Sei sulla pagina 1di 5

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO GUAMÁ


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIENTÍFICA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E CIENTÍFICA (FEMCI)

Giselly Adriana Lima de Oliveira

Transtorno do Espectro Autista e a necessidade de capacitação


sobre a deficiência

BELÉM
2022
Transtorno do Espectro Autista e a necessidade de capacitação sobre a
deficiência
Resumo
Este trabalho foi constituído a partir de observações de um aluno com
deficiência do Transtorno do Espectro Autista com objetivo de relatar sobre as
dificuldades e desafios da sua aprendizagem e adaptação de sua inclusão em
sala de aula. Dentre os desafios encontrados foi a falta de capacitação e
conhecimento por partes de profissionais da sala de aula e da escola sobre a
deficiência e inclusão desse aluno no dia a dia da escola e dentro de sala de
aula com exceção do atendimento individualizado na sala de recursos
multifuncionais que cumpre o esperado.
Palavras chaves: Transtorno do Espectro Autista. Deficiência. Inclusão.
Introdução
É de extrema importância a abordagem sobre o Transtorno do Espectro
Autista na educação inclusiva que atualmente vem ganhando grande espaço e
discussões acerca deste tema tão interessante e segundo o Decreto nº 8.368
de 2014 (BRASIL, 2014) diz que a pessoa autista é um indivíduo com
deficiência e pela lei por direito deve ser incluída no âmbito escolar. Grandes
vem sendo os desafios no contexto escolar em que muitas escolas não estão
preparadas para o recebimento desses alunos em salas de aula.
[...] é um assunto delicado porque requer particularidades que muitas
escolas ainda não se mostram preparadas para oferecer.
Especialmente no início da escolarização esses alunos demandam
um suporte individualizado, a fim de que tenham a oportunidade de
ter ampliado o seu potencial e minimizadas suas limitações (SOUSA,
2015, p.24).
A necessidade desse aluno com deficiência do TEA de estar incluído em
sala de aula para a sua aprendizagem precisa de mediação pedagógica em
que muitos profissionais ainda não estão preparados para lidar com a essa
situação e isto dificulta seu processo de ensino aprendizagem.
Metodologia da proposta pedagógica
A proposta do tema “Compreensão e explicação dos processos de
desenvolvimento e da aprendizagem III” em estudar sobre a educação especial
e inclusiva ministrado pela a Prof.ª Drª Fátima Vilhena colocou em pauta a
escolha de acompanhamento e observação de um aluno com deficiência e
relatar as suas aprendizagens e dificuldades.
A observação foi feita em uma escola pública chamada Escola de Artes
e Ofícios Liceu Mestre Raimundo localizada em Icoaraci em que faço estágio
remunerado pela Semec/CRIE com alunos especiais dentro de sala de aula
para acompanhamento que tenham laudo, sendo que nesta escola também
possui sala de recursos multifuncionais e por isso é uma das escolas que mais
recebem alunos com deficiência no bairro. Como meu aluno que tem laudo não
está frequentando a escola estou com um aluno que ainda não tem laudo mas
se tem a suspeita de Autismo moderado ou grave.
A turma é composta por trinta e cinco alunos, na sala possui três alunos
especiais todos sem laudo e por isso não tem como identificar com certeza as
deficiências de cada, somente o mais grave ao qual eu acompanho que a
suspeita é mais forte sobre o autismo. O acompanhamento é feito de segunda
a sexta com carga horária de dezesseis horas semanais e uma hora semanal
na sala de recursos multifuncionais para a realização de atividades adaptadas.
O aluno autista que se chama Fabricio (nome fictício) tem a idade de
nove anos está no terceiro ano, e a não aceitação do pai da criança em relação
a deficiência que ela possui é uma das dificuldades que a escola enfrenta para
a adaptação desse aluno na escola já que o mesmo não busca ajuda médica
para o diagnóstico correto e o laudo para um estagiário permanente para esse
aluno. No início das aulas ele se mostrou bem inquieto na sala e não obedecia
e não ficava em sua carteira sempre pulando, batendo nas paredes e gritando,
raramente tem contato visual com professores e colegas da sala mostrando
dificuldades em estabelecer relações ao seu redor, não mantém diálogo, o que
demostrou a suspeita do TEA.
[...] Estereotipias motoras e verbais, tais como se balançar, bater
palmas repetitivamente, andar em círculos ou repetir determinadas
palavras, frases ou canções são também manifestações frequentes
em autistas (GADIA et al, 2004).
Ao longo dos dias em sala fui tentando estabelecer uma rotina para este
aluno se adaptar a turma e conseguir realizar as atividades proposta pela
professora, inicialmente foi bem difícil mantê-lo focado nas atividades já que a
professora da turma não adapta as atividades para que o mesmo tenha algum
interesse e não consegue realizar o que é direcionado à ele. A professora
demostrou a falta de capacitação em relação a deficiência desse aluno na qual
ela mesmo relatou que nunca tinha lhe dado com uma situação assim e não
sabia como adaptar atividades e relação de comunicação com aluno em
questão.
O aluno demonstrou conhecer as ordens numéricas, todas as letras do
alfabeto na ordem ou não e as cores, e recorrentemente fica escrevendo uma
frase que memorizou de um desenho animado e a partir disto aproveitei em
tentar realizar umas atividades de escrita com seu nome com cores, números e
no formato da frase que o mesmo memorizou do seu interesse, somente assim
consegui sua atenção para realizar atividades.
Enfoques teóricos da deficiência
O acompanhamento que está sendo realizado com o aluno Fabrício
mesmo sem laudo se mostrou com características de TEA e a necessidade de
capacitação profissional da professora levantou um olhar mais aprimorado
sobre o aluno para trabalhar com ele, e diante disto obtivemos dificuldades
inicialmente por não manter diálogo e contato visual.
[...] Estereotipias motoras e verbais, tais como se balançar, bater
palmas repetitivamente, andar em círculos ou repetir determinadas
palavras, frases ou canções são também manifestações frequentes
em autistas (GADIA et al, 2004).
Todas as observações feitas têm demonstrado que aluno possui
Transtorno do Espectro Autista, facilitando o conhecimento sobre a deficiência
mas verdadeira dificuldade tem sido a precária falta de capacitação desses
profissionais em sala de aula de como lhe dar com esses alunos e como
realizar as atividades. É de extrema necessidade a criação de políticas públicas
que favoreçam a capacitação de profissionais preparados para a educação
especial e inclusiva nas escolas.
Orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos;
responsabilizar-se pelo sucesso da aprendizagem dos alunos;
assumir e saber lidar com a diversidade existente entre os alunos;
incentivar atividades de enriquecimento curricular; elaborar e executar
projetos para desenvolver conteúdos curriculares; utilizar novas
metodologias, estratégias e material de apoio; desenvolver hábitos de
colaboração e trabalho em equipe. (MEC, 2000).
É necessário buscar conhecimento e capacitação para melhor atender
alunos com TEA e conseguir inserir esses alunos dentro de sala de aula para
melhoria de aprendizagem e avanços.
Referências
BRASIL. Decreto nº 8.368 de 2 de dezembro de 2014. Regulamenta a Lei
12.764 de 27 de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção
dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. 2014. Disponível
em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8368.htm>.
Acesso em: 11 de Maio de 2022.
SOUSA, A.C.M.H A interação professor aluno autista em classe inclusiva: o
rompimento de paradigmas. 2015. Disponível em:
<https://bdm.unb.br/bitstream/10483/15061/1/2015_AndreaCarlosMeloHoskenS
ousa_tcc.pdf>. Acesso em: 11 de maio de 2022.
GADIA, Carlos A; TUCHMAN, Roberto; ROTTA, Newra. Autismo e doenças
invasivas de desenvolvimento. 2004. Disponível em:
<http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-
75572004000300011>. Acesso em: 11 de Maio de 2022.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Proposta de Diretrizes para a
formação inicial de professores da educação básica, em cursos de nível
superior. Brasília, 2000.

Potrebbero piacerti anche