Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Anatomia, biomecânica,
cinesiologia e lesões
músculo esqueléticas
Professor Silvio Pecoraro
1
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Sumário
Introdução 5
Considerações Gerais 5
Quanto à Amplitude Articular em Cada Exercício 5
Quanto à Finalização dos Movimentos Articulares 5
Cintura escapular 6
Ombro 20
Cotovelo 27
Quadril 34
Joelho 41
Tornozelo 46
Coluna Toraco-Lombar 50
Estrutura das Articulações 55
Tipos de Articulação 57
Articulações Sinoviais 57
Biomecânica Músculo-Articular 58
Cintura Escapular 59
Ombro 61
Cotovelo e Rádio-Ulnar Proximal 64
Punho 66
Quadril 68
Joelho 70
Tornozelo 72
Coluna 74
História da evolução do fitness e da musculação 78
Evolução do fitness 78
Evolução cronológica da musculação 78
Conceitos e manifestações da força 79
Adaptações ao treinamento de força 81
Adaptações neurais e das fibras musculares 81
Fibras musculares e adaptação 82
Adaptações hormonais 82
Exercícios resistidos e adaptação 82
Testosterona 83
Hipotálamo 83
Gândula Pituitária 83
FSH 84
LH 84
Célula de Leydig 84
Hormônio do Crescimento (GH) 85
Lipólise 85
Insulina 86
2
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
3
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
4
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
5
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
gerada na musculatura é amplamente reduzida e, entre o braço e o antebraço, a ação passará a ser dos
ao ultrapassar esse ponto, passa a ser direcionada a músculos extensores do cotovelo (ação excêntrica).
outro grupamento muscular.
Nesse exemplo, quanto mais próximo aos
Daremos um exemplo para auxiliar no entendimento
90º, menor será o torque resistente opondo-se à
desse conceito: em um indivíduo que está com seu
musculatura flexora do cotovelo; em 90º, não temos
membro superior direito na horizontal e realiza uma
contração dinâmica de flexão do cotovelo (sem o uso uma “ação eficiente das forças externas”; e ao
de nenhum aparelho), utiliza-se os músculos flexores ultrapassar esse ponto, serão mudados os músculos
do cotovelo. Quando se ultrapassa o ângulo de 90º responsáveis pelo movimento.
Cintura escapular
Adução
Remada Baixa
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O ajuste de pegada deve ser no alinhamento dos ombros.
Execução
O movimento de subida deve ser realizado até as mãos ficarem
mais baixas que a cabeça (na altura da coluna cervical), retornando
até a extensão dos cotovelos. Recomenda-se minimizar a oscilação
do corpo durante a realização do exercício.
Remada Cavalinho
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer em pé, com o
tronco ereto e inclinado à frente. A pegada deve ser
realizada com um afastamento superior à distância
entre os ombros.
Execução
Realizar uma extensão de ombros até que a barra
aproxime-se do tronco, retornando à posição inicial.
6
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Sentado, com os joelhos semiflexionados e o tronco
estável.
Execução
O movimento de tração deve ser realizado com a
extensão horizontal dos ombros até o pegador aproximar-
se do osso esterno do executante, sendo que os cotovelos
devem ficar mais altos que as mãos. Retornar até a
extensão de cotovelos.
7
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Serrote
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer apoiado no banco
(dois apoios), com o tronco ereto e inclinado à frente.
A pegada deve ser realizada em posição neutra.
Execução
Realizar uma extensão de ombros, até que o halter
aproxime-se do tronco, retornando à posição inicial.
Pec Deck
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
Esse equipamento apresenta ajuste
na altura do banco, de forma que os
cotovelos permaneçam na mesma altura
dos ombros.
Ajustes corporais
O indivíduo deve permanecer
sentado, com os pés apoiados no solo
ou suporte, de forma que o ângulo entre
tronco e coxas aproxime-se de 90º. As
articulações de cotovelos e ombros
devem estar alinhadas no plano horizontal.
Execução
O movimento deve ser realizado com a flexão horizontal de ombros até que os braços do aparelho
aproximem-se (ou se toquem).
8
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Supino Declinado
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco deve ser declinado em aproximadamente
30º. A barra deve estar posicionada no apoio
do suporte, em uma altura compatível com o
comprimento dos membros superiores.
Ajustes corporais
Deitado, com os pés apoiados no solo ou suporte.
Deve-se evitar o aumento da curvatura lombar.
O afastamento da pegada deve ser ajustado na
posição média entre a amplitude máxima de pegada e a alinhada com os ombros.
Execução
Realizar a flexão horizontal de ombros, retornando à posição inicial.
9
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Abdução
Crucifixo Regulamentar
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Sentado, com os joelhos semiflexionados e o tronco
estável.
Execução
O movimento de tração deve ser realizado com
a extensão horizontal dos ombros até o pegador
aproximar-se do osso esterno do executante, sendo
que os cotovelos devem ficar mais altos que as mãos.
Retornar até a extensão de cotovelos.
10
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Extensão de coluna
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve ficar deitado em decúbito ventral.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma extensão de coluna.
Retornar com uma flexão de coluna, quando se inicia a próxima
repetição.
Depressão
Barra fixa com pegada fechada
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O ajuste de pegada deve ser no alinhamento dos ombros.
Execução
O movimento de subida deve ser realizado até as
mãos ficarem mais baixas que a cabeça (na altura
da coluna cervical), retornando até a extensão dos
cotovelos. Recomenda-se minimizar a oscilação do
corpo durante a realização do exercício.
11
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Pull Down
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Em pé, com afastamento lateral ou antero-posterior
dos membros inferiores e ligeira inclinação do tronco
à frente. Deve-se evitar que o pegador fique à frente
da linha da roldana, mesmo quando os membros
superiores estiverem na posição mais alta.
Execução
O exercício deve ser executado com os cotovelos
semiflexionados durante toda a trajetória, realizando a extensão dos ombros.
Ajustes corporais
O executante deve permanecer sentado, com o tronco e a cabeça alinhados e ligeiramente inclinados
posteriormente. Os pés devem estar apoiados no solo ou em um suporte, de forma que o ângulo entre o
tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
Execução
Realizar uma adução de ombros, até a barra aproximar-se ou tocar o manúbrio (no osso esterno). Retornar
com a abdução de ombros, para então iniciar a próxima repetição.
12
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco muitas vezes não tem ajuste de
inclinação, porém, caso possua, o encosto do banco
deve ser ajustado em uma posição próxima da
vertical (aproximadamente 100 a 110º entre acento
e encosto).
Ajustes corporais
O executante deve permanecer sentado, com o
tronco e a cabeça alinhados e ligeiramente inclinados posteriormente. Os pés devem estar apoiados no solo
ou em um suporte, de forma que o ângulo entre o tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
Execução
O exercício deve iniciar com as mãos na altura das articulações têmporo-occiptal, realizar a abdução de
ombros e retornar à posição inicial.
13
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco deve ser inclinado em aproximadamente 30º.
Ajustes corporais
O executante deve permanecer em decúbito lateral e os braços
ao longo do corpo.
Execução
O exercício deve ser realizado com a abdução de ombros, até
que as mãos aproximem-se do alinhamento vertical, evitando
perder a ação eficiente das forças externas para os músculos em
questão. Retornar com a adução de ombros.
Execução
O exercício deve ser executado com os
cotovelos semiflexionados durante toda a
trajetória, realizando a extensão dos ombros.
14
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Cross over
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
Esse equipamento pode ou não ter a coluna ajustável.
Quando tem, para realizar esse exercício, deve-se
regular na maior altura, de forma que esta permita ao
executante tracionar o puxador para baixo. Isso favorece
a adução de ombros, conforme figura anterior.
Ajustes corporais
O tronco deve estar ereto e levemente inclinado
à frente, os movimentos ocorrerão nos ombros e
nas escápulas. O indivíduo deve permanecer com os
membros inferiores em afastamento anteroposterior para aumentar a estabilidade.
Execução
O exercício deve ser realizado com a adução de ombros e rotação inferior de escápulas, até que as duas
mãos aproximem-se ou, dependendo da intenção, cruze uma à frente da outra, retornando até as mãos
ultrapassarem a altura dos ombros.
15
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Ombro - Flexão
Desenvolvimento Arnold/Moinho
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer sentado, com o
tronco e a cabeça alinhados e ligeiramente inclinados
posteriormente. Os pés devem estar apoiados no solo
ou em um suporte, de forma que o ângulo entre o
tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
Execução
O exercício deve iniciar com as mãos no alinhamento dos ombros (plano sagital) e com a articulação rádio-
ulnar proximal em supinação, realizar a flexão associada à abdução e rotação interna do ombro, e na rádio-
ulnar proximal realizar a pronação, retornando à posição inicial.
Elevação Frontal
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer em pé, com os
braços ao longo do corpo e a articulação rádio-ulnar
proximal em pronação.
Execução
O exercício pode ser realizado com a flexão unilateral
de ombros e de maneira intercalada, fazendo que o
halter ultrapasse a altura do ombro.
16
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Supino Declinado
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco deve ser declinado em aproximadamente
30º. A barra deve estar posicionada no apoio do
suporte, em uma altura compatível com o comprimento
dos membros superiores.
Ajustes corporais
Deitado, com os pés apoiados no solo ou suporte.
Deve-se evitar o aumento da curvatura lombar. O
afastamento da pegada deve ser ajustado na posição
média entre a amplitude máxima de pegada e a alinhada com os ombros.
Execução
Realizar a flexão horizontal de ombros, retornando à posição inicial.
17
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Ombro - Extensão
Barra fixa com pegada fechada
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O ajuste de pegada deve ser no alinhamento dos
ombros.
Execução
O movimento de subida deve ser realizado até as
mãos ficarem mais baixas que a cabeça (na altura
da coluna cervical), retornando até a extensão dos
cotovelos. Recomenda-se minimizar a oscilação do
corpo durante a realização do exercício.
Pull Down
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Em pé, com afastamento lateral ou antero-posterior
dos membros inferiores e ligeira inclinação do tronco
à frente. Deve-se evitar que o pegador fique à frente
da linha da roldana, mesmo quando os membros
superiores estiverem na posição mais alta.
Execução
O exercício deve ser executado com os cotovelos
semiflexionados durante toda a trajetória, realizando
a extensão dos ombros.
18
Cintura escapular Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Extensão de coluna
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve ficar deitado em decúbito ventral.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma extensão de
coluna. Retornar com uma flexão de coluna, quando se inicia
a próxima repetição.
Serrote
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer apoiado
no banco (dois apoios), com o tronco ereto
e inclinado à frente. A pegada deve ser
realizada em posição neutra.
Execução
Realizar uma extensão de ombros, até que
o halter aproxime-se do tronco, retornando à
posição inicial.
19
Ombro Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Ombro
Adução
Barra fixa com pegada aberta
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Em pé, com afastamento lateral ou antero-posterior
dos membros inferiores e ligeira inclinação do tronco
à frente. Deve-se evitar que o pegador fique à frente
da linha da roldana, mesmo quando os membros
superiores estiverem na posição mais alta.
Execução
O exercício deve ser executado com os cotovelos
semiflexionados durante toda a trajetória, realizando
a extensão dos ombros.
20
Ombro Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Cross over
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
Esse equipamento pode ou não ter a coluna
ajustável. Quando tem, para realizar esse exercício,
deve-se regular na maior altura, de forma que esta
permita ao executante tracionar o puxador para baixo.
Isso favorece a adução de ombros, conforme figura
anterior.
Ajustes corporais
O tronco deve estar ereto e levemente inclinado
à frente, os movimentos ocorrerão nos ombros e
nas escápulas. O indivíduo deve permanecer com os
membros inferiores em afastamento anteroposterior
para aumentar a estabilidade.
Execução
O exercício deve ser realizado com a adução de ombros e rotação inferior de escápulas, até que as duas
mãos aproximem-se ou, dependendo da intenção, cruze uma à frente da outra, retornando até as mãos
ultrapassarem a altura dos ombros.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco deve ser inclinado em aproximadamente 30º.
Ajustes corporais
O executante deve permanecer em decúbito lateral e os braços
ao longo do corpo.
Execução
O exercício deve ser realizado com a abdução de ombros, até
que as mãos aproximem-se do alinhamento vertical, evitando
perder a ação eficiente das forças externas para os músculos em
questão. Retornar com a adução de ombros.
21
Ombro Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Abdução
Desenvolvimento com barra
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco não necessita ter apoio para as costas
ou ajustes de inclinação, porém caso tenha, existe
a possibilidade do executante realizar o exercício
encostado. Nessa situação, o encosto do banco
deverá estar ajustado em uma posição próxima
da vertical (aproximadamente 100º a 110º entre
acento e encosto).
Ajustes corporais
O executante deve permanecer sentado, com o
tronco e a cabeça alinhados e ligeiramente inclinados
posteriormente. Os pés devem estar apoiados no solo ou em um suporte, de forma que o ângulo entre o
tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
Execução
Realizar uma adução de ombros, até a barra aproximar-se ou tocar o manúbrio (no osso esterno). Retornar
com a abdução de ombros, para então iniciar a próxima repetição.
Ajustes corporais
O executante deve permanecer sentado, com o
tronco e a cabeça alinhados e ligeiramente inclinados
posteriormente. Os pés devem estar apoiados no solo ou em um suporte, de forma que o ângulo entre o
tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
22
Ombro Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Execução
O exercício deve iniciar com as mãos na altura das articulações têmporo-occiptal, realizar a abdução de
ombros e retornar à posição inicial.
Ombro - Flexão
Desenvolvimento Arnold/Moinho
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer sentado, com o
tronco e a cabeça alinhados e ligeiramente inclinados
posteriormente. Os pés devem estar apoiados no
solo ou em um suporte, de forma que o ângulo entre
o tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
Execução
O exercício deve iniciar com as mãos no
alinhamento dos ombros (plano sagital) e com a
articulação rádio-ulnar proximal em supinação,
realizar a flexão associada à abdução e rotação interna do ombro, e na rádio-ulnar proximal realizar a
pronação, retornando à posição inicial.
23
Ombro Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Adução Horizontal
Desenvolvimento Máquina
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
Esse equipamento apresenta regulagem da altura
do banco, que deve ser ajustado para que o pegador
fique no alinhamento do ponto médio do esterno.
Ajustes corporais
O indivíduo deve permanecer sentado, com os
pés apoiados no solo ou suporte de madeira, de
forma que o ângulo entre tronco e coxas aproxime-
se de 90º. As articulações de punhos, cotovelos e
ombros devem estar alinhados no plano horizontal.
Execução
Realizar a flexão horizontal de ombros, retornando à posição inicial.
Fly Regulamentar
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
Indica-se que o banco não seja muito largo, para
evitar que atrapalhe a amplitude do movimento.
Ajustes corporais
O executante deve permanecer deitado em
decúbito dorsal. O apoio dos pés deve ocorrer em
função do posicionamento da coluna lombar do
executante (facilitando para que esta não perca
o contato com o banco durante a realização do
exercício), podendo ser no solo ou em um suporte
na altura ou acima do banco.
24
Ombro Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Execução
Realizar uma extensão horizontal dos ombros. Deve-se evitar perder a ação eficiente das forças
externas para os músculos em questão, ou seja, antes dos braços ficarem paralelos, devemos iniciar
a próxima repetição.
Abdução Horizontal
Crucifixo Invertido
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco para a realização desse exercício deve possuir regulagem de inclinação. A inclinação indicada
deve ser próxima a 30º. Inclinações muito maiores que essa promovem mudança na angulação ou no próprio
movimento articular, tendendo à abdução de ombros.
25
Ombro Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Ajustes corporais
O executante deve estar deitado em decúbito ventral, com os
pés apoiados no solo e os braços posicionados verticalmente.
Execução
Deve ser realizada a extensão horizontal dos ombros,
retornando com a flexão horizontal dos mesmos, mas evitando
perder a ação eficiente das forças externas para os músculos em
questão, ou seja, antes dos braços ficarem paralelos, devemos
iniciar a próxima repetição.
26
Cotovelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Cotovelo
Flexão
Barra fixa com pegada aberta
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Em pé, com afastamento lateral ou antero-
posterior dos membros inferiores e ligeira inclinação
do tronco à frente. Deve-se evitar que o pegador
fique à frente da linha da roldana, mesmo quando os
membros superiores estiverem na posição mais alta.
Execução
O exercício deve ser executado com os cotovelos
semiflexionados durante toda a trajetória, realizando
a extensão dos ombros.
27
Cotovelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O ajuste de pegada deve ser no alinhamento dos ombros.
Execução
O movimento de subida deve ser realizado até as
mãos ficarem mais baixas que a cabeça (na altura
da coluna cervical), retornando até a extensão dos
cotovelos. Recomenda-se minimizar a oscilação do
corpo durante a realização do exercício.
Pulley
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
Esse equipamento possui ajuste na altura do rolete de apoio das coxas ou do banco.
Ajustes corporais
Posicionar-se sentado. O ajuste de pegada pode ser
afastado, de forma que quando os braços estiverem
na horizontal, o ângulo formado entre braços e
antebraços deve aproximar-se de 90º. Deve, ainda,
evitar posicionar a barra à frente da linha da polia,
durante a execução.
Execução
O movimento de descida deve ser realizado até
as mãos ficarem mais baixas que a cabeça (na altura
da coluna cervical), retornando, em seguida, até a
extensão dos cotovelos.
28
Cotovelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Rosca Alternada
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer em pé, com
os braços ao longo do corpo e a articulação
rádio-ulnar proximal em supinação.
Execução
Realizar a flexão de cotovelos unilateral,
aproximando o halter da articulação do ombro,
em seguida retornando à posição inicial. O
exercício deve ser realizado de forma alternada.
29
Cotovelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Pulley
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
A roldana deve ser direcionada na posição mais
baixa do trilho.
Ajustes corporais
O executante deve permanecer em pé, cotovelos
estendidos e rádio-ulnar proximal em supinação.
Execução
Realizar a flexão de cotovelos, aproximando o
pegador da articulação do ombro, e, em seguida,
retornar à posição inicial.
Extensão
Desenvolvimento Máquina
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
Esse equipamento apresenta regulagem da altura
do banco, que deve ser ajustado para que o pegador
fique no alinhamento do ponto médio do esterno.
Ajustes corporais
O indivíduo deve permanecer sentado, com os
pés apoiados no solo ou suporte de madeira, de
forma que o ângulo entre tronco e coxas aproxime-
se de 90º. As articulações de punhos, cotovelos e
ombros devem estar alinhados no plano horizontal.
Execução
Realizar a flexão horizontal de ombros, retornando à posição inicial.
30
Cotovelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Desenvolvimento Máquina
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco não necessita ter apoio para as costas ou ajustes de inclinação, porém caso tenha, existe a
possibilidade do executante realizar o exercício encostado. Nessa situação, o encosto do banco deverá estar
ajustado em uma posição próxima da vertical (aproximadamente 100º a 110º entre acento e encosto).
Ajustes corporais
O executante deve permanecer sentado, com o
tronco e a cabeça alinhados e ligeiramente inclinados
posteriormente. Os pés devem estar apoiados no
solo ou em um suporte, de forma que o ângulo entre
o tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
Execução
Realizar uma adução de ombros, até a barra
aproximar-se ou tocar o manúbrio (no osso esterno).
Retornar com a abdução de ombros, para então
iniciar a próxima repetição.
Desenvolvimento Máquina
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
A altura do banco deve ser ajustada de forma que
o pegador fique no alinhamento do pescoço. O banco
por vezes não tem ajuste de inclinação, porém, caso
possua, o encosto do banco deve ser ajustado em
uma posição próxima da vertical (aproximadamente
100º a 110º entre acento e encosto).
Ajustes corporais
O executante deve permanecer sentado, com o
tronco e a cabeça alinhados e ligeiramente inclinados
posteriormente. Os pés devem estar apoiados no
solo ou em um suporte, de forma que o ângulo entre
o tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
31
Cotovelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Execução
O exercício deve iniciar com as mãos na altura das articulações têmporo-occiptal, realizar a abdução de
ombros e retornar à posição inicial.
Supino Declinado
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes equipamento
O banco deve ser declinado em aproximadamente
30º. A barra deve estar posicionada no apoio do
suporte, em uma altura compatível com o comprimento
dos membros superiores.
Ajustes corporais
Deitado, com os pés apoiados no solo ou suporte.
Deve-se evitar o aumento da curvatura lombar. O
afastamento da pegada deve ser ajustado na posição
média entre a amplitude máxima de pegada e a
alinhada com os ombros.
32
Cotovelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Execução
Realizar a flexão horizontal de ombros, retornando à posição inicial.
Ajustes corporais
O executante pode permanecer em pé, sentado ou
ajoelhado, de costas para o equipamento, cotovelos
estendidos e rádio-ulnar proximal em pronação.
Execução
Realizar a flexão de cotovelos excêntrica seguida
de uma extensão de cotovelos concêntrica.
33
Quadril Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Supino Declinado
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Em pé, tronco levemente inclinado à frente,
braços no prolongamento do corpo, com cotovelos
estendidos e rádio-ulnar proximal em posição neutra.
A perna do lado contrário ao braço que irá realizar o
exercício deve estar à frente para auxiliar no equilíbrio.
Execução
Realizar a flexão de cotovelos excêntrica, seguida
de uma extensão concêntrica.
Quadril
Flexão
Flexão de Quadril nas Paralelas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve manter o tronco em
contato com o encosto do banco e posicionar
as mãos e o antebraço no apoio específico. Os
membros inferiores devem estar estendidos na
vertical, sem apoio.
Execução
O executante deve realizar a flexão do quadril e
dos joelhos, retornando à sua posição inicial.
34
Quadril Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve manter o tronco e cabeça apoiados no
solo. Os membros inferiores podem estar semiflexionados ou
estendidos.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar a flexão de quadril,
retornando à sua posição de origem antes que os membros
inferiores atinjam a vertical. Nesse exercício, os pés não devem
tocar o solo.
35
Quadril Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Extensão
Afundo no Smith
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer com o tronco
alinhado verticalmente na linha do trilho, os membros
inferiores posicionados antero-posteriormente e
afastados na largura do quadril.
Execução
O movimento de descida deve ser realizado
até que o joelho do membro inferior posicionado
posteriormente esteja próximo do chão. A posição
final deve atingir um ângulo de aproximadamente
90º nas articulações dos joelhos.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer com o tronco
alinhado verticalmente, os membros inferiores
posicionados antero-posteriormente e afastados na
largura do quadril.
Execução
O movimento de descida deve ser realizado
até que o joelho do membro inferior posicionado
posteriormente esteja próximo ao chão. A posição
final deve atingir um ângulo de aproximadamente
90º nas articulações dos joelhos.
36
Quadril Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Leg-press 45º
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes do equipamento
Um dos ajustes do leg-press 45º é a inclinação do apoio
do banco, que pode aumentar ou diminuir a amplitude
do movimento do quadril. Outro ajuste é a altura inicial da
plataforma, que deve ser posicionada com base no tamanho
dos membros inferiores do executante.
Ajustes corporais
Os pés devem estar apoiados na plataforma, podendo estar
afastados na largura do quadril.
Execução
O movimento de descida deve ser realizado até que as coxas
atinjam um ângulo de 90º em relação à perna. Deve-se evitar a
extensão completa dos joelhos em virtude da diminuição da ação
dos extensores de joelho e do possível “impacto” articular.
37
Quadril Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Stiff
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Normalmente, esse exercício é
realizado em cima de um step (ou similar)
possibilitando maior amplitude para o
movimento do quadril, podendo ser
realizado tanto com halteres quanto com
barra longa. Deve-se evitar movimentos
da coluna vertebral.
Execução
Esse exercício deve respeitar a
amplitude de execução do aluno, evitando
a flexão da coluna ou flexão dos joelhos
durante a execução.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes de equipamento
O ajuste inferior do equipamento
deve ser regulado para que ele esteja
próximo à articulação do tornozelo.
Outro ajuste é a altura do apoio para as
coxas, devendo permitir o maior contato
possível, sem que este atrapalhe o
movimento de flexão do quadril.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar
a extensão de quadril. Retornar à sua
posição inicial.
38
Quadril Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Adução
Cadeira Adutora
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes de equipamento
O apoio do banco e o posicionamento
dos pés devem ser ajustados para que a
maior parte da região distal da coxa esteja
apoiada no suporte lateral.
Ajustes corporais
A amplitude inicial da máquina deve
ser ajustada, respeitando a condição de
flexibilidade do aluno.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar
uma adução de quadril. Retornar até
assumir a posição inicial, quando se inicia
a próxima repetição.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma adução de quadril. Retornar
até assumir a posição inicial, quando se inicia a próxima repetição.
Observação
Nesse exercício, pode-se optar em manter o joelho fletido,
reduzindo a participação do músculo grácil.
39
Quadril Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Abdução
Cadeira Abdutora
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes de equipamento
O apoio do banco e o posicionamento dos pés
devem ser ajustados para que a maior parte da região
distal da coxa esteja apoiada no suporte lateral.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma abdução
de quadril. Retornar até assumir a posição inicial,
quando se inicia a próxima repetição.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma abdução de quadril.
Retornar até assumir a posição inicial, quando se inicia a
próxima repetição.
40
Joelho Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Joelho
Flexão
Cadeira Flexora
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes de equipamento
O ajuste do apoio está relacionado ao
posicionamento da articulação do joelho
próximo ao eixo de rotação do equipamento,
evitando que o apoio role em cima da perna.
O ajuste do suporte no membro inferior deve
estar posicionado próximo à articulação do
tornozelo. O braço de fixação da coxa deve
ser ajustado na região supra-patelar, de modo
a evitar que a coxa perca o contato com o
banco, durante a realização do exercício.
Ajustes corporais
O executante deve manter o tronco apoiado no encosto do banco e posicionar as mãos no suporte específico.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar a flexão de joelhos. Retornar à posição inicial.
Observação
Na posição sentada, o quadril está em flexão, fazendo que os músculos semitendíneo, semimembranáceo
e a cabeça longa do bíceps femoral, que são biarticulares, fiquem com suas origens e inserções afastadas.
Pelo fato da cabeça curta do bíceps femoral ser monoarticular (atravessando apenas a articulação do joelho),
esta não sofre nenhuma alteração quanto ao seu comprimento.
41
Joelho Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Mesa Flexora
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes de equipamento
O ajuste do apoio está relacionado ao posicionamento da
articulação do joelho próximo ao eixo de rotação do equipamento,
evitando que o apoio role em cima da perna. O ajuste do suporte
no membro inferior deve ser posicionado próximo à articulação
do tornozelo, evitando que o apoio role por cima do tríceps sural
ou que o apoio fique próximo ao calcanhar.
Ajustes corporais
O aluno deve estar em decúbito ventral. A coxa deve
permanecer no banco, entretanto, a patela deve estar fora do
mesmo para evitar compressão (patela-banco) no movimento de
flexão dos joelhos. Contudo, a borda superior da patela deve
estar próxima ao final do banco, evitando que a maior parte da
coxa fique fora deste. A inclinação do banco na altura do quadril
evita o movimento de extensão da coluna.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar a flexão de joelhos, retornando à sua posição de origem.
42
Joelho Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Extensão
Agachamento Livre
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer com o tronco
e membros inferiores alinhados verticalmente. A
barra deve permanecer próxima à primeira vértebra
torácica (T1), apoiada sobre o músculo trapézio.
Os membros inferiores podem estar afastados na
largura do quadril.
Execução
O movimento de descida deve ser realizado até
que as coxas atinjam um ângulo de 90º em relação à
perna, ou até que as coxas fiquem paralelas ao solo.
43
Joelho Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Cadeira Extensora
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes do equipamento
O ajuste do banco está relacionado ao
posicionamento da articulação do joelho próximo
ao eixo de rotação do equipamento, evitando que o
apoio role por cima da tíbia. O ajuste do suporte no
membro inferior deve estar posicionado próximo à
articulação do tornozelo (intermaleolar), evitando
que forças aplicadas no pé forcem a articulação
do tornozelo (em flexão plantar).
Ajustes corporais
O executante deve manter o tronco apoiado
no encosto do banco e posicionar as mãos no
suporte específico.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar a extensão de joelhos. Retornar à sua posição inicial.
44
Joelho Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Leg-press 45º
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes do equipamento
Um dos ajustes do leg-press 45º é a inclinação do apoio
do banco, que pode aumentar ou diminuir a amplitude
do movimento do quadril. Outro ajuste é a altura inicial da
plataforma, que deve ser posicionada com base no tamanho
dos membros inferiores do executante.
Ajustes corporais
Os pés devem estar apoiados na plataforma, podendo estar
afastados na largura do quadril.
Execução
O movimento de descida deve ser realizado até que as coxas
atinjam um ângulo de 90º em relação à perna. Deve-se evitar a
extensão completa dos joelhos em virtude da diminuição da ação
dos extensores de joelho e do possível “impacto” articular.
45
Tornozelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Syssi Squat
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer em pé, enquanto
um dos braços deve segurar no apoio. O tronco
deve permanecer estável e sem grandes oscilações.
Execução
Inclinar o tronco para trás, realizando uma flexão
dos joelhos, após isso o executante deve realizar a
extensão dos joelhos, retornando à posição inicial. O
peso deve descrever uma trajetória linear e vertical.
Tornozelo
Flexão Plantar
Extensora de Tornozelos
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes de equipamento
O equipamento deve estar apoiado na região
do ombro, permitindo que o aluno permaneça na
posição vertical.
Ajustes corporais
Apenas o antepé deve estar posicionado
na plataforma. Os joelhos podem permanecer
semiflexionados ou estendidos.
Execução
O executante deve realizar a flexão plantar,
retornando à posição inicial.
46
Tornozelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Observação
Deve-se lembrar que a alteração no posicionamento dos pés (rotação interna ou
externa da articulação do quadril) não influencia a ação do tríceps sural.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes do equipamento
Posicionar a roldana na posição baixa.
Ajustes corporais
O executante deve posicionar-se de forma a
iniciar o movimento em extensão de tornozelos.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar a flexão de
tornozelos, retornando à sua posição inicial.
47
Tornozelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Pressão de Sóleos
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes de equipamento
O suporte do equipamento que apóia nos joelhos
deve ser regulado de acordo com o comprimento
do segmento da perna do executante e posicionado
próximo ao joelho, na região supra-patelar.
Ajustes corporais
Apenas o antepé deve ser colocado na plataforma.
A coluna deve permanecer alinhada com a
vertical, evitando seu deslocamento antero-
posterior durante a execução do exercício.
Execução
O executante pode iniciar o exercício com a região calcânea mais baixa do que o apoio dos pés e realizar
a flexão plantar, retornando à posição inicial.
48
Tornozelo Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
Apenas o antepé deve ser colocado na plataforma. Os
joelhos podem permanecer semiflexionados ou estendidos.
Execução
O executante deve realizar a flexão plantar, retornando à
posição inicial.
Dorsi-Flexão
Agachamento no Smith
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer com o tronco
alinhado ao trilho. Os membros inferiores podem
estar afastados na largura do quadril.
Execução
O movimento de descida deve ser realizado até
que as coxas atinjam um ângulo de 90º em relação à
perna, ou até que as coxas fiquem paralelas ao solo.
49
Coluna Toraco-Lombar Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve permanecer com o tronco
alinhado verticalmente, os membros inferiores
posicionados antero-posteriormente e afastados na
largura do quadril.
Execução
O movimento de descida deve ser realizado
até que o joelho do membro inferior posicionado
posteriormente esteja próximo ao chão. A posição
final deve atingir um ângulo de aproximadamente
90º nas articulações dos joelhos.
Coluna Toraco-Lombar
Flexão
Agachamento no Smith
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve estar deitado em decúbito dorsal. Um dos
membros inferiores deve estar apoiado no solo com o joelho
flexionado. O outro membro inferior tem que estar com o joelho
flexionado e apoiado no membro contra-lateral. O membro
superior do mesmo lado do pé apoiado no solo deve estar com
o cotovelo flexionado e a mão apoiada na região occipital, o
braço oposto, que está no alinhamento do ombro, permanecerá
apoiado no solo.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma flexão associada à
rotação de coluna para um lado. Retornar com uma extensão de
coluna e rotação para o lado oposto até que as escápulas entrem
em contato com o solo.
50
Coluna Toraco-Lombar Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Agachamento no Smith
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve estar deitado em decúbito dorsal, com
joelhos estendidos, pés apoiados no solo e os braços acima em
abdução de ombros e alinhados com o tronco.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma flexão de coluna e
quadril. Retornar com uma extensão de coluna e quadril até as
escápulas entrarem em contato com o solo, quando se inicia a
próxima repetição.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes do equipamento
A roldana deve estar na posição alta, no
alinhamento do tronco do executante e posterior
a este.
Ajustes corporais
O executante deve estar ajoelhado no chão ou
sentado no banco, com o pegador (triângulo ou
corda) próximo ao tronco. Seria interessante que
durante a execução do exercício o cabo estivesse
inclinado, tracionando o tronco posteriormente.
51
Coluna Toraco-Lombar Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma flexão de coluna. Retornar com uma extensão de coluna até a
posição inicial, quando iniciar a próxima repetição. Quando a prioridade forem os músculos abdominais,
deve-se evitar a flexão do quadril, bem como a projeção posterior da coluna.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes do equipamento
O banco deve estar posicionado à frente do cross over.
A roldana deve ser regulada em uma altura inferior à do banco.
Ajustes corporais
O executante deve estar deitado no banco em decúbito dorsal
e utilizar a corda ou similar, próximo ao tronco.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma flexão de coluna.
Retornar com uma extensão de coluna até as escápulas estarem
em contato com o banco, quando se inicia a próxima repetição.
52
Coluna Toraco-Lombar Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Extensão
Extensão de Coluna
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve ficar deitado em decúbito ventral.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma extensão de coluna.
Retornar com uma flexão de coluna, quando se inicia a próxima
repetição.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes do equipamento
Esse equipamento possui ajuste na regulagem de altura
referente ao apoio dos membros inferiores.
Ajustes corporais
O executante fica com as coxas apoiadas, os pés fixos no
suporte do aparelho e a coluna e quadril flexionados.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma extensão de coluna e
do quadril até o total alinhamento corporal. Retornar com a flexão
de coluna e do quadril, quando se inicia a próxima repetição.
53
Coluna Toraco-Lombar Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Flexão-Lateral
Inclinação Lateral do Tronco (No Apoio)
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes do equipamento
Esse equipamento possui ajuste na regulagem de altura referente ao apoio dos membros inferiores.
Ajustes corporais
O executante deve estar apoiado lateralmente na
altura do quadril, o tronco inclinado lateralmente.
Os pés fixos no suporte do equipamento.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma inclinação
lateral de coluna. Retornar até assumir a posição
inicial, quando se inicia a próxima repetição.
54
Coluna Toraco-Lombar Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Ajustes corporais
O executante deve estar em pé, segurando o
halter em apenas uma das mãos.
Execução
Partindo da posição inicial, realizar uma inclinação
lateral de coluna. Retornar até assumir a posição
inicial, quando se inicia a próxima repetição.
55
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
56
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Tipos de Articulação
É o nome técnico dado a articulação, em função da característica do seu material interposto (Quadro 1).
Estabilidade-
Estrutura Tipo Exemplo
Flexibilidade
Sinartroses Fibrosa Sindesmose Sutural Satura Interparietal nos Ossos do Crânio.
57
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
hialina, capaz de recobrir a superfície articular dos ossos que compõem a articulação, colabora no
processo, diminuindo a agressão às estruturas quando impactadas ou pela diminuição do atrito durante os
movimentos.
Biomecânica Músculo-Articular
A discussão dos movimentos que podem ocorrer em uma articulação tem como foco entendê-los,
para relacioná-los com os músculos responsáveis pelo trabalho. Existem músculos específicos que são
responsáveis por cada movimento nas articulações, ou por evitar que estes aconteçam, e é a partir desses
conhecimentos, somados aos adquiridos no capítulo de mecânica, que conseguimos realizar boa parte das
análises biomecânicas dos exercícios.
58
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Cintura Escapular
A discussão dos movimentos que podem ocorrer
em uma articulação tem como foco entendê-los,
para relacioná-los com os músculos responsáveis
pelo trabalho. Existem músculos específicos que são
responsáveis por cada movimento nas articulações, ou
por evitar que estes aconteçam, e é a partir desses
conhecimentos, somados aos adquiridos no capítulo
de mecânica, que conseguimos realizar boa parte
das análises biomecânicas dos exercícios. A seguir,
caracterizaremos nas principais articulações solicitadas
nos treinamentos de musculação, os ossos e as
articulações envolvidas, os movimentos articulares e os
músculos motores primários (agonistas) para cada um.
Variações de exercícios:
Adução, Abdução, Elevação, Depressão, Rotação para cima e Rotação para baixo
Adução
Forma da articulação utilizada:
Abdução
Forma da articulação utilizada:
59
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Elevação
Forma da articulação utilizada:
Depressão
Forma da articulação utilizada:
60
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Ombro
PAREAMENTO ENTRE OS MOVIMENTOS: OMBRO E CINTURA
ESCAPULAR
Variações de exercícios:
Flexão, Extensão, Adução, Abdução, Adução horizontal, Abdução
Horizontal, Rotação interna e Rotação externa
Flexão
Forma da articulação utilizada:
Extensão
Forma da articulação utilizada:
61
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Adução
Forma da articulação utilizada:
Abdução
Forma da articulação utilizada:
Rotação Interna
Forma da articulação utilizada:
Rotação Externa
Forma da articulação utilizada:
62
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Adução Horizontal
Forma da articulação utilizada:
Abdução Horizontal
Forma da articulação utilizada:
63
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Variações de exercícios:
Flexão, Extensão, Supinação e Pronação
Flexão
Forma da articulação utilizada:
Extensão
Forma da articulação utilizada:
64
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Supinação
Forma da articulação utilizada:
Pronação
Forma da articulação utilizada:
65
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Punho
Variações de exercícios:
Flexão, Extensão,
Adução e Abdução
Flexão
Forma da articulação utilizada:
Extensão
Forma da articulação utilizada:
66
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Adução
Forma da articulação utilizada:
Abdução
Forma da articulação utilizada:
67
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Quadril
PAREAMENTO ENTRE OS MOVIMENTOS:
CINTURA PÉLVICA E QUADRIL
Variações de exercícios:
Flexão, Extensão, Adução, Abdução, Rotação
interna e Rotação externa
Flexão
Forma da articulação utilizada:
Extensão
Forma da articulação utilizada:
68
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Adução
Forma da articulação utilizada:
Abdução
Forma da articulação utilizada:
Rotação Interna
Forma da articulação utilizada:
Rotação Externa
Forma da articulação utilizada:
69
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Joelho
Variações de exercícios:
Flexão, Extensão, Rotação interna e Rotação externa
Flexão
Forma da articulação utilizada:
Extensão
Forma da articulação utilizada:
70
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Rotação Interna
Forma da articulação utilizada:
Rotação Externa
Forma da articulação utilizada:
71
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Tornozelo
Variações de exercícios:
Flexão plantar, Dorsi-flexão, Inversão e Eversão
Flexão Planar
Forma da articulação utilizada:
Dorsi-Flexão
Forma da articulação utilizada:
72
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Rotação Interna
Forma da articulação utilizada:
Rotação Externa
Forma da articulação utilizada:
73
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Coluna
Variações de exercícios:
Flexão plantar, Dorsi-flexão, Inversão e Eversão
Coluna - Cervical
Ação Simultânea - flexão
Forma da articulação utilizada:
Coluna - Cervical
Ação Simultânea - extensão
Forma da articulação utilizada:
74
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Coluna - Cervical
Ação Simultânea - flexão lateral
Forma da articulação utilizada:
Coluna - Cervical
Ação Unilateral - Rotação
mesmo lado
Forma da articulação utilizada:
Coluna - Cervical
Ação Unilateral - Rotação
lado oposto
Forma da articulação utilizada:
75
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Coluna - tóraco-lombar
Ação Simultânea - Flexão
Forma da articulação utilizada:
Coluna - tóraco-lombar
Ação Simultânea - Extensão
Forma da articulação utilizada:
Coluna - tóraco-lombar
Ação Simultânea - Flexão Lateral
Forma da articulação utilizada:
76
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Coluna - tóraco-lombar
Ação Simultânea - Rotação
mesmo lado
Forma da articulação utilizada:
Coluna - tóraco-lombar
Ação Simultânea - Rotação
lado oposto
Forma da articulação utilizada:
77
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
78
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Força dinâmica
voltada para
Máxima Hipertrofia Resistência
Força
Dinâmica Estática
Concêntrica Excêntrica
Representa a maior força disponível atingida através Trabalho da força voltado para o aumento no
de uma contração voluntária (WEINECK 2003). Pode número e/ou diâmetro das miofibrilas o que irá
se manifestar através das contrações excêntricas, acarretar em aumento da fibra muscular. Depende
concêntricas e isométricas (WEINECK 2003) de diversos fatores como genética, quantidade de
hormônios circulantes, idade, treinamento e sexo
Inicialmente, segundo UCHIDA E cols. (2003) a (GUEDES et. al 2008).
força máxima ocorre devido a processos de adaptações Ex. Saltos
neurais (melhora dos padrões de recrutamento
muscular e coordenação muscular). Porém, com o
passar do tempo, o volume muscular também auxilia
no desenvolvimento deste tipo de força.
79
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
• Força concêntrica
Caracterizada pelo encurtamento muscular ao contrair, o músculo
se encurta, aproximando a origem da inserção.
80
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
A ação muscular durante a qual não ocorrem alterações no comprimento do músculo. Quando este tipo
de ação muscular é realizada de forma máxima contra uma resistência invencível ela é conhecida como força
isométrica máxima.
Ações Isométricas
As chamadas ações musculares estáticas ou isométricas (ISO) ocorrem quando o torque produzido pelo
músculo é igual ao da resistência externa, havendo uma geração de tensão sem que ocorra o deslocamento
angular das articulações envolvidas; ou seja, o encurtamento ou alongamento do músculo.
81
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Um estímulo (neste caso o treinamento com pesos) ocasiona respostas agudas (hormonais e metabólicas)
o que irá desencadear aumento na síntese protéica. Com os estímulos sucessivos há uma adaptação crônica
(acarretando aumento da secção da área transversa do músculo e aumento da força muscular. Todas essas
adaptações são influenciadas por fatores exógenos e endógenos (idade.sexo, genética, nível de treino,
nutrição e variáveis de treino). CREWTHER et al.(2006)
82
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
• Hipertrofia
Método de treino Sistema de treino Séries Repetições Carga (1RM) Intervalo entre as séries
Direcionado por
grupamento Múltiplas séries 2-4 6-12 70%-80% 1'-2'
muscular
• Neural
Método de treino Sistema de treino Séries Repetições Carga (1RM) Intervalo entre as séries
Alternado por
Múltiplas séries 2-3 1-5 85%-95% 3'-5'
segmento
• Resistência Força
Método de treino Sistema de treino Séries Repetições Carga (1RM) Intervalo entre as séries
1 série por passagem
Alternado por (recomenda-se de 2 a 3
Circuito 15 60% 30'
segmento passagens para indivíduos
intermediários e treinados)
83
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
84
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
85
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Insulina
Hormônio liberado pelo pâncreas e,
juntamente com o glucagon, regula a glicose
sanguínea e o metabolismo de ácidos graxos. A
insulina tem a função de suprimir a degradação
muscular no período de recuperação pós
exercício além de afetar positivamente a síntese
de proteínas (ROOYACKERS 1997)
86
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Pilométrico
87
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Recomendações
1) Preparar componentes, tais como tendões, ligamentos e músculos, para suportar os exercícios com
sobrecargas e traumatismos;
2) Iniciar, lenta e gradualmente, os exercícios de musculação tendo em vista a aquisição/melhoria da força;
3) Iniciar, lenta e gradualmente, os exercícios pliométricos com dois fins importantes: aprendizagem da
mecânica dos exercícios e aperfeiçoamento da qualidade dos saltos.
88
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Alternado por segmento: montagem normalmente utilizada em programas para indivíduos iniciantes.
Utiliza grupos musculares de diferentes segmentos corporais.
Direcionado por grupamento muscular: direciona diversos exercícios para o mesmo grupamento
muscular em uma mesma sessão de treino.
Localizado por articulação: pode ser agonista/antagonista (realizar um exercício para determinado
grupamento muscular e, logo depois outro para o músculo antagonista Ex. supino sentado e, depois, a
remada baixa aberta) ou completo (o trabalho muscular fica concentrado em uma região Ex. supino reto,
remada baixa, elevação lateral).
Exemplo de montagem
Exemplo de montagem Exemplo de montagem Exemplo de montagem
Exemplo de montagem localizado por articulação
direcionada por localizado por articulação associada a articulação
alternada por segmento Completa (articulação
agrupamento muscular agonista/antagonista adjacente (pré-exaustão)
do ombro e quadril)
Supino Reto Supino Reto Supino Inclinado Remada Baixa Crucifixo Reto
Leg Press Supino Inclinado Pulley Frente Crucifixo Reto Supino Reto
Mesa Flexora Tríceps Pulley Cadeira Flexora Cadeira adutora Leg Press
Abdominal Reto Tríceps Pulley na Corda Rosca Direta Glúteo no aparelho Elevação Lateral
Elevação Lateral Elevação Lateral Testa com Barra Cadeira abdutora Desenvolvimento
Elevação Frontal
89
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Supino Reto
Movimento Articular
Grupo muscular
Peitoral
Ajustes do equipamento A barra deve estar posicionada no apoio do suporte, em uma altura
compatível com o comprimento dos membros superiores.
Ajustes corporais Deitado, com os pés apoiados no solo ou suporte. O afastamento da pegada deve ser
ajustado na posição média entre a amplitude máxima de pegada e a alinhada com os
ombros. Os ombros, cotovelos e punhos devem ser alinhados no plano transversal.
Execuções Realizar a flexão horizontal de ombros, retornando à posição inicial.
Músculos motores primários Flexão horizontal de ombros: peitoral maior, deltóide (parte anterior) e coracobraquial;
Abdução de escápulas: peitoral menor e serrátil anterior;
Extensão de cotovelos: tríceps braquial e ancôneo.
Leg Press
Movimento Articular
Extensão do Joelho
Grupo muscular
Quadríceps
Ajustes do equipamento Um dos ajustes do leg-press 45º é a inclinação do apoio do banco, que pode aumentar ou
diminuir a amplitude do movimento do quadril. Outro ajuste é a altura inicial da plataforma,
que deve ser posicionada com base no tamanho dos membros inferiores do executante.
Ajustes corporais Os pés devem estar apoiados na plataforma, podendo estar afastados n a largura do quadril.
Execuções O movimento de descida deve ser realizado até que as coxas atinjam um ângulo de
90º em relação à perna. Deve-se evitar a extensão completa dos joelhos em virtude
da diminuição da ação dos extensores de joelho e do possível "impacto" articular.
Músculos motores primários Extensão de quadril: glúteo máximo e isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e
bíceps femoral); Extensão de joelho: quadríceps femoral (reto femoral, vasto medial, vasto
intermédio e vasto lateral); Extensão de tornozelo: tríceps sural (gastrocnêmio medial e sóleo).
90
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Pulley Costas
Movimento Articular
Adução do ombro e
flexão do cotovelo
Grupo muscular
Latíssimo do dorso
Ajustes do equipamento Esse equipamento possui ajuste na altura do rolete de apoio das costas ou do banco.
Ajustes corporais Posicionar-se sentado. O ajuste de pegada pode ser afastado, de forma que
quando os braços estiverem na horizontal, o ângulo formado entre braços e
antebraços deve aproximar-se de 90º. O tronco deve ser levemente inclinado
para trás, evitando que a cabeça permaneça na trajetória da barra.
Execuções O movimento de descida deve ser realizado até as mãos ficarem mais baixas que a cabeça
(na altura da coluna cervical), retornando, em seguida, até a extensão dos cotovelos.
Músculos motores primários Adução de ombros: latíssimo do dorso, redondo maior, peitoral maior (parte abdominal);
Rotação inferior de escápulas: peitoral menor, rombóide maior e trapézio (parte ascendente);
Flexão de cotovelos: bíceps braquial, braquial anterior e braquiorradial.
Mesa Flexora
Movimento Articular
Flexão de joelho
Grupo muscular
Posteriores da coxa
Ajustes do equipamento O ajuste do apoio está relacionado ao posicionamento da articulação do joelho próximo ao
eixo de rotação do equipamento, evitando que o apoio role em cima da perna. O ajuste do
suporte no membro inferior deve ser posicionado próximo à articulação do tornozelo, evitando
que o apoio role por cima do tríceps sural ou que o apoio fique próximo ao calcanhar.
Ajustes corporais O aluno deve estar em decúbito ventral. A coxa deve permanecer no banco, entretanto,
a patela deve estar fora do mesmo para evitar compreensão (patela-banco) no
movimento de flexão dos joelhos. Contudo, a borda superior da patela deve estar
próxima ao final do banco, evitando que a maior parte da coxa fique fora deste. A
inclinação do banco na altura do quadril evita o movimento de extensão da coluna.
Execuções Partindo da posição inicial, realizar a flexão de joelhos, retornando à sua posição de origem.
Músculos motores primários Flexão dos joelhos: isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo
e bíceps femoral), gastrocnêmios (lateral e medial).
91
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Abdominal Reto
Movimento Articular
Flexão da coluna
Grupo muscular
Reto abdominal
Ajustes corporais O executante deve estar deitado em decúbito dorsal, com joelhos flexionados,
pés apoiados no solo e os braços cruzados e apoiados no tronco.
Execuções Partindo da posição inicial, realizar uma flexão de coluna. Retornar com uma extensão de
coluna até as escápulas estarem em contato com o solo, quando se inicia a próxima repetição.
Músculos motores primários Flexão da coluna: reto do abdome, oblíquos externos e oblíquos internos do abdome.
Elevação Lateral
Movimento Articular
Grupo muscular
Peitoral
Execuções O exercício deve ser realizado com a abdução de ombros, até as mãos ultrapassarem
a altura dos ombros, retornando com a adução de ombros, evitando perder
a ação eficiente das forças externas para os músculos em questão.
Músculos motores primários Abdução de ombros: deltóide (partes acromial e clavicular) e supra-espinal;
Rotação superior de escápulas: serrátil anterior e trapézio (parte descendente).
92
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Elevação Frontal
Movimento Articular
Flexão de ombro
Grupo muscular
Deltóides
Execuções O exercício pode ser realizado com a flexão unilateral de ombros e de maneira
intercalada, fazendo que o halter ultrapasse a altura do ombro.
Músculos motores primários Flexão de ombros: deltóide (parte clavicular) e peitoral maior (parte clavicular);
Elevação de escápulas: levantador da escápula, rombóide e trapézio (parte descendente).
Supino Inclinado
Movimento Articular
Grupo muscular
Peitoral
Ajustes do equipamento O banco deve ser inclinado em aproximadamente 30º. A barra deve estar posicionada no
apoio do suporte, em uma altura compatível com o comprimento dos membros superiores.
Ajustes corporais Deitado, com os pés apoiados no solo ou suporte. O afastamento da pegada deve ser
ajustado na posição médio entre a amplitude máxima de pegada e a alinhada com os ombros.
93
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Supino Declinado
Movimento Articular
Grupo muscular
Peitoral
Ajustes do equipamento O banco deve ser declinado em aproximadamente 30º. A barra deve estar posicionada no
apoio do suporte, em uma altura compatível com o comprimento dos membros superiores.
Ajustes corporais Deitado, com os pés apoiados no solo ou suporte. Deve-se evitar o aumento
da curvatura lombar. O afastamento da pegada deve ser ajustado na posição
média entre a amplitude máxima de pegada e a alinhada com os ombros.
Execuções Realizar a flexão horizontal de ombros, retornando à posição inicial.
Músculos motores primários Flexão horizontal de ombros: peitoral maior, deltóide (parte anterior) e coracobraquial;
Abdução de escápulas: peitoral menor e serrátil anterior;
Extensão de cotovelos: tríceps braquial e ancôneo.
Tríceps Pulley
Movimento Articular
Extensão de cotovelos
Grupo muscular
Tríceps braquial
Ajustes corporais O executante deve permanecer em pé, cotovelo estendido e rádio-ulnar proximal em pronação.
Posicionar o corpo de forma que a barra não ultrapasse o alinhamento vertical da polia.
Execuções Realizar a flexão de cotovelos excêntrica seguida de uma extensão de cotovelos concêntrica.
Músculos motores primários Extensão de cotovelos: tríceps braquial e ancôneo.
94
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Movimento Articular
Extensão de cotovelos
Grupo muscular
Tríceps braquial
Pulley Frente
Movimento Articular
Adução do ombro e
flexão do cotovelo
Grupo muscular
Latíssimo do dorso
Ajustes do equipamento Esse equipamento possui ajuste na altura do rolete de apoio das coxas ou do banco.
Ajustes corporais Posicionar-se sentado. O ajuste de pegada pode ser afastado, de forma que
quando os braços estiverem na horizontal, o ângulo formado entre os braços e
antebraços deve aproximar-se de 90º. O tronco deve ser levemente inclinado
para trás, evitando que a cabeça permaneça na trajetória da barra.
Execuções A barra é tracionada pela frente da cabeça, aproximando-se das clavículas.
O movimento de descida deve ser realizado até as mãos ficarem mais baixas
que a cabeça, retornando, em seguida, até a extensão dos cotovelos.
Músculos motores primários Adução de ombros: latíssimo do dorso, redondo maior, peitoral maior (parte abdominal);
Rotação inferior de escápulas: peitoral menor, rombóide maior e trapézio (parte ascendente);
Flexão de cotovelos: bíceps braquial, braquial anterior e braquiorradial.
95
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Cadeira Extensora
Movimento Articular
Extensão do joelho
Grupo muscular
Quadríceps femoral
Cadeira Flexora
Movimento Articular
Extensão do joelho
Grupo muscular
Quadríceps femoral
Ajustes do equipamento O ajuste do apoio está relacionado ao posicionamento da articulação do joelho próximo
ao eixo de rotação do equipamento, evitando que o apoio role em cima da perna. O
ajuste do suporte no membro inferior deve estar posicionado próximo à articulação do
tornozelo. O braço de fixação da coxa deve ser ajustado na região supra-patelar, de modo
a evitar que a coxa perca o contato com o banco, durante a realização do exercício.
Ajustes corporais O executante deve manter o tronco apoiado no encosto do
banco e posicionar as mãos no suporte específico.
Execuções Partindo da posição inicial, realizar a flexão de joelhos. Retornar à posição inicial.
Músculos motores primários Flexão dos joelhos: isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral).
96
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Rosca Direta
Movimento Articular
Flexão do cotovelo
Grupo muscular
Bíceps braquial
Ajustes corporais Sentado, com as axilas em contato com o banco e os pés apoiados no solo ou suporte.
Execuções Realizar a flexão dos cotovelos, até que a barra atinja a posição vertical.
Músculos motores primários Flexão de cotovelos: bíceps braquial, braquial anterior e braquiorradial.
Movimento Articular
Extensão do cotovelo
Grupo muscular
Tríceps braquial
97
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Remada Baixa
Movimento Articular
Extensão do ombro
Grupo muscular
Latíssimo do dorso
Ajustes corporais Sentado, com os joelhos semiflexionados, pés apoiados no suporte e tronco estável.
Execuções O movimento de tração deve ser realizado com a extensão dos ombros até o pegador
aproximar-se da região abdominal do executante, sendo que os cotovelos devem
ficar próximos ao tronco. Retornar até a extensão de cotovelos. Esse exercício
pode ser realizado sem a movimentação do quadril e do tronco, conforme fotos
acima, ou com a extensão de quadril e tronco na contração concêntrica e flexão das
mesmas articulações na contração excêntrica (conforme foto das variações).
Músculos motores primários Extensão de ombros: latíssimo do dorso, redondo maior e peitoral maior (parte abdominal);
Adução de escápulas: rombóides e trapézio (parte transversa);
Flexão de cotovelos: bíceps braquial, braquial anterior e braquiorradial.
Cruscifíxo Reto
Movimento Articular
Grupo muscular
Peitoral
98
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Desenvolvimento
Movimento Articular
Abdução do ombro
Grupo muscular
Deltóides
Ajustes do equipamento O banco não necessita ter apoio para as costas ou ajustes de inclinação, porém
caso tenha, existe a possibilidade do executante realizar o exercício encostado.
Nessa situação, o encosto do banco deverá estar ajustado em uma posição
próxima da vertical (aproximadamente 100º a 110º entre acento e encosto).
Ajustes corporais O executante deve permanecer sentado, com o tronco e a cabeça alinhados e
ligeiramente inclinados posteriormente. Os pés devem estar apoiados no solo ou em
um suporte, de forma que o ângulo entre o tronco e as coxas aproxime-se de 90º.
Execuções Realizar uma adução de ombros, até a barra aproximar-se ou tocar o manúbrio (no osso
esterno). Retornar com a abdução de ombros, para então iniciar a próxima repetição.
Músculos motores primários Abdução de ombros: deltóide (partes acromial e clavicular) e supra-espinal;
Rotação superior de escápulas: serrátil anterior e trapézio (parte descendente);
Extensão de cotovelos: tríceps braquial e ancôneo.
Glúteo no aparelho
Movimento Articular
Extensão de quadril
Grupo muscular
Glúteo máximo
Ajustes do equipamento O ajuste do apoio abdominal deve ter como parâmetro de altura o ponto no qual o
tronco mantém-se em um ângulo de 90º com relação à coxa. O suporte de coxa deve
ser posicionado na altura da fossa poplítea, sendo ajustado em sua distância e altura.
Ajustes corporais O aluno deve estar posicionado no aparelho mantendo a coluna
alinhada e os membros inferiores semiflexionados.
Execuções O executante deve realizar a extensão do quadril e joelho.
Músculos motores primários Extensão do quadril: glúteo e isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e
bíceps femoral - cabeça longa). Extensãod e joelho: quadríceps femoral.
99
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Cadeira adutora
Movimento Articular
Adução de quadril
Grupo muscular
Adutores
Ajustes do equipamento O apoio do banco e o posicionamento dos pés devem ser ajustados para que
a maior parte da região distal da coxa esteja apoiada no suporte lateral.
Ajustes corporais A amplitude inicial da máquina deve ser ajustada, respeitando
a condição de flexibilidade do aluno.
Execuções Partindo da posição inicial, realizar uma adução de quadril. Retornar até
assumir a posição inicial, quando se inicia a próxima repetição.
Músculos motores primários Adução do quadril: adutor magno, adutor longo, adutor curto, grácil e pectíneo.
Cadeira abdutora
Movimento Articular
Abdução de quadril
Grupo muscular
Glúteo médio
Ajustes corporais O apoio do banco e o posicionamento dos pés devem ser ajustados para que
a maior parte da região distal da coxa esteja apoiada no suporte lateral.
Execuções Partindo da posição inicial, realizar uma abdução de quadril. Retornar até
assumir a posição inicial, quando se inicia a próxima repetição.
Músculos motores primários Abdução do quadril: tensor da fáscia lata, glúteo médio e mínimo.
100
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Recomendações
As recomendações para prescrição do treinamento resistido, para todos os tipos de populações, estão
amplamente difundidas na literatura (KRAEMER et al 2002). O Colégio Americano de Medicina Esportiva
(American College of Sports Medicine- ACSM) é uma das instituições mais conceituadas e respeitadas
atualmente. Seus guidelines (Guias e/ou manuais) na elaboração e prescrição do treinamento são referências
mundiais sobre o assunto em questão (ACSM 2007). Por esse motivo, as recomendações do ACSM serão
utilizadas neste curso para prescrição do treino de musculação nos diferentes níveis de condicionamento
(indivíduos iniciantes, intermediários e avançados).
Entendendo os sistemas de treinamento de força • Pode ser aplicado para todos os níveis de treino;
• Normalmente se trabalha de forma alternada
Os sistemas de treinamento de força foram, por segmento
• Desenvolve o condicionamento físico e a
segundo FLECK e KRAEMER (1999), elaborados
resistência muscular
inicialmente para fisiculturistas e atletas de alto
• O número de passagens fica a critério do
nível que necessitavam do aumento da força para
professor.
melhorarem seu rendimento em dadas competições.
UCHIDA et al (2003)
101
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Circuito Misto
Grupo Muscular Exercícios Série/Repetições Pausa
Peitoral Crucifixo 1 x 20 Sem intervalo
Coxa Leg Press 1 x 20 Sem intervalo
ABD Reto 1 x 20 Sem intervalo
Coxa Esteira 3' Sem intervalo
Dorsais Pulley Costas 1 x 20 Sem intervalo
Coxa Flexora 1 x 20 Sem intervalo
Paravert. Extensão lombar 1 x 20 Sem intervalo
Coxa Esteira 3' Sem intervalo Múltiplas séries
Bíceps braquial Rosca Direta 1 x 20 Sem intervalo
Coxa Adutora 1 x 20 Sem intervalo • Utiliza mais de uma série por grupo
ABD Oblíquo 1 x 20 Sem intervalo
muscular;
Coxa Esteira 3' Sem intervalo
• Pode ser utilizado desde o iniciante
Tríceps braquial Pulley Tríceps 1 x 20 Sem intervalo
até o avançado;
Glúteo Abdutora 1 x 20 Sem intervalo
• Não existe regra em relação as
ABD Infra 1 x 20 Sem intervalo
Coxa Esteira 3' Sem intervalo
repetições/séries;
Deltóide Desc. com Halter 1 x 20 Sem intervalo • Pode ser trabalhado para diferentes
Tríceps sural Gemeos 1 x 20 Sem intervalo objetivos: hipertrofia, resistência ou,
Paravert. Extensão Lombar 1 x 20 Sem intervalo até mesmo, potência;
Coxa Esteira 3' Sem intervalo • Quando trabalhamos com iniciantes,
recomenda-se trabalhar um número
reduzido de séries (de 1 a 3 por
grupamento mucular)
102
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
103
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Roubada Queima
Uchida et al (2003) descrevem este método • Realizar mais algumas repetições após a fadiga;
como uma maneira de realizar um maior número • Indivíduos avançados e com boa consciência
de repetições com o auxílio do corpo (daí o nome corporal
roubada). Um bom exemplo disso, segundo os • 5 a 6 repetições extras com movimento
autores, seria a rosca direta onde o indivíduo utiliza podendo ser limitado
o auxílio do tronco para realizar os movimentos Flexk e Kraemer (1999)
excêntrico e concêntrico.
Por onde começar?
Este método deve ser aplicado em alunos
avançados e o tempo de intervalo entre as séries Antes do indivíduo iniciar um programa de
deve ser de 2 a 3 miniutos (Uchida et al 2003).
treinamento com pesos (ou qualquer outro tipo de
exercício) alguns critérios fazem-se necessários.
Slow
Um relatório, fornecido pelo médico, atestando as
O objetivo deste sistema é o de trabalhar a hipertrofia condições de saúde do indivíduo é indispensável (um
muscular e força máxima. Recomenda-se que o indivíduo exame ergométrico seria recomendado). Após essa
realize ambas as fases (concêntrica e excêntrica) na etapa o individuo estará, teoricamente, liberado para
menor velocidade possível (aproximadamente de 5 a prática segura de exercícios.
15 segundos para cada fase).
Outra ferramenta de grande importância é a
Uchida et al (2003) recomendam um volume avaliação física. A avaliação física através da análise
de trabalho de 2 x 5 repetições com carga leve a
das capacidades físicas, possíveis desvios e medidas
moderada e um intervalo de 2 minutos entre as
corporais será um instrumento fundamental para
séries. Exercícios uniarticulares devem ser utilizados
acompanhar o aluno durante todas as etapas do
preferencialmente neste sistema.
treinamento. Ela fornecerá também informações
preciosas em relação a aptidão física inicial do
Ondulatório
indivíduo. Do ponto de vista metodológico podemos
classificar o indivíduo, de acordo com suas aptidões
físicas, em: iniciantes, intermediários, avançados e
atletas (KRAEMER et al. 2002).
104
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
A seguir, serão feitas algumas considerações e recomendações na prescrição de treino para indivíduos
destreinados.
X _ X _ X _ _
105
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Alunos intermediários
Alunos intermediários são aqueles que já possuem, pelo menos, 6 meses de experiência de treinamento
com pesos. As adaptações ainda são evidentes e alunos nesta etapa podem evoluir até 20% em relação
a força muscular num período de 4 semanas a 2 anos. A seguir serão feitas algumas considerações e
recomendações na prescrição de treino para indivíduos intermediários.
(Kraemer et al 2002)
• Frequência: a princípio, deve ser similar ao iniciante (2 a 3x por semana com treino único). Porém,
conforme o indivíduo for aumentando os valores da força, a frequência pode aumentar para 4x por
semana e o treino pode começar a ser dividido em A e B. À partir daí, cada grupamento muscular deve
ser estimulado de 1 a 2 vezes na semana.
• Ordem dos exercícios: grandes grupos para pequenos grupos musculares. Porém recentes pesquisas
contradizem essas afirmações.
• Velocidade de contração: Moderada;
• Descanso entre as séries: 1 a 2 minutos dependendo do tipo de trabalho são suficientes;
• Intensidade da carga: 60% a 70% de 1RM
• Método de treino recomendado: alternado por segmento, direcionado por grupamento muscular e
associado a articulação adjacente;
• Sistemas de treino recomendados: circuito, séries múltiplas, bi-set, pirâmide.
106
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Tríceps braquial Tríceps francês com halter 3 x 12/10/8 60% - 70% 1 - 2 min.
Deltóides Desenvolvimento na máquina 3 x 12/10/8 60% - 70% 1 - 2 min.
Deltóides Elevação frontal 3 x 12/10/8 60% - 70% 1 - 2 min.
Abdominal Reto 3 x 12 60% - 70% 1 - 2 min.
Abdominal Oblíquo 3 x 12 60% - 70% 1 - 2 min.
Dorsais Puley costas 3 x 12/10/8 60% - 70% 1 - 2 min.
Dorsais Remada unilateral 3 x 12/10/8 60% - 70% 1 - 2 min.
Bíceps braquial Rosca cabo 3 x 12/10/8 60% - 70% 1 - 2 min.
Treino A
Alunos avançados
Indivíduos treinados são aqueles com anos de treino e que já tenham executado a maior parte, senão todos,
dos exercícios na musculação. Nesta fase a elaboração de treino deveria ser feita de forma periodizada com
alteração frequente dos sistemas de treinamento. Vale lembrar que para indivíduos treinados as adaptações de
treino são muito pequenas e que melhoras, em termos de força, não superam os 16% num período de até 2
anos de treino. Recomenda-se, entretanto, muito cuidado com a manipulação das variáveis de treino. O volume
e a intensidade devem ser criteriosamente manipulados para evitar lesões oriundas do excesso de carga.
(Kraemer et al 2002)
107
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
• Velocidade de contração: lenta a rápida. Cuidados com a técnica de execução são recomendados;
• Descanso entre as séries: 1 a 2 minutos para pequenos grupos musculares e 2 a 3 minutos para os
grandes grupamentos musculares.
• Intensidade da carga: 70% a 100% de 1RM
• Método de treino recomendado: todos
• Sistemas de treino recomendados: todos
Ou ainda
Neste caso, o tipo de sistema de treino fica a critério do professor. Lembre-se de trabalhar em cima de
objetivos pré-estabelecidos no começo do treino e de sempre respeitar a individualidade do aluno.
Nos dias de hoje cada vez mais as mulheres estão aderindo ao treinamento de força. Seja devido a
resultados estéticos, melhora da saúde ou por recomendações médicas este meio de treinamento tem
conquistado, cada vez mais este público em particular.
Porém, algumas perguntas fazem-se necessárias. Será que a prescrição do treinamento de força para
mulheres deve ser aplicado da mesma forma que é para os homens ? As respostas ao treinamento ocorrem
na mesma magnitude entre os dois sexos? Os objetivos, nessas duas populações, são os mesmos? Neste
capítulo iremos discutir todas essas questões e tentaremos, de forma objetiva, esclarecer e definir conceitos.
108
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Hipertrofia
109
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Erros comuns na elaboração do programa • Ordem dos exercícios: como dito anteriormente,
de treino para mulheres seria interessante iniciar a sessão de treino com
exercícios para os membros superiores
Um dos erros mais comuns na elaboração de um • Velocidade de contração: lenta a moderada.
programa de exercícios resistidos para mulheres Cuidados com a técnica de execução são
é o de pensar que a prescrição do exercícios deve recomendados;
ser diferente para as mulheres. Como já vimos • Descanso entre as séries: 1 a 2 minutos para
anteriormente, as diferenças entre os sexos não pequenos grupos musculares e 2 a 3 minutos
justificam este mito. para os grandes grupamentos musculares
• Intensidade da carga: 50% a 60% de 1RM para
Apesar das mulheres apresentarem valores
iniciantes com aumentos progressivos de carga
absolutos de força inferior aos homens as respostas
ao treinamento são as mesmas. Até do ponto • Método de treino recomendado: todos
de vista músculo-esquelético ambos os gêneros • Sistemas de treino recomendados: todos
110
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
111
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Nessas fases, a diferença de força entre os sexos Vale lembrar que a criança não é um adulto em
é grande. Uma menina de 11 é mais forte do que miniatura e que o trabalho inicial de força deve
um menino da mesma idade. Ter isso em mente é ter uma base sólida e bem trabalhada. A criança
importante para evitar a comparação entre ambos os pode ser livre a desistir, a qualquer momento, do
sexos durante uma sessão de treinamento de força. treinamento com pesos.
Após essa fase a força dos meninos aumenta de Fleck e Kraemer (2001)
forma vertiginosa em relação às meninas (devido
a ação hormonal). Sendo assim, cuidados na Maturidade Óssea
interpretação dos aumentos repentinos de força
devem ser analisados com cuidado nas fases de Ao contrário do que muitos podem pensar,
estirão de crescimento. o treinamento de força pode aumentar o
desenvolvimento ósseo da criança. A resistência,
É um erro comum pensarmos que a força dos ocasionada pelo treino, aumenta a tensão do músculo
meninos aumentou devido ao treino de força quando, e a compressão óssea (importante para estimulara a
na verdade, ela foi ocasionada por ação hormonal modelagem do osso).
durante o processo de maturação sexual. Esse tipo
de erro pode ocasionar aumentos exacerbados de Porém lesões relacionadas as cartilagens ósseas
carga acarretando, assim, lesões desnecessárias. em atletas mirim (principalmente entre os levantadres
de peso), apesar de raras, já foram relatadas na
Fleck e Kraemer (1999) literatura. Danos as cartilagens de crescimento podem
produzir dores articulares durante movimento.
Tolerância ao exercício
Os maiores índices de fratura da placa epifisária
A criança nunca deve ter suas capacidades ocorreram em exercícios de levantamento sobre a
superestimadas durante um treinamento de força. cabeça com cargas máximas ou próximo da máxima.
Sendo que o pico de incidência ocorreu em meninos
O programa de treinamento deve ser baseado em
com idades entre 12 e 14 anos e em meninas entre
frequente troca de informação entre professor/aluno
10 e 13 anos.
e contar com o uso constante do bom senso, exercícios
variados e períodos de recuperação adequados. Para que esse tipo de lesão não ocorra, recomenda-
se evitar exercícios com cargas máximas ou próximas
O treino para iniciantes deve ser tolerado da máxima em púberes ou pré-púberes que devem
facilmente pela criança. Caso contrário o risco do estar sempre recebendo a supervisão de um adulto
aparecimento de lesões ou, ainda, a desistência da durante as sessões de treinamento. Além disso, a
criança, podem acontecer. técnica correta de execução de todos os exercícios
deve ser sempre trabalhada.
O início do programa deve ser baseado em um
Outro problema que também pode ser agravado
nível conservador. Superar o limite de tolerância da
pelo treinamento incorreto são os problemas na
criança irá apenas diminuir seu prazer na prática
região lombar da coluna. Técnicas inadequadas e
do exercício. Além disso, as orientações sobre o cargas excessivas são as principais responsáveis por
planejamento de treino para as crianças é muito esse tipo de inconveniente. Recomenda-se, mais
geral. Não existe melhor programa de treino. uma vez, evitar os excessos e técnicas incorretas de
112
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Cartilagens de Crescimento
Exercícios de 11 a 15 anos
Exercícios adaptados
113
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
• O step: pode ser utilizado como apoio para as costas e para auxiliar na melhor postura durante a
execução de determinados exercícios;
• Par de tornozeleiras: Também trabalham com o componente da intensidade. Porém são mais utilizadas
para exercícios de membros inferiores. Alunos destreinados suportam bem cargas de 2kg a 4kg
dependendo do tipo de exercícios;
• Elásticos ou puxadores: excelentes para trabalho de membros superiores. Podem ser utilizados em
diversos graus de dificuldade.
• O colchonete: Auxilia a postura e conforto para o aluno durante a sessão de treino. Cuidados com
colchonetes muito finos;
• Bola suíça: Trabalho de consciência corporal, equilíbrio e fortalecimento dos músculos posturais.
Recomenda-se cuidado extremo relação a idosos e alunos sem experiência prévia de utilização deste
material.
114
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Frequência semanal: 3x
Frequência semanal: 3x
Obs: realizar 3 passagens em cada exercício; a cada 3 exercícios, pular corda durante 3º; interalo entre as séries 30"
115
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
116
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
117
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
118
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Facilitação ou ação facilitatória são ações que aumentam a excitabilidade do neurônio. Ao contrário, ações
inibitórias são as que fazem decrescer a excitabilidade. Embora a inibição seja o oposto de facilitação, elas
são inseparáveis uma da outra (Voss, Ionta & Myer, 1987). Como base nesses dados, a FNP pode ser definida
como o método que promove ou precipita a reação do mecanismo neuromuscular por meio de estimulação
dos proprioceptores.
A FNP envolve uma variedade de estratégias e técnicas que promovem resultados específicos, que, com
contrações isotônicas e isométricas, implicam diferentes combinações. Segundo Adler et al. (1999), as
funções da resistência (das contrações) são:
As técnicas de FNP se desenvolveram como modelos de movimento para aumentar a força, a coordenação
e a AM em ângulos complexos. Essas técnicas são bastante eficientes quando são concentradas, em pessoas
sadias, em um único músculo (McAtee, 1994).
Com o método CR, acredita-se estar facilitando as influências de inibição do OTG por produzir maior
tensão sobre o tendão através da contração, resultando em relaxamento para o alongamento.
A permanência desse efeito inibitório é muito citada como a razão para a redução da tensão na facilitação
neuromuscular do músculo que recebeu o alongamento (Etnyre & Lee, 1987; Tanigawa, 1972).
119
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Ordem verbal RELAXA dado pelo professor - o aluno para de contrair e ao mesmo tempo o professor deve
sempre confirmar que o aluno conseguiu realizar essa ação. O professor leva o segmento do aluno a uma
nova amplitude de movimento aproveitando o relaxamento ocorrido e novamente sem dor.
Aproveita-se o relaxamento ocorrido. Reinicia-se o ciclo de ação do fuso muscular (reflexo de alongamento)
produzindo contração reflexa se opondo ao alongamento.
120
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
121
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
3 exercícios
AT E Bíceps Isocinético
4 x 30s
PA E braquial Isométrico
pausa 15s
Legenda - AT E (ativo estático), PA E (passivo estático)
STR NSTR
Torque (N•s-1)
30º•s-1 49.5 ± 4.1 50.4 ± 4.1
270º•s -1
20.9 ± 2.5 23.4 ± 2.5
EMG (μV)
30º•s-1 925.1 ± 81.0 1,018.2 ± 107.6
270º•s-1 784.9 ± 90.1 895.0 ± 77.3
MMG (mV)
30º•s-1 93.5 ± 14.4 63.1 ± 10.6
270º•s-1 207.6 ± 35.6 136.4 ± 31.7
Evetovich et al (2003)
122
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
123
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Os MTA incluem:
124
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Como aplica-lo?
125
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
126
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Anderson 15-30" (o músculo deverá chegar na Autores Número de repetições por série
(1991) maior extensão possível e manter-se).
8 a 10 na primeira sessão 80-
Powers & Existe relação entre a aplitude duração Ozolin (1989)
120 segundo ou terceiro mês
Howley do exercício. Em amplitudes máximas
(2000) manter 15-30" observando ainda a fadiga.
Zakharov 10-15 (2-3 séries - início)
Fleck & (1992) para 40-50 (5-6 séries)
Kraemer 10-20"
(1999) Recio & Ribas
8 a 12 (2-4 séries)
ACSM (2000) 10-30" (1998)
Zakharov
6-10" Etnyre &
(1992) 30" a 1' de execução
Lee (1987)
Bompa (2002) Total máximo de 100-120"
Bloomfield &
Wilson (2000)
20-30" aumentando até 60" • Intervalos de descanso - entre as séries
e exercícios
• Número de séries em cada exercício Essa não é uma variável muito relatada entre
os autores e são bem discordantes. É importante
Muitas variações são propostas
entender que as pausas devem respeitar a
individualidade, nível de flexibilidade e treinabilidade
Autores Número de séries
do cliente. O objetivo do intervalo de descanso é
Fox, Bowers &
Foss (1991)
Iniciar com 3 - progredir para 5. proporcionar a recuperação para o próximo estímulo,
Fleck & principalmente se esses tiverem uma característica
Kraemer Repetir 2-3 vezes. ativa dinâmica, onde a fadiga pode estar presente.
(1999)
ACSM (2000) Repetir 3-4 vezes cada alongamento.
Autores Duração Característica
Bloomfield &
Entre 4-8 repetições cada exercício.
Wilson (2000)
• Execução do próximo
Powers & exercício deve ser em
Cada posição repetir 3 a 5 vezes, Platonov &
Howley condição recuperada.
aumentando-se até 10. Boulatova 10-15" a 2-3'
(2000) • Depende do caráter do
(1993)
exercício, duração, volume
6 a 10 séries por sessão para e músculo envolvido.
Bompa (2002)
as articulações escolhidas.
• Relaxar no primeiro minuto
Taylor et Zakharov
A maior mudança no comprimento 2 a 2,5' • Realizar movimentos
al. (1990) (1992)
do músculo e tendão ocorreu nas para o lado oposto
*estudo
primeiras 4 séries (após não houve
realizado
aumentos significativos). Bompa (2002) - • Relaxamento, leve massagem.
em coelhos
127
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
O quadro resume as indicações dos autores nessas variáveis. Ressaltamos a indicação do Colégio Americano
(ACSM) que recomenda frequência semanal mínima de 2-3 vezes por semana.
Os autores analisaram a frequencia semanal que manteria os níveis de flexibilidade alcançados após
treinamento de 30 dias. Os resultados encontrados mostraram que:
• A frequência semanal de 1 vez apenas teve efeito para manter os níveis de flexibilidade alcançados
após o treinamento de 30 dias (3 vezes por semana).
• 3 e 5 vezes por semana tiveram efeito aumentando a flexibilidade.
Os autores orientam que os exercícios de alongamento sejam realizados em amplitudes confortáveis, sem
dor e com tensão reduzida, isto é, leve desconforto. A dor muscular que pode manifestar-se no dia seguinte
a aplicação do alongamento demonstra uma quantificação excessiva.
Reiniciar só após cessar as dores musculares. A aplicação de exercícios intensos não deve ser feita
diariamente, para que haja tempo para a cicatrização (a remodelagem das ligações cruzadas do tecido
colagenoso).
A flexibilidade Ativa estática e dinâmica não deve ser aplicada mais de 3 vezes por semana, pois tem
uma exigência sobre a Força. Uma organização adequada da quantificação dos exercícios leva ao tempo de
recuperação adequado e há menor possibilidade de produzir dor muscular.
128
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
129
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Prescrição de exercícios de efeito local tipo de treinamento. Assim como a análise realizada
anteriormente, deve-se seguir a mesma lógica para
Utilização de equipamentos a análise dos exercícios com outros acessórios.
Entretanto, deve-se considerar as modificações
Durante o treinamento personalizado, muitas vezes
físicas específicas, como: direção da força aplicada e
nos deparamos com situações não convencionais,
braço de alavanca.
onde as condições de espaço físico ou mesmo
equipamentos são restritos. Portanto, incluiremos a
análise de exercícios realizados com equipamentos
Análise Inicial: Fase 1
alternativos como elásticos (rubber-band), pesos livre
Para iniciarmos as análises com tais equipamentos,
ou caneleiras. A escolha dos equipamentos devem
devemos nos concentrar em entender o sentido da
seguir os seguintes fatores: Adequados às exigências
dos objetivos Possibilidade de aumento progressivo força externa (ou resistência) que o equipamento
de sobrecarga nNível do cliente relacionado ao grau realiza em nosso sistema (corpo): Pesos Livre: Força
de dificuldade imposto pelo acessório externa (vetor) “sempre” para baixo Caneleiras:
Força externa (vetor) “sempre” para baixo Elásticos:
Princípios de Treinamento Força externa (vetor) no sentido do próprio elástico
Embora haja certa carência de estudos nesta Obs: A força pode ser considerada um vetor = vetor
área, a utilização de equipamentos (acessórios) de quantidade definido por magnitude, direção e
segue os mesmos princípios que qualquer outro ponto de aplicação.
130
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Análise: Fase 2
Exemplo 4:
Exemplo 2: Caneleiras
Exemplo 3: Elásticos
131
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Exemplo 5:
132
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
133
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Plano sagital
134
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
135
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Os movimentos corporais no plano transversal são movimentos rotacionais ao redor de um eixo longitudinal.
Rotação esquerda e rotação direita são termos usados para descrever os movimentos no plano transversal da
cabeça, do pescoço e do tronco. A rotação de um braço ou de uma perna como uma única unidade no plano
transversal é denominada rotação medial, ou rotação interna, quando ocorre na direção da linha médio do corpo,
e rotação lateral, ou rotação externa, quando a rotação se processa afastando-se da linha média do corpo. As
rotações externa e interna do antebraço são conhecidas, respectivamente, como supinação e pronação. Abdução
e adução são movimentos no plano frontal; no entanto, quando o braço ou a coxa passa a ocupar uma posição
com 90 graus de flexão, o movimento desses segmentos no plano transversal, da posição anterior para a lateral,
recebe o nome de abdução horizontal ou extensão horizontal. O movimento no plano transversal de uma posição
lateral para anterior é denominado adução horizontal ou flexão horizontal (HALL, 2000, p. 37).
136
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
137
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Pelve - Articulação entre a pelve e a coluna lombar e entre a pelve e o fêmur. Na postura anatômica, a
espinha ilíaca ântero superior (E.I.A.S.) fica alinhada com a sínfise púbica no plano frontal. Quando a E.I.A.S.
desloca-se anteriormente em relação à sínfise púbica ocorre uma anteversão ou inclinação anterior da pelve.
Como a coluna e o fêmur se articulam com a pelve, a anteversão ocorre concomitantemente com uma
hiperextensão da coluna lombar e uma flexão do quadril. Quando a E.I.A.S. desloca-se posteriormente em
relação à sínfise púbica ocorre uma retroversão ou' inclinação posterior da pelve. Com a retroversão a coluna
lombar realiza uma flexão e o quadril uma extensão.
O movimento em que uma E.I.A.S. de um lado fica mais alta que a do outro lado chama-se inclinação
lateral da pelve. Juntamente com este movimento ocorre uma flexão lateral da coluna lombar com uma
abdução de uma articulação do quadril e adução da outra. A adução transversal também pode ser feita em
amplitudes maiores que 40°, porém, com concomitante abdução da escápula e rotação da coluna vertebral.
(Kendall, 1983).
Coluna - Os movimentos da coluna são flexão, extensão, hiperextensão, rotação para a direita (ou no
sentido horário), rotação para a esquerda (ou no sentido anti-horário), flexão lateral e circundução. Estes
movimentos variam de amplitude entre as regiões da coluna.
138
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Escápula - Realiza os movimentos de abdução, mais de 180° de abdução horizontal, porém, este
adução, elevação, depressão, rotação superior e movimento não é realizado somente pela articulação
rotação inferior. Os movimentos de rotação superior glenoumeral, mas pela adução da escápula e rotação
e inferior dependem respectivamente de abdução e da coluna vertebral. (Kendall, 1983).
adução da articulação do ombro.
Punho - Os movimentos desta articulação são
A inclinação anterior da escápula ocorre no flexão, extensão, adução, abdução e circundução.
eixo frontal, com um movimento ântero-inferior Partindo da posição zero (anatõmica), o punho realiza
do processo coracóide e conseqüente movimento aproximadamente 80° de flexão, 70° de extensão,
póstero-superior do ângulo inferior da escápula. Este 35° de adução e 20° de abdução.
movimento é associado com elevação da escápula.
(Kendall, 1983).
Quando o punho se desloca medialmente, com a
articulação rádio-ulnar em pronação, o movimento
Rádio-Ulnar - Articulação que realiza os
também se chama abdução.
movimentos de pronação (rotação medial do rádio
sobre a ulna) e supinação (rotação lateral do rádio
Apesar de a mão estar se aproximando da linha
sobre a ulna). A amplitude normal de movimento é
mediana, a articulação rádio-ulnar, nesta situação,
90° para ambos os movimentos. É muito comum a
confusão entre rotação medial do ombro e pronação não está em supinação (posição anatõmica desta
ou rotação lateral do ombro e supinação. articulação). (Kendall, 1983).
Para a correta análise destes movimentos, o Cadeia cinética aberta e cadeia cinética fechada
observador deve focalizar a alavanca óssea que se
movimenta. Na rotação medial ou lateral do ombro, Nos movimentos em Cadeia Cinética Aberta o
o úmero necessariamente se movimenta. O mesmo segmento distal da cadeia move-se livremente pelo
não acontece se a rotação acontecer na articulação espaço. Para os movimentos em Cadeia Cinética
radio-ulnar onde o rádio é que se movimenta. Fechada, o segmento distal da cadeia está fixo e as
(Kendall, 1983). partes proximais movem-se (Steindler, 1955).
flexão do ombro de 90° como posição zero) as de braço, por exemplo, as mãos ficam fixas e
amplitudes são 90° para a abdução transversal e o tronco se movimenta em relação ao membro
40° para a adução horizontal. Partindo da posição superior, caracterizando um movimento de
zero, uma pessoa consegue realizar ate um pouco cadeia cinética fechada. (Campos, 2000).
139
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
140
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Insuficiência ativa
Insuficiência passiva
141
Anatomia, biomecânica, cinesiologia e lesões músculo esqueléticas
Referências
AABERG, E. Bio-mechanically correct.Dallas: Realistic, 1996.
BLIX, M: Die Länge und die Spannung des Muskels. Skank Arch f Physiol 3:295, 1891; 4:399, 1892-
1893; 5:150, 175, 1895.
FLECK, S.; KRAEMER, J. Designing resistance training programs. 2nd ed. Champaign: Human
Kinetics, 1997.
HENING, C. E.; LYCH, M. A.; GLICK, J. R. An in vivo strain gauge study of elongation of the anterior
cruciate ligament. American Journal of Sports Medicine, v. 13, n. 1, p. 22-6, 1985.
KENDALL, F. P.; MCCREARY E. K. Muscle testing and function. 3rd ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 1983.
RAMSEY, R W and Street, SF: Isometric lenght-tension diagram of isolated skeletal muscle
fiber of frog. J Cell Comp Physiol 15:11, 1940.
SILVERTHORN, D. Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. São Paulo: Manole, 2003.
SMITH, Laura K.; WEISS, Elizabeth L.; LEHMKUHL, L. Don. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 5ª ed.
Barueri: Manole, 1997.
142