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1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 2
8 A PSICOPEDAGOGIA .................................................................................... 26
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 ORIGEM E OBJETIVOS DA PSICOPEDAGOGIA
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inequívoca desde a década de 1960 possuindo objetivos psicopedagógicos de caráter
preventivo, em especial, voltada para a relação professor-aluno.
Essa visão foi inserida nas escolas com a ausência de critérios, num processo
de etiquetação de crianças e jovens. E então surgem diferentes nomenclaturas de
várias doenças que se pode encontrar.
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3 ÉTICA PROFISSIONAL
Fonte: www.sindjorce.org.br
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mas que é adquirido ou cristalizado pelo hábito. Pode-se refletir que a ética e a moral
compõem a natureza de deveres nas relações humanas construída histórica e
socialmente.
Ética pode ser entendida, segundo uma perspectiva filosófica, como aquilo que
é bom para o indivíduo e sociedade entende-se como sendo o lema máximo da ética:
o bem comum.
Os termos, “ethos” e “mos” podem ser entendidos em três sentidos:
a) morada ou abrigo;
b) caráter ou índole; e
c) hábitos ou costumes.
Considerando a influência da ética e da moral nos critérios de escolha de um
determinado tipo de conduta existe uma distinção entre ética e moral. Por moral deve-
se compreender o conjunto de regras de condutas assumidas livre e conscientemente
pelos indivíduos, com a finalidade de organizar as relações interpessoais, segundo os
valores do bem e do mal. Entende-se por ética, a parte da filosofia que consiste da
reflexão sobre as noções e os princípios que fundamentam a vida moral, o estudo da
moralidade do agir humano e da retidão frente à ordem moral,
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qualquer profissão, principalmente quando se trata de atividade social, a ética deve
ser cumprida e que o respeito é indispensável.
Fonte: cerradoeditora.com.br
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de áreas como a medicina, a lei “Código de Ética e Disciplina dos Advogados”,
psicologia e psicologia educacional.
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CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS:
Artigo 1º
Artigo 2º
Artigo 3º
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Artigo 4º
CAPÍTULO II – DA FORMAÇÃO:
Artigo 5º
Artigo 6º
Parágrafo 1º
O psicopedagogo, ao promover publicamente a divulgação de seus serviços,
deve fazê-lo de acordo com as normas do Estatuto da ABPp e os princípios deste
Código de Ética.
Parágrafo 2º
Os honorários devem ser tratados previamente entre o cliente ou seus
responsáveis legais e o profissional, a fim de que:
1) Representem justa contribuição pelos serviços prestados, considerando
condições socioeconômicas da região, natureza da assistência prestada
e tempo despendido;
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2) Assegurem a qualidade dos serviços prestados.
Artigo 7º
Parágrafo 1º
Não se entende como quebra de sigilo dar informações sobre o cliente a
especialistas e/ou instituições, comprometidos com o atendido e/ou com o
atendimento.
Parágrafo 2º
O psicopedagogo não deve revelar como testemunha, fatos de que tenha
conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor
perante autoridade judicial.
Artigo 8º
Artigo 9º
Artigo 10
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2) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de
especialização, encaminhando-os a profissionais habilitados e
qualificados para o atendimento.
Artigo 11
Artigo 12
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CAPÍTULO VI – DAS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS
Artigo 13
Artigo 14
Artigo 15
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CAPÍTULO IX – DA OBSERVÂNCIA E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE
ÉTICA DO PSICOPEDAGOGO:
Artigo 16
Parágrafo único
Constitui infração ética:
1) Utilizar títulos acadêmicos e/ou de especialista que não possua;
2) Permitir que pessoas não habilitadas realizem práticas
psicopedagógicas;
3) Fazer falsas declarações sobre quaisquer situações da prática
psicopedagógica;
4) Desviar para atendimento particular ou para outra instituição, por
qualquer meio, visando benefício próprio;
5) Receber ou exigir remuneração, comissão ou vantagem por serviços
psicopedagógicos que não tenha efetivamente realizado;
6) Assinar qualquer procedimento psicopedagógico realizado por terceiros,
ou solicitar que outros profissionais assinem seus procedimentos.
Artigo 17
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp zelar, orientar pela fiel observância dos
princípios éticos da classe e advertir quando houver infrações.
Artigo 18
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CAPÍTULO X – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS:
Artigo 19
Artigo 20
Fonte: jornadapsicopedagogiars.com.br
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aprendizagem. Na Psicopedagogia há a existência de recursos específicos para o
diagnóstico e a intervenção psicopedagógica. É importante destacar que a natureza
deste trabalho pode ser clínica ou institucional, preventiva e curativa.
Sobre a formação do psicopedagogo (Capítulo II):
Nesse capítulo é levado em consideração a formação em pós-graduação, para
o exercício da Psicopedagogia, também há menção a necessidade da supervisão, e
aconselha a supervisão do trabalho.
Do Sigilo (Capítulo III, art. 7º):
Nesse ponto é destacado a necessidade da observância ao sigilo e da
concordância do cliente para que outros especialistas tenham acesso a dados de seu
desenvolvimento, como por exemplo: resultados da avaliação e acesso a prontuários.
Das Relações Com Outros Profissionais (Capítulo III, art.10):
Aborda a necessidade de reconhecimento dos limites da psicopedagogia,
quando necessário fornecer o encaminhamento e delinear o campo de ação como
problema de aprendizagem.
Das Responsabilidades do Psicopedagogo (Capítulo IV):
Aqui há o reforço da necessidade de atualização dos conhecimentos, o
tratamento das relações com diferentes profissionais (especialistas em outras áreas),
reiterando o respeito aos limites da profissão; há também a necessidade de lidar com
segredos profissionais para proteger os clientes; Outro aspecto importante é a
valorização da cooperação de especialistas para promover a ampliação de suas áreas
de atuação por meio do desenvolvimento de pesquisas.
Das Publicações Científicas (Capítulo VI):
Nesta seção há a orientação para a publicação de obras, a necessidade de se
limitar à crítica, ao assunto e não ao autor; recomenda também a utilização de ordem
alfabética ou de precedência para destacar os colaboradores do trabalho de pesquisa,
ressalta a necessidade de não se utilizar da posição hierárquica ocupada para obter
privilégios; recomenda que os trabalhos utilizados no desenvolvimento da pesquisa
sejam indicados na bibliografia, esclarecendo as ideias exploradas.
Da Publicidade do Profissional (Capítulo VII):
Aqui são oferecidos critérios para publicidade do profissional destacando a
necessidade da honestidade ao divulgar o trabalho profissional.
Dos Honorários (Capítulo VIII):
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Nesse capítulo se destaca a importância de combinar antecipadamente os
horários e preço justo para diagnósticos e intervenção.
Da Observância e Cumprimento (Capítulo IX):
É abordado aqui sobre a liberdade como princípio de ética, ressalta a apuração
de irregularidades no exercício da Psicopedagogia, demonstra a importância da
advertência; e elucida sobre a competência da ABPp para promover as alterações do
Código de ética.
Das Disposições Gerais (Capítulo X):
Esclarece a data em que o Código de Ética foi formulado, assinala que esta é
a primeira alteração (1996).
Levando em consideração a reformulação deste Código, publicado em 1996
traz as seguintes ponderações:
O Artigo 1º define a Psicopedagogia como um campo de atuação em Educação e
Saúde que lida com o processo de aprendizagem humana em seus padrões
normais e patológicos, considerando a influência do meio – família, escola e
sociedade – no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da
Psicopedagogia.
A redação desse artigo foi alterada se desdobrando nos seguintes:
Artigo 2º: considera que a Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar e utiliza
recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato
de aprender, no sentido ontológico e filogenético, valendo-se de métodos e
técnicas próprias.
Parágrafo Único: esclarece que a intervenção psicopedagógica é sempre da
ordem do conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem. Faz-se
necessário ressaltar que o artigo 3º, que rege o trabalho psicopedagógico foi
alterado e recebeu a seguinte redação: “O trabalho psicopedagógico é de natureza
clínica e institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo”. (Código de Ética da
Psicopedagogia).
O Artigo 4º dá providência ao exercício da profissão: estarão em condições do
exercício da Psicopedagogia os Profissionais graduados em 3º grau, portadores
de certificados de cursos de Pós-Graduação de Psicopedagogia, ministrado em
estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos
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adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e aconselhável
trabalho de formação pessoal. (Código de Ética da Psicopedagogia).
Artigo 5º: traz esclarecimentos a respeito dos fins do trabalho psicopedagógico
considerando que tem como objetivo:
a) Promover a aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas em
atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos disponíveis,
incluindo a relação interprofissional;
b) Realizar pesquisas científicas no campo da psicopedagogia (Código de
Ética da Psicopedagogia).
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No Capítulo IV houveram alterações acerca do sigilo (Artigo 8º, 9º, 10º e 11º).
Se ressaltou a importância do sigilo. No Artigo 9º é expresso que “o psicopedagogo
não deverá revelar como testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício
de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade competente.”
O Capítulo V, aborda sobre as Publicações Científicas e houveram
modificações na sua redação, especialmente nas letras b e c, mas seu conteúdo
permaneceu o mesmo, ficando redigido da seguinte maneira:
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redação do artigo 19º ressaltando que: “Código poderá ser alterado por proposta do
Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral.” (Capítulo X, Código de Ética
da Psicopedagogia.).
O Capítulo X, “Disposições Gerais”, em seu Artigo 20º na redação anterior
(1992) dizia respeito à entrada em vigor do código de ética após sua aprovação em
assembléia geral. Pela redação de 1996 do Artigo 20, o Código de Ética entrou em
vigor após sua aprovação em Assembléia Geral, realizada no 5º Encontro e 2º
Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992 e que sofreu a primeira
alteração proposta pelo Congresso Nacional e Nato no biênio 95/96 sendo aprovado
em 19/07/96, na Assembléia Geral de III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia da
ABPp.
No tocante às alterações, a mais significativa está no Artigo 4º, cuja redação
original diz que: estão em condições de exercer a Psicopedagogia os portadores de
certificados de curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia, ministrados em
estabelecimento de ensino reconhecido ou credenciado pela ABPp, sendo
indispensável a supervisão, o estágio prático e formação pessoal.. (Código de Ética
da Psicopedagogia).
Na atual versão, não há referências à exigência ao estágio prático. Contudo, é
necessário ressaltar que o curso de Especialização em Psicopedagogia não pode ser
concluído sem o estágio, visto que os estudantes do mesmo advêm de áreas diversas
do conhecimento, tendo como ponto comum o interesse pela área educacional. Deste
modo, proporcionar estágio prático, tanto na área clínica quanto na institucional, é
zelar pela qualidade dos profissionais que estão sendo formados, e pela qualidade
dos trabalhos por eles oferecidos.
O cenário da educação brasileira configura, conforme resultados do último
Censo, em crescimento no número de matriculas em todos os níveis e modalidades
de ensino. Isso faz com que se reflita sobre a qualidade do processo educacional e a
função social que as instituições de ensino agregam.
As questões que permeiam a excelência educacional e o desenvolvimento
holístico do ser aprendente tornam-se cada vez mais presentes no direcionamento
das políticas públicas em educação. É nesse panorama que cresce a necessidade do
profissional da psicopedagogia, visto que sua prática incide essencialmente sobre o
fenômeno da aprendizagem.
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Aprendizagem em seu processo macro, num processo educativo na vida, na
sociedade e nas relações. Os espaços educacionais, no cumprimento de sua função
social, devem desenvolver, nas crianças e jovens, competências e habilidades
condizentes com as exigências da contemporaneidade.
Nesse sentido, faz-se necessária a reflexão das ações pedagógicas por todos
os atores envolvidos no processo educacional, no que diz respeito a conhecer e
reconhecer a importância do sujeito da aprendizagem, a entender o que pode facilitar
ou impedir que se aprenda. Auxiliando professores e todos aqueles envolvidos com o
processo de ensino e aprendizagem surge a Psicopedagogia, campo de
conhecimento que se ocupa com os problemas de aprendizagem, numa visão
transdisciplinar, podendo orientar comunidade escolar e acadêmica na perspectiva de
transformar as relações com o aprender e o ensinar.
As questões em torno da formação do psicopedagogo e da regulamentação
profissional aliadas ao contexto global da atuação desse novo agente social explicam
a importância crescente da Psicopedagogia que, na sua concepção atual, já nasce
com uma perspectiva globalizadora condizente com os rumos da aprendizagem na
atualidade, ocupando um lugar privilegiado, sistêmico, consoante os novos
paradigmas científicos de natureza complexa e transdisciplinar, porque justamente
não está em um único lugar.
Sua força está localizada no poder de transitar entre a objetividade e a
subjetividade, entre o ensinante e o aprendente. Nesse sentido, a Psicopedagogia tem
um papel social relevante, uma vez que sua atuação contribui para a superação do
fracasso escolar e acadêmico, tão presente em nossos espaços educacionais.
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Não há dúvidas de que a profissão de uma pessoa marca sua existência e
consequentemente a sua continuação, principalmente, quando ela integra inteligência
e afetividade, pois não há como separar a vida pessoal da profissional, por mais que
se tente, porque a boa funcionalidade de uma profissão depende de sua realização
não só profissional, mas, principalmente, uma satisfação pessoal, o que levará
consequentemente ao crescimento do indivíduo.
Portanto, a atuação profissional do sujeito é resultado da sua personalidade
integral, ou seja, a profissão é influenciada por valores pessoais, por atitudes frente à
vida, enfim, frente às condições de ser humano. O código de ética não só da
Psicopedagogia, mas de muitas outras profissões, comporta uma aprendizagem
especial na área de seu conhecimento sistemático e orgânico. Assinala também uma
real e autêntica necessidade de o profissional submeter-se a uma auto avaliação, ao
conhecimento de sua práxis e importância de seu bom desempenho, a uma boa
supervisão e aconselha um atuante trabalho de formação pessoal e profissional.
Submeter-se a supervisão é essencial na atuação de qualquer profissional, pois
ela que contribui para a eficiência e bons resultados do trabalho, assim como a
formação pessoal, entendida como também uma constante na atualização
profissional. Questões que envolvem a ética profissional, são bastante discutidos,
mas, em especial a ética do psicopedagogo, pois essa tem o poder de articulação
entre indivíduo e o social (afinal, o homem não sabe e nem pode viver fora da
sociedade, portanto, é imprescindível viver e conhecer bem suas regras e conviver
bem numa ética de ações).
Algumas questões que implicam a ética no cotidiano da psicopedagogia, tais
como uso de recursos para diagnóstico e intervenção psicopedagógica; delimitação
de campo de atuação e relação com outros profissionais, opta-se por investigar o
código de ética enquanto instrumento norteador das práxis, pois essa viabiliza ao
desenvolvimento do indivíduo enquanto profissional responsável pelo psicossocial.
Dessa forma pretende-se refletir a respeito da psicopedagogia enquanto área
de atuação e profissão, pois sistematiza e assim visa contribuir para a reflexão integral
da ética, não como algo isolado, inautêntico, sem importância, ou mesmo distante da
realidade, mas algo que deve estar ciente e fazer parte desse cotidiano. Pois um bom
profissional parte de suas inquietações, portanto, não é diferente para o bom
psicopedagogo, principalmente na sociedade, onde é sua área de atuação.
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8 A PSICOPEDAGOGIA
Fonte: centrodeneuroaprendizagem.com.br
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I. Acreditar que todo ser humano tem direito ao pleno acesso ao saber
acumulado, representado pela cultura;
II. Considerar a leitura e a escrita como ferramentas fundamentais de acesso
ao saber;
III. Nortear sua prática dentro dos princípios da liberdade do ser;
IV. Reconhecer e assumir a dupla polaridade de seu papel-transmisão de
conhecimento e compreensão dos fatores psicológicos que interferem no
ato de aprender;
V. Reconhecer o papel da família como transmissora da cultura, devendo
analisar e compreender os mecanismos dentro da relação familiar que
promovem bloqueio da aprendizagem;
VI. Reconhecer a escola como espaço privilegiado para a transmissão da
cultura, também, o valor de outras organizações sociais ainda mantendo
postura crítica frente às dificuldades geradas pela própria instituição
escolar.
De acordo com o primeiro princípio, o psicopedagogo deverá trabalhar para
possibilitar a todas as crianças o direito de aprender.
No segundo princípio a leitura e a escrita são ferramentas fundamentais para o
acesso ao saber acumulado representado pela cultura, o psicopedagogo deverá
contribuir para que o educando supere o problema de aprendizagem e consiga ter
acesso a esse saber.
Com o terceiro princípio o psicopedagogo deve respeitar a individualidade do
ser humano e ajudá-lo na superação de suas dificuldades.
O quarto princípio levanta questões de fronteiras com outras áreas, assim, o
psicopedagogo deverá requerer a plena preparação e utilização de recursos
disponíveis no acervo científico para uma atuação competente e responsável.
O quinto princípio acentua a necessidade de o psicopedagogo reconhecer o
papel da família e atuar orientando-a para fazê-la analisar e compreender fatores de
sua dinâmica que interferem na aprendizagem do sujeito. Já o sexto princípio destaca
a necessidade de se reconhecer a escola como espaço para transmissão de cultural,
assim como sua responsabilidade, na maioria das vezes, pelos problemas de
aprendizagem.
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8.1 Campo de conhecimento da psicopedagogia
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8.2 Campo de atuação da psicopedagogia
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No campo empresarial, o psicopedagogo pode contribuir para a compreensão
e o estabelecimento de vínculos positivos entre as pessoas, ou seja, com a melhoria
da qualidade das relações inter e intrapessoais dos indivíduos que trabalham na
empresa. O papel do psicopedagogo é intervir nos fatores que prejudicam o bom
andamento ou funcionamento na dinâmica grupal em uma empresa, adequando o
conteúdo do planejamento da ação pedagógica, bem como das relações humanas
que se estabelecem no âmbito empresarial. Faz-se a intervenção de acordo com a
finalidade e o objetivo da instituição, partindo da história da organização e suas
características próprias.
A contribuição da Psicopedagogia para o campo empresarial é a de levar a
vivência da organização ao grupo, tomando como base o desenvolvimento cognitivo
para um maior e melhor desempenho onde está inserida, dando importância às
atividades e ações, mostrando objetivos, metas e a missão, atuando de forma direta
e clara com seus funcionários. Caracteriza-se também como um enfoque preventivo,
dando sentido ao sujeito na busca do significado da aprendizagem e reflexão de ações
assumindo a maturação.
9 A FORMAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
Fonte: congressodepsicopedagogia.com.br
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Rubinstein (et al, 2004 apud SILVA; LORENZINI, 2017) afirma que já existiam
cursos de especialização em Psicopedagogia oferecidos por institutos particulares,
associações de classe e iniciativa de profissionais preocupados com dificuldades de
aprendizagem, antes mesmo da existência de cursos formais dentro de universidades
e instituições de ensino superior.
A autora ainda declara que muitos profissionais que lidavam com a questão das
dificuldades de aprendizagem, tiveram sua formação acadêmica realizada
posteriormente. Existem dois fatores prováveis para que a formação em
Psicopedagogia no Brasil tenha se consolidado à nível de especialização, segundo
Rubinstein (et al, 2004 apud SILVA; LORENZINI, 2017).
O primeiro está relacionado ao fato de que os profissionais que atendiam
crianças com queixa escolar e se dedicavam à pesquisa nesta área, já eram formados
na Universidade. A autora aponta que houve a percepção de que a formação
universitária específica não atendia às necessidades profissionais na referida área de
atuação. O segundo fator, apresentado por Rubinstein (et al, 2004, p. 233 apud SILVA;
LORENZINI, 2017), está ligado a fatos marcantes entre as décadas de 1950 e 1970
que influenciaram o “modo como se instalou a formação em Psicopedagogia no
Brasil”.
Os fatos citados pela autora são: o otimismo nos meios educacionais no que
tange as soluções para os problemas de ensino e aprendizagem; a expansão de
disciplinas que tinham como foco a questão destes problemas; regulamentação de
cursos de pós-graduação; criação de cursos de especialização lato sensu; e o fato de
a Psicopedagogia ser “um desses cursos em expansão uma vez que já havia grupos
significativos de profissionais atuando nessa área” (RUBEINSTEIN, et al, 2004 apud
SILVA; LORENZINI, 2017).
No que diz respeito às questões de legislação, há uma luta de quase 20 anos.
Na “Justificação”, apresentada pelo Deputado Barbosa Neto (1997 apud SILVA;
LORENZINI, 2017), ao final da redação do Projeto de Lei 3.124 de 1997, é enunciado
que a escola, para muitos, seria um palco de fracassos ou de desenvolvimento
insatisfatório e precário. É possível afirmar que, ainda na atualidade, a escola está um
tanto distante de ser um lugar onde o conhecimento é acessado de forma equânime
(LINDER-SILVA, 2015 apud SILVA; LORENZINI, 2017).
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Neto (1997 apud SILVA; LORENZINI, 2017), enxergava na prática
psicopedagógica a resposta para as precariedades no aprendizado. Prática esta, [...]
exercida por um profissional especializado, o Psicopedagogo, cuja atuação visa não
apenas a sanar problemas de aprendizagem, considerando as características
multidisciplinares da pessoa que aprende, buscando melhorar seu desempenho e
aumentar suas potencialidades de aprendizagem (NETO, 1997, s/p apud SILVA;
LORENZINI, 2017).
Neto (1997 apud SILVA; LORENZINI, 2017) justificou que, devido aos
conhecimentos multidisciplinares e ao manuseio de instrumentos psicopedagógicos
específicos, os psicopedagogos seriam os profissionais mais bem preparados para
“atuar na melhoria da forma de aprendizagem e na resolução dos problemas
decorrentes desse processo”.
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O que legitima uma ocupação profissional é a formação em serviço, a formação
contínua nos fundamentos e técnicas que possibilitam a realização de um trabalho.
Neste sentido, interessa menos a ênfase em uma formação inicial e legal, como se
tem caracterizado a discussão sobre as questões acima, mas a ética de um saber
construído e aperfeiçoado continuamente de diferentes estilos.
É consenso entre a maioria dos profissionais que exercem a atividade de
Psicopedagogo, a necessidade de uma formação profissional que contemple
conhecimentos de várias áreas, uma vez que o conhecimento e a compreensão do
ato de aprender e a possível necessidade de intervenção demanda conhecimentos
elaborados por várias disciplinas.
É preciso, então, conhecer as dinâmicas dos fatores inconscientes, dos fatores
sócio culturais, dos fatores históricos familiares, etc. para elaborar projetos, quer seja
de maneira clinica quer seja preventivamente, que visem à construção de uma relação
potencializadora e, portanto, saudável com as aprendizagens, possibilitando a autoria
na busca da construção do conhecimento.
Sua formação possibilitará ser o mediador nos processos de transmissão e
apropriação dos conhecimentos, integrando de modo coerente, conhecimentos e
princípios de diferentes ciências humanas, sociais e da saúde. O realce para o caráter
interdisciplinar da formação reside no fato de que os psicopedagogos vão buscando
conhecimentos de outras áreas e criando o seu próprio objeto de estudo, que é,
segundo o Código de Ética da ABPp, o ser em processo de construção de
conhecimento, o ser cognoscente, trabalhando para a construção da autonomia desse
ser e afastando os obstáculos a essa construção.
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11 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
34
CAMPOS, M. C. M. Atuação em psicopedagogia institucional: brincar, criar e
aprender em diferentes idades. Rio de Janeiro: Wak, 2013.
35
GRAÇA, J. S. D; SILVA, A. B; NASCIMENTO M. R. S. A institucionalização da
psicopedagogia no Brasil. Aracaju, SE, 2014.
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