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Universidade Pedagógica
Chimoio
2019
II
Membros do Júri
Universidade Pedagógica
Chimoio
2019
III
Índice
Declaração……………………………………………………………………………………………….I
Agradecimentos…………………………………………………………………………………………II
Dedicatória……………………………………………………………………………………………..III
Resumo………………………………………………………………………………………………...IV
Abstract…………………………………………………………………………………………………V
Résumé………………………………………………………………………………………………...VI
Lista de gráficos………………………………………………………………………………………VII
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO………………………………………………………………………..9
1.1. Tema…………………………………………………………………………………………...9
1.2. Problematização………………………………………………………………………………..9
2.1. Frase……………………………………………………………………………………………….13
2.2.1. Coordenação…………………………………………………………………………………….15
2.2.2. Subordinação……………………………………………………………………………………21
3.5. População………………………………………………………………………………………33
3.5.1. Amostra………………………………………………………………………………………...33
5.1. Conclusões………………………………………………………………………………………...48
Referências bibliográficas……………………………………………………………………………..50
Apêndices………………………………………………………………………………………………52
Anexo......................................................................................................................................................56
I
Declaração
Eu, Leonardo Mascarenhas Manuel, declaro que esta Monografia é resultado da minha
investigação pessoal e das orientações da minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas
as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia
final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.
___________________________________________________________
Agradecimentos
Em primeiro lugar, agradeço a DEUS, Pai Celeste que me criou, remiu-me do pecado,
garantiu-me a salvação em CRISTO JESUS e pelo ESPIRITO SANTO reservou-me tempo
para a realização deste trabalho, pois sem ELE, nada do que foi feito teria sido feito a respeito
da Problemática da Classificação da Frase Complexa por Coordenação/Subordinação.
Os meus agradecimentos vão ao meu tio, Roberto Carlos Alberto e a minha avó, Munoruirei
Machate que sempre estiveram a par de mim e estão prontos para aturar os meus erros e
fraquezas, apoiando-me a transformá-los em vitórias.
À todos os docentes que contribuíram para a minha formação, concretamente aos docentes do
Curso de Português, com particular atenção para a dra. Alima Pereira Ismael pela sua forma
de tratar as coisas, linguagem tão nobre e dobre, atraente, cortês, tão nivelada e fácil de
compreender-se, ainda mais pelo apoio, pela consideração, paciência, pelo carinho, cuidado e
amor, pois sempre esteve a par do meu desempenho e sucesso como filho das suas entranhas.
Ao dr. Domingos Gilberto João e Mestre Francelino Dalton Wilson pelo respeito, carinho,
simplicidade, respeito, amor, pela contribuição, consideração e disposição. Ao dr. Elton de
Jesus Clérico Achaca e à Mestre Lurdes Lopes Zilhão pelo acolhimento nos seus braços de
amor, pela ajuda moral, financeira, instrução extra – sala, consideração, paciência e confiança
em mim e pelo respeito.
À minha esbelta, maravilhosa e distinta supervisora, Esperança Rita Chivite pela sua
contribuição, cuidado, paciência, carinho, ajuda e amor pelo meu futuro risonho e repleto de
qualidades exuberantes, pela entrega e disposição para aturar as minhas falhas, luta pela
qualidade através das suas rigorosas e produtivas orientações para que este trabalho fosse
verídico, não só, mas pela luta para a minha ascendência académica como linguista que pauta
pela qualidade à sua semelhança como individuo formado e híbrido. Ao meu grande amigo dr.
Domingos Alívio Vumbuca pela força. Finalmente, à todos aqueles que directa ou
indirectamente contribuíram e lutaram pelo meu sucesso durante a formação. Agora sou um
indivíduo híbrido, visto que possuo um pouco de tudo que os meus docentes (mencionados e
os propositadamente não mencionados) me inspiraram na ciência e no carácter.
III
Dedicatória
Este trabalho dedico ao meu tio, Roberto Carlos Alberto, às minhas queridas irmãs: Doca,
Graça, Olívia e Rita, aos meus tios, tias, e especialmente a minha avó Munoruirei Machate.
Dedico ainda este trabalho de uma forma muito singular a uma jovem muito preciosa que pela
graça de DEUS me deu a mão e o coração em casamento, disposta a compartilhar sua vida
comigo pelo resto da vida, mesmo que isso pudesse significar andar pelo vale da sombra da
morte, um presente que DEUS me concedeu para a minha maior felicidade, novo membro da
família, a minha esbelta, amada e estrela que raiou sobre o meu coração, a minha eterna
namorada, Teresa Fernando Sithole.
Aos meus estimados padrinhos João Seico Jonasse e Tsitsi Belmira Chirongo Jonasse.
Aos meus estimados amigos: Francisco Victor Xavier, Braim Albano Michone, Hilário
Victor, Khalil Ahomed Nadat, Elias José Castigo, Nelson Mário Manhangue, e colegas da
faculdade.
Por fim, dedico este trabalho a sociedade em geral, que poderá ler este trabalho resultante de
uma pesquisa minuciosa e apropriar-se-á deste como meio de obtenção de conhecimentos
relacionados com a frase complexa por coordenação/subordinação.
IV
Resumo
Abstract
Résumé
Lista de gráficos
Gráfico: 01……………………………………………………………………………….36
Gráfico: 02……………………………………………………………………………….37
Gráfico: 03……………………………………………………………………………….37
Gráfico: 04……………………………………………………………………………….38
Gráfico: 05……………………………………………………………………………….39
Gráfico: 06……………………………………………………………………………….40
Gráfico: 07……………………………………………………………………………….41
Gráfico: 08……………………………………………………………………………….41
Gráfico: 09……………………………………………………………………………….42
Gráfico: 10……………………………………………………………………………….43
Gráfico: 11……………………………………………………………………………….43
Gráfico: 12……………………………………………………………………………….45
VIII
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Tema
A Problemática da Classificação da Frase Complexa por Coordenação/Subordinação: Caso
dos Alunos do 2° Ciclo (11ª e 12ª Classe) – E.S.G Samora Moisés Machel – Chimoio.
1.2. Problematização
Muitos alunos que passam do ensino básico ao ensino médio deparam-se com o mundo
académico, cuja perspectiva, em termos de acesso ao conhecimento, amplia-se quase ao
infinito, vêem-se muitas vezes com produções textuais bastante diferentes de tudo o que já
haviam realizado (e mesmo lido) nos níveis educacionais anteriores sobre a frase complexa
por coordenação/subordinação.
A escolha deste tema deve-se ainda pelo facto de ser muito ambíguo, embora alguns autores
como Bechara, Borregana, Cunha e Cintra, Pestana e outros já tenham abordado acerca da
11
Por fim, a escolha deste tema justifica-se também pelo facto da existência de muitos alunos do
2° Ciclo (11ª e 12ª Classe) da Escola Secundária Samora Moisés Machel – Chimoio
possuírem ainda muitos problemas na classificação da frase complexa, o que contribui
também para origem de muitos erros ortográficos. Portanto, nesse trabalho, pretendia-se
sugerir estratégias adequadas para a minimização da problemática da classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação.
Neste capítulo faz-se a apresentação de conceitos e teorias já avançadas por indagadores que
se interessaram pela área do estudo da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação há bastante tempo.
No presente tema faz-se alusão aos três valores do conector “pois” (coordenativo conclusivo,
explicativo e subordinativo causal), para tal é preponderante começar por falar da frase,
coordenação, subordinação, classificação e conjunção.
2.1. Frase
Segundo Lima (2012, p. 69), “Frase é a forma de expressão do nosso pensamento ao
transmitirmos um apelo ou uma ordem, ao indicarmos uma acção, estado ou fenómeno, ao
emitirmos uma crítica ou externarmos as nossas emoções.”
Exemplo:
O carro que comprei nos EUA é distinto dos outros.
Ainda no conceito da frase, Pinto e Castro et al., (1996, p. 155) dizem que, “frase é um
enunciado lógico organizado de acordo com as regras gramaticais e com sentido completo.”
Exemplo: O Amor do homem é complementar e limitado.
De acordo com Cunha e Cintra (2006, p. 87), frase é um enunciado de sentido completo, a
unidade mínima de comunicação que pode conter “uma ou mais 1orações”.
Dos conceitos apresentados, é possível entender que todos eles referem a frase como um
enunciado que tem um sentido completo, mas é interessante destacar o conceito de Cunha e
Cintra, pois eles particularizam o aspecto unidade mínima de comunicação se distanciando
assim, dos outros autores. Ao referenciar a unidade mínima dá-se a entender que nem sempre
a frase é constituída por um conjunto de palavras, pois há frases que são formadas por uma
única palavra levando consigo um sentido completo.
Exemplos: a) Coma! b) Ah!
1
Matos (2011, p. 221) considera oração como uma unidade do discurso. A partir deste conceito a oração pode
ser entendida por unidade gramatical organizada à volta de um verbo.
14
Segundo Pinto e Castro et al., (1996, p. 98), “frase simples ou mono oracional é aquela que é
constituída por única oração, contendo, portanto, um só verbo conjugado.”
Exemplo: Um lenço branco apaga o céu.
Borregana (2006, p. 220) diz que, “frase simples é aquela que é constituída por uma só oração
(com um só verbo).”
Exemplo: Este curso é incomparável.
A partir dos conceitos apresentados pelos autores acima, torna-se imprescindível destacar que
todos eles mencionam o verbo como referência obrigatória na formação da frase simples.
Na lógica de Borregana (2006, p. 221), “frase complexa é constituída por duas ou mais
orações (um, dois ou mais verbos).”
Exemplo: A rosa é muito linda, porém no final do dia ela murcha.
De acordo com os conceito de Gomes e Borregana, é possível notar que os dois convergem na
mesma teoria de frases complexas, o que aconteceu simplesmente é o facto de Gomes usar o
termo vários sintagmas verbais no lugar de duas ou mais usado por Borregana, sendo este
último o mais clarificado, pois as complexas partem sempre de duas para mais adiante o que o
outro não destaca.
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A abordagem feita aqui sobre os conceitos da conjunção em três âmbitos, não está destacada
do tema em estudo, mas tem como foco de demonstrar que o tipo de frase complexa por
(coordenação/subordinação) é determinado pelo tipo de conjunção que possui, dependendo do
contexto, pois uma conjunção pode ser polissémica.
2.2.1. Coordenação
Segundo Pestana (2013, p. 789), “A coordenação trata da relação de independência entre
termos e orações.” Esse tipo de orações fica simplesmente uma ao lado doutra (coordenadas),
possui uma estrutura sintáctica completa e não depende doutra para lhe completar o sentido.
Cunha e Cintra (1998, p. 398) dizem que, na coordenação as “orações são autónomas,
independentes, isto é, cada uma tem sentido próprio.”
Bechara (2009, p. 392), convergindo com as ideias dos autores citados acima diz que, a
coordenação, sintacticamente é a relação de orações independentes entre si. A coordenação
estabelece uma relação de independência entre duas ou mais orações.
Exemplo: O João joga futebol, basquetebol e box.
2
Cilindrar. Dicionário Electrónico.
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Primeiramente, a frasee acima é complexa pelo facto de possuir mais de uma oração e uma
forma verbal que, quando traduzida é utilizada para três orações para o caso exposto, pois o
verbo é que determina o número de orações na frase. Observe:
1a Oração: O João joga futebol.
futebol Coordenante principal
2aOração: O João joga basquetebol.
basquetebol Coordenada copulativa assindética
3aOração: e João joga box. Coordenada copulativa sindética
Em suma, as orações coordenadas são independentes umas das outras; nas orações
coordenadas, cada uma das orações tem um sentido próprio e independente da outra oração.
Porquê falar tanto de orações neste trabalho? A oração é a que constitui a frase complexa por
coordenação/subordinação.. Por isso a sua alusão. Portanto, há um ponto a sublinhar, na
coordenação não existe coordenante porque há uma relação de independência, somente existe
coordenadas, enquanto na subordinação encontramos subordinante e subordinadas, os
sentidos dessas duas expressões destacadas explicam-se mais adiante.
Todas as teorizações apresentadas pelos autores acima ilustram que todos foram unânimes ao
considerar orações coordenadas como independentes. É muito importante também destacar a
expressão autonomia porque ela mostra a natureza das orações coordenadas.
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De acordo com Borregana (2006, p. 216) a coordenação classifica-se em orações que podem
ser:
1. Copulativas – indicam adição.
De acordo com Pestana (2013, p. 637) a oração copulativa pode-se chamar também de aditiva
pelo facto dela exprimir ideia de soma, acréscimo, adição.
Conjunções: e, também, nem, que
Locuções: Não só… mas também… como também… tanto…como…
Pestana (2013, p. 791) em consonância com Borregana (2006) diz que as orações copulativas
subdividem-se em duas:
a) Assindéticas (as justapostas ou seja, postas uma ao lado doutra), não iniciadas por
síndeto (= conjunção), neste caso, são separadas pela vírgula.
Exemplo: O João gosta de estudar (,) ele é bom na escola.
A Virgula é o elemento
Coordenada principal Coordenada copulativa assindética
que separa as duas
De acordo com a explanação que anteriormente fora feita compreende-se que, a frase acima
apresentada é complexa por coordenação porque possui mais de uma oração e mais de uma
forma verbal, contudo, orações independentes. Primeiro temos, “O João gosta de estudar”
como sendo a 1ª Oração coordenativa principal depois, no lugar da conjunção copulativa
temos a virgula (,) que funciona como uma conjunção aditiva, pois está separando frases
interpoladas assindenticamente, por fim, tem a 2ª Oração coordenada assindética “ele é bom
na escola.” Em tudo isso há uma particularidade, as formas verbais “gosta” e “é” são as que
determinaram o número de orações nessa frase complexa.
b) Sindéticas são iniciadas por síndeto (conjunção, isto é, separadas pelas conjunções
copulativas).
Exemplo: O João (e) a Maria gostam de estudar.
A conjunção entre parênteses é a que separa, nesse caso, essas duas orações nesta frase
complexa por coordenação. Só mais uma particularidade, observe simplesmente que, a frase
possui somente uma forma verbal “gostam”, como é que se pode compreender? É muito
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simples, na divisão das orações para a sua classificação apropria-se da mesma forma verbal
para a sua efectivação, separando-as a partir da conjunção (onde a oração toma o nome da
conjunção). Observe a dedução da frase acima:
1ª Oração: O João gosta de estudar. – Coordenada principal
2ª Oração: E A Maria gosta de estudar. – Coordenada copulativa sindética.
A conjunção “e” da qual se trata no segundo caso da copulativa, além de apresentar a ideia de
adição, também pode ser polissémica, assumindo outros valores semânticos, como
adversidade (mas, porém) ou conclusão/consequência (portanto, por isso, então). Como diz
Svobodová (2014, p. 76), “A conjunção (e), para além do valor por excelência aditivo, pode
adquirir contextualmente outros possíveis significado. Gramáticos como Bechara e Celso
Cunha referidos bibliograficamente neste trabalho, convergem com a ideia de Svobodová
dizendo que o conector “e” pode apresentar diferentes valores semânticos dependendo do
contexto. Observe a polissemia da conjunção “e” nos exemplos abaixo:
Choveu torrencialmente nos meses passados, e a província de Sofala ficou
taxativamente inundada. (portanto, por isso – conclusão/consequência);
Nós acordamos cedo, e chegamos, infelizmente, atrasados. (mas, porém –
adversidade/oposição);
Não comes a sopa e eu não te levo ao cinema. (senão = caso contrário – subordinada
condicional);
A Joana estava a cantar e o Rui estava a tocar o piano. (enquanto – subordinada
temporal);
Apresentei-lhe o projecto e ele recusou-o. (mas coordenada adversativa).
A conjunção “e” assume muitos sentido nestes exemplos, pois encontra-se em diferentes
contextos. Linguisticamente analisando, as conjunções que comummente conhecemos com o
seu valor por excelência podem apresentar outros significados.
(2014, Op.cit., p. 73) acrescenta dizendo que, nas coordenadas adversativa a conjunção mais
típica tem sido mas e senão.
Conjunções: mas, porém, todavia, entretanto, contudo, que
Locuções: Não obstante, apesar disso, ainda assim, mesmo assim, de outra sorte, ao passo que
Exemplo: A rosa é muito linda, / (porém) no final do dia ela murcha.
A conjunção entre parênteses é adversativa, por isso também a segunda oração é adversativa.
De acordo com as regras que regem a divisão das orações de uma frase complexa, sabe-se
muito bem que nunca se deve passar por cima da conjunção, sempre deve ser antes da
conjunção.
De acordo com Svodobová a conjunção mas, além de ser adversativa por excelência, também
pode ser aditiva dependendo do contexto linguístico.
Exemplo: Eu gosto de chocolate mas (e) o Rui gosta de bolachas.
3
Segundo Pestana (2013, p. 242) “Alternativas: exprimem ideia de exclusão, alternativa (opção/escolha),
alternância (acção ou resultado de alternar), inclusão, rectificação.”
20
5. Explicativas – ligam duas orações, a segunda das quais justifica o conteúdo da primeira.
Pestana (2013: 646) diz que, os conectores explicativos exprimem ideia de explicação,
justificativa, normalmente vêm após verbos no imperativo.
Conjunções: pois, portanto, porque, que (antes do verbo)
Exemplo: Os jogadores entraram no campo, porque os adeptos estavam a aplaudindo.
A partir da ideia avançada por Pestana é possível compreender que a coordenação explicativa
exprime o motivo de se ter realizado a 4proposição da oração anterior.
Segundo Svodobová (2014, p. 74), “As coordenadas explicativas podem ser sindéticas”. De
acordo com este pensamento compreende-se que a sindética não é exclusiva na coordenação
copulativa ou aditiva, mas também na explicativa (não com o sentido aditivo, mas
explicativo), neste caso, são consideradas de sindéticas quando introduzidas por conectores
explicativos, pois, que, porque, porquanto
Exemplo: Não bata nela, pois/porquanto não vai a escola.
As orações coordenadas podem ser copulativas, adversativas, disjuntivas, conclusivas e
explicativas por causa das conjunçãos coordenativas que as liga.
4
Proposição é cada uma das interpretações que se fazem de uma frase, isto é, uma oração pode ter várias
interpretações.
21
2.2.2. Subordinação
De acordo com Bechara (2009, p. 381), a subordinação é a relação de dependência. Com base
neste conceito, a subordinação passa a ser uma relação de dependência porque uma oração
depende doutra para completar o seu sentido, diferentemente das coordenadas que são
independentes. Normalmente, na subordinação, as orações suscitam sempre uma pergunta a
quando da sua divisão e, Cunha e Cintra (2006, p. 402) dizem que, essas orações subordinadas
funcionam sempre como termos essenciais, integrantes ou acessórios de outra oração.
Exemplo: Não ouviu nada, que ele é surdo.
1ª Oração: Não ouviu nada. – é a primeira oração e é completa, oração 5subordinante
2ª Oração: que ele é surdo. – é uma oração 6subordinada integrante, pois necessita da primeira
para estabelecer o seu sentido.
Chagamos a conclusão que, quando temos uma oração com sentido próprio e independente,
mas a outra não, dizemos que são orações subordinadas.
Em suma, nas frases complexas por subordinação encontramos orações em que uma é
7
subordinante e a outra é 8subordinada.
Exemplo: Não ouviu nada, (que) ele é surdo.
Oração subordinante Oração subordinada substantiva integrante
Conjunção
De acordo com Borregana (2006, p. 243), a subordinação classifica-se em orações que podem
ser: adverbiais, adjectivas, substantivas e reduzidas.
5
A oração que completa o sentido da outra oração.
6
É a oração que necessita de ser completada.
7
À oração com sentido próprio.
8
À oração sem sentido próprio.
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A partir desse conceito percebe-se que são orações que desempenham a função sintáctica de
sujeito ou de complemento de um verbo, isto é, desempenham o papel de substantivo. Vamos
analisar as orações a seguir para percebermos isso na prática.
1° Passo:
a) Todos esperam que você venha Jesus.
Se desmembrarmos a oração em destaque perceberemos que ela está no lugar de um
substantivo. Veja: Todos esperam a vinda de Jesus.(volta: Substantivo).
2° Passo:
Vamos tentar transformar a oração destacada a seguir em Oração Subordinada Substantiva.
Sinto a chegada da noite.
Teremos: Sinto que a noite está chegando. / Sinto que a noite chegará.
As Orações Subordinadas Substantivas quase sempre serão iniciadas pela conjunção “que”,
pelos pronomes interrogativos (Quem, que, qual etc.) e ainda por verbos acompanhados da
partícula “se” (Partícula Apassivadora).
Exemplo:
Perguntei-lhe se estava com saudades.
Na abordagem das orações subordinativas reduzidas, para cada tipo de oração subordinativa
reduzida apresenta-se uma frase desenvolvida (com conjunção) e a respectiva frase reduzida.
Nalgumas vezes o conector “pois” pode ser visto de forma muito estreita ou “absoluta”, mas
observe a seguir a apresentação dos conceitos relacionados com os valores do conector “pois”
e a sua aplicação.
9
FERNANDES, Márcia, Coesão e Coerência textual, Licenciada em Letras, 2017. É um mecanismo linguístico
que permite uma sequência lógica – semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases,
parágrafos, etc. Para o caso deste estudo, refere-se a conjunção “pois” que permite uma sequência lógica –
semântica entre as partes de uma frase complexa por coordenação/subordinação, dando-lhe diferentes valores
como: coordenativo conclusivo, explicativo e subordinativo causal.
27
normalmente é conclusiva quando aparece depois do verbo e entre virgulas, podendo ser
substituída por (por isso, por conseguinte, por exemplo).”
Conjunções conclusivas: Assim, logo, pois, portanto
Locuções conjuncionais coordenativas conclusivas: Pelo que, por conseguinte, por
consequência, por isso, por isso então, assim em vista disso
Exemplo: Estas palavras têm o mesmo sentido: são, (pois), sinonimas.
Oração coordenada Oração coordenada conclusiva
Conjunção conclusiva
A partir do exemplo acima, é possível compreender que, a conjunção “pois” aparece entre
vírgulas e após um verbo, logo, por causa desse facto a oração é coordenativa conclusiva. Há
que salientar algo tão importante aqui, a conjunção ”pois” pode estar em qualquer posição na
oração, dependendo do contexto a que for colocada.
Exemplos:
Vocês são especiais em minha vida, pois (por isso) não vivo sem vocês.
Ele estuda todo dia, logo resolverá facilmente as questões.
Não me sinto preparado ainda, prestarei concurso só no próximo ano, portanto.
A conjunção pois pode ser empregue no meio e no final (como conjunção conclusiva)
expressando a conclusão de uma ideia anterior.
Exemplos:
Leonardo concluiu uma tese consistente; deverá, pois, receber a aprovação da banca
examinadora.
Doca precisa de chegar no horário já determinado; deverá acordar mais cedo, pois.
Há mais um ponto por observar, a conjunção “pois” com o valor conclusivo pode vir separada
por vírgula quando deslocadas: Doca precisa de chegar no horário já determinado; deverá
acordar mais cedo, pois. (Doca precisa de chegar no horário já determinado; deverá, pois,
acordar mais cedo.) Neste exemplo fez-se a deslocação da conjunção “pois’ para outra
posição, o que dá o sentido de conclusão é o contexto que a frase se encontra.
28
Normalmente o conector “pois” com valor explicativo se assemelha ao causal uma vez que há
uma grande diferença pelo facto deste equivaler à “porque”, só que, a diferença reside no
seguinte, um é coordenativo e o outro subordinativo, neste contexto, o “pois” explicativo
remete-nos à semântica. Nunca se deve confundir do portanto (conclusiva) com porquanto
(explicativa), para descobrir a diferença disso é só olhar para sentido ou o contexto da oração.
A conjunção “pois” pode ser empregada no início (como conjunção explicativa) para
justificar uma ideia expressa na oração anterior.
Exemplo: Dizem que Ele é o melhor candidato, pois suas propostas são coerentes com os
princípios que defende.
O “pois” explicativo equivale a porque, como já havia referenciado anteriormente, logo, por
mais que venha separado por vírgulas, nunca será conclusivo (porque já é explicativo).
Exemplo:
Todos nos devemos gratidão a Deus, pois, além de tudo, Ele entregou Seu filho por nós.
(explicativo)
O que é diferente com: Todos devemos gratidão a Deus. Devemos, pois, levar em conta que
Ele entregou Seu filho por nós. (conclusivo)
Exemplos:
O velho levantou-se da cama, pois já se senti melhor.
Não almoçou porquanto não tinha fome.
A perspectiva quali – quantitativa que, para Freitas, et al., (2005, p. 7), pressupõe o uso de
dados de natureza qualitativa, como textos, discursos, entrevista, reportagens. Portanto com
esta perspectiva observaram-se e avaliaram-se posicionamentos, opiniões, perfis, com o
objectivo de chegar com maior rapidez às informações realmente pertinentes desde o dado
bruto ou puro ao dado elaborado, por meio da interpretação, análise e síntese, e, a partir disso,
por uma constatação ou curiosidade, poder rapidamente aprofundar a investigação, voltando à
fonte e ao dado bruto como recurso mesmo de sustentação de argumento ou simplesmente de
ilustração. Nesta perspectiva privilegiou-se principalmente o método qualitativo porque
pretendia-se buscar posicionamentos, opiniões e perfis das pessoas sobre problemática da
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação. Em jeito de acréscimo,
Canastra, et al. (2015, p. 11) diz que, o método qualitativo assenta-se na interpretação das
percepções recolhidas para lhes atribuir significado e em conhecer com profundidade o
“como?” e o “porquê?”. Agora o método quantitativo foi utilizado simplesmente para a
apresentação de gráficos depois da recolha de dados.
31
De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 86), o método Indutivo é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma
verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas, levando a conclusões (…)
muito mais amplas do que o das premissas nas quais se basearam, isto é, consiste em partir
das teorias e leis para a análise e explicação de fenómenos particulares, neste caso, do
particular ao geral. Enquanto o método Hipotético – dedutivo, Lakatos e Marconi (2003, p.
94) dizem que, consiste na escolha de problemas interessantes e na crítica de nossas
permanentes tentativas experimentais e provisórias de solucioná-los, isto é, inicia-se pela
percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formula hipóteses ou perguntas
de pesquisa e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de
fenómenos abrangidos pela hipótese ou pelas perguntas de pesquisa.
A opção deste método de abordagem consistia em partir das teorias e leis para a análise e
explicação de fenómenos particulares, neste caso, do particular ao geral, iniciou-se pela
percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formularam-se perguntas de
pesquisa e, pelo processo de inferência dedutiva, testou-se a predição da ocorrência de
fenómenos abrangidos pelas perguntas de pesquisa. Portanto, fez-se uma explicação da
matéria desde o ponto micro ao macro, isto é, começou-se por se dar os conceitos de frase
complexa por coordenação/subordinação, com particular atenção para a classificação de
orações com conector “pois”, identificando os seus valores (coordenativo conclusivo,
explicativo e subordinativo causal). Estes métodos permitiram que os objectivos da pesquisa
fossem atingidos com base na análise dos dados obtidos após a aplicação dos instrumentos de
recolha de dados sobre a classificação de orações com conector “pois”, e esses dados foram
apresentados em gráficos percentuais.
32
Questionário
Segundo Barbosa (2008, p. 1), “Questionário é uma técnica de colecta de dados, dirigido a
certas pessoas para a obtenção de informações, contendo questões que podem ser, abertas,
directas (sim ou não), múltipla escolha com o objectivo de medir atitudes, opiniões e
comportamentos” Da Silva e Menezes (2005, p. 33) afirmam que, o questionário deve ser
objectivo, limitado em extensão e deve estar acompanhado de instruções que esclarecerão o
propósito de sua aplicação, ressaltando a importância da colaboração do informante e facilitar
o preenchimento.”
A opção pelo questionário para esse trabalho deveu-se ao facto de ser uma das vias para a
recolha dos dados sobre a problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação nos alunos do 2° Ciclo, de uma forma directa através de perguntas
dirigidas aos alunos. Visto que foi do questionário que se avaliou o nível de assimilação dos
alunos, pois através das questões eles deram as respostas segundo o que teriam assimilado
durante o percurso da aprendizagem. O questionário espelhava perguntas relevantes ao
problema em estudo e estava dividido em duas partes, a primeira parte, tratava dos dados de
identificação dos alunos; a segunda e a última parte, tratava sobre a classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação, com particular atenção para a classificação de
orações com conector “pois” com finalidade de descobrir a origem dessa problemática.
Entrevista dirigida
Segundo Bandeira (s/d, p. 5), “Entrevista dirigida: é aquela que o entrevistador decide as
perguntas anteriormente, num questionário, isto é, um guião de entrevista estruturado. O
33
A pesquisa bibliográfica
Utilizou-se este método com o objectivo de fazer uma sustentação teórica dos assuntos
relacionados com o tema em abordagem. Baseou-se em fontes secundárias, abrangendo toda
bibliografia já tornada pública em relação ao tema do estudo.
3.5. População
Segundo Lakatos e Marconi (1992, p. 108), “Universo ou população é o conjunto de seres
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum, como,
por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem, comunidade onde vive, etc.”
A Escola Secundária Samora Moisés Machel – Chimoio tem um universo total de 42 turmas
no Curso Diurno, divididas em 21 turmas para cada uma das classes do 2º Ciclo (11ª e 12ª
Classe), onde dentro desse universo extraímos um subconjunto para a amostra.
3.5.1. Amostra
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 163), “A amostra é uma parcela convenientemente
seleccionada do universo (população); é um subconjunto do universo.”
De acordo com Gil (2002, p. 121), amostra é uma pequena parte dos elementos que compõem
o universo.
Para este trabalho, a amostra foi de 6 turmas, 3 das quais da 11ª Classe, divididas em 1 turma
da CCS, 1 turma da CNM e 1 turma da AVC com um total de 225 e 3 turmas da 12ª Classe,
divididas também em 1 turma da CCS, 1 turma da CNM e 1 turma da AVC com um total de
215, totalizado o número dos alunos da 11ª Classe e a 12ª Classe teremos 440 alunos. Depois
34
de se calcular a amostra fez-se uma proporção do número do grupo-alvo por cada turma a ser
questionada das 6 destacadas, seguindo o critério da amostra aleatória simples.
Tamanho da amostra
Para a obtenção do tamanho da amostra utilizou-se a fórmula de YAMANE que preconiza o
uso de uma fórmula simplificada para calcular ou achar o tamanho da amostra, onde são
apresentados os dados a serem calculados, uma fórmula e a respectiva resolução para achar-se
o tamanho da amostra.
De acordo com YAMANE (1967, p. 886), a população da amostra num estudo é determinada
Onde:
n – Tamanho de amostra?;
A partir dos dados apresentados, o número total da população em estudo é de 440 alunos;
n= ( . )
= × .
= .
= .
; n = 81.
CAPÍTULO
TULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Depois das consultas bibliográficas e das constatações, quer a nível prático quer a nível
teórico na Escola Secundária
ecundária Samora Moisés Machel – Chimoio, faz
faz-se agora uma alusão
aprofundada do problema, apresentando aass realidades observadas em prol da confirma
confirmação ou
refutação das perguntas de pesquisa
pesquisa.
27% 1%
72%
O gráfico ilustra a situação académica dos alunos com quem lidamos durante a pesquisa. Dos
81 alunos que corresponde a 100%,
100% tivemos um total de 58 alunos equivalente a 72% não
repetentes, 1 (1%) aluno repetente
repete e 22 alunos que corresponde a 27% preferiram não dizer a
sua situação académica, facto que pode ter sido influenciado pela
pela vergonha ou medo
medo, contudo,
maior parte de alunos apresentou a sua condição académica.
Gráfico: 02
Frequências
Acertam Não acertaram Não identificaram
4%
39%
57%
A questão 1 era fechada o que significa que a sua rresposta também seria fechada. Neste
contexto, essa questão tinham como finalidade descobrir se a problemática da classificação da
frase complexa por coordenação/subordinação residia no facto dos alunos não saberem
diferenciar a frase complexa por coordenação da frase
frase complexa por subordinação.
Entretanto, dos 100% alunos
nos envolvidos no questionário,
questionário 32 alunos que corresponde a 39%
acertaram na resposta, 46 que equivale a 57% não acertaram na resposta
resposta, provavelmente
porque não sabem diferenciar a frase coordenativa da subordinativa e, apenas 4% alunos não
identificaram nada, talvez porque não identificaram a resposta correcta ou, então, não
entenderam a questão.
Gráfico: 03
Frequências
Identificaram correctamente Não identificaram correctamente Não identificaram
16% 31%
53%
Esta questão tinha como objectivo avaliar nos alunos a capacidade de aná
análise do contexto da
frase através da identificação do valor da conjunção “pois”. Para tal, o gráfico mostra que, no
universo de 81 testados, 32 que equivale a 31% identificaram correctamente o valor da
conjunção de acordo com o contexto a que se encontrava, 40 correspondendo a 53% dos
37
Q3: Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por coordenação
conclusiva.
a) Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. ( )
b) Não fui à praia pois tinha que descansar durante o Sábado. ( )
Gráfico: 04
Frequências
Acertaram Não acertaram Não escolheram
4%
39%
57%
Neste gráfico, 32 alunos correspondente a 39% acertaram na resposta, 446 alunos que
correspondem a 57% não acertaram, por fim, 4% de alunos nã
nãoo conseguiram identificar
nada. De acordo com os dados do gráfico compreende-se
se ainda que maior é o número dos
alunos que não acertaram na resposta, pode ser que esse problema advenha pela falta de
38
Frequências
Identificaram correctamente Identificaram erradamente Não identificaram
10%
37%
53%
Praticamente
raticamente os professores deviam
deviam apresentar os três valores da conjunç
conjunção “pois” aos
alunos e demonstrá-los
los como funciona contextualmente.
Gráfico: 06
Frequências
Sublinharam a opção adequada Sublinharam erradamente Não sublinharam
10%
44%
46%
Esta questão tinha como objectivo fundamental perceber se os alunos conheciam outras
conjunções, além da que está em estudo. Contudo, dos
os dados colhidos notou-se que, dos
100% de alunos questionados, 36 que corresponde a 44%
% sublinharam a opção adequada, o
que nos deu a entender que, alguns alunos conheciam a conjunção temporal proposta, 37 com
a percentagem de 46% sublinharam erradamente, apenas 10% de alunos não sublinharam
nenhuma opção, portanto, deve-se
deve impor esforços, por parte dos professores
professores, na revisão dessa
matéria porque se nota que maior parte dos alunos apresentam problemas na classificação das
frases complexas
as por coordenação/subordinação talvez porque não conhecem as conjunções
subordinativas,, contudo, deve
deve-se criar mecanismos para que essas conjunções se tornem
conhecidas e utilizadas pelos alunos diariamente
diariamente.
Gráfico: 07
Frequências
Acertaram Não acertaram Não identificaram
5%
39%
56%
Para
ara este caso, 45 alunos que equivale a 56% acertaram
m na resposta, 32 alunos equivalentes a
39% não acertaram na resposta e apenas 5% de alunos não identificaram nenhuma resposta.
Dos dados que aparecem no gráfico se percebe que maior foi o número dos que acertaram,
então, pode-se concluir quee muitos alunos entenderam o sentido da frase, não só, conheciam a
conjunção proposta o que se difere com os casos anteriores. Os
Os professores devem incentivar
aos seus alunos na realização de exercícios diários como forma de inculcar nneles saberes,
apesar de San'Anna e Menegolla (2011,
(2011 p. 23) dizerem que, o mais importante na
aprendizagem é que o aluno aprende a estudar de forma independente, mas o apoio do
professor é indispensável.
Q7.. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por subordinação
causal.
a) A Maria não foi a escola, pois estava doente. ( )
b) O Paulo não estudou, portanto não fez o exame. ( )
Gráfico: 08
Frequências
Acertaram Não acertaram Não escolheram
8%
33%
59%
Este exercício tinha como objectivo avaliar ainda o nível de percepção e a capacidade de
análise da conjunção “pois” nos alunos no contexto subordinativo,, para tal, os resultados
foram exuberantes, pois 48 alunos que corresponde a 59% acertaram na resposta, 27 alunos
equivalente a 33% não acertaram na resposta, por fim, 6 alunos apenas equivalente a 8% não
escolheram nenhuma alternativa
alternativa.
41
Frequências
Preencheram correctamente Não Preencheram correctamente
4%
96%
Esta questão apresentava 2 conjunções que deviam ser usadas para completar um espaço em
branco,, com a finalidade de verificar a capacidade de análise e de preenchim
preenchimento de acordo
com o sentido da frase. O Gráfico ilustra que dos 100% de alunos testados
testados, 78 alunos que
equivale a 96%
% preencheram os espaços vazios correctamente e, apenas 3 alunos que equivale
a 4%
% preencheram com erros, isto é, não conseguiram completar o espaço em branco com a
conjunção devida.
Feita a análise do gráfico acima, lê-se
lê que, 3 testados cometeram erros e 78 preencheram os
espaços sem erros, entretanto, isso dá-nos a entender que maior parte dos alunos mostrou
capacidades brilhantes de análise e reflexão no preenchimento de exercícios de jogos de
palavras.
Q9: Das opções abaixo, escolha apenas uma com as três conjunções com os valores
coordenativo conclusivo, coordenativo explicativo e subordinativo causal.
A. Comer, dormir e vestir B. Porque, portanto e pois C. Que, como, embora D.
E, logo, portanto
42
Gráfico: 10
Frequências
Escolheram correctamente Não escolheram correctamente
32%
68%
O exercício tinha
ha como objectivo perceber se os alunos conheciam as conjunções com os
valores mencionados na questão ou não. Do universo de 81 alunos avaliados, 55 alunos que
equivale a 68%
% conseguiram escolher correctamente a opção que possuía as três conjunções
com valor coordenativo conclusivo, explicativo e subordinativo causal, 26 alunos que
corresponde a 32%
% não conseguiram escolher
esc a opção correcta,, facto que, em situações de
escolha múltipla os alunos conseguiram
conseguira acertar na resposta,, mas em situações práticas de
divisão e classificação que requer uma aná
análise, os alunos não conseguira
conseguiram acertar, contudo,
dá-nos a entender que há muita falta de exercícios práticos que são mais produtivos em
detrimento da escolha múltipla
múltipla, pois muitos alunos podem conhecer as conjunções e não saber
as utilizar ou as identificar praticamente no seu devido contexto.
Q10: Escolha a única opção do número anterior que completa os espaços em branco.
a) As ruas ficaram alagadas ________ a chuva foi muito forte.
b) Temos o António como o melhor estudante, é, _______,, digno de aprovação.
c) A menina foi retirada da sala, _______ não tinha o uniforme completo.
Gráfico: 11
Frequências
Escolheram correctamente Não escolheram correctamente
26%
74%
Esta questão tinha como objectivo descobrir nos alunos a capacidade de completar os espaços
em brancos através da única opção que escolheriam no número anterior. Na leitura do gráfico
fica evidente que, os alunos possuem algumas dificuldades noo preenchimento dos espaços
vazios a partir das conjunções apresentadas, pois dos 81 avaliados, apenas 21 alunos que
43
Gráfico: 12
Faixa etária
25 - 35 35 – 45 45 - 50
17%
50%
33%
Q2: Será que o desconhecimento e a falta de domínio das regras de classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação, por parte dos alunos, pode estar na origem dessa
problemática?
Nesta segunda questão, 4 entrevistados foram unânimes em dizer que, a falta de conhecimento
e do domínio das regras de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação,
por parte dos alunos, de facto pode estar na origem dessa problemática e apenas 2
entrevistados disseram que os alunos e os professores é que são os culpados, isto é, os alunos
(falta de interesse) para os professores (a má leccionação do conteúdo). Assim sendo,
confirma ainda a primeira pergunta de pesquisa que diz: “Será que a falta de conhecimento e
de domínio das regras de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação, por
parte dos alunos, pode estar na origem da problemática de classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação?”
Q3: Será que o professor pode ser o agente influenciador do problema de classificação da
frase complexa por coordenação/subordinação nos alunos?
A finalidade dessa questão era perceber simplesmente se o professor poderia ser visto como
um agente influenciador dessa problemática ou não. Contudo, de acordo com os dados
colhidos, maior parte dos professores, em número de 4 professores afirmaram que o professor
também pode ser o agente influenciador, especificamente quando não tiver o domínio da
matéria, pois não poderá ensinar ou mediar devidamente. Enquanto 2 professores disseram
que o professor não era o agente influenciador porque faz de tudo para a mediação da matéria.
Em suma, o professor também pode ser um agente influenciador, pois todos estão envolvidos
no PEA.
47
Q4: Além das causas que o entrevistado mencionou, existem outras que podem estar na
origem dessa problemática? Se existem, quais são?
Esta questão dirigida aos professores tinha como objectivo principal saber se existiam outras
causas ou razões que estavam na génese da problemática da classificação da frase complexa
por coordenação/subordinação. De acordo com os dados fornecidos, 4 professores disseram
que não existiam outras razões que estariam na origem da problemática da classificação da
frase complexa por coordenação/subordinação no lugar das que haviam sido mencionadas
anteriormente, finalmente 2 entrevistados disseram que existiam outras razões que estariam
por trás dessa problemática, como: a falta do exercício da matéria em causa (não fazem
T.P.C) e a incompreensão da mensagem da frase (olhando para o contexto em que a
conjunção “pois” é colocada) ao ponto de não saber distinguir os valores da conjunção “pois”
em situações de frase. É tarefa do professor agora criar um ambiente propício e motivador na
sala de aulas para incentivar e atrair o aluno para a aula. Logicamente Lino (2012, p. 7) diz
que há três factores que devem ser observados astutamente, dentre eles temos: o interesse, a
motivação e a incentivação. De acordo com Sawey e Telford (1966, p. 56), o interesse pode
ser considerado como uma atitude favorável em relação ao objecto e é positivo por natureza,
constituindo uma variável importante de qualquer rendimento escolar, porque orienta o
trabalho. Enquanto Planchard (1960) apud Sawey e Telford (1966, p. 56), o interesse é a
correspondência entre um certo objecto exterior e uma necessidade em nós existente. A
partir do excerto, pode-se entender na verdade que, é tarefa maior do professor criar um
ambiente saudável e incentivar o aluno, tentando despertar nele motivos para a aprendizagem
de um determinado tema. Os professores devem utilizar estratégias adequadas para
impressionar o aluno para a aula. Dos métodos que existem e dos que muitas vezes são
utilizados para dar aulas, é muitas vezes aconselhável que se faça um estudo de Elaboração
conjunta, centralizando principalmente a atenção para o aluno porque o professor não deve
ser visto como o centro das atenções pelos alunos em detrimento dos mesmos alunos, embora
os outros métodos não sejam indispensáveis, como: estudo Independente e o Expositivo. O
professor deve em cada final da aula deixar um texto de apoio sobre a matéria e exercícios de
aplicação para a respectiva consolidação. Ajudar os alunos a conhecerem todas as categorias
gramaticais e através delas ensiná-los a formarem frases até chegar no nível de produção de
textos coesos e coerentes.
48
5.1. Conclusões
Nesta parte do trabalho, constatamos que a problemática da classificação da frase complexa
por coordenação/subordinação é caso de muitos alunos e é motivada por vários factores tais
como: 1. A falta de interesse pela matéria por parte do aluno; 2. Má preparação nas classes
anteriores; por fim, 3. Desconhecimento de regras básicas que regem a classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação. Durante a pesquisa notou-se que há uma
necessidade de se galvanizar a capacitação dos alunos, fazendo uma actualização constante
sobre os temas relacionados com a frase, coordenação e subordinação.
Quanto à validação das perguntas de pesquisa, temos a dizer que, foram confirmadas
positivamente duas delas, neste caso, a primeira pergunta e a segunda. A primeira pergunta
dizia: “Será que a falta de conhecimento e de domínio das regras de classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação, por parte dos alunos, pode estar na origem da
problemática de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação?” de acordo
com as análises feitas observou-se que, acima de 50% de alunos, em muitos casos cometeram
muitos erros, o que confirma de facto a falta de conhecimento e de domínio das regras de
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação, pois até na entrevista feita aos
professores, enfatizaram também o mesmo problema. A segunda pergunta dizia: “Será que a
falta de interesse pela matéria, por parte dos alunos, pode estar na origem da problemática de
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação?” também foi confirmada
porque o que leva os alunos a não resolverem os exercícios e a cometerem muitos erros
significa que não se interessam tanto pela matéria. Para tal, esse é um facto que deve ser
analisado para criar mecanismos ainda mais excelentes para minimizar essa problemática,
pois dos 6 professores envolvidos na entrevista, 4 responderam que os professores são os
agentes influenciadores da problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação, pois não ensinam com clareza a matéria, cedendo todos as regra
responsáveis por essa matéria e 2 entrevistados defenderam o professor como não sendo o
agentes influenciadores dessa problemática, não só, disseram ainda firmemente que maior
parte dos alunos não se interessam tanto pela matéria o que lhes leva a não resolver os
exercícios. Além disso, dos alunos submetidos ao questionário maior percentagem apresentou
muitos problemas de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação, podendo
49
deste modo não estarem preparados em termos do seu desempenho intelectual para
enfrentarem os níveis seguintes.
Face a terceira pergunta: “Será que o uso de estratégias inadequadas, por parte dos
professores, pode estar na origem da problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação?” ficou parcialmente confirmada porque de tudo se notou que
alguns professores também possuem dificuldades na leccionação dessa matéria, por isso
alguns deles disseram que os professores também são agentes influenciadores da problemática
da classificação da frase complexa, embora não consistentemente.
5.2. Sugestões
É vontade de todos os intervenientes do processo de aprendizagem que a qualidade do ensino
seja uma realidade no Sistema Nacional de Educação e Desenvolvimento Humano e em
particular na escola onde se realizou o estudo. Portanto, para que isso aconteça, sugerimos o
seguinte:
À Direcção da escola
Que discuta as técnicas e métodos mais eficientes para o Processo de Ensino – Aprendizagem
da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação nas reuniões de
planificação quinzenal;
Que planifiquem capacitações internas dos professores em matérias de classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação.
Aos professores
Usar formas mais simples e claras para o ensino da frase complexa por
coordenação/subordinação;
Aos alunos
Reservar sempre no seu tempo livre, um espaço para rever e resolver tarefas da escola.
50
Referências bibliográficas
Apêndices
53
Questionário
Este questionário é levado a cabo pelo estudante finalista Leonardo Mascarenhas Manuel, do 4º
Ano, Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa com Habilitações em Ensino das
Línguas Bantu. Trata-se de uma pesquisa de conclusão do Curso. É dirigido aos alunos da 11ª e 12ª
Classe, Curso Diurno, Escola Secundária Samora Moisés Machel e tem a finalidade de colher dados
sobre a classificação da frase complexa por coordenação/subordinação. Os dados colhidos servirão
apenas para efeitos académicos. Portanto, agradece-se desde já a sua colaboração. Que DEUS lhe
abençoe. Cordiais saudações!
Responda às questões
Leia e preencha atentamente o questionário, com base no conhecimento que já obteve sobre a
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação.
1. Dados de identificação pessoal
1.1. Turma _____ Classe ___ Repetente ___ Não repetente ___ Idade ___ Sexo_________
2.1.1. Dada a frase abaixo, identifique a opção que melhor se adequa a oração sublinhada.
a) Levantou-se da cama, pois já se sentia melhor.
A. Subordinativa Causal B. Coordenativa Conclusiva C. Coordenativa Explicativa D.
Subordinativa Consecutiva
2.1.2. Das opções (A, B, C e D), sublinhe a que se adequa a frase abaixo:
a) Ninguém no mundo seria salvo se Jesus não tivesse morrido pelo homem.
A. Coordenativa Conclusiva B. Subordinativa Reduzida Gerundiva C. Coordenativa Final D.
Subordinativa Condicional
2.2. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por coordenação.
a) A Joana é muito inteligente, ao passo que a Maria é sábia. ( )
b) A escola é muito importante na vida das pessoas, embora nem todos gostam de estudar. ( )
2.2.1. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por subordinação.
a) A Ana comeu carne e ela já não é vegetariana? ( )
b) O amor é cego apenas para aquele que não quer ver. ( )
54
2.4. Das quatro (4) alternativas (A, B, C e D) assinale a que corresponde a conjunção destacada:
a) Você ajudou-me muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
A. Coordenativa copulativa B. Subordinativa integrante C. Coordenativa conclusiva
D. Subordinativa comparativa
2.5. Das opções abaixo, escolha apenas uma com as três conjunções com os valores coordenativo
conclusivo, coordenativo explicativo e subordinativo causal.
A. Comer, dormir e vestir B. Porque, portanto e pois C. Que, como, embora D. E, logo,
portanto
2.6. Escolha a única opção do número anterior que completa os espaços em branco.
a) As ruas ficaram alagadas ________ a chuva foi muito forte.
b) Temos o António como o melhor estudante, é, _______, digno de aprovação.
c) A menina foi retirada da sala, _______ não tinha o uniforme completo.
2.7. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por subordinação causal.
a) A Maria não foi a escola, pois estava doente. ( )
b) O Paulo não estudou, portanto não fez o exame. ( )
2.8. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por coordenação conclusiva.
a) Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. ( )
b) Não fui à praia pois tinha que descansar durante o Sábado. ( )
Guião de entrevista
Este Guião de entrevista é levado a cabo pelo estudante finalista Leonardo Mascarenhas Manuel, do
4º Ano, Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa com Habilitações em Ensino das
Línguas Bantu. Trata-se de uma pesquisa de conclusão do Curso. É dirigido aos professores da 11ª e
12ª Classe, Curso Diurno, Escola Secundária Samora Moisés Machel e tem a finalidade de ouvir as
suas opiniões sobre a origem da problemática de classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação.
Entrevistado 2
Entrevistado 3
Entrevistado 4
Entrevistado 5
Entrevistado 6
56
Anexo