenta fixação lateral ao puborretal. O músculo pubococcígeo surge anteriormente no corpo do púbis e suas fibras laterais
se fixam no cóccix. Suas fibras mediais fundem-se às do músculo contralateral para formar uma rafe fibrosa, parte do corpo
anococcígeo. Alças de fibras musculares mais curtas do pubococcígeo se fundem à fáscia ao redor de estruturas da linha
mediana do assoalho pélvico e são denominadas, em mulheres: pubovaginal,
puboperineal e puboanal.
fixam no cóccix. Suas fibras mediais fundem-se às do músculo contralateral para formar
uma rafe fibrosa, parte do corpo anococcígeo. Alças de fibras musculares mais curtas do
pubococcígeo se fundem à fáscia ao redor de estruturas da linha mediana do assoalho
pélvico e são denominadas, em mulheres: pubovaginal, puboperineal e puboanal.
O músculo levantador do ânus constitui um assoalho dinâmico para cumprir sua função
de sustentação de vísceras abdominopélvicas. Em quase todo o tempo, suas três partes
mantêm contração tônica, o que viabiliza a manutenção da continência fecal e urinária;
há também contração ativa em situações diversas, como tosse, espirro, vômito, dentre
outras.
Períneo
Uma linha imaginária que une os túberes
isquiáticos separa o períneo em duas regiões
triangulares: uma anterior, o trígono
urogenital; e uma posterior, o trígono anal
(Figura 1.16). O Corpo do períneo é o local
de convergência e entrelaçamento de fibras
musculares, incluindo os seguintes
músculos: bulboesponjoso, esfíncter externo
do ânus e músculos transversos superficial e
profundo do períneo (Figura
1.17)
Os músculos do espaço superficial do períneo são:
• “Tenho muita dor na vagina. Já tratei com todo tipo de medicação e nada resolve.”
• “Tive muitos episódios de candidíase. Não tenho mais o corrimento, exames estão
negativos, mas a dor me persegue.”
• “Achava que era ressecada e não conseguia ter relação por dor. Mas com o tempo
passei a ter o incomodo mesmo sem a penetração. Sinto muita queimação na entrada
da vagina. Ninguém sabe o que eu tenho, Dra. Preciso de ajuda.”
• “Quando toco na região logo antes da entrada da vagina sinto uma dor absurda.
Consultei muitos médicos e até hoje não resolveu. Pesquisei na internet e acho que é
vulvodínia.”
Esses sintomas acometem a região genital da mulher, principalmente
na área do intróito e face interna dos pequenos lábios, podendo se
estender até o clitóris. Se não tratada, essa doença pode comprometer a
qualidade de vida, impactando a sexualidade na grande maioria de
mulheres portadora somada aos impactos psicológicos presente em
algumas dessas.
Vulvodínia
• Condição limitante caracterizada por:
• ardência,
• irritação,
• coceira,
• sensação de “picada”,
• fisgadas,
• dor intensa ao toque ou tentativa de penetração ou sensibilidade à pressão,
• dor durante a relação sexual e em outros casos mesmo sem relação sexual,
• desconforto com inserção de tampões, coletores e aplicadores vaginais,
• piorar com o uso de roupas justas, exercícios como cavalgar e andar de bicicleta em alguns casos,
• impactos emocionais decorrência da impossibilidade de ter relação sem dor como questionamentos sobre
a feminilidade, inseguranças com relacionamento, ansiedade, depressão e evitação de parceiros.
Vulvodínia
• As mulheres afetadas podem sofrer incômodo ao realizar tarefas simples,
como andar de bicicleta e usar calça jeans, ou até mesmo durante o ato
sexual, impedindo o toque íntimo e a penetração. Como outras doenças que causam
dor nessa região, a evolução será para redução do desejo sexual, dificuldade de
orgasmo, redução da frequencia de relações sexuais e com isso impacto direto na
satisfação sexual do casal.
• Geralmente ela é confundida com outras infecções, em especial com a candidíase, o
que acaba retardando o diagnóstico e podendo até agravar os sintomas.
• A vulvodínia não tem uma causa específica, mas pode estar associada a questões
psicológicas, hormonais, história de candidíase de repetição, dermatites ou traumas
na região, maior percepção da dor entre outros. A teoria mais aceita seria a de dor
neuropática iniciada por lesão primária ou disfunção do sistema nervoso com
terminações nervosas nociceptivas em maior número e calibre, que podem
contribuir para maior sensibilidade.
• Desafio 1: Sou uma mulher normal apesar de querer e não conseguir ter penetração vaginal? Pontos relacionados à
autoimagem e a identidade feminina desvinculada do papel da mulher em relação ao homem. Ressignificação do papel da
mulher no relacionamento.
• Desafio 2: Necessidade de bolar estratégicas para manejar a dor, quando a mulher opta por não falar sobre o diagnóstico com
a parceria sexual.
• Desafio 3: Dificuldade em ser clara sobre a doença com o parceiro pelo medo de impactar negativamente o relacionamento.
• Desafio 4: Conseguir falar sobre vulvodínia com o parceiro da maneira que ele entenda a doença e os impactos que geram o
silêncio sobre o assunto e a demora em falar.
• Desafio 5: Lidar com os sentimentos de ter sido enganado (quando o parceiro é o mesmo de antes do diagnóstico) e
sentimentos de rejeição por parceiros após o diagnóstico (quando não entendem o motivo de evitar contato físico).
• Desafio Estrelinha: Decidir não ter mais penetração com dor. Interromper o ciclo de manter o relacionamento e permitir sexo
com dor ou achar que é normal sentir dor.
• “Não quero mais ter sexo com dor!” Quando essa decisão é tomada e a mulher resolve que não passará mais por isso
existem dois caminhos: A busca por tratamento ou a decisão de evitar relações sexuais.
• Algumas mulheres começam a evitar relacionamento e rejeitam parceiros pelo medo da dor e preferindo parceiros não
tão interessados em sexo.
Vulvodínia
• Diagnóstico de Vulvodínia
• O diagnóstico é de exclusão, ou seja, afastamos outras causas para então fechar o
diagnóstico dessa doença. Mas a hipótese deve ser lembrada já na primeira consulta e
alertar a mulher sobre essa possibilidade.
• Uma conversa detalhada para saber sobre sintomas e situações agravantes, estresse,
medicamentos, infecções do trato geniturinário (vaginose, candidíase, condiloma,
tricomoníase e infecção urinária), cirurgias e traumas na região é necessária. Além de
afastar a possibilidade de irritantes como sabonetes e absorventes.
• Outras condições estão frequentemente presentes em mulheres com vulvodínia:
• síndrome da fadiga crônica,
• cistite intersticial,
• fibromialgia,
• síndrome do intestino irritável,
• estresse pós-traumático,
• depressão,
• enxaqueca,
• candidíase recorrente.
Vulvodínia
A vulvodínia pode ser classificada em generalizada e localizada, sendo
que a última corresponde a 80% dos casos e caracteriza-se pela dor ao
toque em área específica: vestíbulo (vestibulodínia), clitóris
(clitorodínia) ou unilateral (hemivulvodínia). A vulvodínia generalizada é
descrita como dor ou queimação na vulva, incluindo monte pubiano,
grandes e pequenos lábios, vestíbulo e períneo.