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Unidade Didáctica
Ginástica de Aparelhos
Índice
João Pedro Correia de Almeida
Introdução……………………………………………………………………………………...3
História………………………………………………………………………………………...4
Caracterização da Modalidade………………………………………………………………...6
Regras de Segurança…………………………………………………………………………...7
Transporte do Material…………………………………………………………………………9
Tipos de Ajuda………………………………………………………………………………..11
Terminologias………………………………………………………………………………...12
Terminologia do Equipamento……………………………………………………………….12
Recursos………………………………………………………………………………………14
Objectivos…………………………………………………………………………………….15
Conteúdos Técnicos…………………………………………………………………………..19
Mini-trampolim………………………………………………………………………………22
Situações de Aprendizagem………………………………………………………………….25
Avaliação…………………………………………………………………………………….30
Diagnóstica…………………………………………………………………………………..30
Formativa…………………………………………………………………………………….31
Sumativa……………………………………………………………………………………..32
Critérios de Avaliação………………………………………………………………………...32
Objectivos…………………………………………………………………………………….34
Estratégias…………………………………………………………………………………….34
Reflexão Final………………………………………………………………………………...42
Referências Bibliográficas……………………………………………………………………44
Introdução
O presente documento, que constitui a Unidade Didáctica de Ginástica de Aparelhos
para o 7.º ano de escolaridade, foi elaborado pelo professor estagiário João Pedro Correia de
Almeida do Núcleo de Estágio de Educação Física do Agrupamento de Escolas de Martim de
Freitas.
A ginástica abordada na escola, permite aos alunos o desenvolvimento de capacidades
motoras importantes, como a destreza, a coordenação, a flexibilidade, a força, entre outras.
Esta modalidade possibilita ainda o desenvolvimento do espírito de entreajuda,
proporcionando um ambiente harmonioso na relação aluno-aluno e professor-aluno.
A elaboração da Unidade Didáctica de Ginástica Artística – Aparelhos baseou-se nos
programas da disciplina para o 3.º ciclo do Ensino Básico, tendo em conta o nível dos alunos
e a realidade escolar (condições para a prática da modalidade na Escola e os recursos
disponíveis) e os resultados obtidos através da avaliação inicial.
A realização da Unidade Didáctica serve de base para garantir o sucesso do processo
ensino-aprendizagem na respectiva modalidade, justificando-se a sua existência pela
necessidade de apoiarmos a nossa actividade em objectivos precisos e sistematizados.
Na presente Unidade Didáctica, incluímos os recursos disponíveis, os objectivos, os
conteúdos a leccionar, os planos de aula, estratégias de ensino e avaliação. Estão também
incluídas algumas sugestões de progressões pedagógicas para a aprendizagem dos conteúdos a
abordar e finalmente será acompanhada por um relatório final, que será realizado concluído a
leccionação da mesma, bem como um documento de apoio, que servirá de suporte aos alunos,
a fim de realizarem um teste escrito no final do período.
Deste modo, esta Unidade Didáctica possui uma estrutura que se pretende prática e
facilitadora da acção educativa, principalmente da prática docente. Convém aqui salientar que
este documento apresenta uma certa plasticidade, podendo ser modificado quando necessário.
Pretendo que no final desta Unidade Didáctica, os alunos cumpram os objectivos
pretendidos para o bloco de ginástica de aparelhos e que se sintam motivados para a prática da
modalidade.
Apresentação da Modalidade
História
Já desde a Idade Média que os povos da antiguidade se dedicavam à prática do exercício
físico, com o objectivo de se protegerem e de se alimentarem, bem como para a sua recreação.
A mais antiga civilização conhecida, constituiu-se aproximadamente há 6000 anos atrás
na zona onde agora se situam o Iraque e o Irão (Mesopotâmia). Aí, o «povo de cabeça negra»,
aqueles que formaram as cidades-estado, lutavam frequentemente entre si e viviam pelo
adágio «domina pela força».
Também os Egípcios apreciavam o respeito pela capacidade dos seus exércitos, tanto
como apreciavam o respeito pelos seus conhecimentos de agricultura, construção e
matemática. No vale Indus uma outra civilização mostrou sinais de desenvolvimento físico,
através das sofisticadas piscinas para banhos rituais.
Mas foi com a civilização grega que surgiu uma forma mais precisa e definida de
exercício físico e desporto. O exercício era desenvolvido devido às necessidades da constante
rivalidade entre cidades estado. A prática destes exercícios tinha apenas objectivos militares e
é neste contexto que pela primeira vez é usada a palavra ginástica.
Os jovens e adolescentes praticavam ginástica sem roupa, e assim, a palavra grega
gumnus (nu) formou a raiz para todos os aspectos relacionados com este tipo de actividade. O
“Ginásio” era um recinto ao ar livre onde os praticantes treinavam.
A civilização grega seguiu o mesmo destino de outras grandes civilizações, nunca
deixando de ser uma civilização baseada na escravatura, acabando por sucumbir à ganância,
ciúme e rivalidade que mais tarde conduziram à sua queda. Foi com esta queda, que se fez
sentir por toda a Europa, que as actividades desportivas conheceram um período de
estagnação não havendo por isso registos em relação às mesmas, com excepção os jogos e
acrobacias que os saltimbancos exibiam nas feiras e cortes da nobreza.
Com a queda da civilização grega, e mais tarde da civilização romana, a Europa caiu
na idade das trevas e por conseguinte muito pouco se soube da ginástica durante este período,
com a excepção dos jogos e acrobacias que os saltimbancos exibiam nas feiras e nas cortes da
nobreza.
exercícios físicos e a partir deste formulou uma base para a Educação Física. J.F.Jahn
(alemão) e P.H. Ling (sueco) continuaram o seu trabalho durante os princípios do séc. XIX,
dando inicio a uma nova era na ginástica.
Jahn e Ling desenvolveram dois estilos muito próprios de ginástica que ainda hoje
servem como referência, tendo sido o primeiro grande passo para o desenvolvimento desta
modalidade. Enquanto que a ginástica de Ling era um sistema de educação do movimento, a
ginástica de Jahn ultrapassava o simples quadro corporal.
No entanto, o importante é que este progresso não é exclusivamente devido a razões
técnico-desportivas, a ginástica de então é, antes de mais, um sistema concebido para
desenvolver as qualidades físicas dos indivíduos. Este sistema insere-se, entre outros, como
um meio de reeducar as populações e de lhes dar a força física e moral necessária para se
defenderem contra os eventuais inimigos.
Este sistema insere-se entre outros, como um meio de reeducar as populações e de lhes
dar a força física e moral necessária para se defenderem contra os eventuais invasores.
Entretanto, em 1881, surge a Federação Europeia de Ginástica que mais tarde passa a
designar-se por Federação Internacional de Ginástica, a qual consagra o movimento iniciado
em 1832 na Suíça. O primeiro torneio Internacional realizou-se em Invers, em 1903, que só
em 1934 passou a designar-se por Campeonato do Mundo.
Caracterização da Modalidade
A ginástica é uma modalidade pluridisciplinar, com grande variedade de situações e de
formas. Os seus exercícios contêm características essenciais da cultura física, contribuindo
para a educação, e formação corporal, mental multilateral e não substituível por outras
modalidades.
A ginástica é composta por várias disciplinas gímnicas – ou modalidades, que vão desde
as desportivas (competições) até às não desportivas (recreação e lazer).
Regras de Segurança
Uma das preocupações dos professores de Educação Física deverá ser a de prevenir
eventuais lesões, tentando para tal eliminar os correspondentes factores de risco. Daí que seja
útil conhecer quais as causas mais frequentes das lesões na prática desportiva, as quais
resultam habitualmente de situações bem caracterizadas que iremos referir:
Aquecimento insuficiente: antes de iniciar qualquer actividade física, os alunos devem
executar movimentos de fraca intensidade para progressivamente irem aumentando a
intensidade;
Sobrecarga: as cargas devem ser apropriadas para o grupo etário em questão;
Material: são frequentes as lesões contraídas devido ao mau estado do material ou à
sua má colocação, cabendo por isso ao professor analisar as condições do material a utilizar
na aula assim como o local onde ela se irá efectuar (de modo a que possa observar se, por
exemplo, o piso contém buracos);
Aulas mal programadas: todas as aulas devem ser programadas de acordo com os
princípios e as regras definidas para a elaboração de uma aula/exercício;
Ausência do professor: o professor deverá ser o primeiro a chegar ao local onde a aula
se realiza e o último a abandonar esse mesmo local;
O professor não pode por si só assegurar a função de ajudante com grupos numerosos
de alunos. Assim, torna-se necessário que estes participem nesta importante tarefa.
Ao ensinar a técnica das ajudas o professor leva os alunos a reflectir sobre as questões
da sua eficácia, contribuindo deste modo para um melhor conhecimento dos objectivos a
atingir para realizar correctamente o exercício.
Os ajudantes devem:
ESTADO DO GINÁSIO
Após a aula os aparelhos deverão ser arrumados nos seus lugares uma vez que aparelhos
por desmontar ou arrumar podem constituir uma fonte de perigo para os alunos da aula
seguinte.
Transporte do Material
Pelas suas características o material deve ser transportado e colocado com cuidado, de
forma a preservá-lo e evitar acidentes.
Os alunos devem conhecer o local exacto onde vai ser colocado o material, efectuar o
transporte devagar, vendo sempre o trajecto e cumprir as regras de transporte e montagem.
Colchão – deve ser transportado por 2 ou 4 alunos pelas pegas, num passo uniforme.
Plinto – o transporte das caixas do plinto deve ser efectuado por 2 alunos, cada um
deles colocando uma mão na pega e outro no rebordo lateral superior. A cabeça do plinto
deve ser retirada em primeiro lugar e só depois efectuar o transporte das caixas necessárias.
Boque – o seu transporte deve ser feito por 1 ou 2 alunos conforme o aparelho está ou
Cuidados a ter não equipado com rodas.
Trampolim tipo “reuther” – transporte feito por 2 alunos cada um deles pegando com
no transporte
ambas as mãos na extremidade.
do material Mini – trampolim – deve ser transportado por dois alunos, cada um deles pegando com
ambas as mãos nos bordos laterais.
Não deixar espaços abertos entre colchões
Os colchões devem cobrir todo o eventual espaço de queda
Assegurar-se de que o material está bem fixo
Colocar o material com uma distância de segurança evitando choques
Tipos de Ajuda
A principal preocupação do professor de Educação Física no âmbito da Ginástica
Artística, é que o aluno realize os exercícios propostos sem por em causa a sua integridade
física. É mais importante, a sua segurança ao tentar executar esses exercícios, do que
propriamente fazê-los.
A única forma de garantir essa segurança é estar sempre presente, atento, intervir e
ajudar sempre que necessário. O que muito contribui também para uma adequada progressão
dos exercícios de aprendizagem, onde os alunos vão evoluindo consoante a sua mestria e
habilidade.
A ajuda, é então o estado de alerta no acto do gesto gímnico efectuado pelo aluno, em
que o professor deve estar pronto para intervir em qualquer momento.
Terminologias
Terminologia do Equipamento
O equipamento utilizado para a prática da modalidade de ginástica é diferenciado de
acordo com as diferentes disciplinas gímnicas e de acordo com o género dos indivíduos.
Equipamento
Feminino Masculino
Maillot- Fato de Ginástica Maillot- Fato de ginástica de alças
Calças Calças ou calção
Sabrinas Sabrinas
Terminologia Gímnica
o Aparelhos
o Elementos Gímnicos
Salto de eixo
Plinto Salto entre mãos
Salto em Extensão
Salto Engrupado
Mini-trampolim Carpa
Pirueta
o Acções
Nota: todas as destrezas devem iniciar-se com a definição da posição inicial e terminar exactamente da
mesma forma - critério a considerar em situações de avaliação
Recursos
Para se conseguir realizar o planeamento deve-se efectuar, antecipadamente, um
levantamento dos meios auxiliares de ensino existentes, visto que a variabilidade de recursos
vai influenciar a forma como se processa o ensino. Os recursos são um conjunto de meios
disponíveis que podem ser utilizados no decorrer da actividade pedagógica, sejam eles
espaciais, materiais, humanos ou temporais que permitem a concretização dos objectivos da
unidade didáctica.
Espaciais
Espaços definidos pelo departamento de E.F.:
Materiais
Colchões verdes.
1 Plinto
1 Mini-trampolim
Humanos
2 Professores (Professor estagiário e orientador);
1 Turma (com 28 alunos);
2 Funcionários das instalações desportivas (no interior).
Temporais
Cada turma do 3º ciclo possui, três tempos semanais que estão divididos num bloco de
90 minutos e num de 45 minutos em dias não consecutivos. Está definido pelo grupo de
Educação Física a concepção dos 5 minutos iniciais da aula para os alunos se equiparem e os
10 minutos finais, nas aulas de 90’ e 5 minutos nas de 45’, para estes se desequiparem e
cuidarem da sua higiene pessoal.
Objectivos
Desenvolvimento cognitivo:
Analisa e interpreta a realização das actividades, aplicando os conhecimentos relativos à
técnica, organização/participação, ética desportiva, etc;
Realiza uma interpretação correcta e crítica dos acontecimentos na esfera da actividade
física, reconhecendo a sua prática e respectivas condições como factores de elevação do
nível cultural dos praticantes e da comunidade;
Conhece e interpreta os factores de saúde e risco associados à prática da actividade física e
desportiva, aplicando neste contexto as regras de higiene e segurança;
Conhece a forma de realização dos vários elementos técnicos e tácticos.
Desenvolvimento sócio-afectivo:
Existe um conjunto de comportamentos base que os alunos devem demonstrar ao longo
de todo o processo ensino-aprendizagem, tais como: cooperar com os companheiros
procurando alcançar o objectivo da modalidade, respeitar o adversário e as decisões do
árbitro, evitar descriminar elementos do seu grupo, procurar motivar e ajudar o "mais fraco",
promover a criação de um clima favorável e boa convivência com o professor.
Em situação real de competição, aceita as decisões e as suas falhas, assim como as dos seus
companheiros e dá sugestões que favoreçam a sua melhoria;
Trata todos os colegas cordialmente e sem distinção;
Aceita as decisões do colega que coordena o exercício.
Em relação ao Professor:
Professor:
Cumpre as indicações que o professor fornece;
Disponibiliza-se para ajudar o professor quando este o solicita, quer nas tarefas de
organização do material quer nas tarefas de organização de grupos e equipas;
Estabelece um relacionamento cordial com o professor;
Respeita o trabalho do professor, estando atento às informações dadas pelo mesmo.
Em relação à Actividade:
Actividade:
É cumpridor e empenhado nas tarefas que realiza;
Mostra-se crítico em relação à actividade proposta e tenta melhorá-la de forma organizada;
Respeita as regras de manuseamento do material.
Em relação a Si Mesmo:
Mesmo:
É autónomo e consciente dentro dos parâmetros de liberdade e responsabilidade;
Desenvolve atitudes e capacidade de reflexão metódica;
É tolerante e tem espírito de confiança e cooperação;
É auto-disciplinado e sensível às criações culturais, desportivas, etc.
Desenvolvimento motor:
Elevar o nível funcional das capacidades condicionais e coordenativas gerais,
particularmente, de resistência geral de longa e média duração; da força resistente; a força
rápida; da velocidade de reacção simples e complexa, de execução, de deslocamento e de
resistência, e das destrezas geral e específica.
Conteúdos Técnicos
Boque / Plinto
As principais fases a considerar nos saltos no plinto são:
Pré-chamada – deve consistir num salto, amplo, iniciado a uma distância significativa do
mini-trampolim.
Chamada – deve ser feita com os pés paralelos e o contacto destes com a tela deve ser
simultâneo, aproveitando o impulso dado por esta para executar o salto em condições
técnicas de segurança (ideais).
Salto, propriamente dito – gesto técnico, mais ou menos complexo, que decorre durante
a fase de trajectória aérea.
Recepção – é o momento de contacto simultâneo dos dois pés com o solo, e deve ser
executada de maneira equilibrada, através da flexão dos M.I., com os pés paralelos e
ligeiramente afastados.
Mini-trampolim
SALTO EM EXTENSÃO (vela)
Salto Engrupado
Situações de Aprendizagem
Este documento pretende acima de tudo fornecer ao professor uma quantidade
considerável de situações de aprendizagem para a modalidade.
Os exercícios que a seguir apresentamos constituem progressões de aprendizagem para
os diversos elementos, cabendo ao professor a tarefa de escolher/adaptar os exercícios
correspondentes ao nível de desempenho dos seus alunos.
1. Salto de Eixo
Tomar consciência das várias Após curta corrida de balanço, fazer a chamada sobre o
fases do salto (corrida de trampolim (reuther ou sueco) e saltar para cima do plinto
1.6 balanço, chamada, primeiro colocando os pés sobre o mesmo. Seguidamente, colocar as
voo, apoio das mãos, segundo mãos na extremidade posterior do plinto sem avançar os
voo, recepção). pés e transpor o aparelho com as pernas afastadas e em
extensão.
2. Salto entre-mãos
Tomar consciência do fecho dos Deitado em decúbito dorsal levar rapidamente os pés às
6.1 MI em relação ao tronco com os mãos com os MI afastadas e em extensão e voltar à posição
MI afastados e em extensão. inicial.
Tomar consciência do gesto na Salto encarpado com os MI afastados no solo com a ajuda
6.2
sua globalidade. de um companheiro que o eleva pela cintura.
Tomar consciência do gesto na Salto encarpado com os MI afastados no Minitrampolim,
6.3
sua globalidade. com ajuda.
Executar o exercício na sua
6.4 Realizar o salto engrupado em condições normais.
globalidade.
Tomar consciência do
Realização do salto mortal com ajuda apenas nos colchões
7.1 movimento e das suas
sem o mini-trampolim.
diferentes componentes.
Avaliação
No quadro da intervenção pedagógica, a avaliação é entendida como a recolha de
informação, que depois de apreciada, serve para tomar decisões mais eficazes e coerentes. Em
consonância com esta noção de avaliação, os Programas Nacionais de Educação Física
enaltecem que o resultado da avaliação deve concorrer para aperfeiçoar o processo de ensino-
aprendizagem e, mais importante, para apoiar o aluno na procura e no alcance do sucesso
nesta disciplina. Com isto pretendo dizer que mais do que atribuir uma classificação, a
avaliação visa constituir em si própria um instrumento de retrocontrolo do processo ensino-
aprendizagem.
O processo de avaliação realizar-se-á ao longo da Unidade Didáctica em momentos
distintos respeitando objectivos diferentes. Assim, no início do ano (aula n.º 7, 8 e 9)
efectuarei uma avaliação diagnóstica, ao longo das aulas procederei a uma avaliação contínua
com uma finalidade formativa e no final das Unidades Temáticas a avaliação terá uma
finalidade sumativa.
Pretendo assegurar a participação e colaboração do aluno em todos os momentos de
avaliação, para que se inteire dos seus próprios problemas e, com isto, garantir o seu
envolvimento consciente na avaliação sumativa.
Diagnóstica
A avaliação inicial é a primeira fase do processo ensino-aprendizagem. Foi realizada no
início do ano lectivo toda em bloco, ou seja contemplando todas as modalidades a abordar
durante o presente ano lectivo.
O seu objectivo é classificar as aptidões e dificuldades dos alunos nas diferentes áreas
da Educação Física, nomeadamente a Área dos Conhecimentos, Área das Matérias e a Área
da Aptidão Física; classificando os alunos segundo 4 níveis e situando cada um num nível
específico para que se possa estabelecer grupos de nível:
- Nível Pré Introdutório (PI);
- Nível Introdutório (I);
- Nível Elementar (E);
- Nível Avançado (A).
A Avaliação Inicial é um processo decisivo pois, para além de permitir a cada professor
orientar e organizar o seu trabalho na turma, possibilita assumir compromissos colectivos,
aferindo decisões anteriormente tomadas quanto às orientações curriculares, adequando o
nível de objectivos e/ou procedendo a alterações ou reajustes na composição curricular, para
1. Salto de eixo (boque) 1. Salto de eixo (plinto transversal) 1. Salto de eixo (plinto
2. Salto de barreira – pelo lado do 2. Salto entre-mãos (plinto longitudinal)
aparelho (plinto ou boque) transversal) 2. Roda (plinto transversal)
Minitrampolim Minitrampolim Minitrampolim
Para a realização da avaliação inicial foi utilizada a grelha de observação elaborada pelo
Grupo de Educação Física do Agrupamento de Escolas Martim de Freitas, estas que
apresentam os critérios a adquirir em cada nível de aprendizagem. Está também definido pelo
grupo que os alunos que não executarem os critérios propostos para o nível Introdutório se
encontram no nível Pré Introdutório e que os alunos que não realizam a avaliação são
definidos como Não Realizou.
No decorrer da avaliação observei que a grande maioria da turma tinha grandes
dificuldades na execução dos elementos gímnicos pedidos em cada estação. Senti então a
necessidade de acompanhar de perto os alunos, realizando constantemente as ajudas e
corrigindo-os. Desta forma, não consegui realizar uma avaliação diagnóstica precisa e
individual, não apresentando por isso as grelhas de classificação individual dos alunos.
Nos aparelhos plinto e boque, a principal dificuldade que observei foi por parte dos
alunos foi o medo que apresentam em transpor os aparelhos. Os alunos que apresentavam este
receio e que na aula o conseguiram ultrapassar, de imediato passaram a realizar os elementos
pedidos para o nível Introdutório.
No Minitrampolim, a grande dificuldade apresentada pela turma prende-se com a
realização da corrida de balanço, a chamada e o momento de contacto com o trampolim, que
ao ser deficiente prejudica a fase de voo, impossibilitando a realização correcta dos elementos
gímnicos. Deste modo classifico o nível geral dos alunos como Pré-Introdutório. Apesar
destes níveis iniciais apresentados, observo que a turma apresenta uma boa margem de
progressão, pois os alunos com a exercitação dos elementos irão conseguir certamente evoluir.
Pré-Introdutório
Introdutório
Elementar
Avançado
Objectivos
O objectivo principal passa por garantir que todos os alunos que se encontram no nível
Pré-Introdutório consigam atingir o nível Introdutório e que os alunos que já apresentem alguns
Estratégias
De modo a cumprir os objectivos em cima referidos procurarei planificar exercícios
que me permitiam corrigir e consolidar os diversos elementos gímnicos. Deste modo,
planearei exercícios analíticos que permitam uma exercitação individual e específica dos
elementos gímnicos, levando gradualmente à consolidação dos mesmos.
Nas aulas recorrerei ao estilo de ensino recíproco e por isso, em cada grupo de
trabalho, existirá pelo menos um aluno que apresente um nível mais avançado, de modo a
poder auxiliar os colegas nas ajudas, esclarecer possíveis dúvidas e até mesmo corrigir os
colegas em alguns erros. Refiro-me aos alunos que praticam ginástica fora do tempo de aulas.
Na abordagem ainda desta modalidade utilizarei o estilo de ensino inclusivo, de modo a os
alunos poderem regular a sua evolução e definir o seu trabalho a realizar em aula.
Os alunos serão avaliados em qualquer momento de aula e quando sentirem que já
adquiriram as capacidades necessárias. Os alunos propor-se-ão a avaliação e apenas subiram
de nível de aprendizagem quando mostraram adquiridos todos os critérios definidos para o
respectivo nível. Os alunos terão ao seu dispor a grelha de avaliação de modo a perceberem
quais os elementos gímnicos onde precisam evoluir para subir de nível. Esta estratégia
permitirá então aos alunos regular a sua evolução.
Auto-Avalaiação e Hétero-Avaliação
V V
Vela (mini-
A A I E E E E E E E R/E E E E C
trampolim)
L L
Engrupado (mini-
I I I E E E E E E E R/E E E E C
trampolim)
A A
½ Pirueta (mini-
Teste Escrito
Ç Ç I E E E E E E E R/E E C
trampolim)
à Ã
Salto de eixo (plinto
O O I E E E E E E E R/C
longitudinal)
Salto de eixo (plinto
I I I E E E E E E E E R/E C
transversal)
N N
Roda (plinto
I I I E E E E E E E R/C
Transversal)
C C
Pirueta (mini- I I I E E E E E E E R/E E C
trampolim) A A
Carpa de pernas L L
afastadas (mini- I E E E E E E E R/C
trampolim)
Carpa de pernas
juntas (mini- I E E E E E E E R/C
trampolim)
Avaliação Sumativa
o Definição de Objectivos
Foram estabelecidos objectivos comportamentais terminais, nos domínios cognitivos,
sócio-afectivo e psicomotor, aqueles que se pretendem alcançar no final da Unidade
Didáctica.
A nível motor, os principais objectivos que eu tracei para a turma (para uma
informação mais detalhada ver relatório da avaliação inicial) tentar que toda a turma
chegue o mais longe possível nos parâmetros da avaliação, alcançando assim o nível de
aprendizagem mais elevado que os alunos conseguirem.
Ao nível mais específico quero que eles acabem esta UD sabendo fazer as ajudas,
sabendo identificar as posições de risco, os nomes técnicos e as diferentes figuras dos três
níveis.
o Decisões de Ajustamento
A realização e concretização desta unidade didáctica decorreu, de uma forma geral,
como planeada. Ainda assim, senti a necessidade de não introduzir os elementos gímnicos
definidos para o nível avançado pois, os alunos da turma, na sua grande maioria,
apresentaram apenas o nível de aprendizagem Introdutório. Assim, à medida que os alunos
apresentavam adquirido o nível Elementar, instrui-os de forma individualizada sobre os
elementos gímnicos do nível avançado.
Uma análise mais detalhada poderá ser consultada nos balanços referentes às
unidades temáticas que envolveram a leccionação desta modalidade.
Ginástica de Aparelhos
Nº Nome Av. D. Av. S.
1 Abel Soares NR PI
2 Alexandra Silva NR I
3 Ana Bogalho NR PI
4 Ana Ferreira NR PI
5 Ana Marques NR PI
6 Beatriz Carvalho NR E
7 Beatriz Soares NR PI
8 Carolina Simão NR I
9 Carolina Silva NR I
10 Catarina NR PI
11 Cristiana Matias NR E
12 Cristiana Santos NR PI
13 Inês Fernandes NR PI
14 Inês Bailão NR PI
15 Iolanda Policarpo NR PI
16 Joana Mateus NR PI
17 Joana Melo NR PI
18 José Oliveira NR I
19 Manuel Silva NR PI
20 Maria Gomes NR PI
21 Mariana Costa NR PI
22 Matilde Andrade NR I
23 Nuno Santos NR I
24 Patrícia Viegas NR PI
25 Pedro Borges NR I
26 Ricardo Elias NR E
27 Rita Saraiva NR PI
28 Sara Lourenço NR PI
28
26
24
22
20
18
16
14 Avaliação Diagnóstica.
12 Avaliação Sumativa
10
8
6
4
2
0
Pré-Introdutório Introdutório Elementar Avançado
É possível então perceber que a grande maioria dos alunos ainda se encontra no nível
de aprendizagem Pré-Introdutório e que sete e três alunos conseguiram atingir o nível de
aprendizagem Introdutório e Elementar, respectivamente.
Após a avaliação sumativa observei que, embora os alunos na sua maioria consigam
realizar os elementos gímnicos nos aparelhos boque e plinto, estes apresentam alguma
dificuldade em realizar o salto engrupado no aparelho mini-trampolim, o que lhes impede
de atingir o nível Introdutório. Assim, dezoito alunos ainda se encontram no nível Pré-
Introdutório, sete no nível Introdutório e três no nível Avançado. Na próxima abordagem
de ginástica de aparelhos, mostra-se então importante que nos saltos no aparelho mini-
trampolim os alunos desenvolvam a corrida de balanço e a chamada, de modo a
conseguirem altura no salto e assim conseguirem desenhar o elemento gímnico solicitado.
Quanto aos alunos que não realizaram os elementos gímnicos no boque e plinto, a sua
grande dificuldade prende-se com o receio que têm em transpor o aparelho. Estes mesmos
alunos realizam a chama de forma correcta mas, depois, o apoio que realizam no aparelho,
devido ao medo que apresentam é feito de modo a travar o balanço que adquiriram para
transpor o mesmo. Para estes alunos é importante continuar a transmitir-lhes alguma
confiança de modo a que eles superem este seu receio e consigam evoluir na modalidade.
Reflexão Final
o Desempenho dos Alunos e do Professor
Relativamente aos alunos, considerando o tempo de exercitação, penso que a
evolução dos alunos foi positiva, ainda que exista como já foi referido no ponto anterior,
um grande número de alunos no nível Pré-Introdutório. Penso que na próxima abordagem
desta modalidade um maior número de alunos vai conseguir atingir o nível seguinte àquele
em que se encontram, sobretudo pela evolução no aparelho mini-trampolim.
Ainda considerando as aprendizagens dos alunos considero que a nível de
conhecimentos os alunos adquiriram os conteúdos transmitidos, o que valoriza a sua
aprendizagem na modalidade.
Os estilos de ensino utilizados, recíproco e inclusivo, apresentaram pontos positivos
e negativos. Por um lado a utilização do estilo de ensino inclusivo, permitiu aos alunos
regularem a sua evolução e perceber qual o nível em que se encontram e quais os
elementos gímnicos que necessitavam desenvolver. O único problema que senti ao utilizar
este estilo de ensino prende-se com a percepção do aluno quanto ao seu nível e aquela em
que eu o classificava. Por vezes esta contradição de ideias leva os alunos a sentirem um
insucesso e eu, ao observar tal sentimento, sentia a necessidade de valorizar rapidamente o
aluno de modo a que este desse continuidade ao trabalho. Quanto ao estilo de ensino
recíproco, as demonstrações e feedbacks realizados pelos alunos com um nível mais
avançado mostrou-se bastante positivo para a aprendizagem dos restantes alunos.
Relativamente ao meu desempenho como responsável pela leccionação das aulas e
aprendizagem dos alunos, senti que ao longo das aulas evoluí bastante, sobretudo no que
diz respeito à capacidade de realização de ajudas e transmissão de feedbacks. Com a
sistemática observação dos alunos em prática senti que fui conseguindo identificar de uma
modo mais rápido e correcto as falhas apresentadas pelos alunos, o que contribuiu para a
qualidade da minha intervenção sobre o aluno.
Considero que consegui garantir o bom funcionamento das aulas e condições para os
alunos ultrapassarem as suas dificuldades.
Considero ainda que esta estratégia de avaliação é bastante benéfica para a
aprendizagem individualizada dos alunos, mas aquando da sua utilização é necessário
sensibilizar os alunos sobre estes serem responsáveis pela sua evolução e avaliação, dado
serem estes a proporem-se para a mesma.
Dificuldades encontradas:
- Realização de ajudas ao aluno que apresenta um peso acima da média;
- Instruir os alunos de modo a que estes percebam e realizem uma boa impulsão,
tanto no mini-trampolim como no reuther.
Referências Bibliográficas
Dossier do Núcleo de Estágio de Educação Física do Agrupamento de Escolas de Martim de
Freitas, 2005/2006;
ALMEIDA, A. (1994) - Ginástica Acrobática, Iniciação na Escola e no Clube, Horizonte,
Dossier, Vol, XI, no62, Julho/Agosto.
FARIA, MARIA, SERRA, PAULA (1994) - Ginástica Acrobática na Escola, Guarda,
FMH.
Costa, M., Costa, A. (2002) – Na aula de Educação Física 7/8/9, Areal Editores