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INSTITUTO POLITECNICO BOA ESPERANÇA

Curso de Enfermagem Geral

TRABALHO EM GRUPO DA CADEIRA DE PEDIATRIA


Tema : Infecções da Pele

Júlia Gonçalves Bernardo


Odete dos Santos Valério
Rábia Felisberto
Quimo Abacar

Nacala – Porto
2023
Júlia Gonçalves Bernardo
Odete dos Santos Valério
Rábia Felisberto
Quimo Abacar

TRABALHO EM GRUPO DA CADEIRA DE PEDIATRIA


Tema: Infecções de Pele

O presente trabalho da cadeira de pediatria, aborda


em linhas gerais aspectos ligados à infecções da
pele. Nele é também falado da sua classificação,
etiologia, complicações, quadro clinico, tratamento
e as possíveis prevenções para cada tipo de
Infecção.
Docente : Welis

Nacala – Porto
2023
ÍNDICE
INTRODUÇÃO………………………………………………………………………..5
1.CONCEITO………………………………………………………………………….6
CAPIULO II………………………………………………………………………….. 7
CLASSIFICAÇÃO, COMPLICAÇÕES, PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E
TRATAMENTO……………………………………………………………………….8
DERMATOSES ECZEMATOSAS…………………………………………………....9
DERMATITE ATÓPICA………………………………………………………………9
Prevenção …………………………………………………………………………....10
Tratamento………………………………………………………………………..…..10
Etiologia da Dermatite Atópica……………………………………………………....10
PITIRÍASE ALBA……………………………………………………………………11
Prevenção……………………………………………………………………………..12
Tratamento…………………………………………………………………………….12
DERMATITE DE CONTACTO………………………………………………………12
Prevenção……………………………………………………………………………...12
Tratamento…………………………………………………………………………….12
DERMATITE DE FRALDAS………………………………………………………...13
Prevenção……………………………………………………………………………...13
Tratamento……………………………………………………………………………..13
IMPETIGO…………………………………………………………………………….14
Tratamento……………………………………………………………………………..15
Importante……………………………………………………………………………...15
ESCABIOSE…………………………………………………………………………...16
Tratamento……………………………………………………………………………..18
Imprtante……………………………………………………………………………….18
ESTRÓFULO………………………………………………………………………….18
Prevenção………………………………………………………………………………19
Tratamento……………………………………………………………………………...19
ECZEMA DE ESTASE…………………………………………………………………20
Prevenção……………………………………………………………………………....20
Tratamento……………………………………………………………………………...20
ACNE NEONATAL……………………………………………………………………21
ETIOLOGIA……………………………………………………………………………22
TRATAMENTO………………………………………………………………………..22
CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………..24
CONCLUSÃO………………………………………………………………………….25
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………………………………………………...26
INTRODUÇÃO
A Dermatologia é a especialidade médica voltada para o diagnóstico e tratamento das
doenças que acometem o maior órgão do corpo humano, a pele. Engloba também doenças
dos anexos cutâneos(cabelos e unhas), bem como das mucosas (oral e genital).
Acompanhando o progresso geral da Medicina, a Dermatologia teve, nas últimas décadas,
grande crescimento quantitativo e qualitativo, evoluindo de especialidade puramente clínica
para médico-cirúrgica . Há dados que revelam a alta frequência de dermatoses e demonstram
a importância dessa área médica. Contudo, existe uma tendência a não valorizar tais
informações devido à baixa letalidade dessas doenças, subestimando sua morbidade e
importância como problema de saúde pública. Vários estudos, entretanto, mostram que as
doenças de pele têm significativo impacto na qualidade de vida dos pacientes, sendo estes
mais propensos a apresentar depressão. As dermatoses são fatores estressantes,
independentemente de as lesões estarem ou não expostas. A dermatite atópica, por exemplo,
afeta a vida de pacientes, sendo responsável por modificar suas relações pessoais, sociais e no
trabalho.

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CAPITLO I
1. CONCEITO
A elaboração deste trabalho engloba conceitos relativos à infecções da pele, desde a sua
etiologia, classificação, complicações, prevenção diagnóstico e tratamento das principais
dermatoses da infância de interesse sanitário para dermatologia na atenção básica à saúde,
uma vez que as doenças de pele continuam figurando entre as três primeiras causas de
demanda aos serviços de saúde. Com este trabalho, pretendemos também ilustrar os efeitos
das infecções da pele nos indivíduos, com mais particularidade em crianças.

É importante lembrar que a pele é o maior órgão do corpo humano, uma barreira importante
entre nosso organismo e o meio exterior. Além de ser capaz de despertar sensações, expressa
um sem número de significativos sinais e sintomas, que são de auxilio fundamental na
identificação de doenças.

As doenças que acometem a pele podem estar restritas a ela ou, por vezes a pele expressa
sinais e sintomas como a primeira manifestação, ou manifestação tardia de doenças
sistêmicas.

Não menos importante é lembrar que o exame físico da pele deve ser feito sob iluminação
adequada, preferentemente sob luz natural e quando não for possível sob luz fluorescente.
Deve-se valorizar sinais com alteração da cor (acromia, hipocromia, hipercromia, eritema),
com alteração da espessura (atrofia, hiperceratose), a presença ou ausência de sintomas como
prurido, dor e ardor. Todos são elementos auxiliares no diagnóstico e consequente instituição
da terapêutica adequada.

As doenças da pele variam na sua frequência de acordo com a idade:

 Na criança
 No adolescente
 No adulto
 No idoso

Na criança

Nas crianças, por exemplo, o eczema atópico, é certamente a doença mais frequente até à
idade escolar. Pode estar associada à asma ou rinite alérgica, na criança ou em familiares
directos.
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Estas crianças têm uma pele muito seca com muita comichão e nela surgem manchas
vermelhas, ásperas, com escamas ou crostas, em particular na face nos bebés mais pequenos
ou nas dobras dos cotovelos e joelhos. Nas crianças com mais de 1 ou 2 anos pode também
surgir nos lábios, pálpebras, nos punhos, dedos das mãos e tornozelos.

Estas crianças necessitam de cuidados especiais de hidratação da pele e medidas de higiene


para evitar secar mais a pele. Podem ainda necessitar de tratamentos locais com cortisona ou
outros medicamentos que o Dermatologista saberá analisar e prescrever de acordo com cada
caso.
Também na criança, e em particular nas crianças atópicas, são frequentes os moluscos
contagiosos, pequenas borbulhas róseas ou transparentes de poucos milímetros assentes em
pele normal, habitualmente assintomáticas, que surgem no tronco e membros, e as verrugas
vulgares das mãos, vulgarmente designadas “cravos” e as verrugas plantares dolorosas ao
andar e no desempenho das outras actividades físicas.

Ainda, nos atópicos mais frequentemente alérgicos às picadas dos ácaros das palhas secas,
dos pêlos e penas dos animais ou do pó da casa, surgem nos meses da Primavera e Verão as
lesões de prurigo agudo. Horas depois de actividades ao ar livre ou do contacto com palhas e
pós ou com roupa contaminada, nos locais das picadas surgem na cintura, braços e pernas,
borbulhas altas e de cor vermelha viva com picada ou pequena bolha de água no centro, que
causam muita comichão e o coçar leva a formar crostas que podem infectar.
Na criança é importante estar também alerta para um grande número de doenças hereditárias
que afectam a pele e, por vezes, também os órgãos internos.

CAPIULO II

CLASSIFICAÇÃO, COMPLICAÇÕES, PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E


TRATAMENTO.

1. DERMATOSES ECZEMATOSAS
 Dermatites caracterizadas pela presença de eritema, edema, infiltração, vesiculação,
secreção, crostas, escamas e liquenificação. As lesões são acompanhadas por prurido.
 Fases do Eczema:
 Agudo: eritema, edema, vesículas, exsudação.

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 Subagudo: eritema menos intenso, exsudação, crostas.
 Crônico: liquenificação e fissuras.
1.1. DERMATITE ATÓPICA
 Doença inflamatória comum da pele que normalmente começa na infância ou no
início da infância e é frequentemente associada com outros distúrbios atópicos como
asma e rinite.
 Manifestações clínicas da dermatite atópica (DA): ( Quadro Clínico)
 DA infantil (< 2 anos): após o segundo mês de vida, surgem pápulas
edematosas ou pápulovesículas nas bochechas, podendo evoluir para
grandes placas. Pode acometer couro cabeludo, pescoço, superfícies
extensoras das extremidades e tronco.
 DA na juventude (entre 2-12 anos): presença de xerose, áreas mais
liquenificadas. Acomete principalmente áreas flexurais, face
(especialmente áreas periorificiais), pescoço, punho, mãos.
 DA na adolescência e fase adulta (> 12 anos): lesões em fase subaguda/
crônica, envolvendo áreas flexurais. O quadro pode mudar em adultos,
acometendo mãos, face, região retro auricular, pescoço, peito.

Fig01. Dermatite Atópica (Eczema) Fig02. Complicações da Der. Atópica Fig.03 Dermatite
atópica aguda com infecção
secundária

1.1.1. Prevenção:

•Banhos rápidos (1x/dia por 5 minutos), água morna/fria, utilizar sabonetes suaves e neutros
de forma restritiva (apenas nas regiões axilar e genital), evitar o uso de esponjas e buchas;

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• Preferir tecidos de algodão com cores claras que permitam a transpiração. Usar roupas
folgadas;

• Evitar tecidos sintéticos que inibam a sudorese, como a lã;

• Evitar poeira, pólen, bichos de pelúcia, etc.

1.1.2. Tratamento:

Hidratação cutânea (de preferência após o banho com a pele ainda húmida):

 Creme hidratante - cold cream ou creme com óleo de amêndoas 5% ou AGE loção -
ao menos 2x/dia.
 Existem cremes hidratantes superiores aos mencionados acima, mas devem
ser prescritos pelo dermatologista, conforme o caso requeira.
 Anti-Histamínico:
 Dexclorfeniramina 2 mg/dia ou Hidroxizine 25 mg/dia – principalmente ao
deitar.
 Xarope de Hidroxizine 1 ml para cada 2 kg de peso 3-4x/dia – (2mg/ml)

OBS.: anti-histamínicos de Segunda Geração (não sedantes) não apresentam resposta


nos casos de Dermatite atópica crônica.

 Corticoterapia tópica:
 Hidrocortisona 1% (creme) - 2x/dia por 7 dias - para uso em crianças e nas
lesões de face dos adultos.
 Dexametasona 1% (creme) - 2x/dia durante 7 dias.

OBS: Evitar Corticoides de alta potência e de muito alta potência.

1.1.3. Etiologia da Dermatite Atópica

Dermatite atópica afeta principalmente crianças em áreas urbanas ou países de alta renda,
e a prevalência aumentou ao longo dos últimos 30 anos; até 20% das crianças e 10% dos
adultos são afetados nos países de alta renda. A maioria das pessoas com a doença a
desenvolve antes dos 5 anos, muitas delas antes do 1º ano de vida; entretanto, a dermatite
atópica pode até mesmo começar na idade adulta tardia. A hipótese não comprovada da
higiene é de que a menor exposição infantil precoce a agentes infecciosos (isto é, por

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causa de condições de higiene mais rigorosas em casa) pode aumentar o desenvolvimento
de doenças atópicas e autoimunidade a autoproteínas.

Muitos pacientes ou familiares com dermatite atópica também têm asma alérgica e/ou
hipersensibilidade do tipo imediato que se manifesta, por exemplo, como rinoconjuntivite
alérgica sazonal ou perene. A tríade composta por dermatite atópica, rinoconjuntivite
alérgica e asma é chamada atopia ou diátese atópica. Outras características
dermatológicas da atopia incluem xerose, ictiose/hiperlinearidade palmar (isto é, linhas de
pele mais proeminentes nas palmas das mãos), ceratose pilar, prega cutânea infraorbital
(dobra de Dennie-Morgan), adelgaçamento das sobrancelhas laterais (sinal de Hertoghe),
intolerância à lã (irritação e prurido desencadeado pelo contato da pele com a lã),
dermografismo branco (vasoconstrição, causando clareamento da pele em resposta à
coçadura) e aumento da perda de água transepidérmica (na pele não afetada e afetada).

1.2. PITIRÍASE ALBA

A pitiríase alba é uma condição dermatológica em que a pele apresenta manchas


esbranquiçadas, distribuídas principalmente na face, no pescoço e no tronco superior. É mais
frequente em crianças acima dos seis anos e adolescentes.

As manchas, antes de serem brancas, podem ter aspecto discretamente róseo, com leve
descamação associada. Geralmente, essas lesões são assintomáticas, mas podem causar certo
desconforto estético, e alguma coceira associada.

As lesões são mais aparentes em pessoas pardas ou pretas e também naqueles que se expõem
ao sol, devido ao maior contraste das manchas brancas com a pele.

A causa da pitiríase alba não é conhecida, mas sabe-se que essa condição é mais frequente em
pacientes com dermatite atópica. Além disso, ela apresenta alguns fatores desencadeantes,
como banhos quentes frequentes e uso de esponjas durante a higiene corporal.

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Fig.04 Pitiríase alba

1.2.1. Prevenção:

• Evitar exposição solar, uma vez que ela pode deixar as lesões mais evidentes.

• Orientações semelhantes às da Dermatite Atópica: banhos rápidos, água morna/fria, evitar


uso excessivo de sabonete e bucha.

1.2.2. Tratamento:

• Hidratação cutânea com creme hidratante (cold cream) ou creme com óleo de amêndoas
5%.

• Filtro Solar UVA/UVB FPS mínimo de 30 - aplicar a cada 2-3h nos horários de sol. Muitas
formulações não atingem a proteção solar indicada nos rótulos, portanto, preferir produtos
com origem confiável. Para pacientes sensíveis, preferir produtos hipoalergênicos disponíveis
no mercado.

1.3. DERMATITE DE CONTACTO

• Dermatose causada pelo contato de substâncias exógenas com a pele.

• Na maioria das vezes se caracteriza por um eczema na sua forma aguda, subaguda ou
crônica, localizada na região do corpo que entrou em contato com a substância.

• Os elementos responsáveis pela dermatite de contato podem estar relacionados ao trabalho


do paciente, caracterizando uma dermatose ocupacional.

Quadro clinico (sinais e sintomas)


A dermatite de contato alérgica geralmente causa mais coceira do que
dor. Os sintomas podem levar um dia ou mais para se tornarem

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perceptíveis e aumentar de intensidade por dois a três dias após a
exposição.
Entre os sintomas de dermatite de contato, podemos destacar: irritação
na pele, com vermelhidão e coceira no local; ardência na pele;
descamação da pele; bolhas na pele; feridas e machucados; pele muito
seca ao redor da lesão; inchaço na área afetada;

Fig.05 Dermatite de contacto

1.3.1. Prevenção:

• Solicitar: Teste de Contato Alérgico (PATCH TEST)

• Evitar o uso abusivo de sabonetes, buchas, lavagens excessivas, água quente.

• Após a identificação do alérgeno causador, deve-se orientar o paciente a não entrar em


contato

com o agente, fornecendo por escrito os produtos a serem evitados. Orientar também a
respeito

da leitura de rótulo de qualquer produto.

• Uso de vestuário que anule o contato como luvas, sapatos, EPI (quando associado à
atividade

laboral).

1.3.2. Tratamento:

• Compressas com água boricada 3%, 2x/dia por 5 a 10 minutos (para os casos agudos).

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• Creme hidratante - cold cream, ou superior (hipoalergênicos), luvas de silicone.

• Corticoides tópicos:

 Dexametasona 1% creme - 2x/dia por 7 dias.


 Mometasona 0,1% creme - 1x/dia por 7 dias.
 Corticoides de alta potência - usados com parcimônia- em áreas pequenas, por tempo
limitado (7 dias) em lesões liquenificadas (crônicas), não usar na face e área de
dobras.
 Clobetasol 0,05% creme - 2x/dia por 7dias

1.4. DERMATITE DE FRALDAS

• Provocada pelo contato da pele com a urina e fezes retidas nas fraldas.

• Ocorre irritação da pele, com maceração. Pode surgir infecção secundária por Candida
albicans ou bactérias.

1.4.1. Prevenção:

• Trocar as fraldas com frequência - evitar o contato prolongado da urina e das fezes com a
pele. Se possível, deixar o lactente sem fraldas.

• Limpeza da área afetada apenas com água morna. Evitar lenços humidecidos e sabonetes
em excesso. • Na troca de fraldas, usar creme de barreira (à base de óxido de zinco).

• Pomada vitaminada A/D com óxido de zinco.

Quadro Clinico (Sinais e sintomas)


A região da assadura apresenta vermelhidão com
pequenas pápulas (bolinhas) e a pele fica irritada e
quente. O bebê se mostra irritado ao longo do dia e
pode ter dificuldade para dormir à noite. Além
disso, pode ocorrer uma leve descamação da pele.

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Fig.06 Dermatite de fralda

1.4.2. Tratamento:

• Corticoterapia tópica (nos casos mais intensos):

• Hidrocortisona 1% creme - 2x/dia por 7dias.

• Desonida 0,05% creme - 2x/dia por 7dias.

 Em caso de co-infecção por Candida sp e por bactérias:


 Clotrimazol ou cetoconazol creme na área afetada 2x/dia durante 14 dias.
 Nistatina – aplicar a cada troca das fraldas em associação ao creme de barreira.
 Pode ser associado ao corticóide, mas evitar formulações com corticóide e
antimicóticos no mesmo veículo (essas apresentações geralmente apresentam
corticóides de alta potência).

1.5. IMPETIGO

• É uma infecção bacteriana superficial observada com maior frequência em crianças de


dois a cinco anos.

• Pode ser classificada como impetigo primário ou impetigo secundário


("impetiginização" - infecção em locais de pequenos traumas cutâneos, como escoriações
e picadas de insetos, ou condições subjacentes, como eczema).

• Variantes do impetigo incluem impetigo não bolhoso (mais frequente) e impetigo


bolhoso. • Sintomas sistêmicos são geralmente ausentes. Linfadenite regional pode
ocorrer.

Quadro clinico (sinais e sintomas)

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Impetigo comum ou não bolhoso: O agente infeccioso costuma ser a
bactéria estreptococos. A principal manifestação da doença é o
aparecimento de pequenas bolhas parecidas com espinhas cheias de
pus (pápulas eritematosas), especialmente ao redor do nariz e da
boca, mas que também podem surgir nos braços e nas pernas.

Fig.07 Impetigo

1.5.1. Tratamento:

Quadro localizado:

• Limpeza com água e sabonetes antissépticos.

• Compressas com água boricada 3% fria ou gelada.

Prescrever:

USO TÓPICO:

• Mupirocina 2% pomada.

Antes de aplicar o medicamento, remover as crostas. Utilizar vaselina líquida ou compressas


de pano molhadas para facilitar a remoção. Aplicar o medicamento 3 vezes por dia até a
resolução das lesões (7-10 dias).

Para descontaminação nasal: Aplicar uma pequena quantidade na abertura nasal, 3


vezes ao dia, por 5 dias (importante para evitar recorrências).

USO ORAL (pode ser necessário conforme avaliação médica):

• Cefalexina:

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a) Adultos: 500 mg de 6 em 6 horas por 10 dias

b) Crianças: 30-50mg/kg/dia divididos em doses de 6/6 horas por 10 dias.

1.5.2. IMPORTANTE

• Deve-se procurar reconhecer e tratar o impetigo o mais precocemente possível, devido


ao risco de desenvolvimento de nefrite aguda.

• Pesquisar se há outros membros da família acometidos (o que é muito frequente), e


tratá-los como recomendado.

• Quando o impetigo se torna recorrente ou não há resposta satisfatória ao tratamento,


encaminhar o paciente para avaliação com dermatologista (pois pode haver outra
dermatose de base).

• No caso de crianças, as mesmas podem retornar à escola após 24 horas do início de


terapia antibiótica efetiva.

• A higiene das mãos é fundamental, assim como orientar os pais e os pacientes a manter
as lesões ativas tampadas (assim se evita que o paciente toque na lesão sem querer e após
toque em outras partes do corpo ou em outras pessoas, levando junto a bactéria.

1.6. ESCABIOSE
• Parasitose humana causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.
• Tipicamente se manifesta como uma erupção intensamente pruriginosa com distribuição
característica: regiões interdigitais, punhos, axilas, aréola e genitália estão entre os locais
comuns de envolvimento.
• O prurido caracteristicamente se intensifica no período noturno.
• É necessário tratar TODOS os contactantes concomitantemente.

Quadro clínico ( sinais e sintomas)


A doença tem como característica principal a coceira
intensa que, geralmente, piora durante a noite. A lesão
típica da sarna é um pequeno trajeto linear pouco
elevado, da cor da pele ou ligeiramente avermelhado e
que corresponde aos túneis sob a pele.

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Fig.08 Escabiose

1.6.1. Tratamento:
1ª escolha para lactentes (idade de até 1 ano):
Prescrever:
USO TÓPICO
• Enxofre precipitado -----------10%
• Pasta da água q.s.p. ------------20g
Após o banho, aplicar no corpo todo, do pescoço para baixo. Dar banho após 24 horas e
reaplicar o medicamento. Realizar um total de 3 aplicações em 3 dias seguidos. Repetir
em 7 dias.
OBS: Tem odor desagradável, mancha a roupa e é pouco prático.

2ª escolha para crianças com mais de 1 ano (pode ser utilizado no adulto e na
gestação):
USO TÓPICO
• Permetrina 5% ou Deltametrina 2%
À noite, após o banho, aplicar no corpo todo, da cabeça aos pés (exceto no couro
cabeludo). Deixar por 10 a 12 horas (lavar na manha seguinte). Uma única aplicação
normalmente é suficiente. Se necessário, repetir o tratamento em 2 semanas.
OBS: É pouco irritante, pouco tóxico e muito efetivo. Também pode ser utilizado em
gestantes.
USO ORAL:
Ivermectina 6 mg por comprimido – dose conforme a tabela abaixo (repetir em 7-14
dias)

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Tratamento alternativo:
USO TÓPICO
• Benzoato de Benzila 250mg/ml
 Após o banho, à noite, aplicar no corpo todo, do pescoço para baixo. Deixar por 8
a 10 horas. Repetir o tratamento por mais 2 noites. Após 1 semana, repetir mais 3
aplicações noturnas.
 É um tratamento eficaz, porém causa dermatite irritativa significativa em muitos
pacientes, motivo pelo qual está em desuso.

• Enxofre precipitado 15 a 20% em pasta de água


 Aplicar ao deitar, por 3 noites, aguardar uma semana e repetir.

1.6.2. IMPORTANTE
• Qualquer que seja o tratamento escolhido, todos os membros da família e/ou convívio
cotidiano do paciente (ex.: crianças afetadas da creche) devem ser tratados ao mesmo tempo.

• Ao iniciar o tratamento, lavar todas as roupas que o paciente e outras pessoas na casa
usaram nos últimos 4 a 5 dias em água quente. Em seguida, secá-los ao sol, com secador ou
passar com ferro após secas.

• Lavar as roupas de cama (lençóis e cobertores) e as toalhas.

• Em caso de crianças contaminadas, lavar também os bichos de pelúcia (ou colocá-los no


sol).

• Qualquer roupa de cama, roupas pessoais ou toalhas que não possam ser lavada devem ser
colocadas em um saco plástico selado por pelo menos 3 dias.

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• Os pacientes podem retornar as suas atividades habituais (escola ou trabalho) após 1 dia de

tratamento (desde que realizado o tratamento corretamente).

1.7. ESTRÓFULO

• Reação de hipersensibilidade a toxinas de picada de inseto (mosquitos, pulgas).

• Caracteriza-se inicialmente por urticas que desaparecem em algumas horas, permanecendo

pápulo-vesículas ou pápulas com crostículas amareladas. Há sempre prurido, por vezes


intenso.

• É mais comum no primeiro e segundo ano de vida.

• Nos casos provocados por mosquitos, as áreas expostas são mais frequentemente
acometidas.

Quadro clínico (sinais e sintomas)


Surgem habitualmente «borbulhas» ou pequenos nódulos
avermelhados com relevo na pele, que dão comichão intensa,
e que podem persistir vários dias ou semanas. Pela comichão,
rapidamente surgem crostas induzidas pelas lesões de coceira,
as quais podem infectar, com aparecimento de pequenas
«borbulhas» com pús.

Fig.09 Estrófulo

1.7.1. Prevenção:

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• Prevenir os surtos, combatendo os insetos causadores através do uso de inseticidas,

mosquiteiros, repelentes.

• Na maioria dos casos há cura espontânea após curso de um a dois anos por
dessensibilização

específica natural pela exposição repetida aos alérgenos pela picada de inseto.

• Não utilizar anti-histamícos tópicos, pois provocam sensibilização.

1.7.2. Tratamento:

• Anti-histamínico:

 Dexclorfeniramina 2 mg/dia ou Hidroxizine 25 mg/dia – principalmente ao deitar.


 Xarope de Hidroxizine 1 ml para cada 2 kg de peso 3-4x/dia – (2mg/ml)

• Pasta de água para alívio sintomático.

• Corticóide tópico, somente nas lesões mais eritematosas por curto período:

 Dexametasona 1% - 2x/dia por 7 dias.

• Antibiótico tópico, no caso de infecção secundaria local associada.

 Mupirocina 2% - 2x/dia por 7 dias.

1.8. ECZEMA DE ESTASE

• Eczema crônico, decorrente da estase venosa na região acometida.

• A causa mais comum de estase são varizes, por insuficiência valvular ou tromboflebite.

• Outras causas são: obesidade, lesões tróficas musculares, fraturas.

Quadro Clínico ( Sinais e Sintomas)


A dermatite por estase resulta de edema crônico, mais
tipicamente na região anterior das pernas. Os sinais
incluem eritema, descamação, prurido e liquenificação
e podem incluir erosões e crostas exsudativas. As
complicações incluem infecções secundárias, úlceras e

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sensibilidades de contato.

Fig.10 Eczema de Estase

1.8.1. Prevenção:

• Evitar o uso indiscriminado de sabonetes, buchas, banhos prolongados com água quente.

• Evitar o uso de substâncias que possam agravar o quadro como uso de chás de plantas,
pomadas sem prescrição médica, ou antibióticos (neomicina, cloranfenicol), etc. Tais
substâncias provocam dermatite de contato sobreposta.

• Orientar repouso e elevação das pernas. Nos quadros crônicos pode ser útil o uso de meia

elástica.

• Avaliação com ANGIOLOGISTA, para tratamento da causa base.

1.8.2. Tratamento:

• Nas formas agudas realizar banhos ou compressas com Permanganato de Potássio (diluição
em 4-5 litros de água por CP ou envelope).

• Creme hidratante - cold cream ou creme com óleo de amêndoas 2x/dia.

• Corticóide tópico nas áreas liquenificadas:

 Dexametasona 1% - 2x/dia por 7-10 dias.

1.9. ACNE NEONATAL

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Fig.11 Acne Neonatal

Alguns bebês apresentam algumas bolinhas no rosto, e isso é muito comum. Pode ser acne
neonatal, que acontece entre a terceira e a quarta semana de vida da criança, e pode durar até
os seis meses de idade. Até 30% dos recém-nascidos podem apresentar essa condição.

A acne neonatal pode surgir por predisposição genética, por conta dos hormônios maternos
liberados durante a gestação e o parto. As bolinhas vermelhas, ou espinhas, são pequenas e
numerosas, e são mais recorrentes no dorso nasal, nas bochechas e no lábio superior do bebê,
mas também pode se espalhar pelo corpo todo.

É muito importante que mães e pais não espremam essas espinhas ou pequenos cravinhos que
aparecerem, pois podem provocar mais inflamação, dor e deixar a pele do bebê marcada. A
acne neonatal não é grave, e tudo pode ser acompanhado por um dermatologista ou pediatra,
que irá apresentar os melhores cuidados para essa condição.

A maioria dos médicos recomendam que óleos não sejam utilizados para o tratamento das
acnes, porque podem agravar o estado da pele. A pele dos bebês é sensível e delicada, e tudo
o que for utilizado precisa ser testado e aprovado dermatologicamente. A qualidade dos
produtos precisa ser excelente, e natural, para que não sensibilizem ainda mais a pele dos
pequenos e causem irritações.

Existe também a chance de que as acnes possam aparecer nos primeiros 30 dias de vida do
bebê. Se for esse o caso, é possível que essa se apresente com mais intensidade que a acne
que surge depois do terceiro mês de vida.

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Também pode ser que as espinhas apareçam em crianças com aproximadamente oito anos de
idade. Neste caso, é importante ir direto ao dermatologista para desvendar as causas, que
podem ser hormonais.

1.9.1. ETIOLOGIA DA ACNE NEONATAL

Esse tipo de acne acontece pelo entupimento dos folículos. O excesso de sebo ou gordura
produzidos pelas glândulas sebáceas causa um fechamento dos folículos capilares, que são
levados para a superfície da pele, acarretando em pequenos cravos e bolinhas no rosto dos
bebês.

Ao perceber esses sinais no rosto do seu filho, é importante levá-lo ao pediatra para obter um
diagnóstico específico para esse caso. Se as bolinhas tiverem um pouco de pus, o bebê deve
ser examinado completamente para descobrir as causas, incluindo herpes virais. Caso as
espinhas continuem aparecendo no rosto dos pequenos, o indicado é buscar a ajuda de um
dermatologista para que ele possa receitar medicamentos que levem para amenizar o
problema.

1.9.2. TRATAMENTO

A acne neonatal não é grave, então os pais não precisam se preocupar! As acnes somem
facilmente após o período de seis meses, muitas vezes de forma espontânea, e não deixam
cicatrizes no rosto do bebé. O tratamento para acne infantil é bem diferente da acne neonatal,
e é indispensável que os pequenos sejam acompanhados e recebam a indicação certa de
tratamento.

O profissional pediatra ou dermatologista é indispensável nesse tratamento, que tem variação


de acordo com a idade e a intensidade das espinhas. Manter os cuidados diários ajuda a
amenizar as espinhas. São eles:

 Lavar o rosto do bebê uma ou duas vezes ao dia;


 Usar sabonete hidratante específico para os bebês;
 Secar o rosto cuidadosamente;
 Não cutucar ou espremer as áreas machucadas;

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O significado da palavra "dermatite" é inflamação da pele. Mas na dermatologia clínica,


utiliza-se dermatite para descrever uma variedade de diferentes doenças cutâneas que
compartilham o mesmo padrão de reação inflamatória com manifestações clínicas
semelhantes.

Eczema é sinônimo de dermatite, mas é frequentemente usado, principalmente por


profissionais que não são de saúde, para se referir a uma dermatite atópica (um tipo

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específico de dermatite). Dermatite liquenoide e dermatite de interface são termos
histológicos e não indicam dermatite clinicamente.

Os sintomas típicos incluem erupção cutânea avermelhada com coceira, escamação, feridas
abertas, exsudação e crostas. O diagnóstico é geralmente baseado nos sintomas e confirmado
por resultados de testes cutâneos ou amostras de pele ou pela presença de medicamentos
suspeitos ou produtos irritantes.

As causas não são completamente conhecidas, mas fatores genéticos, clima frio, excesso de
oleosidade e estresse são alguns fatores ligados ao desencadeamento da dermatite seborreica.
A dermatite esfoliativa é o tipo mais grave de dermatite.

CONCLUSÃO

Chegado neste ponto, podemos concluir que deve-se cuidar e monitorar meticulosamente a
pele para evitar ruptura e infecção cutânea. A dor é a primeira indicação de um problema, e o
paciente deve inspecionar a pele do membro residual assim que a sensação desagradável é
sentida.

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Concluímos também que problemas de pele podem ser sérios e devem ser avaliados e
tratados conforme o necessário pelo médico do paciente, em consulta com o ortopedista. À
medida que o paciente se familiariza com problemas recorrentes, ele pode ser capaz de
identificar quais problemas são menores e controlá-los sozinho. Contudo, tudo que for
incomum, persistente, doloroso ou preocupante deve ser avaliado pelo médico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Manual MSD – versão para profissionais de saúde.

2. Câmara Técnica de Especialidades da Prefeitura Municipal de Campinas. Dermatologia na

Atenção Básica de Saúde – Guia Prático. Secretaria de Saúde. Disponível em


www.campinas.sp.gov.br/sa/impressos/adm/FO616.pdf Acesso em 25/07/2013

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3. Lupi O, Cunha PR. Rotinas de Diagnóstico e Tratamento da Sociedade Brasileira de

Dermatologia. 2ª Ed. Editora GEN, 2012 680p. ISBN: 9788581140841

4. Miot HA, Miot LDBH. Protocolo de Condutas em Dermatologia. 1ª Ed. Editora Roca.
2012.

284p. ISBN: 9788541200127

5. SBD. Consenso Brasileiro de Psoríase 2012 – Guias de Avaliação e Tratamento. 2ª Ed.


2012

ISBN 978-85-89240-04-8

6. AZULAY, R.D.; AZULAY, L. Dermatologia. 6. ed. São Paulo: Guanabara-Koogan, 2013

7. Bologna, JL; Jorizzo , JL; Rapini, RP. Dermatologia 3. ed. Rio de Janeiro- Elsevier, 2015

8. Sampaio SAP; Rivitti, EA. Dermatologia 3. ed. São Pulo – Artes Médicas, 2007

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