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I

Leonardo Mascarenhas Manuel

A Problemática da Classificação da Frase Complexa por Coordenação/Subordinação:


Caso dos Alunos do 2° Ciclo (11ª e 12ª Classes) – E.S.G Samora Moisés Machel –
Chimoio

Licenciatura em Ensino de Português com Habilitações em Ensino de Línguas Bantu

Universidade Pedagógica

Chimoio

2019
II

Leonardo Mascarenhas Manuel

A Problemática da Classificação da Frase Complexa por Coordenação/Subordinação:


Caso dos Alunos do 2° Ciclo (11ª e 12ª Classe) – E.S.G Samora Moisés Machel – Chimoio

Monografia Científica apresentada ao Departamento de


Ciências da Linguagem, Comunicação e Arte,
Universidade Púnguè, para a obtenção do grau
académico de Licenciatura em Ensino de Português com
Habilitações em Ensino de Línguas Bantu.
Supervisora: MA. Esperança Rita Chivite

Membros do Júri

Mestre Lurdes José Lopes Zilhão

Mestre Esperança Rita Chivite

Doutora Alima Ismael Pereira

Classificação obtida: 14,0 valores

Universidade Pedagógica

Chimoio

2019
III

Índice

Declaração……………………………………………………………………………………………….I

Agradecimentos…………………………………………………………………………………………II

Dedicatória……………………………………………………………………………………………..III

Resumo………………………………………………………………………………………………...IV

Abstract…………………………………………………………………………………………………V

Résumé………………………………………………………………………………………………...VI

Lista de gráficos………………………………………………………………………………………VII

Lista de abreviaturas e símbolos……………………………………………………………………..VIII

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO………………………………………………………………………..9

1.1. Tema…………………………………………………………………………………………...9

1.2. Problematização………………………………………………………………………………..9

1.3. Delimitação do tema…………………………………………………………………………...10

1.4. Enquadramento do tema……………………………………………………………………….10

1.5. Justificativa da escolha do tema………………………………………………………………..10

1.6. Objectivos do estudo…………………………………………………………………………...11

1.6.1. Objectivo geral…………………………………………………………………………………11

1.6.2. Objectivo específicos…………………………………………………………………………..11

1.7. Perguntas de pesquisa………………………………………………………………………….12

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA……………………………………………………13

2.1. Frase……………………………………………………………………………………………….13

2.1.1. Frases simples e frases complexas………………………………………………………………14

2.1.1.1. Frases simples…………………………………………………………………………………14

2.1.1.2. Frases complexas……………………………………………………………………………...14

2.2. Organização das frases complexas………………………………………………………………..15


IV

2.2.1. Coordenação…………………………………………………………………………………….15

2.2.2. Subordinação……………………………………………………………………………………21

2.2.3. Classificação de orações com conector “pois”………………………………………………….26

2.2.2.1. Valor do conector “pois”…………………………………………………………………26

2.2.2.1.1. Conector “pois” com valor coordenativo conclusivo……………………………………26

2.2.2.1.2. Conector “pois” com valor coordenativo explicativo……………………………………28

2.2.2.1.3. Conector “pois” com valor subordinativo causal………………………………………...28

2.3. Regras de classificação de orações complexas………………………………………………...29

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA………………………………………………….30

3.1. Tipo de pesquisa…………………………………………………………………………………..30

3.2. Método de Abordagem………………………………………………………………………...31

3.3. Método de Procedimento………………………………………………………………………32

3.4. Técnicas e instrumentos de recolha de dados………………………………………………….32

3.5. População………………………………………………………………………………………33

3.5.1. Amostra………………………………………………………………………………………...33

CAPÍTULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS……………………………………..35

4.1. Dados referentes ao questionário dirigido aos alunos…………………………………………35

4.2. Reflexão sobre os dados obtidos……………………………………………………………….43

4.3. Dados relativos a entrevista dirigida aos professores………………………………………….43

CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES…………………………………………………….48

5.1. Conclusões………………………………………………………………………………………...48

Referências bibliográficas……………………………………………………………………………..50

Apêndices………………………………………………………………………………………………52

Anexo......................................................................................................................................................56
I

Declaração

Eu, Leonardo Mascarenhas Manuel, declaro que esta Monografia é resultado da minha
investigação pessoal e das orientações da minha supervisora, o seu conteúdo é original e todas
as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia
final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Chimoio, 31 de Outubro de 2019

___________________________________________________________

Leonardo Mascarenhas Manuel


II

Agradecimentos

Em primeiro lugar, agradeço a DEUS, Pai Celeste que me criou, remiu-me do pecado,
garantiu-me a salvação em CRISTO JESUS e pelo ESPIRITO SANTO reservou-me tempo
para a realização deste trabalho, pois sem ELE, nada do que foi feito teria sido feito a respeito
da Problemática da Classificação da Frase Complexa por Coordenação/Subordinação.

Os meus agradecimentos vão ao meu tio, Roberto Carlos Alberto e a minha avó, Munoruirei
Machate que sempre estiveram a par de mim e estão prontos para aturar os meus erros e
fraquezas, apoiando-me a transformá-los em vitórias.

À todos os docentes que contribuíram para a minha formação, concretamente aos docentes do
Curso de Português, com particular atenção para a dra. Alima Pereira Ismael pela sua forma
de tratar as coisas, linguagem tão nobre e dobre, atraente, cortês, tão nivelada e fácil de
compreender-se, ainda mais pelo apoio, pela consideração, paciência, pelo carinho, cuidado e
amor, pois sempre esteve a par do meu desempenho e sucesso como filho das suas entranhas.

Ao dr. Domingos Gilberto João e Mestre Francelino Dalton Wilson pelo respeito, carinho,
simplicidade, respeito, amor, pela contribuição, consideração e disposição. Ao dr. Elton de
Jesus Clérico Achaca e à Mestre Lurdes Lopes Zilhão pelo acolhimento nos seus braços de
amor, pela ajuda moral, financeira, instrução extra – sala, consideração, paciência e confiança
em mim e pelo respeito.

À minha esbelta, maravilhosa e distinta supervisora, Esperança Rita Chivite pela sua
contribuição, cuidado, paciência, carinho, ajuda e amor pelo meu futuro risonho e repleto de
qualidades exuberantes, pela entrega e disposição para aturar as minhas falhas, luta pela
qualidade através das suas rigorosas e produtivas orientações para que este trabalho fosse
verídico, não só, mas pela luta para a minha ascendência académica como linguista que pauta
pela qualidade à sua semelhança como individuo formado e híbrido. Ao meu grande amigo dr.
Domingos Alívio Vumbuca pela força. Finalmente, à todos aqueles que directa ou
indirectamente contribuíram e lutaram pelo meu sucesso durante a formação. Agora sou um
indivíduo híbrido, visto que possuo um pouco de tudo que os meus docentes (mencionados e
os propositadamente não mencionados) me inspiraram na ciência e no carácter.
III

Dedicatória

Este trabalho dedico ao meu tio, Roberto Carlos Alberto, às minhas queridas irmãs: Doca,
Graça, Olívia e Rita, aos meus tios, tias, e especialmente a minha avó Munoruirei Machate.

Dedico ainda este trabalho de uma forma muito singular a uma jovem muito preciosa que pela
graça de DEUS me deu a mão e o coração em casamento, disposta a compartilhar sua vida
comigo pelo resto da vida, mesmo que isso pudesse significar andar pelo vale da sombra da
morte, um presente que DEUS me concedeu para a minha maior felicidade, novo membro da
família, a minha esbelta, amada e estrela que raiou sobre o meu coração, a minha eterna
namorada, Teresa Fernando Sithole.

Aos meus estimados padrinhos João Seico Jonasse e Tsitsi Belmira Chirongo Jonasse.

Aos meus estimados amigos: Francisco Victor Xavier, Braim Albano Michone, Hilário
Victor, Khalil Ahomed Nadat, Elias José Castigo, Nelson Mário Manhangue, e colegas da
faculdade.

Por fim, dedico este trabalho a sociedade em geral, que poderá ler este trabalho resultante de
uma pesquisa minuciosa e apropriar-se-á deste como meio de obtenção de conhecimentos
relacionados com a frase complexa por coordenação/subordinação.
IV

Resumo

A problemática de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação: caso dos alunos


do 2° Ciclo (11ª e 12ª Classe) – E.S.G Samora Moisés Machel – Chimoio é motivado em
grande pela falta de conhecimento e domínio das regras que as regem e a ausência de interesse pela
matéria no aluno. Essas normas facilitariam aos alunos na classificação das frases complexas, caso
contrário, isso acaba limitando as suas capacidades e cria descontinuidade da aprendizagem em todos
os níveis procedentes. Neste contexto, foi feita uma pesquisa na escola anteriormente mencionada,
envolvendo 6 turmas, existentes no ano lectivo de 2019, com finalidade de identificar as causas que
influenciam na problemática da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação. A
pesquisa foi desenvolvida por meio de aplicação de um questionário dirigido a 81 alunos tidos como
população amostra e uma Entrevista dirigida aos professores que trabalhavam directamente com as
turmas investigadas. Segundo a pesquisa, no que diz respeito ao questionário dirigido aos alunos,
constatou-se que acima de 50% em muitos casos cometeram muitos erros, pois no primeiro caso, 53%
identificaram erradamente o valor da conjunção “pois”, a seguir não conseguiram identificar o tipo de
oração através da conjunção “se” porque 46% sublinharam erradamente. Em relação a entrevista
dirigida aos professores, 4 professores dos 6 que corresponde ao maior número, confirmaram a falta de
conhecimento das regras e domínio de classificação da frase complexa e a falta de interesse pela
matéria por parte dos alunos. Para tal, os professores devem criar um ambiente adequando, utilizando
estratégias devidas para incentivar, motivar e criar interesse nos alunos pelo estudo da frase complexa
em situação de sala de aulas para minimizar a problemática de classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação.

Palavras – chave: Classificação, Oração, Coordenação e Subordinação.


V

Abstract

The problem of classification of the complex sentence by coordination / subordination: case


of students of the 2nd Cycle (11th and 12th grade) - ESG Samora Moisés Machel - Chimoio is
largely motivated by the lack of knowledge and mastery of the rules governing them and the
absence of interest for the subject in the student. These norms would make it easier for
students to classify complex sentences, otherwise it limits their ability and creates learning
discontinuity at all levels. In this context, a research was carried out in the aforementioned
school, involving 6 classes, existing in the academic year of 2019, in order to identify the
causes that influence the problematic of the classification of the complex sentence by
coordination / subordination. The research was developed by applying a questionnaire
directed to 81 students considered as sample population and an Interview directed to the
teachers who worked directly with the investigated classes. According to the survey, with
regard to the questionnaire addressed to students, it was found that over 50% in many cases
made many mistakes, because in the first case, 53% wrongly identified the value of the
conjunction “because”, then failed identify the type of clause by the conjunction "if" because
46% underlined wrongly. Regarding the interview addressed to teachers, 4 teachers out of the
6 corresponding to the largest number, confirmed the lack of knowledge of the rules and
domain of classification of the complex sentence and the students' lack of interest in the
subject. To this end, teachers should create an appropriate environment, using appropriate
strategies to encourage, motivate and interest students by studying the complex sentence in a
classroom situation to minimize the problem of complex sentence classification by
coordination / subordination.

Keywords: Classification, Clause, Coordination and Subordination.


VI

Résumé

Le problème de la classification des phrases complexes par coordination / subordination: cas


des étudiants du 2e cycle (11e et 12e années) - ESG Samora Moisés Machel - Chimoio est
largement motivé par le manque de connaissances et de maîtrise des règles qui les régissent et
par l'absence d'intérêt pour le sujet chez l'élève. Ces normes faciliteraient la classification des
phrases complexes pour les étudiants, sinon elles limiteraient leur capacité et créeraient une
discontinuité d'apprentissage à tous les niveaux. Dans ce contexte, une recherche a été
effectuée dans l’école susmentionnée, comprenant 6 classes, existant au cours de l’année
universitaire 2019, afin d’identifier les causes qui influent sur la problématique de la
classification de la peine complexe par coordination / subordination. La recherche a été
développée en appliquant un questionnaire destiné à 81 élèves considérés comme un
échantillon de population et un entretien destiné aux enseignants ayant travaillé directement
avec les classes ayant fait l'objet de l'enquête. Selon l'enquête, en ce qui concerne le
questionnaire adressé aux étudiants, il a été constaté que plus de 50% des personnes
commettaient souvent de nombreuses erreurs, car dans le premier cas, 53% avaient mal
identifié la valeur de la conjonction «parce que», puis échoué. identifiez le type de prière par
la conjonction "si" car 46% l'ont souligné à tort. En ce qui concerne l'entretien adressé aux
enseignants, 4 enseignants sur les 6 correspondant au plus grand nombre, confirment le
manque de connaissance des règles et du domaine de classification de la phrase complexe et
le désintérêt des élèves pour la matière. À cette fin, les enseignants devraient créer un
environnement approprié en utilisant des stratégies appropriées pour encourager, motiver et
intéresser les élèves en étudiant la phrase complexe en salle de classe afin de minimiser le
problème de la classification des phrases complexes par coordination / subordination.

Mots-clés: Classification, Prière, Coordination et Subordination.


VII

Lista de gráficos

Gráfico: 01……………………………………………………………………………….36

Gráfico: 02……………………………………………………………………………….37

Gráfico: 03……………………………………………………………………………….37

Gráfico: 04……………………………………………………………………………….38

Gráfico: 05……………………………………………………………………………….39

Gráfico: 06……………………………………………………………………………….40

Gráfico: 07……………………………………………………………………………….41

Gráfico: 08……………………………………………………………………………….41

Gráfico: 09……………………………………………………………………………….42

Gráfico: 10……………………………………………………………………………….43

Gráfico: 11……………………………………………………………………………….43

Gráfico: 12……………………………………………………………………………….45
VIII

Lista de abreviaturas e símbolos

FIPAG Fundo de Investimento, Património e Abastecimento de Água


UP Universidade Púnguè
UP Universidade Pedagógica (extinta)
ITCF Fundação Iniciativa para Terras Comunitárias
ESG Escola Secundária Geral
CNM Ciências Naturais com Matemática
CSS Ciências de Comunicação Social
AVC Artes Visuais e Cénicas
9

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

A língua portuguesa em Moçambique encontra-se num estágio muito elevado de utilidade, o


que implicaria, por parte dos falantes, o conhecimento de uma porção maior das regras
gramaticais, neste contexto, os princípios básicos que regem o funcionamento da língua
portuguesa, caso concreto da formação da frase complexa por coordenação/subordinação em
português. Portanto, a finalidade deste trabalho é apresentar dados e regras inerentes a
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação para simplificar e fazer face a
compreensão dessa matéria aos alunos do 2° Ciclo do Ensino Secundário Geral.

1.1. Tema
A Problemática da Classificação da Frase Complexa por Coordenação/Subordinação: Caso
dos Alunos do 2° Ciclo (11ª e 12ª Classe) – E.S.G Samora Moisés Machel – Chimoio.

1.2. Problematização
Muitos alunos que passam do ensino básico ao ensino médio deparam-se com o mundo
académico, cuja perspectiva, em termos de acesso ao conhecimento, amplia-se quase ao
infinito, vêem-se muitas vezes com produções textuais bastante diferentes de tudo o que já
haviam realizado (e mesmo lido) nos níveis educacionais anteriores sobre a frase complexa
por coordenação/subordinação.

O estudo da frase complexa por coordenação/subordinação é um desafio que a escola tem de


fornecer ferramentas teóricas e práticas relevantes para que os alunos sejam bem sucedidos
como cidadãos úteis à família e à comunidade. A maioria desses alunos têm dificuldades ao
dividir e classificar as frases complexas, pois fazendo uma análise profunda da questão da
frase complexa verificaremos que há vários problemas de classificação da frase complexa por
coordenado/subordinação por parte dos alunos do 2° Ciclo (ensino médio). Contudo, surge a
seguinte questão:

O que é que está na génese da Problemática da classificação da frase complexa por


coordenação/subordinação nos alunos do 2° Ciclo (11ª e 12ª Classe) – E.S.G Samora Moisés
Machel – Chimoio?
10

1.3. Delimitação do tema


A pesquisa foi realizada em Moçambique, província de Manica, distrito de Chimoio, na
cidade de Chimoio, na maior escola da província de Manica (Escola Secundária Samora
Moisés Machel), localizada no centro da cidade de Chimoio, no bairro 2, na Av. Zâmbia que,
à Norte faz fronteira com a antiga Piscina Fátima, à Nordeste com o FIPAG, à Oeste com a
rua que vai para Escola Secundária da Vila Nova (bairro Tambara 2), à Sul limita-se com o
antigo gabinete da extinta UP – Delegação de Manica, à Sudeste com a ITCF, e por fim, à
Este com as copiadoras circunvizinhas da escola.

1.4. Enquadramento do tema


O tema desta Monografia enquadra-se na área da Língua Portuguesa, na linha de pesquisa
ligada a gramática do texto/análise do discurso na área de estudos relacionados com a
Classificação da frase Complexa por Coordenação/Subordinação. Este tema encontra-se
dentro da política da educação, onde o currículo para as ESG preconiza que se leccione este
conteúdo, procurando dar uma formação teórica e sólida aos alunos para que desenvolvam as
competências comunicativas, que só são adquiridas com base no domínio das regras que
regulam o uso da língua portuguesa.

1.5. Justificativa da escolha do tema


O tema desta Monografia surgiu no âmbito das práticas pedagógicas profissionalizantes,
realizadas na Escola Secundária Samora Moisés Machel – Chimoio, onde, pela relevância
académica do tema, notou-se que havia necessidade de pesquisá-lo com a finalidade de buscar
dados e analisá-los para descobrir a génese da problemática da classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação e, por fim, sugerir estratégias adequadas para
minimizar essa problemática.

A escolha do tema da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação justifica-


se pelo facto de ser um assunto que constitui a base da construção de enunciados ou frases
com um sentido completo e lógico, portanto, como linguista, é importante falar desse assunto
para trazer uma nova visão em torno desse tema, neste caso, a polissemia do conector “pois”
em frases complexas.

A escolha deste tema deve-se ainda pelo facto de ser muito ambíguo, embora alguns autores
como Bechara, Borregana, Cunha e Cintra, Pestana e outros já tenham abordado acerca da
11

frase complexa, com isso, pretendia-se apresentar as principais directrizes ou regras de


classificação da frase complexa por coordenação/subordinação.

Por fim, a escolha deste tema justifica-se também pelo facto da existência de muitos alunos do
2° Ciclo (11ª e 12ª Classe) da Escola Secundária Samora Moisés Machel – Chimoio
possuírem ainda muitos problemas na classificação da frase complexa, o que contribui
também para origem de muitos erros ortográficos. Portanto, nesse trabalho, pretendia-se
sugerir estratégias adequadas para a minimização da problemática da classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação.

Esta Monografia, apresenta as regras de classificação da frase complexa por


coordenação/subordinação, não só, apresenta estratégias adequadas para a minimização da
problemática da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação. Com base
nisso, as páginas desse trabalho beneficiarão a sociedade em geral como uma fonte
bibliográfica para as futuras pesquisas.

1.6. Objectivos do estudo


1.6.1. Objectivo geral
Descobrir a origem da problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação nos alunos do 2° Ciclo – Escola Secundária Samora Moisés
Machel – Chimoio.

1.6.2. Objectivo específicos


 Identificar as causas da problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação nos alunos do 2° Ciclo – Escola Secundária Samora Moisés
Machel – Chimoio;
 Compreender as razões da problemática da classificação da frase por
coordenação/subordinação nos alunos;
 Sugerir estratégias adequadas para minimizar a problemática da classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação.
12

1.7. Perguntas de pesquisa


 Será que a falta de conhecimento e de domínio das regras de classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação, por parte dos alunos, pode estar na origem da
problemática de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação?
 Será que a falta de interesse pela matéria, por parte dos alunos, pode estar na origem da
problemática de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação?
 Será que o uso de estratégias inadequadas, por parte dos professores, pode estar na
origem da problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação?

A organização desta Monografia comporta cinco capítulos, no primeiro apresenta-se a


Introdução, o Tema, a Problematização, a Delimitação do Tema, o Enquadramento do Tema,
a Justificativa da Escolha do Tema, os Objectivos e as respectivas Perguntas de Pesquisa. No
segundo, demonstra-se a Fundamentação Teórica, as Definições dos principais conceitos
relacionados com o tema. No terceiro, ilustra-se a Metodologia utilizada na pesquisa. No
quarto capítulo ilustramos a Análise e Interpretação dos Dados Recolhidos e a Confirmação
das Perguntas de Pesquisa. Por fim, no quinto capítulo estão patentes as Conclusões, as
Sugestões, Referências Bibliográficas, os Apêndices e os Anexos.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo faz-se a apresentação de conceitos e teorias já avançadas por indagadores que
se interessaram pela área do estudo da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação há bastante tempo.
No presente tema faz-se alusão aos três valores do conector “pois” (coordenativo conclusivo,
explicativo e subordinativo causal), para tal é preponderante começar por falar da frase,
coordenação, subordinação, classificação e conjunção.

2.1. Frase
Segundo Lima (2012, p. 69), “Frase é a forma de expressão do nosso pensamento ao
transmitirmos um apelo ou uma ordem, ao indicarmos uma acção, estado ou fenómeno, ao
emitirmos uma crítica ou externarmos as nossas emoções.”
Exemplo:
O carro que comprei nos EUA é distinto dos outros.

Ainda no conceito da frase, Pinto e Castro et al., (1996, p. 155) dizem que, “frase é um
enunciado lógico organizado de acordo com as regras gramaticais e com sentido completo.”
Exemplo: O Amor do homem é complementar e limitado.

De acordo com Cunha e Cintra (2006, p. 87), frase é um enunciado de sentido completo, a
unidade mínima de comunicação que pode conter “uma ou mais 1orações”.
Dos conceitos apresentados, é possível entender que todos eles referem a frase como um
enunciado que tem um sentido completo, mas é interessante destacar o conceito de Cunha e
Cintra, pois eles particularizam o aspecto unidade mínima de comunicação se distanciando
assim, dos outros autores. Ao referenciar a unidade mínima dá-se a entender que nem sempre
a frase é constituída por um conjunto de palavras, pois há frases que são formadas por uma
única palavra levando consigo um sentido completo.
Exemplos: a) Coma! b) Ah!

1
Matos (2011, p. 221) considera oração como uma unidade do discurso. A partir deste conceito a oração pode
ser entendida por unidade gramatical organizada à volta de um verbo.
14

2.1.1. Frases simples e frases complexas


2.1.1.1. Frases simples
No âmbito da análise da frase, é preponderante fazer a alusão da sua fragmentação, isto é,
uma análise da frase simples e complexa. Partindo ainda do princípio da frase como uma
combinação de categorias sintácticas que obedecem regras ou princípios para formar um
sentido, ela pode ser simples ou complexa.

Segundo Pinto e Castro et al., (1996, p. 98), “frase simples ou mono oracional é aquela que é
constituída por única oração, contendo, portanto, um só verbo conjugado.”
Exemplo: Um lenço branco apaga o céu.

Borregana (2006, p. 220) diz que, “frase simples é aquela que é constituída por uma só oração
(com um só verbo).”
Exemplo: Este curso é incomparável.

A partir dos conceitos apresentados pelos autores acima, torna-se imprescindível destacar que
todos eles mencionam o verbo como referência obrigatória na formação da frase simples.

2.1.1.2. Frases complexas


De acordo com Gomes (2008, p. 89), frases complexas são aquelas que possuem vários
sintagmas verbais.

Na lógica de Borregana (2006, p. 221), “frase complexa é constituída por duas ou mais
orações (um, dois ou mais verbos).”
Exemplo: A rosa é muito linda, porém no final do dia ela murcha.

De acordo com os conceito de Gomes e Borregana, é possível notar que os dois convergem na
mesma teoria de frases complexas, o que aconteceu simplesmente é o facto de Gomes usar o
termo vários sintagmas verbais no lugar de duas ou mais usado por Borregana, sendo este
último o mais clarificado, pois as complexas partem sempre de duas para mais adiante o que o
outro não destaca.
15

2.2. Organização das frases complexas


Na lógica de Pinto e Castro et al., (1996, p. 172), há duas a maneiras de organizar a frase
complexa, neste caso, Coordenação e Subordinação.
Note que o ponto principal desse autor é a parte destacada a itálico como forma de
2
desbaratar que, a organização da frase complexa é feita de duas formas (a coordenação ou
subordinação), compreendendo uma estrutura com mais de um verbo ou, então, mais de uma
oração que pode ser coordenativa ou subordinativa. Contudo as frases complexas possuem
orações com conjunções ou locuções conjuncionais que podem lhes conferir as suas
designações. Observemos a abordagem da conjunção em três âmbitos:
No âmbito semântico – a conjunção é uma palavra que pode ter um ou mais de um sentido;
No âmbito morfológico – a conjunção é uma palavra invariável;
No âmbito sintáctico – a conjunção participa nas construções coordenadas e subordinadas,
ligando normalmente termos de mesma função sintáctica, orações, períodos e parágrafos.

A abordagem feita aqui sobre os conceitos da conjunção em três âmbitos, não está destacada
do tema em estudo, mas tem como foco de demonstrar que o tipo de frase complexa por
(coordenação/subordinação) é determinado pelo tipo de conjunção que possui, dependendo do
contexto, pois uma conjunção pode ser polissémica.

2.2.1. Coordenação
Segundo Pestana (2013, p. 789), “A coordenação trata da relação de independência entre
termos e orações.” Esse tipo de orações fica simplesmente uma ao lado doutra (coordenadas),
possui uma estrutura sintáctica completa e não depende doutra para lhe completar o sentido.

Cunha e Cintra (1998, p. 398) dizem que, na coordenação as “orações são autónomas,
independentes, isto é, cada uma tem sentido próprio.”

Bechara (2009, p. 392), convergindo com as ideias dos autores citados acima diz que, a
coordenação, sintacticamente é a relação de orações independentes entre si. A coordenação
estabelece uma relação de independência entre duas ou mais orações.
Exemplo: O João joga futebol, basquetebol e box.

2
Cilindrar. Dicionário Electrónico.
16

Primeiramente, a frasee acima é complexa pelo facto de possuir mais de uma oração e uma
forma verbal que, quando traduzida é utilizada para três orações para o caso exposto, pois o
verbo é que determina o número de orações na frase. Observe:
1a Oração: O João joga futebol.
futebol Coordenante principal
2aOração: O João joga basquetebol.
basquetebol Coordenada copulativa assindética
3aOração: e João joga box. Coordenada copulativa sindética

São três orações coordenadas,


denadas, pois todas se apropriam do mesmo verbo para a sua
classificação, só que, a diferença reside na conjunção porque nunca se deve passar por cima
dela, no âmbito da classificação,
classificação porque é a que determina o tipo de oração. Observe então o
segundo caso:

Chove torrencialmente, / portanto não vou sair.

1ª Oração – coordenada 2ª Oração – coordenada conclusiva

No primeiro caso, trata-se


se de orações copulativas nas suas
suas duas vertentes, pois indic
indicam
adição, enquanto para o segundo caso, é conclusiva por causa da conjunção que possui, visto
que dá a noção de uma conclusão.

Em suma, as orações coordenadas são independentes umas das outras; nas orações
coordenadas, cada uma das orações tem um sentido próprio e independente da outra oração.

Porquê falar tanto de orações neste trabalho? A oração é a que constitui a frase complexa por
coordenação/subordinação.. Por isso a sua alusão. Portanto, há um ponto a sublinhar, na
coordenação não existe coordenante porque há uma relação de independência, somente existe
coordenadas, enquanto na subordinação encontramos subordinante e subordinadas, os
sentidos dessas duas expressões destacadas explicam-se mais adiante.

Todas as teorizações apresentadas pelos autores acima ilustram que todos foram unânimes ao
considerar orações coordenadas como independentes. É muito importante também destacar a
expressão autonomia porque ela mostra a natureza das orações coordenadas.
17

De acordo com Borregana (2006, p. 216) a coordenação classifica-se em orações que podem
ser:
1. Copulativas – indicam adição.
De acordo com Pestana (2013, p. 637) a oração copulativa pode-se chamar também de aditiva
pelo facto dela exprimir ideia de soma, acréscimo, adição.
Conjunções: e, também, nem, que
Locuções: Não só… mas também… como também… tanto…como…

Pestana (2013, p. 791) em consonância com Borregana (2006) diz que as orações copulativas
subdividem-se em duas:
a) Assindéticas (as justapostas ou seja, postas uma ao lado doutra), não iniciadas por
síndeto (= conjunção), neste caso, são separadas pela vírgula.
Exemplo: O João gosta de estudar (,) ele é bom na escola.

A Virgula é o elemento
Coordenada principal Coordenada copulativa assindética
que separa as duas

De acordo com a explanação que anteriormente fora feita compreende-se que, a frase acima
apresentada é complexa por coordenação porque possui mais de uma oração e mais de uma
forma verbal, contudo, orações independentes. Primeiro temos, “O João gosta de estudar”
como sendo a 1ª Oração coordenativa principal depois, no lugar da conjunção copulativa
temos a virgula (,) que funciona como uma conjunção aditiva, pois está separando frases
interpoladas assindenticamente, por fim, tem a 2ª Oração coordenada assindética “ele é bom
na escola.” Em tudo isso há uma particularidade, as formas verbais “gosta” e “é” são as que
determinaram o número de orações nessa frase complexa.
b) Sindéticas são iniciadas por síndeto (conjunção, isto é, separadas pelas conjunções
copulativas).
Exemplo: O João (e) a Maria gostam de estudar.

Oração Coordenada principal Oração Coordenada copulativa sindética

A conjunção entre parênteses é a que separa, nesse caso, essas duas orações nesta frase
complexa por coordenação. Só mais uma particularidade, observe simplesmente que, a frase
possui somente uma forma verbal “gostam”, como é que se pode compreender? É muito
18

simples, na divisão das orações para a sua classificação apropria-se da mesma forma verbal
para a sua efectivação, separando-as a partir da conjunção (onde a oração toma o nome da
conjunção). Observe a dedução da frase acima:
1ª Oração: O João gosta de estudar. – Coordenada principal
2ª Oração: E A Maria gosta de estudar. – Coordenada copulativa sindética.

A conjunção “e” da qual se trata no segundo caso da copulativa, além de apresentar a ideia de
adição, também pode ser polissémica, assumindo outros valores semânticos, como
adversidade (mas, porém) ou conclusão/consequência (portanto, por isso, então). Como diz
Svobodová (2014, p. 76), “A conjunção (e), para além do valor por excelência aditivo, pode
adquirir contextualmente outros possíveis significado. Gramáticos como Bechara e Celso
Cunha referidos bibliograficamente neste trabalho, convergem com a ideia de Svobodová
dizendo que o conector “e” pode apresentar diferentes valores semânticos dependendo do
contexto. Observe a polissemia da conjunção “e” nos exemplos abaixo:
 Choveu torrencialmente nos meses passados, e a província de Sofala ficou
taxativamente inundada. (portanto, por isso – conclusão/consequência);
 Nós acordamos cedo, e chegamos, infelizmente, atrasados. (mas, porém –
adversidade/oposição);
 Não comes a sopa e eu não te levo ao cinema. (senão = caso contrário – subordinada
condicional);
 A Joana estava a cantar e o Rui estava a tocar o piano. (enquanto – subordinada
temporal);
 Apresentei-lhe o projecto e ele recusou-o. (mas coordenada adversativa).
A conjunção “e” assume muitos sentido nestes exemplos, pois encontra-se em diferentes
contextos. Linguisticamente analisando, as conjunções que comummente conhecemos com o
seu valor por excelência podem apresentar outros significados.

2. Adversativas – indicam oposição.


Os autores Pestana (2013, p. 640) e Svobodová (2014, p. 73) convergem nas suas ideias
acerca da coordenação adversativa, visto que eles dizem que essa indica essencialmente uma
ideia de adversidade, oposição, contraste; também ressalva, quebra de expectativa,
compensação, restrição; elas realçam o conteúdo da oração que introduzem.” Svobodová
19

(2014, Op.cit., p. 73) acrescenta dizendo que, nas coordenadas adversativa a conjunção mais
típica tem sido mas e senão.
Conjunções: mas, porém, todavia, entretanto, contudo, que
Locuções: Não obstante, apesar disso, ainda assim, mesmo assim, de outra sorte, ao passo que
Exemplo: A rosa é muito linda, / (porém) no final do dia ela murcha.

Oração Coordenada principal Oração Coordenada adversativa

A conjunção entre parênteses é adversativa, por isso também a segunda oração é adversativa.
De acordo com as regras que regem a divisão das orações de uma frase complexa, sabe-se
muito bem que nunca se deve passar por cima da conjunção, sempre deve ser antes da
conjunção.

De acordo com Svodobová a conjunção mas, além de ser adversativa por excelência, também
pode ser aditiva dependendo do contexto linguístico.
Exemplo: Eu gosto de chocolate mas (e) o Rui gosta de bolachas.

Oração Coordenada principal Oração Coordenada adversativa

3. Disjuntivas – indicam 3alternativas.


Conjunções: Ou
Locuções: Ou…ou…, Ora…ora…, Já…já…, Quer…quer…, Seja…seja…, Nem…nem…
Exemplo: Ora vai ora vem.
Na coordenação disjuntiva não se recomenda combinar os elementos ou, nem, ora, seja, quer,
já, embora ocorra com menor frequência. Se a escolha implica a selecção de um termo em
detrimento do outro, então, fica-se com o termo escolhido como aparece no exemplo acima
apresentado o que é diferente do exemplo abaixo.
(*) Ora vai seja vem.
Não seria correcta essa construção, pois o recomendado é que, a locução deve ser par (como
aparece no primeiro exemplo da disjunção) e não impar (como aparece no segundo exemplo
da disjunção).

3
Segundo Pestana (2013, p. 242) “Alternativas: exprimem ideia de exclusão, alternativa (opção/escolha),
alternância (acção ou resultado de alternar), inclusão, rectificação.”
20

4. Conclusivas – ligam a anterior uma oração que exprime conclusão ou consequência.


Fernão e Mainote (s/d, p. 84) dizem que, as conjunções, tanto como, as locuções conclusivas,
normalmente aparecem depois do verbo e entre vírgulas.
Conjunções: logo, pois, portanto
Locuções: Por conseguinte, por consequência, pelo que
Exemplo: Estas palavras têm o mesmo sentido: são, (pois), sinónimas.
Oração Coordenada principal Oração Coordenada conclusiva
Conjunção conclusiva
Neste exemplo a frase possui duas orações simplesmente, porque ela contém dois verbos, o
que a confere a qualidade de ser complexa por coordenação conclusiva, pois possui uma
conjunção conclusiva, não só, ela se encontra no contexto conclusivo porque exprime uma
conclusão, isto é, uma consequência lógica da primeira proposição (oração).

5. Explicativas – ligam duas orações, a segunda das quais justifica o conteúdo da primeira.
Pestana (2013: 646) diz que, os conectores explicativos exprimem ideia de explicação,
justificativa, normalmente vêm após verbos no imperativo.
Conjunções: pois, portanto, porque, que (antes do verbo)
Exemplo: Os jogadores entraram no campo, porque os adeptos estavam a aplaudindo.
A partir da ideia avançada por Pestana é possível compreender que a coordenação explicativa
exprime o motivo de se ter realizado a 4proposição da oração anterior.

Segundo Svodobová (2014, p. 74), “As coordenadas explicativas podem ser sindéticas”. De
acordo com este pensamento compreende-se que a sindética não é exclusiva na coordenação
copulativa ou aditiva, mas também na explicativa (não com o sentido aditivo, mas
explicativo), neste caso, são consideradas de sindéticas quando introduzidas por conectores
explicativos, pois, que, porque, porquanto
Exemplo: Não bata nela, pois/porquanto não vai a escola.
As orações coordenadas podem ser copulativas, adversativas, disjuntivas, conclusivas e
explicativas por causa das conjunçãos coordenativas que as liga.

4
Proposição é cada uma das interpretações que se fazem de uma frase, isto é, uma oração pode ter várias
interpretações.
21

2.2.2. Subordinação
De acordo com Bechara (2009, p. 381), a subordinação é a relação de dependência. Com base
neste conceito, a subordinação passa a ser uma relação de dependência porque uma oração
depende doutra para completar o seu sentido, diferentemente das coordenadas que são
independentes. Normalmente, na subordinação, as orações suscitam sempre uma pergunta a
quando da sua divisão e, Cunha e Cintra (2006, p. 402) dizem que, essas orações subordinadas
funcionam sempre como termos essenciais, integrantes ou acessórios de outra oração.
Exemplo: Não ouviu nada, que ele é surdo.
1ª Oração: Não ouviu nada. – é a primeira oração e é completa, oração 5subordinante
2ª Oração: que ele é surdo. – é uma oração 6subordinada integrante, pois necessita da primeira
para estabelecer o seu sentido.
Chagamos a conclusão que, quando temos uma oração com sentido próprio e independente,
mas a outra não, dizemos que são orações subordinadas.
Em suma, nas frases complexas por subordinação encontramos orações em que uma é
7
subordinante e a outra é 8subordinada.
Exemplo: Não ouviu nada, (que) ele é surdo.
Oração subordinante Oração subordinada substantiva integrante
Conjunção
De acordo com Borregana (2006, p. 243), a subordinação classifica-se em orações que podem
ser: adverbiais, adjectivas, substantivas e reduzidas.

1. Orações subordinativas adverbiais


Subordinativas adverbiais são aquelas que possuem conjunções subordinativas adverbiais
porque introduzem orações subordinadas adverbiais. Esse tipo de oração desempenha a
função sintáctica de modificador da frase ou do grupo verbal, introduzem situações ou
circunstâncias de causa, tempo, fim, comparação, consequência, concessão ou condição.

5
A oração que completa o sentido da outra oração.
6
É a oração que necessita de ser completada.
7
À oração com sentido próprio.
8
À oração sem sentido próprio.
22

a) Causais – introduzem orações causais.


Na lógica de Pestana (2013: 656) e Cunha e Cintra (2006, p. 392) as orações com o valor
causal exprimem uma ideia de causa.
Conjunções: Porque, pois, como (= porque), portanto, que (= porque)
Locuções: Visto que, pois que, já que, por isso que, uma vez que,
Exemplo: O velho levantou-se da cama, pois já se senti melhor.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial conclusiva

b) Finais – introduzem orações finais.


Conjunções: Que (= para que)
Locuções: Para que, a fim de que, por que
Exemplo: A Matilde aconselhou o filho para que fosse a escola, senão, reprovaria.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial final

c) Temporais – introduzem orações temporais, isto é, exprime uma ideia de tempo


relativamente à oração subordinante.
Conjunções: Quando, enquanto, apenas, com, que (desde que)
Locuções: Antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, ate que, primeiro que,
sempre que, todas as vezes que, tanto que, à medida que, ao passo que
Exemplo: O amor é cego apenas para aquele que não quer ver.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal

d) Comparativas – estabelecem uma comparação.


Conjunções: Como, segundo, conforme, que, qual
Locuções: Como…assim, assim…como, assim… também, bem como, mais do que, menos
do que, segundo (consoante, conforme) …assim, tão (tanto) …como, como se, que nem…
Exemplo: “O amor é forte como a morte…”
Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal
23

e) Condicionais – orações condicionais.


De acordo com o conceito acima dado por Borregana, entendemos que, este tipo de oração
indica uma condição que permite a realização do que é expresso na oração subordinante.
Conjunções: Se, caso
Locuções: A não ser que, desde que, no caso de (que), contanto que, excepto se, salvo se, se
não (sem que), dado que, a menos que
Exemplo: Ninguém no mundo seria salvo se Jesus não tivesse morrido pelo homem.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal

f) Consecutivas – introduzem uma consequência (orações consecutivas).


Conjunções: (de tal modo que) que
Exemplo: O ciúme é muito perigoso que até pode levar a morte.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial consecutiva

g) Concessivas – introduzem orações concessivas.


Conjunções: Embora, conquanto, que (ainda que)
Locuções: Ainda que, posto que, mesmo que, bem que, se bem que, por mais que, por menos
que, apesar de que, nem que…
Exemplo: A escola é muito importante estudar, embora nem todos gostam de estudar.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial concessiva

2. Orações subordinativas adjectivas


De acordo com Pestana (2013, p. 829), as orações subordinativas adjectivas são aquelas que
exercem função sintáctica de adjectivo em relação à oração principal e são introduzidas pelos
pronomes relativos: que, o qual, quem, cujo, quanto, onde, como, quando.
De acordo com Pestana (2013, p. 830), as orações subordinativas adjectivas dividem-se em
dois:
a) Orações adjectivas restritivas têm o papel de limitar a parte de um conjunto,
restringindo o sentido do termo antecedente, não vêm separadas por pontuação.
Exemplo: Os alunos que participaram das aulas da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação durante o trimestre não tiveram problemas na prova.
24

b) Orações adjectivas explicativas têm o papel de modificar um termo, generalizando-o


ou simplesmente tecendo um comentário extra sobre ele e vêm sempre separadas por
pontuação.
Exemplo: Os alunos, que participaram das aulas da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação durante o trimestre, não tiveram problemas na prova.

3. Orações subordinativas substantivas


De acordo com Pestana (2013, p. 812), as orações subordinativas substantivas são aquelas
que exercem a função sintáctica de substantivo em relação à oração principal.

A partir desse conceito percebe-se que são orações que desempenham a função sintáctica de
sujeito ou de complemento de um verbo, isto é, desempenham o papel de substantivo. Vamos
analisar as orações a seguir para percebermos isso na prática.

1° Passo:
a) Todos esperam que você venha Jesus.
Se desmembrarmos a oração em destaque perceberemos que ela está no lugar de um
substantivo. Veja: Todos esperam a vinda de Jesus.(volta: Substantivo).

2° Passo:
Vamos tentar transformar a oração destacada a seguir em Oração Subordinada Substantiva.
Sinto a chegada da noite.
Teremos: Sinto que a noite está chegando. / Sinto que a noite chegará.

As Orações Subordinadas Substantivas quase sempre serão iniciadas pela conjunção “que”,
pelos pronomes interrogativos (Quem, que, qual etc.) e ainda por verbos acompanhados da
partícula “se” (Partícula Apassivadora).
Exemplo:
Perguntei-lhe se estava com saudades.

a) Integrantes – introduzem orações completivas integrantes e são introduzidas pelas


conjunções integrantes que.
Exemplo: Hoje se anunciou sobre a segunda vinda de Jesus. = Hoje se anunciou que Jesus
voltará pela segunda vinda.
25

b) Interrogativas indirectas - funcionam como objecto indirecto da oração principal.


Exemplo: Não sei qual dos dois feriste.

4. Orações subordinativas reduzidas


Para Pestana (2013, p. 857) e Fernão e Mainote (s/d, p. 100), as orações reduzidas não são
introduzidas por nenhuma conjunção ou locução subordinativa (a exemplo das adverbiais e
substantivas), nem pronome relativo (a exemplo das adjectivas), mas apresentam o verbo no
infinitivo, no gerúndio ou no particípio passado, normalmente podem ser desenvolvidas com
esses conectivos.
De acordo com o conceito dos autores acima é possível compreender que as orações reduzidas
são exclusivas para as frases complexas por subordinação simplesmente e consiste na
supressão ou redução da conjunção subordinativa. Em suma, as orações subordinativas
reduzidas são orações sem conjunção ou, então, com a conjunção não explícita. Observe os
exemplos que se seguem:
a) Infinitivas – são aquelas em que o verbo aparece no infinitivo.
Exemplo:
Saí da escola no meu automóvel, sem ser interpelado por ninguém. (reduzida)
Saí da no meu automóvel, sem que ninguém me interpelasse. (desenvolvida)

b) Gerundivas – são aquelas que possuem o verbo no gerúndio.


Exemplo:
Agindo Deus por mim, quem pode impedi-lo de me defender? (reduzida)
Se Deus age por mim, quem poderá impedi-lo de me defender? (desenvolvida)

c) Participiais – são indicadas pelo verbo no particípio passado.


Exemplo:
Terminada a avaliação de português, regressamos à casa. (reduzida)
Quando terminou a avaliação de português, regressamos à casa. (desenvolvida)

Na abordagem das orações subordinativas reduzidas, para cada tipo de oração subordinativa
reduzida apresenta-se uma frase desenvolvida (com conjunção) e a respectiva frase reduzida.

Para a classificação da frase complexa por coordenação/subordinação implica o conhecimento


de todas as classes ou tipos acima apresentados. Entretanto, para este estudo da classificação
26

da frase complexa por coordenação/subordinação, de uma forma específica importa apresentar


aqui a polissemia do conector “pois” como a base desta pesquisa, neste caso, olhando para
valores que este conector pode ter, dependendo do contexto a que estiver a ser utilizado.

2.2.3. Classificação de orações com conector “pois”


Nessa parte do estudo apresentam-se o conceito de “classificação”, por fim, apresentam-se os
valores do conector “pois”.

Segundo De Figueiredo (1913, p. 486), “Classificação é o acto ou efeito de distribuir em


classes, pôr em ordem, qualificar, determinar as categorias que se divide (um conjunto).”
O conector “pois” possui três valores nas frases complexas: coordenativo conclusivo,
explicativo e subordinativo causal. Contudo, a classificação de uma oração com o conector
“pois” é feita seguindo as regras de divisão e classificação da frase complexas.
Primeiro, de acordo com Pestana (2013, p. 659) conjunção é um elemento que serve para
tornar explícito diversos nexos semânticos entre as partes do texto, dando 9coesão a ele, isto é,
sinaliza relações entre os termos e as frases, para que o interlocutor perceba que as partes do
texto são compostas por ideias conectadas com valor conclusivo, explicativo ou então causal.
Portanto, o “pois”, é um elemento coesivo que serve para estabelecer a relação entre as partes
de um texto dando o valor de conclusão, explicação ou mesmo, de causa.

Nalgumas vezes o conector “pois” pode ser visto de forma muito estreita ou “absoluta”, mas
observe a seguir a apresentação dos conceitos relacionados com os valores do conector “pois”
e a sua aplicação.

2.2.2.1. Valor do conector “pois”


2.2.2.1.1. Conector “pois” com valor coordenativo conclusivo
Segundo Pestana (2013, p. 644) e Cunha e Cintra (2006, p. 391): “A conjunção “pois” como
coordenativa conclusiva serve para ligar uma oração que exprime uma ideia de conclusão à
oração anterior.” Por isso, Fernão e Mainote (s/d, p. 84) dizem que, a conjunção “pois”,

9
FERNANDES, Márcia, Coesão e Coerência textual, Licenciada em Letras, 2017. É um mecanismo linguístico
que permite uma sequência lógica – semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases,
parágrafos, etc. Para o caso deste estudo, refere-se a conjunção “pois” que permite uma sequência lógica –
semântica entre as partes de uma frase complexa por coordenação/subordinação, dando-lhe diferentes valores
como: coordenativo conclusivo, explicativo e subordinativo causal.
27

normalmente é conclusiva quando aparece depois do verbo e entre virgulas, podendo ser
substituída por (por isso, por conseguinte, por exemplo).”
Conjunções conclusivas: Assim, logo, pois, portanto
Locuções conjuncionais coordenativas conclusivas: Pelo que, por conseguinte, por
consequência, por isso, por isso então, assim em vista disso
Exemplo: Estas palavras têm o mesmo sentido: são, (pois), sinonimas.
Oração coordenada Oração coordenada conclusiva
Conjunção conclusiva

A partir do exemplo acima, é possível compreender que, a conjunção “pois” aparece entre
vírgulas e após um verbo, logo, por causa desse facto a oração é coordenativa conclusiva. Há
que salientar algo tão importante aqui, a conjunção ”pois” pode estar em qualquer posição na
oração, dependendo do contexto a que for colocada.
Exemplos:
Vocês são especiais em minha vida, pois (por isso) não vivo sem vocês.
Ele estuda todo dia, logo resolverá facilmente as questões.
Não me sinto preparado ainda, prestarei concurso só no próximo ano, portanto.

A conjunção pois pode ser empregue no meio e no final (como conjunção conclusiva)
expressando a conclusão de uma ideia anterior.
Exemplos:
Leonardo concluiu uma tese consistente; deverá, pois, receber a aprovação da banca
examinadora.
Doca precisa de chegar no horário já determinado; deverá acordar mais cedo, pois.
Há mais um ponto por observar, a conjunção “pois” com o valor conclusivo pode vir separada
por vírgula quando deslocadas: Doca precisa de chegar no horário já determinado; deverá
acordar mais cedo, pois. (Doca precisa de chegar no horário já determinado; deverá, pois,
acordar mais cedo.) Neste exemplo fez-se a deslocação da conjunção “pois’ para outra
posição, o que dá o sentido de conclusão é o contexto que a frase se encontra.
28

2.2.2.1.2. Conector “pois” com valor coordenativo explicativo


Pestana (2013, p. 646) diz que, o conector “pois” com o valor explicativo exprime ideia de
explicação, justificativa; normalmente vêm após verbos no imperativo.
Conjunções: porque, que, porquanto, pois (antes do verbo)
Exemplos:
Os jogadores entraram no campo, porque os adeptos estão aplaudindo.
“Ela devia estar com frio, porquanto tremia.”
“Come a sopa toda, pois está muito boa.”

Normalmente o conector “pois” com valor explicativo se assemelha ao causal uma vez que há
uma grande diferença pelo facto deste equivaler à “porque”, só que, a diferença reside no
seguinte, um é coordenativo e o outro subordinativo, neste contexto, o “pois” explicativo
remete-nos à semântica. Nunca se deve confundir do portanto (conclusiva) com porquanto
(explicativa), para descobrir a diferença disso é só olhar para sentido ou o contexto da oração.
A conjunção “pois” pode ser empregada no início (como conjunção explicativa) para
justificar uma ideia expressa na oração anterior.
Exemplo: Dizem que Ele é o melhor candidato, pois suas propostas são coerentes com os
princípios que defende.
O “pois” explicativo equivale a porque, como já havia referenciado anteriormente, logo, por
mais que venha separado por vírgulas, nunca será conclusivo (porque já é explicativo).
Exemplo:
Todos nos devemos gratidão a Deus, pois, além de tudo, Ele entregou Seu filho por nós.
(explicativo)
O que é diferente com: Todos devemos gratidão a Deus. Devemos, pois, levar em conta que
Ele entregou Seu filho por nós. (conclusivo)

2.2.2.1.3. Conector “pois” com valor subordinativo causal


Na lógica de Pestana (2013, p. 656) e Cunha e Cintra (2006, p. 392) a conjunção “pois” com o
valor causal exprime uma ideia de causa. E Mainote (s/d, p. 84) acrescenta dizendo que, a
conjunção pois vem antes do verbo e depois de uma vírgula.
Conjunções: Pois, porquanto porque, que (=porque), como (= visto que; só no início da
oração) uma vez que
Locuções conjuncionais subordinativas causais: Já que, pois que, uma vez, visto que
29

Exemplos:
O velho levantou-se da cama, pois já se senti melhor.
Não almoçou porquanto não tinha fome.

Na classificação da frase complexa por coordenação/subordinação, deve-se olhar tanto para as


conjunções, não deixando de trás todas as normas que as regem, para tal, há necessidade que
se conheçam todas as regras de classificação da frase complexa, não se esquecendo de olhar
para o contexto ou o sentido que a conjunção possui, caso concreto da conjunção “pois” que é
muito polissémica.

2.3. Regras de classificação de orações complexas


Para classificar a frase complexa por coordenação/subordinação depende das seguintes regras:
a) Identificação das formas verbais na frase, pois são elas que determinam o número das
orações na frase; b) Identificar e sublinhar as conjunções ou locuções coordenativas ou
subordinativas. Estas podem estar no princípio da frase, no meio da frase, no fim da frase ou
às vezes a seguir à vírgula; c) Dividir as orações (com uma barra obliqua), sempre antes da
conjunção, ou a seguir à vírgula quando a conjunção estiver no início da frase; d)
Normalmente, se a conjunção for coordenativa, todas as orações são coordenadas, se for
subordinativa todas as orações são subordinadas, porque tomam o nome dessa conjunção,
mas, não é imperativo que assim aconteça porque pode ocorrer uma fusão de uma oração
coordenativa com uma subordinativa ou vice-versa observe o exemplo da fusão dos dois tipos
de frases complexa.
Exemplo:
O João vai sempre à igreja, mas também vai à escola todos os dias uma vez (pois) que quer
passar de classe.
1ª Oração: O João vai sempre à igreja, Coordenada
2ª Oração: mas também vai à escola todos os dias Coordenada copulativa assindética
3ª Oração: uma vez (pois) que quer passar de classe. Subordinada causal
30

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA

De acordo Lakatos e Marconi (2003, p. 82), método é o conjunto de actividades sistemáticas e


racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar um determinado objectivo.
Entretanto, não existe uma pesquisa científica que se faz sem o uso dos métodos científicos,
embora nem todos os ramos fazem o uso dos métodos científicos.

3.1. Tipo de pesquisa


Para a materialização desta Monografia fez-se uma pesquisa de campo, privilegiando uma
perspectiva do tipo quali – qualitativa com o objectivo de descobrir a origem da problemática
da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação nos alunos do 2° Ciclo –
Escola Secundária Samora Moisés Machel – Chimoio depois da pesquisa bibliográfica feita.

Na lógica de Lakatos e Marconi (2003, p. 186) a pesquisa de campo é utilizada com o


objectivo de obter informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se
procura uma resposta que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenómenos ou as
relações entre eles. Consiste na observação de factos e fenómenos, tal como, ocorrem
espontaneamente na colecta de dados a eles referentes para analisá-los.

A perspectiva quali – quantitativa que, para Freitas, et al., (2005, p. 7), pressupõe o uso de
dados de natureza qualitativa, como textos, discursos, entrevista, reportagens. Portanto com
esta perspectiva observaram-se e avaliaram-se posicionamentos, opiniões, perfis, com o
objectivo de chegar com maior rapidez às informações realmente pertinentes desde o dado
bruto ou puro ao dado elaborado, por meio da interpretação, análise e síntese, e, a partir disso,
por uma constatação ou curiosidade, poder rapidamente aprofundar a investigação, voltando à
fonte e ao dado bruto como recurso mesmo de sustentação de argumento ou simplesmente de
ilustração. Nesta perspectiva privilegiou-se principalmente o método qualitativo porque
pretendia-se buscar posicionamentos, opiniões e perfis das pessoas sobre problemática da
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação. Em jeito de acréscimo,
Canastra, et al. (2015, p. 11) diz que, o método qualitativo assenta-se na interpretação das
percepções recolhidas para lhes atribuir significado e em conhecer com profundidade o
“como?” e o “porquê?”. Agora o método quantitativo foi utilizado simplesmente para a
apresentação de gráficos depois da recolha de dados.
31

De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 183), a pesquisa bibliográfica baseia-se em


fontes secundárias, abrangendo toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema do
estudo, livros, pesquisas, monografias, teses, etc., isto é, a pesquisa bibliográfica é um
apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por
serem capazes de fornecer dados actuais e relevantes relacionados com o tema.

3.2. Método de Abordagem


No que tange ao método de abordagem foi aplicado o método indutivo e/ou hipotético –
dedutivo.

De acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 86), o método Indutivo é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma
verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas, levando a conclusões (…)
muito mais amplas do que o das premissas nas quais se basearam, isto é, consiste em partir
das teorias e leis para a análise e explicação de fenómenos particulares, neste caso, do
particular ao geral. Enquanto o método Hipotético – dedutivo, Lakatos e Marconi (2003, p.
94) dizem que, consiste na escolha de problemas interessantes e na crítica de nossas
permanentes tentativas experimentais e provisórias de solucioná-los, isto é, inicia-se pela
percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formula hipóteses ou perguntas
de pesquisa e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de
fenómenos abrangidos pela hipótese ou pelas perguntas de pesquisa.
A opção deste método de abordagem consistia em partir das teorias e leis para a análise e
explicação de fenómenos particulares, neste caso, do particular ao geral, iniciou-se pela
percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formularam-se perguntas de
pesquisa e, pelo processo de inferência dedutiva, testou-se a predição da ocorrência de
fenómenos abrangidos pelas perguntas de pesquisa. Portanto, fez-se uma explicação da
matéria desde o ponto micro ao macro, isto é, começou-se por se dar os conceitos de frase
complexa por coordenação/subordinação, com particular atenção para a classificação de
orações com conector “pois”, identificando os seus valores (coordenativo conclusivo,
explicativo e subordinativo causal). Estes métodos permitiram que os objectivos da pesquisa
fossem atingidos com base na análise dos dados obtidos após a aplicação dos instrumentos de
recolha de dados sobre a classificação de orações com conector “pois”, e esses dados foram
apresentados em gráficos percentuais.
32

3.3. Método de Procedimento


Para este estudo foi utilizado o método monográfico ou estudo de caso que consiste em
estudar determinados indivíduos ou comunidades, para obter generalizações. Foram
observados os factores que influenciavam para a existência da problemática da classificação
da frase complexa por coordenação/subordinação nos alunos do 2° Ciclo.

3.4. Técnicas e instrumentos de recolha de dados


Nesta indagação, aplicou-se um Questionário que foi dirigido aos alunos do 2º Ciclo da
Escola Secundária Samora Moisés Machel – Chimoio, Curso Diurno e uma Entrevista
dirigida aos professores do 2° Ciclo da mesma escola.

 Questionário
Segundo Barbosa (2008, p. 1), “Questionário é uma técnica de colecta de dados, dirigido a
certas pessoas para a obtenção de informações, contendo questões que podem ser, abertas,
directas (sim ou não), múltipla escolha com o objectivo de medir atitudes, opiniões e
comportamentos” Da Silva e Menezes (2005, p. 33) afirmam que, o questionário deve ser
objectivo, limitado em extensão e deve estar acompanhado de instruções que esclarecerão o
propósito de sua aplicação, ressaltando a importância da colaboração do informante e facilitar
o preenchimento.”

A opção pelo questionário para esse trabalho deveu-se ao facto de ser uma das vias para a
recolha dos dados sobre a problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação nos alunos do 2° Ciclo, de uma forma directa através de perguntas
dirigidas aos alunos. Visto que foi do questionário que se avaliou o nível de assimilação dos
alunos, pois através das questões eles deram as respostas segundo o que teriam assimilado
durante o percurso da aprendizagem. O questionário espelhava perguntas relevantes ao
problema em estudo e estava dividido em duas partes, a primeira parte, tratava dos dados de
identificação dos alunos; a segunda e a última parte, tratava sobre a classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação, com particular atenção para a classificação de
orações com conector “pois” com finalidade de descobrir a origem dessa problemática.

 Entrevista dirigida
Segundo Bandeira (s/d, p. 5), “Entrevista dirigida: é aquela que o entrevistador decide as
perguntas anteriormente, num questionário, isto é, um guião de entrevista estruturado. O
33

entrevistador apenas lê as perguntas e anota as respostas dos sujeitos, sem acrescentar


nenhuma nova pergunta, durante a entrevista.” Com isso, a nossa entrevista foi dirigida à seis
(6) professores e com um total de quatro (4) perguntas.

Utilizou-se a entrevista com o objectivo de ouvir directamente as opiniões dos professores em


torno da problemática da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação.

Os dados obtidos através do questionário e da entrevista aparecem apresentados em gráficos


percentuais para facilitar na leitura dos mesmos.

 A pesquisa bibliográfica
Utilizou-se este método com o objectivo de fazer uma sustentação teórica dos assuntos
relacionados com o tema em abordagem. Baseou-se em fontes secundárias, abrangendo toda
bibliografia já tornada pública em relação ao tema do estudo.

3.5. População
Segundo Lakatos e Marconi (1992, p. 108), “Universo ou população é o conjunto de seres
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum, como,
por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertencem, comunidade onde vive, etc.”

A Escola Secundária Samora Moisés Machel – Chimoio tem um universo total de 42 turmas
no Curso Diurno, divididas em 21 turmas para cada uma das classes do 2º Ciclo (11ª e 12ª
Classe), onde dentro desse universo extraímos um subconjunto para a amostra.

3.5.1. Amostra
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 163), “A amostra é uma parcela convenientemente
seleccionada do universo (população); é um subconjunto do universo.”
De acordo com Gil (2002, p. 121), amostra é uma pequena parte dos elementos que compõem
o universo.
Para este trabalho, a amostra foi de 6 turmas, 3 das quais da 11ª Classe, divididas em 1 turma
da CCS, 1 turma da CNM e 1 turma da AVC com um total de 225 e 3 turmas da 12ª Classe,
divididas também em 1 turma da CCS, 1 turma da CNM e 1 turma da AVC com um total de
215, totalizado o número dos alunos da 11ª Classe e a 12ª Classe teremos 440 alunos. Depois
34

de se calcular a amostra fez-se uma proporção do número do grupo-alvo por cada turma a ser
questionada das 6 destacadas, seguindo o critério da amostra aleatória simples.

Tamanho da amostra
Para a obtenção do tamanho da amostra utilizou-se a fórmula de YAMANE que preconiza o
uso de uma fórmula simplificada para calcular ou achar o tamanho da amostra, onde são
apresentados os dados a serem calculados, uma fórmula e a respectiva resolução para achar-se
o tamanho da amostra.
De acordo com YAMANE (1967, p. 886), a população da amostra num estudo é determinada

pela seguinte fórmula: = ( )

Onde:

N – Número total da População igual a 440 alunos;

n – Tamanho de amostra?;

e2 – erro amostral tolerável à 0,1=90% da veracidade da pesquisa.

A partir dos dados apresentados, o número total da população em estudo é de 440 alunos;

n= ( . )
= × .
= .
= .
; n = 81.

Feitos os cálculos tivemos como tamanho da amostra 81 alunos.


35

CAPÍTULO
TULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Depois das consultas bibliográficas e das constatações, quer a nível prático quer a nível
teórico na Escola Secundária
ecundária Samora Moisés Machel – Chimoio, faz
faz-se agora uma alusão
aprofundada do problema, apresentando aass realidades observadas em prol da confirma
confirmação ou
refutação das perguntas de pesquisa
pesquisa.

4.1. Dados referentes ao questionário dirigido aos alunos


Nesta parte do trabalho faz
faz-se a análise e a interpretação dos dados colhidos durante a
pesquisa, onde os mesmos são apresentados em gráficos e com uma pequena
pequen descrição
abaixo.. Esses dados foram colhidos a partir da interacção com os professores e com os alunos
do ciclo em estudo, foram usadas duas (2) técnicas (questionário,, para os alunos e uma
entrevista para os professores), conforme ilustram
ilustra o apêndice.

Parte I: Situação académica dos alunos


Gráfico: 01

CCS/CNM/AVC - 11ª e 12ª

Repetentes Não repetentes Os que não marcaram

27% 1%

72%

O gráfico ilustra a situação académica dos alunos com quem lidamos durante a pesquisa. Dos
81 alunos que corresponde a 100%,
100% tivemos um total de 58 alunos equivalente a 72% não
repetentes, 1 (1%) aluno repetente
repete e 22 alunos que corresponde a 27% preferiram não dizer a
sua situação académica, facto que pode ter sido influenciado pela
pela vergonha ou medo
medo, contudo,
maior parte de alunos apresentou a sua condição académica.

Parte II: Subcategorizações dos dados relacionados com o tema da pesquisa


a) Dados
os referentes a classificação a frase complexa por coordenação
Q1: Identificação da frase complexa por coordenação
a) A Joana é muito inteligente, ao passo que a Maria é sábia. ( )
b) A escola é muito importante na vida das pessoas, embora nem todos gostam de estudar. ( )
36

Gráfico: 02

Frequências
Acertam Não acertaram Não identificaram
4%
39%

57%

A questão 1 era fechada o que significa que a sua rresposta também seria fechada. Neste
contexto, essa questão tinham como finalidade descobrir se a problemática da classificação da
frase complexa por coordenação/subordinação residia no facto dos alunos não saberem
diferenciar a frase complexa por coordenação da frase
frase complexa por subordinação.
Entretanto, dos 100% alunos
nos envolvidos no questionário,
questionário 32 alunos que corresponde a 39%
acertaram na resposta, 46 que equivale a 57% não acertaram na resposta
resposta, provavelmente
porque não sabem diferenciar a frase coordenativa da subordinativa e, apenas 4% alunos não
identificaram nada, talvez porque não identificaram a resposta correcta ou, então, não
entenderam a questão.

Q2: Escolha da alternativa


a) Você ajudou-me
me muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
A. Coordenativa copulativa B. Subordinativa integrante C. Coordenativa
conclusiva D. Subordinativa comparativa

Gráfico: 03

Frequências
Identificaram correctamente Não identificaram correctamente Não identificaram
16% 31%

53%

Esta questão tinha como objectivo avaliar nos alunos a capacidade de aná
análise do contexto da
frase através da identificação do valor da conjunção “pois”. Para tal, o gráfico mostra que, no
universo de 81 testados, 32 que equivale a 31% identificaram correctamente o valor da
conjunção de acordo com o contexto a que se encontrava, 40 correspondendo a 53% dos
37

testadoss não identificaram devidamente


dev porque talvez não entenderam o contexto da frase ou
pensaram que a conjunção em causa possuía somente o valor subordinativo causal, por fim, 9
alunos que equivale a 16% não identificaram nada talvez porque desconheciam a conjunção
“pois”.
Feita a análise do gráfico acima, vê
vê-se que a maior percentagem é de alunos qu
que não
conseguiram identificar o valor da conjunção “pois” no contexto coordenativo conclusivo
conclusivo. No
entanto, pode-se
se concluir que um grosso número
núme de alunos têm problemas na classificação da
frase complexa por coordenação/subordinaç
coordenação/subordinação
ão com a conjunção “pois”, o que se estende até
para todo o 2° Ciclo do ensino secundário geral, isso quer dizer que não foram bem
preparados nas classes anteriores quanto a essa matéria ou então há uma falta de motivação
para a matéria em causa.
De acordo com Lino (2012, p. 6) motivação – é o processo de activação dos alunos para a
aula. A motivação é, certamente muito importante para a aprendizagem.
Como professores é muito preponderante observar de forma muito atenciosa a motivação,
pois muitos alunos possuem certas dificuldades na classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação provavelmente pela falta de motivação. Se o professor tomar em
consideração a motivação,, criará um tremendo interesse nos alunos pela aula.

Q3: Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por coordenação
conclusiva.
a) Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. ( )
b) Não fui à praia pois tinha que descansar durante o Sábado. ( )
Gráfico: 04

Frequências
Acertaram Não acertaram Não escolheram
4%
39%

57%

Neste gráfico, 32 alunos correspondente a 39% acertaram na resposta, 446 alunos que
correspondem a 57% não acertaram, por fim, 4% de alunos nã
nãoo conseguiram identificar
nada. De acordo com os dados do gráfico compreende-se
se ainda que maior é o número dos
alunos que não acertaram na resposta, pode ser que esse problema advenha pela falta de
38

compreensão do contexto das frases propostas, ou mesmo pela falta de conhecimento ou


diferenciação das conjunções coordenativas com as subordinativas.. A
Assim sendo, os
professores durante as aulas da frase complexa por coordenação/subordinação
o/subordinação deviam
praticamente mencionar as conjunções e as classes a que pertencem aos alunos para que
saibam e entendam o que estará a ser feito durante a aula.
aula

b) Dados referentes a classificação da frase complexa por subordinação


Q4: a) Levantou-se
se da cama, pois já se sentia melhor.
A. Subordinativa Causal B. Coordenativa Conclusiva C. Coordenativa Explicativa D.
Subordinativa Consecutiva
Gráfico: 05

Frequências
Identificaram correctamente Identificaram erradamente Não identificaram
10%
37%

53%

A questão era fechada, com o objectivo de descobrir a capacidade de aná


análise do contexto
das frases nos alunos,, concretamente na identificação do valor da con
conjunção “pois” no
contexto subordinativo, pois no contexto coordenativo muitos deles tiveram dificuldades
de identificar o seu valor.. Contudo, o gráfico ilustra que dos 81 alunos envolvidos no
questionário,
ionário, 30 que corresponde a 37
37%% identificaram correctamente o valor da
conjunção em estudo, 43 alunos que corresponde
correspon 53%
% identificaram er
erradamente a
conjunção e apenas 10% dos 100% simplesmente
esmente não identificaram nada.
Feita a análise do gráfico acima através das percentagens das respostas, pode
pode-se concluir
que maior parte dos alunos têm problemas na identificação do
o valor da conjunção “pois”,
não só na coordenação como havia sido feito anteriormente, mas também na
subordinação, o que significa que os alunos têm uma fraca capacidade de aná
análise
contextual das frases, um fraco domínio das classes gramaticais, consequentemente um
desconhecimento dos três valores (coordenativo conclusivo, coordenativo explicativo e
subordinativo causal) da conjunção “pois” o que pode constituir uma das razões para a
problemática da classificação da frase complexa
complexa por coordenação/subordinação
coordenação/subordinação.
39

Praticamente
raticamente os professores deviam
deviam apresentar os três valores da conjunç
conjunção “pois” aos
alunos e demonstrá-los
los como funciona contextualmente.

Q5: Opção sublinhada adequa


adequada
a) Ninguém no mundo seria salvo se Jesus não tivesse morrido pelo homem.
A. Coordenativa Conclusiva B. Subordinativa Reduzida Gerundiva C. Coordenativa Final D.
Subordinativa Condicional

Gráfico: 06

Frequências
Sublinharam a opção adequada Sublinharam erradamente Não sublinharam
10%
44%
46%

Esta questão tinha como objectivo fundamental perceber se os alunos conheciam outras
conjunções, além da que está em estudo. Contudo, dos
os dados colhidos notou-se que, dos
100% de alunos questionados, 36 que corresponde a 44%
% sublinharam a opção adequada, o
que nos deu a entender que, alguns alunos conheciam a conjunção temporal proposta, 37 com
a percentagem de 46% sublinharam erradamente, apenas 10% de alunos não sublinharam
nenhuma opção, portanto, deve-se
deve impor esforços, por parte dos professores
professores, na revisão dessa
matéria porque se nota que maior parte dos alunos apresentam problemas na classificação das
frases complexas
as por coordenação/subordinação talvez porque não conhecem as conjunções
subordinativas,, contudo, deve
deve-se criar mecanismos para que essas conjunções se tornem
conhecidas e utilizadas pelos alunos diariamente
diariamente.

Q6: Identificação daa frase complexa por subordinação


a) A Ana comeu carne e ela já não é vegetariana? ( )
b) O amor é cego apenas para aquele que não quer ver. ( )
40

Gráfico: 07

Frequências
Acertaram Não acertaram Não identificaram
5%
39%
56%

Para
ara este caso, 45 alunos que equivale a 56% acertaram
m na resposta, 32 alunos equivalentes a
39% não acertaram na resposta e apenas 5% de alunos não identificaram nenhuma resposta.
Dos dados que aparecem no gráfico se percebe que maior foi o número dos que acertaram,
então, pode-se concluir quee muitos alunos entenderam o sentido da frase, não só, conheciam a
conjunção proposta o que se difere com os casos anteriores. Os
Os professores devem incentivar
aos seus alunos na realização de exercícios diários como forma de inculcar nneles saberes,
apesar de San'Anna e Menegolla (2011,
(2011 p. 23) dizerem que, o mais importante na
aprendizagem é que o aluno aprende a estudar de forma independente, mas o apoio do
professor é indispensável.

Q7.. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por subordinação
causal.
a) A Maria não foi a escola, pois estava doente. ( )
b) O Paulo não estudou, portanto não fez o exame. ( )
Gráfico: 08

Frequências
Acertaram Não acertaram Não escolheram
8%
33%
59%

Este exercício tinha como objectivo avaliar ainda o nível de percepção e a capacidade de
análise da conjunção “pois” nos alunos no contexto subordinativo,, para tal, os resultados
foram exuberantes, pois 48 alunos que corresponde a 59% acertaram na resposta, 27 alunos
equivalente a 33% não acertaram na resposta, por fim, 6 alunos apenas equivalente a 8% não
escolheram nenhuma alternativa
alternativa.
41

Com base na leitura do gráfico acima, nota-se


not que, maior foi o númer
número dos que acertaram,
com isso não há razões de dúvidas que os alunos mostraram que o seu pendor intelectual face
a classificação da frase complexa está mais inclinado para a subordinação
subordinação, desconhecendo a
coordenação parcialmente.

Preenchimento de espaços em branco


Q8: Preenchimento do espaço em branco com as conjunções “porque”” e ““para que”
a) A Palmira não foi à escola hoje _______ estava incomodada.
Gráfico: 09

Frequências
Preencheram correctamente Não Preencheram correctamente
4%

96%

Esta questão apresentava 2 conjunções que deviam ser usadas para completar um espaço em
branco,, com a finalidade de verificar a capacidade de análise e de preenchim
preenchimento de acordo
com o sentido da frase. O Gráfico ilustra que dos 100% de alunos testados
testados, 78 alunos que
equivale a 96%
% preencheram os espaços vazios correctamente e, apenas 3 alunos que equivale
a 4%
% preencheram com erros, isto é, não conseguiram completar o espaço em branco com a
conjunção devida.
Feita a análise do gráfico acima, lê-se
lê que, 3 testados cometeram erros e 78 preencheram os
espaços sem erros, entretanto, isso dá-nos a entender que maior parte dos alunos mostrou
capacidades brilhantes de análise e reflexão no preenchimento de exercícios de jogos de
palavras.

Q9: Das opções abaixo, escolha apenas uma com as três conjunções com os valores
coordenativo conclusivo, coordenativo explicativo e subordinativo causal.
A. Comer, dormir e vestir B. Porque, portanto e pois C. Que, como, embora D.
E, logo, portanto
42

Gráfico: 10

Frequências
Escolheram correctamente Não escolheram correctamente
32%

68%

O exercício tinha
ha como objectivo perceber se os alunos conheciam as conjunções com os
valores mencionados na questão ou não. Do universo de 81 alunos avaliados, 55 alunos que
equivale a 68%
% conseguiram escolher correctamente a opção que possuía as três conjunções
com valor coordenativo conclusivo, explicativo e subordinativo causal, 26 alunos que
corresponde a 32%
% não conseguiram escolher
esc a opção correcta,, facto que, em situações de
escolha múltipla os alunos conseguiram
conseguira acertar na resposta,, mas em situações práticas de
divisão e classificação que requer uma aná
análise, os alunos não conseguira
conseguiram acertar, contudo,
dá-nos a entender que há muita falta de exercícios práticos que são mais produtivos em
detrimento da escolha múltipla
múltipla, pois muitos alunos podem conhecer as conjunções e não saber
as utilizar ou as identificar praticamente no seu devido contexto.

Q10: Escolha a única opção do número anterior que completa os espaços em branco.
a) As ruas ficaram alagadas ________ a chuva foi muito forte.
b) Temos o António como o melhor estudante, é, _______,, digno de aprovação.
c) A menina foi retirada da sala, _______ não tinha o uniforme completo.
Gráfico: 11

Frequências
Escolheram correctamente Não escolheram correctamente

26%

74%

Esta questão tinha como objectivo descobrir nos alunos a capacidade de completar os espaços
em brancos através da única opção que escolheriam no número anterior. Na leitura do gráfico
fica evidente que, os alunos possuem algumas dificuldades noo preenchimento dos espaços
vazios a partir das conjunções apresentadas, pois dos 81 avaliados, apenas 21 alunos que
43

equivale a 26% escolheram correctamente a única opção que completaria os espaços em


branco e 60 alunos equivalente 74% não conseguiram completar correctamente os espaços em
branco talvez pela complexidade da questão os alunos não perceberam o que se pretendia
fazer devidamente. A partir desses dados pode-se notar a existência de certas dificuldades nos
alunos no que tange a aplicação correcta das conjunções propostas. Numa análise profunda
dos resultados do gráfico, conclui-se que uma porção maior dos alunos do 2° Ciclo (11ª e 12ª
Classe) 2019 têm muitos problemas face a identificação dos valores da conjunção “pois”,
faltando-lhes a capacidade de reflectir em torno do contexto a que pode ser aplicada porque
não conseguiram, no segundo caso da questão, reflectir que a pergunta que lhes havia sido
proposta anteriormente era a mesma, compelindo-lhes simplesmente a tarefa de se aproveitar
da mesma alínea para acertar noutra alínea, ou então, de forma aleatória escolheram a alínea
do número anterior e por falta da devida análise não conseguiram aplicar de forma prática.

4.2. Reflexão sobre os dados obtidos


Face a problemática da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação,
salienta-se que os professores ajudem os alunos a se empenharem nas aulas de Português,
concretamente quando se fala da frase complexa, incentivar os alunos, orientar exercícios aos
alunos e instruí-los nas regras inerentes à classificação da frase complexa nas aulas.
Constatou-se que muitos alunos que foram testados possuem problemas na classificação da
frase complexa por coordenação em detrimento da frase complexa por subordinação, pois
muitos foram os erros cometidos na coordenação do que na subordinação, não só, a falta de
uso de estratégias adequadas para o ensino da frase complexa dificulta ainda mais a tarefa do
professor e do aluno. Contudo, deve-se motivar trabalhos escolares, facilitar a preparação e
compreensão dos factos e conceitos em estudo, concretizar e ilustrar praticamente o que esteja
a ser exposto verbalmente.

4.3. Dados relativos a entrevista dirigida aos professores


Face a mesma questão da problemática da frase complexa por coordenação/subordinação, foi
dirigida uma entrevista à seis (06) professores da disciplina de português que leccionam no 2°
Ciclo do Ensino Secundário Geral, caso concreto da Escola Samora Moisés Machel –
Chimoio. Abaixo apresentam-se as interpretações dos dados colhidos dos professores. Maior
parte dos entrevistados ocupa a faixa etária compreendida entre os 45 – 50 anos, como
aparece no gráfico a seguir.
44

Gráfico: 12

Faixa etária
25 - 35 35 – 45 45 - 50
17%
50%
33%

Quanto ao nível académico


académico, todos os professores com quem lidamos são do N1, isto é,
passaram por uma formação superior.
Perguntas relacionadas com a problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação
ordenação/subordinação
Entv Pergunta 1 Pergunta 2 Pergunta 3 Pergunta 4
Quais são as Será que o Será que o Além das causas
causas da desconhecimento e a professor pode ser o que acima
problemática da falta de domínio das agente marcou, existem
classificação da regras de classificação influenciador do outras que podem
frase complexa da frase complexa por problema de estar na origem
por coordenação/subordin classificação da dessa
coordenação/sub ação, por parte dos frase complexa por problemática? Se
ordinação por alunos, pode estar na coordenação/subord existem, quais
parte dos alunos? origem dessa inação? Explique que são?
problemática? isso com base na
sua experiência?
1 Desconheciment Sim. A falta de Sim,, afirmou o Os alunos não
o das domínio das regras de entrevistado que o exercitam a
conjunções. classificação da frase professor é matéria em
complexa por influenciador por função do TPC.
coordenação/subordin um lado, por falta
ação, por parte dos de motivação do
alunos. tempo por parte do
professor e do outro
lado, por parte do
aluno,, falta de
interesse.
Não tem domínio
do tema, por parte
do professor.
2 A falta de Sim. Sim. Se o professor Não.
domínio das O não conhecimento não tem o domínio
regras de das regras de divisão e do conteúdo sobre a
classificação da classificação da frase matéria em causa
causa,
frase complexa complexa pode consequentemente
por originar a não estará em
coordenação/sub problemática. condições de dizer
ordinação. aos alunos.
45

3 A falta de Não. Falta de interesse Sim, afirmou que o Não.


domínio das por parte do aluno pela professor é
regras de matéria. influenciador por
classificação da um lado, por falta
frase complexa de motivação do
por tempo por parte do
coordenação/sub professor e do outro
ordinação. lado, por parte do
aluno, falta de
interesse.
4 A falta de Culpa dos professores. Sim. Não.
domínio das Alguns professores
regras de não têm o domínio
classificação da da matéria e não
frase complexa dão as aulas como
por devia ser.
coordenação/sub
ordinação.
5 A falta de Sim. Não. Não.
domínio das Como é que o aluno Os alunos não
regras de poderia classificar as dominam o
classificação da frases complexas se conteúdo, pouco
frase complexa não conhece as regras interesse pela
por que as regem? matéria e pouca
coordenação/sub leitura.
ordinação.
6 A falta de Sim, pode. Não. Sim.
interesse pela O professor tem Muitos alunos
matéria. feito tudo para que têm problemas de
o aluno domine a compreender a
matéria. mensagem numa
frase, influência
na problemática
da classificação
da frase
complexa.

Q1: Quais são as causas da problemática da classificação da frase complexa por


coordenação/subordinação por parte dos alunos?
Esta pergunta esperava por uma resposta aberta com o objectivo de compreender as causas da
problemática da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação por parte dos
alunos através dos entrevistados, neste caso, a tabela acima ilustra que, dos 6 professores
envolvidos na entrevista, o 1 entrevistado disse que, o desconhecimento das conjunções
poderia estar na origem da problemática da classificação da frase complexa, o 6 entrevistado
advogou o facto da falta de interesse pela matéria, por parte do aluno e 4 (quatro
46

entrevistados) concordaram em dizer que, a falta de domínio das regras de classificação da


frase complexa por coordenação/subordinação é o que pode estar na origem dessa
problemática. Feita a análise da tabela acima através das respostas, pode-se concluir que a
falta de domínio das regras de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação,
confirmando assim a pergunta de pesquisa que diz: “Será que a falta de conhecimento e de
domínio das regras de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação, por
parte dos alunos, pode estar na origem da problemática de classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação?” é uma das razões que contribui para a insipiência da
problemática da classificação da frase complexa.

Q2: Será que o desconhecimento e a falta de domínio das regras de classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação, por parte dos alunos, pode estar na origem dessa
problemática?
Nesta segunda questão, 4 entrevistados foram unânimes em dizer que, a falta de conhecimento
e do domínio das regras de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação,
por parte dos alunos, de facto pode estar na origem dessa problemática e apenas 2
entrevistados disseram que os alunos e os professores é que são os culpados, isto é, os alunos
(falta de interesse) para os professores (a má leccionação do conteúdo). Assim sendo,
confirma ainda a primeira pergunta de pesquisa que diz: “Será que a falta de conhecimento e
de domínio das regras de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação, por
parte dos alunos, pode estar na origem da problemática de classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação?”

Q3: Será que o professor pode ser o agente influenciador do problema de classificação da
frase complexa por coordenação/subordinação nos alunos?
A finalidade dessa questão era perceber simplesmente se o professor poderia ser visto como
um agente influenciador dessa problemática ou não. Contudo, de acordo com os dados
colhidos, maior parte dos professores, em número de 4 professores afirmaram que o professor
também pode ser o agente influenciador, especificamente quando não tiver o domínio da
matéria, pois não poderá ensinar ou mediar devidamente. Enquanto 2 professores disseram
que o professor não era o agente influenciador porque faz de tudo para a mediação da matéria.
Em suma, o professor também pode ser um agente influenciador, pois todos estão envolvidos
no PEA.
47

Q4: Além das causas que o entrevistado mencionou, existem outras que podem estar na
origem dessa problemática? Se existem, quais são?
Esta questão dirigida aos professores tinha como objectivo principal saber se existiam outras
causas ou razões que estavam na génese da problemática da classificação da frase complexa
por coordenação/subordinação. De acordo com os dados fornecidos, 4 professores disseram
que não existiam outras razões que estariam na origem da problemática da classificação da
frase complexa por coordenação/subordinação no lugar das que haviam sido mencionadas
anteriormente, finalmente 2 entrevistados disseram que existiam outras razões que estariam
por trás dessa problemática, como: a falta do exercício da matéria em causa (não fazem
T.P.C) e a incompreensão da mensagem da frase (olhando para o contexto em que a
conjunção “pois” é colocada) ao ponto de não saber distinguir os valores da conjunção “pois”
em situações de frase. É tarefa do professor agora criar um ambiente propício e motivador na
sala de aulas para incentivar e atrair o aluno para a aula. Logicamente Lino (2012, p. 7) diz
que há três factores que devem ser observados astutamente, dentre eles temos: o interesse, a
motivação e a incentivação. De acordo com Sawey e Telford (1966, p. 56), o interesse pode
ser considerado como uma atitude favorável em relação ao objecto e é positivo por natureza,
constituindo uma variável importante de qualquer rendimento escolar, porque orienta o
trabalho. Enquanto Planchard (1960) apud Sawey e Telford (1966, p. 56), o interesse é a
correspondência entre um certo objecto exterior e uma necessidade em nós existente. A
partir do excerto, pode-se entender na verdade que, é tarefa maior do professor criar um
ambiente saudável e incentivar o aluno, tentando despertar nele motivos para a aprendizagem
de um determinado tema. Os professores devem utilizar estratégias adequadas para
impressionar o aluno para a aula. Dos métodos que existem e dos que muitas vezes são
utilizados para dar aulas, é muitas vezes aconselhável que se faça um estudo de Elaboração
conjunta, centralizando principalmente a atenção para o aluno porque o professor não deve
ser visto como o centro das atenções pelos alunos em detrimento dos mesmos alunos, embora
os outros métodos não sejam indispensáveis, como: estudo Independente e o Expositivo. O
professor deve em cada final da aula deixar um texto de apoio sobre a matéria e exercícios de
aplicação para a respectiva consolidação. Ajudar os alunos a conhecerem todas as categorias
gramaticais e através delas ensiná-los a formarem frases até chegar no nível de produção de
textos coesos e coerentes.
48

CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E SUGESTÕES

5.1. Conclusões
Nesta parte do trabalho, constatamos que a problemática da classificação da frase complexa
por coordenação/subordinação é caso de muitos alunos e é motivada por vários factores tais
como: 1. A falta de interesse pela matéria por parte do aluno; 2. Má preparação nas classes
anteriores; por fim, 3. Desconhecimento de regras básicas que regem a classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação. Durante a pesquisa notou-se que há uma
necessidade de se galvanizar a capacitação dos alunos, fazendo uma actualização constante
sobre os temas relacionados com a frase, coordenação e subordinação.
Quanto à validação das perguntas de pesquisa, temos a dizer que, foram confirmadas
positivamente duas delas, neste caso, a primeira pergunta e a segunda. A primeira pergunta
dizia: “Será que a falta de conhecimento e de domínio das regras de classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação, por parte dos alunos, pode estar na origem da
problemática de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação?” de acordo
com as análises feitas observou-se que, acima de 50% de alunos, em muitos casos cometeram
muitos erros, o que confirma de facto a falta de conhecimento e de domínio das regras de
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação, pois até na entrevista feita aos
professores, enfatizaram também o mesmo problema. A segunda pergunta dizia: “Será que a
falta de interesse pela matéria, por parte dos alunos, pode estar na origem da problemática de
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação?” também foi confirmada
porque o que leva os alunos a não resolverem os exercícios e a cometerem muitos erros
significa que não se interessam tanto pela matéria. Para tal, esse é um facto que deve ser
analisado para criar mecanismos ainda mais excelentes para minimizar essa problemática,
pois dos 6 professores envolvidos na entrevista, 4 responderam que os professores são os
agentes influenciadores da problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação, pois não ensinam com clareza a matéria, cedendo todos as regra
responsáveis por essa matéria e 2 entrevistados defenderam o professor como não sendo o
agentes influenciadores dessa problemática, não só, disseram ainda firmemente que maior
parte dos alunos não se interessam tanto pela matéria o que lhes leva a não resolver os
exercícios. Além disso, dos alunos submetidos ao questionário maior percentagem apresentou
muitos problemas de classificação da frase complexa por coordenação/subordinação, podendo
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deste modo não estarem preparados em termos do seu desempenho intelectual para
enfrentarem os níveis seguintes.
Face a terceira pergunta: “Será que o uso de estratégias inadequadas, por parte dos
professores, pode estar na origem da problemática da classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação?” ficou parcialmente confirmada porque de tudo se notou que
alguns professores também possuem dificuldades na leccionação dessa matéria, por isso
alguns deles disseram que os professores também são agentes influenciadores da problemática
da classificação da frase complexa, embora não consistentemente.

5.2. Sugestões
É vontade de todos os intervenientes do processo de aprendizagem que a qualidade do ensino
seja uma realidade no Sistema Nacional de Educação e Desenvolvimento Humano e em
particular na escola onde se realizou o estudo. Portanto, para que isso aconteça, sugerimos o
seguinte:

À Direcção da escola
Que discuta as técnicas e métodos mais eficientes para o Processo de Ensino – Aprendizagem
da classificação da frase complexa por coordenação/subordinação nas reuniões de
planificação quinzenal;
Que planifiquem capacitações internas dos professores em matérias de classificação da frase
complexa por coordenação/subordinação.

Aos professores
Usar formas mais simples e claras para o ensino da frase complexa por
coordenação/subordinação;

Imprimir estratégias de incentivar os alunos na resolução dos exercícios relacionados com a


frase complexa por coordenação/subordinação.

Aos alunos
Reservar sempre no seu tempo livre, um espaço para rever e resolver tarefas da escola.
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Referências bibliográficas

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Dados, Laboratório de Psicologia Experimental Departamento de Psicologia – UFSJ
Disciplina: Método de Pesquisa Quantitativa, s/d;
2. BARBOSA, Eduardo, F, Metodologia de Pesquisa: Instrumentos de Colecta de Dados em
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3. BECHARA, Evanildo, Moderna Gramática Portuguesa, 37ªed., rev., ampl. e actual.
Conforme o novo Acordo Ortográfico, Editora Nova Fronteira Participações, Rio de
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4. BORREGANA, António Afonso, Gramática Língua Portuguesa, 1ª ed., Texto editores,
Maputo, 2006;
5. BRÁS, Elisete, A Frase Complexa: Orações Coordenadas e Subordinadas, 2018;
6. CANASTRA, Fernando, HAANSTRA, Frans, VILANCULOS, Martins, Manual de
Investigação Científica da Universidade Católica de Moçambique, Instituto Integrado de
Apoio à Investigação Científica, 1ª ed., UCM, Beira, 2015;
7. CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley, Breve Gramática do Português Contemporâneo, s/e,
12ª ed., Portugal, 2006;
8. CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley, Nova Gramática do Português Contemporâneo,
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9. DA SILVA, Edna Lúcia e MENEZES, Estera Muszkat, Metodologia da Pesquisa e
Elaboração de Dissertação, UFSC, 4ªed. rev. actual, Florianópolis, 2005;
10. DE FIGUEIREDO, Cândido, Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Portugal, 1913;
11. DE PAIVA, Ana Miguel, et al., Coordenação e Subordinação, (Para) Textos: Língua
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12. FERNÃO, Isabel Arnaldo e MOINOTE, Nélio José, Manual Pré-universitário –
Português 12 Classe, 1ª ed., Longman Moçambique, Maputo, s/d;
13. FREITAS, H. Janissek Munis, R. MOSCAROLA, J. Modelo de Formulário Interactivo
para Análise de Dados Qualitativos, Revista de Economia e Administração, SP, 2005;
14. GIL, António Carlos, Como Elaborar Projectos de Pesquisa, Editora Atlas, 4ª ed., SP,
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15. GOMES, Gramática Pedagógica e Cultural da Língua Portuguesa, Porto editor, 1ª ed.,
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51

16. LAKATOS, E. Maria e MARCONI, Marina de André, Fundamentos de Metodologia


Científica, 5ª ed., Editora Atlas S.A., São Paulo, 2003;
17. LAKATOS, E. Maria e MARCONI, Marina de André, Metodologia do Trabalho
Cientifica: Procedimentos Básicos; Pesquisa Bibliográfica; Projecto e Relatório;
Publicações; e Trabalhos Científicos, 4ªed., Editora Atlas S.A, São Paulo, 1992;
18. LIMA, Ariana, Curso de Língua Português, INTED, s/ed., Brasília, 2012;
19. LINO, Brissos, Motivação e suas Implicações no PEA, Universidade Moderna Projecto
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22. PINTO, José M. DE Castro, PARREIRA Manuel e LOPES, Maria do Céu Viera,
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23. SANT’ANNA e MENEGOLLA, M., Por que Planejar, como Planejar? Currículo – Área
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26. YAMANE, Taro, Statistics, An Introdutory Analisys, 2nd Ed., New York: Harper and
Row, 1967.
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Apêndices
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Questionário

Este questionário é levado a cabo pelo estudante finalista Leonardo Mascarenhas Manuel, do 4º
Ano, Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa com Habilitações em Ensino das
Línguas Bantu. Trata-se de uma pesquisa de conclusão do Curso. É dirigido aos alunos da 11ª e 12ª
Classe, Curso Diurno, Escola Secundária Samora Moisés Machel e tem a finalidade de colher dados
sobre a classificação da frase complexa por coordenação/subordinação. Os dados colhidos servirão
apenas para efeitos académicos. Portanto, agradece-se desde já a sua colaboração. Que DEUS lhe
abençoe. Cordiais saudações!

Responda às questões
Leia e preencha atentamente o questionário, com base no conhecimento que já obteve sobre a
classificação da frase complexa por coordenação/subordinação.
1. Dados de identificação pessoal
1.1. Turma _____ Classe ___ Repetente ___ Não repetente ___ Idade ___ Sexo_________

2. Perguntas relacionadas com o tema da pesquisa


2.1. Risque com um traço (▬) a alínea correcta

2.1.1. Dada a frase abaixo, identifique a opção que melhor se adequa a oração sublinhada.
a) Levantou-se da cama, pois já se sentia melhor.
A. Subordinativa Causal B. Coordenativa Conclusiva C. Coordenativa Explicativa D.
Subordinativa Consecutiva

2.1.2. Das opções (A, B, C e D), sublinhe a que se adequa a frase abaixo:
a) Ninguém no mundo seria salvo se Jesus não tivesse morrido pelo homem.
A. Coordenativa Conclusiva B. Subordinativa Reduzida Gerundiva C. Coordenativa Final D.
Subordinativa Condicional

2.2. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por coordenação.
a) A Joana é muito inteligente, ao passo que a Maria é sábia. ( )
b) A escola é muito importante na vida das pessoas, embora nem todos gostam de estudar. ( )

2.2.1. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por subordinação.
a) A Ana comeu carne e ela já não é vegetariana? ( )
b) O amor é cego apenas para aquele que não quer ver. ( )
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2.3. Usando as conjunções “porque” e “para que”, preencha o espaço em branco.


a) A Palmira não foi à escola hoje _______ estava incomodada.

2.4. Das quatro (4) alternativas (A, B, C e D) assinale a que corresponde a conjunção destacada:
a) Você ajudou-me muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
A. Coordenativa copulativa B. Subordinativa integrante C. Coordenativa conclusiva
D. Subordinativa comparativa

2.5. Das opções abaixo, escolha apenas uma com as três conjunções com os valores coordenativo
conclusivo, coordenativo explicativo e subordinativo causal.
A. Comer, dormir e vestir B. Porque, portanto e pois C. Que, como, embora D. E, logo,
portanto

2.6. Escolha a única opção do número anterior que completa os espaços em branco.
a) As ruas ficaram alagadas ________ a chuva foi muito forte.
b) Temos o António como o melhor estudante, é, _______, digno de aprovação.
c) A menina foi retirada da sala, _______ não tinha o uniforme completo.

2.7. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por subordinação causal.
a) A Maria não foi a escola, pois estava doente. ( )
b) O Paulo não estudou, portanto não fez o exame. ( )

2.8. Nas frases que se seguem coloque (X) apenas na frase complexa por coordenação conclusiva.
a) Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. ( )
b) Não fui à praia pois tinha que descansar durante o Sábado. ( )

Obrigado pela colaboração


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Guião de entrevista
Este Guião de entrevista é levado a cabo pelo estudante finalista Leonardo Mascarenhas Manuel, do
4º Ano, Curso de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa com Habilitações em Ensino das
Línguas Bantu. Trata-se de uma pesquisa de conclusão do Curso. É dirigido aos professores da 11ª e
12ª Classe, Curso Diurno, Escola Secundária Samora Moisés Machel e tem a finalidade de ouvir as
suas opiniões sobre a origem da problemática de classificação da frase complexa por
coordenação/subordinação.

1. Grelha para distribuição dos entrevistados


Entrevistados Idade Sexo Grau académico
Entrevistado 1
Entrevistado 2
Entrevistado 3
Entrevistado 4
Entrevistado 5
Entrevistado 6

4. Perguntas relacionadas com a problemática da classificação da frase complexa por


coordenação/subordinação
Entrevistados Pergunta 1 Pergunta 2 Pergunta 3 Pergunta 4
Quais são as Será que o Será que o professor Além das causas
causas da desconhecimento e a pode ser o agente que acima marcou,
problemática falta de domínio das influenciador do existem outras que
da regras de classificação problema de podem estar na
classificação da frase complexa por classificação da frase origem dessa
da frase coordenação/subordinaç complexa por problemática? Se
complexa por ão, por parte dos alunos coordenação/subordin existem, quais são?
coordenação/s podem estar na origem ação? Explique isso
ubordinação dessa problemática? com base na sua
por parte dos experiencia?
alunos?
Entrevistado 1

Entrevistado 2

Entrevistado 3

Entrevistado 4

Entrevistado 5

Entrevistado 6
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Anexo

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