Sei sulla pagina 1di 2

RELAÇÕES ENTRE O PENSAMENTO DE VICO E DESCARTES SEGUNDO JOÃO

ANTÕNIO DE PAULA

O texto de João Antônio de Paula mostra os vínculos entre as ideias de


Giambatista Vico e René Descartes. Vico foi um homem além do seu tempo e não
reconhecido na sua época que pregava uma filosofia mais humanista, antagônica ao
pensamento mecanicista de Descartes.

Posterior a Descartes, Vico viveu em uma época onde as ideias do pensador


francês já haviam sofrido com muitas modificações. A interpretação de Vico sobre o
pensamento de Descartes baseia-se no fato de que as ideias filosóficas, depois de
divulgadas, assumem vida própria passando a circular livremente mediante o diálogo
entre as pessoas.

Considera por muitos um dos pais da consciência histórica e da história


moderna, Vico construiu a crítica da razão, afirmava que o homem não é um ser
unicamente racional. Sua intenção era dar uma nova definição a história do homem
e trazer um olhar filosófico unificado do homem e do mundo. Vislumbrou a
humanidade atravessando momentos de selvageria até a civilidade mais alta e
novamente à barbárie. Afirmava que os homens das cidades grandes eram
descrentes e apegados ao dinheiro. Tinha nos trabalhos de Tácito e Maquiavel as
bases de seu pensamento sobre o comportamento humano e da decadência.

Segundo ele, o homem é senhor do seu destino. Em Ciência Nova tratou das
características do Estado, as técnicas da Antropologia e da Etnologia, as origens e a
função da desigualdade social e a influência da providência divina no
desenvolvimento do ser humano. Sua Ciência Nova é a mesma do ser humano e
sua história, pois se manifesta através do princípio da identidade do verdadeiro com
o fato presente na mente humana, onde se desenvolve primeiramente os sentidos e
em seguida a fantasia e finalmente a razão. A obra simboliza o resumo entre o
tempo próximo do fim e o tempo vindouro, o enfrentamento entre o lugar das
experiências e o campo das probabilidades.

Vico pregava a possibilidade do estudo do mundo social através da ciência,


pois ela era uma representação da imagem da natureza e dos acontecimentos do
passado. Buscava, através dessa teoria, um terreno firme para encontrar as origens
da sociedade civil e a essência da natureza humana.
René Descartes, sofrendo influência do cristianismo, atribuiu secularidade a
natureza e divindade ao homem. Vico ressaltava o poder criativo do homem,
dominador da palavra, independente diante de Deus e superior perante a natureza.
Descartes vinculava a falha no entendimento à memória, afirmava que as
disciplinas fundamentadas na memória eram falhas. Vico buscou a reabilitação da
memória, passo impulsionador para criar a ciência social, pensamento comum da
humanidade que provoca a permanência do passado no presente.

O pensador francês não acreditava no conhecimento histórico, afirmava que


os historiadores fugiam da realidade, que suas narrativas não traziam confiança nem
podiam ser verificadas e o conhecimento da história era desnecessário e utópico.
Vico discordava dessas afirmações, sobretudo no que concerne aos critérios da
verdade, pois para ele só é possível conhecer o que foi criado.

Como se percebe confrontar as ideias dos dois pensadores não é tarefa


simples, porém ficam aqui expostas as principais diferenças entre os dois
pensamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, I. K. F. de. A concepção de história em Giambatista Vico. 2010. 101 f.


Tese (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2010.

PAULA, João Antônio de. “Vico”. In: Lopes, Marcos Antônio (org), Ideias de
História: tradição e inovação de Maquiavel a Herder. Londrina: Eduel, 2007.

Potrebbero piacerti anche