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Assobrafir Ciência - ISSN 2177-9333


Publicação quadrimestral da
Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva
Editor-Chefe
Fernando Guimarães
Editora-Administrativa Editora-Associada
Josiane Marques Felcar Sara Menezes
Editor-Assuntos Internacionais
Fábio Pitta
ASSOBRAFIR - DIRETORIA DIRETORES REGIONAIS
Diretora Presidente Geral Diretor Presidente Unidade Regional
Sara Lúcia Silveira de Menezes Bahia
Diretor Científico Geral Marcelo Dourado Costa
Alexandre Simões Dias Diretor Presidente Unidade Regional
Diretora Administrativa Geral Goiás
Regina Célia Turola Passos Juliani Erikson Custódio de Alcântara
Diretora Presidente Unidade Regional
Diretora Financeira Geral
Minas Gerais
Mariangela Botelho Forte Sepúlveda
Evanirso da Silva Aquino
Diretora Secretária Geral Diretora Presidente Unidade Regional
Jocimar Avelar Martins Paraná
Suplente 1 Josiane Marques Felcar
Fernanda Warken Rosa Camelier Diretor Presidente Unidade Regional
Suplente 2 Pernambuco
Neilson Spigolon Giella Palmieri Spigolon Flávio Maciel Dias de Andrade
Suplente 3 Diretor Presidente Unidade Regional
Fábio Pitta Rio de Janeiro
Luis Felipe da Fonseca Reis
Conselho Fiscal Diretora Presidente Unidade Regional
Titulares Rio Grande do Sul
Conceição Alice Volkart Boueri Adriane Dal Bosco
Patrícia Dayrell Neiva - associada Diretor Presidente Unidade Regional
George Jerre Vieira Sarmento Santa Catarina
Suplentes Elaine Paulin Ferrazeane
Carlos Roberto Pinto Pereira Diretor Presidente Regional
Raquel Afonso Caserta Eid São Paulo
Fernando Mauro Muniz Ferreira Audrey Borghi e Silva

Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva


(ASSOBRAFIR)
Rua Dr. Bacelar, 231 - Sala 22
04026-000 - Vila Clementino - São Paulo, SP
www.assobrafir.com.br - assobrafir@assobrafir.com.br - (11) 5084-5847
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SUMÁRIO/CONTENTS

Editorial ...................................................................................................................................................... 5
Alexandre Simões Dias

Resumos - Regional Rio Grande do Sul (RS) .............................................................................. 7


IX Jornada Gaucha de Fisioterapia Cardiorrespiratoria e Fisioterapia em Terapia Intensiva da
ASSOBRAFIR

Resumos -Regional Goiás (GO) .................................................................................................... 25


IV Congresso Goiano de Fisioterapia Cardiorrespiratoria e Fisioterapia em Terapia Intensiva da
ASSOBRAFIR

Resumos - Regional Pernanbuco (PE) ........................................................................................ 39


I Congresso Nordestino e IV Congresso Pernambucano de Fisioterapia Cardiorrespiratoria e
Fisioterapia em Terapia Intensiva (I CONEFIR e IV COPEFIR )

Resumos - Regional Bahia (BA) ....................................................................................................... 89


III Jornada Baiana de Fisioterapia Cardiorrespiratoria e Fisioterapia em Terapia Intensiva

Instruções aos Autores ....................................................................................................................... 95


Instructions for Authors

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):1-102 | 3


4 | ASSOBRAFIR
ASSOBRAFIR Ciência.
Ciência 20102012 Dez;3(Supl):7-23
Set;1(2)
EDITORIAL

É
com muito prazer e satisfação que escrevo este editorial
referente aos trabalhos científicos apresentados em
eventos científicos realizados por diferentes unidades
regionais da Assobrafir, pois é através da divulgação do
conhecimento que existe o fortalecimento da profissão e a
valorização de nossa especialidade.
A apresentação de um trabalho científico, seja no
formato de pôster ou apresentação oral, num evento da área
cardiorrespiratória e da fisioterapia em terapia intensiva não
é uma tarefa fácil, mas não é impossível de ser realizada. Ao
divulgar o conhecimento através de um trabalho científico os
autores proporcionam aos interessados uma fonte de inspiração
e uma referência para futuros estudos, além de contribuir com
o fortalecimento do evento.
Acreditamos que a apresentação de um trabalho científico
nos eventos da Assobrafir proporciona uma experiência ímpar
para os apresentadores, indo do aluno de iniciação científica ou
acadêmico do curso de fisioterapia, até os mais renomados e
experientes pesquisadores da área.
Este número especial da revista Assobrafir Ciência
traz os trabalhos científicos apresentados nos eventos das
unidades regionais do Rio Grande do Sul (IX Jornada
Gaúcha de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia
em Terapia Intensiva da Assobrafir), Goiás (IV Congresso
Goiano de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em
Terapia Intensiva da Assobrafir), Pernambuco (I Congresso
Nordestino e IV Congresso Pernambucano de Fisioterapia
Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva) e
Bahia (III Jornada Baiana de Fisioterapia Cardiorrespiratória e
Fisioterapia em Terapia Intensiva).

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):5-6 | 5


Ressaltamos a importância deste número da revista, pois atualmente a Assobrafir Ciência é
classificada no sistema Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES) como B4, e além da divulgação dos trabalhos apresentados nos eventos este número
fortalece nossa área de atuação, que é a fisioterapia cardiorrespiratória e a fisioterapia em Terapia
Intensiva.
Assim, a Assobrafir como uma entidade de classe que estimula o desenvolvimento e o
fortalecimento científico cumpre seu papel, que é o de divulgar e consolidar a ciência para todos
os profissionais que atuam na área. Convidamos a todos interessados para continuar enviando seus
trabalhos científicos para serem publicados na revista, pois desta forma estaremos contribuindo com
o desenvolvimento da área e fortalecendo nossa profissão.
Desejamos a todos uma boa leitura e que este número sirva de estímulo para que no futuro os
interessados possam publicar seus trabalhos científicos na Assobrafir Ciência, que sem sombra de
dúvida ocupa um papel de destaque na Fisioterapia Brasileira.

Um abraço a todos
Prof. Dr. Alexandre Simões Dias
Diretor Científico Geral (2010-2012)

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Resumos
REGIONAL Rio Grande do Sul (RS)

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 7


Anais do evento:

IX JORNADA GAÚCHA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM


TERAPIA INTENSIVA DA ASSOBRAFIR

REGIONAL Rio Grande do Sul (RS)

Data: 28 e 29 de setembro de 2012


Local: Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Cidade: Porto Alegre, RS

Presidente do Evento:
Dra. Adriane Dal Bosco
Comissão Organizadora
Profissionais:
Alexandre Simões Dias; Luiz Alberto Forgiarini Junior
Acadêmicos:
Ana Cláudia Machado Pozza; André Luís Machado Winter;
Bruna Luciano Farias; Bruna Nichele da Rosa
Caroline Darski; Dilon Antônio Schmitt; Fabio Etchichury Neves; Filipe Boeira Schedler
Gabriela Motter; Gabriela Ramires de Oliveira; Isadora Freire; Ivan Lopes Braga
Júlia Seminotti Giaretta; Julia Toledo; Karina Henkel; Lisiane Fernandes da Rosa
Lucas Ruas Prado; Marcelo Fabris Vidal; Márcia Cristina Issa; Marina Petter Rodrigues
Natália Brites dos Santos; Nathalia Leboutte Machado
Rodrigo Morlin; Sarah Hartel; Vanessa Barboza Paiva Costa

ASSOBRAFIR REGIONAL RIO GRANDE DO SUL


Regional Rio Grande do Sul

Diretora da Regional RS
Adriane Dal Bosco
Coordenadora Científica Regional
Mariane Borba Monteiro
Tesoureira Regional
Luciane Dalcanale Moussalle
Secretária Executiva Regional
Heloísa Meincke Eickoff
Suplente 1
Lizandra Caon Bittencourt
Suplente 2
Marcelo de Melo Rieder
Suplente 3
Ricardo Beidacki

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MONITORAMENTO MICROBIOLÓGICO DE SECREÇÃO TRAQUEAL EM SUSPEITOS DE PNEUMONIA ASSOCIADA
À VENTILAÇÃO MECÂNICA INTERNADOS NUMA CTI ADULTO
Daiane Turella; Fernanda Machado Kutchak
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) –CANOAS - RS
Objetivo: Avaliar a utilidade da cultura quantitativa para o diagnóstico de pneumonia associada à ventilação
mecânica (PAV). Métodos: O estudo foi de caráter um observacional transversal, desenvolvido no Centro de
Tratamento Intensivo (CTI) em Porto Alegre. Foram incluídos todos os pacientes que estavam em ventilação
mecânica invasiva, no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2010, tendo presente os sinais clínicos presentes,
estes dados foram coletados em prontuários. A análise de dados foi realizada a partir da fórmula padrão de
sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e razão de verossimilhança. Os
valores dos patógenos, caracterização da amostra foram expressos em termos de média. Resultados: Dos 116
pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva com suspeita clínica de PAV, a prevalência de pneumonia
foi de 25%. A idade média na amostra foi de 68,6 ± 18,6 anos, sendo 56,0% indivíduos do gênero masculino.
A concordância qualitativa entre o bacilo detectado pelo exame bacterioscópico de coloração GRAM e o
resultado da cultura quantitativa para o ATQ foi de 69% nos casos confirmados de PAV. E apresenta uma
sensibilidade de 69% e uma especificidade de 24,1%, e os valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN)
foram de 23,3% e 70%, respectivamente, com uma razão de verossimilhança para diagnóstico de PAV de
0,232. Conclusão: O diagnóstico precoce da PAV é objetivo da equipe multidisciplinar de uma UTI, pois estão
centrados no pacientes durante um tempo maior e assim participam do processo de reabilitação através de
intervenções terapêuticas e diagnósticas.
Palavras-chave: pneumonia, respiração artificial, aspirado traqueal.

PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA NAS VIAS AÉREAS (EPAP) APLICADA NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES
SUBMETIDOS Á CIRURGIA DE RESSECÇÃO PULMONAR
Aline Antunes Ferreira; Cristiane Brenner Eilert Trevisan; Daiane Turella
Introdução: As ressecções pulmonares em geral não são procedimentos de alta complexidade, porém as
complicações pulmonares pós-operatórias trazem repercussões clínicas ao paciente e prolonga seu tempo
de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), contribuindo significativamente para a morbidade e
mortalidade hospitalar. O pós-operatório imediato é a etapa mais importante tratando de cirurgia torácica,
ocorrendo diminuição da capacidade vital, da capacidade pulmonar total, da complacência pulmonar, da
capacidade residual funcional, entre outras alterações fisiológicas importantes. A utilização de recursos
fisioterapêuticos, tais como a aplicação de pressão positiva expiratória em ventilação espontânea (EPAP),
tem sido amplamente utilizada, com o objetivo de minimizar estas complicações pós-operatórias (CPP).
Objetivos: Avaliar a interferência de um protocolo de fisioterapia com e sem utilização de EPAP na profilaxia
de complicações pós-operatórias de pacientes submetidos á cirurgia de ressecção pulmonar. Quantificar o
grau de dor e os tempos de internação dos pacientes na UTI, na unidade de internação e o tempo total de
internação hospitalar. Métodos: O estudo caracterizou-se por ser um ensaio clinico randomizado onde foram
estudados pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Adulta do Hospital Universitário ULBRA/
Mãe de Deus em Canoas, em pós-operatório de ressecção pulmonar. A randomização foi realizada através de
sorteio e os pacientes foram divididos em Grupo Controle (GC) que caracterizou o protocolo de fisioterapia
sem a utilização de EPAP e Grupo Experimental (GE), que acrescentava ao protocolo convencional a utilização
do EPAP. Resultados: Entre os 10 pacientes selecionados para o estudo 80% eram do sexo masculino e 20%
do sexo feminino, com idade média de 59,3 anos. O GE não apresentou CPP e o GC apresentou 20% de
atelectasia e 20% enfisema subcutâneo. No GE 20% do grupo relatou grau de dor 6, já no GC foram 40%.
Quanto a permanência na UTI observou-se que no GE o tempo médio de internação foi de 2,8 dias e no GC
3,4 dias. Já na unidade de internação a situação foi inversa, o GE permaneceu mais tempo, desta forma a média
do tempo total de internação hospitalar foi de 5,8 dias para ambos os grupos. Conclusão: No GE não houve
CPP. A média de dor do GE foi menor em relação ao GC. No grupo de pacientes randomizado para terapia
EPAP observou-se um menor tempo de permanência destes na UTI, embora não tenha ocorrido variação no
tempo total de internação hospitalar.
Palavras-chave: cirurgia torácica, complicações pós-operatórias, pressão positiva expiratória nas vias aéreas.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 9


REPERCUSSÕES A CURTO, E LONGO PRAZO DE UM PROJETO DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR E METABÓLICA
Claúdia Neuhof; Briane da Silva Leite; Júlio César Carrer; Caroline Colombo; Cássia Cinara da Costa;
Dáversom Bordin Canterle
Universidade Feevale, Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul
Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são 30% das doenças crônicas no mundo sendo a principal
causa de morte no Brasil. No desenvolvimento das DCV estão envolvidos fatores de risco como a Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS), as dislipidemias, a Diabetes Mellitus (DM), obesidade, sedentarismo e estresse.
Devido cronicidade das DCV, é necessário um acompanhamento que leve aos pacientes um esclarecimento
sobre suas funções e responsabilidades, afim de que possam administrar melhor seus problemas de saúde
para isso é indicada a participação de um Programa de Reabilitação Cardiovascular e Metabólica (PRCM).
Objetivos: comparar os resultados da capacidade de exercício, força muscular ventilatória, índice de massa
corporal (IMC) e qualidade de vida (QV) em três momentos definidos como pré, pós reabilitação e depois
de um período curto, médio e longo do termino da reabilitação em um Projeto de Extensão de Reabilitação
Cardiovascular e Metabólica (PERCVM). Métodos: O estudo delineou-se com um paradigma quantitativo,
retrospectivo e prospectivo, observacional e descritivo do tipo antes e depois. Os dados foram coletados
através do banco de dados e pela reavaliação. Materiais: foram utilizadas as seguintes variáveis: teste da
caminhada dos seis minutos, manovacuometria, IMC e questionário SF-36. Análise estatística: Resultados:
A amostra foi composta por seis pacientes, dois do sexo masculino e 4 do sexo feminino, com idade entre 45
a 67 anos, sendo a média entre as idades de 59,8±6,9 anos. Os resultados pré, pós reabilitação e reavaliação
foram respectivamente, da capacidade de exercício (376,6 vs. 396,3 vs. 418,5); força muscular respiratória
inspiratória (-53,8 vs. -73,6 vs. -75,3) e expiratória (61,6 vs. 73,8 vs. 101,6 vs.); IMC (29,9 vs. 28,8 vs. 33,5);
QV (69,3 vs. 74,75 vs. 65). Para análise dos períodos curto, médio e longo da capacidade de exercício (337 vs.
472,5 vs. 442,5); força muscular respiratória inspiratória (-73,5 vs. -74 vs. -78,5) e expiratória (102,5 vs. 118 vs.
84,5 vs.); IMC (30 vs. 30,5 vs. 39,9); QV (70,7 vs. 70,8 vs. 53,55). Conclusão: O PRCM traz benefícios para os
portadores de DCV, mantendo e até melhorando depois de um período curto médio e longo prazo a qualidade
de vida, capacidade de exercício, força muscular respiratória.
Palavras-chave: doença cardiovascular, programa de reabilitação, repercussões.

A ADESÃO DE PACIENTES TABAGISTAS E EX-TABAGISTAS EM UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR


Marcèli Bervian; Briane da Silva Leite; Júlio César Carrer; Caroline Colombo; Cássia Cinara da Costa;
Dáversom Bordin Canterle
Universidade Feevale, Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença caracterizada por limitação do
fluxo aéreo não totalmente reversível, que se manifesta com alterações sistêmicas. Objetivos: Os objetivos
foram avaliar a adesão de pacientes tabagistas e ex-tabagistas em um Programa de Reabilitação Pulmonar
(PRP) e suas repercussões. Materiais: foram utilizadas as seguintes variáveis: Teste da Caminhada dos Seis
Minutos (TC6’) e Questionário da Qualidade de Vida do Hospital Saint George (SGRQ). Métodos: Trata-se
de um estudo quantitativo, do tipo observacional, prospectivo, do tipo antes e depois, comparando resultados
do TC6` e da Qualidade de Vida (QV) através do SGRQ nos pacientes tabagistas e ex-tabagistas com DPOC
moderado a grave, avaliando também a adesão dos pacientes no PRP, onde foram classificados em dois
grupos: Grupo 1 (G1) que aderiu e Grupo 2 (G2) que não aderiu. Análise Estatística: A análise estatística foi
descritiva com média e desvio padrão, além do teste T de Students e teste de correlação de Pearson. Resultados:
Participaram do estudo 50 pacientes, que foram incluídos no PRP no período de 2008 a 2011 de ambos
os sexos, divididos em ex-tabagistas 41(82,0%) e 9 (18,0%) tabagistas, a média de idade foi de 67±10 anos.
Aderiram ao PRP, 33 (66,0%) pacientes, sendo que 26 (79%) eram ex-tabagistas e 17(34,0%) não aderiram. Os
resultados dos tabagistas e ex-tabagistas pré e pós respectivamente, [TC6 (416,32 ± 46,30 vs. 505,07 ± 80,20;
∆= 88,74) e (423,98 ± 89,47 vs. 471,73 ± 91,72; ∆= 47,75). A comparação entre os grupos foi significativa
(p=0,05); Qualidade de vida no domínio total (∆=29,57 vs. ∆=15,83; p=0,05), a melhora foi encontrada
em todos os domínios em ambos os grupos. A correlação do TC6` com a QV foi inversa e significativa em
ambos os grupos [tabagista (r=-0,258; p= 0,038}; ex-tabagistas (r= -0,156; p= 0,001)]. Conclusões: Os ex-
tabagistas aderiram mais ao PRP, e os resultados finais foram benéficos tanto para os tabagistas como para os
ex-tabagistas.
Palavras-chave: DPOC, tabagistas, ex-tabagistas.

10 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23


EFEITO DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR NA SENSAÇÃO DA DISPNEIA EM INDIVIDUOS COM DPOC
Leticia Pedrassani; Briane da Silva Leite; Caroline Colombo; Cássia Cinara da Costa; Adriana Kessler
Universidade Feevale, Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada pela limitação do fluxo aéreo
que não é totalmente reversível. Esta geralmente é progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal
dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo. A dispneia é
o sintoma mais característico da DPOC e ocasiona redução das atividades de vida diária (AVD’s) e limitação
ao exercício, com consequente descondicionamento da musculatura periférica. Objetivos: avaliar o efeito de
um programa de reabilitação pulmonar na sensação de dispneia em indivíduos com DPOC. Métodos: Este
estudo apresenta paradigma quantitativo, observacional, descritivo e retrospectivo, realizado através da coleta
de dados dos participantes do Projeto Reabilitação Pulmonar (PRP). Método: Foram utilizadas as seguintes
escalas de dispneia pré e pós PRP: London Chest Activity Daily Living (LCADL), Índice Basal de Dispneia
(BDI), Índice Transicional de Dispneia (TDI) e Medical Research Council (MRC). Análise Estatística: Os
dados foram apresentados como média e erro padrão da média. Os dados simétricos foram comparados pelo
teste T de Student para amostras em par, enquanto que os dados não simétricos foram avaliados através do
teste de Mann-Whitney. A correlação entre os escores de dispneia foi avaliada através do teste de Pearson
(dados paramétricos) e de Spearman (dados não paramétricos). Resultados: A amostra foi constituída por 30
portadores de DPOC, sendo 16 (53,3%) do gênero masculino, com média de idade de 66,13 ± 8,92 anos. Quanto
ao estadiamento da DPOC, 53% dos pacientes foram classificados como III (grave) e 23% com II (moderado).
Em relação ao grau de dispneia, foi possível observar melhora significativa da sensação de dispneia ao término
do PRP em todas as escalas aplicadas. Ao correlacionar os escores finais dos instrumentos MRC, LCADL e
BDI/TDI, observou-se correlação moderada (p=0,0004, r= 0,466) entre as escalas MRC e LCADL. Conclusão:
Os programas de reabilitação pulmonar para pacientes com DPOC são de suma importância na redução da
sensação de dispneia. Sendo assim, constituem uma opção de tratamento, otimizando a performance física
e social e a autonomia desses pacientes. A correlação entre as escalas MRC e LCADL indicam concordância
entre as mesmas quanto à avaliação da dispneia em seu grau de comprometimento.
Palavras-chave: DPOC, dispneia, reabilitação pulmonar.
PERFIL DOS PACIENTES PÓS-CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO NO MUNICÍPIO DE RIO GRANDE/RS
Thaylara Rocha Aires; Max Afonso; Thais Burlani Neves; Priscila Aikawa; Fernanda Burlani Neves
Faculdade Anhanguera de Rio Grande, Rio Grande, Rio Grande do Sul
Introdução: Infarto agudo do miocárdio é a necrose da célula miocárdica resultante da oferta inadequada de
oxigênio ao músculo cardíaco. Dependendo da gravidade da lesão arterial e das disfunções ventriculares, os
pacientes têm recomendação para cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Os fatores de risco (FR)
mais evidentes entre as doenças cardiovasculares no Brasil são o tabagismo, hipertensão arterial sistêmica,
Diabetes, sedentarismo, obesidade e dislipidemia. Objetivo: Identificar o perfil destes pacientes para avaliar o
comportamento e o estilo de vida pós-cirurgia, buscando atuar na promoção e na prevenção da saúde destes
pacientes. Materiais e métodos: Este estudo é caracterizado como uma pesquisa quantitativa, transversal e
descritiva. Foram entrevistados os pacientes que realizaram Cirurgia de Revascularização do Miocárdio no
período de 01/01/11 à 30/06/11 no Hospital de Cardiologia da Santa Casa do Rio Grande/RS. Através da
identificação destes pacientes após análise nos prontuários, os pesquisadores foram no domicilio do paciente
para aplicar os questionários. Foram investigados o Perfil sócio demográfico, Hábitos de Vida, Nível de
Atividade Física (IPAQ) e Nível de Estresse (LIPP). O estudo foi realizado em Abril de 2012 e foi devidamente
aprovado pelo comitê de ética e todos os sujeitos assinaram o termo de consentimento ético. Análise estatística:
Os dados foram digitados e analisados utilizando o programa estatístico SPSS, para analise de distribuição de
frequência das variáveis e descrever a amostra do estudo. Resultados: Dos 40 pacientes selecionados 21 foram
excluídos por informações incompletas e/ou erradas nos protocolos e o fato de não residirem na cidade de
Rio Grande/RS. Entre os 19 pacientes entrevistados, 42% tinham idade inferior a 60 anos, 84% cursaram o
primário, 68% vivem com companheiros. Nenhum paciente tinha o hábito de fumar e/ou fazer uso de bebida
alcoólica, todos cuidavam da alimentação, 48% tinham boa percepção de saúde, 74% foram considerados
inativos fisicamente. Todos apresentaram algum tipo de estresse, sendo que 58% tinham o nível de estresse
físico na fase de alerta e 69% estresse psíquico na fase de exaustão. Não houve associação significativa entre as
variáveis e o nível de AF e o nível de estresse. Conclusão: Verificou-se que os pacientes apesar de não fumarem
e/ou beberem, mantem uma boa alimentação, existe a necessidade de uma abordagem multiprofissional para
que sejam estimuladas intervenções como a prática de atividade física e acompanhamento psicológico. E
assim atuar tanto no tratamento farmacológico quanto na prevenção, para que tenham uma vida com mais
qualidade, saudável e ativa.
Palavras-chave: CRM, atividade física, estresse.
ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 11
CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA DE PREENSÃO PALMAR E A FUNÇÃO PULMONAR EM PACIENTES COM DPOC
Vanessa Barboza Paiva Costa; Francini Porcher Andrade; Tilaê Steinmetz Soares; Georgina Rodriguez
Morschel; Mariane Borba Monteiro.
Centro Universitário Metodista, do IPA; Porto Alegre - RS
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por uma limitação ao fluxo
aéreo que acarreta alterações extrapulmonares, como a disfunção da musculatura esquelética, contribuindo
para a mortalidade e morbidade desses indivíduos. OBJETIVOS: Correlacionar a força de preensão palmar
(FPP) com o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), capacidade vital forçada (CVF)
e capacidade inspiratória (CI) de indivíduos com DPOC. Materiais E Métodos: Foi realizado um estudo
transversal, com indivíduos de ambos os sexos, portadores de DPOC. Inicialmente foi realizado o teste de
força de preensão manual utilizando dinamômetro de preensão palmar tipo hand-grip seguido de prova
espirométrica para avaliar a função pulmonar desses indivíduos. Análise Estatística: Os dados obtidos foram
correlacionados através do Teste de Correlação de Pearson para variáveis simétricas e o Teste de Correlação de
Spearman para as assimétricas, adotando um nível de significância de p< 0,05. Resultados: Foram avaliados
28 indivíduos portadores de DPOC de moderado a grave, com média de idade de 62,6±9,2 anos, FPP à direita
(lado dominante) de 25,3±16,4 Kgf, 1,2±0,54 L (41,8±16,6 % do predito) no VEF1, 2,43±0,87 L (68,4±17,9%
do predito) na CVF e 2,17±0,72 L na CI. Foi encontrada uma correlação positiva entre a FPP à direita e CI
(r=0,473; p=0,01) e ausência de correlação entre FPP, VEF1, e CVF. Conclusão: Foi observada uma correlação
positiva fraca entre a FPP à direita e CI, demonstrando que quanto maior a FPP melhor será a CI desses
indivíduos.
Palavras-chave: doença pulmonar obstrutiva crônica, volumes e capacidades pulmonares, força muscular.
Apoio financeiro: FAPERGS, PIBIC - IPA

CORRELAÇÃO ENTRE FORÇA DE PREENSÃO PALMAR E O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM


PACIENTES COM DPOC
Vanessa Barboza Paiva Costa; Francini Porcher Andrade; Tilaê Steinmetz Soares; Georgina Rodriguez
Morschel; Mariane Borba Monteiro.
Centro Universitário Metodista, do IPA; Porto Alegre - RS
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por uma limitação ao fluxo
expiratório com alteração muscular periférica, o que contribui para a limitação da capacidade funcional
desses indivíduos. Objetivos: Correlacionar a força de preensão palmar (FPP) com a distância percorrida
no teste de caminhada de seis minutos (DTC6M) em pacientes com DPOC. Materiais e Métodos: Foi
realizado um estudo transversal, com indivíduos de ambos os sexos, portadores de DPOC de moderado a
muito grave. Todos os participantes realizaram o teste de força de preensão manual utilizando dinamômetro
de preensão palmar tipo hand-grip seguido do Teste de Caminhada dos Seis Minutos, sendo registrada a
distância percorrida desses indivíduos Análise Estatística: Os dados obtidos foram correlacionados através
do Teste de Correlação de Pearson para variáveis simétricas e o Teste de Correlação de Spearman para as
assimétricas, adotando um nível de significância de p< 0,05 Resultados: Participaram do estudo 28 pacientes,
sendo 16 do sexo feminino, com média de idade média de 62,6±9,2 anos. A DTC6M foi 355,7±110,4
metros, 25,3±16,4 kgf na FPP à direita e 21,2±12,3 kgf na FPP à esquerda. Apenas as correlações entre a
DTC6M e a FPP à direita foram significativas (r=0,46; p=0,013) Conclusão: Foi verificada correlação positiva
entre a DTC6M e a FPP à direita, demonstrando que quanto maior a FPP melhor será a capacidade funcional
dos pacientes com DPOC.
Palavras-chave: doença pulmonar obstrutiva crônica, força muscular, teste de caminhada de seis minutos.
Apoio financeiro: FAPERGS, PIBIC - IPA.

12 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23


USO DO FRENO LABIAL EM PACIENTES BRONQUIECTÁSICOS, AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA
CAPACIDADE FUNCINAL
Lionéle Santos de Lima; André Felipe Santos da Silva; Vívian da Pieve Antunes.
Centro Universitário Franciscano UNIFRA, Santa Maria-RS
Introdução: Bronquiectasia é uma distorção ou dilatação irreversível de um ou mais brônquios, juntamente
com a perda da elasticidade e inflamação crônica de sua parede. Podendo afetar a estrutura muscular, artérias e
veias hipertrofiadas (DETURK et al, 2007). OBJETIVOS: Avaliar a influência da Respiração Freno Labial (RFL)
na distância percorrida na esteira em pacientes bronquiectásicos, avaliando a qualidade de vida e a sensação
de dispneia. Materiais e métodos: Estudo caso-controle, descritivo, clínico e documentado em abordagem
quantitativa. Foram convidados a participar da pesquisa pacientes do Projeto de Reabilitação Pulmonar da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) no Hospital Universitário de Santa Maria, no período de abril
à maio de 2012. Foram verificados PA, FC, FR, SpO2 e sensação de dispneia pela escala modificada de Borg
durante o teste de caminhada na esteira por 6 minutos. Foi aplicado o questionário do Hospital Saint George na
Doença Respiratória com validação no Brasil em pacientes com DPOC. Critérios de inclusão: ter diagnóstico
de bronquiectasia; ambos os sexos, idade entre 40 e 60 anos; estarem participando do projeto e aceito o TCLE.
Os dados foram analisados pelo programa Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 16.0. Após
a aplicação do teste de Shapiro-Wilkis, verificou-se que os dados apresentavam uma distribuição normal.
Serão apresentados em média e desvio padrão e foi aplicado o teste t Student. Considerou-se estatisticamente
significativo p < 0,05. Resultados: No presente estudo foram obtidos 5 pacientes, sendo 2 homens e 3 mulheres
com idade entre 40 e 70 anos. Não houve diferença estatística entre as variáveis, sendo considerado p < 0,05
quando comparados pós sem RFL e com RFL. Significância estatística entre o valor de repouso e o pós teste
com RFL com p < 0,03. Quando analisados os valores do questionário SGRQ, onde não houve uma diferença
significativa em nenhum dos três itens do questionário. Conclusão: Conclui-se que a oxigenação periférica de
pacientes bronquiectásicos apresentou uma queda na saturação no momento em que se realiza uma atividade
sem o uso da respiração freno labial.
Palavras-chave: bronquiectasia, freno labial, fisioterapia.
efeito da dornase alfa sobre a função pulmonar e a capacidade funcional em pacientes FiBROCÍSTICOS
Taila Cristina Piva; João Paulo Heinzmann-Filho; Fernanda Maria Vendrusculo; Mauro Henrique Moraes
Vargas; Paulo José Cauduro Marostica; Márcio Vinícius Fagundes Donadio,
Ambulatório de Fibrose Cística do Hospital São Lucas da PUCRS; Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul, PUCRS; Porto Alegre
Introdução: A dornase alfa é um aerossol que reduz a viscosidade do muco, estando relacionada com melhora
da função pulmonar e redução das exacerbações em pacientes com fibrose cística (FC). No entanto, ainda são
escassas as evidências sobre os efeitos da sua utilização em relação à capacidade funcional. Objetivo: Comparar
o efeito da inclusão da dornase alfa no regime de tratamento de pacientes com FC sobre a função pulmonar e
a capacidade funcional. Materiais e métodos: Estudo observacional, retrospectivo, realizado no ambulatório
de FC do HSL-PUCRS, no qual o grupo intervenção (GI) incluiu pacientes com FC, idade entre 6 e 19 anos e
que estivessem utilizando dornase alfa. Já no grupo controle (GC) foram adotados os mesmos critérios, porém
sem a utilização desta terapia. Ambos os grupos foram pareados considerando-se as variáveis antropométricas
e a idade. Os pacientes do GI foram avaliados antes e após o início da utilização de dornase alfa e os do GC no
mesmo período. Primeiramente, todos os participantes realizaram as mensurações antropométricas e o exame
espirométrico. Após, foi realizado a manovacuometria (PIMAX e PEMAX) e o teste de caminhada dos seis
minutos (TC6). Todos os procedimentos seguiram diretrizes internacionais. Os dados foram expressos em
média, desvio padrão, porcentagem e comparados através do teste t de student. Resultados: Foram incluídos
12 pacientes (6 no GI e 6 no GC), sendo 8 do sexo feminino. Não houve diferença significativa no tempo
médio de intervalo entre as avaliações, assim como não houve diferenças pré-intervenção entre os grupos
quando comparadas as variáveis altura (GI:1,4±0,3; GC:1,4±0,2), peso (GI:36,8±15,8; GC:40,3±16,8) e idade
(GI:12,5±5,3; GC:10,7±3,3). No entanto, houve diferença significativa em relação ao volume expiratório forçado
no primeiro segundo (VEF1) (GI:77±26,4; GC:112±24,7). Em relação ao período de intervenção, o VEF1
variou -15,33% no GI e 1,67% no GC. Já a PIMAX demonstrou uma mudança de 9,51% e 13,15%, a PEMAX
de -8,13% e -4,33%, enquanto o TC6 variou 4,94% no GI e -5,50% no GC, respectivamente, demonstrando que
os pacientes do GI mantiveram a sua capacidade funcional, enquanto o GC apresentou uma queda. Apesar
disso, as variações pré e pós-intervenção não foram significativas para as variáveis avaliadas. Conclusão: Os
resultados demonstram que, apesar de não haver diferenças significativas em relação à função pulmonar e a
capacidade funcional, houve uma tendência de aumento na distância percorrida no TC6 nos pacientes que
utilizaram dornase alfa.
Palavras-chave: fibrose cística, testes de função pulmonar, dornase alfa.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 13


DESCRIÇÃO DOS DESFECHOS DOS TESTES SUBMÁXIMOS EM GRUPO DE PACIENTES SUBMETIDOS A REABILITAÇÃO
Adriane Schmidt Pasqualoto1; Vivian Da Pieve Antunes1,2; Jaqueline de Fátima Biazus2; Marília Panta
Machado2; Marta Dreier2; Marco Colomé Beck1; Carla Pessota2; Carla Mirelle Giotto Mai2.
1
Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, RS, Brasil; 2 Centro Universitário Francisco/ UNIFRA, RS, Brasil
Introdução: As anormalidades músculo esqueléticas relatadas na DPOC influenciam o estado de saúde e
contribuem para um substancial aumento no risco de mortalidade independente dos marcadores tradicionais
como VEF1. Na presença da disfunção muscular periférica a redução da capacidade de exercício e a fraqueza
muscular nos membros inferiores e superiores relaciona-se com a intensidade dos sintomas durante a realização
das atividades. A capacidade de executar o movimento é uma habilidade que pode estar comprometida
nessa população, prejudicando a sua independência funcional. Objetivo: Descrição dos desfechos dos testes
submáximos em grupo de pacientes submetidos a programa de reabilitação. Materiais e Métodos: Os pacientes
participam de um programa de reabilitação cardiopulmonar de 8 semanas. Foram incluídos no programa
após a liberação médica para a realização das atividades aeróbicas. Todos estavam clinicamente estáveis por
no mínimo 4 semanas no momento da avaliação. Foram coletados dados antropométricos, nutricionais,
perimetria da coxa, teste de força muscular periférica, manovacuometria e três testes submáximos (TC6,
TD6 e TSL). A ordem dos testes foi randomizada: A perimetria de coxa foi realizada em intervalos de 5
cm suprapatelar. As pressões respiratórias foram com manovacuômetro digital modelo MVD-300, Para o
registro das pressões foi considerado o valor mais alto, com uma variação de menos de 10% entre elas. O
valor previsto da distância percorrida e força muscular respiratória foram calculados utilizando as equações
do Neder. Foi realizada a estatística descritiva e utilizado o coeficiente de correlação de Pearson o nível de
significância utilizado foi de 5%. Resultados: A amostra foi constituída de 10 pacientes com media de idade
64,40±15,60, IMC 24,84±2,5, apresentavam força muscular periférica grau 5, fraqueza muscular respiratória
(PImáx 63,69±35,55). Nos testes submáximos, percorreram 497,90±90,03 metros, subiram 112,10±44,59
degraus e no teste de sentar e levantar alcançaram 20±5,2 elevadas. Encontramos uma relação negativa entre
a força muscular expiratória com TSL (r= -0,74; p=0,02) e positiva com TD6 (r=0,95; p<0,001). Os resultados
demonstraram uma relação negativa entre percentual distancia percorrida com a força muscular periférica
(r=-0,70; p=0,03). Conclusão: Podemos observar que força muscular expiratória interferiu no desempenho da
capacidade funcional no TD6 e TSL, bem como a força muscular periférica influenciou a distancia percorrida.
Porém não encontramos relação entre os testes submáximos na amostra estudada, atribuímos a este resultado
o pequeno número amostral.
Palavras-chave: reabilitação, testes submáximos, DPOC.

TREINAMENTOCOMESPIRÔMETRODEINCENTIVONOPÓSOPERATÓRIODECIRURGIACARDÍACAFASEAMBULATORIAL
Fernanda Dallazen; Juliara Cristina Werner Lorenzoni; PollyanaWindmöller; ElianeRoseli Winkelmann.
UNIJUÍ, Ijuí, Rio Grande do Sul.
Introdução: A cirurgia cardíaca pode ser definida como processo de restauração e restituição das capacidades
vitais, pelo qual o paciente busca retorno ao bem-estar do ponto de vista físico, mental e social. Objetivo: Verificar
os efeitos do treinamento com espirômetro de incentivo (EI) a fluxo em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.
Materiais e Métodos: Estudo do tipo clínico de intervenção, onde foram avaliados pacientes submetidos a
cirurgia cardíaca em três momentos (pré operatório, 10 e 60 dias pós operatório) nos teste de caminhada
em seis minutos (TC6min), força muscular inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx), cirtometriatorácica e
qualidade de vida (QV) através da aplicação do questionário Whoqol-bref. O treinamento com EI ocorreu a
domicílio diariamente durante 30min.Análise estatística:Utilizou-se o programa SPSS 18.0. A normalidade
foi avaliada através do teste Shapiro-Wilk, as variáveis foram apresentadas em média ± desvio-padrão. Para
comparação entre as avaliações foi utilizado o teste T Student para amostras paramétricas dependentes.
Resultados: A amostra foi composta por 15 pacientes com idade média de 56 ± 12 anos. Comparando o pré
operatória e pós 10 dias, ocorreu uma redução de todas as variáveis analisadas, sendo significativo a distância
percorrida (p=0,009) e a porcentagem do previsto (p=0,007) do TC6min. Porém, ao comparar a avaliação pós
operatório de 10 com 60 dias, todos os resultados foram positivamente significativos, menos a cirtometria
mamilar. Na avaliação pré operatória e pós 60 dias foi observado melhora significativa da PIMax (p=0,029),
PEMax , cmH2O (p=0,011). Na QV, no geral percebemos uma melhora significativa quando comparado o pré
e pós 60 dias (p=0,02), e o pós 10 e 60 dias da cirurgia (p=0,01). Conclusões: O EI foi efetivo na recuperação
no pós operatório de cirurgia cardíaca.
Palavras-chave: perfil em saúde, cirurgia cardíaca, reabilitação.

14 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23


IMPACTO DA FISIOTERAPIA NO TEMPO DE PERMANÊNCIA EM VENTILAÇÃO MECANICA EM CRIANÇAS CARDIOPATAS
Marjane S. Cardoso, Anelise Dentzien Pinzon; Claudia Pires Ricachinewsky, Adriane Dal Bosco; Paula Maria Eidt Rovedder
Centro Universitário Metodista, do IPA – Porto Alegre / RS
Introdução: As morbidades mais comuns no pós-operatório de cirurgias cardíacas são as complicações
pulmonares decorrentes da intensa manipulação torácica durante a cirurgia e o número de drenos. Objetivo:
Avaliar o impacto da intervenção fisioterapêutica no tempo de permanência em ventilação mecânica (VM)
das crianças submetidas à cirurgia de cardiopatia congênita (CC). Metodologia: Estudo coorte em crianças
submetidas à cirurgia de CC no Hospital da Criança Santo Antônio em 2011. Amostra foi dividida em dois
grupos conforme a cardiopatia (cianótica e acianótica), subdividida em três grupos conforme o inicio da
fisioterapia em pós operatório imediato POI(intervenção em até 24h PO), pós operatório tardio 1 POT1(de
24h a 72h PO) e pós operatório tardio 2 POT2 (após 72h PO). A coleta dos dados ocorreu da análise de
prontuários dos pacientes no período de dezembro de 2011 a maio de 2012, conforme aprovação nos Comitês
de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Metodista IPA e da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
Análise Estatística: Na comparação dos grupos foram utilizados os testes qui-quadrado de Pearson, exato de
Fisher ou Kruskal-Wallis. Ao avaliar a associação entre as variáveis contínuas e ordinais, o teste de Spearman
foi utilizado. Para controlar o efeito do tipo de cardiopatia nos desfechos considerados, a análise de covariância
foi utilizada. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05) e as análises foram realizadas no programa
SPSS versão 17.0. Resultados: Amostra foi de 23 pacientes com idade mediana de 1 mês(0,03 e 19), 65,2%
eram do sexo masculino, 65,2% apresentavam cardiopatia cianótica. Dos 23 paciente 26,1% eram do grupo
POI, 52,2% POT1 e 21,7% POT2. Para o tempo em VM, a diferença foi significativa nos grupos POI e
POT1 (p = 0,006). No entanto, para o tempo de UTI a diferença deixou de ser significativa (p = 0,072), isto
significa que o inicio da fisioterapia foi um fator associado com o tempo de VM independentemente do tipo de
cardiopatia. Houve associação positiva entre o número de alterações pulmonares com o tempo de VM (r = 0,579;
p = 0,004) e com o tempo de UTI (r = 0,520; p = 0,011). Os pacientes que permaneceram mais tempo em VM
apresentaram maior número de alterações pulmonares. Conclusão: A fisioterapia respiratória realizada no pós-
operatório imediato de CC contribui para diminuição do tempo de permanência do paciente pediátrico em VM.
Palavras-chave: cardiopatia congênita, fisioterapia, pediatria.
ESTUDO DAS VARIÁVEIS QUE PODEM INFLUENCIAR A QUALIDADE DE VIDA DOS PORTADORES DE DPOC
Adriane Schmidt Pasqualoto; Anelise Dumke; Andréia Teresinha Silva; Daiane Falkembach, Darlene Costa
de Bittencourt; Patrícia Chaves Coertjens; Marli Maria Knorst
Hospital de Clínicas de Porto Alegre/HCPA, Porto Alegre, RS, Brasil.
Introdução: A DPOC é uma das principais causas de morbidade crônica, perda de qualidade de vida e
mortalidade. Embora acometa principalmente os pulmões, há uma variedade de manifestações sistêmicas
relacionadas a esta enfermidade, como a desnutrição, perda da força muscular periférica, respiratória,
impacto negativo na qualidade de vida dos doentes e repercussões no ambiente familiar, profissional e social.
Objetivos: Relacionar a qualidade de vida com as variáveis antropométricas, espirométricas, força muscular
respiratória e desempenho funcional dos portadores de DPOC. Materiais e Métodos: Os pacientes foram
prospectivamente recrutados do ambulatório especializado em DPOC do Hospital de Clinicas de Porto Alegre
(HCPA). Foram incluídos os pacientes com confirmação espirométrica de DPOC com relação VEF1/CVF<70
e VEF1 pós broncodilatador <80%. Os 24 pacientes estavam clinicamente estáveis por no mínimo 4 semanas.
Foram coletados dados antropométricos, nutricionais, o estado funcional basal dos pacientes foi avaliado pela
escala MMRC e qualidade de vida pelo SGRQ, manovacuometria e TC6. A ordem dos testes foi randomizada:
As pressões respiratórias foram com manovacuômetro digital modelo MVD-300. Foram realizadas três
manobras reprodutíveis. Para o registro das pressões foi considerado o valor mais alto, com uma variação
de menos de 10% entre elas. No TC6 os pacientes foram orientados a caminhar o mais rápido possível num
corredor de 27,5 metros, durante 6 minutos, seguindo as recomendações da ATS. O valor previsto da distância
percorrida foi calculado utilizando a equação segundo Neder. Para o estudo das correlações entre as variáveis
foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson e o nível de significância utilizado foi de 5%. A regressão
múltipla linear foi usada para estabelecer as variáveis independentes que podem predizer a qualidade de vida
da amostra. Resultados: Amostra apresentava grau da doença de moderada a muito grave, eram eutróficos,
14 pacientes apresentavam limitação a moderados esforços (MMRC=1). Os valores médios da pontuação do
SGRQ foi 48,66±22,27. Distância percorrida no TC6 foi 435,8 ± 88m (86,0±18,5% do predito), PImáx foi 82,71
±23,64 cmH2O, PEmáx 96,96±25,09. Relação negativa da qualidade de vida com a idade (r= - 0,61; p=0,002),
com %VEF1 (r= - 0,42; p=0,043) e com o MRC (r=0,62; p=0,002). Quando as variáveis foram submetidas a
regressão múltipla, houve influencia do índice espirométrico e da distancia percorrida na qualidade de vida.
Conclusões: A idade, a função pulmonar e o estado funcional basal dos pacientes influenciaram nos escores
da qualidade de vida. Não foi encontrada relação com as demais variáveis analisadas.
Palavras-chave: DPOC, qualidade de vida, capacidade funcional.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 15


EFEITOS IMEDIATOS DA AURICULOTERAPIA NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DA APNEIA DO SONO
Marcelo Fabris Vidal1; Denis Martinez2; Jefferson Veronezi1
1
Centro Universitário Metodista, do IPA. Porto Alegre, RS; 2 Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre, RS
Introdução: A síndrome da apneia-hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) é considerada um problema de
saúde pública, e tem como consequências a sonolência diurna excessiva, maior propensão dos indivíduos
com acidentes automobilísticos e eventos cardiovasculares. O tratamento padrão-ouro para a SAHOS é a
pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), que se torna limitado pela má-aderência e os altos custos
relacionados ao tratamento. Por ser uma alternativa prática e de baixo custo, as terapêuticas da medicina
tradicional chinesa estão sendo estudadas, e benefícios já foram demonstrados no tratamento da SAHOS.
Objetivos: avaliar os efeitos imediatos da auriculoterapia no tratamento da SAHOS. Materiais e métodos:
foram incluídos 20 indivíduos com SAHOS, randomizados entre o grupo auriculoterapia e o grupo placebo,
diferindo na especificidade do tratamento. Estes submeteram-se ao exame de polissonografia (PSG) portátil
no pré e pós-tratamento com auriculoterapia no período de uma semana. Na PSG foram avaliados dados de
fluxo aéreo através de cânula nasal, movimentos de tórax através de cinta torácica e saturação periférica de
oxigênio através de oxímetro de dedo. Através da escala de sonolência de Epworth, verificou-se a presença
de sonolência diurna excessiva dos indivíduos. Análise estatística: Realizou-se o teste estatístico não
paramétrico de Wilcoxon e o teste de Mann-Whitney para verificar possíveis diferenças nos resultados das
variáveis mensuradas pré e pós-intervenção, intra e inter-grupos respectivamente, devido à heterogeneidade
da amostra. Para a análise estatística foi adotado o nível de significância de 5%. Resultados: Foi verificada uma
melhora clínica nas variáveis relacionadas aos eventos respiratórios do grupo auriculoterapia, como no índice
de apneia-hipopneia (IAH), no número total de eventos respiratórios e, principalmente do índice de apneia
(IA) que apresentou diferença estatística significativa. Entretanto, as diferenças entre as variáveis relacionadas
à saturação periférica de oxigênio e a sonolência diurna excessiva no grupo auriculoterapia apresentaram uma
tendência à melhora, mas sem relevância clínica e estatística. Conclusão: a auriculoterapia de forma imediata
foi capaz de melhorar variáveis do sono destes indivíduos, se tornando uma alternativa a ser estudada como
forma de tratamento principal ou complementar a outros tratamentos já existentes para SAHOS.
Palavras-chave: síndrome da apneia do sono, auriculoterapia, fisioterapia.

VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO-INVASIVA NO PÓS- OPERATÓRIO DE CIRURGIAS TORÁCICAS E/OU ABDOMINAIS


Alana Piccoli; Roberta Weber Werle; Samanta Pezzi Gomes; Fernando Nataniel Vieira; Alessandra Preisig Werlang
Hospital Nossa Senhora da Conceição – Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS
Introdução: A ventilação mecânica não-invasiva (VNI) é uma estratégia usada para prevenir as complicações
pulmonares (atelectasias, secreção pulmonar, hipoxemia e disfunção muscular) que ocorrem no pós-operatório
de pacientes submetidos a cirurgias abdominais e torácicas. Essa técnica pode ser usada na insuficiência
respiratória estabelecida no pós-operatório ou como forma profilática da mesma. Objetivos: Avaliar a
aplicação e desfechos do uso da VNI nos pacientes de pós-operatório de cirurgias torácicas e abdominais no
período de junho 2010 a julho 2011 em nossa instituição. Matérias e métodos: estudo retrospectivo, descritivo
transversal, com abordagem quantitativa, realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital
público de Porto Alegre-RS, em pacientes de pós-operatório de cirurgia torácica ou abdominal. Os dados
foram coletados a partir de um formulário específico, utilizado de rotina para todos os pacientes que faziam
uso da VNI. Análise Estatística: Para as variáveis contínuas simétricas foi realizado o teste T-Student (média
e desvio padrão). As variáveis assimétricas foram expressas como mediana e intervalo interquartílico e foi
aplicado teste de Mann-Whitney. As variáveis categóricas foram descritas através de frequências absolutas
e relativas e foi aplicado o teste exato de Fisher. Foi considerado como significância estatística, p<0,05.
Resultados: A amostra foi composta por 67 pacientes com média de idade de 63±12 anos, sendo 35(52%)
do gênero feminino. O uso mais frequente ocorreu em pacientes submetidos a cirurgias intratorácicas (67%)
e, em 60% dos pacientes do estudo, a VNI foi instalada nos três primeiros dias de pós-operatório. As causas
mais comuns da aplicação da VNI foram a congestão pulmonar (51%) e como resgate pós-extubação (31%). O
sucesso no uso da VNI ocorreu em 52(77,6%) pacientes e falha, em 15(22,3%), sendo a piora clínica a principal
causa para interrupção da VNI e re-intubação orotraqueal (66%). Houve menor tempo de hospitalização
(p=0,017), permanência na UTI (p<0,001) e menor mortalidade (p=0,04) nos pacientes que obtiveram
sucesso no uso da VNI quando comparado aos pacientes que falharam e retornaram à ventilação mecânica
invasiva. Conclusão: Em nossa amostra, a maioria dos pacientes que utilizou a VNI evoluiu sem a necessidade
de suporte ventilatório invasivo. O uso precoce da VNI apresentou relação com o sucesso da técnica e os
pacientes que falharam na VNI apresentaram maior tempo de internação e mortalidade na UTI e hospitalar.
Palavras-chave: cirurgia torácica, respiração artificial, procedimentos cirúrgicos operatórios.

16 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23


MOBILIDADE TORÁCICA EM PORTADORES DE DPOC SUBMETIDOS AO MÉTODO PNF E À CINESIOTERAPIA:
RESULTADOS PRELIMINARES
Pricila Ourique Costa; Karoline da Silva Feliciano; Leandro Giacometti da Silva; Laura Jurema dos Santos
Universidade Luterana do Brasil – Torres - RS
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) se caracteriza pela presença de obstrução ou
limitação ao fluxo aéreo, onde essas alterações conduzem à hiperinsuflação pulmonar, colocando os músculos
inspiratórios em desvantagem mecânica, levando à mudanças geométricas no tórax. Objetivo: Avaliar a
mobilidade torácica em pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) submetidos
ao método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF) e a cinesioterapia convencional. Materiais e
Métodos: Estudo controlado randomizado realizado de abril a junho de 2012 na clínica escola de Fisioterapia
ULBRA Torres e no domicílio dos indivíduos nas cidades de Torres/RS e Tramandaí/RS. Os pacientes com
DPOC foram randomizados em dois grupos: grupo A (PNF) e grupo B (fisioterapia convencional), sendo
submetidos à avaliação da cirtometria torácica e Peak Flow antes e após o término dos protocolos. Ambos
os grupos realizaram 10 sessões, sendo 2 vezes por semana, com duração de 40 minutos cada atendimento.
Análise Estatística: Os resultados foram apresentados em média e desvio padrão. Resultados: No período do
estudo foram incluídos 7 pacientes, com idade média no grupo A (4 pacientes) de 54,25±3,3 (média±dp) anos
e, no grupo B (3 pacientes), 58,25±4,86 (média±dp) anos. A média da cirtometria torácica na região xifóide do
grupo PNF, na inspiração inicial foi 106,5±7,77 (média±dp) cm e final 107,625±7,97 (média±dp) cm. A média
da cirtometria torácica na região xifóide do grupo convencional, na inspiração inicial foi 92±8,18 (média±dp)
cm e final 93,33±8,74 (média±dp) cm. Conclusão: Observou-se uma tendência ao aumento da mobilidade
torácica na região xifóide nos pacientes submetidos ao método PNF.
Palavras-chave: DPOC, parede torácica, exercícios respiratórios.

TREINAMENTO RESPIRATÓRIO EM PORTADORES DE DPOC NO SOLO E MEIO AQUÁTICO: RESULTADOS


PRELIMINARES
Mariana Porto da Rosa; Bruna da Silva Vendruscolo; Samanta da Silva Ferreira; Joice Maria Policastro da
Silva; Laura Jurema dos Santos
Universidade Luterana do Brasil - Torres/RS
Introdução: As alterações da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) conduzem à hiperinsuflação
pulmonar, colocando os músculos inspiratórios em desvantagem mecânica, levando à fraqueza dos mesmos
e fazendo com que os músculos acessórios da inspiração sejam recrutados. Materiais e Métodos: Estudo
controlado randomizado, realizado com pacientes portadores de DPOC leve da cidade de Torres/RS no período
de julho a outubro de 2011. Os pacientes foram avaliados com a escala de Borg, manovacuometria, Peak Flow
e teste de caminhada de seis minutos antes e após técnicas de fisioterapia aquática (GA) e cinesioterapia
convencional (GB) com sessões de uma hora sendo dois dias por semana, durante cinco semanas. Análise
Estatística: Os resultados foram apresentados em média e desvio padrão e mediana e amplitude interquartil,
conforme a distribuição dos dados. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 45±7,1 anos para o GA
e 51,5±4,9 anos para GB, sendo 100% do sexo masculino. Ocorreu aumento das medidas de PFE no GA de
475±162,6 L/min para 570±113,1L/min e no GB de 625±35,4 L/min para 720±28,3 L/min. Também observou-
se aumento no TC6M, porém o GB obteve um maior ganho, com média de 559,5±6,4 m para 602±18,4 m,
enquanto que no GA a média foi de 490,5±14,8 m para 523,5±44,5 m. Para escala de Borg, a mediana para o
GA foi de 1 (0,5-1,5) para 0,5 (0,25-0,75) e para o outro grupo foi de 1,5 (0,75-2,25) para 1 (0,5-1,5). Conclusão:
Este estudo sugere um aumento da capacidade de exercício e do pico do fluxo expiratório e diminuição da
sensação de dispnéia e cansaço dos pacientes.
Palavras-chave: doença pulmonar obstrutiva crônica, exercícios respiratórios, hidroterapia.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 17


CORRELAÇÃO ENTRE CAPACIDADE FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS COM DPOC
Francini Porcher Andrade; Vanessa Barbosa Paiva Costa; Georgina Rodrigues Morschel; Tilaê Steimentz
Soares; Mariane Borba Monteiro
Centro Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS e Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) provoca uma importante redução na capacidade
física de seus portadores devido à hiperinsulflação dinâmica e ao descondicionamento físico relacionado à
inatividade. Isso contribui para limitações funcionais e periféricas, resultando na baixa qualidade de vida
destes indivíduos. Objetivos: Correlacionar a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos
(DPTC6M) com a qualidade de vida em pacientes com DPOC. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo
transversal, com indivíduos de ambos os sexos, portadores de DPOC moderada a grave. Todos os participantes
realizaram o teste de caminhada de seis minutos (TC6M) para avaliação da capacidade funcional e avaliação
da qualidade de vida através do Questionário do Hospital Saint George (SGRQ), onde maior pontuação
representa pior qualidade de vida. Análise Estatística: Foi utilizado o teste de Correlação de Pearson na análise
estatística, sendo considerado significativo p< 0,05. Resultados: Foram avaliados 27 indivíduos, sendo 15 do
sexo feminino, com média de idade de 62,6±9,3 anos. Verificou-se uma média na DPTC6M de 355,8±110,5
metros e 53,7±23,9% na média total dos domínios expressos no SGRQ. Foi observada uma correlação negativa
fraca estatisticamente significativa entre a DPTC6M e a qualidade de vida expressa pelos domínios sintomas
(r= -0,39; p= 0,04), atividade (r= -0,46; p= 0,02), impacto (r= -0,44; p= 0,02) e com o escore total do SGRQ
(r= -0,47; p= 0,01) nestes indivíduos. Conclusão: Foi verificada presença de correlação negativa fraca entre
a DPTC6M e a qualidade de vida nos indivíduos avaliados, ou seja, quanto maior a capacidade funcional,
melhor a qualidade de vida.
Palavras-chave: qualidade de vida, DPOC, testes de função respiratória.
Apoio Financeiro: FAPERGS, PIBIC – IPA

CORRELAÇÃO ENTRE FORÇA DE PREENSÃO PALMAR E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS COM DPOC
Francini Porcher Andrade; Vanessa Barbosa Paiva Costa; Georgina Rodrigues Morschel; Tilaê Steimentz
Soares; Mariane Borba Monteiro
Centro Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS e Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) provoca uma importante redução na
capacidade física de seus portadores, o que contribui para limitações funcionais resultando na redução das
atividades de vida diária e piora na qualidade de vida. Objetivos: Correlacionar a força de preensão palmar
(FPP) bilateralmente com a qualidade de vida em pacientes com DPOC. Materiais e Métodos: Foi realizado
um estudo transversal, com indivíduos de ambos os sexos, portadores de DPOC moderada a grave. Todos
os participantes realizaram o teste de FPP bilateralmente utilizando um dinamômetro de preensão palmar
tipo hand-grip para a avaliação da capacidade muscular periférica e avaliação da qualidade de vida através
do Questionário do Hospital Saint George (SGRQ), onde maior pontuação representa pior qualidade de
vida. Análise Estatística: Foi utilizado o teste de Correlação de Pearson na análise estatística entre a FPP
no lado dominante e a qualidade de vida, e o teste de Correlação de Spearman para análise estatística entre
a FPP no lado não dominante e a qualidade de vida, sendo considerado significativo p<0,05. Resultados:
Foram avaliados 28 indivíduos, sendo 16 do sexo feminino, com média de idade de 62,6±9,3 anos. Todos os
indivíduos relataram ter o membro direito como dominante. Verificou-se uma média de 25,3±16,4 Kgf na
FPP à direita e 21,2±12,3 à esquerda. A pontuação total dos domínios expressos no questionário SGRQ foi de
53,7±23,9%. Não foi observada correlação significativa entre a FFP no lado direito com a qualidade de vida
expressa pelos domínios sintomas (r= -0,05; p= 0,79), atividade (r= -0,25; p= 0,20), impacto (r= -0,14; p=
0,47) e com o escore total do SGRQ (r= -0,14; p= 0,48). Também não foi observada correlação significativa
entre a FPP no lado esquerdo com a qualidade de vida expressa pelos domínios sintomas (r= -0,03; p= 0,71),
atividade (r= -0,19; p= 0,32), impactos (r= 0,08; p= 0,67) e com o escore total do SGRQ (r= -0,55; p= 0,78)
nestes indivíduos. Conclusão: Foi verificada ausência de correlação significativa entre a FPP bilateralmente
com a qualidade de vida nos indivíduos avaliados, ou seja, a perda de força muscular periférica não está
relacionada com a piora na qualidade de vida dos pacientes avaliados.
Palavras-chave: qualidade de vida, DPOC, força muscular.
Apoio Financeiro: FAPERGS, PIBIC - IPA

18 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23


OS EFEITOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA NO ESTRESSE OXIDATIVO
Ivan Lopes Braga¹; João Batista Raposo Mazullo Filho²; Silvia Bona¹; Darlan Pase da Rosa¹; Fabiano Gomes
da Silva³; Luiz Alberto Forgiarini Junior4; Alexandre Simões Dias¹, Norma Possa Marroni²
1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS- Porto Alegre (RS), Brasil; 2. Universidade Luterana do
Brasil -ULBRA- Canoas (RS), Brasil; 3. Universidade NOVAFAPI- Teresina (PI), Brasil; 4. Centro Universitário
Metodista – IPA- Porto Alegre (RS), Brasil.
Objetivo: A ventilação mecânica constitui um dos pilares terapêuticos da unidade de terapia intensiva,
entretanto, deve-se avaliar os efeitos deletérios por ela ocasionados, logo objetivamos avaliar o estresse
oxidativo de pacientes internados em unidade de terapia intensiva submetidos à ventilação mecânica invasiva.
Métodos: Estudo transversal onde foram incluídos 12 pacientes que estavam em ventilação mecânica invasiva.
As coletas sanguíneas (3 mL) foram realizadas no primeiro e último dia em que o paciente estava submetido
a ventilação mecânica invasiva e utilizou-se o plasma para avaliação das substâncias que reagem ao ácido
tiobarbitúrico (TBARS) e os glóbulos vermelhos para dosagem de superóxido dismutase (SOD) e da catalase.
Resultados: Os pacientes apresenta­ram média de idade de 64,8±17,6 anos; volume corrente de 382±44,5 mL e
APACHE II de 15±7. Quando comparado o TBARS inicial e ao final da ventilação houve diferença significativa
(3,54±0,74 vs. 4,96±1,47; p=0,04). Em relação às enzimas antioxidantes não houve diferença. Observa-se
correlação entre as variáveis PaO2/FiO2 e TBARS (r = 0,4); SOD e PaO2/FiO2 (r = 0,51) e SOD e APACHE
II (r = 0,56). Quanto ao desfecho da internação, 6 pacientes foram a óbito. Conclusão: Pacientes submetidos à
ventilação mecânica invasiva podem apresentar alteração do estado redox, marcado pelo aumento no TBARS
e redução das enzimas antioxidantes.
Palavras-chave: estresse oxidativo, unidades de terapia intensiva, respiração artificial, substâncias reativas com
ácido tiobarbitúrico.

VARIÁVEIS PREDITIVAS DE SUCESSO NO DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA


Mariana Signorini Hardt; Gabriella Corbellini Ferreira; Clarissa Blattner; Rafael Saldanha dos Santos;
Adriana Kessler
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Introdução: A decisão do início do desmame da ventilação mecânica é fundamental para o seu sucesso e
depende basicamente da monitorização contínua quanto às variáveis clínicas do paciente. O escore de gravidade
Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) avalia a severidade do comprometimento orgânico enquanto que
o Índice de Respiração Rápida e Superficial (IRRS) parece ser o mais acurado para prognosticar a capacidade
do paciente em sustentar a ventilação espontânea adequada. Objetivo: Verificar a eficácia do IRRS e do SOFA
como preditores de sucesso para extubação. Materiais e métodos: Foram incluídos pacientes internados na
Unidade de Terapia Intensiva, submetidos à ventilação mecânica invasiva por mais de 24 horas, apresentando
melhora ou resolução da causa de base da insuficiência respiratória, PaO2/FiO2 > 200, PEEP ≤ 5 cmH2O
e FiO2 < 0,4, capazes de desencadear um estímulo respiratório espontâneo, estáveis hemodinamicamente,
cooperativos e sem sedação por mais de 6 horas. Após a verificação do SOFA, os pacientes foram colocados
em ventilação espontânea e o IRRS foi mensurado no 1º e 30º minuto. Pacientes que apresentaram o IRRS
≤ 105 ipm/L foram extubados. Análise estatística: As variáveis quantitativas foram descritas por média ±
desvio padrão ou mediana (P25 – P75). As variáveis qualitativas foram descritas por frequências absolutas e
relativas. Para comparar as duas medições do IRRS, foi aplicado o teste t-student para amostras pareadas. Para
comparar médias entre os pacientes com insucesso e sucesso, o teste t-student para amostras independentes foi
utilizado. As variáveis foram logaritmizadas para adquirirem distribuição normal. Para comparar proporções,
foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5% (p≤0,05). Resultados:
121 pacientes (53,7% do sexo feminino), com idade de 60,3 ± 17,2 anos, divididos em dois grupos: sucesso
(n=97) e insucesso (n=24). Nenhuma das medidas do IRRS se relacionou com o desfecho (p=0,889 e p=0,459
respectivamente). Entretanto, a medida do 30º minuto do IRRS apresentou valores menores do que no 1º
minuto (p=0,034). O escore SOFA teve associação significativa ao desfecho (p<0,001). Por fim, 45 pacientes
evoluíram para óbito, este sendo diretamente relacionado ao desfecho (p=0,017). Conclusões: Esses resultados
sugerem que os índices IRRS e SOFA, em um protocolo e desmame, podem ser complementares, predizendo
uma maior taxa de sucesso no desmame.
Palavras-chave: desmame do respirador, unidade de terapia intensiva, extubação.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 19


estresse oxidativo e alterações pulmonares nA cirrose hepática EXPERIMENTAL
Renata Salatti Ferrari1,2, Darlan Pase da Rosa1,2, Luiz Felipe Forgiarini Junior1,3, Alexandre Simões Dias1,2,
Norma Possa Marroni1,2
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Porto Alegre, RS; 2Laboratório de Hepatologia e
Gastroenterologia Experimental do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, RS; 3Laboratório de Vias
Aéreas e Pulmão do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA, Porto Alegre, RS
Introdução: O uso de tetracloreto de carbono (CCl4) em ratos é um modelo experimental de dano ao tecido
hepático, desencadeando fibrose e, a longo prazo, cirrose. A cirrose hepática é uma doença crônica progressiva,
que representa um estado de disfunção hepática irreversível ou lentamente reversível, caracterizado pela
formação de nódulos fibróticos. Objetivo: Avaliar as alterações hepáticas e pulmonares causadas pelo modelo
de cirrose hepática através da utilização de CCl4 intraperitoneal (i.p) em ratos. Materiais e Métodos: Foram
utilizados 18 ratos Wistar machos divididos em 3 grupos experimentais: grupo controle (CO); e outros 2
grupos divididos pelo tempo de indução da cirrose por CCl4. G1 (11semanas de indução), G2 (16semanas
de indução). A ração foi controlada e o fenobarbital foi adicionado na água de beber dos animais (0,3ml/
dl) servindo como indutor enzimático potencializando o efeito do CCl4. O Grupo controle (CO) recebeu 0,5
ml de óleo mineral i.p, enquanto que o Grupo Experimental (CCl4) recebeu (0.5 ml/kg i.p.) de CCl4 diluídos
em óleo mineral na proporção de 1:6. Análise Estatística: A análise estatística foi realizada por programa
estatístico SPSS 17.0 (Statistical Package for Social Science). Os resultados são expressos como média±DP.
Os dados foram comparados por análise de variância (ANOVA), seguido do post-hoc de Student Newmann
Keuls. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Verificamos elevação significativa no nível
das transaminases hepáticas, na lipoperoxidação do tecido hepático e pulmonar (TBARS) e nas enzimas
antioxidantes SOD e CAT, além de um aumento da expressão de TNF-α e IL-1β no pulmão dos animais
cirróticos. Observamos alteração nas trocas gasosas de ambos os grupos cirróticos. Conclusão: Podemos
concluir que nosso modelo experimental reproduziu a cirrose hepática, além de causar alterações no sistema
pulmonar provocando alteração nas trocas gasosas, alterando o lúmen e a espessura dos vasos pulmonares.
Palavras-chave: cirrose hepática, modelo experimental de doença, tetracloreto de carbono.

PERFIL DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA DE UM HOSPITAL DO VALE DO RIO DOS SINOS
Caroline Colombo; Cíntia Regina Rosa; Paulo Lavaniere de Azevedo Moreno; Sandro Roberto Jacobs da Fonseca
Instituto de Tratamento Cardiovascular- Hospital Municipal de Novo Hamburgo- Novo Hamburgo-RS-Brasil
Introdução: As doenças cardiovasculares estão entre as condições que mais contribuem para morbi-
mortalidade precoce e constituíram a principal causa de morte e incapacidade no ano de 2010, além de
representarem altos custos em assistência médica. A cirurgia cardíaca é realizada quando a probabilidade
de uma vida útil é maior com o tratamento cirúrgico do que com o tratamento clínico, sendo responsável
pela redução da sintomatologia, além de otimizar a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes cardiopatas.
Cirurgias cardiovasculares estão entre os mais comuns procedimentos realizados em hospitais de grande
porte. A cardiopatia isquêmica é determinada pela interação entre fatores genéticos e ambientais, sendo as
mudanças no estilo de vida o principal tratamento para o bom prognóstico da doença. Porém, quando o
paciente evolui para infarto agudo do miocárdio, a cirurgia de revascularização é considerada o melhor recurso
para a prevenção da função cardíaca e restauro do fluxo sanguíneo coronariano. Objetivo: Verificar o perfil
de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca em um hospital do Vale do Rio dos Sinos de julho de 2011 a maio
de 2012. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo quantitativo retrospectivo, em um Hospital do Vale
do Rio do Sinos, referencia em cirurgia cardíaca da região. Análise estatística: Análise estatística descritiva
com média e desvio padrão. Resultados: Foram avaliados 55 pacientes, sendo 64% do sexo masculino e 36%
feminino, com média de idade de 58anos, sendo que 5% apresentavam cardiopatia congênita e 95% pacientes
apresentavam cardiopatia adquiridas, tendo como principais doenças associadas a hipertensão arterial
sistêmica em 73% e diabetes melito em 31%, sendo 55% tabagistas. Conclusão: Evidencia-se que a cirurgias
cardíacas ocorrem com maior incidência numa população do sexo masculino, de maior idade e complexidade
clínica, tabagistas o que levam a cardiopatia isquêmica.
Palavras-chave: cirurgia torácica, doenças cardiovasculares, cardiopatia isquêmica.

20 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23


AÇÃO DO TRANS-RESVERATROL NO ESTRESSE OXIDATIVO CARDÍACO DE RATOS EXPOSTOS À FUMAÇA DE CIGARRO
Melina Hauck; Michelle Carneiro Teixeira; Carolina Fantinel Veloso; Liliane de Freitas Bauermann; Antônio
Marcos Vargas da Silva
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil
Introdução: O tabagismo, fator de risco para as principais causas de óbito, elimina, em sua parte gasosa, radicais
livres e moléculas oxidantes geradoras de espécies reativas do metabolismo do oxigênio. A peroxidação de
lipídios da membrana (lipoperoxidação), dano oxidativo ocasionado por essas espécies, pode promover o estresse
oxidativo (EO), resultado do desequilíbrio entre tal dano e o sistema de defesa antioxidante. Dessa maneira,
uma exposição prolongada ao EO em função do tabagismo é nociva à saúde e os micronutrientes de uma dieta
antioxidante podem abrandar alguns efeitos danosos da fumaça do cigarro. O trans-resveratrol é um flavonóide
reconhecido como potente antioxidante presente na dieta e está associado aos benefícios cardiovasculares obtidos
pelo consumo moderado de vinho tinto. Objetivo: Investigar a ação da suplementação com trans-resveratrol,
sobre variáveis de EO cardíaco, em ratos expostos à fumaça de cigarro. Materiais e métodos: 32 ratos Wistar
foram randomizados em 4 grupos de 8 animais, sendo: grupo controle (GC), grupo antioxidante (GA), grupo
exposição à fumaça (GF) e grupo antioxidante e exposição à fumaça (GAF). Foi aplicado o protocolo central
mainstream adaptado no GF e GAFpara a exposição à fumaça de cigarro. O GA e GAF receberam otrans-
resveratrol na dosagem de 6,0 mg/kg. Os protocolos perduraram 2 meses. Foi utilizada a técnica do TBA-
RS para medida de marcadores de lipoperoxidação e dosagem da Catalase (CAT) para medida da atividade
enzimática em tecido cardíaco. Análise estatística: Foi utilizado o programa StatisticalPackage for The Social
Sciences (SPSS; versão 13.0). Os dados estão apresentados em média e desvio-padrão. A comparação entre os
grupos ocorreu pela Análise de Variância de uma via, seguida do post-hoc de Tukey. Foi considerado um nível de
significância de 5% (p<0,05). Resultados: O GF apresentou níveis de TBA-RS maiores que o GC (p<0,001) e o GAF
(p<0,006), todavia, sem diferença do GA em relação ao GF e ao GAF. A atividade da CAT foi maior no GAF em
comparação ao GC (p<0,001), GA (p<0,001) e GF (p<0,001), sendo que não houve diferença significativa entre o
GA e o GF. Conclusões: A exposição à fumaça de cigarro aumentou alipoperoxidaçãocardíacae a suplementação
com trans-resveratrolelevou a atividade da CAT e diminuiu os níveis de TBA-RS, demonstrando a redução nos
níveis de estresse oxidativo. Sendo assim, o trans-resveratrol foi eficaz para mitigar danos oxidativoscardíacos
decorrentes da exposição à fumaça de cigarro, através daestabilização de fatores pró-oxidantes.
Palavras-chave: tabagismo, estresse oxidativo, antioxidantes.
ESTRESSE OXIDATIVO CARDÍACO APÓS EXERCÍCIO FÍSICO E EXPOSIÇÃO À FUMAÇA DE CIGARRO EM RATOS
Melina Hauck; Carolina Dalla Costa; Carolina Fantinel Veloso; Michelle Carneiro Teixeira; Liliane de Freitas
Bauermann; Antônio Marcos Vargas da Silva
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil
Introdução: O tabaco é citado como principal causa de morte evitável e um dos maiores problemas de saúde
pública. Entre os efeitos danosos, está a diminuição da capacidade antioxidante total devido ao aumento de
radicais livres e espécies reativas do metabolismo do oxigênio (ERMO). Ocorre, também, elevação dos níveis
de lipoperoxidação (LPO) em consequência do ataque das ERMO às membranas celulares. O exercício físico
é atrelado à capacidade de promover alterações metabólicas lipídicas, lipoprotéicas e no processo de formação
radicais livres, sendo que a prática de exercício físico moderado é relacionada aos benefícios à saúde. Objetivo:
Avaliar dano e defesa antioxidante, no processo de estresse oxidativo, no tecido cardíaco de ratos expostos
à fumaça de cigarro e ao exercício físico. Materiais e métodos: 40 ratos Wistar foram randomizados em 4
grupos de 10 animais, sendo: grupo controle (GC), grupo treinamento (GT), grupo exposto à fumaça (GF) e
grupo treinamento e exposto à fumaça(GFT). Para a exposição à fumaça de cigarro foi utilizado o protocolo
central mainstream adaptado, pelo período de 2 meses. A prática do exercício físico aeróbico foi realizada
em uma esteira rolante, em velocidade inicial de 10 m/min com progressão diária até a velocidade de 30
m/min, durante 1 mês. A análise da LPO ocorreu por meio do teste do TBA-RS e a medida da atividade
antioxidante enzimática através da medida da Catalase (CAT). Análise estatística: Foi utilizado o programa
StatisticalPackage for the Social Science (SPSS; versão 13.0). Os dados estão apresentados em média e desvio
padrão. Para a comparação entre os grupos foi utilizada a análise de variância de uma seguida do teste post-
hoc de Bonferroni, considerando um nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: O teste do TBA-RS
mostrou valores inferiores do GT em relação ao GF (p<0,001), porém, sem diferença com o GFT. O GF
apresentou valor significativo em relação ao GC (p=0,004) e o GFT (p<0,001). A avaliação da atividade da
CAT evidenciou níveis menores no GF em comparação ao GC (p<0,001), GT (p<0,012) e ao GFT (p<0,001).
Não houve diferença entre GT e GFT. Conclusões: A exposição à fumaça de cigarro exacerba os níveis de
dano oxidativo cardíaco e o exercício físico aeróbico exerce efeito protetor na LPO decorrente da exposição à
fumaça de cigarro, representando uma estratégia terapêutica adequada.
Palavras-chave: exercício aeróbico, cigarro, estresse oxidativo.
ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 21
EFEITOS DA UTILIZAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS BASEADOS NO MÉTODO PILATES SOBRE O
CONTROLE GLICÊMICO DE PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2
Mariana Motta Vighi; Waleska Burlamaqui Guerreiro, Fábio Cangeri Di Naso; Cleci Redin Blois
Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, Rio Grande do Sul
Introdução: O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que vem se mostrando um grave problema de
saúde pública. O Pilates é uma atividade física que possui grande variedade de exercícios que se adaptam às
particularidades dos indivíduos e melhora força, flexibilidade, equilíbrio, postura, auto-estima e respiração.
Objetivo: Verificar os efeitos da utilização de um programa de exercícios de Pilates sobre o controle glicêmico
em portadores de DM tipo 2. Métodos: A amostra foi composta por 8 diabéticos tipo 2 pertencentes à
Associação Pelotense de Diabéticos, em Pelotas-RS. A intervenção durou 10 semanas, ocorrendo 3 vezes por
semana. Utilizou-se protocolo composto por 13 exercícios que englobaram fortalecimento, alongamento e
respiração. Houve 4 perdas, reduzindo a amostra para 4 indivíduos. Foi realizada a análise da HbA1C pré
e pós-intervenção, HGT e PA diariamente, IPAQ e um questionário sobre a adesão à dieta alimentar e aos
medicamentos. Para a análise estatística foi utilizado o SPSS e as variáveis foram analisadas através da média
e desvio padrão. Para comparação intragrupo foi utilizado o teste T pareado, com nível de significância em
5% (p<0,05). Resultados: As taxas de glicemia e da HbA1C foram analisados através de média pré e pós-
intervenção e obteve-se média de glicemia pré-intervenção de 117,5 e pós-intervenção de 104,6 (p=0,079), a
HbA1C teve média pré e pós-intervenção de 5,7% e 5,2% respectivamente (p=0,078). CONCLUSÃO: Sugere-
se que os exercícios de Pilates atuaram positivamente no controle glicêmico de diabéticos tipo 2, apesar do
reduzido tamanho da amostra.
Palavras-chave: diabetes mellitus tipo 2, exercício, fisioterapia.

EFEITO DA PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA SOBRE OS MÚSCULOS ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO E


PARAESTERNAL EM PACIENTES COM DPOC
Dannuey Machado Cardoso; Renan Trevisan Jost; Rosana Paula Werberich; Cristine Lima Alberton;
Isabella Martins Albuquerque; Dulciane Nunes Paiva; Sérgio Saldanha Menna Barreto
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) leva à obstrução crônica do fluxo aéreo e
retenção de arno pulmões, fatores que afetam a ação diafragmática, colocando-o em desvantagem mecânica
e exigindo o recrutamento da musculatura acessória. Alguns estudos indicam que a aplicação de pressão
positiva expiratória (EPAP) reduziria a hiperinsuflação dinâmica e a atividade da musculatura inspiratória
acessória. Objetivo: Analisar o efeito da aplicação da EPAP de 10 e 15 cmH2O sobre a atividade dos músculos
esternocleidomastóideo (ECM) e paraesternal em pacientes com DPOC estável. Materiais e métodos: Em um
ensaio clínico randomizado, composto por vinte e um pacientes com DPOC, que foram alocados em Grupo
10 cmH2O (n=10) e Grupo 15 cmH2O (n=11), avaliamos a função pulmonar, a força muscular respiratória
e o comportamento da atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos ECM e paraesternal em respiração
espontânea (Pré-EPAP), durante 20 minutos de aplicação da EPAP, através de máscara facial e 10 minutos
após sua retirada. Análise estatística:Os resultados referentes às variáveis antropométricas, função pulmonar
e força muscular respiratória foram comparados entre os grupos através do teste t Student para amostras
independentes. Para análise do sinal eletromiográfico entre os momentos avaliados foi utilizado a ANOVA
tow-way. Foi considerado como significativo um p<0,05. Resultados: Observamos que a aplicação da EPAP
10 cmH2O promoveu uma redução da atividade EMG do músculo ECM (p<0,0001) e aumento no músculo
paraesternal (p<0,0001). Já o grupo que utilizou 15 cmH2O de EPAP apresentou uma tendência ao aumento da
atividade EMG do músculo ECM e um aumento significativo no músculo paraesternal (p=0,005). Conclusões:
Nossos resultados apontaram para um benefício da aplicação da EPAP de 10 cmH2O em reduzir a atividade
da musculatura inspiratória acessória e potencializar a ação dos músculos paraesternais em pacientes com
DPOC estável. No entanto, este benefício não foi alcançado quando a EPAP de 15 cmH2O foi aplicada, onde
os pacientes apresentaram um aumento da atividade da musculatura inspiratória acessória, já acentuada na
DPOC.
Palavras-chave: respiração com pressão positiva, doença pulmonar obstrutiva crônica, músculos respiratórios.

22 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23


Alterações hepáticas e pulmonares decorrentes da cirrose em dois modelos
experimentais
Filipe Boeira Schedler; Renata Salatti Ferrari; Maurício Tieppo; Darlan Pase da Rosa; Luiz Alberto
Forgiarini Junior; Alexandre Simões Dias; Norma Possa Marroni
Laboratório de Hepatologia e Gastroenterologia Experimental do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA
Introdução: A Cirrose é considerada o estágio mais avançado de fibrose tecidual e é caracterizada pela perturbação
do parênquima hepático, aparecimento de septos e nódulos fibróticos, alterações do fluxo sanguíneo hepático
e risco de falência hepática. O CCl4 tem sido descrito como provocador de efeitos hepatotóxicos tais como
fibrose, esteatose, necrose e carcinoma hepatocelular. A LDB está relacionada com cirrose biliar secundária,
fazendo com que ocorra proliferação celular, necrose hepatocelular, apoptose, ativação de células estreladas, e,
finalmente, a formação de fibrose e cirrose hepática. Objetivos: Avaliar as alterações pulmonares e hepáticas
em dois modelos experimentais de cirrose hepática pelo uso de tetracloreto de carbono intraperitoneal (CCl4)
e ligadura de ducto biliar (LDB). Materiais e Métodos: Vinte e quatro ratos machos Wistar foram divididos
em grupo controle (CO) e experimental (EX). Foram avaliadas as transaminases hepáticas (AST, ALT, FA),
gasometria arterial (PaO2, PCO2 e SatO2) e a lipoperoxidação através de TBARS (substâncias que reagem ao
ácido tiobarbitúrico) e por quimiluminescência (QL). Também foi avaliada a atividade antioxidante da enzima
superóxido dismutase (SOD) e a histologia do tecido pulmonar e hepático. Análise Estatística: Os resultados
são expressos como média±DP. A análise estatística foi realizada pelo programa estatístico Statistical Package
for Social Science, versão 13.0. Os dados foram comparados por análise de variância (ANOVA), seguido do
post-hoc de Student Newmann Keuls. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Nas enzimas
hepáticas (AST, ALT e FA), bem como na PaO2 foram observadas diferenças significativas (p<0,05) entre os
grupos CO vs EX em ambos modelos. Os níveis de TBARS, QL e a atividade da enzima SOD encontram-se
aumentados nos grupos CCl4 e LDB: CO vs EX (p<0,05). Na análise histológica do pulmão observamos um
aumento na espessura da parede da artéria pulmonar e uma redução no diâmetro no modelo CCl4: CO vs
EX, e no modelo de LDB podemos observar uma redução da espessura e aumento no diâmetro da parede da
artéria pulmonar. Conclusões: Ambos os modelos experimentais provocaram dano hepático, além de causar
alterações na parede da artéria pulmonar contribuindo na redução das trocas gasosas.
Palavras-chave: fígado, ratos, modelos animais de doenças.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23 | 23


24 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):7-23
Resumos
REGIONAL Goiás (GO)

ASSOBRAFIR Ciência.
ASSOBRAFIR 20122010
Ciência Dez;3(Supl):25-37
Dez;1(2):11-31
Set;1(1):23-33 | 25
Anais do evento:
IV CONGRESSO GOIANO DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM
TERAPIA INTENSIVA DA ASSOBRAFIR

REGIONAL Goiás (GO)

Data: 19 e 20 de outubro de 2012


Local: Auditório da Área IV da PUC
Cidade: Goiás, Goiânia – GO

Comissão Organizadora
Dr. Erikson Custódio Alcântara (Diretor Presidente Regional)
Dra. Elizabeth Rodrigues de Morais (Diretora Científica Regional)
Dra. Patrícia Resende Nogueira (Tesoureira Regional)

Comissão Científica
Dra. Krislainy de Sousa Corrêa
Dr. Erikson Custódio Alcântara
Dra. Elizabeth Rodrigues de Morais
Dra. Priscila Valverde de Oliveira Vitorino

ASSOBRAFIR REGIONAL GOIÁS


Regional Goiás
Diretor da Regional GO
Erikson Custódio de Alcântara
Coordenadora Científica Regional
Elizabeth Rodrigues de Morais
Tesoureira Regional
Patrícia Resende Nogueira
Secretária Executiva Regional
Melissa Nascimento Barros
Suplente 1
Priscila Valverde Vitorino
Suplente 2
Flávia Regina Leão
Suplente 3
Aika Ribeiro Kubo

26 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37


USO DE PEDÔMETROS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA EM PACIENTES COM DPOC –
REVISÃO DE LITERATURA
Rodolfo Focaccia. ¹Leandro Costa. 1Caio Nascimento. 1Eduardo Perez. ²Alexandre Luque
1

¹ Graduando do curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-SP


² Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário São Camilo-SP
E-mail: aleluque@terra.com.br
Introdução:Embora tenham sido estudados à exaustão diversos testes e tecnologias para avaliar o nível de
Atividade de Vida Diária (AVD) de pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC),
têm-se testado a eficiência de pedômetros para quantificar o número de passos dados diariamente por estes
pacientes, porém, a contagem de passos, através de um pedômetro, durante a execução de AVDs não foi
ainda estudada a fundo. A dificuldade encontrada por esta técnica é saber se a sensibilidade do aparelho
é eficiente o suficiente para quantificar o número exato de passos dados pelo paciente durante a execução
das AVDs. Objetivo:O presente estudo teve como objetivo mensurar, por meio da literatura, a sensibilidade
de pedômetros para avaliar o nível de AVDs em pacientes com DPOC. Método:Para isso foi realizado
uma revisão da literatura através das bases de dados: Medline, Lilacs e Scielo, de estudos de caso, estudo
transversal e coorte de 1998 à 2012, com as palavras chave: COPD, pedometer, physicalactivityassessment
e motionsensor, a busca foi realizada no período de Julho à Agosto de 2012. Foram encontrados dezessete
artigos no idioma: inglês. Resultados:Dos dezessete artigos, quatro foram selecionados, estes comparam a
eficiência do pedômetro em avaliar o nível de AVDs, através da contagem de passos, com outros métodos,
como multi-sensores, acelerômetros e videotapes. Grande parte dos estudos reportou que o pedômetro não
foi capaz de reportar, de maneira fidedigna, o número de passos dados pelos pacientes em comparação aos
outros métodos utilizados quando testados em velocidades baixas. Conclusão:Apesar do pequeno número de
estudos encontrados, pode-se constatar que o pedômetro, quando usado em altas velocidades, pode ser usado
como instrumento de avaliação do nível de AVDs, porém, é um tema que ainda deve ser mais estudado.
Palavra-chave:COPD, pedometer, physicalactivityassessment e motion sensor.

DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL


Vanessa Lúcia da Silva Sousa¹ (HUB/UnB); Francielly Ferreira Santos² (Hospital Santa Helena);
Glaúcia Fernandes Castro³
Universidade Estadual de Goiás- Goiânia/GO
E-mail: fisioterapeuta.vanessa.lucia@gmail.com/
Introdução: Sabendo-se pela literatura que a Doença da Membrana Hialina (DMH) possui uma alta incidência
entre os recém-nascidos pré-termos, e que sua incidência é inversamente proporcional à idade gestacional, seu
desenvolvimento ocorre devido à imaturidade pulmonar e a deficiência de surfactante pulmonar. Objetivo:
Analisar a incidência de recém-nascidos prematuros de muito baixo peso em uma Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal e verificar em qual idade gestacional prevaleceu a DMH. Metodologia: Os artigos selecionados
foram pesquisados nos bancos de dados eletrônicos: MEDLINE, SCIELO, GOOGLE ACADÊMICO,
COCHRANE e LILACS, além de livros-textos próprios das autoras deste trabalho, estes estudos tiveram suas
publicações e edições entre os anos de 2000 a 2010. Foram selecionados 222 prontuários de recém-nascidos
pré-termos e de muito baixo peso do Hospital Materno Infantil de Goiânia entre o período de janeiro de 2009
a janeiro de 2010, transcritas em uma ficha elaborada pelas próprias pesquisadoras. A análise dos dados foi
realizada pelo programa Microsoft Office Excel 2007, caracterizado como uma análise estatística descritiva.
O programa estatístico utilizado foi o STATA – Statistics Data Analysis. Primeiramente utilizou-se o Teste de
Correlação de Spearman, entre a variável de Doença da Membrana Hialina e a idade gestacional. Em seguida,
foi utilizado o teste T-Student para comparação do grupo “idade gestacional” separadamente, e por fim, o
teste Qui-Quadrado para comparação entre os grupos. Resultados: Observou-se uma incidência da DMH em
161 RNPT e de MBP (72%) com média de idade de 29 semanas e 1 dia (DP:2,74), além de uma prevalência
na idade gestacional de 28 a 31 semanas e 6 dias correspondendo a 60% (n=80) destes, apresentando relação
inversamente proporcional a presença da DMH e a idade gestacional (p≤0,001). Conclusão: Houve uma
incidência significativa da Doença da Membrana Hialina nessa Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Em
relação à média de idade prevalente, esta poderia ser justificada devido à baixa produção de surfactante
pulmonar e um maior número de RNPT que sobrevivem nessa idade gestacional, quando comparada às
idades gestacionais anteriores em que há uma imaturidade global e menores condições de sobrevivência.
Palavras-chave: doença da membrana hialina, síndrome do desconforto respiratório neonatal, prematuridade.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37 | 27


AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM LACTENTES PRATICANTES DE ATIVIDADE AQUÁTICA PRECOCE
Vanessa Lúcia da Silva Sousa¹ (HUB/UnB, Ceafi); Silvana Alves Pereira² (USP, UFRN);
Fabiane Alves Carvalho³ (UniEvangélica); Klayton Galante4 (UnB)
Ceafi Pós-graduação- Brasília/DF
E-mail: fisioterapeuta.vanessa.lucia@gmail.com/
Introdução: Ao nascerem, os bebês podem apresentar movimentos coordenados de braços e pernas, para se
deslocar na água desde que eles sejam colocados na posição de decúbito ventral. As habilidades básicas na
locomoção aquática resultam na diversificação motora pela qual o nadar passa durante a infância. Objetivos:
Caracterizar a atividade física precoce em lactentes através da avaliação da qualidade do sono. Metodologia:
Foram inclusos lactentes entre 0-24 meses de idade praticantes de natação específica para bebês. Todos os
responsáveis responderam uma ficha de avaliação com dados pessoais e um questionário pré-catalogado com
15 questões fechadas sobre a qualidade do sono do lactente. Os dados coletados da ficha de avaliação e
do questionário da qualidade do sono foram expostos em planilhas do Microsoft Office Excel 2007. Ainda
neste verificou-se por uma análise estatística descritiva a frequência, média e desvio padrão dos resultados
observados do questionário de qualidade do sono. Resultados: Foram avaliados 14 bebês. O tempo médio
de natação entre eles foi de seis meses (±4.13). A média de horas de sono noturno foi de 10 horas (±0.94) e
2 horas diurno (±0.83), a idade média foi de 15 meses (±4.15) e o peso médio foi de 10 Kg (±1.38). Dos 14
bebês avaliados, sete acordam durante a noite e cinco choram ao acordar, sete usam chupeta para dormir,
cinco mamam e dois sugam os dedos, 12 dormem sozinhos e 13 dormem com a luz apagada. Apenas quatro
bebês possuem televisão no quarto, mas nenhum deles dorme com a televisão ligada. A reação dos pais ao
perceber que o bebê acordou consiste em conversar (11) e pegar seus bebês no colo (três). Dez são vistos
com comportamento ativo pelos pais. Ao dormir cinco dormem em posição prona, dois em supino e sete
em decúbito lateral, apenas um bebê apresenta respiração bucal ao dormir e 93% dos responsáveis têm a
percepção que seu bebê dorme bem durante a noite. Conclusão: Verificamos em nossos dados que os bebês
que praticam atividade aquática precoce apresentam boa qualidade de sono. A prática da atividade física é
essencial pra promover um crescimento e maturação adequada na aptidão física e vigor mental e os ciclos do
sono são essenciais para o desenvolvimento, aprendizado, memória e preservação da plasticidade cerebral na
vida do indivíduo.
Palavras-chave: qualidade do sono, ciclo de sono, natação.

A FISIOTERAPIA NA CRIANÇA COM ASMA


Fernanda Carolina Nunes Almeida
Hospital da Criança de Brasília José de Alencar
Introdução: A asma é uma doença pulmonar obstrutiva crônica, de maior prevalência na infância, após a
desnutrição. No Distrito Federal, em 2005, a prevalência de asma em foi de 12,1% e 13,8% nas faixas etárias
de seis a sete anos e treze a catorze anos, respectivamente. Ela provoca alterações importantes na mecânica
respiratória que interferem diretamente na postura corporal das crianças. Com a repetição das crises, há
aumento do volume residual e do uso exacerbado da musculatura acessória, gerando restrições na mobilidade
torácica, alterações no tórax e na coluna vertebral como um todo, levando alterações posturais importantes.
A fisioterapia para as crianças asmáticas vem sendo realizada no Hospital da Criança de Brasília José Alencar
como uma terapêutica coadjuvante no tratamento da asma, com melhora significativa da qualidade de vida
dessas crianças e de suas famílias. Método: Com o objetivo de delinear a função do fisioterapeuta nos cuidados
da criança asmática foi realizada de forma crítica, uma revisão abrangente da literatura atual. Resultados: A
literatura tem apontado os benefícios da fisioterapia para o bem-estar da criança com asma, como: melhorar
a função pulmonar e cardíaca, aumentar a capacidade para o exercício e a confiança para realizar atividades
físicas, diminuir a severidade de dispneia e do uso de medicações, correções posturais, espassar as crises
e melhorar a qualidade de vida. Conclusão: A fisioterapia para criança asmática surge como terapêutica
coadjuvante no seu tratamento, pois melhora a eficiência da mecânica dos músculos respiratórios, bem como
a sua reorganização biomecânica, diminui as crises e melhora a qualidade de vida.
Palavras-chave: disfunção pulmonar, asma, cuidados respiratórios.

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FISIOTERAPIA NO TCE GRAVE: RELATO DE CASO
Aline Cristina da Silva Oliveira, Juliana Campos Rodovalho, Nayane L. Bomfim Boson, Lara Righetto
Xavier de Vasconcelos, Sheila Alves Pereira, Valeria Raquel Apolinário Santos
Residência Multiprofissional do HC/UFG - Setor de Fisioterapia
Email: sheila.alves@uol.com.br
Introdução: O Traumatismo Cranioencefalico (TCE) consiste no trauma, por mecanismo direto ou indireto,
da caixa craniana e de seu conteúdo, o encéfalo, telencéfalo e cerebelo. É a principal causa de morte entre
adultos jovens, com idade entre 15 e 24 anos, do sexo masculino no Brasil (BECKER, 2008). O atendimento
do paciente com TCE grave pela fisioterapia respiratória baseia-se no suporte de ventilação mecânica (VM)
e técnicas de higiene brônquica com finalidade de prevenir complicações pulmonares, comum neste quadro
clínico (PARAIBUNA, MARX, 2005). Descrição do Caso: W. R. M., 23 anos, sexo masculino, admitido na
UTI no dia 07/08/2012 com história de acidente motociclístico ocorrido dia 05/08/2012, com fratura exposta
de tíbia esquerda e fratura fechada diafisária de fêmur esquerdo. Foi realizada cirurgia para correção de
fratura de tíbia E (fixador externo) no dia 06/08/2012. No dia 07/08 paciente evoluiu com rebaixamento do
nível de consciência, confusão metal, hipertensão e má perfusão. Na TC crânio havia hematoma subdural
bilateral, e no raio-x presença de infiltrado bilateral. O paciente estava em regular estado geral, Glasgow 15,
colaborativo, normotenso, respirando espontaneamente através de máscara de O2 (7 l/min), edema em MIE.
No dia 09/08/2012 paciente foi levado ao centro cirúrgico para redução de fratura de fêmur E, sendo intubado
e posteriormente extubado, no entanto após a extubação evoluiu para insuficiência respiratória aguda,
retornando a UTI em VM. O paciente evoluiu com arritmias, instabilidade hemodinamicamente e presença
de secreções. Devido ao aumento da resistência das vias aéreas pela presença de secreção, restrição dos
volumes pulmonares, diminuição da capacidade funcional foi realizado manobras de higiene brônquica (AFE,
shaking, vibrocompressão, bagsqueezing) e de reexpansão pulmonar, otimização da assistência ventilatória
(ajustes na VM) e cinesioterapia motora global (ativa em MMSS e MID). No dia 11/08/2012 teve extubação
sem sucesso. Durante a permanência do paciente em VM, o mesmo teve uma variação de Ramsay (de 1 a 5).
Paciente necessitou de hemodiálise durante 09 dias. Impactos: No dia 19/08/2012 paciente foi extubado sem
intercorrências, ficando um total de 10 dias em VM, sendo que o período de desmame equivaleu a 02 dias do
total de VM sendo realizado com Pressão de suporte+Tubo T. Paciente teve alta da UTI no dia 23/08/2012.
Considerações Finais: A abordagem fisioterapêutica em pacientes vítimas de TCE deve ser global, visando
assim, o alcance do grau de funcionalidade esperado para cada nível cognitivo e prognóstico relacionado a
este (SUGAWARA et al., 2004).
Palavras-chave: trauma de crânio, acidente vascular, fisioterapia.

FISIOTERAPIA NAS COMPLICAÇÕES DE UM PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: RELATO DE CASO


Nayane L. Bomfim Boson, Lara Righetto Xavier de Vasconcelos, Juliana Campos Rodovalho, Aline Cristina
da Silva Oliveira, Sheila Alves Pereira, Valéria Raquel Apolinário Santos
Residência Multiprofissional do HC/UFG - Setor de Fisioterapia
Email: email: sheila.alves@uol.com.br
Introdução: A cirurgia de revascularização do miocárdio tem sido utilizada como forma terapêutica em
pacientes cada vez mais graves e, portanto, com risco cada vez maior de complicações pós-operatórias e de
morte (KENNAN, 2005). No pós-operatório, a Fisioterapia intervém  de forma precoce para prevenir e tratar
essas complicações, reduzir o tempo de permanência do paciente no hospital e evitar outras complicações,
como infecções e síndrome do imobilismo (LEGUISAMO et al., 2005). Descrição do Caso: Paciente do
sexo masculino, 71 anos, admitido no dia 16/05/2012 com queixa de precordialgia e irradiação da dor para
membros superiores e região cervical, com piora aos esforços e diagnóstico de angina instável, hipertensão
arterial sistêmica e dislipidemia. Relatou história prévia de tabagismo e etilismo moderado. Foi realizado,
no dia 17/05/2012, um cateterismo e posteriormente, no dia 21/05/2012, uma angioplastia com stent em
artéria circunflexa. Foi readmitido no dia 27/07/2012 com insuficiência coronariana triarterial, dor torácica,
dispneia e pico hipertensivo. No dia 03/08/2012 realizou Revascularização do Miocárdio por meio de uma
toracotomia exploradora. Na enfermaria, no dia 10/08/2012, o paciente apresentou, ao exame físico, cianose
em extremidades, dispneia aos pequenos esforços mesmo em uso de O2 suplementar a 3L/mim contínuo
via catéter nasal, padrão respiratório toracoabdominal, expansibilidade torácica reduzida e simétrica,
murmúrio vesicular reduzido em bases, tosse eficaz, SpO2 de 89%, diagnóstico de pneumonia e atelectasia
bibasal. Como diagnóstico fisioterapêutico o paciente tinha alteração do componente elástico pulmonar,
diminuição dos volumes pulmonares devido à restrição no leito e fraqueza muscular global. Como conduta
fisioterapêutica, foi instituída ventilação não-invasiva (Bipap) durante 1 hora, uma vez ao dia, associada à

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37 | 29


sedestação em cadeira, cinesioterapia ativo livre de membros inferiores, deambulação, orientações quanto ao
posicionamento e tosse assistida. O paciente aceitou bem a terapia proposta e evoluiu com retirada gradativa do
O2 suplementar. Do dia 15/08/2012 ao dia 22/08/2012 foi instituído cicloergômetro para membros inferiores,
durante 30 minutos. Recebeu alta no dia 23/08/2012. Impactos: O paciente evoluiu com melhora da ventilação
pulmonar, com reversão da hipoxemia e supressão do oxigênio, melhora da ausculta pulmonar e do estado
geral. Foi encaminhado à Reabilitação Cardíaca para avaliação e acompanhamento. Considerações Finais: O
quadro clínico apresentado pelo paciente na avaliação era compatível com complicações pós-operatório de
cirurgia cardíaca. A intervenção fisioterapêutica, baseada em reexpansão pulmonar, mobilização precoce e
cinesioterapia ativa, mostrou-se efetiva no tratamento das complicações pós-operatórias (IRWIN, TECKLIN,
2003; REGENGA, 2000).
Palavras-chave: complicações pulmonares, cirurgia cardíaca, exercício físico para cardiopata.

O USO DA VENTILAÇÃO DE ALTA FREQUÊNCIA NA SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL-RELATO DE CASO


Fernanda Carolina Nunes Almeida; Luanda Elainy Mouzinho Bordalo; Tatiane Lima Raulino; Patrícia
Santos Souza; Fernanda Martins Barreto; Carla Caroline Rezende
Hospital São Francisco- Ceilândia-DF
Introdução: Apesar dos inúmeros avanços nas últimas décadas, a Síndrome de Aspiração de Mecônio (SAM)
ainda representa uma das principais causas de morbi-mortalidade no período neonatal, pelo comprometimento
respiratório que ela ocasiona. Estudos com novas estratégias de tratamento para SAM estão sendo realizados e
entre as técnicas utilizadas destacam-se o lavado broncoalveolar com surfactante e o uso da Ventilação de Alta
Frequência, que se baseia no uso de volumes correntes menores que o volume de espaço morto, associado ao uso
de altas freqüências, levando ao melhor recrutamento do pulmão colapsado, em menor tempo, e conseqüente
melhora respiratória. Descrição de Caso: Trata-se de um RNT, nascido de parto cesáreo por sofrimento
fetal agudo cursando com síndrome de aspiração meconial. Foi colocado ao nascimento em CPAP nasal,
porém evoluiu com piora do desconforto respiratório sendo necessário intubação orotraqueal e ventilação
mecânica convencional. Recebeu 1 dose de surfactante com intuito de otimizar a ventilação mecânica, porém
evoluiu com piora do quadro radiológico cursando com acidose respiratória importante, necessitando de
altos parâmetros ventilatórios. Iniciado então, ventilação de alta frequência. Necessitou de mais 1 dose de
surfactante, e após 28 horas de ventilação de alta frequência, apresentou resolução da maior parte do quadro
radiológico, retornado para ventilação convencional. Impactos: O manejo do ventilador na SAM é bastante
difícil, tendo em vista o comprometimento heterogêneo do parênquima pulmonar, com áreas de padrão
obstrutivo e restritivo alternando com áreas de pulmão normal. A ventilação mecânica de alta freqüência
tem sido utilizada na SAM como estratégia de resgate quando a ventilação convencional não é eficaz, mas os
relatos sobre a sua segurança e eficácia ainda são conflitantes. No caso clínico acima relatado, a ventilação de
alta freqüência foi utilizada com essa estratégia. Assim, o manejo da ventilação de alta frequência pode ser
interessante durante o uso de elevadas pressões (principalmente inspiratórias) para garantir trocas gasosas
adequadas ao RN. Considerações Finais: A ventilação de alta freqüência quando instituída precocemente no
curso da insuficiência respiratória do RN, poderia prevenir ou reduzir a lesão pulmonar, melhorando, assim,
o prognóstico desses pacientes.
Palavras-chave: ventilação mecânica neonatal, cuidados respiratórios em criança, neonatologia.

30 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37


AVALIAÇÃO DOS PACIENTES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
Vanessa Lúcia da Silva Sousa¹ (HUB/UnB); Mayara Santos Teles¹ (HUB/UnB); Marta Gabriela Brito¹ (HUB/
UnB); Sérgio Leite Rodrigues (HUB/UnB, SES/DF); Dante Soares Brasil² (HUB/UnB, HBDF)
Hospital Universitário de Brasília/Universidade de Brasília- Brasília/DF
E-mail: fisioterapeuta.vanessa.lucia@gmail.com/
Introdução: A reabilitação cardíaca é o somatório das atividades necessárias para garantir aos pacientes
portadores de cardiopatia as melhores condições física, mental e social. A exposição regular ao exercício ao
longo do tempo (treinamento físico) promove um conjunto de adaptações morfológicas e funcionais que
conferem maior capacidade ao organismo para responder ao estresse do exercício, como aumento de força
e fadiga muscular, além da capacidade funcional. Objetivos: observar as adaptações de força muscular de
membros inferiores através da eletromiografia (EMO), a capacidade funcional pelo teste de caminhada de seis
minutos (TC6) e alterações cardiovasculares após um programa de reabilitação cardíaca. Metodologia: Trata-
se de um estudo observacional, quantitativo, realizado no Hospital Universitário de Brasília- HUB, os quais
foram descritos os dados encontrados na ficha de avaliação dos pacientes que realizaram reabilitação cardíaca
no ano de 2012. Todos os pacientes que realizaram o programa de oito semanas e apresentassem os dados
da ficha de avaliação de fisioterapia pré e pós-reabilitação cardíaca completamente preenchida incluiu-se no
trabalho. Os dados foram coletados através do relatório final de avaliação de fisioterapia de janeiro a setembro
de 2012 e analisados no programa Microsoft Excel 2010. Resultados: Foram totalizadas 16 avaliações, das quais
apenas 10 apresentavam completamente preenchidas. Dos pacientes que fizeram parte da pesquisa 70% eram
do sexo masculino com média de idade de 63,5 anos. Todos os pacientes apresentavam sobrepeso, dentre eles
50% dos pacientes foram classificados como obesidade grau I (IMC 30-35), 60% com classe funcional NYHA
I. Houve uma queda da pressão arterial de 10 mmHg pré e pós TC6 após a reabilitação, a média de força de
MMII pré-reabilitação pela EMO foi de 18,9 kgf (DP±6,36 kgf), sem aumento após o programa. Observou-se
um aumento na distância percorrida de apenas 10 metros no TC6. Conclusão: Não houve alterações de força
de MMII observadas na EMO, porém observou-se uma queda na pressão arterial de repouso antes e após o
teste de caminhada de seis minutos com aumento da distância percorrida no mesmo.
Palavras-chave: reabilitação cardíaca, exercício físico para cardiopatas, cirurgia cardíaca.
REEQUILÍBRIO TORACOABDOMINAL NA FIBROSE CÍSTICA: RELATO DE CASO
Lícia Cristine Marinho França
Hospital da Criança de Brasília José de Alencar, Brasília DF
Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença crônica, progressiva, de herança genética autossômica
recessiva, com frequência estimada no Brasil de até 1: 10.000 nascidos-vivos. Doença sistêmica que acomete
as glândulas exócrinas do organismo por mutações do gene CFTR. É caracterizada principalmente por
broncopneumopatia obstrutiva e supurativa, infecções pulmonares de repetição e insuficiência pancreática,
levando à má digestão e má absorção dos lipídeos, resultando em insuficiência respiratória crônica e desnutrição.
A obstrução das vias aéreas superiores e inferiores aumenta a resistência e limita o fluxo de ar. Para melhorar
a ventilação os músculos respiratórios entram em esforço e instalam-se alterações biomecânicas no sistema
respiratório, culminando com deformações torácicas. Descrição do Caso: Paciente de 8 anos, diagnóstico de
FC pancreato insuficiente aos 11 meses, pelos critérios internacionais. Tem gastrostomia desde os 4 anos de
idade por desnutrição crônica. Aos 5 anos foi submetido a pneumectomia à E. Tem colonização crônica por
Pseudomonas aeruginosa, é dependente de oxigenoterapia e refere dispneia aos médios esforços. Último
escore de Swachmman de 45 pontos. Medicações: pancreatina, suplementos alimentares e vitamínicos,
alfadornase, azitromicina e colistimetato inalado. Exame físico: taquidispnéico 33 rpm, frequência cardíaca:
110 bpm, SpO2 93% com 1 lpm de O2, com sinais de esforço respiratório (uso da musculatura acessória
da inspiração, presença de tiragens intercostais, supraesternal e expiração ativa). Ausculta pulmonar
abolida em 1/3 inferior HTE com estertores crepitantes difusos, baqueteamento digital ++/4 e importante
depressão em região torácica ântero-inferior. O paciente vem sendo submetido à fisioterapia pelo método
de Reequilíbrio Toracoabdominal (RTA), que não se constitui de manobras isoladas, mas de um manuseio
dinâmico orientado pela biomecânica respiratória normal e pela fisiologia das disfunções respiratórias. Tal
manuseio se caracterizou por: posicionamento adequado, alongamento dos músculos inspiratórios, manobras
miofaciais, apoio toracoabdominal, ajuda inspiratória, reposicionamento costal e fortalecimento dos músculos
respiratórios. Impactos: Com 45 minutos do RTA, o paciente apresentou: redução do esforço respiratório,
frequência cardíaca: 98 bpm e da frequência respiratória 24 rpm, aumento da SpO2% 97% com 1 lpm de
O2, remoção de secreções, desbloqueio torácico e melhora da sensação de dispneia. Considerações Finais:
O RTA previne o acúmulo de secreções pulmonares (removendo-as constantemente), desbloqueia a parede
torácica, melhora a ventilação pulmonar e prepara a criança para um bom treinamento cárdiorrespiratório e
desempenho em atividades físicas. O método RTA vem sendo amplamente utilizado na prática clínica diária,
com resultados satisfatórios, porém ainda necessita de mais estudos clínicos para comprovar a sua eficácia.
Palavras-chave: exercício respiratório, fibrose cística, complicações pulmonares na fibrose cística.
ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37 | 31
REPERCUSSÕES DAS MANOBRAS MANUAIS RESPIRATÓRIAS E ASPIRAÇÃO NA HEMODINAMICA EM
PACIENTES EM VM
Geraldo Magela Cardoso¹; Wellington da Silva Costa Costa2 ; Anna Luiza Ribeiro2
1
Fisioterapeuta e mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de
Uberlândia - UFU(2007) Especialista em Fisioterapia cardiorrespiratória - UNITRI. Professor do Centro Universitário
do Triângulo - UNITRI, Gestor da Pós-graduação e Fisioterapia Cardiorrespiratória e UTI – UNITRI. Fisioterapeuta
chefe do serviço de Fisioterapia do Hospital Santa Clara e Hospital Municipal de Uberlândia. Integrante do
Conselho Científico da Revista Científica: Fisioterapia Ser. 2Fisioterapeuta e Especialista em Fisioterapia
Cardiorrespiratória e Terapia Intensiva Pelo Centro Universitário do triangulo (UNITRI) Uberlândia, MG – Brasil
E-mail: gmcardoso25@hotmail.com
Introdução: Pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva tendem a acumular secreções respiratórias
por fatores diversos e essas repercutirem sobre a hemodinâmica do paciente grave em ventilação mecânica
(VM). As manobras manuais de desobstrução brônquica e aspiração vêm sendo utilizadas em larga escala
para retirada de secreção desses pacientes instáveis a fim de promover uma melhor oxigenação. Objetivo:
Analisar a repercussão das manobras manuais e aspiração em relação à saturação de O2, frequência cardíaca
e pressão arterial nos pacientes em ventilação mecânica. Método: No período de Janeiro a Abril de 2012 foi
realizado um estudo em uma UTI particular com nove pacientes submetidos à ventilação mecânica controlada,
sedados e estáveis hemodinamicamente. Nesses pacientes foram utilizadas, durante três dias consecutivos,
manobras de percussão, vibro compressão, aceleração do fluxo expiratório e posteriormente aspiração no tubo
orotraqueal. Resultados: Nesse grupo, foi observado um aumento estatisticamente significante pós-conduta
no 2º dia em relação à FC e nos 3 dias subsequentes da Sat. O2. Conclusão: concluimos que as manobras
manuais juntamente com a aspiração, proporcionaram nessa amostra, uma melhora na saturação de oxigênio
e que a repercução dessas condutas sobre as outras variáveis foram semelhantes e não siguinificantes. Palavras
chaves: Ventilação Mecânica, Fisioterapia Respiratória, Aspiração.
Palavras-chave: recrutamento alveolar, aspiração de via aérea, ventilação mecânica.

FISIOTERAPIA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO EM GOIÂNIA-GO


Sara Alves dos Santos Taquary; Débora Santos Ataíde; Priscila Valverde de Oliveira Vitorino;
Sheila Alves Pereira
Universidade Federal de Goiás - UFG – Goiânia (GO)
Email: alves_sasa@hotmail.com
Introdução: Os serviços de urgências e emergências do Sistema Único de Saúde destinado às crianças
gravemente enfermas constituem uma das portas de entrada para pacientes com alguma alteração em seu
estado de saúde. A atuação do fisioterapeuta nesses ambientes pode proporcionar um atendimento mais rápido
e eficiente, visando reduzir o número de complicações respiratórias e tempo de internação hospitalar. Objetivos:
Traçar o perfil dos pacientes admitidos na sala de reanimação do Serviço de Referência em Urgência Pediátrica
(SERUPE) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), através da análise de gênero,
idade, queixa principal, diagnóstico, necessidade de oxigenoterapia e suporte ventilatório, tempo de permanência
no setor e evolução, bem como descrever a atuação fisioterapêutica na sala de reanimação. Metodologia: Trata-se
de um estudo observacional, prospectivo, realizado no período de fevereiro a junho de 2012, para o qual foram
acompanhados todos os pacientes que deram entrada na sala de reanimação do SERUPE. Resultados: Fizeram
parte da amostra 47 pacientes, sendo 53,2% (n=25) do sexo masculino, com idade média de 5,2 (±4,1) anos.
As queixas principais mais frequentes foram dispnéia em 26,1% (n=29), febre em 10,8% (n=12), cianose em
7,2% (n=8) e sibilância em 7,2% (n=8) dos casos. As hipóteses diagnósticas mais frequentes foram de doenças
respiratórias em 69,4% (n=43) dos casos. O tempo médio de permanência na sala de reanimação foi de 1,9
(±1,5) dias. Quanto aos procedimentos realizados: 76,6% (n=36) dos pacientes necessitaram de oxigenoterapia;
21,3% (n=10) de assistência ventilatória, sendo que 90,0% (n=9) fizeram uso exclusivo de ventilação mecânica
invasiva, 10% (n=1) uso exclusivo de ventilação não-invasiva. Tiveram acompanhamento fisioterapêutico 31,9%
(n=15) dos pacientes, com abordagem respiratória e motora em 86,7% (n=13), e apenas motora em 13,3%
(n=2). A fisioterapia auxiliou na monitorização da ventilação mecânica de 77,8% (n=4) pacientes e no desmame
ventilatório de 33,3% (n=3). Em relação ao desfecho: 63,8% (n=30) enfermaria, 14,9% (n=7) alta hospitalar,
10,6% (n=5) UTI, 8,5% (n=4) transferência externa e 2,1% (n=1) óbito. Conclusão: Na sala de reanimação do
SERUPE predomina a entrada de crianças do sexo masculino, apresentando queixas e patologias respiratórias.
A presença do fisioterapeuta na emergência apesar de estar em ascendência ainda é restrita, porém existe uma
grande demanda de pacientes com desordens respiratórias que podem se beneficiar dessa especialidade.
Palavras-chave: pediatria, emergência em pediatria, fisioterapia emergencial.

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ANÁLISE DO TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR EM PACIENTES NEUROCRÍTICOS ADULTOS
Andrêssa Keyty Santos1
Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva- SOBRATI, Brasília-DF
Email: andressaket@yahoo.com.br
Introdução: A monitorização neurológica intensiva utiliza-se de vários procedimentos diagnósticos para
avaliar as funções cerebrais e para que isso ocorra é necessário optar pelo transporte intra-hospitalar do
paciente neurocrítico. No entanto, a transferência do paciente neurológico pode ocasionar dano cerebral
maior do que já existe. Por isso, o transporte intra-hospitalar torna-se um período de grande instabilidade
e pode gerar alterações ventilatórias e hemodinâmicas no paciente além de gerar insegurança no transporte.
Objetivos: Os objetivos deste estudo foram investigar a literatura científica para a análise da segurança do
transporte intra-hospitalar e as suas repercussões hemodinâmicas e ventilatórias no paciente neurocrítico
durante o transporte intra-hospitalar. Metodologia: O estudo foi realizado através de pesquisas em livros
e em artigos publicados no período de 1998 a 2012, em periódicos indexados nas bases de dados Lilacs,
Medline e Scielo, publicados em inglês, português e espanhol utilizando os descritores: transporte intra-
hospitalar, monitorização neurológica e transferência. Resultados: As alterações mais comuns encontradas
foram as alterações na PaCO2, aumento de frequência cardíaca e respiratória, alterações na relação PaO2/FiO2,
na pressão intracraniana, quando era possível mensurá-la e, de forma menos significativa, as alterações na
pressão arterial e gasometria, lembrando que não houve alterações na ventilação manual ou portátil. Além
disso, a incidência de ocorrência no transporte intra-hospitalar é ainda alta, e, muitas vezes, ligado à falha de
equipamento ou falta de comunicação na equipe de transporte. Conclusão: Através da análise do transporte
intra-hospitalar em pacientes neurocríticos pôde-se perceber um momento de riscos adicionais ao paciente,
principalmente devido aos possíveis danos neuronais secundários impostos ao transporte e suas repercussões
hemodinâmicas e respiratórias, ressaltando a importância da checagem da aparelhagem, incluindo todos os
aparatos necessários para se monitorizar o paciente neurocrítico, além de uma equipe multidisciplinar bem
treinada e harmonizada.
Palavras-chave: transporte intra-hospitalar, neurointensivismo, neurologia intensiva.

MENSURAÇÃO DAS PRESSÕES INSPIRATÓRIA E EXPIRATÓRIA MÁXIMAS EM PORTADORES DE DPOC, PRÉ E


PÓS Intervenção Fisioterapêutica Aquática
Nayara Carvalho Ferreira; Adriana Vieira Macedo; Renato Canevari Dutra da Silva;
Fernanda Silvana Pereira; Walter Carlos Mendes Campos
Introdução: A DPOC é uma doença crônica, progressiva e irreversível cuja principal característica é a limitação
aérea, devido a uma resposta inflamatória causada predominantemente pelo tabagismo, no entanto engloba
duas doenças a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, que coexistem num mesmo paciente, porém há
predominância de uma delas. Possuindo uma importante morbidade e mortalidade tanto no Brasil como no
mundo, como não há cura, o tratamento consiste em amenizar sintomas e melhorar a qualidade de vida dos
pacientes, no entanto esses são os principais objetivos da reabilitação pulmonar. Objetivos: avaliar as pressões
inspiratória e expiratória máximas em idosos portadores de DPOC; correlacionar os valores da PI máx e PE
máx antes e após intervenção fisioterapêutica aquática em idosos portadores de DPOC. Métodos: 34 pacientes
com DPOC foram submetidos ao programa de intervenção fisioterapêutica aquática, totalizando 24 sessões
de 50 minutos, três vezes por semana. Foram submetidos à avaliação fisioterapêutica e a avaliação da força da
musculatura respiratória através das medidas de pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória
máxima (PEmáx) antes e após a intervenção aquática. Resultados: Os valores médios obtidos pelos pacientes
com as médias das pressões inspiratórias máximas (PI máx) antes e após intervenção fisioterapêutica aquática,
pode-se observar que houve diferença estatísticamente significativa (p= 0,048) entre os valores das pressões
inspiratórias máximas; as médias das pressões expiratórias máximas (PE máx) antes e após intervenção
fisioterapêutica aquática, pode-se observar que houve diferença estatísticamente significativa (p= 0,026) entre
os valores das pressões expiratórias máximas; ao observar a correlação das pressões respiratórias nota-se que
após a intervenção fisioterapêutica aquática, a pressão inspiratória máxima teve uma aumento 14% maior
do que a pressão expiratória máxima nos indivíduos avaliados. Conclusão: Contudo, observou-se que houve
diferença estatisticamente significativa entre os valores médios das pressões respiratórias máximas antes e
após intervenção fisioterapêutica aquática, demonstrando que esta intervenção fisioterapêutica aquática teve
eficácia satisfatória para o aumento da força muscular inspiratória e expiratória.
Palavras-chave: DPOC, fisioterapia aquática, pressão inspiratória, expiratória máxima.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37 | 33


AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM A QUALIDADE DE VIDA APÓS ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL (CRÔNICO OU AGUDO) – REVISÃO DE LITERATURA
Jaqueline Nunes1, Marielly Silva1, Andrea Tufanin1,2 e Giulliano Gardenghi1,2,3
1) Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada (CEAFI) – Goiânia/GO; 2) Instituto Movimento de
Reabilitação Especializada - Goiânia/GO; 3) Hospital São Bernardo (ENCORE) – Aparecida de Goiânia/GO
Email: mariellydasilva@hotmail.com
Contextualização: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição neurológica classificada como uma
das doenças mais prevalentes em todo mundo, sendo uma das causas mais importantes de dependência em
países desenvolvidos e subdesenvolvidos, estando relacionado a elevados custos de saúde. A qualidade de
vida (QV) da população acometida pelo AVC tem sido alvo de diversos estudos, pelo evidente impacto que
tal doença causa sobre a sociedade. Entende-se por QV a percepção que um indivíduo tem a respeito de
sua limitação atual incluindo seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Objetivo: Identificar os
principais fatores que influenciam na QV após um AVC. Metodologia: Revisão bibliográfica, realizada a partir
da leitura de artigos incluindo as palavras-chave qualidade de vida e acidente vascular cerebral, publicados
nos últimos sete anos (2006-2012). Resultados: O evento AVC tem um impacto negativo sobre a QV. O fator
emocional influenciou de forma significativa a reabilitação em todas as fases (aguda e crônica). Conclusão:
Alterações nas funções físicas, emocionais e cognitivas devem ser identificadas e consideradas, uma vez
que tal conduta é fundamental para delinear intervenções na reabilitação. O uso de diversos questionários
que estudam QV auxilia no estabelecimento de bases para desenvolvimento de modelos de cuidados para
sobreviventes de AVC.
Palavras-chave: acidente vascular encefálico, fisioterapia respiratória, qualidade de vida.

ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA NEURALMENTE AJUSTADA (NAVA) - REVISÃO DE LITERATURA


Marielly Silva1, Jaqueline Nunes1, Andrea Tufanin1,2, Giulliano Gardenghi1,2,3, Erikson Custódio Alcântara4,5
1) Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada (CEAFI) – Goiânia/GO; 2) Instituto Movimento de Reabilitação
Especializada - Goiânia/GO; 3) Hospital São Bernardo (ENCORE) – Aparecida de Goiânia/GO; 4) Universidade
Salgado de Oliveira (UNIVERSO) - Goiânia/GO; 5) Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)
Email: mariellydasilva@hotmail.com
Contextualização: A Assistência Ventilatória Neuralmente Ajustada (NAVA) é um modo de suporte
ventilatório que utiliza a atividade elétrica do diafragma para controlar os ciclos inspiratórios (disparos)
e expiratórios, onde o indivíduo passa a controlar diretamente (neuralmente) a assistência que recebe do
respirador, aumentando de maneira ímpar a sincronia paciente/ventilador. Objetivo: Descrever o modo NAVA
como forma de sustentar este recurso de assistência ventilatória, demonstrando os seus benefícios, bem como
indicações, contra-indicações e relatos de evidências deste modo ventilatório. Metodologia: Estudo de revisão
bibliográfica, realizado a partir da leitura de artigos incluindo as palavras-chave ventilação mecânica, lesão
pulmonar e NAVA, publicados nos últimos 13 anos (1999-2012). Resultados: O modo NAVA foi desenvolvido
em 1999. É uma forma de ventilação mecânica (VM) que utiliza a atividade elétrica diafragmática (Edi)
para controlar tanto o ciclo ventilatório mecânico quanto a magnitude e o perfil da assistência. Diferente de
outros, esse modo oferece uma nova abordagem conceitual para a ventilação mecânica fazendo melhorias no
controle da ventilação, já que a Edi é o melhor sinal disponível atualmente para estimar a função respiratória,
evitando ciclos mecânicos indesejados pelo paciente e fornecendo ao mesmo o controle total da respiração,
podendo-se ainda proporcionar certo grau de auxílio à inspiração por meio do nível NAVA, que aumenta as
pressões inspiratórias de acordo com a percepção do profissional assistente sobre as necessidades do indivíduo
ventilado mecanicamente. O modo NAVA é indicado para pacientes em processo de desmame da ventilação
mecânica e contra-indicado para pacientes com ausência de “drive” central ou com perda de ativação neural
da musculatura periférica, como nas lesões medulares altas e completas. Considerações finais: A utilização
do modo NAVA proporciona ao paciente um maior conforto, pela inequívoca melhora da sua sincronia com
o ventilador. Estudos clínicos com maior número de pacientes são necessários, para validar o emprego dessa
modalidade de VM, no processo de desmame.
Palavras-chave: ventilação mecânica, assistência ventilatória, NAVA.

34 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37


ESTUDO COMPARATIVO DA PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO E DE PRESSÃO ARTERIAL ALTERADA EM
CRIANÇAS DE ESCOLAS DE TEMPO REGULAR E INTEGRAL
Raissa Alves Teixeira Medeiros¹; Thais Inácio Rolim Póvoa2, Paulo César Brandão Veiga Jardim3, Ana Luiza
Lima Sousa4, Marina Costa Machado1, Wanessa da Silva Santiago1, Suyá Santana Ferreira5 .
¹Acadêmica do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Goiás, unidade ESEFFEGO; ²Docente do curso
de Educação Física da Universidade Estadual de Goiás, unidade ESEFFEGO; 3Docente da Faculdade de Medicina
e Coordenador da Liga de Hipertensão Arterial da Universidade Federal de Goiás; 4Docente da Faculdade de
Enfermagem e Coordenadora da Liga de Hipertensão Arterial da Universidade Federal de Goiás; 5Docente do
curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução: A prevalência de excesso de peso infantil tem aumentado progressivamente e alterações na pressão
arterial (PA) podem ter início na infância e adolescência. A escola exerce influência nos hábitos de vida da
criança, o que justifica a importância de se comparar o tipo de escola, quanto ao tempo de permanência,
para avaliar o modelo mais recomendado em relação à prevalência de excesso de peso e de alterações na
PA. Objetivos: avaliar e comparar a prevalência de PA alterada e de excesso de peso em crianças de escolas
de tempo regular (TR) e tempo integral (TI). Metodologia: estudo transversal, amostra por conveniência,
realizado em três escolas de Goiânia, sendo uma de TR e duas de TI. Pais que assinaram o TCLE responderam
questões sobre idade e escolaridade (anos) das crianças e renda per capta. Avaliação na escola: peso, estatura e
PA casual (aparelhos semiautomáticos -OMHON,HEM-705CP, duas medidas, intervalo de três minutos, após
cinco em descanso. PA (sistólica e/ou diastólica) alterada: ≥ percentil 90 para a respectiva idade, sexo e estatura,
com base na 4th Task Force). Considerado excesso de peso – percentil de IMC ≥ 85 (COLE et al, 2000). Dados
digitados e analisados no SPSS (20.0). Para a comparação das variáveis, qui-quadrado (dados categóricos) e
Mann-Whitney U (dados contínuos). Considerado significante: p<0,05. Projeto aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa Médica Humana e Animal do HC/UFG. Resultados: a amostra foi de 478 crianças, sendo
242 da escola de TR e 236 da escola de TI. Os grupos se apresentaram homogêneos quanto à idade (TR:
7,25±0,92 anos e TI: 7,45±1,36 anos, p=0,100), sexo (45,9% de meninos na TR e 54,1 % na TI, p=0,082), renda
per capta (TR: R$191,4 ±159,3 e TI: R$183,4±153,3, p= 0,497), escolaridade (TR: 7,3± 2,9 anos e TI: 7,1 ± 3,1
anos, p=0,590). IMC (16,39±2,65 kg/m2 na TR e 16,14±1,33 kg/m2 na TI, p=0,917). PA alterada (28,6 % na TR
e 29,1 % na TI, p=1,000). Prevalência de excesso de peso (27,8% na TR e 18,7% na TI, p=0,021). Conclusão:
Não foram identificadas diferenças quanto à prevalência de PA alterada, contudo, os alunos das escolas de TI
apresentaram uma menor prevalência de excesso de peso em relação aos da escola de TR. Esses resultados
sugerem que permanecer mais tempo na escola, com maior tempo em atividades sócio-desportivas e culturais
é benéfico do ponto de vista de saúde pública, pois pode contribuir no combate ao excesso de peso.
Palavras-chave: hipertensão arterial sistêmica, criança hipertensa, índice de massa corporal.
Percepção da equipe de fisioterapia FRENTE a UM MODELO DE checklist adotado em UTI
Jaqueline Barros Borges; Carolinne Paola Bette Câmara; Grazielle Costa Dias; Naira Souza Fernandes;
Jesislaine Andrade Oliveira; Angelina Freitas Siqueira
Centro Municipal de Saúde Dr. Serafim de Carvalho – Secretaria Municipal de Saúde de Jataí, Jataí - GO
Introdução: O controle da infecção na UTI envolve diversos profissionais, dentre eles o fisioterapeuta, o qual em
sua prática adota condutas relacionadas diretamente aos cuidados com o trato respiratório. Objetivo: Avaliar
instrumento de assistência – checklist, criado pela equipe de fisioterapia da UTI de Jataí/GO. Metodologia:
Com o intuito de padronizar as condutas em relação à prevenção de infecções do trato respiratório foi criado
um checklist de responsabilidade da equipe de fisioterapia. Trata-se de formulário individualizado, que aborda
três fatores de risco modificáveis para infecções do trato respiratório: tipo de ventilação, decúbito elevado e
suspensão da sedação. A ventilação é subdividida em: 1- Ventilação Mecânica (IOT, TQT, dias VM, presença
de condensado, troca HME, troca fixador, troca circuito, troca TQT, solicitação TQT, desmame, extubação/
decanulação, troca reanimador manual, troca sistema de aspiração fechado); 2- Macronebulização (início,
término); 3- Ventilação Não-Invasiva (modo, interface, troca circuito); 4- Ventilação Espontânea (modo, vazão/
FiO2, troca circuito, umidificador, macronebulizador, troca água). Em relação aos materiais foi estabelecido
trocar a cada 7 dias os circuitos de VM/VNI/VE, reanimador manual, umidificador e macronebulizador; a
cada 3 dias HME; a cada 2 dias fixador; e diariamente a água dos umidificadores/macronebulizadores. As
trocas podem ocorrer antes do período determinado em casos como sujidade e funcionamento inadequado
do material. Após 6 meses de funcionamento da UTI, foi aplicado esse modelo de checklist por 12 meses, e na
sequência avaliado pelos fisioterapeutas da equipe a fim de conhecer suas percepções quanto a esse instrumento
de assistência. Resultados: Embora existisse uma rotina implantada de troca de materiais desde o início do
funcionamento da UTI, não havia um formulário para controle rigoroso dessas trocas, e os cuidados eram de
responsabilidade de toda a equipe multidisciplinar. Em revisão bibliográfica, foi visto que: a troca do circuito
da VM deixou de ser preconizada; existe uma variação quanto a recomendação do intervalo de troca do HME;

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37 | 35


e a troca do sistema de aspiração fechado é recomendada diariamente. Os intervalos de troca dos materiais foram
adotados de acordo com a realidade do serviço, considerando-se a disponibilidade dos materiais. Notou-se a
necessidade de acrescentar ao checklist: valor do APACHE II, motivo de intubação/traqueostomia, monitorização
da pressão do cuff e aspiração subglótica. Conclusão: A equipe de fisioterapia concluiu que esse perfil de checklist
favorece adesão às rotinas pré-estabelecidas e qualidade do serviço. Entretanto, ao responsabilizar-se por essa
checagem observou-se que a equipe multidisciplinar absteve-se dos cuidados abrangentes a todos.
Palavras-chave: assistência em fisioterapia, assistência ventilatória artifical, checklist.

APLICAÇÃO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA EM UTI GERAL DE CIDADE DE PEQUENO PORTE


Jaqueline Barros Borges; Carolinne Paola Bette Câmara; Grazielle Costa Dias; Naira Souza Fernandes;
Jesislaine Andrade Oliveira; Angelina Freitas Siqueira
Centro Municipal de Saúde Dr. Serafim de Carvalho – Secretaria Municipal de Saúde de Jataí, Jataí - GO
Introdução: A VMI é um recurso terapêutico amplamente usado em UTI. As variáveis relacionadas a esta
permitem uma avaliação do serviço e acompanhamento regular das ações direcionadas ao paciente crítico.
Objetivo: Descrever o perfil de aplicação de VMI na UTI geral de Jataí/GO. Metodologia: Estudo transversal
e descritivo, realizado a partir dos prontuários de pacientes admitidos entre janeiro e junho de 2012, sendo
adotado como critério de exclusão pacientes transferidos para outros serviços. As variáveis analisadas foram:
sexo, idade, motivo de intubação, tempo de VMI, taxa de falha de extubação, incidência de traqueostomia,
tempo de internação na UTI e mortalidade. Resultados: Nesse período, foram admitidos 141 pacientes, dos
quais 72 foram submetidos à VMI, o que corresponde a 51,1% do total de admissões. Nessa amostra de 72
pacientes, 50% corresponde ao sexo masculino e apresenta idade entre 17 e 93 anos (média de 58,2 ). O motivo
de indicação de intubação com maior incidência foi IRespA por instabilidade HDM com 34,7% (n=25).
Sequencialmente, em ordem decrescente de incidência, os valores apresentados foram: RNC pós-PCR com
22,2% (n=16); IRespA por sepse com foco pulmonar e RNC por AVC com 8,3% (n=6), cada; IRespA por
sepse com foco extrapulmonar e RNC por choque circulatório com 5,6% (n=4), cada; RNC por fármaco com
4,1% (n=3); IRespA por exacerbação do DPOC, RNC por trauma e RNC por encefalopatia com 2,8% (n=2),
cada; DNM e IRespA por PNM com 1,4% (n=1), cada. O tempo médio de VMI foi de 7 dias. Houve 6 falhas
de extubação e 11 pacientes evoluíram para traqueostomia. Observou-se que o tempo médio de internação
na UTI foi de 12 dias, com incidência de 63,9% de mortalidade. Conclusão: O estudo chama a atenção pelo
fato do tempo médio de VMI apresentar-se reduzido, assim como a incidência de traqueostomia. Entretanto,
diante da alta taxa de mortalidade, pôde-se relacionar a gravidade dos pacientes à mortalidade precoce.
Palavras-chave: respiração artificial, terapia intensiva, cuidador em terapia intensiva.

PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES MATERNAS E NEONATAIS NAS SÍNDROMES HIPERTENSIVAS INDUZIDAS


PELA GESTAÇÃO
Nayara Rodrigues Gomes1 e Giuliano Gardenghi1,2,3
1) Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada – CEAFI
2) Hospital São Bernardo - ENCORE
3) Instituto Movimento de Reabilitação Especializada - Goiânia
Contextualização: A gestação é um fenômeno fisiológico para a maioria das mulheres, todavia, em algumas
podem ocorrer agravo em sua evolução, colocando assim, em risco a saúde da mãe e do concepto. Objetivo:
Verificar a prevalência de complicações maternas e neonatais no parto de mães hipertensas e verificar quais as
principais complicações nos primeiros dias após o parto em recém nascidos (RN) dessas mães. Metodologia:
Trata-se de um estudo transversal descritivo, realizado no Hospital Materno Infantil na cidade de Goiânia.
Resultados: A amostra foi composta de 40 participantes: destas 11(27,5%) tinham idade entre 20 e 24 anos e
11(27,5%) tinham idade entre 30 e 34 anos. Sendo que, 24(60,0%) eram multíparas, 11(27,5%) tiveram pré-
eclampsia, destas 3(7,5%) foram a óbito. Dentre as gestantes, 6(15,0%) apresentaram descolamento prematuro de
placenta e 24(60,0%) apresentaram quadros de sofrimento fetal. Todas as gestantes evoluíram para parto cesárea.
Quanto as características dos recém-nascidos, 35(87,5%) eram prematuros. 31(77,5%) dos RN eram baixo peso.
Destes 19(47,5%) eram pequenos para a idade gestacional. Quanto a dificuldade respiratória, 26(65%) dos RN
necessitaram de suporte ventilatório, porém apenas 5(12,5%) necessitaram de ventilação mecânica invasiva. O
índice de Apgar menor que 6 no 5º minuto foi encontrado em 15(37,5%) dos RN. Considerações finais: A idade
das gestantes não influenciou no aparecimento da Síndrome Hipertensiva. Tais síndromes levam a complicações
no parto como: descolamento prematuro de placenta, sofrimento fetal e partos prematuros, além de complicações
imediatas nos neonatos como baixo peso e necessidade de suporte ventilatório.
Palavras-chave: complicações maternas, síndrome hipertensiva, hipertensão na gestação.

36 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37


FISIOTERAPIA NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO EM GOIÂNIA-GO
Débora Santos Ataíde; Sara Alves dos Santos Taquary; Priscila Valverde de Oliveira Vitorino; Sheila Alves Pereira
Universidade Federal de Goiás - UFG – Goiânia (GO)
Email: deborataide@hotmail.com
Introdução: O serviço de urgência e emergência é umas das portas de entrada do paciente do Sistema Único
de Saúde (SUS). A atuação do fisioterapeuta pode proporcionar um atendimento mais rápido e eficiente,
reduzindo o tempo de intubação, de ventilação mecânica, de complicações respiratórias e diminuindo o tempo
de internação hospitalar. Objetivo: Traçar o perfil do paciente atendido na sala de reanimação do Pronto
Socorro Adulto do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG) através da análise de
gênero, idade, queixa principal, diagnóstico, necessidade de oxigenoterapia e suporte ventilatório, atuação
fisioterapeutica, tempo de permanência no setor e evolução. Métodos: estudo observacional, prospectivo,
realizado no período de fevereiro a junho de 2012, para o qual foram acompanhados todos os pacientes que
deram entrada na sala de reanimação do Pronto Socorro Adulto do Hospital das Clínicas da UFG. Resultados:
Fizeram parte da amostra 133 pacientes, sendo 54,1% (n=72) do sexo feminino, com média de idade foi de
59±17,9anos. As queixas principais mais frequentes foram dispneia em 19,3% (n=52) casos, febre em 6,7%
(n=18) casos, rebaixamento do nível de consciência em 5,9% (n=16) casos e dor torácica em 5,2% (n=14)
casos. Os diagnósticos de entrada mais frequentes foram de doenças respiratórias em 29,5% (n=56) casos,
seguidos de doenças cardíacas em 12,1% (n=23), vasculares em 9,5% (n=18), infectocontagiosas em 8,4%
(n=16), oncológicas em 7,9% (n=15) e neurológicas em 7,4% (n=14). O tempo médio de permanência na sala
de reanimação foi de 3(±3,7) dias. Os pacientes necessitaram: 36,8% (n=49) oxigenoterapia; 21,8% (n=29)
assistência ventilatória, sendo que 79,3% (n=23) fizeram uso exclusivo de ventilação mecânica invasiva,
10,3% (n=3) uso exclusivo de ventilação não-invasiva e 10,3% (n=3) ambas as modalidades. 53,4% (n=71)
tiveram acompanhamento fisioterapêutico. Quanto ao tipo de fisioterapia: 67,6% (n=48) tiveram abordagem
respiratória e motora, 28,2% (n=20) apenas motora e 4,2% (n=3) apenas respiratória. A fisioterapia prestou
assistência na intubação orotraqueal de 34,6% (n=9) pacientes, admissão da ventilação mecânica de 34,6%
(n=9), monitorização da ventilação mecânica de 92,3% (n=24), no desmame de 23,1% (n=6) e na extubação
de 15,4% (n=4). Em relação à evolução: 47,4% (n=63) enfermaria, 20,3% (n=27) óbito, 15,8% (n=21) UTI,
15,8% (n=21) alta e 0,8% (n=1) transferência externa. Conclusão: Predomina a entrada de pacientes com
idade mais avançada, apresentando queixas e patologias cardiorrespiratórias. A presença do fisioterapeuta na
emergência ainda é restrita, porém existe uma grande demanda de pacientes com desordens respiratórias e
motoras que podem se beneficiar dessa especialidade.
Palavras-chave: emergência, fisioterapia, serviço de urgência.
ANÁLISE DOS EFEITOS DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR EM PACIENTES PORTADORES DE DPOC
Lara Righetto X. de Vasconcelos; Elizabeth Rodrigues de Morais
Universidade Estadual de Goiás – ESEFFEGO, Goiânia, Goiás
Email: righettolara@gmail.com
Objetivo: Esta pesquisa teve como proposta analisar a capacidade física, a capacidade funcional e a força
muscular respiratória de pacientes portadores de DPOC submetidos a um Programa de Reabilitação Pulmonar
(PRP). Métodos: Caracterizou-se por um estudo do tipo caso-série retrospectivo, descritivo e analítico. Foram
analisados prontuários de indivíduos com diagnóstico de DPOC submetidos ao PRP do Hospital das Clínicas de
Goiânia (PRP-HC) no período compreendido entre junho de 2002 a junho de 2010. Um total de 110 prontuários
foram triados e 42 foram analisados pois se encaixaram nos critérios de inclusão da pesquisa. Na análise
estatística os dados foram analisados através do programa SPSS for Windows v. 12.0. A análise descritiva dos
dados foi feita por meio de freqüências e porcentagens para as variáveis categórica e por meio de média, desvio
padrão e valores máximos e mínimos para as variáveis não categóricas. As variáveis categóricas foram analisadas
pelo teste de QUI-quadrado (α≤0,05). Para análise de normalidade utilizou-se o teste de Kolmogorov-smirnov,
sendo os dados normais avaliados pelo teste t de Student e os dados não normais por meio do Wilcoxon. O
nível de significância estatística foi considerado p<0,05. Resultados: Os parâmetros utilizados para avaliar a
capacidade física foram: carga máxima atingida em membros inferiores (MMII) através do teste incremental
de MMII (TI-MMII), carga máxima atingida em membros superiores (MMSS) através do teste incremental
de MMSS (TI-MMSS);e resistência muscular periférica através do teste de endurance. No TI-MMII obteve-se
um aumento de 1,3 km/h (p<0,001) após as 36 sessões de treinamento; no TI-MMSS observou-se um aumento
de 0,4 kg (p<0,001) após o PRP, já o teste de endurance, foi possível observar um aumento significativo de 11,1
minutos (p<0,001). A capacidade funcional foi analisada através da distância percorrida no teste de caminhada
de 6 minutos havendo um aumento significativo de 93,1 m (p<0,001) na distância percorrida após o PRP.
A força muscular respiratória foi analisada através das medidas da Pimáx e Pemáx. Obteve-se um aumento
de 14,9 cmH2O na Pimáx (p<0,001) e 18,8 cmH2O na Pemáx (p<0,001). Conclusão: O PRP-HC foi capaz de
proporcionar ganhos satisfatórios na capacidade física, na capacidade funcional e na força muscular respiratória
dos portadores de DPOC submetidos ao treinamento proposto.
Palavras-chave: reabilitação pulmonar, capacidade funcional, força muscular respiratória.
ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):25-37 | 37
38 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Set;1(1):35-46
Ciência 2010 Dez;3(Supl):25-37
Resumos
REGIONAL Pernambuco(PE)

ASSOBRAFIR Ciência.
ASSOBRAFIR 20122010
Ciência Dez;3(Supl):39-87
Set;1(1):35-46 | 39
Anais do Evento:
I Congresso Nordestino e IV Congresso Pernambucano de
Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia
Intensiva (I CONEFIR e IV COPEFIR)

REGIONAL Pernambuco (PE)

Data: 1 a 3 de novembro de 2012


Local: Hotel Dorisol
Cidade: Jaboatão dos Guararapes

Presidente do Evento:
Dr. Silano Souto Mendes Barros

ASSOBRAFIR REGIONAL PERNAMBUCO


Regional Pernambuco
Diretor da Regional PE
Flávio Maciel Dias de Andrade
Coordenadora Científica Regional
Indianara Maria Araújo do Nascimento
Tesoureira Regional
Silano Souto Mendes Barros
Secretário Executivo Regional
Alexandre Roque da Silva
Suplente 1
Lívia Barboza de Andrade
Suplente 2
Eduardo Eriko Tenório de França
Suplente 3
Nelson Henrique Lopes de Moraes
Suplente 4
Clarissa Torres Leal

40 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


DESFECHO CLÍNICO DE CRIANÇAS SUBMETIDAS À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE
EMERGÊNCIA
Alessandra Cristina Linhares Moraes; Carla Priscilla Belchior Marques; Daniel Lago Borges; Milena Oliveira
Soares; Lícia Cristina Soares; Rachel Kelly Nascimento; Rejane Karla Santana Albuquerque; Josimary Lima
da Silva Lula
Hospital Municipal Dr. Odorico Amaral de Matos – Hospital da Criança, São Luis – MA
Introdução: O setor de emergência é a porta de entrada de um hospital. Os pacientes mais estáveis são
encaminhados à enfermaria e aqueles que precisam de cuidados mais intensivos à Unidades de Cuidados
Intermediários (UCI) ou de Terapia Intensiva (UTI). De qualquer modo, o pronto-atendimento adequado
consiste em importante condição para um melhor prognóstico do paciente. Objetivo: Este estudo tem por
objetivo identificar o desfecho clínico de crianças submetidas à ventilação mecânica (VM) em um hospital
pediátrico de emergência. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo cuja amostra foi composta por 85 crianças
submetidas à ventilação mecânica entre janeiro e abril de 2012. Os dados foram obtidos por meio de coleta
nos prontuários. Resultados: Houve predomínio de crianças do sexo masculino (55,3%), lactentes (49,4%) e
procedentes do interior do Estado do Maranhão (89,4%). Patologias do sistema respiratório foram as mais
comuns (57,7%), seguidas pelos distúrbios neurológicos (21,2%). O desfecho clínico foi classificado em alta
para enfermaria (16,5%), transferência para outro hospital (50,6%) e óbito intra-hospitalar (32,9%). Dos
óbitos, 12 (30,8%) ocorreram em menos de 24 horas após o início da VM. Dos pacientes transferidos, 22
(52,4%) esperaram mais de 48 horas e todos os que tiveram alta, também permaneceram na UCI por período
superior a 2 dias. Conclusão: Embora a UCI seja uma unidade para estabilização e transferência de pacientes
graves nas primeiras 48 horas, na maioria das vezes isto não acontece em nosso meio, provavelmente devido
ao número insuficiente de leitos de UTI pediátricas e neonatais no Estado do Maranhão.
Palavras-chave: ventilação mecânica, criança, emergência.

CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA EPIDEMIOLÓGICA DE ADOLESCENTES ASMÁTICOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DO


MUNICÍPIO DE QUIXADÁ CEARÁ
Isabelly Santos Lima Maia; Francisco Cleiton Ribeiro Freitas; Elayne Karoline Lima; Raimunda Rosilene
Magalhães Gadelha.
Faculdade Católica Rainha do Sertão – FCRS, Quixadá – Ceará
Introdução: A asma é uma doença crônica que proporciona prevalência elevada e crescente, com importante
impacto na demanda dos serviços de saúde. A prevalência e a gravidade da asma têm aumentado
consideravelmente nas últimas décadas. Objetivos: Caracterizar o perfil clinico epidemiológico de adolescentes
asmáticos de escolas publicas do município de Quixadá-Ceará. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo
descritivo, transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através de um formulário
semi-estruturado. Resultados: Verificou-se uma média de idade de 13 anos (variando de 12 e 15 anos), na
qual houve predomínio da faixa etária de 12 a 13 anos 81%. Quanto ao sexo prevaleceu feminino (62,5%). Em
relação a prática de atividade física 68,75% praticavam atividade física. Observou-se que a maioria 56,25%
tinham entre quatro, cinco e sete anos de tempo de diagnóstico da asma, a maioria 68,8% realizaram raio
x para confirmar o diagnóstico, 50 % relatou histórico de internação por pneumonia, a maior causa para
desencadear uma crise asmática foi a mudança de temperamento ambiental 43,8%. Quanto à data da última
crise 43,75% relataram menos de seis meses. Quanto ao valor obtido 50% dos participantes encontram-se
bem menores em relação aos valores previstos e a classificação em zonas da asma 68,75% encontravam-
se na zona vermelha. Conclusão: Conclui-se assim, que a maioria dos adolescentes asmáticos pesquisados
está precisando de atenção e intervenções tanto do fisioterapeuta frente ao portador desta patologia como
dos demais profissionais da área da saúde, visto que vários fatores, tanto ambientais como domésticos estão
favorecendo a crises agudas. Contudo, é cogente o uso de estratégias para prevenção e controle das crises e do
ambiente intradomiciliar dos participantes através de educação em saúde incluindo ativamente as famílias.
Palavras-chave: asma, adolescentes, perfil epidemiológico.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 41


AVALIAÇÃO DA DOR EM RECÉM – NASCIDOS INTERNADOS SUBMETIDOS À TÉCNICA DE ACELERAÇÃO DO
FLUXO EXPIRATÓRIO
Isabelly Santos Lima Maia; Francisco Cleiton Ribeiro Freitas; Raimunda Rosilene Magalhães Gadelha;
Débora Macedo Cabral
Faculdade Católica Rainha do Sertão – FCRS, Quixadá – Ceará
Introdução: Até o final da década de 1970, acreditava-se que o recém-nascido não sentia dor, devido á
imaturidade do seu sistema nervoso. Somente em meados da década de 1980 começaram a surgir ás primeiras
publicações sobre o evento da dor em neonatologia. Os recém-nascidos apresentam todos os componentes
necessários para o estímulo doloroso, respondendo através de alterações fisiológicas e comportamentais.
Objetivos: A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a presença e a intensidade da dor em recém-nascidos
internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, submetidos ao procedimento fisioterapêutico aceleração
do fluxo expiratório AFE. Métodos: A metodologia adotada foi quantitativa e transversal, a amostra foi colhida
de forma aleatória na UTIN do Hospital Maternidade Jesus Maria e José no município de Quixadá – CE,
sendo composta por dez recém-nascidos. Os neonatos foram divididos de acordo com a idade gestacional em:
grupo A recém-nascidos pré-termo e grupo B Rn’s a termo. E de acordo com o tipo de terapia respiratória em:
grupo 1 RN’s em oxigenoterapia inalatória e grupo 2 RN’s em ventilação mecânica. A dor dos recém-nascidos
foi avaliada antes, durante e após o procedimento fisioterapêutico AFE, por meio de duas escalas NIPS e
EDIN. Resultados: Os escores obtidos durante a modalidade AFE através da avaliação com a NIPS (40%) e
com EDIN (60%), mostraram-se superiores comparado com os escores obtidos antes e após o procedimento
AFE. As escalas NIPS (37,5%) e EDIN (50%) revelaram que os recém-nascidos pré-termo apresentaram dor
durante a AFE, ambas também indicaram que 75% dos neonatos em ventilação mecânica expressaram maior
sensibilidade da dor do que RN’s em oxigenoterapia inalatória. A EDIN mostrou que em ambas as situações
a dor dos RN’s foram compatíveis. Conclusão: Conclui-se que o procedimento fisioterapêutico AFE foi capaz
de desencadear dor aos RN’s, sobretudo naqueles que estavam em ventilação mecânica.
Palavras-chave: dor, neonato, fisioterapia.

PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE) DE CRIANÇAS ATIVAS


Thacyanna Barbosa Jatobá 1 ;Jaynara Talita Barbosa 1; Ana Fábia Almeida1; Evelym Layse
Dantas ;Fernando Policarpo Barbosa 2,3 ; Plínio Alves Lúcio1 ;Jaqueline Ximenes Figueirêdo Fernandes1;
1

Maria do Socorro Luna Cruz1,3,4


Faculdades de Ciências Médicas1 – FCM/PB; Faculdades Integradas de Patos – FIP/PB2; Centro de Excelência
de Atividade Física – CEAF/RJ3;Universidade Pedro de Valdivia – UPV/CH
Introdução: Para avaliação da função pulmonar pode-se utilizar vários métodos entre os quais pode ser citado
o pico de fluxo expiratório (PFE). Considerado como método de baixo custo e de fácil aplicabilidade, que
tem como objetivo quantificar o grau de obstrução das vias aéreas, força, velocidade do ar dos pulmões,
assim como o reflexo de tosse. Objetivo: O objetivo do estudo foi comparar o PFE entre meninos e meninas
ativas. Métodos: Pesquisa descritiva de tipologia transversal. Como amostra constituída de 6 meninos e 10
meninas com idade entre 7 e 16 anos. Que responderam a anamnese sobre as atividades socioculturais e em
seguida foram submetidos a mensuração do PFE através do aparelho manual da Marca Anamed. Os dados
foram submetidos a análise estatística descritiva e para comparação entre os grupos foi aplicado o Teste t
Student para amostras independentes, para um nível de significância de p>0,05. Resultados: Os dados obtidos
geraram os seguintes resultados para meninos e meninas respectivamente: idade média 10,83 ± 3,8; 11,90 ±
3,1; IMC 18,59 ± 3,2; 19,80 ± 3,55; estatura 1,48 ± 0,18; 1,45 ± 0,13 e PFE 292 L/min.; 282 L/min., desta forma
apresentando um delta percentual (∆%) de 82 e 79 respectivamente. Portanto não sendo observado diferença
significativa no PFE no grupo estudado. Conclusão: Ao termino do estudo conclui que não existe diferença
significativa no PFE entre os meninos e meninas ativos.
Palavras-chave: pico de fluxo expiratório; IMC, meninos, meninas.

42 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


PREVALÊNCIA DE RECÉM-NASCIDOS DE BAIXO PESO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE
CAMPINA GRANDE-PB
Carla Taciana dos Santos Fernandes1; Kamylla Kellen Santos Barroso2; Renata Cavalcanti Farias1; Izabel
Ricaelle Argentino Silva1; Rafaela Fernandes Chaves1; Roberta Medeiros Vasconcelos Oliveira1
1
Universidade Estadual da Paraíba; 2 União de Ensino Superior de Campina Grande – Unesc
Introdução: O peso ao nascer é um dos mais significativos indicadores da qualidade de vida da criança, sendo
o baixo peso (BP) considerado relevante na taxa de mortalidade infantil. Embora a prematuridade e o baixo
peso contem com muitos avanços da assistência de saúde para manter o indivíduo vivo e com perspectivas de
qualidade de vida, são indicadores de problemas futuros no desenvolvimento da criança, daí a importância
de se estudar a prevalência dessas condições nos serviços de saúde, para então, buscar alternativas para o
seu acompanhamento e estimulação. Objetivo: analisar a prevalência de recém-nascidos na UTI - Neonatal
de uma maternidade Pública do Município de Campina Grande- PB. Métodos: Trata-se de uma pesquisa
descritiva, aplicada, e de abordagem quantitativa, do tipo levantamento e documental, realizado com recém-
nascidos de ambos os sexos que foram admitidos na UTI - neonatal de uma maternidade do município em
estudo, no mês de maio de 2010. resultados: A amostra foi composta por 27 recém-nascidos (RN), sendo
51,85% do sexo feminino, e 48,15% do masculino. Referente ao peso ao nascer apresentou-se uma maior
predominância (48,15%) para aqueles RN com peso superior a 2500g, ou seja, normal, 40,75% da amostra
encontra-se na faixa entre 1500 - 2499g, representando a prevalência de RN Baixo Peso, apenas uma pequena
parcela da amostra (7,40% e 3,70%) apresenta peso entre 1000g – 1499g (RN muito baixo peso – RNMBP)
e menos que 1000g (RN Extremo baixo peso – RNEBP), respectivamente. Conclusão: Pode-se afirmar que
os avanços nos cuidados destinado às gestantes no pré-natal, contribui para o nascimento de crianças com
peso normal, no entanto, ainda é alto o numero de RN com peso abaixo da normalidade, considerando que
em nosso estudo mais de 50% da amostra encontrou-se nesta situação, sendo portanto, necessário medidas
preventivas mais eficazes.
Palavras-chave: recém-nascidos, baixo peso, UTI Neonatal.

AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS DE RECÉM-NASCIDOS DE BAIXO PESO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB
Carla Taciana dos Santos Fernandes1; Kamylla Kellen Santos Barroso2; Renata Cavalcanti Farias1; Izabel
Ricaelle Argentino Silva1; Rafaela Fernandes Chaves1; Roberta Medeiros Vasconcelos Oliveira1
1
Universidade Estadual da Paraíba; 2 União de Ensino Superior de Campina Grande – Unesc
Introdução: Deve-se está atenta aos sinais vitais do Recém- Nascidos, detectando sinais ou sintomas de
hipotermia e hipertermia, sopros cardíacos, tiragens, estridores ou gemidos. A avaliação dos sinais vitais
deverá ser executada sempre que as condições do recém-nascido (RN) exigir. Para RN, são considerados
normais os seguintes parâmetros: Frequência Cardíaca (FC)= 120-160 bpm; Frequência Respiratória (FR) =
40-60 irpm; Temperatura Axilar de 36º a 37º e Saturação de oxigênio acima de 95%. Objetivo: avaliar os sinais
vitais de recém-nascidos de baixo peso. Métodos: pesquisa do tipo documental, descritiva e quantitativa,
realizada com RN de baixo peso, em uma maternidade pública do município de Campina Grande no período
de maio de 2010. Resultados: A amostra foi composta por 27 RN de baixo peso e de ambos os gêneros, sendo
51,85% do sexo feminino, e 48,15% masculino. Foram colhidos parâmetros de FC do RN a qual manteve-se
predominantemente entre 141 a 160 bpm (51,85%); 44,45% apresentaram de 121 a 140 bpm e apenas 3,70%
apresentaram bradicárdicos, com FC oscilando de 101 a 120 bpm. A Frequência respiratoria (FR), demonstra
predominância (62,96%) entre 40 a 50 irpm; 51 a 60 irpm aparecem em 18,52%, estando essas dentro da
faixa de normalidade; no entanto 14,82% apresentaram FR > 61 irpm (Taquipnéia) e 3,70%, apenas, inferior
a 40 irpm (bradipnéia). Os níveis de Saturação de oxigênio do RN encontrados estavam em sua maioria
(74,08%) oscilando acima de 96%; apenas 18,52% e 7,40% apresentaram índices de dessaturação de oxigênio,
entre 91 – 95% e <90%, respectivamente. Observou-se que 74,08% dos RN apresentaram-se com temperatura
axilar inferior a 36°; 22,22% entre 36°,1 a 37°c e 3,70% entre 37,1 a 38°c. Conclusão: Embora saibamos as
complicações inerentes ao RN baixo peso, no presente estudo encontramos que os mesmos apresentaram boa
evolução e bons parâmetros de sinais vitais.
Palavras-chave: recém-nascidos, baixo peso, sinais vitais.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 43


CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E A RELAÇÃO ENTRE O PESO AO NARCER E O TEMPO DE INTERNAÇÃO EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DA PARAÍBA
Renata Newman Leite Cardoso dos Santos¹; Ana Stela Salvino de Brito²; Karolinne Souza Monteiro³, Paulo
Granges e Silva4, Giselda Félix Coutinho4, Natália Herculano Pereira1
¹ Universidade Federal da Paraíba; ² Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP – PE; ³
Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 4 Universidade Estadual da Paraíba
Introdução: A assistência neonatal passou por transformações e o advento de novas tecnologias trouxe
benefícios aos recém-nascidos (RN’s), como o aumento da sobrevida. O número de internações é considerado
elevado, mediante as situações anormais de nascimento e clínicas que predispõem os RN’s a tratamentos
especializados. Objetivos: O objetivo do presente estudo foi traçar o perfil clínico e correlacionar o peso
médio de nascimento (PMN) com o tempo de internação médio (TIM) dos RN’s. Métodos: O estudo foi
descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, sendo incluídos 45 RN’s internos na UTIN da Fundação
Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande – Paraíba, entre agosto e dezembro de 2011. Foi utilizado
o Protocolo de Avaliação Clínica, onde constam informações sobre gênero, data de nascimento, admissão,
avaliação e alta; peso do RN, motivo de admissão e dados do suporte ventilatório. Os dados foram analisados
através do Software Graph Pad Prisma, e expressos em média ± desvio-padrão e frequências relativas, sendo
considerados significantes com p<0,05. Resultados: Dos RN´s avaliados, a maioria era do sexo masculino
(64,4%), apresentando PMN de 3078 ± 673,8 gramas. Quanto ao motivo de admissão na UTIN, a maior
parte apresentou diagnóstico de Síndrome do desconforto respiratório neonatal (SDRN) (47,6%), seguido de
hipóxia (14,0%) e gemência (11,6%). Relacionado ao dispositivo respiratório, 29,3% utilizavam a ventilação
mecânica invasiva (VMI), seguido de 24,4% com CPAP. O TIM dos RN´s foi 14,78 ± 13,78 dias. Através
do teste de Spearmam, observou-se que o PMN e o TIM apresentaram correlação negativa e fraca, sem
significância estatística (-0,24, p > 0,05). Conclusão: Conclui-se que, sexo masculino foi mais incidente na
UTIN e que PMN estava adequado, sendo a SDRN a patologia que motivou a maioria das internações e a VMI
o dispositivo mais utilizado, com TIM elevados; entretanto não houve relação entre o PMN e o TIM.
Palavras-chave: recém-nascido, unidades de terapia intensiva, peso ao nascer, tempo de internação.

AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DA EXPANSIBILIDADE TORÁCICA EM CRIANÇAS E


ADOLESCENTES PORTADORES DE MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO VI
Ana Paula de Souza Barbosa Silva1; Priscilla Indianara Di Paula Pinto Taques2; Eujessika Katielly Rodrigues
Silva2; Camilla Isis Rodrigues dos Santos2; Marília Amorim de Souza2; Renata Priscila Beserra de Lima2
1
FAC-CG- Unesc Faculdades; 2 Universidade Estadual da Paraíba
Introdução: A Mucopolissacaridose (MPS) tipo VI é uma doença genética rara caracterizada pelo acúmulo
dos glicosaminoglicanos sulfato de dermatan e condroirina em diversos órgãos e tecidos. As manifestações
clínicas são variadas devido a heterogeneidade da doença e o envolvimento é multissistêmico. Objetivos:
Mensurar a força muscular respiratória, a expansibilidade torácica e a percepção subjetiva da dispnéia
nas AVDs de crianças e adolescentes portadores da MPS VI. Métodos: Foi realizada pesquisa de campo,
descritiva, quantitativa, desenvolvida em hospital universitário de Campina Grande-PB. Foram incluídos na
pesquisa 7 pacientes com diagnóstico confirmado de MPS VI, selecionados de forma não probabilística, por
acessibilidade. A coleta de dados foi realizada através de ficha de avaliação contendo dados sociodemográficos,
clínicos e antropométricos, além manovacuometria e cirtometria torácica. Aplicou-se a escala Modificada de
Borg para avaliação subjetiva da dispnéia nas AVDs. O estudo foi desenvolvido em adequação a Resolução
196/96 do Conselho Nacional de Saúde, seguindo todas as diretrizes éticas para a pesquisa em seres humanos.
Resultados: Evidenciou-se que a média de idade foi de 15 ±2,8 anos para o sexo masculino e 11,2 ±3,03
anos para o feminino. As queixas de desconforto respiratório foram relatadas em 71,40% da amostra. A
força muscular apresentou-se significativamente comprometida com valores para Pimax: de -24 ±0 cmH2O
e Pemax: de 22 ± 2,8 cmH2O no sexo masculino e Pimax: -24 ±11,6 cmH2O e Pemax: 30,4 ±18,8 cmH2O
para o sexo feminino. O coeficiente respiratório apresentou-se decrescente da região axilar para região basal
demonstrando déficit a nível xifóide e comprometimento da expansibilidade torácica. O nível de dispnéia
apresentou um escore médio de 7 (muito intenso) para AVDs. Conclusão: A análise dos resultados permite
inferir a existência de déficits significativos de força muscular respiratória, de expansibilidade torácica com
comprometimento importante na qualidade de vida e na sobrevida destes pacientes.
Palavras-chave: mucopolissacaridose tipo VI, músculos respiratórios, fisioterapia, toráx, dispnéia.

44 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


AVALIAÇÃO DA FRAÇÃO INSPIRADA DE OXIGÊNIO ATRAVÉS DO USO DE UM ANALISADOR INSERIDO NO
CIRCUITO DO CPAP ARTESANAL (SELO D’ÁGUA). UM ESTUDO EXPERIMENTAL
Aline Louise do Nascimento Avelino, Giselle Souza de Paiva, Lívia Barboza de Andrade e Taíla de Britto Lopes
Instituto Materno Infantil de Pernambuco – IMIP – PE
Introdução: A CPAP de forma artesanal foi descrito por Gregory et al. em 1971, como um aparelho no qual
o ramo expiratório é mergulhado em um selo d’água, que define o nível da pressão expiratória positiva final
(PEEP), modelo conhecido como CPAP em selo d’água. É um recurso não invasivo, e de fácil manuseio. Na
atualidade, tem sido muito usada na UTI neonatal, em decorrência de seus efeitos fisiológicos. No sistema
selo d’água, utilizam-se fluxômetros de oxigênio e ar comprimido, sendo a FiO2 controlada pela somatória dos
fluxos, de acordo com a proporção de cada gás na mistura, mesmo assim podem ocorrer variações na FiO2.
O que supõe que esse dispositivo não garante a FiO2 ofertada visto que, é um sistema que sofre influência
dos níveis de fluxo inspiratório presentes no circuito. Objetivo: Diante disso, o objetivo desse trabalho foi
comparar a fração inspirada de oxigênio ofertada pelo fluxômetro de parede com a registrada no analisador de
oxigênio no sistema de selo d’água. Métodos: Para isso foi realizado um experimento com o desenvolvimento
do protótipo do sistema proposto, que simulasse condições semelhantes àquelas encontradas no sistema de
CPAP artesanal quando aplicado a um recém-nascido. Onde foram realizadas as aferições com fluxos de
seis, oito e dez litros por minuto, com diferentes frações inspiradas de oxigênio (30%, 40% e 50%) e pressões
de quatro e seis cm/H2O. Sendo uma mangueira corrugada conectada, a fluxômetros de ar comprimido e
oxigênio e a outra extremidade da mangueira conectada a uma pronga nasal, ocluída, sendo também nesta
extremidade (ramo inspiratório) conectado o sensor do analisador de oxigênio a fim de verificar-se a FiO2 real.
Resultados: Constatou-se, então, que o sistema se comporta de maneira diferente sob as variações de fluxo.
Conclusão: Sugere-se, então, o uso de analisadores de oxigênio durante a oferta de FIO2 no sistema de CPAP
artesanal.
Palavras-chave: pressão positiva contínua nas vias aéreas, neonato, nível de oxigênio.

PERCEPÇÃO DAS MÃES DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL SOBRE OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA NA VIDA DE SEUS FILHOS *
Amália Catarina Agra, Ana Carolina de Paula Santos, Clarissa Cotrim dos Anjos, Mariana Quintiliano
Wanderley, Patrícia Maria Malta da Costa, Rafaella Lira dos Santos, Renata de Oliveira Araújo, Thaís de
França Reis Gomes.
Centro Universitário Cesmac
Introdução: Os distúrbios do tônus, da postura e do movimento da criança com paralisia cerebral influenciam
direta e indiretamente no sistema respiratório. Essas crianças são mais facilmente sujeitas a desenvolverem
pneumonias e afecções de vias aéreas superiores, apresentando um maior gasto energético durante a ventilação,
o que as limita para realização das atividades diárias, sendo, portanto a realização da Fisioterapia Respiratória
de extrema importância para o tratamento das mesmas. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo verificar
a percepção das mães de crianças com paralisia cerebral sobre os efeitos da fisioterapia respiratória em seus
filhos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com características qualitativas utilizando a técnica de
análise do discurso do sujeito coletivo. Participaram da pesquisa mães de crianças com paralisia cerebral
que realizassem fisioterapia respiratória há pelo menos 6 meses em uma instituição filantrópica de Maceió/
Alagoas. Utilizaram-se como critérios de inclusão os seguintes: mães de crianças com paralisia cerebral, que
realizassem tratamento de fisioterapia respiratória há pelo menos 6 meses na instituição. Para a análise do
discurso foram utilizadas perguntas direcionadas as mães sobre o “Objetivo da fisioterapia respiratória”;
“O que a fisioterapia respiratória faz” e “Importância da integração da fisioterapia respiratória na equipe
interdisciplinar”. Resultados: Participaram da pesquisa 30 mães de crianças com paralisia cerebral cuja idade
variou entre um ano e quatro meses a 18 anos de vida. As ideias centrais apresentadas foram: “Melhorar o
pulmão da criança”; “Tirar secreção”; “É muito importante na vida das crianças especiais”. Conclusão: Na
percepção das mães das crianças com paralisia cerebral deste estudo, verificou-se que a fisioterapia respiratória
pode trazer inúmeros benefícios tais como: redução do quadro de hipersecreção, diminuição de recorrência
de patologias do trato respiratório, melhora dos sintomas respiratórios e que é de extrema importância para o
acompanhamento reabilitacional.
Palavras-chave: paralisia cerebral, fisioterapia (especialidade), análise qualitativa.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 45


MORBIDADE RELACIONADA À ASMA NO NORDESTE BRASILEIRO
Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; Gabriely Azevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA
Introdução: A asma é um problema epidemiológico mundial, seja pela alta prevalência com tendência crescente,
ou pelo elevado índice de morbidade que determina. Deste modo essa patologia adquiriu dimensões de um
problema de saúde pública. Objetivos: Fazer um levantamento da taxa de morbidade decorrente da Asma no
Nordeste e relacionar esse dado no mesmo período de tempo no Brasil. Método: A pesquisa trata-se de um
estudo descritivo de prevalência com caráter quantitativo e retrospectivo. Os dados analisados foram obtidos no
DATASUS/2012 – Banco de dados do Sistema Único de Saúde, referente ao período de janeiro a julho de 2012
através do SIH (Sistema de Informações Hospitalares) e do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças –
10ª Revisão) – sendo selecionadas morbidades por Internações, segundo “Lista Morbidade CID-10”, referentes à
Asma. Resultados: No ano de 2012 as morbidades decorrentes da Asma no Brasil nos meses de Janeiro, Fevereiro,
Março, Abril, Março, Junho e Julho, foram respectivamente 10.406, 10.705, 12.506, 13.492, 14.597, 14.234 e
11.922 casos. Quando relacionamos esses dados com a região Nordeste, no mesmo período de tempo, a mesma
apresenta uma porcentagem nessas morbidades de 47,0% (n=4.893), 45,4% (n=4.865), 45,2% (n=5.656), 43,7%
(n=5.891), 42,4% (n=6.182), 42,3% (n=6.022) e 43,2% (n=5.145). Conclusão: O presente estudo nos mostrou
uma elevada incidência de morbidade relacionada à Asma, o que a caracteriza como um problema de saúde
pública; E salienta desse modo a importância de implementar atividades de promoção a saúde dessas pessoas,
com intuito de favorecer uma melhor qualidade de vida e prevenção de fatores que possam agravar essa situação.
Palavras-chave: asma, epidemiologia, morbidade, prevalência.

Mortes em função da Asma no Nordeste brasileiro


Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; Gabriely Azevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA
Introdução: Asma é uma doença com uma alta incidência em todo o mundo. Essa patologia apresenta uma
baixa mortalidade, contudo estas poderiam ser evitadas em sua maioria, o que vem a caracterizar desse modo
como um importante problema de saúde pública. Objetivos: Relacionar a taxa de mortalidade decorrente da
Asma no Nordeste e analisar esse dado, correlacionando com o Brasil no mesmo período de tempo. Método:
A pesquisa trata-se de um estudo descritivo de prevalência com caráter quantitativo e retrospectivo. Os dados
analisados foram obtidos no DATASUS/2012 – Banco de dados do Sistema Único de Saúde, referente ao
período de 2005 a 2010 através do SIM (Sistema de Informações de Mortalidade) e do CID-10 (Classificação
Internacional de Doenças – 10ª Revisão) – sendo selecionados óbitos por residência segundo “Causa
CID-BR-10”, referente às Doenças do Aparelho Respiratório (DAR). Resultados: As DAR no ano de 2010
simbolizaram a quarta maior causa de mortalidade no Brasil, retratando 10,5% (n=119.114), entre elas a Asma
representa 2,2% (n=2.632). No Nordeste brasileiro, o valor de óbitos decorrentes a Asma nos anos de 2005 a 2010
corresponde respectivamente a 0,34%, 0,45%, 0,41%, 0,38%, 0,34% e 0,35% do total de óbitos da região. No Brasil
esses índices no mesmo intervalo de tempo apresentam 0,25%, 0,30%, 0,27%, 0,25%, 0,23% e 0,23% do total de
óbitos nacional. Conclusão: Apesar de não observarmos uma taxa de mortes elevada em decorrência da Asma,
as doenças do aparelho respiratório representam elevados riscos de mortes no Nordeste e no Brasil. É valido
destacar que não só a mortalidade como a morbidade também se apresenta como forte indicar de saúde, tendo
que estar presente à associação de ambos para observamos a real situação dessa patologia.
Palavras-chave: asma, epidemiologia, mortalidade.

46 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


AVALIAÇÃO DA MECÂNICA RESPIRATÓRIA EM CRIANÇAS COM E SEM HISTÓRIA CLÍNICA DE ASMA POR MEIO
DA BIOFOTOGRAMETRIA
Klenio Lucena de Sena, Clênia Oliveira Araújo, Denise Almeida Santos, Gabriela Brasileiro Campos Mota,
Andressa Pereira Alburqueque, Antonio Victor Neto, Maíra Creusa Farias Belo e Flavia Rafaela Dantas de
Sales Magalhães
Faculdade Integrada de Patos-FIP
Introdução: Asma é uma doença inflamatória crônica mais comum na infância e caracteriza por hiper-
responsividade das vias aéreas inferiores. Objetivo: Analisar a biofotogrametria para avaliação da mecânica
respiratória em crianças asmáticas e não asmáticas. Métodos: Estudo transversal com crianças com diagnóstico
clínico de asma em acompanhamento na Clínica da Unesc Faculdades.Um grupo controle de crianças não
asmáticas, pareados por idade.Foi aplicada uma ficha de avaliação respiratória para o grupo asmático e o
questionário (ISAAC) para o não asmáticas e obtido o IMC. Foi usada uma máquina fotográ­fica, posicionada
sobre um tripé. Nas imagens foram traçadas dois diâmetros torácicos em cada vista: diâmetros torácicos
anteriores e laterais.Foi realizada também a avaliação do pico de fluxo expiratório máximo (PFE).Os dados
foram analisados pelo programa CorelDRAW® X5. Resultados: Foram avaliados 8 crianças, sendo 4 crianças
asmáticas e 4 não asmáticas.Os resultados pela aplicação do método biofotogramétrico para RD em ambos
os níveis, RD.AX e RD. XI, juntamente com a distribuição dos mesmos nas medidas estatisticamente em
média e desvio padrão para os três grupos, o grupo total, o asmático e o não asmático não mostrou diferença
estatisticamente entre RD.AX e RD.XI dos grupos. Na avaliação do pico de fluxo expiratório houve no grupo
asmático significância estatística em médias do grupo AS de 186,25 para um grupo NA de 292,5, o que
demonstra a diminuição do pico de fluxo expiratório. Conclusão: O desenvolvimento da metodologia RD
pela biofotogrametria mostrou–se satisfatório para mensurar razões diametrais.
Palavra chave: asma, biofotogrametria e avaliação.

ANÁLISE DO TEMPO DE PERMANÊNCIA DO TUBO ENDOTRAQUEL EM CRIANÇAS SUBMETIDAS A CIRURGIAS


CARDÍACAS
Ana Mércia Barbosa Leite Fernandes; Milena Lins da Cunha Dias, Viviane Ribeiro Targino, Lígia Denniery
Frade; Luana Meira Marques Dantas
Complexo de Pediatria Arlinda Marques, João Pessoa- PB
Introdução: A correção cirúrgica de cardiopatias congênitas tornou-se uma realidade possível nos hospitais
públicos do Nordeste. O tratamento pós-operatório requer o acompanhamento em Unidade Terapia Intensiva
sendo necessário em alguns casos o uso de Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) no pós-operatório imediato.
Atualmente, é consenso entre os profissionais que o desmame da ventilação mecânica deve ser realizado o
mais precocemente possível, evitando assim diversas complicações respiratórias que podem vir a dificultar
a recuperação dos pacientes e prolongar o tempo de internação. Objetivo: Analisar o tempo de utilização do
tubo endotraqueal (TOT) em pacientes pediátricos com cardiopatia congênita no período pós-operatório
de cirurgias cardíacas corretivas e paliativas. Métodos: Tipo de estudo retrospectivo por meio de análise
de prontuários, sob consentimento da Instituição, de 78 pacientes com indicação de cirurgias cardíacas
admitidos na UTI do Complexo de Pediatria Arlinda Marques, João Pessoa – Paraíba, no período de outubro
de 2011 a agosto de 2012. Resultados: Dos 78 pacientes, 34 foram do sexo masculino (43,5%) e 44 feminino
(56,4%). A faixa etária mais incidente foi entre 0 a 1 ano com 34 pacientes (43,5%). As patologias mais comuns
foram: Comunicação Interatrial (CIA) com 22% de incidência, Comunicação Intraventricular (CIV) com
14,1%, Persistência do Canal Arterial (PCA) com 21,7%. Os pacientes que chegaram extubados ao setor
corresponderam a 48,7%, os que foram extubados em menos de 6h a 44,8%, entre 6 a 12h a 5,1% e mais de
24h a 1,2%. O índice de reintubação foi de 6,4%. Conclusão: A maioria dos pacientes submetidos à cirurgia
cardíaca foram extubados em menos de 6h após chegarem do pós-operatório à UTI. O tempo de permanência
no TOT por mais de 6h pode estar relacionado à baixa idade, assim como o índice de reintubação que, também
pode ser consequência da extubação precoce.
Palavras-chave: pediatria, cirurgia cardíaca, ventilação mecânica.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 47


MORTALIDADE POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS POR
MACRORREGIÕES DE SAÚDE NO ESTADO DE PERNAMBUCO EM 2010
Daniele Ferreira Rodrigues; Isabelle Carolline Veríssimo de Farias; Isabelle Rayanne Alves Pimentel da
Nóbrega; Marciana Feliciano; Niedja Maria Coelho Alves
Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE
Introdução: A mortalidade na infância tem diminuído consideravelmente ao longo dos anos, principalmente
na Região Nordeste que apresenta historicamente coeficientes mais elevados, contudo esta região é ainda
prioritária nas ações de controle da Mortalidade na Infância do Ministério da Saúde. Dentre as causas de
morte destacam-se as Doenças do Aparelho Respiratório (DAR), tendo sido responsável no Brasil em 2010,
por 3044 (6,5%) óbitos em crianças menores de 5 anos. Objetivos: Descrever o perfil e a distribuição da
mortalidade por doenças respiratórias em crianças menores de cinco anos por Macrorregiões de Saúde no
estado de Pernambuco no ano 2010. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, cuja fonte de
dados foi o Sistema de Informações de Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de
Saúde (DATASUS), foram consultadas informações sobre a mortalidade por DAR em crianças menores de
5 anos nas macrorregiões estaduais de Saúde. O estado de Pernambuco é dividido em 4 macrorregiões de
saúde: Agreste, Metropolitana, Sertão e Vale do São Francisco/Araripe. Resultados: Ocorreram no estado,
em 2010, 142 óbitos por doenças respiratórias em crianças menores de 5 anos, o que equivale, excluindo-se
as causas congênitas e externas, a 26,64% do total de óbitos nesta população, com taxa de mortalidade de
20,97/100.000 habitantes, sendo a pneumonia a causa mais importante (68,3%), seguida da Asma (6,33%).
Entre as Macrorregiões as taxas variam de 17,25/100.000 na região Metropolitana a 27,3/100.000 na região
Agreste, sendo mais elevadas no sexo masculino, razão de sexo de 1,87. Conclusões: A mortalidade na infância
é um indicador importante de saúde e serve como parâmetro para o planejamento de políticas públicas. As
DAR estão entre as principais causas de mortalidade no grupo estudado, as diferenças inter-regionais indicam
a possibilidade de associações a fatores ligados as características sociais, econômicas, demográficas e culturais
particulares de cada região.
Palavras-chave: mortalidade na infância, doenças respiratórias, epidemiologia.

USO DA REDE DE DORMIR EM LACTENTES


Ingrid Fonsêca Damasceno Bezerra; Vanessa Braga Torres; Silvana Alves Pereira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Faculdade de Ciências da Saúde do Traíri/ Santa Cruz
Introdução: O posicionamento em que os lactentes prematuros são colocados promove diferentes experiências.
Quando em decúbito ventral, os estudos mostram que este acalma e promove auto-regulação. Entretanto,
esta técnica fornece menos estimulação somatossensorial-cinestésica e experiência vestibular em comparação
com o ambiente intra-uterino. Atualmente, têm-se feito o uso de rede no interior da incubadora, permitindo
a adoção de uma posição fletida e de movimentos contínuos suaves, semelhante aos que ocorre no útero.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo verificar se o uso da rede exerce influência no desenvolvimento
motor de lactentes. Métodos: Este estudo se caracterizou por ser um estudo descritivo de caráter transversal,
o qual avaliou lactentes aos seis meses que dormem em rede, no período de outubro e novembro de 2011.
A amostra foi composta das crianças que nasceram no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB). Após
a seleção da amostra, foi realizada a avaliação do desenvolvimento motor através da “Alberta Infant Motor
Scale” (AIMS). Os achados coletados foram tabulados em um banco de dados no Microsoft Excel. Resultados:
Nasceram 120 crianças, 42 foram selecionados para participar e, apenas 5 dormiam em rede. Destes, 80%
nasceram de parto normal, 60% do sexo feminino, pesando uma média de 3674g (+ 386g) e APGAR de 1º
e 5º minuto, respectivamente, 8 e 9. A média de idade da mãe foi de 34 anos (+ 7 anos), 80% são casadas
e com o ensino médio completo (40%). Ao avaliar o desenvolvimento motor verificamos que a média da
pontuação na AIMS foi de 28 (+ 3,27) indicando que os lactentes que fazem uso da rede para dormir têm o
seu desenvolvimento motor normal. Conclusão: Evidenciou-se neste estudo que o uso da rede não interferiu
negativamente no desenvolvimento motor, pois os lactentes apresentaram seu desenvolvimento motor dentro
dos padrões de normalidade.
Palavras-chave: lactentes, posicionamento, rede.

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EFEITO DOS APOIOS DO MÉTODO REEQUILÍBRIO TORACOABDOMINAL SOBRE OS SINAIS VITAIS EM RECÉM–
NASCIDOS DE RISCO
Afonso Rodrigues Tavares Netto, Larissa Thayane Sousa Rocha, Maria do Socorro Nunes Gadelha, Tâmara
Cristina Lins, Luana Braga da Silveira, Sandra Emília Benício Barros, Brenda Cássia Cordeiro de Carvalho,
Sarah Maria Nunes Gadelha
Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), João Pessoa, PB
Introdução: O neonato passa por grandes transformações no momento do nascimento como mudanças
anatômicas, fisiológicas e alterações no sistema respiratório provocando insuficiência respiratória que os
fazem necessitar de suporte ventilatório e cuidados especiais. A fisioterapia atua promovendo estimulações
sensóriomotoras e respiratórias reduzindo o alto índice de mortalidade desta população. Dentre as técnicas
utilizadas, o método de Reequilíbrio Tóraco-Abdominal (RTA), tem como objetivo incentivar a ventilação
pulmonar e promover a higiene brônquica pela reorganização do sinergismo muscular respiratório que é
perdido em disfunções respiratórias. Objetivo: Analisar o efeito dos apoios do método RTA sobre os sinais
vitais de recém-nascidos de risco sob cuidados especiais. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo analítico
realizado na UTI neonatal de um hospital público de abril a agosto de 2012. Os dados da frequência cardíaca
(FC), freqüência respiratória (FR) e saturação de O2 (SpO2) foram coletados antes, durante e após as manobras
do RTA. Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva e inferencial (ANOVA medidas repetidas)
por meio do programa SPSS 19.0. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados: Observa-se uma
maior frequência de RNs do sexo feminino (58,7% n=7), 66,7%(n=8 ) nasceram de parto cesáreo, 88,3%
(n=10) usaram surfactante e todos os RNs apresentaram Síndrome do Desconforto Respiratório. Os apoios
mais utilizados foram o Íleo-costal e o Tóraco-abdominal. Foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas na FC (p=0,001), FR (p=0,002) e Sp02 (p=0,001) antes, durante e após as manobras. Conclusão:
Os apoios do método RTA consistem em uma importante alternativa na assistência fisioterapêutica em RNs
de risco.
Palavras-chave: neonatos, fisioterapia respiratória, unidade de terapia intensiva.

ANÁLISE DA CONCORDÂNCIA ENTRE A ESCALA DE SILVERMAN ANDERSEN E OS SINAIS RESPIRATÓRIOS DO


AGRAVAMENTO DA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA EM NEONATOS
Afonso Rodrigues Tavares Netto, Airton Pontual de Oliveira Júnior, Larissa Thayane Sousa Rocha, Maria
do Socorro Nunes Gadelha, Tâmara Cristina Lins, Luana Braga da Silveira, Eliene Martins de Lira, Ingrid
Davis da Silva Gadelha
Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), João Pessoa, PB
Introdução: A insuficiência respiratória aguda (IRA) em neonatos possui diversas causas pulmonares e
representa risco de morte exigindo uma intervenção imediata e interdisciplinar como parte integrante da
assistência neonatal. Objetivo: Analisar o grau de concordância entre a escala de Silverman Andersen e os
sinais respiratórios de agravamento da IRA a partir da avaliação fisioterapêutica de RNs na UTI neonatal
de um hospital público. Método: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório realizado no período de
maio a agosto de 2012. Participaram da pesquisa 13 RNs sob cuidados intensivos. Como instrumento de
coleta dos dados foi utilizado um questionário estruturado contendo informações sobre o perfil clínico dos
RNS e avaliação dos sinais e sintomas respiratórios, incluindo os sinais de agravamento da insuficiência
respiratória e a escala de Silverman Andersen. Para análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva
por meio do programa SPSS 19.0 for Windows. Resultados: Quanto aos sintomas respiratórios, em 50%
(n=5) houve associação da alteração no padrão respiratório com presença de esforço respiratório; 20% (n=2)
identificaram além destes sintomas a presença de cianose. Quanto à escala de Silverman Andersen, todos os
RNs foram classificados com escore acima de 7 e 50% (n=5) com escore entre 9 e 10. Os sinais de agravamento
respiratório identificados foram a obstrução, presente em todos os RNS, a falência respiratória em 60%(n=6) e
a má oxigenação presente em 30% (n=3). O colapso circulatório não foi identificado. Conclusão: Os resultados
sugerem um protocolo com base nos instrumentos de avaliação dos sinais e sintomas respiratórios em RNs
sob cuidados intensivos para favorecer a tomada de decisão quanto à conduta terapêutica a ser aplicada em
curto prazo.
Palavras-chave: insuficiência respiratória, interdisciplinaridade, unidade de terapia intensiva.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 49


AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PRATICANTES DE CAMINHADA
Raissa Fernandes Praxedes1, Pablo Ribeiro Albuquerque2, Alysson Silva Queiroz3, Rafael Pereira da Silva1,
Iuanda Silva Santos1, Vanessa Nogueira Cavalcante1, Igor Emiliano Araújo1
Faculdades Integradas de Patos - FIP
Introdução: O sistema respiratório (SR) é responsável por manter os níveis de Oxigênio (O2) no sangue, e
a retirada de gás carbônico (CO2), e para que isso aconteça é necessário que haja contração da musculatura
ventilatória. A capacidade de desenvolvimento destes músculos é através de exercícios, onde quanto maior seu
desenvolvimento, maior a potência de contração. A manovacuometria é um teste realizado para quantificar a
potência destes músculos, que é quantificada através das pressões respiratórias máximas (PRM), geradas pelo
SR. Objetivo: Comparar a força da musculatura ventilatória entre um grupo de praticantes de caminhada e
um grupo de sedentários. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, exploratória, transversal de campo e quase-
experimental. Métodos: Para tanto foram selecionadas 50 pessoas nas faixas etárias de 21 a 63 anos, e que não
apresentavam doenças neuromusculares ou pulmonares. Foram comparados dois grupos (A e B), sendo que
um grupo era praticante de Caminhada (A = 25) e o outro de sedentários (B = 25). Na avaliação foi utilizado
um manovacuômetro para investigar as pressões inspiratórias e expiratórias. Resultados: Demonstraram que
o grupo de praticantes de caminhada apresentaram vantagens significativas da Pressão Inspiratória Máxima
(p=0,0001) e Pressão Expiratória Máxima (p = 0,0001), comparados aos sedentários. Além disso, observou-se
uma correlação direta entre PImáx e PEmáx ( r = 0,60, p = 0,001) e uma correlação indireta entre o tempo
de caminhada por semana em minutos com a PEmáx (r = -0,44, p = 0,02), não observando correlação entre o
mesmo com PImáx (r = -0,33, p = 0,09). Não foi possível afirmar que existiu relação entre as PRM com a Idade
(PImáx: r = -0,35, p = 0,08 ; PEmáx: r = -0,26, p = 0,20), IMC (PImáx: r = -0,17, p = 0,40; PEmáx: r = -0,07, p
= 0,71) e o tempo de caminhada em anos (PImáx: r=0,10, p=0,61, PEmáx: r = 0,03 , p = 0,08). Conclusão: Com
base nos resultados aqui obtidos, pode-se concluir que, os praticantes de caminhada apresentam maior força
da musculatura ventilatória se comparados com os sedentários, havendo uma relação direta entre a PImáx e
PEmáx, de maneira que esta modalidade favorece o aumente de ambos simultaneamente.
Palavras-chave: caminhada, força muscular respiratória, sedentários.

COMO PREDIZER A FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE


ETIOLOGIA ISQUÊMICA E NÃO- ISQUÊMICA EM USO DE β-BLOQUEADOR?
Juliana Belli, Evelyn Enes Henrique, Fátima Cristina Siqueira, Iram Soares Teixeira Neto; Miguel Morita
Fernandes Siva; Lucas Nóbilo Pascoalino; Edimar Alcides Bocchi; Guilherme Veiga Guimarães
Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Introdução: O Teste cardiopulmonar (TCP) é um método eficaz na avaliação de pacientes com insuficiência
cardíaca (IC). A terapia com β-bloqueadores (βb) é utilizada na IC com influência direta na frequência
cardíaca. A frequência cardíaca máxima (FCmáx), em indivíduos normais, é predita pela equação (220 –
idade), porém ela não considera o uso de βb. Poucos estudos sugerem equações que predigam a FCmáx em
pacientes betabloqueados, entretanto nenhum estudo considerou a etiologia da IC nessa relação. Objetivo: O
objetivo desse estudo foi determinar uma equação que predissesse a (FCmáx) em pacientes betabloqueados
com IC considerando as suas etiologias. Métodos: Foram avaliados pacientes com IC isquêmicos e não
isquêmicos, FEVE <45%, ambos os gêneros, idade 18 a 65 anos, em uso de βb, que realizaram TCP entre
1999 e 2010 no Laboratório de Insuficiência Cardíaca e Transplante do Incor. Foram excluídos indivíduos
com marcapasso cardíaco e/ou desfibrilador implantável. A equação proposta foi desenvolvida por regressão
linear. Resultados: Foram analisados 278 pacientes com IC isquêmica (n=75) e não isquêmica (n=203), FEVE
de 30,8±9,4 e 28,6±8,2% (p=0,04), VO2 pico 16,9±4,7 e 16,9±5,2 ml.kg.min-1(p=ns) e FCmáx 130,8±23,3 e
125,3±25,3 bpm (p=0,05) isquêmicos e não isquêmicos respectivamente. A equação encontrada foi: FCmáx
168-0,76 x idade para isquêmicos e FCmáx 134-0,18 x idade para IC não isquêmicos. Conclusão: As equações
que predigam a FCmáx , em pacientes β-bloqueados, devem considerar a etiologia da IC.
Palavras-chave: frequência cardíaca, antagonistas adrenérgicos beta, insuficiência cardíaca.

50 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


AVALIAÇÃO DO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO DE IDOSOS PARTICIPANTES DOS GRUPOS DE CONVIVÊNCIA
DE QUIXADÁ-CE
Francisco Cleiton Ribeiro Freitas; Eva Gillian Guerra Almeida; Isabelly Santos Lima Maia; Raimunda
Rosilene Magalhães Gadelha
Faculdade Católica Rainha do Sertão – FCRS, Quixadá – Ceará
Introdução: O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea. As
alterações determinadas pelo envelhecimento danificam desde os mecanismos de controle até as estruturas
pulmonares e extra-pulmonares que participam do processo de respiração. Objetivo: Analisar o pico de fluxo
expiratório de idosos participantes de grupos de convivência do município de Quixadá-Ceará. Métodos: Trata-
se de um estudo descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, realizada nos centros de convivência
da sede do município de Quixadá. Foram incluídos na pesquisa idosos com idade igual ou superior a 60 anos,
com ou sem co-morbidades associadas. A coleta foi realizada com o indivíduo sentado, utilizando um cliper
nasal, através do medidor do pico de fluxo expiratório (PFE) portátil. Os valores obtidos foram comparados
com os previsto na tabela do aparelho. Resultados: A amostra foi de constituída por 170 idosos. Verificou-
se que 95 (66,9%) eram do sexo feminino. Em relação ao estado civil, encontrou-se predomínio de casados
com 97 (68,3%). Quanto à escolaridade 37 (26,1%) eram analfabetos. Observou-se que 63 (44,40%) eram
inativos não praticavam nenhum tipo de atividade regular. Verificou-se que para todas as faixas etárias em
ambos os sexos, os valores previstos, apresentam diferença estatisticamente significativa (p > 0,005) quando
comparados aos valores obtidos no presente estudo. Os homens apresentaram, em média, 112 L/min a mais
que as mulheres, e os idosos que praticavam atividade física tiveram o PFE mais alto do que os idosos inativos.
Observamos que o tabagismo apresentou-se como importante causador e/ou agravante de diminuição do pico
de fluxo expiratório nos indivíduos em estudo. Conclusão: O aumento da idade pode está relacionado com a
redução da força muscular inspiratória e expiratória. As mulheres apresentaram menor PFE. O estilo de vida
mais ativa pode influenciar de forma positiva, relacionando-se com maior força da musculatura respiratória
e valores do PFE.
Palavras-chave: idoso, pico do fluxo expiratório, perfil epidemiológico.

QUALIDADE DE VIDA EM PORTADORES DE MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA NOS ESTÁGIOS INICIAIS


Anne Karine Menezes Santos Batista, Saulo Santos de Jesus, Aquiles Assunção Camelier, Roque Aras e
Fernanda Warken Rosa Camelier.
Ambulatório especializado em Doença de Chagas e miocardiopatias do Complexo Hospitalar
Universitário Professor Edgar Santos, da cidade do Salvador, Bahia.
Introdução: A doença de Chagas resultante da infestação pelo protozoário Trypanosoma cruzi, é uma
das enfermidades infecciosas mais importantes da América Latina. Classificada em duas fases, pode
permanecer assintomática ou evoluir para um quadro de dor torácica anginosa, bloqueios atrioventriculares e
intraventriculares, insuficiência cardíaca crônica progressiva, tromboembolismo, e morte súbita; que quando
instalado, limita física e psicologicamente seus portadores, impactando na qualidade de vida. Objetivo:
Avaliar a qualidade de vida dos pacientes portadores de miocardiopatia chagásica em estágios iniciais de
comprometimento cardíaco. Método: Estudo descritivo, de corte transversal, com uma amostra consecutiva
e de conveniência. Foram incluídos portadores de miocardiopatia chagásica em tratamento ambulatorial, que
responderam ao instrumento específico Minnesota Living With Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) e ao
instrumento genérico Euro-QOL para avaliação da qualidade de vida (QV). Foi utilizado o coeficiente de
correlação Spearman para avaliar a associação entre a pontuação dos questionários de QV e gravidade da
doença; e o teste de Mann Whitney para comparar a pontuação entre a gravidade pela classe funcional da New
York Heart Association (CF-NYHA) e a QV, considerando p <0,05 como nível de significância estatística. A
pesquisa foi aprovada pelo CEP do HUPES/UFBA. Resultados: Foram avaliados 40 voluntários; 22 (55%) do
sexo feminino, com 57,7 ± 7,8 anos. Pela NYHA, 23 (57,5%) figuraram o estágio II. Comparando os pacientes
de CF I e II quanto a QV, pelo MLHFQ, houve diferença entre o domínio físico e escore total (p=0,007) e
(p=0,037) respectivamente, sendo maior na CF II; e no EuroQOL, (p=0,002), sendo menor na CF II, com
correlação moderada e negativa (r= -0,647; p < 0,0001). Conclusão: Houve uma associação entre a pontuação
total dos instrumentos MLHFQ e Euro-QOL, sugerindo que ambos refletem de maneira semelhante e
inversamente proporcional à gravidade da doença.
Palavras-chave: cardiomiopatia, qualidade de vida, doença de chagas.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 51


AVALIAÇÃO DA DEPENDÊNCIA A NICOTINA EM FUMANTES DO MUNICÍPIO DE FERREIROS/PE
Luís Felipe Paiva da Silva; Evandro Souza da Costa; Fabiana Veloso Lima
Associação Paraibana de Ensino Renovado, João Pessoa – PB
Introdução: A Organização Mundial de Saúde descrevem a dependência ao tabaco como processo complexo,
que envolve a ação farmacológica da nicotina, condicionamentos e processos comportamentais adquiridos,
fatores relacionados à personalidade, às expressões emocionais e às condições sociais. Os malefícios e as mortes
ocasionados pelo tabagismo são amplamente conhecidos, no entanto, um grande percentual da população
ainda fuma ou experimenta fumar. Objetivo: A presente pesquisa teve o objetivo de avaliar a dependência à
nicotina em adultos jovens fumantes. Método: Tratou-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo,
com abordagem quantitativa, realizado em 60 fumantes, na faixa etária de 18 a 48 anos de idade, residentes na
área de cobertura das USF do município de Ferreiros/PE. Foi aplicado uma versão adaptada do questionário
Global Yorth Tabacco Survey, contendo 27 questões objetivas, e o questionário de fargestrom. Resultados:
A maior parte da amostra eram homens, sedentários, com ensino fundamental incompleto, renda familiar
menor que um salário mínimo. A maioria dos entrevistados fumam diariamente (71,6%), mais de 5 cigarros/
dia (69,9%), começaram a fumar depois dos 16 anos (41,6%), com tempo médio de fumo de 17,56 anos.
Acreditam que o cigarro é prejudicial a sua saúde (95%), mas consideram muito difícil parar de fumar
(61,6%). Quanto ao resultado do teste de fargestrom, constatou-se que a maioria dos fumantes apresentarão
dependência leve à nicotina (Homens 72,97% e Mulheres 82,50% respectivamente). Conclusão: Os tabagistas
apesar de mencionarem conhecer os efeitos prejudiciais do cigarro, não demonstram interesse em abandonar o
hábito. Quanto à dependência de nicotina, apesar de referirem intenso hábito tabagistico, a maioria apresenta
dependência leve, isso pode se dá ao fato que o tabaco provoca dependência de modo progressivo, crônico e
recorrente, o que explica o fato de a maioria dos jovens apresentarem um número baixo na pontuação do teste
de Fagerström.
Palavras-chave: transtorno por uso de tabaco, nicotina, tabaco, tabagismo.

PERFIL DOMICILIAR DOS USUÁRIOS DE OXIGENOTERAPIA


Cynara Queiroga Leite1 ; Elayne Montenegro Lino 1 ;Rosa Suênia da Camara Melo 1 ; Maria do Socorro
Luna Cruz 1,2 ; Inácia Regina Barbosa Leal1; Fabiana Vilar Gonçalves1
Faculdades de Ciências Médicas – FCM/PB; Universidad Pedro de Valdivia – UPV/CH
Introdução: Os portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica e outras patologias graves fazem uso de
oxigenoterapia complementar como recurso terapêutico quando são observados alterações nos níveis parciais
de oxigênio no sangue arterial. Devendo ser administrado com o objetivo de manter os níveis de oxigenação
adequados e evitar hipoxemia. A oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP) contribui para uma maior
sobrevida dos indivíduos com doenças pulmonares crônicas, desde que a indicação e administração cumpra
os critérios médicos e estabelecidos pela sociedade brasileira de pneumologia e tisiologia (SBPT). Objetivo: O
objetivo do estudo foi descrever o perfil dos indivíduos que fazem uso de oxigenoterapia domiciliar prolongada
(ODP) no município de Campina Grande/PB. Método: Estudo do tipo quantitativo, descritivo e exploratório,
realizado nos domicílios em um grupo de 23 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 a 85 anos.
Cada participante foi mediante listagem de endereços cedida pela empresa que fornece oxigênio a domicilio
e responderam a um questionário semiestruturado com perguntas objetivas. Os dados após coletados foram
analisados através de valores estatísticos por delta percentuais e descritos por gráficos. O projeto foi submetido
e aprovado pelo comitê de ética (CEP) sob número CAAE – 3186.0.000.405-10. Resultados: Observou-se que
65% dos usuários eram do sexo masculino e 35% feminino, porém predominando na amostra sexo feminino,
com idade superior a 68 anos e portadores de doenças pulmonares crônicas (DPOC). Conclusão: Conclui
ao termino do estudo que os usuários de oxigenoterapia são do sexo feminino e portadores de doenças
pulmonares crônicas.
Palavras chave: doença pulmonar obstrutiva crônica, oxigenoterapia, hipoxemia.

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PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO SETOR DE FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA DA CLÍNICA ESCOLA SANTA EDWIGES APAE, SÃO LUÍS – MA*
Gustavo de Jesus Pires da Silva1; Sarah Rejany da Silva Sousa2
Faculdade Santa Terezinha – CEST
Introdução: As doenças respiratórias constituem importante causa de adoecimento e morte no mundo. A
fisioterapia respiratória é utilizada na prevenção e tratamento de diversos distúrbios respiratórios. Objetivo:
Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes avaliados e atendidos no setor de Fisioterapia
Respiratória da clínica escola Santa Edwiges da cidade de São Luís-MA no ano de 2011. Método: Estudo
transversal, com pesquisa documental de caráter descritivo e retrospectivo, realizada através dos dados
disponibilizados pela instituição e coletados a partir da ficha de avaliação e evolução de cada paciente.
Coletados dados das seguintes variáveis: sexo, faixa etária, ocupação, comorbidades, diagnóstico médico,
diagnóstico e tratamento fisioterapêutico. Resultados: Examinadas 180 fichas de avaliação, referentes à
pacientes atendidos no setor, sendo esta a população estudada. Verificou-se que quanto ao sexo, o masculino
foi mais prevalente (54%). A faixa etária mais acometida foi 0 a 11 anos, 69,83%. Quanto à ocupação, 67,59%
eram crianças com idade pré-escolar. Quando examinamos em conjunto diagnóstico médico e comorbidades,
o registro predominante foi pneumonia, 35,75%. Ao avaliarmos apenas as doenças pulmonares, as de maior
ocorrência foram: pneumonia, 35,75% e bronquiectasia, 8,37%. Dentre os pacientes bronquiectásicos, 46,66%
apresentaram tuberculose prévia. Considerando apenas o diagnóstico médico, houve predomínio da paralisia
cerebral, 20,11%. Quanto ao diagnóstico fisioterapêutico, prevaleceu: hipersecreção (68,15%), seguido de
dispnéia (10,61%). Quanto ao tratamento executado, 7,26 % foram apenas avaliados, sem prosseguir com o
tratamento, e em 43,37% havia registro de técnicas de remoção secreção brônquica, seguido de técnicas de
remoção de secreção brônquica e expansão pulmonar associadas e técnicas de expansão pulmonar. Os meses
com maiores número de atendimentos foram: março, 230; maio, 207 e abril, 200. Conclusão: Constatou-
se prevalência do sexo masculino, crianças de idade pré-escolar, diagnóstico médico de paralisia cerebral
e pneumonia, diagnóstico fisioterapêutico de hipersecreção, sendo as técnicas de remoção de secreção
brônquica as mais utilizadas.
Palavras-chave: doenças respiratórias, perfil clínico-epidemiológico, fisioterapia respiratória.

ANALISE DA FUNCINALIDADE VENTILATÓRIA EM PACIENTES NEFROPATAS DIALITICOS


Danilo Rocha Santos Caracas, Danyelle Sousa Almeida, Evanilza Santos Damasceno, Fernanda Machado,
Janaína Meira Coqueiro Dias, Laiz Souza Pinheiro, Miriam Bonfim da Silva,Thaís de Souza Rocha
Faculdade Independente do Nordeste – Vitória da Conquista – BA
Introdução: A Insuficiência Renal Crônica é uma patologia caracterizada pela perda da capacidade de
manutenção da homeostase interna pelos rins, gerando alterações multissistêmicas, o que impacta diretamente
na mecânica respiratória. Objetivo: Avaliar o impacto da nefropatia nos volumes e capacidades pulmonares de
pacientes em tratamento dialítico. Metodologia: Pesquisa exploratória e descritiva, de natureza quantitativa.
Realizado numa clínica de hemodiálise da cidade de Vitória da Conquista, Bahia no período de Janeiro a
dezembro de 2011. As analises ventilométricas se deram, através do ventilômetro Wright Mark 8 Ferraris®,
com bocal descartável e clipe nasal para evitar o escape de ar durante as mensurações. A ventilometria foi
realizada com o paciente em sedestação, após as sessões de hemodiálise. Resultados: Foram analisados 51
indivíduos, sendo 54% do sexo feminino, e 46% do sexo masculino, a media de idade foi 63,3 (± 11,5). A
amostra foi dividida em 4 grupos de acordo com o tempo de diálise, 35% realizavam o procedimento a um
período inferior a 1 ano (G1), 27% faziam hemodiálise num período entre 1 e 2 anos (G2), 23% entre 3 e
5 anos (G3) e 13% estavam em tratamento por um período superior a 6 anos (G4). Quando comparados
os grupos em relação ao volume corrente (VC) (G1: 387,1 ml ± 127,4; G2: 261,9 ml ± 92,5; G3: 207,5 ml ±
93,7; G4: 181,4 ml ± 27,3) identificou-se uma relação inversa entre o tempo de diálise e o VC. A analise da
capacidade vital (CV) em relação aos grupos evidenciaram os seguintes valores (G1: CV: 31,5 ml/Kg ± 6,07;
G2: CV: 28,0 ml/Kg ± 6,37; G3: CV: 24,8 ml/Kg ± 3,40; G4: CV: 16,7 ml/Kg ± 1,90). Conclusão: Constatou-se
que os pacientes analisados apresentaram um padrão restritivo pulmonar, agravado com o tempo de terapia
e cronicidade da doença.
Palavras-chave: função pulmonar, insuficiência renal crônica, hemodiálise.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 53


Repercussões agudas da hemodiálise sobre a mobilidade torácica e função
pulmonar em pacientes com doença renal crônica
Evelin Aparecida Batista de Oliveira, Patrícia Natasha Sampaio Feitosa, Ana Lucia de Gusmão Freire, Ana
Carolina do Nascimento Calles, Marília Gameleira Bomfim
Hospital do Coração de Alagoas; Unidade de Nefrologia de Alagoas
Introdução: O doente renal crônico apresenta perda da funcionalidade respiratória, tanto pela doença, quanto
pela hemodiálise. É de extrema importância à investigação dos indicadores relativos à função pulmonar, nos
períodos pré e pós-dialítico, destacando-se como formas avaliativas a ventilometria e mobilidade torácica,
as quais consistem em métodos utilizados pela fisioterapia na identificação das alterações da mecânica
ventilatória. Objetivo: Avaliar o comportamento da função pulmonar imediatamente após a hemodiálise.
Métodos. Foram avaliados 20 pacientes renais crônicos, triados por demanda espontânea, com faixa etária
média de 49,4+ 18,32 anos de ambos os gêneros, em tratamento hemodialítico regularmente em um centro
de referência da cidade de Maceió, através da ventilometria e mobilidade torácica com o paciente sentado
em uma cadeira antes e após a hemodiálise. Resultados: Foram observadas variações na função pulmonar,
na Frequência Respiratória de 14,75 + 4,73 para 16,75 + 5,59, na Capacidade Vital de 3,29 +1,03 para 3, 12
+ 1,16, no Volume Minuto de 12,16 + 7,08 para 12,62 + 7,77 nos períodos antes e após a hemodiálise através
da ventilometria. A mobilidade de caixa torácica variou de forma crescente em sua maioria, registrados por
um aparelho destinado a avaliar essa variável. Conclusão. Os registros de ventilometria e mobilidade torácica
variaram de forma aguda após a hemodiálise.
Palavras-chave. doença renal crônica, hemodiálise, função pulmonar.

AVALIAÇÃO DA TOLERÂNCIA DO ESFORÇO EM PACIENTES PORTADORES DE DPOC: COMPARAÇÃO DO


DESEMPENHO NO TESTE DA CAMINHADA DOS SEIS MINUTOS E TESTE DO DEGRAU
Mônica Diniz Marques Rocha1, Fernanda Warken Rosa Camelier
Universidade do Estado da Bahia, Salvador-Bahia
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) leva a uma limitação do fluxo aéreo, geralmente
progressiva e irreversível ou parcialmente reversível. A espirometria é a medida atual para o seu prognóstico.
Se propõem a necessidade de outras variáveis que permitam uma melhor caracterização da doença como
provas simples de esforço como o Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6) e o Teste do Degrau (TD)
que contribuem uma melhor avaliação da morbidade e da mortalidade da doença. Objetivo: O objetivo do
estudo é a avaliação da tolerância do esforço em pacientes portadores de DPOC através dos testes funcionais
e a comparação dos resultados com o índice mutidimensional BODE. Métodos: Estudo descritivo de corte
transversal realizado entre Outubro/2011 e Fevereiro/2012 onde foram selecionados 19 pacientes com
diagnóstico de DPOC. Em ordem aleatória, realizou-se um TC6 e um TD. Resultados: A média da distância
percorrida em ambos os TC6 foi respectivamente de 456,1 ± 77,8 m e 476,1 ± 84 metros (p = 0,012), e do
número de degraus no TD foi, respectivamente de 78,9 ± 37,4 e 84,3 ± 36,4 (p = NS). A frequência cardíaca
(FC) prevista para a idade foi maior no segundo TC6 de 72 ± 13,9% da FC máxima; e no segundo TD6 foi de
76,6 ± 14,1 %. . Em ambos os testes (TC6 1 e 2, e TD 1 e 2) houve queda da saturação periférica de oxigênio
(SpO2) tanto estatística quanto clinicamente, com média respectivamente de: - 9 ± 8,6%, - 10 ± 8,6%, - 4,7
± 4% e - 6,9± 5,7%, sendo mais evidente em ambos os TC6. Conclusão: Os TC6 e o TD são provas simples,
de baixo custo e fácil aplicabilidade. São viáveis para a avaliação da capacidade funcional em pacientes com
DPOC, uma vez que propiciam um esforço submáximo.
Palavras-chave: DPOC, atividades cotidianas, tolerância ao exercício, teste de esforço.

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ANÁLISE DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA E APTIDÃO FÍSICA FUNCIONAL EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
Ledycnarf Januario de Holanda, Ana Irene Carlos de Medeiros, Gislainy Luciana Gomes Câmara1, Aline Helene
Silva Fernandes 1, Helane Gomes da Silva1, João Carlos Lopes Bezerra1, Georges Willeneuwe de Sousa Oliveira1
Universidade Potiguar – UnP, Mossoró/RN
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo que afeta as funções motoras e
respiratórias interferindo na aptidão física-funcional. Objetivo: Este estudo visa descrever os resultados da
função respiratória e correlacionar com o desempenho em testes funcionais. Métodos: Trata-se de uma pesquisa
descritiva realizada na Clínica Escola da Saúde na Universidade Potiguar envolvendo 12 pacientes diagnosticados
com DP, apresentando idade 63,58±9,7 anos; IMC 27,96±5,1Kg/m², distúrbio de leve a moderado (Hoehn e
Yahr = 2,41±0,46), avaliados no desempenho do teste de caminhada de seis minutos (TC6), Timed Up and
Go (TUG), escala de equilíbrio de Berg (EEB), marcha estacionária de dois minutos (ME2), força de preensão
manual (FPM) por dinamômetro, e função respiratória avaliada por Manovacuometria e Espirometria. A
análise estatística foi realizada pelo teste de Shapiro-Wilk e o teste t pareado (p<0,05). Resultados: Não houve
correlação entre a EEB (45,25±10,42 pontos), TUG (16,93±9,33s), e TC6 (269,83±99,22m) (p=0,19), sugerindo
que a alteração de equilíbrio não parece interferir na mobilidade funcional e capacidade aeróbica. Entre FPM
(20,25±5,27kgf) e a ME2 (28,08±21,91 passos) houve correlação significativa (p=0,004; r2=0,71), demonstrando
que déficit de força poderia influenciar a capacidade aeróbica. Os resultados indicam que o quadro clínico
apresentou influência no desempenho dos testes funcionais. Na espirometria foram encontrados os seguintes
valores: para CVF 64,28%±21,83% do previsto; VEF1 59,04%±17,87% do previsto; 148,5±64,02 L/min em
PFE, e índice de Tiffeneau 73,08±0,19%. Na manovacuometria a Pimáx foi de 104,64±0,31% do previsto e
Pemáx 92,11±0,31% do previsto. Conclusão: A amostra apresentou disfunção leve da função respiratória,
porém heterogênea, embora a diminuição da aptidão física parece não estar diretamente relacionada com a
mesma. Alterações na FPM e EEB sugerem dependência funcional futura. Portanto, implementar medidas
simples de avaliação podem fornecer informações sobre o quadro clínico do paciente, e auxiliar na elaboração
de estratégias preventivas do declínio físico-funcional.
Palavras-chave: doença de Parkinson, aptidão física, força muscular.
CAPACIDADE AERÓBICA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON ANALISADOS A PARTIR DE
DIFERENTES EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO
Aline Helene Silva Fernandes, Gislainy Luciana Gomes Câmara, Ledycnarf Januário de Holanda, Ana Irene
Carlos de Medeiros, Helane Gomes da Silva, João Carlos Lopes Bezerra, Georges Willeneuwe de Sousa Oliveira
Universidade Potiguar, Mossoró/RN
Introdução: O Teste de Caminhada de seis minutos (TC6) avalia a capacidade funcional do indivíduo. Em
pacientes com Doença de Parkinson (DP) algumas variáveis relacionadas aos sinais e sintomas da doença
podem interferir o desempenho do teste. Objetivo: O presente trabalho visa comparar o desempenho real pelo
TC6 com os valores previstos para a população geral, e outra específica para parkinsonianos. Métodos: Trata-
se de uma pesquisa descritiva realizada na Clínica Escola da Saúde na Universidade Potiguar envolvendo 12
pacientes diagnosticados DP, apresentando idade 63,58±9,7 anos; IMC 27,96±5,1Kg/m², distúrbio de leve
a moderado (Escala de Hoehn e Yahr = 2,41±0,46), avaliados no desempenho do TC6M, Timed Up and Go
(TUG) e One Leg Stand (OLS). A análise estatística foi realizada pelo teste de Shapiro-Wilk e o teste t pareado
(p<0,05). Resultados: O desempenho obtido pelo TC6M foi de 269,83±99,22m, e as médias do desempenho
previsto por fórmulas para população geral (581,41±89,02m) e para DP (370,00±116,55m) demonstraram
diferenças significativas (p=0,05), devendo ser utilizadas com ressalva para estimar a capacidade aeróbica da
população estudada. As variáveis analisadas pela equação de referência para idosos saudáveis (antropometria,
sexo e idade) apresentam correlação positiva com o previsto para a população (p=0,0001, r2=0,94), concluindo
que outros fatores interferem no desempenho do teste. A amostra atingiu 46,58±15,89% e 79,5±32,76% do
previsto para saudáveis e DP respectivamente. Os desempenhos no TUG (16,93±9,33s) e OLS (9,86±4,34s)
foram analisados para prever o desempenho na equação específica. Conclusão: Os indivíduos avaliados
apresentaram resultados abaixo do esperado nas comparações. Estudos recentes demonstram que o
comprometimento motor característico da doença pode ser mais significativo, indicando que as equações que
utilizam as variáveis da antropometria, sexo e idade podem não ser tão apropriadas para predizer a distância
percorrida neste perfil de pacientes.
Palavras-chave: doença de Parkinson, aptidão física, equilíbrio postural.

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PERFIL DOS PACIENTES NEUROLÓGICOS ATENDIDOS NO SETOR DE CARDIORRESPIRATÓRIA DA
CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA (UEPB)
Izabel Ricaelle Argentino Silva; Carla Taciana dos Santos Fernandes; Rafaela Fernandes Chaves; Roberta
Medeiros Vasconcelos Oliveira; Micaella de Oliveira Barbosa; Giselda Felix Coutinho.
Universidade Estadual da Paraíba.
Introdução: A doença neurológica trata-se de uma degeneração generalizada das células nervosas que
transmitem aos músculos os sinais elétricos para o movimento, fato que pode interferir na biomecânica
respiratória normal, gerando comprometimento da função pulmonar. Na distrofia muscular dar-se pela
falência dos músculos responsáveis pela respiração, na paralisia cerebral por alterações na regulação
central da função respiratória. Objetivos: Traçar perfil dos pacientes neurológicos atendidos no setor de
cardiorrespiratória da clinica escola de Fisioterapia da UEPB (CEF-UEPB) entre o período de fevereiro de
2011 a junho de 2012. Método: Caracteriza-se por ser quantitativo, exploratório e descritivo, com base em
fontes documentais (prontuários). Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos (diagnóstico, queixa
principal, objetivos e condutas de tratamento), os quais foram analisados através de estatística descritiva,
sendo apresentado sob forma de percentual. Resultados: A amostra composta por 23 pacientes, sendo 52%
do sexo feminino e 48% masculino, apresentaram patologias neurológicas do tipo: Paralisia Cerebral (25%),
Distrofia Muscular (Duchenne e Emery-Dreifuss) (30%), outras afecções neurológicas (35%). As queixas mais
apresentadas foram: Hipersecreção Pulmonar (28%), Desconforto Respiratório (22%) e Fraqueza Muscular
(22%). Dentre as condutas fisioterapêuticas adotadas estão: Inaloterapia (9%), Higiene Brônquica (20%),
Exercícios de Reexpansão Pulmonar (28%), e Fortalecimento da Musculatura respiratória (24%). Conclusão:
O setor de cardiorrespiratória da CEF-UEPB apresenta alta demanda de pacientes neurológicos destacando-se
a Distrofia Muscular e a Paralisia Cerebral, os mesmos apresentam padrão respiratório alterado e hipersecreção
pulmonar, desta forma a fisioterapia respiratória proporciona uma melhora no quadro respiratório de tais
pacientes.
Palavras-chave: neurologia, clinica ambulatorial, fisioterapia.

NÍVEL DE CONDICIONAMENTO FÍSICO E ASPECTOS FÍSICO-FUNCIONAIS APÓS SEIS MESES DA


REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA
Caio César Araújo Morais1; Tainá Maria de Souza Vidal2; Jader Carneiro Júnior (in memorian); Eduardo
Ériko Tenório de França
1
Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP - Recife (PE); 2Universidade Federal de Pernambuco – UFPE – Recife (PE)
Introdução: Estudos mostram que a prática de exercício físico, em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca,
promove melhora em parâmetros fisiológicos, muito embora, acredita-se que um número reduzido desses
estudos tem avaliado se essas mudanças afetam a percepção do paciente quanto ao seu estado funcional.
Objetivo: O presente estudo objetivou avaliar o efeito da cirurgia de revascularização do miocárdio (CRVM)
de acordo com a limitação por aspectos físicos e a capacidade funcional e de forma complementar avaliar
o nível de atividade física, em pacientes com seis meses do pós-operatório. Métodos: Foram analisados os
registros de 49 pacientes com doença arterial coronariana, submetidos à CRVM entre novembro de 2008
e abril de 2009. Apreciou-se a capacidade funcional e a limitação por aspectos físicos pela apuração dos
respectivos domínios presentes no questionário padronizado Medical Outcomes Study short form (MOS SF-
36), e o condicionamento físico, por meio do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), no lapso
temporal de seis meses após CRVM. Resultados: Foi evidenciado que o grupo dos pacientes classificados como
ativo tiveram escore significativamente melhor que o grupo sedentário no domínio capacidade funcional
(81,07 vs 45,00 com p-valor = 0.012). Ao analisar a limitação por aspectos físicos, o grupo ativo obteve escores
expressivamente melhores que o insuficientemente ativo e sedentário. Evidenciamos que a CRVM associada
ao nível de condicionamento físico ativo influencia positivamente nos domínios estudados. Conclusão:
Portanto, pode-se concluir que para população estudada, se faz necessário o acompanhamento dos pacientes
por programas supervisionados de reabilitação cardiopulmonar e metabólica para contribuir com objetivos
almejados inicialmente pela CRVM.
Palavras-chave: revascularização miocárdica, reabilitação cardíaca, atividade física.

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PACIENTES COM DIABETES MELITUS, REALMENTE CONHECEM AS COMPLICAÇÕES DESSA DOENÇA?
Alinie Ligia da Silva Santos1, Camila Patrícia Galvão Patrício Carvalho2, Natália Herculano Pereira2, Renata
Newman Leite Cardoso dos Santos2
1
Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, João Pessoa – PB; 2 Universidade Federal da Paraíba – UFPB,
João Pessoa – PB
Introdução: O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que constitui um problema de saúde pública, uma vez
que, pode evoluir para complicações crônicas aumentando a morbidade e mortalidade dos indivíduos. Objetivo:
Então o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a percepção de pacientes diabéticos acerca das complicações dessa
doença. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória e de campo, de abordagem quantitativa,
com 30 pacientes diabéticos, internados no Hospital São Vicente de Paulo em João Pessoa/PB, no período de
março a abril de 2012, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário estruturado contendo
questões sobre o conhecimento das complicações do diabetes, bem como atitudes e práticas desenvolvidas por
eles no seu cotidiano para prevenção dessas complicações. Os dados da pesquisa foram tabulados e analisados
através do Excell 2007, sendo expressos em média±desvio-padrão e frequências relativas. Resultados: Dos
pacientes avaliados, a maioria era do sexo masculino (56,7%), com escolaridade de nível fundamental (50,0%)
e média de idade 60 (±9,7) anos. Quanto ao diagnóstico de internação a maior parte apresentava amputação
(40,0%) seguido de desbridamento (16,9%). Sobre o motivo de sua internação, 60,0% dos pacientes tinha
conhecimento, entretanto não sabiam por qual tipo de diabetes eram acometidos (76,6%). Quanto o
conhecimento das complicações do diabetes, a maioria dos indivíduos soube citá-las, sendo mais conhecidas
a retinopatia diabética e as amputações (90,0%). No momento do diagnóstico do diabetes mellitus 70,0% dos
pacientes informaram que receberam orientações sobre essa doença, entretanto, não seguiam uma dieta com
orientação de um profissional da saúde (63,4%) nem praticavam atividade física (80,0%). Conclusão: A partir
dos dados avaliados pôde-se constatar que apesar de ter conhecimento das complicações do diabetes e serem
orientados sobre essa doença, os pacientes não mantinham hábitos de vida saudáveis refletindo na incidência
das complicações observadas.
Palavras-chave: diabetes mellitus, hiperglicemia, complicações do diabetes.

AVALIAÇÃO PNEUMOFUNCIONAL DE PACIENTES PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)


André Luís Ferreira de Meireles; Louisiana Carolina Ferreira de Meireles; Fernanda de Oliveira Soares;
Adriana Siqueira de Oliveira
Faculdade ASCES – Caruaru – PE
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é definido como déficit neurológico em uma área cerebral
secundária a lesão vascular. As complicações respiratórias no paciente pós AVE ocorrem devido a imobilidade
relativa, posicionamento prolongado no leito, tônus alterado em musculatura respiratória, resultando em
alteração da biomecânica respiratória, diminuição da força muscular respiratória e dificuldades na remoção
de secreções nas vias aéreas. Objetivo: Avaliar os parâmetros pneumofuncionais: força muscular respiratória,
pico de fluxo expiratório e volume corrente em pacientes pós AVE. Métodos: Estudo descritivo, realizado na
Clínica Escola da Faculdade ASCES e UPS – Casa Henrique, em Caruaru-PE. Participaram onze pacientes
com AVE, entre 40 e 65 anos. A avaliação foi dividida em neurológica e respiratória (ausculta pulmonar,
expansibilidade torácica, ventilometria (volume minuto, volume corrente, freqüência respiratória e capacidade
vital), força muscular inspiratória e expiratória e o pico de fluxo expiratório. Resultados: Onze pacientes
avaliados, (7) 63,7% eram do sexo masculino, faixa etária de 54,6 ± 7,8 anos. O tempo médio de acometimento
pelo AVE foi de 38,4 ± 44,4 meses, (6) 54,4% pacientes apresentaram AVE hemorrágico. Metade da amostra
tinha marcha independente, (6) 42,8% utilizavam dispositivo auxiliar e (1) 7,1% era cadeirante. Na avaliação
pneumofuncional todos os pacientes tiveram os valores médios de pico de fluxo expiratório 282 ± 74,4 l/
min, e força muscular expiratória 66,9 ± 11,7 cmH2O abaixo da média esperada. Conclusão: Observou-se
diminuição em relação aos valores previstos para as pressões respiratórias máximas e pico de fluxo expiratório,
podendo gerar assim complicações respiratórias que poderão piorar o quadro clínico do paciente.
Palavras-chave: acidente vascular encefálico (AVE), força muscular.

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PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DE FUNCIONÁRIOS COM RISCO CARDIOVASCULAR DE UM HOSPITAL DA REDE
PRIVADA DE MACEIÓ/AL
Mylanne Carla Vieira Amorim Gato; Jéssica Azevedo Silva; Ana Luiza Exel; Braulio Cesar de Alcantara Mendonça
Faculdade Estácio de Alagoas
Introdução: Evidências científicas apresentadas nas ultimas décadas apontam para marcantes alterações na
caracterização dos padrões de morbi-mortalidade na população brasileira e mundial. Esta afirmativa decorre
principalmente da transição epidemiológica que determina em altas prevalências de morbi-mortalidade
por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s), sobretudo, as doenças cardiovasculares. Objetivo: Neste
sentido, este estudo objetivou identificar o perfil sócio-econômico de funcionários com risco cardiovascular
em um hospital da rede privada na cidade de Maceió/AL. Metódos: Realizou-se um levantamento
epidemiológico transversal com 32 funcionários, de ambos os sexos (17 mulheres e 15 homens), utilizando-se
um questionário adaptado, abordando questões sócio-econômicas e sobre estilo de vida, além da avaliação
de indicadores de risco cardiovascular: Índice de Massa Corporal (IMC), percentual de gordura (%G). Os
dados foram analisados por meio de procedimentos estatísticos descritivos (proporções) e analíticos (Qui-
quadrado com nível de significância p<0,05). Resultados: Após a coleta das informações identificou-se que 25
funcionários apresentavam risco cardiovascular pelos critérios adotados (IMC acima de 30 e %G classificado
como obesidade). Deste grupo de indivíduos, 52% eram do sexo masculino e 48% do sexo feminino; em
relação a etnia 56% se identificaram como sendo da raça branca, 36% moreno/pardo e 8% mulato/negro;
64% tinham nível superior completo e 36% ensino médio; 20% se enquadraram em uma classe social A,
56% na classe B, 20% na classe C e 4% na classe D. Cabe ressaltar que, em comparação com os indivíduos
que não apresentaram risco cardiovascular, verificou-se diferenças estatisticamente significativas em relação a
variável raça (p=0,01) e escolaridade (p=0,045). Conclusão: Conclui-se que o risco cardiovascular apresenta-
se mais evidente em indivíduos do sexo masculino, caracterizados como sendo da etnia branca, com nível de
escolaridade alto e pertencentes a classe social B.
Palavras-chave: doenças cardiovasculares, fatores de risco, saúde do trabalhador.

FUNÇÃO PULMONAR EM TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL


Lilianne Cristina Silva de Oliveira, Ariadna Regina de Freitas Honorato, Lorena Raquel Soares Dantas,
Gislainy Luciana Gomes Câmara, Ana Irene Carlos de Medeiros, Aline Helene Silva Fernandes, Georges
Willeneuwe de Sousa Oliveira
Universidade Potiguar, Mossoró/RN
Introdução: As pneumoconioses são doenças pulmonares ocasionadas pela exposição a resíduos minerais,
das quais, a mais prevalente no Brasil é a silicose. Os trabalhadores da construção civil estão expostos à
poeira da sílica, portanto, podem vir a apresentar distúrbios respiratórios. Objetivo: Assim, o objetivo da
pesquisa é verificar as alterações pulmonares em trabalhadores expostos à aerodispersóides em uma obra
de construção civil do município de Mossoró-RN. Métodos: Para isso, realizou-se um estudo observacional,
descritivo e transversal, em trabalhadores de uma empresa de construção civil da cidade de Mossoró-RN,
avaliados quanto ao Pico de Fluxo Expiratório, Espirometria e Manovacuometria. A análise descritiva dos
dados foi realizada através do agrupamento dos dados em médias e desvio padrão e a análise estatística pelo
Shapiro-Wilk para identificar a homogeneidade da amostra (p<0,05). Resultados: Amostra composta por 20
trabalhadores do sexo masculino com idade média 33,5±10,84 anos (p=0,076); altura 1,68±6,86m (p=0,916) e
peso de 78,17±15,84Kg (p=0,076); na espirometria apresentaram 87,13±17,42% do CVF estimado (p=0,693);
40,64±15,10% do VEF1 estimado (p=0,003); Índice de Tiffeneau 48,10±20,14% (p=0,003); 91,94±25,19%
da Pimáx estimada (p=0,774); 92,99±31,46% na Pemáx estimada (p=0,197). A média em relação ao PFE
foi 500±105,9L/min (p=0,340), o equivalente a 89,8% do previsto (556,3±63,0L/min). Os valores da força
pulmonar inspiratória e expiratória apresentaram-se dentro da normalidade. Conclusão: Embora os valores
de CVF e PFE estejam adequados, os valores de VEF1 apontam para disfunção respiratória grave, indicando
uma tendência ao aparecimento de distúrbios ventilatórios obstrutivos pela exposição a partículas poluentes.
Percebeu-se que a maioria dos trabalhadores não faz uso de EPI’S para proteção respiratória, o que pode ter
sido um fator determinante para o resultado da pesquisa.
Palavras-chave: trabalhadores, fisioterapia, pneumoconiose.

58 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


INFLUÊNCIA DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL NA ELEVAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA DURANTE
UMA CORRIDA
Kildarly Lima Barros, Jorge Philipe Cartaxo Thomé, Ellen Rhayssa de Vasconcelos Andrade, Sthefani
Barbosa Costa, Victor Raphael Carvalho dos Santos, Bruno Albérico Vital de Albuquerquer Melo Gomes,
Luciana Costa Melo, Ana Carolina do Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes, Maceió – AL; Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITS)
Introdução: O índice de massa corporal (IMC) é uma medida antropométrica mais comumente utilizada para
a determinação do excesso de peso, sendo este, associado a outros fatores de risco cardiovasculares, tal como
o aumento da pressão arterial sistêmica. Objetivo: Investigar a influência do IMC sobre a frequência cardíaca e
a pressão arterial sistêmica de corredores de rua em uma corrida de 05 quilômetros (Km). Metodologia: Trata-
se de um estudo transversal, onde foi realizada a verificação inicial do peso (Kg), altura (metros) e índice de
massa corporal (IMC); assim como a com pressão arterial (mmHg) e frequência cardíaca antes e após a corrida
de rua de 5 Km, em uma amostra não-probabilística por conveniência. Resultados: A amostra foi formada
por 32 indivíduos divididos em dois grupos (A e B), conforme IMC. O grupo A composto de 20 indivíduos
eutróficos, sendo 7 mulheres e 13 Homens, com idade média de 36,6±16,6 anos e IMC de 21,9±1,5; e o grupo
B composto de 12 indivíduos em sobrepeso, sendo 2 mulheres e 10 homens, com idade média 38±12,7 anos
e IMC de 26,8±1,4. A análise estatística foi realizada com teste t de Student para os dados com distribuição
normal, enquanto para os dados que não apresentaram distribuição normal utilizou-se o teste de Mann-
Whitney. O grupo B apresentou pressão arterial sistólica (p=0,002) e pressão arterial diastólica (p=0,008)
elevada em comparação com o grupo A. Não houve diferença significativa na pressão arterial sistólica (p=0,2)
e pressão arterial diastólica (p=0,3) após a corrida, como também não foi observada alteração na frequência
cardíaca. Conclusão: Concluímos que existe uma associação positiva entre a elevação do IMC e a pressão
arterial sistêmica, mostrando que estes índices podem ser utilizados como opção durante a avaliação do risco
de hipertensão arterial sistêmica.
Palavras-chave: índice de massa corporal, pressão arterial, atividade física.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO


FISIOTERAPÊUTICO DURANTE A HEMODIÁLISE
Mayara Hilário Lages Constant, Jéssyca Lane Fausto Lira, Érica Tavares Moreira, Luciana Beatriz Silva
Zago, Rosimari de Faria Freire, Lumara Pecllysya Santos Lima, Polyanna Toledo Da Paz Azevedo, Ana
Carolina do Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes / Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITs); Unidade de
Nefrologia de Alagoas (UNIRIM)
Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) provoca uma sucessão de alterações por ser resultante de
lesões renais irreversíveis e progressivas. Apesar dos benefícios, poderá levar a prejudicar as atividades de
vida diária (AVD’s) desses indivíduos. A fisioterapia pode atuar nos sinais e sintomas desenvolvidos a partir
do tratamento hemodialítico, bem como preveni-los. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes
renais crônicos submetidos ao tratamento fisioterapêutico durante hemodiálise. Metodologia: Trata-se
de um estudo transversal com amostra de 59 pacientes, de ambos os sexos e que estejam sob assistência
fisioterapêutica, na Unidade de Nefrologia de Alagoas (UNIRIM). Foi analisado prontuário médico e coletado
informações sobre o paciente através de um formulário elaborado para o estudo que objetivava o levantamento
epidemiológico das seguintes variáveis: gênero; idade; raça; doença de base; renda individual média; estado
civil; naturalidade; escolaridade; uso de medicamentos oferecidos pelo SUS e particulares; o gasto com
medicamentos particulares; sedentarismo; quantidade e duração de hemodiálise por semana. Resultados:
Avaliamos que o perfil traçado dos pacientes atendidos na UNIRIM foi do gênero feminino (59,32%) com
faixa etária de (60,70±15,72), indivíduos da raça branca (59,32%), Alagoanos (79,66%), casados (55,93%),
com grau de escolaridade em nível superior (35,59%), aposentados (69,49%), com uma renda mensal de até
R$2.000,00 (52,54%), fazem uso de medicamentos oferecidos pelo SUS (100%), realizam a hemodiálise 3 vezes
(88,13%) por semana com uma duração diária entre 151 a 180 minutos (45,76%) e semanal entre 511 a 660
minutos (57,62%) de tratamento hemodiálitico, quanto ao nível de sedentarismo (71,18%) dos pacientes não
praticavam atividade física. Doenças de base encontrada, Hipertensão arterial (50,84%) e o Diabetes mellitus
(44,06%). Conclusão: Portanto traçado o perfil desses pacientes, vimos que a qualidade de vida, por causa do
tratamento hemodialítico é prejudicada, e prática de atividades física deve ser estimulada para esses pacientes.
Palavras-chave: insuficiência renal, nefrologia, hemodiálise.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 59


AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES RENAIS CRÔNICO EM HEMODIÁLISE.
Jéssyca Lane Fausto Lira, Mayara Hilário Constant, Érica Tavares Moreira, Carolina Soares Lopes, Rosimari
de Faria Freire, Luciana Beatriz Silva Zago, Luciana Costa Melo, Ana Carolina do Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes / Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITs); Unidade de
Nefrologia (UNIRIM)
Introdução: A insuficiência renal crônica se caracteriza pela perda progressiva e irreversível da função renal,
que condiciona o doente a realizar terapias substitutivas, como a hemodiálise. Os pacientes renais crônicos
passam por alterações em seus organismos que resultam em mudanças e adaptações, causando assim,
impacto em suas vidas. O instrumento Kidney Disease Quality-of-Life Short-Form (KDQOL-SFTM1.3) avalia
especificamente esta população, possibilitando observar como a saúde se relaciona com cada aspecto de vida.
Métodos: Estudo transversal, que objetivou avaliar a qualidade de vida dos pacientes em hemodiálise de
Maceió, caracterizados através de ficha de avaliação. O KDQOL- SF TM 1.3 foi auto-aplicado pelos participantes
durante a sessão hemodialítica para mensurar a qualidade de vida. Para a análise estatística foram geradas, a
partir dos resultados, as médias, medianas, desvios padrões, mínimos, máximos e α de Cronbach. Resultados:
Foram estudados 219 pacientes com idade média de 47,9±14,4 anos, sendo 57,5% homens e 42,5% mulheres.
Hipertensão Arterial Sistêmica foi prevalente em 77,6% da amostra, Diabetes Mellitus em 29,2%, Tabagismo
em 15,5% e Alcoolismo em 13,7%. Nos resultados do KDQOL-SFTM 1.3 os valores das dimensões tiveram variação
acentuada, mantendo escores abaixo de 80. O instrumento todo obteve nível de consistência interna (α) de
0,946. Conclusão: Os valores baixos dos escores se relacionam negativamente com a qualidade de vida da
amostra, estando a mesma prejudicada. O KDQOL-SFTM 1.3 permitiu a identificação dos aspectos e dimensões
que estão alteradas, facilitando o direcionamento para o cuidado de cada paciente.
Palavras-chave: insuficiência renal crônica, hemodiálise, qualidade de vida.

PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO ATENDIDOS


PELA FISIOTERAPIA EM UM HOSPITAL DE MACEIÓ
Bruna de Albuquerque Silva, Maricelia Lima da Silva, Érica Tavares Moreira, Jéssyca Lane Fausto Lira,
Mayara Hilário Lages Constant, Luciana Beatriz Silva Zago, Luciana Costa Melo, Ana Carolina do
Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes / Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITS); Hospital do
Coração de Alagoas
Introdução: A cirurgia de Revascularização do miocárdio (RVM) é um dos procedimentos cirúrgicos mais
realizados em pacientes com idade avançada, que apresentam um acometimento coronariano mais extenso.
Pode apresentar resultados satisfatórios, no entanto, tem como importante causa de mortalidade e morbidade
no pós-operatório. Esta cirurgia não é curativa e deve ser acompanhada por outras medidas terapêuticas
como uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida, que requer uma avaliação cuidadosa do quadro
clínico, uma vez que estes fatores poderão determinar o sucesso imediato do procedimento, assim como a
identificação dos fatores de riscos que são preditores para pacientes de alto risco para RVM. Objetivo: Este
estudo tem como objetivo identificar o perfil dos pacientes submetidos à revascularização do miocárdio
atendidos pela fisioterapia. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, sendo inclusos 100 pacientes, os quais
foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio no Hospital do Coração de Alagoas, no período
de janeiro de 2009 a novembro de 2012. Os dados foram colhidos através de prontuários e alimentados na
planilha onde continham as seguintes variáveis: sexo, idade, tabagismo, hereditariedade, Diabetes Mellitus,
Hipertensão Arterial Sistêmica e dislipidemia. Resultados: No seguinte estudo participaram 100 pacientes,
sendo 73 homens e 26 mulheres, com idade média de 61±11,46 anos, onde as variáveis de idade, sexo,
portadores de Acidente Vascular Encefálico (AVE), hereditariedade, HAS, tabagista, DM e dislipidemia foram
identificadas como preditores dependentes para cirurgia de revascularização do miocárdio. Conclusão: Por
tanto, foi observado que a HAS, a dislipidemia, e o sexo masculino obteve maior prevalência nos pacientes
submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio.
Palaras-chave: revascularização miocárdica, perfil de impacto da doença, fisioterapia.

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NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM PRATICANTES DE UMA CORRIDA NA CIDADE DE MACEIÓ
Luana Geyse Ribeiro da Fonseca, Ademir Antônio Lins, Camila Cavalcante da Silva Martins, Luciana
da Silva Feijó, Rosane Ranielle Quirino Reis, Iris Emanuela Cavalcante Lima, Luciana Costa Melo, Ana
Carolina do Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes/ Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITS)
Introdução: A prática de atividade física permite benefícios consistentes em termos de saúde e capacidade
funcional a longo prazo, dentre os benefícios atingidos destacam-se: a melhora da homeostase do organismo,
estabilização da pressão arterial, maior volume de ejeção sistólica e maior eficiência cardiovascular com a
diminuição da frequência cardíaca de repouso. Objetivo: Determinar o nível de atividade física e o perfil dos
praticantes da Corrida Duque de Caxias, na cidade de Maceió. Método: Trata-se de um estudo transversal,
formado por 252 praticantes de corrida, onde foi preenchido um formulário com dados referentes a
características como: diabetes, hipertensão, tabagismo, etilismo, lesões osteomioarticulares, doenças cardíacas
e uso de medicamentos, e ainda aplicado o questionário IPAQ-8 (versão curta) Resultados: Na amostra
avaliada a maioria dos praticantes eram dos gêneros masculino 78,2% e 21,8% feminino, com idade média de
40,3 anos. Os dados referentes às características encontradas no formulário mostram: que 35,3% são etilistas,
19,8% apresentam lesão osteomioarticulares, 11,1% usam medicamentos, 4,8% hipertensos, 2,2% fumantes,
1,2% diabéticos e 0,8% portadores de doenças cardíacas. O nível de atividade física pelo IPAQ apresentou-
se com 12,7% muito ativo, 32,9% ativo, 52% insuficientemente ativo e 2,4% sedentários. Conclusão: Através
dos dados analisados, o perfil dos praticantes da corrida foi definido como individuos insuficientemente
ativos por realizarem alguma atividade física com no mínimo 10 minutos semanais, porém insuficiente
para ser classificado como ativo, além disto, são caracterizados como etilistas e com algum tipo de lesão
osteomioarticular. Este resultado comprova que levando em consideração os gêneros masculino e feminino,
cerca de 52% dos participantes não são corredores efetivos, assim faz-se necessário atentar para os possíveis
riscos de desencadeamento das lesões osteomioarticulares. Desta forma vale salientar a importância das
orientações sobre a prática da atividade física de maneira segura e benéfica para população.
Palavras-chave: atividade física, corrida, sedentarismo.

COMPARAÇÃO DO USO DE UM SISTEMA DE PRESSÃO POSITIVA (EZPAP®), ASSOCIADO OU NÃO A


UMIDIFICAÇÃO
Ariana Patrícia de Souza Santos, Cínthia Maria Xavier Costa, Francisco Bertony Araújo Teixeira, Olindina
Alves Beserra, Patrícia Nascimento de Oliveira, Patrícia Nobre Calheiros da Silva, Renata Rayanne
Nascimento da Silva, Sylvia Rangel Jucá
Centro Universitário CESMAC, Maceió/Alagoas
Introdução: A pressão positiva nas vias aéreas é uma forma auxílio ventilatório não invasivo, muito utilizada
em terapia reexpansiva pulmonar visando melhorar a função ventilatória, oxigenação sanguínea e/ou
prevenir o surgimento de complicações respiratórias. Objetivo: comparar os efeitos do ezpap associado ou
não a umidificação em indivíduos normais. Métodos: ensaio clínico, amostra por conveniência, realizado
no período de Maio a Setembro de 2011, nas dependências da clínica escola de fisioterapia do Centro
Universitário Cesmac, composto por 30 indivíduos, de ambos os sexos, com idade entre 18 a 30 anos. Os
sujeitos foram submetidos ao teste espirométrico antes o uso do ezpap, imediatamente após e 15 minutos
após seu uso, observando se após o uso do ezpap ocorreram alterações significativas na função pulmonar
desses voluntários, analisando também o grau de conforto do equipamento. Resultados: quando comparado
o uso do ezpap no grupo umidificação ocorreram quedas mais significativas nas variáveis CVF, VEF1, FEF
25-75,
FEF 75%, FEF 50%, FEF 25% quando comparado com o grupo sem umidificação onde só ocorreu redução na
variável FEF 25-75. Conclusão: o uso do ezpap não foi verificado expansão pulmonar ocasionado pelo aparelho,
percebendo-se ainda que a água destilada utilizada nesse estudo para umidificação pode ter causado efeito
de broncoprovocação levando a redução de algumas dessas variáveis. Com relação ao grau de conforto do
equipamento o grupo umidificação relatou maior conforto em relação ao grupo sem umidificação.
Palavras-chave: pressão positiva, umidificação, espirometria.

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MUDANÇAS NO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO: MUDANÇA NA ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA?
Mayra Alves Meireles, Patricia de Oliveira Soares
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande - MS
Introdução: O perfil epidemiológico de doenças e agravos tem modificado, destacando-se doenças crônicas
degenerativas e agravos associados à violência urbana. Sua caracterização pode demonstrar a necessidade da
atuação do profissional fisioterapeuta na porta de entrada do hospital, aumentando a inserção profissional
em um ambiente hospitalar em que nossa presença ainda não é frequente e obrigatória. Objetivo: O objetivo
foi conhecer o perfil de ocorrências assistidas no pronto-socorro de um hospital de grande porte. Métodos:
Foram consultados registros de todos os atendimentos efetuados pelo pronto-socorro no período de sete
dias consecutivos, identificando-se data, condição clínica que motivou a procura ou o encaminhamento,
idade, sexo e condições associadas. Resultados: Após a análise dos dados, considerando-se indivíduos adultos
maiores de 14 anos, foram identificadas ocorrências passíveis de assistência fisioterapêutica que foram
tratadas isoladamente, delineando nosso universo de pesquisa. No período foram atendidas 1129 ocorrências,
das quais 379 eram passíveis da assistência fisioterapêutica. Aproximadamente 15% dessas ocorrências foram
motivadas por acidentes de trânsito, sendo que em 60% dos casos houve politraumatismo e em 35% dos casos
traumatismo crânio encefálico, podendo estar associados em um mesmo paciente. As lesões osteomusculares
em membros superiores e inferiores ocorreram em número equivalente e em 50% do total de casos cada
uma, podendo estar associadas. Trauma torácico e da coluna vertebral ocorreram em menor frequência. As
condições clínicas associadas a doenças degenerativas corresponderam a 15% dos casos e caracterizaram-se
por agudização de doença pulmonar obstrutiva crônica, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca
congestiva descompensada e acidente vascular encefálico. As doenças infecciosas foram representadas por
pneumonias e ocorreram majoritariamente em indivíduos maiores do que 65 anos. Conclusão: Concluímos
que as condições passíveis de atenção fisioterapêutica no pronto-socorro de um hospital de grande porte são
principalmente lesões osteomusculares motivadas por acidentes automobilísticos, justificando a reflexão da
categoria profissional quanto à esse ambiente de atuação.
Palavras-chave: fisioterapia, atuação profissional, epidemiologia.

MACROSCOPIA DIGITAL NO ENFISEMA PULMONAR: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANEJAMENTO DO


TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Tales Lyra de Oliveira; Antônio Fernando de Sousa Bezerra
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL; Maceió – AL
Introdução: O enfisema pulmonar provoca alterações da estrutura distal do bronquíolo terminal, seja por
dilatação dos espaços aéreos, seja por destruição da parede alveolar. A literatura científica evidencia que
2/3 de todas as autópsias em homens, e 1/7, nas mulheres, mostram sinais claros de enfisema pulmonar.
Objetivo: Diante dessas características e da significância das informações que podem ser inferidas a partir
delas, podemos lançar mão da fotografia digital da macroscopia do pulmão para avaliá-las. Métodos: A coleta
da amostra foi realizada no período de setembro de 2010 a abril de 2011, no Serviço de Verificação de Óbito
da UNCISAL. Os pulmões de indivíduos autopsiados com enfisema foram removidos e insuflados através dos
brônquios com formol por simples gravidade de perfusão e clivados no plano frontal do hilo à pleura. Dessa
forma, obtiveram-se doze fotografias digitais, sendo uma de cada segmento pulmonar pré-determinado.
Resultados: A amostra foi composta por 10 pulmões com diagnóstico de enfisema. A média de idade foi 67,4
± 13,1 anos, onde 50% eram indivíduos do sexo masculino. Em relação ao tabagismo, 80% eram fumantes
ativos e 20% passivos. Quanto à causa básica de óbito: 40% de Infarto Agudo do Miocárdio, 30% de Edema
Agudo de Pulmão e 30% de Outras. A macroscopia digital permitiu a identificação de forma objetiva das
lesões pulmonares provocadas pelo enfisema que não foram apontadas pelo exame clínico. Assim, observou-
se em todos os casos, que as lesões enfisematosas predominaram em região apical dos pulmões, sendo o
esquerdo mais prejudicado. Conclusão: Foi evidente o predomínio das lesões em ápice, principalmente, no
esquerdo, sugerindo a necessidade de definir um protocolo individualizado de tratamento fisioterapêutico
direcionado para essa região. Entretanto, como essas evidências foram inferidas a partir de uma amostra
reduzida, necessita-se de mais estudos sobre o assunto.
Palavras-chave: enfisema pulmonar, antracose, autópsia, fisioterapia.

62 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS PORTADORES DE DOENÇA ARTERIAL
CORONARIANA
Érica Tavares Moreira, Mayara Hilário Lages Constant, Jéssyca Lane Fausto Lira, Carolina Soares Lopes,
Evelin Aparecida Batista de Oliveira, Lumara Pecllysya Santos Lima, Polyanna Toledo da Paz Azevedo,
Ana Carolina Do Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes / Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITs); Hospital do
Coração de Alagoas
Introdução: A doença arterial coronariana quando associada à insuficiência renal crônica, pode ocasionar
impacto na qualidade de vida dos pacientes. O questionário KDQOL-SF™ (kidney disease and quality of life
– Short form) aborda um grande número de aspectos da vida do paciente. Objetivo: Avaliar a qualidade de
vida de pacientes com doença arterial coronariana, submetidos à terapia dialítica no Hospital do Coração de
Alagoas. Métodos: Estudo observacional transversal, com avaliação através de um formulário de coleta de dados
detalhando sexo, idade e fatores de risco. O instrumento KDQOL-SF™, que abrange dimensões importantes
para avaliação da Qualidade de vida destes pacientes, foi aplicado durante a hemodiálise. A tabulação dos
dados foi realizada através KDQOL-SF™ e a análise estatística dos mesmos foi realizada através do programa
estatístico SPSS v.13 com o teste não-paramétrico de Mann-Whitney, adotando um nível de significância de p
<0,05. Resultados: Foram avaliados 21 pacientes, 19% do sexo feminino e 81% do sexo masculino, com uma
média de idade de 62,2 ±10,5 anos. Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus foram encontradas
em 90,5% e 66,7%, respectivamente. As dimensões que obtiveram maiores escores médios foram: suporte
social (83,33) e função cognitiva (83,81), e as que apresentam um menor escore foram: sobrecarga da doença
renal (30,95) e saúde geral (38,10). Quando correlacionados os dados do KDQOL-SF™, pode-se observar que
em média, os melhores escores são do grupo que não apresenta Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes
Mellitus. Conclusão: Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus correlacionaram-se negativamente
com a qualidade de vida nesta amostra.
Palavras-chave: qualidade de vida, insuficiência renal crônica, coronariopatia.

AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE SONO EM PACIENTES OBESOS: EMAGRECENDO E MELHORANDO A QUALIDADE


DE SONO
Fabiana Barbosa Gonçalves; Patrícia Cavalcanti da Rocha Leão; Ana Patrícia Costa de Oliveira; Kézia
Katiane Medeiros da Silva; Luana Cruz Vilela Cid; Maíra Raquel de Azevedo Dantas; Claudia Roberta de
Souza Trigueiro; Cintia Raquel de Lima
UNIRN – Natal-RN
Introdução: A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, resultando em danos a
saúde, sendo atualmente um dos mais graves problemas de saúde pública, podendo-se ter comprometimento
das vias aéreas resultando na Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS), além de
outros transtornos do sono, como sono fragmentado e de má qualidade, sonolência diurna, entre outros.
As medidas de emagrecimento (cirurgias bariátricas, reeducação alimentar, exercício físico regular) surgem
como propostas para redução da obesidade e, consequentemente, das alterações do sono advindas. Objetivo:
O presente estudo avaliou de modo preliminar o padrão de sono de pacientes obesos antes e após a submissão
de alguma intervenção para perda de peso. Métodos: O estudo foi do tipo piloto com delineamento transversal
(antes e depois) e descritivo, com amostra de 9 pacientes obesos voluntários, selecionados pelo método
intencional e não probabilístico, provenientes da Clínica Integrada do Centro Universitário do Rio Grande
do Norte (UNI-RN) e de clínicas especializadas em Natal/RN. Foram utilizados os instrumentos: Índice de
Massa Corpórea (IMC), Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg, Questionário de Berlin, e de Sonolência de
Epworth. Resultados: A amostra de 9 obesos foi composta por 56% de mulheres (n=5) e por 44% de homens
(n=4), com média de idade de 42,5 anos (± 8,4 anos). Observou-se redução estatisticamente significativa
no IMC (p=0,021) e na qualidade de sono (p=0,050) após a submissão de intervenção para emagrecimento.
A maioria dos pacientes obesos apresentou risco de apnéia positivo antes e depois da intervenção, porém
houve forte tendência de redução do índice de sonolência excessiva diurna após o emagrecimento (p=0,067).
Conclusão: O estabelecimento efetivo de medidas de emagrecimento proporciona melhora da qualidade de
sono dos pacientes obesos, porém o risco de apnéia ainda permanece nesse grupo, sugerindo-se necessidade
de propostas específicas para tratamento complementar da apnéia.
Palavras-chave: obesidade, sono, perda de peso.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 63


CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA, O PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO E A CAPACIDADE
VITAL LENTA EM MULHERES COM FIBROMIALGIA.
Mariana Galvão de Medeiros; Flavia Ferreira Menezes; Leniane Lima da Silva; Renata Fernandes; Sandra
Cristina de Andrade; Lilian Lira Lisboa; Rodrigo Pegado de Abreu Freitas; Elisa Sonehara
Universidade Potiguar - Laureate International Universities – Natal – RN
Introdução: A fibromialgia é uma doença reumatológica não inflamatória caracterizada por dor difusa
e presença de tender points. Dentre as manifestações clínicas as pacientes podem apresentar alterações
respiratórias como a dispnéia, o predomínio da respiração costal e diminuição da força muscular respiratória.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a possível correlação entre força muscular respiratória, pico de
fluxo expiratório máximo e capacidade vital lenta em mulheres com fibromialgia. Metodologia: Através de um
estudo descritivo de corte transversal , foram recrutadas 46 mulheres com diagnóstico de fibromialgia baseado
nos critérios do Colégio Americano de Reumatologia (1990). A avaliação da força muscular respiratória foi
realizada através da mensuração das pressões estáticas máximas inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx)
obtidas através do manovacuômetro (Gerar), o pico de fluxo expiratório máximo (PFE) foi obtido através do
medidor (Assess), e a capacidade vital lenta (CVL) foi avaliada através do ventilômetro (Ferraris). Para análise
estatística, os resultados foram dispostos em média e desvio padrão (M/DP). As variáveis apresentaram
distribuição normal através do teste Shapiro-Wilk, sendo aplicado o teste de correlação de Pearson, sendo
considerado significativo quando p<0,05. Resultados: Os resultados obtidos foram: a média (±DP) de idade
foi de 51,7 (±9,2) anos. Foi verificado correlação entre: PImáx e PEmáx (p= 0,042); PImáx e CVL (p= 0,77);
PImáx e PFE (p=0,89); PImáx e CVL (p=0,77); PEmáx e CVL (p=0,49); e entre a PEmáx e PFE (p=0,007).
Conclusão: Estes resultados evidenciam a correlação entre as variáveis, de força muscular respiratória e pico
de fluxo nas mulheres com fibromialgia. A manutenção de um bom estado da mecânica respiratória poderá
servir de incremento para a melhora da capacidade funcional e qualidade de vida de mulheres com FM.
Palavras-chave: fibromialgia, testes de função respiratória, mecânica respiratória, capacidade voluntária
máxima.

MORTALIDADE NO NORDESTE BRASILEIRO DECORRENTE DAS DOENÇAS CRÔNICAS DE VIAS AÉREAS


INFERIORES
Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; GabrielyAzevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA,
Santa Cruz/RN
Introdução: A mortalidade concentra-se nos extremos da vida. Quanto mais deficitário o nível de Saúde
Pública de um país, mais a distribuição da mortalidade irá se estender pela desinformação e falta de
políticas públicas eficientes. No Brasil, uma das maiores cargas de mortalidade é observada entre indivíduos
mantenedores de doenças respiratórias, dentre elas a as doenças crônicas de vias aéreas inferiores (DCVAI)
ocupam lugar de destaque. Objetivo: Com base no que descrito, conduzimos um estudo de levantamento
de dados epidemiológicos na região nordeste, com objetivo de servir como fonte estimulante para possíveis
novas políticas públicas destinadas a essa população específica. Método: A pesquisa trata-se de um estudo
descritivo de prevalência com caráter quantitativo e retrospectivo. Os dados analisados foram obtidos no
DATASUS/2012 – Banco de dados do Sistema Único de Saúde, referente ao período de 2005 a 2010 através
do SIM (Sistema de Informações de Mortalidade) e do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças – 10ª
Revisão) – sendo selecionados óbitos por residência segundo “Causa CID-BR-10”, referente às Doenças do
Aparelho Respiratório (DAR). Resultados: As DAR no ano de 2010 simbolizaram a quarta maior causa de
mortalidade no Brasil, retratando 10,5% (n=119.114), entre elas as DCVAI representam 34,1% (n=40.608).
No Nordeste brasileiro, o valor de óbitos decorrentes as DCVAI nos anos de 2005 a 2010 corresponde
respectivamente a 2,1%, 2,5%, 2,5%, 2,4%, 2,4% e 2,5% do total de óbitos. No Brasil esses índices no mesmo
intervalo de tempo apresentam 3,6%, 3,7%, 2,9%, 3,5%, 3,5% e 2,4% do total de óbitos nacional. Conclusão:
As doenças respiratórias são causas preocupantes de hospitalização e morte, particularmente na população
da região nordeste do Brasil. As ações de prevenção e assistência a estas causas, bem como maior investigação
etiológica, devem ser priorizadas no atual contexto epidemiológico da saúde do mantenedor desta moléstia
no Brasil.
Palavras-chave: mortalidade, doença respiratória, nordeste.

64 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: MORBIDADE NO NORDESTE BRASILEIRO
Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; Gabriely Azevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi – FACISA,
Santa Cruz/RN
Introdução: Embora tenha havido progresso no tratamento da insuficiência cardíaca (IC), a doença permanece
como uma das principais causas de hospitalização em vários países e está associada com elevadas taxas de
morbidade e mortalidade, custos para a saúde e, particularmente, piora na qualidade de vida. Apesar do
reconhecimento da sua importância como relevante problema de saúde pública, poucos são os estudos e
trabalhos que explanam sobre a prevalência e a incidência de (IC). Objetivo: Esse trabalho tem por objetivo
compreender o impacto da IC na morbidade na região nordeste, a fim de estimular órgãos competentes a
implementar políticas de apoio a esta população. Método: A pesquisa trata-se de um estudo descritivo de
prevalência com caráter quantitativo e retrospectivo. Os dados analisados foram obtidos no DATASUS/2012
– Banco de dados do Sistema Único de Saúde, referente ao período de janeiro a julho de 2012 através do SIH/
SUS (Sistema de Informações Hospitalares do SUS) e do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças – 10ª
Revisão) – sendo selecionadas morbidades por Internações, segundo “Lista Morbidade CID-10”, referentes à
Insuficiência Cardíaca. resultados: No ano de 2012 as morbidades decorrentes de Insuficiência Cardíaca (IC)
no Brasil nos meses de Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Março, Junho e Julho, foram respectivamente 20.713,
20.378, 20.454, 19.657, 19.654, 19.886 e 19.263 números de casos. Quando relacionamos esses dados com
a região Nordeste, no mesmo período de tempo, a mesma apresenta uma porcentagem nessas morbidades
de 23,4% (n=4.850), 24,8% (n=5.052), 25,8% (n=5.273), 25,3% (n=4.967), 23,4 (n=4.596), 23,1% (n=4.584)
e 23,4% (n=4.503). Conclusão: A mortalidade/morbidade por IC no Nordeste foi maior do que no Norte,
Sudeste, centro-oeste do Brasil, ficando atrás apenas do Sul do País. A avaliação da sua ocorrência na população
deve levar em consideração os registros no qual seja mencionada em quaisquer pesquisas encabeçadas pelo
DATASUS.
Palavras-chave: insuficiência cardíaca, morbidade, nordeste.

NANOPARTÍCULA DE OURO REDUZ A INFLAMAÇÃO PULMONAR E A SECREÇÃO SALIVAR DE


CAMUNDONGOS ASMÁTICOS
Tales Lyra de Oliveira; Polliane Maria Cavalcante Araújo; Laís Costa Agra; Návylla Candeia Medeiros;
Larissa Vieira; Salete Smaniotto; Emiliano Barreto; Robinson Sabino-Silva
Universidade Federal de Alagoas; Maceió, Alagoas
Introdução: A asma caracteriza-se por alterações pulmonares, incluindo hiperreatividade, produção de muco
e acúmulo de leucócitos. A severidade do quadro asmático frequentemente acarreta distúrbios funcionais em
outros tecidos, incluindo hiposalivação. Logo, a busca por alternativas terapêuticas para controlar a doença
mostra-se necessário. Há registros de estudos apresentando atividades farmacológicas ao ouro, incluindo
efeitos anti-inflamatórios. Considerando que nanoestruturas possuem propriedades físico-químicas capazes
de promover interações únicas com sistemas biológicos. Objetivo: Neste trabalho, avaliou-se os efeitos do
tratamento com nanopartículas de ouro (NanoAu) sobre os parâmetros inflamatórios das vias aéreas e
secreção salivar em camundongos tornados asmáticos. Métodos: CEUA: 9244/2009. Camundongos swiss (25-
30 g) foram sensibilizados (s.c.; 100 μl) com ovalbumina (Ova; 50 mg/kg) nos dias 0, 7 e 14. Nos dias 21, 22 e
23 subsequentes, os animais foram estimulados por via intranasal com Ova (4 mg/ml) ou tratados 1 h antes
da estimulação com NanoAu (400 μg/kg) ou salina (NaCl; 0,9%). Após 48 h do estímulo antigênico a secreção
salivar foi avaliada (10 min) após injeção de pilocarpina (2 mg/kg) e o tecido pulmonar foi obtido para análise
histológica utilizando coloração por H&E e PAS. A deposição de laminina na glândula submandibular foi
avaliada por imunohistoquímica. Os resultados foram analisados por ANOVA pós-teste Student-Newman-
Keuls. Resultados: O pulmão de animais asmáticos apresentou um intenso infiltrado inflamatório e acúmulo
de muco, fenômenos que foram revertidos pelo tratamento com NanoAu. Animais asmáticos apresentaram
uma significativa redução na secreção salivar, e o tratamento com NanoAu intensificou esta redução.
Interessantemente, o tratamento com NanoAu não alterou a deposição de laminina na submandibular.
Conclusão: Em conjunto, nossos resultados indicam que as NanoAu mostram-se capazes de reduzir a
inflamação pulmonar sem alterar a deposição de laminina em glândulas salivares.
Paavras-chave: nanopartículas, ovalbumina, asma brônquica, laminina, saliva.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 65


ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE TUBERCULOSE NO PERÍODO DE 2000 A 2009 NA REGIÃO NORDESTE
Candice Simões Pimenta de Medeiros (candice_medeiros@hotmail.com); Jéssica Fernanda de Lucena;
Vanessa Lopes Costa de Oliveira; Jailson Higino Ferreria; Thaiza Teixeira Xavier Nobre.
Universidade federal do rio grande do norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí – Facisa, Santa
Cruz – Rio Grande do Norte
Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, sendo um importante problema de saúde pública.
A sua erradicação é um objetivo que está longe de se consolidar em um futuro próximo, principalmente, pelo
alto abandono do tratamento. Objetivo: Realizar análise de dados referente à incidência de Tuberculose na
região Nordeste no período de 2000 a 2009. Método: Foi realizada uma análise na base de dados do DATASUS
(www.datasus.gov.br) através dos indicadores de saúde, especificamente, nos Indicadores e Dados Básicos
–Brasil – 2010 e indicadores de Morbidade sobre a Taxa de Incidência de Tuberculose. Foram selecionados
os estados que compõem a região Nordeste, com valores analisados correspondem aos anos de 2000 a 2009.
A análise da taxa de incidência de Tuberculose se dá de acordo com os códigos A15 a A19 da CID – 10
na população a cada 100.000 habitantes. Resultados: Observou-se uma média para a taxa de incidência
de tuberculose de 36,04±7,65 (2009), 35,32±6,81(2008), 36,12±7,53 (2007), 37,53±7,1 (2006), 41,94±7,17
(2005), 41,23±8,67 (2004), 41,80±8,59 (2003), 40,46±8,17 (2002), 41,11±9,27 (2001) e 46,05±9,46 (2000) a
cada 100.000 habitantes. Dentre os estados da região Nordeste, no ano de 2009 o Piauí apresentou a menor
incidência (27,57) enquanto Pernambuco apresentou a maior incidência (48,05). Conclusão: Apesar do leve
declínio na incidência da Tuberculose na região Nordeste, os valores ainda são preocupantes. Dessa forma,
ressalta-se a importância de se implementar programas de ações efetivas de monitoramento na Atenção Básica
de Saúde, com medidas de prevenção e educação em saúde para que se possa reduzir esse acometimento e
manter o controle mais efetivo do tratamento aumentando o vínculo entre o serviço de saúde, a pessoa com
tuberculose e a família, além da atuação do fisioterapeuta, que tem um papel fundamental no processo de
reabilitação respiratória.
Palavras-chave: tuberculose, morbidade, saúde pública.

OCORRÊNCIA DE MORBIDADE NO NORDESTE BRASILEIRO EM DECORRÊNCIA DO INFARTO AGUDO DO


MIOCÁRDIO
Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; Gabriely Azevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí – Facisa,
Santa Cruz – Rio Grande do Norte
Introdução: As doenças cardiovasculares representam destaque na morbimortalidade no Brasil e no Mundo,
estando o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) representando uma parcela destes. O grau de morbidade
relacionada ao IAM está diretamente relacionado com o rápido diagnóstico, áreas obstruídas, profilaxia e
reversão das complicações. Objetivos: Analisar a ocorrência de morbidade em decorrência do Infarto Agudo
do Miocárdio no Nordeste e relacionar com esse mesmo índice com o Brasil. Método: A pesquisa trata-
se de um estudo descritivo, ecológico de prevalência com caráter quantitativo e retrospectivo. Os dados
analisados foram obtidos no DATASUS/2012 – Banco de dados do Sistema Único de Saúde, referente ao
período de janeiro a julho de 2012 através do SIH/SUS (Sistema de Informações Hospitalares do SUS) e
do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças – 10ª Revisão) – sendo selecionadas morbidades por
Internações, segundo “Lista Morbidade CID-10”, referentes à Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Resultados:
No ano de 2012 as morbidades decorrentes ao IAM no Brasil nos meses de Janeiro, Fevereiro, Março, Abril,
Março, Junho e Julho, foram respectivamente 6.841, 6.720, 7.191, 6.964, 7.024, 7.116 e 6.912 número de casos.
Quando relacionamos esses dados com a região Nordeste, no mesmo período de tempo, a mesma apresenta
a porcentagem nessas morbidades de 19,2% (n=1.311), 20,9% (n=1.404), 22,3% (n=1.600), 21,0% (n=1.461),
19,5 (n=1.367), 18,5% (n=1.318) e 17,0% (n=1.175). Conclusão: Percebe-se o número de morbidade pelo
IAM tem caráter crescente. Na região Nordeste essa morbidade mostra-se elevada e esse fato repercute na
importância e necessidade de se instituir e fortificar ações efetivas na Atenção Básica de Saúde, com medidas
de prevenção e educação em saúde para que se possa reduzir o alto índice de casos nessa população e o
controle mais efetivo dos seus fatores de risco.
Palavras-chave: epidemiologia, morbidade, infarto do miocárdio, saúde pública.

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QUALIDADE DE VIDA DOS TRABALHADORES DE UMA INDÚSTRIA CERÂMICA DO MUNICÍPIO DE CARNAÚBA
DOS DANTAS – RN
SOUSA, Diogo Dantas de;1 SILVA, Eujessika Katielly Rodrigues2; SANTOS, Camilla Isis Rodrigues dos2;
SOUZA, Marília Amorim de2; LIMA, Renata Priscila Beserra de2; FARIAS, Renata Cavalcanti2
1 FAC-CG- Unesc Faculdades; 2 Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande – PB
Introdução: As doenças mais frequentes entre os trabalhadores das cerâmicas em Carnaúba dos Dantas estão
ligadas ao aparelho respiratório. São várias as consequências de uma má qualidade de vida no ambiente de
trabalho, podendo gerar problemas relacionados com a saúde, integridade física, psicológica e social. Objetivos:
Avaliar a qualidade de vida de funcionários de uma indústria cerâmica do município de Carnaúba dos Dantas-
RN. Métodos: Estudo do tipo aplicado, descritivo e quantitativo, com uma amostra de 25 indivíduos, com
idade entre 19-35 anos, todos do sexo masculino. Para avaliação, utilizou-se o Medical Outcomes Study 36
- Item Short-Form Health Survey (SF-36). Os elementos avaliados durante a aplicação do questionário foram
Capacidade Funcional, Limitação por Aspectos Físicos, Dor, Estado Geral de Saúde, Vitalidade, aspectos
Sociais, Limitação por Aspectos Emocionais e Saúde Mental. Resultados: Pode-se observar que 34,5% dos
trabalhadores apresentam um índice de Qualidade de vida que oscila entre 61 e 80 pontos; 30% 41 a 60; 25%
de 81-100, 8% 21 a 40 e apenas 2,5% apresentaram de 0 a 20. Através da aplicação do questionário SF-36
observou-se que os escores médios calculados apresentam a média com valores acima ao escore 60. Entre eles,
a menor pontuação foi no domínio estado geral de saúde com 16% da amostra apresentando 0-20 pontos; Em
contrapartida, quando avaliados domínios como Capacidade Funcional e Limitação por aspectos Emocionais,
encontrou-se que a maioria apresentava valores acima de 81 pontos. A maior parte da amostra apresentou
uma boa qualidade de vida, de acordo com os elementos avaliados pelo questionário SF-36. Conclusões: A
expectativa é que o estudo tenha contribuído para os avanços nas informações sobre a saúde do trabalhador
pertencente ao Setor da Indústria Cerâmica e permitir futuramente, intervenções adequadas para a melhoria
da qualidade de vida desses funcionários.
Palavras chave: cerâmica, trabalhadores, qualidade de vida.

REPERCUSSÃO AGUDA DA HEMODIÁLISE NA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM


DOENÇA RENAL CRÔNICA
Samara Lisyane Wanderley de Melo, André Luiz Soares de Vasconcelos, Jessyca Lane Fausto Lira, Érica
Tavares Moreira, Mayara Hilário Lages Constant, Polyanna Toledo da Paz Azevedo, Luciana da Costa Melo
e Ana Carolina do Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes / Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITS); Unidade de
Nefrologia (UNIRIM)
Introdução: A insuficiência renal crônica (IRC) é uma patologia relacionada à perda progressiva e irreversível
da função renal. A baixa capacidade funcional para atividades diárias é resultado de um conjunto de fatores
como alterações cardiopulmonares, musculoesqueléticas, neurológicas, hidroeletrolíticas e endócrino-
metabólicas, induzindo à dispnéia, síndrome urêmica, fadiga, dor em membros inferiores, hipertensão arterial
sistêmica, anemia e fraqueza muscular generalizada. As pressões respiratórias máximas Pimáx (Pressão
inspiratória) e Pemáx (Pressão expiratória), indicam a força muscular máxima utilizada para a realização da
inspiração e expiração baseada na variação do volume pulmonar. Objetivo: Avaliar a variação da PiMáx e a
Pemáx em pacientes com IRC, imediatamente após a Hemodiálise. Métodos: Estudo descritivo e transversal
realizado em uma unidade de nefrologia na cidade de Maceió, onde foi avaliada a força muscular inspiratória
e expiratória antes e após a sessão de hemodiálise. Os pacientes foram avaliados através da manovacuometria
antes e após a hemodiálise. Para a análise estatística foi utilizado o teste t de Student para Pemáx, enquanto
para os valores de Pimáx foi utilizado o teste de Wilcoxon. Resultados: Foram avaliados 25 pacientes, sendo
40% do sexo feminino e 60% do sexo masculino, com idade média (59,56±13,87), IMC antes (25,51±4,08),
IMC após (24,85±3,99), Pemáx antes (73,20±28,09), Pemáx após (70,40±28,79), Pimáx antes (-100±6,38) e
Pimáx após (-120±10,92). Não houve diferença estatística na Pemáx antes e após (p=0,552), como na Pimáx
antes e após (p=0,972). Conclusão: A força muscular respiratória não variou de forma significativa antes e
após o tratamento hemodialítico.
Palavras-chave: insuficiência renal crônica, hemodiálise, função pulmonar.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 67


AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM MULHERES COM FIBROMIALGIA
Julyana Costa Cabral; Alice Pollyanna Rodrigues de Sousa; Camila Kelly de Moura Oliveira; Priscila Araújo
de Lima; Sandra Cristina de Andrade; Lilian Lira Lisboa; Rodrigo Pegado de Abreu Freitas; Elisa Sonehara
Universidade Potiguar - Laureate International Universities – Natal – RN
Introdução: A Fibromialgia é caracterizada por dor musculoesquelética difusa e crônica, e presença de
múltiplos pontos sensíveis à palpação digital, ocorrendo principalmente no sexo feminino. Pacientes com
fibromialgia frequentemente se queixam de dispnéia, e dor na parede anterior do tórax. Estudos recentes
sugerem que a dispnéia pode estar associada com baixo desempenho físico respiratório e fraqueza muscular.
A força muscular respiratória predita para a população brasileira de acordo com a idade e sexo foi descrita por
Neder et al (1999). Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a força muscular respiratória em mulheres
com fibromialgia. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo de corte transversal, em 46 mulheres com
diagnóstico clínico de fibromialgia de acordo com os critérios do Colégio Americano de Reumatologia de 1990.
A avaliação da força muscular respiratória foi obtida através do manovacuômetro (Gerar®) pela mensuração
das pressões estáticas máximas inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx), desde o volume residual e da
capacidade pulmonar total, respectivamente. Os dados de força muscular respiratória foram comparados
com os preditos para a população brasileira feminina de mesma faixa etária. Resultados: Os dados foram
submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e apresentados em médias e desvio padrão (M/DP). A
média de idade foi de 51,7 (±9,2) anos. As pacientes apresentaram PImáx de -64,6 (±21,6) cmH2O e PEmáx
de 68,0 (±21,0) cmH2O. No cálculo da força muscular respiratória predita para esse grupo foi obtido PImáx
de -85,03 (±4,51) cmH2O e PEmáx de 84,01 (±5,62) cmH2O. Conclusão: Ao final deste estudo foi possível
concluir que, as mulheres com fibromialgia apresentam uma diminuição da força muscular inspiratória e
expiratória quando comparadas aos valores preditos para a mesma faixa etária da população brasileira.
Palavras-chave: fibromialgia, força muscular, mecânica respiratória.

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO DIAFRAGMÁTICA ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA SOBRE O BALANÇO AUTONÔMICO


CARDÍACO DE INDIVÍDUOS HÍGIDOS
André Sales Barreto1; Cristiano Barreto de Miranda2; Daniel Penteado Martins Dias3; Luana Godinho
Maynard2; Manoel Luiz Cerqueira Neto2; Walderi Monteiro da Silva Júnior1; Valter Joviniano Santana-Filho1.
1
Universidade Federal de Sergipe – UFS, São Cristóvão/SE; 2 Universidade Tiradentes – Unit, Arcaju/SE; 3
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, Ribeirão Preto/SP
Introdução: A estimulação diafragmática elétrica transcutânea (EDET) é uma técnica utilizada para treinamento
muscular respiratória. Como os sistemas cardiorrespiratório estão interligados, qualquer mudança na
amplitude respiratória pode modificar as oscilações dos batimentos cardíacos consecutivos. Objetivo: Sendo
assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da EDET sobre o balanço autonômico cardíaco
de pacientes hígidos. Métodos: Vinte e dois voluntários, de ambos os sexos, com idade entre 22 e 35 anos, sem
doença cardiovascular prévia, foram randomizados em dois grupos (14 indivíduos no grupo EDET e 08 no
grupo Controle). Foi solicitado que os sujeitos se mantivessem em repouso no decúbito supino durante todo o
experimento. Foram orientados a manter uma frequência respiratória de 12 irpm, controlada por metrônomo,
durante a estimulação elétrica. Os intervalos RR foram captados pelo cardiofrequencímetro Polar RS800CX
para análise da variabilidade da frequência cardíaca no domínio da frequência nos momentos antes, durante
e após a aplicação da corrente elétrica. No grupo Controle, a intensidade da corrente foi apenas perceptível,
enquanto que no grupo EDET a intensidade foi ajustada para promover a contração do diafragma. Resultados:
A diferença estatística entre os grupos sugere que a simples sensação da corrente não interfere no balanço
autonômico cardíaco (95% CI -3.93 to -1.08 p = 0.0015). A EDET foi capaz de reduzir a atividade simpática e
aumentar a parassimpática somente durante sua aplicação (95% CI - 30.39 to - 4.55 p = 0.0012). Em relação
ao balanço autonômico verificado pela razão LF/HF, houve predominância parassimpática (95% CI -3.88 to –
0.15 p = 0.0279) durante a EDET, que retornou aos parâmetros basais após a estimulação. Conclusão: A EDET
altera o balanço autonômico cardíaco, provavelmente pelo aumento da arritmia sinusal respiratória devido ao
ganho de profundidade da respiração gerada por uma melhor mobilidade diafragmática. Trial registration:
ACTRN12610000786099
Palavras-chaves: estimulação elétrica, diafragma, sistema nervoso autônomo.

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ÍNDICE DE MORTALIDADE DECORRENTE DE PNEUMONIAS NO NORDESTE BRASILEIRO
Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; Gabriely Azevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande Do Norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí – Facisa
Introdução: As doenças respiratórias mostram-se consideráveis como causa de mortalidade da população,
sendo a quarta maior causa de morte no Brasil. Dentre elas a pneumonia constitui importante causa de morbi/
mortalidade. Em pacientes ambulatoriais, a taxa de mortalidade permanece baixa, mas nos que requerem
hospitalização, essa taxa aumenta significativamente. Objetivos: Relatar o número de mortes resultantes de
pneumonia no Nordeste brasileiro e relacionar esse mesmo dado com a média nacional, nos anos de 2005
a 2010. Método: A pesquisa trata-se de um estudo descritivo de prevalência com caráter quantitativo e
retrospectivo. Os dados analisados foram obtidos no DATASUS/2012 – Banco de dados do Sistema Único de
Saúde, referente ao período de 2005 a 2010 através do SIM (Sistema de Informações de Mortalidade) e do CID-
10 (Classificação Internacional de Doenças – 10ª Revisão) – sendo selecionados óbitos por residência segundo
“Causa CID-BR-10”, referente às Doenças do Aparelho Respiratório (DAR). Resultados: As DAR no ano de
2010 simbolizaram a quarta maior causa de mortalidade no Brasil, retratando 10,5% (n=119.114), entre elas
as Pneumonias representam 46,2% (n=55.055), mostrando assim sua importância. No Nordeste brasileiro, o
valor de óbitos decorrentes de Pneumonias nos anos de 2005 a 2010 corresponde respectivamente a 2,31%,
2,73%, 2,79%, 2,86%, 3,28% e 3,24% do total de óbitos nessa região. No Brasil esses índices no mesmo intervalo
de tempo apresentam 3,67%, 4,1%, 4,23%, 4,22%, 4,69% e 4,84% do total de óbitos nacional. Conclusão:
As DAR, principalmente as pneumonias, tem sido revelado como motivo importante de mortalidade. Esse
estudo mostra que o índice de mortalidade tanto no Brasil, quanto no Nordeste apresentam característica
crescente no período de 2005 a 2010. No Nordeste essas taxas mostraram-se superior ao índice nacional e
quando associado com o caráter crescente torna-se um fator relevante para implementar políticas públicas de
saúde direcionada para essa população.
Palavras-chave: pneumonia, mortalidade, epidemiologia.

MORBIDADE RELACIONADA À PNEUMONIA NO NORDESTE BRASILEIRO


Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; Gabriely Azevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí – Facisa,
Santa Cruz/RN
Introdução: As doenças respiratórias constituem importante causa de adoecimento e morte em adultos e
crianças no mundo, principalmente em países desenvolvidos, uma das principais causas é a pneumonias. Esta
doença tem um papel de destaque na morbidade da população e exerce uma enorme pressão sobre os serviços
de saúde. Objetivos: Fazer um levantamento sobre a morbidade relacionada à pneumonia no Brasil e relacionar
esse mesmo dado com a região do Nordeste brasileiro, no período de janeiro a julho de 2012. Método: A
pesquisa trata-se de um estudo descritivo de prevalência com caráter quantitativo e retrospectivo. Os dados
analisados foram obtidos no DATASUS/2012 – Banco de dados do Sistema Único de Saúde, referente ao
período de janeiro a julho de 2012 através do SIH/SUS (Sistema de Informações Hospitalares do SUS) e do CID-
10 (Classificação Internacional de Doenças – 10ª Revisão) – sendo selecionadas morbidades por Internações,
segundo “Lista Morbidade CID-10”, referentes à Pneumonia. Resultados: No ano de 2012 as morbidades
decorrentes da Pneumonia no Brasil nos meses de Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Março, Junho e Julho,
foram respectivamente 44.678, 41.826, 50.463, 58.815, 65.904, 67.891 e 62.488 casos. Quando relacionamos
esses dados com a região Nordeste, no mesmo período de tempo, a mesma apresenta uma porcentagem nessas
morbidades de 28,8% (n=12.851), 26,8% (n=11.211), 26,9% (n=13.594), 26,1% (n=15.348), 24,2 (n=15.946),
22,2% (n=15.067) e 20,6% (n=12.865). Conclusão: A importância da pneumonia é considerável. Ela se
apresenta como causa importante de morbidade, mesmo em países desenvolvidos, além de significar custos
elevados. Esse estudo aponta que morbidades decorrentes da pneumonia no Brasil teve importante aumento
no primeiro semestre de 2012. No Nordeste esse índice não apresentou grandes variações, porém representa
uma parcela importante dentre a morbidade nacional. É necessário desse modo investimento com intuito de
promoção e prevenção desse agravo, para sua possível redução.
Palavras-chave: pneumonia, morbidade, epidemiologia.

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ESTUDO DO PERFIL DE HIPERTENSOS EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO LITORAL DO PIAUÍ
Fernanda Maria Ferro de Oliveira; Elaine Cristina Campos do Nascimento; Anne Jacqueline Pereira Melo;
Oscaryna Veras de Freitas Dutra; Baldomero Antonio Kato da Silva
Universidade Federal do Piauí/UFPI – Campus de Parnaíba
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por
níveis elevados de pressão arterial (PA), que vem se destacando nos serviços de saúde como principal doença
crônica degenerativa. Objetivo: Identificar o perfil dos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS),
atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no Município de Parnaíba-PI. Métodos: O presente estudo
de caráter quantitativo e retrospectivo, realizado no período entre julho e agosto de 2012, no módulo 17 da
referida UBS, situada no Bairro Pindorama em Parnaíba-PI. Foram analisados os prontuários dos pacientes
incluídos no Programa de Controle da Hipertensão, coletando-se as seguintes variáveis: idade, sexo, medicação,
atividade física, tabagismo, etilismo, diabetes e cardiopatias. Resultados: Os dados analisados revelaram que,
61 prontuários de pacientes apresentaram idade acima de 60 anos. O sexo feminino correspondeu a 63,9%
(39) pacientes, com idade media de 62,6 anos, enquanto que, no sexo masculino observou-se media de 58,2
anos. Em relação aos fatores de risco, 86,9% dos pacientes apresentavam cardiopatias associadas, seguidos
pelo tabagismo (85,2%) e inatividade física (59,0%). Conclusão: Diante do exposto foi observado que houve
predominância do sexo feminino com idade superior a 60 anos, cardiopatas, tabagistas e sedentárias.
Palavras-chave: hipertensão arterial sistêmica, fatores de risco, perfil de pacientes.

IMPACTOS DAS DOENÇAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO SOBRE A MORBIMORTALIDADE DE IDOSOS NA


CIDADE DE JOÃO PESSOA-PARAÍBA NO ANO DE 2010
Maria Ângela Ramalho Pires de Almeida; Daniele Ferreira Rodrigues; Maria do Socorro Pinto Rabêlo
Universidade Federal da Paraíba – João Pessoa, PB
Introdução: A população brasileira tem passado por intensas transformações na sua estrutura populacional
a partir da segunda metade do século XX, com uma maior expectativa de vida ao nascer e queda da taxa de
natalidade, gerando uma população envelhecida. Objetivo: Este estudo objetiva descrever a morbimortalidade
por Doenças do Aparelho Respiratório (DAR) em idosos no município de João Pessoa – Paraíba, no ano 2010.
Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, exploratório, cuja base de dados secundários foi o Departamento
de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados coletados foram apresentados em
freqüências simples e absolutas, e foram calculadas as Taxas de Internação Hospitalar (TIH) e as Taxas de
Mortalidade (TM) por local de residência para idosos por sexo e faixa etária. Resultados: No ano de 2010
foram registradas 9195 internações hospitalares de usuários com 60 anos ou mais na cidade de João Pessoa/
Paraíba, sendo as doenças do aparelho respiratório responsáveis por 20,8% destas internações, com TIH de
25,6/1.000 habitantes. Com relação à mortalidade, as DAR representaram, proporcionalmente, a segunda
causa de morte em idosos em João Pessoa (16%), com taxa de mortalidade de 56/10.000 habitantes. Observou-
se que esta mortalidade foi maior nas faixas etárias mais avançadas, com TM por 10 mil habitantes foi de 228
nos idosos com 80 anos ou mais, 47,5 naqueles com 70-79 anos e 12,5 nos de 60-69 anos, sendo mais elevadas
no sexo masculino para todas as faixas etárias estudadas (razão de sexo de 1,22). Conclusão: O presente estudo
permitiu caracterizar o perfil de morbimortalidade dos idosos na cidade de João Pessoa. Percebeu-se que as
doenças do aparelho respiratório representaram importante causa de mortalidade e de internação hospitalar,
com taxas mais elevadas no sexo masculino e expressivamente maior nas faixas etárias mais avançadas.
Palavras-chave: envelhecimento, mortalidade, doenças do aparelho respiratório.

70 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES NOS TRABALHADORES DO
NÚCLEO DE SERVIÇOS GERAIS DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO
Ana Pricilla Lellys Inacio, Jéssica Pereira da Silva, Maíra Raquel de Azevedo Dantas, Natiele Pereira
Cavalcante, Francisco Assis Vieira Lima Júnior
Centro Universitário do Rio Grande do Norte
Introdução: As doenças cardiovasculares são consideradas como a principal causa de morte e de invalidez
no mundo. Os fatores de risco relacionados ao seu desenvolvimento são múltiplos e quanto maior o
número desses fatores presentes, maior o risco do indivíduo apresentar um distúrbio cardiovascular no
futuro. Objetivo: Identificar a prevalência dos fatores de risco relacionados as doenças cardiovasculares nos
trabalhadores do núcleo de serviços gerais de um Centro Universitário de Natal/RN. Métodos: Trata-se de
um estudo transversal e quantitativo, sendo realizada entrevista com aplicação de questionário fechado nos
prestadores de serviços gerais de um Centro Universitário contendo a identificação geral e delimitação dos
fatores de risco como: de tabagismo, sedentarismo, presença de diabetes e hipertensão arterial e realizada
aferição da Pressão Arterial, Frequência Cardíaca, Frequência Respiratória, relação cintura-quadril e Índice
de Massa Corporal (IMC). Resultados: Os sujeitos (n=24) participaram voluntariamente, sendo 70,8% do
sexo masculino e 29,2% feminino, apresentando média de idade de 28±8,3 anos. Quanto a antropometria,
57,1% das mulheres apresentaram sobrepeso e 28,6% obtiveram circunferência abdominal acima do padrão
de normalidade (>88cm), enquanto que 29,4% do sexo masculino apresentavam-se com sobrepeso e 100%
encontravam-se dentro da faixa normal de circunferência abdominal (<102cm). O IMC médio para homens
e mulheres foi de 24,6 kg/m2±3,21 e 25,8 kg/m2±2,36 respectivamente, 8,33% da amostra total relataram ser
hipertensos, enquanto 100% da amostra negou diabetes. Conclusão: Verificou-se que a maioria dos indivíduos
do sexo feminino apresentaram relação cintura/quadril, medida de circunferência abdominal e IMC acima do
normal, o que configura risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular, demonstrando a importância
do acompanhamento e orientação clínica na redução dos riscos de doenças cardiovasculares.
Palavras-chave: hipertensão arterial sistêmica, índice de massa corporal, relação cintura-quadril, doenças
cardiovasculares.

PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E RONCO NÃO INTERFEREM NA QUALIDADE DO SONO EM IDOSOS


Fábio Galvão Dantas; Jéssyka Rayana Silva Cruz; Johnnatas Mikael Lopes; JovanyLuis Alves de Medeiros;
Kellyane Cabral Soares; Mikaela Kaliny Gomes Barbosa; Pablo Rayff da Silva ; Shara Karolinne Antas
Florentino
Universidade Estadual da Paraíba-UEPB, Campina Grande, Paraíba
Introdução: O sono da população mundial vem sofrendo modificações. O ronco produz alterações na função
respiratória durante o sono e a prática de exercícios parece melhorar a eficiência do sono. A qualidade do
sono é utilizada como um estimador da qualidade de vida da população e principalmente de idosos que
apresentam alterações nos seus ritmos biológicos. Objetivo: Estimar a relação da qualidade do sono com a
prática de atividade física e ronco. Métodos: Foi realizado estudo transversal com a população de idosos da
cidade de Campina Grande-PB no período de 2010-2011. Os idosos foram recrutados aleatoriamente de cada
distrito sanitário do município. A atividade física foi avaliada pela resposta positiva ou negativa e o ronco foi
determinado pela Escala de Ronco de Stanford. A qualidade do sono foi medida pelo Índice de Qualidade
do Sono de Pittsburgh, o qual determinava se o participante tinha bom ou mau sono. A associação entre as
variáveis foi estimada através do teste de Qui-quadrado de Pearson, adotando-se um nível de significância
menor ou igual a 5%. Utilizou-se o StatisticalPackeged for the Social Sciente para análise dos dados. Resultados:
Foram entrevistados 168 idosos, com idade média de 72,3±7,8 anos, variando de 60 a 98 anos. Destes, 96
(57%) são mulheres. Apenas 39 (28,3%) praticam atividade física e 86 (63,7%) roncam. A qualidade do sono
foi considerada boa em 72 (53,7%) dos idosos. Não foi encontrada associação entre prática de atividade física
e boa qualidade do sono, 21 (53,8%; x2=0,01; p=0,97). Roncar e má qualidade do sono, 37 (43,0%; x2=1,26;
p=0,26). O ajustamento por sexo também não mostrou influência (p>0,05). Conclusão: A prática de atividade
física e roncar não mostraram interferência na qualidade do sono de idosos.
Palavras-chave: distúrbios do sono por sonolência excessiva, idoso, ronco, atividade motora.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 71


MORBIDADE RELACIONADA À TUBERCULOSE NO NORDESTE BRASILEIRO
Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; Gabriely Azevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí – FACISA,
Santa Cruz/RN
Introdução: A tuberculose é uma das patologias decorrentes das doenças infecciosas e parasitárias, sendo a
frequente doença infecciosa da raça humana. Que uma alta prevalência e incidência no Brasil. Apresenta-
se como causa importante de morbidade, principalmente em países desenvolvimento. Objetivos: Fazer um
levantamento da taxa de morbidade decorrente da Tuberculose no Nordeste e relacionar esse dado no mesmo
período de tempo no Brasil. Método: A pesquisa trata-se de um estudo descritivo de prevalência com caráter
quantitativo e retrospectivo. Os dados analisados foram obtidos no DATASUS/2012 – Banco de dados do
Sistema Único de Saúde, referente ao período de janeiro a julho de 2012 através do SIH/SUS (Sistema de
Informações Hospitalares do SUS) e do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças – 10ª Revisão) –
sendo selecionadas morbidades por Internações, segundo “Lista Morbidade CID-10”, referentes à Tuberculose
Pulmonar. Resultados: No ano de 2012 as morbidades decorrentes da Tuberculose no Brasil nos meses de
Janeiro, Fevereiro, Março, Abril, Março, Junho e Julho, foram respectivamente 1.219, 1.064, 1.145, 1.157, 1.107,
1.065 e 1.015 casos. Quando relacionamos esses dados com a região Nordeste, no mesmo período de tempo,
a mesma apresenta uma porcentagem nessas morbidades de 36,2% (n=441), 38,6% (n=411), 39,0% (n=449),
36,2% (n=419), 37,5% (n=415), 40,3% (n=429) e 34,5% (n=350). Conclusão: O presente estudo nos mostrou
uma elevada incidência de morbidade relacionada à Tuberculose, o que a caracteriza como um problema
de saúde pública; Desse modo a ação de programas de saúde pública voltados para essa patologia se torna
necessário, a fim de favorecer a redução desses índices.
Palavras-chave: epidemiologia, morbidade, incidência.

ÍNDICE DE MORTALIDADE EM FUNÇÃO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO


Jéssica Danielle Medeiros da Fonsêca; Gabriely Azevêdo Gonçalo Silva; Candice Simões Pimenta de
Medeiros; Jéssica Diniz Cavalcanti; Luana Dantas da Silva; Patrícia Carla de Medeiros; Achilles de Souza
Andrade; Maria José Medeiros da Fonsêca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí – FACISA,
Santa Cruz/RN
Introdução: Doenças cardiovasculares representa a principal causa de mortalidade no Brasil, ocupando esse
lugar há mais de 40 anos e estão diretamente relacionadas com a incapacidade no mundo. O seu crescimento
caracteriza um problema de saúde publica. Objetivos: Fazer um levantamento do número de mortes resultantes
de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), no Nordeste brasileiro e relacionar esse mesmo dado com a média
da população brasileira, no período de 2005 a 2010. Método: A pesquisa trata-se de um estudo descritivo de
prevalência com caráter quantitativo e retrospectivo. Os dados analisados foram obtidos no DATASUS/2012
– Banco de dados do Sistema Único de Saúde, referente ao período de 2005 a 2010 através do SIM (Sistema
de Informações de Mortalidade) e do CID-10 (Classificação Internacional de Doenças – 10ª Revisão) – sendo
selecionados óbitos por residência segundo “Causa CID-BR-10”, referente às Doenças do Aparelho Circulatório
(DAC). Resultados: As DAC no ano de 2010 simbolizaram a maior causa de mortalidade no Brasil, retratando
28,71% (n=326.371), entre elas o IAM representa 24,41%, mostrando assim sua importância. No estado do
Nordeste, o valor de óbitos decorrentes ao IAM nos anos de 2005 a 2010 corresponde respectivamente a
5,69%, 6,61%, 7,00%, 7,13%, 7,15% e 7,22% do total de óbitos dessa região. No Brasil esses índices no mesmo
intervalo de tempo apresentam 6,44%, 6,74%, 6,87%, 7,00%, 6,92% e 7,01% do total de óbitos nacional.
Conclusão: O IAM é a mais frequente dentre as doenças isquêmicas do coração. Observa-se pelo estudo que
o índice de morte decorrente dessa patologia vem aumento progressivamente no passar dos anos. Também foi
possível observar que a media de óbitos relacionados ao IAM no Nordeste teve um aumento maior nos anos
pesquisados, comparação à média brasileira.
Palavras-chave: infarto do miocárdio, epidemiologia, mortalidade.

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AVALIAÇÃO HEMODINÂMICA NA REALIZAÇÃO DE TESTES DE CAPACIDADE FUNCIONAL SUBMÁXIMO
Maílson Lucivan Gomes de Souza, Vivyane dos Santos Carneiro Leão, Dayse Amorim Lins Silva
Faculdade Estácio-FIR – Recife – PE
Introdução: Devido à escassez de literatura que analise a comparação de parâmetros hemodinâmicos entre
os testes de Caminhada de 6 minutos (TC6’), Teste de Paschoal (TP) e Teste de Paschoal “Modificado” (TP-
M), denominado assim pelos pesquisadores, surgiu o interesse de pesquisar se há diferença nos parâmetros
hemodinâmicos quando o indivíduo é submetido a esses testes. Objetivo: Avaliar a hemodinâmica dos
indivíduos submetidos ao Teste de Caminhada de 6 minutos, Teste de Paschoal e Teste de Paschoal “Modificado”.
Método: Foram avaliados 45 indivíduos, sadios e sedentários de ambos os sexos, entre 18 e 45 anos. Foi
avaliado à hemodinâmica através dos parâmetros Frequência Cardíaca (FC) e Pressão Arterial Sistêmica
(PAS) e a oxigenação através da Saturação Periférica de Oxigênio (SpO2), antes, durante e após os testes.
Resultados: Em relação aos parâmetros em repouso, não houve diferença significante quando comparado
aos três testes. A FC durante os testes apresentou significância entre, TC6’ e TP, e entre TC6’ e TP-M. Outro
parâmetro que apresentou significância ao compararmos TP e TP-M foi a Pressão Diastólica. Conclusão: O
estudo demonstrou algumas alterações nos parâmetros avaliados, porém, o aumento da FC e PAD se justifica
pelo esforço físico realizado durante os testes.
Palavras-chave: postura, hemodinâmica, avaliação.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E DEMOGRÁFICAS DE PACIENTES SUBMETIDOS À REVASCULARIZAÇÃO DO


MIOCÁRDIO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Daniel Lago Borges; Vinícius José da Silva Nina; Marina de Albuquerque Gonçalves Costa; Thiago
Eduardo Pereira Baldez; Natália Pereira dos Santos; Ilka Mendes Lima; Jorge Henrique da Silva; Josimary
Lima da Silva Lula
Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luis – MA
Introdução: A avaliação pré-operatória adequada, com identificação de características clínicas e demográficas
associadas a fatores de risco cirúrgico e o desenvolvimento de medidas capazes de reduzi-los, reflete na
diminuição da morbimortalidade no pós-operatória de revascularização do miocárdio. Objetivo: Portanto, o
objetivo deste estudo consiste em identificar o perfil clínico e demográfico de pacientes submetidos à cirurgia
de revascularização do miocárdio em um hospital universitário. Métodos: Os dados foram extraídos dos
prontuários e das fichas de evolução fisioterapêutica de 121 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização
do miocárdio no Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luis (MA), no período de janeiro de 2011
a fevereiro de 2012. Resultados: A idade média dos pacientes foi 60,7 ± 9,1 anos, com predominância de
idosos (53,7%), do sexo masculino (71,1%), procedentes de municípios do interior do Estado do Maranhão
(57,9%) e com sobrepeso (44,6%). A hipertensão arterial sistêmica foi a comorbidade mais prevalente (76,9%),
seguida por diabetes mellitus (46,3%) e tabagismo (31,4%). Conclusão: Os pacientes submetidos à cirurgia
de revascularização do miocárdio são majoritariamente homens, idosos, procedentes do interior do Estado,
com fatores de risco clássicos para cardiopatia isquêmica. A identificação e o conhecimento do perfil de
pacientes que serão submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio podem auxiliar no planejamento
de cuidados pós-operatórios pela equipe multiprofissional.
Palavras-chave: perfil epidemiológico, comorbidade, coronariopatia, revascularização do miocárdio.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 73


IMPACTO DA ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO PERÍODO
NOTURNO NO TEMPO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA APÓS CIRURGIA CARDÍACA
Daniel Lago Borges; Marina de Albuquerque Gonçalves Costa; Thiago Eduardo Pereira Baldez; Felipe André
Sousa Silva; Ilka Mendes Lima; Reijane Oliveira Lima; Josimary Lima da Silva Lula; Jorge Henrique da Silva
Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luis – MA
Introdução: O fisioterapeuta que atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem a responsabilidade de
desenvolver um tratamento eficaz que possibilite a menor dependência do paciente da ventilação mecânica.
Apesar disto, poucos estudos avaliaram a repercussão da atuação do fisioterapeuta na UTI por 24 horas.
Objetivo: Portanto, objetiva-se verificar o impacto do serviço de Fisioterapia no tempo de ventilação mecânica
de pacientes adultos admitidos na UTI em pós-operatório de cirurgia cardíaca no período noturno. Métodos:
Estudo de coorte prospectivo com amostra composta por pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca e
extubados em até 12 horas após a admissão na UTI nos meses de agosto a outubro de 2011, com assistência
fisioterapêutica por 12 horas (n = 23) e entre abril e junho de 2012, período com assistência fisioterapêutica
por 24 horas (n =21), no Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luis (MA). Resultados: O tempo médio
de ventilação mecânica foi menor quando ocorreu assistência fisioterapêutica 24 horas (5,6 ± 3,5 h vs. 7,9
± 3,6 h, p = 0,04). Neste período, o número de pacientes extubados em tempo inferior a 6 horas também
foi significativamente menor (71,4% vs. 34,7%, p = 0,03). Conclusão: A atuação fisioterapêutica no período
noturno reduziu o tempo de ventilação mecânica de pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca.
Palavras-chave: fisioterapia, ventilação mecânica, cirurgia cardíaca.

A PRESENÇA DO FISIOTERAPEUTA 24 HORAS NA UTI AUMENTA O NÚMERO DE EXTUBAÇÕES NO PERÍODO


NOTURNO APÓS CIRURGIA CARDÍACA
Alessandra Cristina Linhares Moraes; Daniel Lago Borges; Marina de Albuquerque Gonçalves Costa;
Thiago Eduardo Pereira Baldez; Felipe André Sousa Silva; Ilka Mendes Lima; Reijane Oliveira Lima;
Josimary Lima da Silva Lula
Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luis – MA
Introdução: O fisioterapeuta que atua na unidade de terapia intensiva (UTI) desenvolve um trabalho que
proporcione ao paciente uma menor dependência da ventilação mecânica. Entretanto, poucas pesquisas
relatam a repercussão da atuação do fisioterapeuta na uti por 24 horas. Objetivo: Com este estudo, objetiva-
se comparar a frequência de extubações no período noturno após cirurgia cardíaca com e sem a presença
do fisioterapeuta por 24 horas na UTI. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo com amostra composta por
46 pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca e extubados no período noturno nos meses de agosto a
outubro de 2011, com assistência fisioterapêutica por 12 horas e entre abril e junho de 2012, período com
assistência fisioterapêutica por 24 horas (n =21), no Hospital Universitário Presidente Dutra, São Luis (MA).
Resultados: Houve aumento de 87,5% no número de extubações no período noturno com a presença do
fisioterapeuta por 24 horas na UTI (30 Vs. 16). Conclusão: a atuação fisioterapêutica por 24 horas na UTI
Aumentou A Frequência De Extubações No Período Noturno Após Cirurgia Cardíaca.
Palavras-chave: fisioterapia, ventilação mecânica, cirurgia cardíaca.

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ANALÍSE DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DOS SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA DAS UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA ADULTO DA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA – BA
André Luiz Lisboa Cordeiro; Marcos José Ferreira Vital
Hospital Unimed, Feira de Santana - Bahia
Introdução: Os grandes levantamentos epidemiológicos são encontrados em poucos estudos realizados nos
países em desenvolvimento. As Unidades de Terapia Intensiva são encontradas em 95% dos hospitais de
cuidados agudos nos EUA e na última década tiveram um acréscimo na demanda de mais de 17%. A Agencia
Nacional de Vigilancia Sanitaria (ANVISA) publicou uma regulamentações com relação a estrutura físicas
das Unidades de Terapia Intensiva, quanto aos profissionais que atuam diretamente com os pacientes. Quando
se pensa na aplicabilidade dessa regulamentação para os fisioterapeutas, deve-se levar em consideração a
relação paciente/ profissional, adequação dos coordenadores de fisioterapia e o estímulo a pesquisa cientifica.
Objetivo: Baseado nisso, esse trabalho objetiva analisar se as Unidades de Terapia Intensiva da cidade de Feira
de Santana na Bahia, se encontram próximas ao cumprimento dessas normas e associado a isso, traçar o
perfil dos pacientes assistidos pela fisioterapia nestas unidades. Métodos: Trata-se de um estudo observacional
descritivo, o qual foi realizado através da avaliação da estrutura organizacional dos serviços de fisioterapia nas
UTIs da cidade de Feira de Santana. resultados: Foram inclusos na pesquisa apenas 03 hospitais, os quais se
mostraram parcialmente fora do que está regulamentando pela ANVISA. Não tendo profissionais de forma
integral na assistência aos pacientes internados e em 01 hospital não existe serviço de fisioterapia por um
tempo mínimo de 18 horas. Conclusão: Portanto, torna-se necessário a adequação dos serviços as exigências
da ANVISA.
Palavras-chave: Unidade de Terapia Intensiva, perfil epidemiológico, fisioterapia.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA QUE UTILIZARAM
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO-INVASIVA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Dayanna Cristiny Souza de Castro; Andreá Carla Brandão da Costa Santos
Introdução: A Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) é a doença de maior incidência em indivíduos
internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), correspondendo à incapacidade do sistema respiratório
em manter a troca gasosa adequada. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com IRpA
que utilizaram Ventilação Mecânica Não-invasiva (VMNI) em uma UTI. Métodos: Estudo documental,
retrospectivo e quantitativo, realizado com base na análise de prontuários dos pacientes internados na UTI
do Hospital Municipal Santa Isabel do Município de João Pessoa, no período de outubro de 2010 a outubro
de 2011. A amostra foi composta por 10 prontuários. Resultados: Mostraram uma idade média de 62,8 ± 16,9
anos, um tempo de internação de média 22,6 ± 14,6 dias e um percentual do óbito de 60%. Entre as doenças
associadas foram encontradas a Hipertensão Arterial Sistêmica, a Diabetes Mellitus e a Insuficiência Cardíaca
Congestiva. Em relação ao local de dano para o desenvolvimento da IRpA, as causas intrapulmonares tiveram
maior incidência. A dispnéia e o uso da musculatura acessória foram os sinais e sintomas mais encontrados,
totalizando 80%. No que se refere aos dados gasométricos, 50% apresentaram distúrbio hipoxêmico, e 50%
hipercápnico. Conclusão: Foi possível traçar parcialmente o perfil epidemiológico dos pacientes, sendo
necessário um tempo maior para a coleta dos dados, bem como uma amostra maior a fim de que obtivéssemos
o perfil real dos mesmos.
Palavras-chave: insuficiência respiratória aguda, ventilação mecânica não-invasiva, Unidade de Terapia
Intensiva.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 75


EFEITOS VENTILATÓRIOS E HEMODINÂMICOS DO AJUSTE DO TEMPO INSPIRATÓRIO À MANOBRA DE
HIPERINSUFLAÇÃO COM O VENTILADOR MECÂNICO
Nicole Barreto do Nascimento; Luciano Matos Chicayban
Hospital Geral de Guarus (HGG), Campos dos Goytacazes/RJ; Institutos Superiores de Ensino do CENSA
(ISECENSA)
Introdução: A hiperinsuflação com o ventilador mecânico é uma técnica bem estabelecida na fisioterapia
respiratória para desobstrução e expansão pulmonar, pois aumenta o gradiente de pressão transpulmonar
facilitando a chegada do gás nas áreas colapsadas. Além disso, a expansão do parênquima aumenta o recuo
elástico alveolar gerando um alto fluxo expiratório que desloca a secreção para as regiões mais centrais das
vias aéreas. O ajuste do tempo inspiratório (Ti) pode melhorar a distribuição da ventilação na periferia,
otimizando a manobra. Objetivo: Caracterizar os efeitos do acréscimo do Ti à manobra de hiperinsuflação
com o ventilador. Método: Foram avaliados 31 pacientes ventilados mecanicamente, em Fowler 45º e aspirados
previamente. Os pacientes foram submetidos à hiperinsuflação em PCV com Ptotal=40cmH2O seguido de
ajuste do Ti e FR para permitir que os fluxos inspiratório e expiratório atingissem a linha de base. Foram
analisadas as variáveis ventilatórias (VC, FR, VM, Pmédia, Ti, SpO2 e PetCO2) e hemodinâmicas (PAS, PAD,
PAM e FC) nos instantes pré-manobra, Ptotal=40cmH2O, Ptotal=40cmH2O+Ti e pós-manobra, a cada 5 minutos.
PEEP e FiO2 não foram modificados. Foi utilizado o teste ANOVA de medidas repetidas, considerando um
nível de significância de 5%. Resultados: Ambas as manobras promoveram aumento do VC (p<0.001) e do
VM (p<0.001), além de redução da PetCO2 (p<0.001), em relação ao instante pré-manobra. Na comparação
com Ptotal=40cmH2O, o instante Ptotal=40cmH2O+Ti apresentou maior VC (p<0.001) e menor VM (p<0.05),
com consequente redução da PetCO2 (p<0.001). Após a manobra, foi observado aumento do VC em relação
ao instante pré-manobra (512.0±133.7 vs 558.5±148.2mL; p<0.05). Não foram observadas modificações nas
medidas hemodinâmicas, Pmédia ou SpO2. Conclusão: O ajuste do Ti promoveu maior aumento do VC durante
a manobra de hiperinsuflação, com menor impacto sobre o VM e, consequentemente sobre a PetCO2, sem
produzir repercussões hemodinâmicas.
Palavras-chave: fisioterapia, terapia respiratória, ventilação com pressão positiva intermitente.

Medidas Dos Níveis de Pressão do Balonete em Centro de Terapia Intensiva (CTI) Adulto:
Campo Grande - MS
Alessandra Fernandes Druzian; Henrique Ramos Mariani; Kátia Emy Onoda; Nathália Santos Braga;
Matheus Pereira do Prado; Thomas Shunssuke Towata; Valdeir Aparecido Vanderlei Lopes; Leila Simone
Foerster Merey
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Introdução: A Ventilação Mecânica Invasiva é comum nos CTI’s, assim como o “cuff ”, responsável por selar
a via aérea. A pressão intra-cuff deve ser suficientemente baixa, permitindo a perfusão da mucosa, mas
suficientemente alta para prevenir escape de ar e broncoaspiração. Segundo o Consenso Brasileiro de Ventilação
Mecânica, a pressão intra-cuff deve manter-se entre 20 e 34 cmH2O ou 12 e 25 mmHg sendo monitorada
diariamente, de 12 em 12 horas ou três vezes por dia. Objetivos: Verificar e ajustar o nível pressórico do
cuff em pacientes ventilados mecanicamente internados no CTI Adulto. Métodos: As mensurações foram
realizadas pelos acadêmicos de Fisioterapia em pacientes internados no CTI Adulto do Hospital Universitário
(HU) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), durante oito dias, no período matutino.
Utilizou-se o aparelho manual “cuffômetro”, marca VBM, mo­delo CE 0123, com graduação de 0 a 120 cmH2O.
Resultados: A amostra foi composta por 9 pacientes, sendo 6 mulheres (66,6%) e 3 homens (33,3%); foram
realizadas 55 mensurações, sendo que 24 delas acusaram pressão superior a ideal (média de 78,83 cmH2O), 17
normais (média de 25 cmH2O) e 14 abaixo da normal (média de 13,85 cmH2O). Em 50 pacientes ajustou-se a
pressão (média de 33,12 cmH2O) sendo que em 12, o ajuste foi superior ao normativo. Conclusão: Sugere-se a
vigilância das pressões do balonete através de uma rotina de mensurações matutinas, vespertinas e noturnas,
como meio profilático, prevenindo possíveis complicações pressóricas do balão traqueal.
Palavras-chave: ventilação mecânica invasiva, cuff, pressão intra-cuff.

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QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ-RN
Ana Irene Carlos de Medeiros, Araceli da Silva Oliveira, Suzana Kátia Alves Costa, Meireanny Lima
Barbosa, Georges Willeneuwe de Sousa Oliveira
Universidade Potiguar, Mossoró/RN, Brasil
Introdução: No Brasil, é crescente o número de cirurgias cardíacas visando restituir as capacidades funcionais
do coração. A Fisioterapia pode se inserir no pré e pós-operatório para avaliação e conduta desses pacientes,
onde a investigação da qualidade de vida se torna importante para garantir o sucesso no cuidado. Objetivo:
Portanto, o presente estudo propõe avaliar a qualidade de vida dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca
no município de Mossoró/RN. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo que foi realizado em um
Hospital de Cardiologia do município de Mossoró-RN, onde foram avaliados 15 pacientes no pré-operatório
de cirurgia cardíaca através do Medical Outcomes Study 36-item Short-form Health Survey (SF-36), além dos
dados antropométricos e hemodinâmicos. A análise estatística foi realizada com o teste de Kolmogorov-
Smirnov para avaliar a homogeneidade entre os indivíduos. Resultados: Na amostra, 73,3% dos pacientes
foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, 20% à cirurgia cardíaca valvar e 6,7% à cirurgia
combinada. Os participantes apresentaram 58,93±13,12 anos (p=0,911), IMC com 25,66±5,18kg/m² (p=0,914)
e Fração de ejeção do ventrículo esquerdo em 63,70±12,97% (p=0,878). No SF-36 foi verificada capacidade
funcional [53,0±26,77 (p=0,874)], limitação por aspectos físicos [13,3±22,88 (p=0,023)], dor [32,4±21,44
(p=0,875)], estado geral de saúde [67,9±17,02 (p=0,746)], vitalidade [51,66±22,17 (p=0,881)], aspectos
sociais [64,16±23,55 (p=0,915)], aspectos emocionais [37,7±46,92 (p=0,088)] e saúde mental [60,0±23,07
(p=0,376)]. Conclusão: Foi observada heterogeneidade no domínio “limitação por aspectos físicos”, sugerindo
que a limitação física dos pacientes apresentam repercussões diferentes quanto aos sintomas de dispneia e dor,
por exemplo, mas de forma geral este foi o domínio mais afetado, seguido de “dor” e “aspectos emocionais”,
ilustrando que nestes pacientes a cirurgia gera impacto negativo na qualidade de vida, além de confirmar a
necessidade de cuidados direcionados da Fisioterapia para esses pacientes.
Palavras-chave: procedimentos cirúrgicos cardiovasculares, avaliação, qualidade de vida.

USO DE DIFERENTES INCENTIVADORES RESPIRATÓRIOS NA FASE I DE REABILITAÇÃO CARDÍACA: ESTUDO


PILOTO
Ana Irene Carlos de Medeiros, Suzana Kátia Alves Costa, Meireanny Lima Barbosa, Araceli da Silva
Oliveira, Georges Willeneuwe de Sousa Oliveira
Universidade Potiguar, Mossoró/RN, Brasil
Introdução: As complicações pulmonares são a principal causa de morbimortalidade no pós-operatório de
Cirurgia Cardíaca e a Fisioterapia Respiratória tem sido largamente utilizada na fase I de reabilitação com a
finalidade de reverter ou minimizar esse quadro. Objetivo: Assim, a presente pesquisa buscou analisar os efeitos
de um protocolo de reabilitação cardíaca associado ao uso de diferentes incentivadores respiratórios orientados
a fluxo e a volume. Métodos: Trata-se de um Estudo Clínico Controlado, que foi realizado com 12 pacientes
submetidos à Cirurgia de Revascularização Miocárdica e/ou Cirurgia cardíaca valvar. Os pacientes foram
avaliados no pré-operatório através de Espirometria, Manovacuometria e Ventilometria e foram direcionados
de forma aleatória para os grupos Respiron® (G1), Voldyne® (G2) ou Controle (G3), onde realizaram um
protocolo de reabilitação cardiopulmonar durante 6 dias e no 7° dia de pós-operatório foram reavaliados. A
análise estatística foi realizada com o teste de Kolmogorov-Smirnov e o teste t pareado. Resultados: Os grupos
apresentaram-se homogêneos no pré-operatório. No G1 nenhuma das variáveis apresentou diferença após a
intervenção (p>0,05). Em G2 foi observado redução do pico de fluxo expiratório [PEF pré e pós: 196,25±43,27l/
min vs 143,75±26,25l/min (p = 0,02)]. E no G3 as variáveis pressão inspiratória máxima [PImáx pré e pós:
106,82±11,96%previsto vs 52,86±31,78%previsto (p = 0,01)], volume corrente (VC pré e pós: 0,35±0,13L vs
0,56±0,10L (p = 0,02)] e volume minuto (VM pré e pós: 5,00±2,16L/min vs 10,25±1,50L/min (p = 0,01)]
sofreram alterações. Conclusão: Desta forma observa-se que o uso do incentivador orientado a fluxo nesta
pesquisa apresentou-se mais eficaz por não reduzir nenhuma das variáveis analisadas. No entanto, trata-se de
uma amostra reduzida, e a continuidade desta pesquisa apontará resultados mais conclusivos de qual recurso
fisioterapêutico oferece melhores respostas na reabilitação dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.
Palavras-chave: procedimentos cirúrgicos cardiovasculares, fisioterapia, cuidados pós-operatórios.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 77


ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS TÉCNICAS DE COMPRESSÃO-DESCOMPRESSÃO TORÁCICA E
HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR MANUAL EM PACIENTES INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
SOB VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA
Clara Lívia Moura Torres Rocha Costa ;Nárjara Mendes da Silva; Eric da Silva; Dayla Suellen Gomes
Vilarinho; Iara Maria de Moraes Alves; Raquel Samara de Almeida Sousa
Faculdade NOVAFAPI , Teresina- Piaui
Introdução: As técnicas de Compressão-Descompressão Torácica (CDT) e Hiperinsuflação Pulmonar Manual
(HPM) são manobras fisioterapêuticas bastante empregadas, especialmente em pacientes que necessitam de
cuidados intensivos, com o objetivo de reexpandir áreas de colapso alveolar, bem como melhorar a mecânica
ventilatória. Objetivo: Com base nisto, busca-se avaliar e comparar as alterações de Complacência Dinâmica
(CD) do sistema respiratório e do Volume Corrente (VC) pulmonar, através da aplicação das técnicas acima,
além de traçar o perfil sociodemográfico e epidemiológico dos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva
(UTIʹ s) do Hospital Getúlio Vargas (HGV) no período da coleta. Métodos: Trata-se de um estudo transversal,
experimental, comparativo, com uma amostra de 20 pacientes, de 16 a 60 anos, internados nas UTI’s do
HGV, Teresina – PI. Foram aplicadas as técnicas de CDT e HPM; os dados coletados foram analisados
através de tabelas e figuras e comparados os valores de VC e CD em momentos distintos. Os resultados foram
apresentados e considerados para significância estatística (p<0,05). Resultados: No perfil sociodemográfico e
epidemiológico dos pacientes admitidos nas UTI`s I e II do HGV, Teresina-PI, predominam adultos do gênero
feminino (60%), idade média de 37,1 anos, com 5,2±5,8 dias de internação hospitalar e 70% dos pacientes
apresentam como causa base de internação distúrbios neurológicos. Os valores de VC foram significativos
para CDT, no entanto não foram para HPM. Já a CD teve aumento significativo em CDT e não obteve em
HPM. Conclusão: Com base nos protocolos implementados, a técnica CDT mostrou-se mais eficiente que
HPM. Este trabalho demonstrou importância de se confrontar essas duas técnicas de fisioterapia amplamente
empregadas na prática hospitalar.
Palavras-chave: fisioterapia, ventilação mecânica, Unidade de terapia intensiva, mecânica respiratória.

IMPACTO DA HOSPITALIZAÇÃO NA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES CARDÍACOS


Izabella Fontes dos Reis; Mayra Alves Soares do Amaral; Bartira Maria Gonçalves Costa; Alessandra
Tavares Moraes; Luana Santos de Brito; Telma Cristina Fontes Cerqueira; Valter Juviniano de Santana
Filho; Luana Godinho Maynard
Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia – Aracaju – SE
Introdução: A funcionalidade é um parâmetro que pode estar sendo modificado durante todo o período
de internamento hospitalar, sendo definida como a soma da integridade das funções e estruturas do corpo,
atividades e participações sociais. A cirurgia cardíaca leva o indivíduo a uma série de complicações clínicas e
funcionais que contribuem diretamente para o aumento da morbidade e mortalidade, dentre elas está o tempo
de hospitalização, o uso de recursos externos e o tempo de retorno a vida produtiva. Objetivo: Verificar o perfil
da funcionalidade de pacientes cardíacos no momento da admissão e alta hospitalar. Métodos: Trata-se de um
estudo transversal, observacional, prospectivo e descritivo, realizada no período de fevereiro a julho de 2012,
na Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia na cidade de Aracaju – SE. O instrumento utilizado foi a
MIF (Medida de Independência Funcional) no qual os pacientes de ambos os gêneros e idades foram avaliados
nos momentos de admissão e alta. O paciente foi orientado a responder o questionário, se o mesmo estivesse
de acordo e avaliado até 24 horas de admissão, na alta hospitalar com tempo de internamento superior a 72
horas. Foram excluídos todos os indivíduos que se negaram a participar da pesquisa e aqueles que receberam
alta com tempo de procedimento cirúrgico inferior a 48 horas. Resultados: A amostra foi composta de 75
pacientes cardíacos com uma média de idade de 56,2±15,5. Houve uma redução significativa (p=0,023) da
independência funcional no momento da alta hospitalar do MIF total. Quando avaliado separadamente o
MIF motor e MIF cognitivo foi observado uma redução significativa somente no MIF motor (p=0,029). No
tratamento estatístico foi utilizado o programa BioEstat 5.0. Teste de normalidade Shapiro- Wilk e o teste t de
Student para comparação dos dados. Conclusão: A hospitalização ocasionou um declínio na independência
funcional da amostra estudada sugerindo uma implicação do processo de internamento hospitalar que
acarreta limitações funcionais.
Palavras-chave: hospitalização, independência, funcionalidade.

78 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS TIPOS DE MONITORIZAÇÃO DO VOLUME MINUTO NUMA UNIDADE
CORONARIANA
Ana Carolina de Santana Vicente da Silva; Noberto Fernandes da Silva; Julianna Falcão Silva; Diego
Henrique Barreto da Silva; Sintya Tertuliano Chalegre; Clodoval de Barros Pereira Júnior; Marcos
Henrique Monteiro Camilo
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são responsáveis pelos maiores índices de morbi-mortalidade
no Brasil e no mundo. No tratamento das DCV, alguns pacientes necessitam permanecer em uma unidade
coronariana (UCo). E, uma das principais razões de admissão numa UCo é a necessidade de assistência
ventilatória mecânica (AVM). A monitorização respiratória do paciente em AVM é fundamental para um
tratamento adequado. Esta pode ser realizada através dos índices de oxigenação e dos índices de ventilação. A
pressão arterial de dióxido de carbono (PaCO2) associada ao volume minuto (VM) é a melhor forma de avaliar
a ventilação alveolar. Pode-se dizer que um paciente com PaCO2 elevada está hipoventilando e vice-versa.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar dois tipos de monitorização do VM em pacientes adultos
numa unidade coronariana. Métodos: Os pacientes incluídos na amostra foram submetidos à monitorização
do VM através do ventilômetro e do valor demonstrado pelo monitor do ventilador mecânico. Resultados:
19 pacientes concluíram o estudo e verificou-se que os valores do VM obtidos através do ventilômetro
foram superiores aos obtidos através do monitor do ventilador mecânico. E que não houve concordância
estatisticamente significante entre os dois métodos de monitorização. A sedação e o diâmetro da via aérea
artificial não influenciaram nos valores do VM encontrados. Conclusão: Foi possível concluir que existe
diferença estatisticamente significante entre os valores do VM obtidos através do monitor do ventilador
mecânico quando comparados aos obtidos através da ventilômetro.
Palavras-chave: respiração artificial, ventilação pulmonar, unidades de terapia intensiva.

PERFIL FUNCIONAL DE PACIENTES CARDÍACOS NA ADMISSÃO E ALTA HOSPITALAR


Bartira Maria Gonçalves Costa; Mayra Alves Soares do Amaral; Izabella Fontes dos Reis; Mariane Rezende
de Araujo; Graciele Teles de Jesus; Telma Cristina Fontes Cerqueira; Lucas de Assis Pereira Cacau; Walderi
Monteiro da Silva Júnior
Fundação Beneficência Hospital de Cirurgia – Aracaju - SE
Introdução: As doenças cardiovasculares permanecem sendo a maior causa de óbito e incapacidade no
Brasil e no mundo. A capacidade funcional é a definida como a capacidade de manter as habilidades físicas
e mentais para uma vida independente e autônoma, sendo um parâmetro que pode estar alterado durante a
internação hospitalar. A avaliação funcional destes pacientes possibilita a verificação do grau de dependência
ou independência, observando qual é o déficit do paciente e correlacionar quais fatores contribuem para este
déficit. Objetivo: Identificar o perfil funcional de pacientes cardíacos no período de admissão e alta hospitalar.
Métodos: Estudo transversal, com delineamento observacional, prospectivo e descritivo realizado no período
de fevereiro a julho de 2012. O instrumento utilizado para avaliar a funcionalidade na admissão e na alta
hospitalar foi o Índice de Barthel. Foram incluídos pacientes cardíacos admitidos na Fundação de Beneficência
Hospital Cirurgia da cidade de Aracaju-SE e avaliados até 24 horas da admissão e indivíduos na alta hospitalar
com tempo superior a 72 horas. Foram excluídos todos os indivíduos que se negaram a participar e aqueles
que realizaram procedimento cirúrgico inferior a 48 horas. Resultados: A amostra foi constituída por 106
pacientes, sendo 31 excluídos, restando 75 pacientes, 42 no grupo admissão e 33 no grupo alta, média de
idade 56,2±15,5 e média de tempo de internamento de 12,8±10,5. Houve diferença significativa (p<0,05)
quando comparado o momento da admissão com a alta hospitalar, tendo uma perda funcional significativa
no momento da alta hospitalar, e uma correlação positiva fraca quando comparado o Barthel ao tempo de
internamento (r=0,090) sem significância estatística. Os dados catalogados na forma de arquivos de planilha
de cálculo no Microsoft Excel 2007® e para tratamento estatístico o BioEstat5.0. Foram utilizados o teste de
normalidade Shapiro-wilk, teste t Student para comparação dos dados e na correlação entre as variáveis,
Pearson. Conclusão: A hospitalização gerou redução significativa na funcionalidade dos pacientes cardíacos.
Palavras-chave: alta hospitalar, funcionalidade, hospitalização.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 79


Análise comparativa de dois tipos de mensuração do índice de Tobin numa unidade de
terapia intensiva coronariana
Marcos Henrique Monteiro Camilo, Noberto Fernandes da Silva, Diego Henrique Barreto da Silva, Juliana
Falcão, Sintya Tertuliano Chalegre, Clodoval de Barros Pereira Júnior, Ana Carolina de Santana Vicente da Silva
Introdução: As doenças cardiovasculares lideram os índices de morbimortalidade no Brasil e no mundo.
Aproximadamente 39% dos pacientes admitidos numa unidade de terapia intensiva (UTI) necessitam de
suporte ventilatório invasivo. E 10% destes de uma assistência ventilatória mecânica prolongada, ficando
assim susceptíveis as complicações associadas ao seu uso. Sendo assim, a descontinuação ou retirada precoce
da ventilação mecânica é importante para preveni-las. Dentre os métodos mais sugeridos para obtenção
do indicador da previsão do sucesso ou insucesso no desmame, o índice de respiração rápida e superficial
(Índice de Tobin) que estabelece uma relação entre a frequência respiratória e o volume corrente expirado,
parece ser o parâmetro mais utilizado pela sua simplicidade. Objetivo: o presente trabalho tem como objetivo,
comparar dois tipos de mensuração do índice de Tobin em pacientes adultos numa UTI coronariana. Métodos:
estudo observacional, de corte transversal, com caráter analítico e dados coletados prospectivamente, no
qual 19 pacientes foram submetidos à monitorização do índice de Tobin através do ventilômetro e do valor
demonstrado pelo monitor do ventilador mecânico. Resultados: participaram do estudo 19 pacientes, não
havendo diferença estatisticamente significante entre os valores dos dois métodos (p=0,809). Mostrando
uma concordância perfeita da classificação do índice de Tobin entre o monitor e o ventilômetro (p<0,05).
Conclusão: Foi observado no presente trabalho que não houve uma diferença estatística significativa quando
comparado as mensurações do índice de Tobin fornecido pelo monitor do ventilador mecânico e obtido pela
ventilometria direta.
Palavras-chave: desmame do respirador, ventilação artificial, unidades de terapia intensiva.

IMPACTO DA HOSPITALIZAÇÃO NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES CARDÍACOS


Mayra Alves Soares do Amaral; Bartira Maria Gonçalves Costa; Isabella Almeida Mendonça; Izabella
Fontes dos Reis; Vivian Nascimento Santos; Telma Cristina Fontes Cerqueira; Manoel Luiz de Cerqueira
Neto; Amaro Afrânio de Araújo Filho
Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia – Aracaju – SE
Introdução: As doenças cardíacas afetam o padrão de vida normal destes pacientes, promovendo limitações
e incapacidades nas tarefas diárias. A avaliação da qualidade de vida é de fundamental importância para o
desenvolvimento de intervenções, visando sempre o melhor para o paciente de acordo com o seu estilo de vida,
sendo esta uma informação primordial para a área da fisioterapia, permitindo desta forma realizar atividades
que possam corresponder às expectativas destes doentes. Objetivo: Verificar o impacto da hospitalização
na qualidade de vida dos pacientes cardíacos. Método: Trata-se de um estudo transversal, observacional e
prospectivo, realizado na Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia na cidade de Aracaju, entre fevereiro
a julho de 2012. Amostra foi constituída por 75 pacientes,com uma média de idade de 55,45±16,34 no Grupo
Admissão e 57,15±14,78 no Grupo Alta, sendo aplicado o Perfil de Saúde de Nottingham (PSN) para avaliar
a qualidade de vida nas primeiras 24horas dentro do hospital e na alta hospitalar com tempo superior a
72horas. Foram excluídos aqueles que realizaram o procedimento cirúrgico inferior a 48horas e aqueles que
se recusaram a participar da pesquisa. Resultados: Não foi observada diferença estatística entre o PSN total
de admissão e o PSN total de alta. Quando comparados intergrupos, foi observada apenas uma diferença
estatisticamente significativa, sendo esta no domínio de habilidades físicas (p<0,05) no grupo alta. Análise
Estatística: Os dados foram catalogados na forma de arquivos de planilha de cálculo do Microsoft Excel 2007®
e para o tratamento estatístico foi utilizado o programa BioEstat 5.0. Foi utilizado o teste de Mann-Whitney
para comparação dos dados. Conclusão: Os resultados sugerem que a hospitalização neste grupo de pacientes
cardíacos não apresentou um impacto significativo na qualidade de vida. Porém, em relação ao domínio
de habilidades físicas foi observada uma redução na qualidade de vida no grupo alta em relação ao grupo
admissão.
Palavras-chave: hospitalização, fisioterapia, qualidade de vida.

80 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


ANÁLISE DOS EFEITOS DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA NO PÓS-OPERATÒRIO CARDÌACO
Cássia Thaísa Xavier dos Santos, Chiara Andrade Silva,Larissa Moura dos Santos, Manuela Feitosa
Dantas,Manoel Luiz Cerqueira Neto, Amaro Afrânio de Araujo Filho
Universidade Tiradentes; Fundação de Beneficência Hospital Cirurgia em Aracaju-SE
Introdução: A cirurgia cardíaca leva ao comprometimento da função ventilatória, que pode ser revertido
pelas diferentes técnicas de fisioterapia, na qual a ventilação não invasiva é considerada padrão ouro na
reabilitação. Objetivo: Verificar o uso da ventilação não invasiva na função ventilatória e na funcionalidade.
Métodos: Foram analisados 29 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva na fundação de beneficência
hospital cirurgia, divididos em: grupo controle onde foi realizado o protocolo de reabilitação cardiopulmonar
e grupo experimental que além do protocolo fazia uso da ventilação não invasiva. Os pacientes foram
avaliados no pré-operatório, 3º, 5º e 7º pós-operatório/alta, analisando fração de ejeção, tempo de circulação
extracorpórea, tempo de ventilação mecânica, dados espirométricos, dias de internação hospitalar e teste
de velocidade de marcha de 10 metros. Resultados: Observou-se na análise intragrupos a significância dos
volumes e capacidades pulmonares com p< 0,05 e na analise intergrupos a significância do teste de velocidade
de marcha no grupo experimental com p= 0,0114. Conclusão: A ventilação não invasiva alterou de forma não
significativamente a prova de função pulmonar e o tempo de internamento, porém auxiliou na melhora da
funcionalidade destes pacientes.
Palavras-chave: pressão positiva contínua nas vias aéreas, cirurgia cardíaca, espirometria.

VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO-INVASIVA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: UMA ABORDAGEM


FUNCIONAL
Cássia Thaísa Xavier dos Santos, Chiara Andrade Silva,Larissa Moura dos Santos, Manuela Feitosa
Dantas,Manoel Luiz Cerqueira Neto, Amaro Afrânio de Araujo Filho
Universidade Tiradentes, sendo a pesquisa realizada na Fundação de Beneficência Hospital Cirurgia em
Aracaju-SE
Introdução: A ventilação não invasiva é uma das técnicas aplicadas para prevenir a deterioração da função
pulmonar e reduzir as complicações pulmonares do pós operatório cardíaco. Objetivo: Avaliar os efeitos da
ventilação não invasiva na funcionalidade de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Método: O grupo
experimental (n=20) foi submetido ao protocolo de fisioterapia com a adição da ventilação não invasiva e o
grupo controle (n=20) submetido ao protocolo de fisioterapia. Os pacientes foram avaliados no pré-operatório,
3º e 5º dias pós-operatório e Alta. Sendo pesquisadas as variáveis: Tempo de Circulação Extracorpórea, Medida
de independência funcional, distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos, tempo de internação
na unidade de terapia intensiva e hospitalar. Resultados: Observou-se melhores pontuações da Medida de
Independência Funcional no grupo experimental, em parte dos momentos avaliados. O grupo experimental
percorreu uma maior distancia no teste de caminhada de 6 minutos quando comparado ao grupo controle
(p= 0,0241). Média de dias de internação hospitalar foi maior no grupo controle comparado ao grupo
experimental (p= 0,0001). Conclusão: O uso da ventilação não invasiva no pós-operatório de cirurgia cardíaca
proporcionou melhora na recuperação da funcionalidade, reduzindo o tempo de internação hospitalar.
Palavras-chave: classificação internacional de funcionalidade, pressão positiva contínua nas vias aéreas,
cirurgia cardíaca.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 81


CRITÉRIOS DE BIOSSEGURANÇA RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES DE FISIOTERAPEUTAS EM
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: UMA AVALIAÇÃO DA PRÁTICA CLÍNICA
Danilo George Dias Santos; Danilo Rocha Santos, Edil Alves Andrade, Ericka Hellen Silva Almeida,
Gilvaney Gomes Pereira, Ioná Pereira Assis Andrade, Janeide Muritiba de Oliveira, Laís de Sousa Oliveira
Faculdade de Tecnologia e Ciências – Vitória da Conquista – BA
Introdução: As unidades de terapia intensiva (UTI’s) constituem um fator de risco que potencializa processos
infecciosos, desta forma o conhecimento do fisioterapeuta sobre os critérios de biossegurança contribuem
para prevenir os riscos de infecção hospitalar. Objetivo: Avaliar o conhecimento e aplicabilidade das medidas
de biossegurança na rotina dos profissionais fisioterapeutas em UTI’s. Metodologia: Estudo de campo, de
caráter descritivo, exploratório e de natureza qualiquantitativo, realizado no Hospital Geral de Vitória da
Conquista – BA no período de 17 a 23 de novembro de 2011. Foi instituído um questionário com 13 questões
fechadas, referentes à biossegurança nas UTI’s. Resultados: Os 18 profissionais analisados 33,3% foram do sexo
masculino e 66,7% feminino com faixa etária de 29 a 37 anos e tempo de experiência de 2 a 12 anos, sendo
que 27,8% possuem especialização em UTI e 72,2% em outras áreas. Verificou-se que 100% dos profissionais
realizam assepsia das mãos, porém com dificuldade na execução. 33% não têm hábito de trocar as luvas entre
as técnicas respiratórias e motoras, entretanto 94% realizam assepsia das mãos após aspiração endotraqueal.
Durante este procedimento, apenas 78% utilizam equipamentos de proteção individual (EPI’s), no entanto
apresentam dificuldades de escolha. Após condutas no paciente, 89% tocam no painel do Ventilador Mecânico
(VM), sem trocar as luvas. Sobre o grau de contaminação deste painel, 44% relatam nível alto, 56% média
e baixa contaminação, contudo 94% creem na transmissão de agentes patógenos entre o profissional, VM
e paciente. 89% acreditam que o painel do respirador deve ser higienizado, sendo que 50% responderam
higienizar diariamente, 6% uma vez por semana e 44% na troca de paciente. 32% alegam que a higienização é
do fisioterapeuta e 68% entre outros profissionais. Conclusão: Constatou-se que a maioria dos fisioterapeutas
aderiu os critérios de biossegurança, entretanto não aplicavam adequadamente e sem uniformidade das
condutas.
Palavras-chave: biossegurança, unidade de terapia intensiva, infecção hospitalar.

INCIDÊNCIA DE COMPLICAÇÕES PULMONARES EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA DE


REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO NUM HOSPITAL DE MACEIÓ
Nivaldo do Nascimento Júnior, Jaime Dativo de Medeiros, Érica Tavares Moreira, Jéssyca Lane Fausto
Lira, Mayara Hilário Lages Constant, Luciana Costa Melo, Rodrigo Freitas Monte Bispo, Ana Carolina do
Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes / Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITs); Hospital do
Coração de Alagoas
Introdução: Apesar dos avanços tecnológicos, as complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia
de revascularização do miocárdio continuam sendo uma das mais importantes causas de morbidade.
Pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica frequentemente desenvolvem disfunções
pulmonares, como atelectasias, distúrbios ventilatórios e hipoxemia. Objetivo: Identificar a frequência de
complicações pulmonares em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. Método:
Estudo retrospectivo por conveniência não-probabilística, formado a partir da análise de prontuários dos
pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio no Hospital do Coração de Alagoas no
período de 2010 a 2012. Resultados: Foram analisados 100 prontuários, dentre as complicações pulmonares
mais verificadas, em ordem decrescente, estão derrame pleural 12%, atelectasia 6%, pneumotórax 2%, embolia
pulmonar 2%, insuficiência respiratória aguda 2% e broncopneumonia 1%. Dos prontuários selecionados, 66
apresentaram outras complicações não significativas para o estudo. Conclusão: O presente estudo evidenciou
que o pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio traz prejuízos a função pulmonar, porém
com resultados bem abaixo do demonstrado pela literatura.
Palavras-chave: revascularização miocárdica, fator de risco, comorbidades.

82 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87


QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA EM UM
HOSPITAL DE MACEIÓ
Mayara Hilário Lages Constant, Jéssyca Lane Fausto Lira, Érica Tavares Moreira, Luciana Beatriz da Silva
Zago, Rosimari de Faria Freire, Lumara Pecllysya Santos Lima, Polyanna Toledo da Paz Azevedo, Ana
Carolina do Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes / Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITs)
Introdução: Sendo um dos principais problemas de saúde pública, a Insuficiência Cardíaca Congestiva
(ICC) acaba resultando em prejuízo progressivo da capacidade funcional ao portador desta patologia, o que
contribui para a elevada morbi-mortalidade destes pacientes. E assim se faz necessário à avaliação da qualidade
de vida destes através de questionários para se obter uma avaliação mais completa do impacto da doença
permitindo assim traçar metas terapêuticas mais eficazes para os mesmos. Objetivo: Sendo assim o objetivo
deste estudo foi correlacionar a qualidade de vida através do LIhFE (Minnesota Living With Heart Failure
Questionnaire) com a classificação funcional – CF do NYHA (New York Heart Association) de pacientes com
ICC em internamento hospitalar. Métodos: Foram entrevistados 24 pacientes de ambos os sexos portadores
de ICC, idade média de 55 anos, em internamento hospitalar na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Foi
aplicado o Questionário LIhFE-Minnesota, possuindo 21 questões divididas em dois domínios que avaliam
as dimensões Física e Emocional, sendo também realizada a classificação CF –NYHA em classes I, II, III,
IV de acordo com os sintomas de fadiga, dispnéia e intensidade do esforço físico. Resultados: Analisando-
se os resultados verificaram-se correlação positiva para a CF-NYHA e a dimensão física (p = 0,05). Foram
comparados os escores do LIhFE-Minnesota com as dimensões física (p=0,0005) e emocional (p=0,0008).
Conclusão. Desta forma conclui-se que a correlação da classificação funcional foi evidente para o dimensão
física do LIhFE – Minnesota, porém de maneira global não encontramos evidências da correlação entre a
qualidade de vida e a classificação funcional.
Palavras-chave: insuficiência cardíaca congestiva, classificação funcional, qualidade de vida, lihfe-minnesota.

AVALIAÇÃO DA PRESSÃO DO CUFF EM PACIENTES NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO HOSPITAL GERAL DO


ESTADO DE ALAGOAS
Jorge Philipe Cartaxo Thomé, Ednei Vianei Soares Cavalcante, Anilson Martins Nascimento, Miguel Luis
da Rocha Leão, Jaime Dativo de Medeiros, Ana Carolina do Nascimento Calles, Luciana Beatriz Silva Zago
Faculdade Integrada Tiradentes
Introdução: Os tubos endotraqueais com balonetes (Cuff) são utilizados para auxiliar a ventilação mecânica,
além de prevenir a broncoaspiração. No entanto, cuidados ao seu manuseio são de fundamental importância,
principalmente pelo fato destes estarem em íntimo contato com a mucosa traqueal e seus capilares. Pressões
superiores a 35 cmH2O podem gerar lesões na parede da traquéia, e pressões meno­res que 25 cmH2O
podem levar a broncoaspiração. Nessa decorrência, a pressão intra-balonete é o fator mais relevante para um
diagnóstico primário de lesão traqueal após intubação, pode ser citado como ulceração, traqueomalácia ou
infecção respiratória. Objetivo: Verificar as pressões do balonete (cuff) em pacientes intubados na área de
emergência de um Hospital público de Maceió. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal onde foram
avaliadas as pressões do cuff, com aparelho cuffômetro, em 21 (vinte e um) pacientes intubados na unidade
de emergência do Hospital Geral do Estado Prof. Osvaldo Brandão Vilela, em 5 dias consecutivos, sendo 6
(seis) do sexo feminino e 15 (quinze) do sexo masculino. Onde 21 (vinte e um) pacientes estiveram na unidade
de emergência durante 5 (cinco) dias consecutivos, com os diagnósticos de Acidente Vascular Encefálico,
Traumatismo Craniano Encefálico, Pneumonia, Insuficiência Respiratória Aguda, devido a falta de vagas em
outras áreas e na Unidade de Terapia Intensiva do hospital. Resultado: Na amostra estudada foi encontrada
que dos 21 (vinte e um) pacientes avaliados 57,14% apresentavam pressões de cuff abaixo do normal, 28,57%
apresentaram pressões de cuff acima do normal, 14,29% apresentaram pressão normal. Conclusão: Conclui-
se que, ao longo dos cinco dias de visitas ao Hospital Geral do Estado, que a prevalência de pressões abaixo
do normal pode causar aumento do risco das pneumonias associadas a ventilação mecânica invasiva aos
pacientes.
Palavras-chave: pressão de ar, isquemia, necrose.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):39-87 | 83


PROGRAMA “FAST-TRACK”: UMA IMPORTANTE ARMA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
Jessyca Lane Fausto Lira, Lara dos Santos Camilo, Érica Tavares Moreira, Mayara Hilário Lages Constant,
Jaime Dativo de Medeiros, Luciana Beatriz Silva Zago, Rosimari de Faria Freire, Ana Carolina do
Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes/ Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITs); Hospital do
Coração de Alagoas
Introdução: As complicações pulmonares estão entre as mais deletérias no pós-operatório de cirurgia de
revascularização do miocárdio (CRM). A utilização do programa de extubação traqueal em até oito horas
de pós-operatório (fast-track), está relacionada à diminuição destas complicações. Objetivo: Correlacionar
o “fast-track” (desmame precoce) com as complicações no pós-operatório de cirurgia de revascularização
do miocárdio (CRV) no Hospital do Coração de Alagoas (HCOR). Metodologia: Estudo descritivo de
amostragem não-probabilística por conveniência, através da análise dos prontuários de pacientes de ambos
os sexos, maiores de 18 anos e submetidos à cirurgia para revascularização do miocárdio (CRVM) no período
de julho a setembro de 2009. Foram excluídos aqueles com necessidade de reoperação. A análise estatística
foi realizada através do teste de Fisher e teste t de student, utilizando como parâmetro p<0,05. Resultados:
Foram avaliados 22 pacientes, 68,2% do sexo masculino, com idade média de 64,27±8,25 anos. Ocorreram
complicações pulmonares em 06 (27,3%) pacientes. Quando correlacionados tempo de ventilação mecânica
invasiva (VMI) e tempo total de internamento hospitalar quanto menor a utilização da VMI total, menor foi
o tempo de permanência dos pacientes no hospital. O tempo médio de VMI entre os paciente contidos na
amostra foi de 280 minutos sendo submetido a 11.455 minutos de internação e o paciente que permaneceu em
ventilação mecânica por mais tempo 1.420 minutos submeteu-se a 24.044 minutos de internação (p=0,013).
Conclusão: O programa “fast-track” (desmame precoce) apresentou resultados benéficos, reduzindo as
complicações pulmonares nos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio.
Palavras-chave: extubação, desmame, cirurgia cardíaca.

ASSOCIAÇÃO ENTRE OS FATORES DE RISCO E AS COMPLICAÇÕES PULMONARES EM PACIENTES


SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
Érica Tavares Moreira, Mayara Hilário Lages Constant, Jéssyca Lane Fausto Lira, Luciana Beatriz Silva
Zago, Rosimari de Faria Freire, Layse Menezes de Andrade, Luciana Costa Melo, Ana Carolina do
Nascimento Calles
Faculdade Integrada Tiradentes/ Grupo de Estudos em Fisioterapia Respiratória (GEFIR/FITs); Hospital do
Coração de Alagoas
Introdução: A cirurgia de revascularização do miocárdio é um procedimento eficaz para o tratamento da
insuficiência coronariana, mas apresenta considerável incidência de complicações no período pós-operatório
que estão relacionadas ao sistema respiratório, e também aos fatores de risco pré-operatórios. Objetivo: Associar
os fatores de risco e as complicações pulmonares em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do
miocárdio. Métodos: Estudo quantitativo retrospectivo, por conveniência não-probabilística, formado por
coronariopatas do Hospital do Coração de Alagoas, submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio
no ano de 2011. A análise estatística foi através do programa SPSS v.13.0, utilizando correlação de Spearman,
teste Qui-quadrado, com alfa de 5%. Resultados: Foram avaliados 45 pacientes, 68,9% do sexo masculino
com faixa etária de 64.49+9.9 anos. Verificou-se que neste gênero o tempo de cirurgia (p=0,007) e o tempo
de internamento (p=0,000) foram significativos estatisticamente, e que para o gênero feminino houve um
fator substancial (r= 0,559) quanto à utilização de circulação extracorpórea e a presença de complicações
intra-operatórias (p=0,033). As Complicações pulmonares mais frequentes para ambos os gêneros foram:
atelectasia, derrame pleural, infiltrado intersticial e alveolar, congestão pulmonar, insuficiência respiratória
aguda e pneumonia. As intercorrências mais frequentes foram: isquemia cerebelar, insuficiência renal aguda,
plaquetopenia, isquemia cerebelar, picos hipertensivos, ascite e derrame pericárdico. Conclusão: O sexo
masculino é preditor de maiores complicações pulmonares pós-operatórias, e o sexo feminino de complicações
intra-operatórias. O tempo de cirurgia e de circulação extracorpórea relacionou-se negativamente com a
freqüência das complicações pulmonares.
Palavras-chave: fator de risco, comorbidades, revascularização miocárdica.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM UM
HOSPITAL DO NORTE DO PIAUÍ
Fernanda Maria Ferro de Oliveira; Anne Jacqueline Pereira Melo; Crislene Sousa Aguiar; Ednila Sousa
Ferreira; Ana Karine Figueiredo Moreira
Universidade Federal do Piauí/UFPI – Campus de Parnaíba
Introdução: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), são ambientes que ocupam áreas hospitalares destinadas
ao atendimento de pacientes críticos que necessitem de cuidados complexos e especializados. Nas instituições
de saúde, esses locais vêm a cada dia crescendo como opção de tratamento para diversas patologias de maior
gravidade. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes internados na UTI de um hospital
do Norte do Piauí. Materiais e Métodos: Foi realizado estudo quantitativo do tipo retrospectivo, descritivo,
exploratório, no período de agosto à outubro de 2011, na cidade de Parnaíba-PI. A amostra foi composta pelos
prontuários dos pacientes internados na UTI, no período de outubro de 2005 a dezembro de 2010. Foram
incluídos 2069 prontuários de pacientes internados durante o período estabelecido e 135 excluídos, cujos dados
se encontram ilegíveis e/ou incompletos. Os dados foram coletados por meio de um instrumento de pesquisa
contendo as variáveis: gênero, idade, principais injúrias, tempo de internação, uso de ventilação mecânica e
desfecho. Sendo estes analisados através do software SPSS versão 18.0. Resultados: Dos prontuários avaliados,
58,2% eram do sexo masculino com média de idade 55 anos. O tempo médio de internação na UTI foi de
5,49 (± 6,57) dias. Em relação ao sistema acometido, os principais foram: cardiológicos com prevalência de
17,7%, neurológico 15,9% e respiratório 15,3%. Do total analisado, 82,3% utilizaram algum tipo de ventilação
mecânica. Dos pacientes internados, 45,8% evoluíram à óbito, 35,1% à alta e 19,1% foram transferidos.
Conclusão: Podemos concluir que houve uma prevalência do sexo masculino, com maior incidência de 61
a 80 anos, enfatizando que há um maior predomínio de população idosa, com doenças crônicas agudizadas
exigindo tratamentos mais complexos, havendo, também, um alto índice de mortalidade, se comparado a
outros estudos.
Palavras-chave: paciente, perfil epidemiológico, unidade de terapia intensiva.

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS AO


TRANSPLANTE RENAL EM UM HOSPITAL DO RECIFE-PE
Sóstynis José de Albuquerque Silva1, Nívea Sandelly Santos Silva1, Lidier Roberta Moraes Nogueira2,
Renata Carneiro Firmo2
1
Faculdade Pernambucana de Saúde Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - Recife-PE
2

Introdução: A doença renal crônica (DRC) é caracterizada por uma lesão que leva a uma perda lenta,
progressiva e irreversível da função renal desencadeando uma síndrome metabólica, que leva a uma espiral
progressiva de descondicionamento físico e perda da qualidade de vida. Ela se classifica em fases de acordo com
capacidade residual funcionante do rim, a fase pré-dialítica e a fase terminal, onde se faz necessário a terapia
dialítica através de hemodiálise ou diálise peritoneal. Atualmente o Transplante (Tx) Renal é o tratamento
mais adequado para a DRC. Existem dois tipos de doares no Tx renal: o doador vivo e o doador cadáver.
Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a função pulmonar e força muscular respiratória pré e pós Tx
renal, a fim de elaborar um plano de tratamento fisioterapêutico no que tange as principais limitações desses
pacientes. Métodos: Os pacientes foram abordados no pré operatório na Unidade Geral de Transplante (UGT)
e submetidos a avaliação respiratória com prova de função pulmonar (VEF1, CVF, PFE, VEF1/CVF e CVL) e
força muscular respiratória (PiMáx e PeMáx). No 1º DPO e 4° DPO, foram coletadas as variáveis cirúrgicas e
reavaliadas as variáveis de função pulmonar e força muscular respiratória. Resultados: Quanto aos valores de
função pulmonar e força muscular respiratória, verificou-se diferença estatisticamente significativa na PiMáx,
PeMáx, CVF, VEF1, PFE E CVL, comparando-se o pré com o 1º DPO. Constatou-se ainda uma melhor função
pulmonar no paciente receptor de doador vivo, que com doador cadáver, contudo, na comparação da força
muscular não houve diferença. Conclusão: Conclui-se que apesar de ser uma cirurgia abdominal baixa, o Tx
renal também acarreta em quedas importantes na função pulmonar (CVF, VEF1 e PFE e CVL) e força da
musculatura respiratória (PiMáx e PeMáx), e que tais valores foram mais evidentes em receptores de doadores
cadavéricos do que em receptores de doadores vivos.
Palavras-chave: espirometria, transplante de rim, fisioterapia.

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Realidade Virtual na Unidade de Terapia Intensiva: Impacto sobre a Funcionalidade
Géssica Uruga Oliveira; Lucas Pereira de Assis Cacau; Luana Godinho Maynard; Isabela Fontes dos Reis;
Walderi Monteiro da Silva Junior; Amaro Afranio de Araujo Filho; Valter Joviano de Santana Filho; Manoel
Luiz de Cerqueira Neto
Universidade Federal de Sergipe; Universidade Tiradentes; Fundação de Beneficência Hospital Cirurgia,
Aracaju-SE
Introdução: A utilização de estratégias de tratamento com a Realidade Virtual (RV) baseia-se no preceito da
adição de um fator motivacional, que auxilie o paciente a realizar os movimentos pretendidos com o tratamento
fisioterapêutico auxiliando, assim, no processo de recuperação do paciente (DIAS, 2009). Objetivo: Avaliar
os efeitos de um protocolo fisioterapia com uso da realidade virtual (RV) na Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) na funcionalidade na de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Método: O grupo RV (n=30) foi
submetido ao protocolo de tratamento fisioterapêutico com a utilização da RV e o grupo controle (n=30) foi
submetido ao protocolo reabilitação convencional. Foi analisada a Medida da independência funcional (MIF)
no pré-operatório e 1º pós-operatório. Resultados: Não foram observadas diferenças entre os grupos quanto
à idade, sexo, tipo cirúrgica e tempo de CEC. Houve queda na MIF em ambos os grupos comparando o pré
operatório com o 1º dia de pós operatório (DPO) (p<0,05), com melhor recuperação no grupo RVWII no
1ºDPO (p<0,01). Conclusão: O uso da realidade virtual na UTI na reabilitação de pacientes submetidos à
cirurgia cardíaca mostrou-se eficaz, proporcionado melhor recuperação funcional na UTI.
Palavras-chave: cirurgia torácica; fisioterapia; unidade de terapia intensiva.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO


NO ANO DE 2011 EM UM HOSPITAL DO RECIFE-PE
Nívea Sandelly Santos da Silva1; Alexandre Magno de Holanda Vasconcelos Pereira Nunes 1; Juliany
Silveira Braglia César Vieira1; Marcela Raquel de Oliveira Lima 2
1
Faculdade Pernambucana de Saúde; 2Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - Recife-PE
Introdução: As doenças cardiovasculares podem ser consideradas a maior de todas as endemias do século XX
e constituem o principal problema de saúde pública no Brasil, liderando as causas de internação e de óbito.
Fatores como o tabagismo, a hipertensão arterial sistêmica, a obesidade, o diabetes mellitus, o sexo masculino,
e a raça negra predispõem a doença arterial coronariana. A cirurgia de revascularização do miocárdio é
utilizada em casos de grande oclusão coronariana, aliviando a isquemia e é feita a partir de enxertos arteriais
e/ou venosos, que são colocados para criar uma ponte, ultrapassando o bloqueio arterial. Objetivo: Este estudo
teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à Cirurgia de Revascularização
do Miocárdio no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Métodos: Como
instrumento para a coleta de dados foi utilizado uma ficha de avaliação padronizada que objetivou coletar
variáveis relacionadas a dados pessoais, fatores de risco e co-morbidades e dados do intra e pós operatório.
Foram excluídos os prontuários que possuíam incoerências e dados incompletos. Resultados: Foram incluídos
34 pacientes, onde a faixa etária variou de 37 a 87 anos de idade, sendo 55,9% do sexo masculino, 85,3%
hipertensos; 38,2 diabéticos; 41,2% dislipidêmicos e 44,1% tabagistas. De acordo com a classificação do Índice
de massa corpórea, a maioria, 58,9% encontravam-se em sobrepeso ou obeso. Em média, 67,6% dos pacientes
receberam enxerto arterial, enquanto que 79,4% receberam enxerto venoso. Em relação à cirurgia, 85,3% dos
pacientes fizeram o uso da circulação extracorpórea. No pós operatório, 91,3% permaneceram na assistência
ventilatória mecânica por um tempo inferior ou igual a um dia, 50% permaneceram no hospital por um
período de 10 a 20 dias. Conclusão: Contudo, pode-se considerar que a população estudada é composta por
uma maioria de homens, com idade média de 61 anos, sendo a maioria de hipertensos.
Palavras chave: revascularização miocárdica, perfil de saúde, cirurgia.

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Qualidade de vida e atividade física em profissionais de terapia intensiva do sub médio
São Francisco
Cícero Beto Freire1, Ricardo Freitas Dias2, Paulo Adriano Schwingel2, Flávio Maciel Dias de Andrade2,
Emilia Chagas Costa1, Marco Aurélio de Valois Correia Junior1, Aline Cabral Palmeira5
1 Universidade de Pernambuco (UPE) Petrolina-PE, Brasil; 2 Universidade Católica de Pernambuco. Recife-PE,
Brasil; Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Maceió-AL
Introdução: A unidade de terapia intensiva (UTI) é um dos setores hospitalares, com características próprias,
contato constante com o sofrimento, dor e morte, podendo muitas vezes, apresentar situações que podem
vir a afetar a saúde e a qualidade de vida (QV) dos profissionais que nela trabalham. Objetivo: Avaliar o
nível de atividade física (NAF) e a QV dos profissionais que trabalham em UTI. Métodos: Estudo transversal
realizado em UTI’s clínicas adulto da região do Submédio São Francisco. O NAF foi avaliado pelo questionário
internacional de atividade física (IPAQ) em sua versão curta e a QV através do questionário Medical Outcomes
Study 36 – Item Short Form Health Survey (SF-36). Resultados: Foram classificados ativos 50,85% de um total
de 59 profissionais entrevistados, sendo os técnicos de enfermagem considerados os mais ativos com 60,6%.
A QV dos profissionais considerados ativos foi melhor quando comparados aos inativos, com diferenças
estatística para os domínios limitação por aspectos físicos (89,3 ± 23,3 vs 73,3 ± 33,4; p = 0,01), aspecto social
(86,2 ± 15,9 vs 75,7 ± 20,2; p = 0,03) e saúde mental (85,0 ± 11,9 vs 76,8 ± 14,3; p = 0,02). A jornada de trabalho
dos médicos foi maior que as dos fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem (p=0,04). Conclusão:
Profissionais fisicamente ativos que trabalham em UTI apresentam melhor qualidade de vida e possuem uma
menor jornada de trabalho.
Palavras-chave: atividade física, estresse profissional, humanização da assistência hospitalar, qualidade de
vida, sedentarismo, unidade de terapia intensiva.

Correlação entre o tempo máximo de fonação e a capacidade vital lenta em indivíduos


hospitalizados
Aline Cabral Palmeira1, Paulo Adriano Schwingel1, Ricardo Freitas Dias1, Marco Aurélio de Valois Correia
Junior1, Flávio Maciel Dias de Andrade2
1 Universidade de Pernambuco (UPE), Petrolina – PE; 2 Universidade Católica de Pernambuco. Recife-PE, Brasil
Introdução: A fisiologia vocal e pulmonar possui uma intima relação e qualquer comprometimento entre a
força exalada pelo pulmão e as forças mioelástica da laringe, podem exercer conseqüências diretas sobre a
fala e a voz. O objetivo desta pesquisa foi utilizar a voz como método de avaliação da função pulmonar em
pacientes hospitalizados e correlacioná-la com a capacidade vital lenta (CVL). Métodos: Trata-se de um estudo
do tipo transversal, crossover e as escolhas das técnicas foram realizadas aleatoriamente (sorteio simples).
Foram avaliados 91 indivíduos adultos de ambos os sexos em um hospital público de referencia na cidade de
Petrolina-PE. A CVL foi mensurada através de um ventilômetro e o tempo máximo de fonação (TMF) pela
técnica de contagem em ordem crescente. Resultados: Foi verificada uma correlação positiva entre o TMF e a
CVL para o sexo masculino r = 0,870 (p = 0,01) e para o sexo feminino com r =0,818 (p= 0,01). Para ambos
os sexos, também foi encontrada uma correlação positiva com r = 0,856 (p= 0,01). Através da regressão linear
foi encontrado a fórmula entre o TMF e a CVL Y = 0,0075X + 3,6342 (R2 = 0,56). Conclusão: Neste estudo foi
observado que quanto maior a capacidade vital lenta do paciente, maior foi o seu tempo máximo de fonação,
em ambos os sexos como para homem e mulher individualmente. Na falta de equipamentos específicos o uso
da técnica de contagem pode ser uma alternativa.
Palavras-chave: capacidade vital, fonação, músculos respiratórios.

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Resumos
REGIONAL Bahia (BA)

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Anais do evento:

III Jornada Baiana de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em


Terapia Intensiva

REGIONAL Bahia (BA)

Data: 1 de dezembro de 2012


Local: Auditório Jorge Figueira – Hospital Santa Izabel
Cidade: Salvador, BA

Presidente do Evento:
Marcelo Dourado Costa

ASSOBRAFIR REGIONAL BAHIA


Regional Bahia
Diretor da Regional BA
Marcelo Dourado Costa
Coordenador Científico Regional
Leonardo Pomponet Simões
Tesoureiro Regional
Daniel França Seixas Simões
Secretária Executiva Regional
Luciana Bilitário Macêdo
Suplente 1
Fabiana Maeques Souza Daltro
Suplente 2
Marcelo de Melo Rieder
Suplente 3
Marcelo Farani Lópes
Suplente 4
Petrônio Andrade Leite

90 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):89-93


FUNÇÃO PULMONAR E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM FUMANTES
Cauê Santos da Mata, Camila Mariana Silveira Bomfim, Flávio Eduardo da Hora Miranda, Alana
Mangabeira, Luciana Bilitário Macedo, Cristiane Maria Carvalho Costa Dias
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador - Bahia
Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória da Bahiana (GEPFIR)
Introdução: O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de
morte evitável em todo o mundo e estima-se que um bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes. É
conhecida a deterioração da função pulmonar causada pelo tabaco. Avaliações das pressões respiratórias
máximas (PRM) e da capacidade vital (CV) são recursos freqüentemente utilizados para determinar a
gravidade, as conseqüências funcionais e o progresso de diversas disfunções pulmonares. Objetivo: descrever
as medidas de mecânica respiratória, o nível de atividade física e associar ao grau de dependência ao fumo de
indivíduos tabagistas. Método: estudo de corte transversal, composto por indivíduos fumantes participantes
do Projeto Candeal da BAHIANA. Foi preenchida uma ficha clínica; em seguida feita uma avaliação física
para a obtenção de medidas físicas e dos níveis de CV, PRM e pico de fluxo expiratório; o questionário
internacional de atividade física (IPAQ) e o de grau de dependência a nicotina de Fargestrom foram
aplicados. Para análise estatística foi utilizado o programa SPSS 13.0 para Windows. As variáveis numéricas
foram expressas em medidas de tendência central após avaliada a normalidade das mesmas. As variáveis
categóricas foram expressas em freqüências e valores absolutos e comparadas pelo teste de qui-quadrado. A
comparação entre as variáveis numéricas foi feita pelo teste t de student. Em todas as análises adotou-se 5%
como nível de significância. Resultados: amostra composta por 30 voluntários, sendo oito perdas, totalizando
22 participantes. Participaram 14(63,6%) mulheres e 8(36,4%) homens, média de idade de 47±10,9 anos;
14 (63,6%) apresentaram nível elevado ou muito elevado de dependência ao fumo. Indivíduos com baixo
ou moderado grau de dependência ao fumo apresentaram maior gasto metabólico quando avaliados pelo
IPAQ, sem significância estatística. Todos os valores de mecânica respiratória avaliados foram menores que os
preditos: -86,8±41,4vs-97,2±18,6 (PiMáx); 88,0±40,4vs99,5±23,6 (PeMáx); 357,5±106,1 vs 460,85±92,0 (Pico
de fluxo expiratório) e 2851,4±1222 vs 3450,0±450 (CV). Conclusões: observado que a maioria dos indivíduos
participantes do projeto tem elevado grau de dependência ao fumo; as medidas de força respiratória, fluxo
expiratório e capacidade vital avaliadas foram menores do que as preditas entre os tabagistas.
Palavras-chave: tabagismo, atividade física, função pulmonar.

FREQUÊNCIA DE DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS EM CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL


SANTANA, Genildes Oliveira 1,2; MATOS, Deyse Carla de Amorim 1 e FLORES Michelle 1.
1
União Metropolitana de Educação e Cultura – UNIME – Lauro de Freitas/BA,2 Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Bahia - Campus Salvador
Introdução: Paralisia Cerebral (PC) é uma causa comum de deficiência física. Distúrbios respiratórios em
crianças com PC são conhecidos, porém pouco valorizados em detrimento às alterações motoras.Objetivos:
Esse estudo tem por objetivo identificar a frequência de distúrbios respiratórios em crianças com diagnóstico
de PC. Metodologia: Essa pesquisa delineia-se em um estudo de caráter quantitativo, descritivo, realizada
no período de maio a agosto de 2011. A amostra foi composta por 16 crianças atendidas no setor de
neuropediatria da Clinica Escola de Fisioterapia da Unime, em Lauro de Freitas /BA, com idades de 2 a
13 anos, que estivessem realizando tratamento fisioterapêutico no momento da pesquisa e com diagnóstico
clínico de PC. A obtenção dos dados, foi realizada através da investigação dos prontuários, onde foram
coletadas as informações pessoais das crianças, diagnóstico clínico e funcional e entrevista realizada com
os seus responsáveis, após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O projeto de
pesquisa foi registrado no SISNEP através do nº FR-413564, o qual foi aprovado pelo Comitê de Ética da
Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC), através do protocolo nº 3317. Analise estatística: Os dados coletados
foram revisados e digitados no programa SPSS versão 14.0. As variáveis numéricas foram descritas em média,
na forma de percentual. Os resultados foram apresentados em gráficos e tabelas. Resultados: Foi observado
que 93,75% das crianças pesquisadas apresentaram distúrbios respiratórios, tendo como principais: afecções
das vias aéreas superiores, asma, pneumonia de repetição e refluxo gastroesofágico. Conclusões: A presente
pesquisa evidenciou a frequência de distúrbios respiratórios em crianças com PC, na ordem de 93,75%. A
necessidade de internações frequentes nessa população, gera atraso no desenvolvimento neuropsicomotor,
diminuindo sua qualidade de vida e aumentando o risco de morbimortalidade. Novos estudos deverão ser
realizados, para maior aprofundamento dessa relevante temática para essa população.
Palavras-chave: paralisia cerebral, distúrbios respiratórios, desenvolvimento neuropsicomotor.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):89-93 | 91


UTILIZAÇÃO DA CIF NA AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DE PACIENTES BRONQUIECTÁSICOS EM UMA
CLÍNICA ESCOLA
Cristiano Barreto de Miranda1; Brunna Rafaela Santos de Araújo¹, Luana Karina de Almeida Nascimento1;
Ana Cláudia dos Santos Costa1, Luana Godinho Maynard1
1
Universidade Tiradentes, UNIT, Aracaju/SE
Introdução: As pneumopatias apresentam manifestações sistêmicas significativas que repercutem na qualidade
de vida. Nesse contexto, a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), torna-
se uma importante ferramenta para direcionar os programas de reabilitação pulmonar na realização de uma
eficiente avaliação que comtemple globalmente o impacto das doenças respiratórias na funcionalidade dos
pneumopatas. Objetivo: Analisar a aplicabilidade clínica da CIF e sua importância na Fisioterapia Respiratória.
Método: Quatro indivíduos, de ambos os gêneros, diagnosticados clinicamente com bronquiectasia foram
submetidos à avaliação fisioterapêutica, que englobava dimensões de saúde propostas pela CIF. Na dimensão
de estrutura e função corporal foram realizada avaliação das vias aéreas e força muscular respiratória por
meio do peak flow e manovacuômetro, respectivamente. Informações sobre o componente de atividade e
participação foram obtidas pela aplicação do questionário SGRQ e realização dos testes de velocidade da
marcha e do TC6M. A qualidade de vida foi estimada pela aplicação do Questionário de Nottingham.
Resultados: O paciente A apresentou grau de obstrução moderado, e déficit de força muscular expiratória,
limitação para realizar tarefas domésticas e não apresentou restrição na participação social. O indivíduo B
apresentou baixa capacidade funcional, com déficit de força muscular inspiratória e expiratória, limitação
para realizar caminhadas de longa distância e encontrava-se satisfeito com a vida. O paciente C apresentou boa
capacidade funcional, contudo grande limitação na participação social, principalmente restrições ao lazer, e
mostrou-se levemente insatisfeito com a vida. O indivíduo D obteve déficit de força muscular respiratória, com
grau de obstrução moderado, restrição na vida doméstica e lazer, apresentou satisfação com a vida. Conclusão:
A CIF é um importante instrumento para compreender que a mesma patologia respiratória diagnosticada
em diferentes indivíduos não causará necessariamente as mesmas repercussões funcionais. Assim, permite
acompanhar a evolução dos pacientes e relacionar as doenças à qualidade de vida dos indivíduos.
Palavras-chave: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF); fisioterapia;
bronquiectasia.

PREVALENCIA DE SINAIS E SINTOMAS RESPIRATÓRIOS EM CRIANÇAS FUMANTES PASSIVAS


SANTANA, Genildes Oliveira 1,2; SILVA, Marivaldo Jose da1 e FLORES Michelle 1.
1
União Metropolitana de Educação e Cultura – UNIME – Lauro de Freitas/Ba;
2
Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia da Bahia- Campus Salvador
Introdução : O tabagismo é considerado a principal causa da morte evitável em todo o mundo. A criança
exposta à fumaça do cigarro em domicilio sofre suas ações nocivas, causando graves prejuízos em relação à
sua saúde e no campo do desenvolvimento neurocognitivo. Objetivos: O presente estudo delineia-se sobre a
prevalência de sinais e sintomas respiratórios em crianças fumantes passivas. Metodologia: Trata-se de uma
pesquisa de campo, do tipo estudo de caso, quantitativo, descritivo, realizado no período de Junho a Setembro
de 2011. Foram visitados 150 domicílios, escolhidos aleatoriamente, no conjunto habitacional Parque Santa
Rita, localizados no bairro de Itinga, Lauro de Freitas/BA. Para a inclusão na pesquisa foi utilizado o critério de
: residir no domicílio, presença de fumante ativo e de crianças na faixa etária de zero a dez anos, o que totalizou
110 residências com 121 crianças, as quais se constituíram como amostra do estudo. Todos os entrevistados
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Esse trabalho foi submetido ao Comitê de
Ética em Pesquisa da FTC, com o número de aprovação nº 3309. Foi realizada aplicação de um questionário,
criado pelo pesquisador. As variáveis dependentes principais foram os sintomas respiratórios: chiado no peito,
coriza, falta de ar e tosse. A variável independente foi a exposição ao tabaco. A idade foi subdividida nas
seguintes faixas: 0 – 2 anos; 3 – 4 anos, 5 – 6 anos; 7 – 8 anos e 9 a 10 anos. Analise estatística: Os dados coletados
foram revisados e digitados no EPI-INFO XLS, versão 7.00. Realizou-se a análise descritiva das variáveis de
interesse, obtendo-se as frequências simples e as médias, que foram expressas em percentuais. Os resultados
foram apresentados sob a forma de tabelas. Resultados: Os sinais e sintomas respiratórios tiveram as seguintes
incidências nas crianças pesquisadas: 56,19% de coriza, 45,45% tosse, 29,75% falta de ar e 18,18% de chiado
no peito.Conclusão: A prevalência de sinais e sintomas respiratórios em crianças fumantes passivas nessa
amostra foi elevada. Consequências negativas futuras em relação á área neurocognitiva e comportamental, no
âmbito social da criança fumante passiva, deverão ser consideradas em função da imitação do adulto.
Palavras chave: tabagismo passivo, sintomas respiratórios, poluição.

92 | ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):89-93


AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS GENITORES DE CRIANÇAS HOSPITALIZADAS ACERCA DA
FISIOTERAPIA
Adriele Mascarenhas Araujo; Jade Almeida Rocha
Universidade Federal da Bahia – UFBa, Salvador, Bahia
Introdução: O fisioterapeuta deve oferecer suporte e orientação para os pais de crianças hospitalizadas, de forma
que estes possam ajudar no tratamento. Já tem sido adotado um sistema de alojamento conjunto pediátrico
no qual a mãe ou responsável pode acompanhar a criança durante o período de hospitalização. Trata-se de
uma estratégia que permite a redução do estresse emocional, tanto da criança como da família, diminui a
incidência de infecção cruzada e reduz o tempo de internação, favorecendo consequentemente a rotatividade
e disponibilidade de leitos infantis. Objetivos: Descrever o conhecimento dos pais de crianças internadas em
um hospital público com relação às atividades da fisioterapia as quais os seus filhos são submetidos e verificar,
através de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, a interação pais - fisioterapeutas no tratamento
de crianças hospitalizadas. Materiais e Métodos: O estudo foi caracterizado como piloto e qualiquantitativo,
com uma amostra de 16 indivíduos, sendo estes, pais de crianças hospitalizadas e submetidas a práticas
da fisioterapia respiratória, selecionados pelo método de amostragem por conveniência. Nos leitos do
Centro Pediátrico Professor Hozannah de Oliveira –HUPES, onde os pais acompanhavam seus filhos, foi
apresentado o projeto, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e aplicado o questionário
em forma de entrevista que constou na identificação do responsável, informações sócio-econômicas, idade,
gênero, conhecimentos acerca das práticas fisioterapêuticas as quais seus filhos foram submetidos, mesclando
questões objetivas e subjetivas. Ao término de cada procedimento, o entrevistador coletou os dados contidos
nos questionários e os analisou. Com isso, foi feito um levantamento das informações para verificar o grau
de conhecimento do genitor avaliado acerca das práticas fisioterapêuticas aplicadas em seu filho. Resultados
e Conclusões: Diante dos dados coletados, observamos que a maioria das crianças hospitalizadas foram
acometidas por doenças respiratórias, a exemplo da pneumonia e fibrose cística, portanto, dentre as práticas
fisioterapêuticas empregadas, a fisioterapia respiratória foi a mais utilizada. Os pais tinham faixa etária entre
15 e 40 anos, possuíam mais de 2 filhos, baixa escolaridade e renda mensal menor que o salário mínimo. Com
relação ao conhecimento da fisioterapia, 99% dos genitores afirmaram compreender sua definição, indicando
que a relação fisioterapeuta-paciente é harmoniosa e o profissional se mostra atencioso quanto ao tratamento
à criança hospitalizada. Questionados sobre o que esperar sobre o tratamento da fisioterapia, relataram que
por meio dos procedimentos foi possível obter uma significativa melhora do quadro do seu filho.
Palavras-chave: fisioterapia, genitores, hospitalização.

ASSOBRAFIR Ciência. 2012 Dez;3(Supl):89-93 | 93


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Instructions for Authors

Informações Gerais

A ASSOBRAFIR Ciência é uma publicação semestral da Associação Brasileira de Fisioterapia


Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR). A aceitação de manuscritos
será feita com base na originalidade, significância e contribuição científica para o conhecimento da
área. A Revista aceita submissões de artigos nos idiomas português e/ou inglês.
A submissão dos manuscritos deverá ser efetuada somente por via eletrônica pelo endereço
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/rebrafis ou no link no website da ASSOBRAFIR (www.
assobrafir.com.br). Não serão aceitas submissões por e-mail, correios ou quaisquer outras vias que não
a submissão eletrônica no site supra-mencionado. A submissão implica que o trabalho não tenha sido
publicado e não esteja sob consideração para publicação em outro periódico. Quando parte do material
já tiver sido apresentada em uma comunicação preliminar em Simpósio, Congresso, etc., deve ser citada
como nota de rodapé na página título e uma cópia deve acompanhar a submissão do manuscrito.
Os artigos submetidos são analisados pelos editores e pelos revisores das áreas de conhecimento.
Os revisores trabalham de maneira independente e fazem parte da comunidade acadêmico-
científica, sendo especialistas em suas respectivas áreas de conhecimento. Os revisores permanecerão
anônimos aos autores. Os trabalhos poderão também são submetidos à revisão estatística, sempre
que necessário. Os editores coordenam as informações entre os autores e os revisores, cabendo-lhes a
decisão final sobre quais artigos serão publicados com base nas recomendações feitas pelos revisores,
em circunstâncias editoriais e em suas próprias visões. A aceitação de manuscritos será decidida com
base na originalidade, significância e contribuição científica para o conhecimento da área. Quando
forem sugeridas modificações, essas serão encaminhadas ao autor principal para resposta e, em
seguida, retornarão aos editores e revisores para que verifiquem se as exigências foram satisfeitas.
Quando aceitos para publicação, os artigos estarão sujeitos a pequenas correções ou modificações
que não alterem o estilo do autor. Quando recusados, os artigos são acompanhados por justificativa
do editor.
Ao encaminhar os originais, o(s) autor(es) cede(m) os direitos de publicação para a ASSOBRAFIR
Ciência. A Comissão Editorial de cada número se reserva o direito de introduzir pequenas alterações
gramaticais e de estilo nos originais, visando manter a homogeneidade e a qualidade da publicação,
sem no entanto desrespeitar os conceitos e as opiniões dos autores.
Os manuscritos publicados são de propriedade da ASSOBRAFIR Ciência, e é vedada tanto a
reprodução, mesmo que parcial em outros periódicos, como a tradução para outro idioma sem a
autorização expressa dos Editores.
Todas as informações necessárias para preparação dos manuscritos está contida nesse manual
de orientações, que deve ser lido atentamente e por completo. Eventuais dúvidas e esclarecimentos
sobre o processo de submissão de manuscritos ou qualquer outro assunto relativo à ASSOBRAFIR
Ciência devem ser encaminhados para o e-mail: assobrafirciencia@uel.br

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Características gerais dos manuscritos
Os textos devem ser editados em Microsoft Word (versão 6.5 ou superior), em fonte Arial 12,
preta, com espaçamento duplo. O arquivo deve ser salvo com a extensão .doc ou .rtf. As páginas de
todos os tipos de manuscritos devem ser numeradas em ordem crescente, incluindo a página título
como página 1.
Página título
Todos os manuscritos submetidos (independentemente da categoria de submissão – ver
abaixo) deverão ter como primeira página uma página título, que deve conter: (1) o título do artigo,
que deve ser objetivo, mas informativo; (2) nomes dos autores, seguidos de indicação das respectivas
instituição(ões) de origem, inclusive cidade e estado (e país, se fora do Brasil) (não é necessária a
inclusão da titulação dos autores); (3) nome do autor correspondente, com endereço completo e 2
endereços de e-mail para contato.
Categorias de manuscritos
São aceitas submissões de artigos nas seguintes categorias: (1) Artigos Científicos Originais;
(2) Artigos de Revisão, Revisão Sistemática e Metanálises; (3) Correspondência (Carta ao Editor) e
(4) Estudos de caso.
Artigos Científicos Originais
Durante o processo de submissão online, o autor responsável pela submissão de um artigo
científico original deverá escolher uma das áreas científicas da ASSOBRAFIR Ciência, a saber:
1) Fisioterapia respiratória e cardiovascular ambulatorial e hospitalar
2) Fisioterapia em terapia intensiva
3) Pesquisa experimental
4) Desenvolvimento metodológico e tecnológico
5) Aspectos cardiorespiratórios em saúde coletiva e epidemiologia
Artigos científicos originais devem conter no máximo 4000 palavras (excluindo página título,
resumo, abstract, referências, tabelas e figuras), e devem ser estruturados com os seguintes itens, cada
um começando por uma página diferente:
Resumo: o resumo em português deve ter no máximo 300 palavras. Deve ser precedido pelo título
do manuscrito e ser estruturado de forma a conter claramente identificadas as seguintes seções:
introdução e objetivo, métodos, resultados e conclusão. O resumo deve ser seguido de três a cinco
palavras-chave. Solicita-se usar termos do Medical Subject Headings, do Index Medicus (http://
www.nlm.nih.gov/mesh/)
Abstract: o resumo em inglês deve ter no máximo 300 palavras, representando a tradução do resumo
para a língua inglesa. Deve ser estruturado do mesmo modo do resumo em português, e ser seguido
de três a cinco keywords (palavras-chave em inglês). Solicita-se usar termos do Medical Subject
Headings, do Index Medicus (http://www.nlm.nih.gov/mesh/)
Corpo do manuscrito: o corpo principal do manuscrito deve ser estruturado com as seguintes seções,
em seqüência direta: introdução (com o objetivo e/ou hipótese claramente descritos no final desta
seção); métodos (incluindo desenho do estudo, descrição da amostra, critérios de inclusão e exclusão,
testes, equipamentos e intervenções utilizados, principais desfechos estudados, além da descrição da

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análise estatística ao final da seção); resultados (em forma de texto, tabelas e figuras, sem repetições
desnecessárias ou discussão de resultados); discussão (comparando os resultados no contexto da
literatura previamente publicada, e sumarizando as implicações e limitações do estudo); e conclusão
(sucinta, respondendo ao objetivo). Subdivisões nos métodos, resultados e discussão são permitidos.
Agradecimentos: os autores podem incluir, imediatamente após a conclusão, um parágrafo curto
de agradecimento a profissionais que auxiliaram no estudo porém não qualificaram como autores,
instituições, etc. Também deve ser incluída nessa seção a menção ao órgão de fomento que financiou
o estudo ou o(s) autor(es), quando for o caso.
Referências: Informações detalhadas sobre as referências bibliográficas são descritas abaixo numa
seção específica.
Tabelas e figuras: devem ser colocadas após as referências, na seguinte seqüência: primeiramente as
tabelas em ordem de citação no texto, seguidas pelas figuras e fotos, também em ordem de citação no
texto. Todas as tabelas e figuras devem ser citadas no texto. Evitar fornecer informações redundantes
com aquelas descritas nos resultados e métodos.
Artigos de Revisão, Revisão Sistemática e Metanálises
Artigos de revisão, revisão sistemática e metanálise não devem ter mais de 5000 palavras e 80
referências. Devem ser acompanhados de um resumo de no máximo 300 palavras, em que conste
as seguintes seções: introdução, metodologia (uma breve descrição das estratégias de busca dos
artigos), resultados e discussão (seção também opcionalmente conhecida como desenvolvimento)
e conclusões.
Esses manuscritos são habitualmente encomendados pelo Editor a autores com experiência
comprovada na área. Entretanto,a ASSOBRAFIR Ciência encoraja que se envie material não
encomendado, desde que não reflita apenas uma breve revisão da literatura que não acrescente
informações relevantes ao leitor. Artigos de revisão deverão abordar temas específicos com o
objetivo de atualizar os menos familiarizados com assuntos, tópicos ou questões específicas nas
áreas de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva. Todos os manuscritos
devem incluir o procedimento de busca e os critérios para inclusão dos artigos. O Conselho Editorial
avaliará a qualidade do artigo, a relevância do tema escolhido e, quando for o caso, o destaque dos
autores na área específica abordada. A inadequação de qualquer um dos itens acima acarretará na
recusa do artigo pelos editores.
Correspondência (Carta ao Editor)
Cartas endereçadas aos Editores serão consideradas para publicação se promoverem discussão
intelectual sobre um determinado artigo recentemente publicado. As cartas devem conter um título
curto e informativo, não devem ter mais do que 500 palavras e 5 referências, e devem primar pelo
discussão científica e pelo respeito, sem interferência de opiniões pessoais. Se aceita, uma cópia será
enviada ao autor do artigo original que suscitou a discussão, com um convite para submeter uma
réplica que será publicada junto com a carta.
Estudos de caso
Estudos de caso não devem ultrapassar o limite de 1500 palavras e 10 referências.
Estudos de caso potencialmente publicáveis devem corresponder a uma das situações a seguir:
- Interesse especial para a comunidade científica e clínica;
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- Casos raros e particularmente úteis para fornecer informações sobre métodos de avaliação e
terapêutica;
- Novo método terapêutico ou avaliativo, ou uma modificação importante de um método em uso
vigente;
- Caso que demonstre achados relevantes, bem documentados e sem ambigüidade.
Tabelas, figuras e fotos
As tabelas, figuras e fotos (nessa sequência) devem vir após as referências bibliográficas, em
ordem de citação no texto. Todas as tabelas e figuras devem ser construídas de modo que possam ser
compreendidas por si só, sem recorrer-se ao texto (corpo do manuscrito). Os autores devem obter
permissão por escrito para reproduzir tabelas, figures e fotos previamente publicados em outras
fontes.
Tabelas devem ser concisas e não repetir informações fornecidas no texto dos resultados
ou métodos. Devem ser confeccionadas seguindo o padrão de fonte e espaçamento do resto do
manuscrito (fonte arial 12, espaçamento duplo). Cada tabela deve possuir um título sucinto porém
explicativo. Evitar ao máximo o uso de casas decimais irrelevantes. Itens explicativos devem estar
ao pé da tabela. As abreviaturas devem estar de acordo com as utilizadas no texto e nas figuras. Os
códigos de identificação de itens da tabela devem estar listados na ordem de surgimento no sentido
horizontal e devem ser identificados pelos símbolos padrão.
Figuras devem ser salvas nos modos .JPEG, ou .TIF (com resolução mínima de 300 DPI). Serão
aceitas figuras ou fotos apenas em preto-e-branco. Figuras coloridas poderão ser publicadas apenas
quando forem essenciais para o conteúdo científico do artigo. Nestes casos, o custo serão arcados
pelos autores. Os desenhos das figuras devem ser consistentes e tão simples quanto possível. Evitar o
uso de tons de cinza. Todas as linhas devem ser sólidas. Para gráficos de barra, por exemplo, utilizar
barras brancas, pretas, com linhas diagonais nas duas direções, linhas em xadrez, linhas horizontais e
verticais. Utilizar fontes de tamanho mínimo 10 para letras, números e símbolos, com espaçamento e
alinhamento adequados. Quando a figura representar uma radiografia ou fotografia sugerimos incluir
a escala de tamanho quando pertinente. A Revista desestimula fortemente o envio de fotografias de
pacientes, equipamentos e animais. Quando fotografias de pacientes forem estritamente necessárias,
devida permissão aos mesmos deve ser solicitada formalmente e deve fazer parte do processo de
submissão.
Símbolos e abreviações
Símbolos: Solicita-se o uso do Système International (SI) para unidades e abreviações de unidades
(Disponível em http://physics.nist.gov/cuu/Units).
Exemplos: s para segundo, min para minuto, h para hora, L para litro, m para metro.
Abreviações: Todas as abreviações devem ter seu significado descrito por extenso na primeira
citação (tanto no resumo quanto no corpo do manuscrito). No entanto, deve-se utilizar o mínimo
de abreviações possível. Aconselha-se o uso de abreviações em figuras e tabelas para ganhar espaço,
mas as abreviações devem ser sempre definas na legenda. Não é necessário explicar abreviações de
unidades de medida desde que façam parte do SI, como descrito acima.
Referências
O número máximo de referências para artigos científicos originais é 40; para artigos de revisão,
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revisão sistemática e metanálises é 80; para correspondência (carta ao editor) é 5, e para estudos de
caso é 10.
Citação de referências no texto
A identificação das referências no texto deve ser feita por número arábico, correspondente à
numeração da lista de referências. Se forem citadas mais de duas referências em seqüência, apenas
a primeira e a última devem ser digitadas, sendo separadas por um traço (Exemplo: 3-5). Em caso
de citação alternada, todas as referências devem ser digitadas, separadas por vírgula (Exemplo: 2,
7, 22). O(s) número(s) deve(m) ser colocado(s) entre parênteses, podendo ou não ser acrescido(s),
conforme modelos abaixo, do nome(s) do(s) autor(es) (dando-se entretanto preferência para citacões
numéricas apenas). Quando da citação ocasional do nome dos autores da referência no texto, no caso
de dois, citam-se ambos ligados pela conjunção “e”, se forem três ou mais, cita-se o primeiro autor
seguido da expressão et al. Deve-se evitar citação da citação, mas quando ocorrer deve ser utilizada
a expressão apud. Deve-se evitar terminantemente utilizar “comunicações pessoais” ou “observações
não publicadas” como referências. Resumos apresentados em congressos ou simpósios e publicados
em anais também devem ser evitados, e podem ser utilizados somente se forem a única fonte de
informação.
Exemplos de citação de referências no texto estão incluídos abaixo:
A reabilitação pulmonar é um programa multidisciplinar de atendimento ao paciente portador
de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (1, 12).
Estudos previamente publicados na literatura (13-18) apresentam resultados discrepantes
quando comparados ao presente estudo, especialmente no que diz respeito aos estudos de Yang et al.
(13) e Myers e Johnston (15).
Um estudo prévio (6) mostrou que...
Black et al. (11) concluíram que...
Lista de referências
A lista de referências deve apresentar-se em ordem de citação no texto, numerada e normalizada
de acordo com o estilo Vancouver (http://www.icmje.org). Os títulos de periódicos devem ser
referidos de forma abreviada, de acordo com a List of Journals do Index Medicus (http://www.index-
medicus.com). As revistas não indexadas não deverão ter seus nomes abreviados. No caso de artigo
em periódico, deve-se listar todos os autores; se o número ultrapassar seis, deve-se colocar os seis
primeiros, seguidos pela expressão et al. Exemplos de tipos de referências estão incluídos abaixo:
Artigos de Revista (até seis autores)
Gosselink R, Troosters T, Decramer M. Distribution of muscle weakness in patients with stable
chronic obstructive pulmonary disease. J Cardiopulm Rehabil 2000; 20(6):353-360.
Artigos de Revista (mais de seis autores)
Maltais F, LeBlanc P, Whittom F, Simard C, Marquis K, Belanger M et al. Oxidative enzyme activities of
the vastus lateralis muscle and the functional status in patients with COPD. Thorax 2000; 55(10):848-
853.
Resumos Publicados em Anais
Santos SS, Silva CR, Domiciano LP. Determinação do comportamento da freqüência e do comprimento
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de braçadas em diferentes velocidades de nado [resumo]. Anais do X Congresso Brasileiro de
Biomecânica. Ouro Preto, 2003. p. 136-139.
Resumos Publicados em Suplementos de Revistas servindo como Anais de Congressos
Pitta F, Wyffels B, Spruit MA, Troosters T, Gosselink R, Decramer M. Determinants of activities of
daily living ADL in COPD patients - a critical analysis [resumo]. Am J Respir Crit Care Med 2003;
167: A224.
Capítulo de Livro
Weinstein L, Swartz MN. Pathologic properties of invading microorganisms. In: Sodeman WA
Jr, Sodeman WA, editors. Pathologic physiology: mechanisms of disease. Philadelphia: Saunders,
1974;457-72.
Dissertação/Tese
Yonamine RS. Desenvolvimento e validação de modelos matemáticos para estimar a massa corporal
de meninos de 12 a 14 anos, por densitometria e impedância bioelétrica. [Tese de Doutorado –
Programa de Pós-Graduação em Educação Física]. Santa Maria (RS): Universidade Federal de Santa
Maria; 2000.
Publicações oficiais
World Health Organization, 1999.The International Classification of Functioning and Disability
(ICIDH-2) WHO, Geneva. 1999.
Documentos eletrônicos
Rocha JSY, Simões BJG, Guedes GLM. Assistência hospitalar como indicador da desigualdade social.
Rev Saude Publ. [periódico on-line] 1997; 31 (5). [citado em 23 mar 1998]. Disponível em: http://
www.fsp. usp.br/~rsp
Websites/páginas de internet
CNPq Plataforma Lattes, “Investimentos do CNPq em CT&I” (homepage on the internet). Disponível
em: http://fomentonacional.cnpq.br/dmfomento/home/index.jsp. Acessado em 16 mar 2006.
Atenção: No caso de situações não contempladas acima, deverão ser seguidas as recomendações
contidas em International Committee of Medical Journal  Editors. Uniform Requirements for
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals. Updated February 2006. Disponível em http://www.
icmje.org/. Exemplos adicionais para situações especiais de citações bibliográficas podem ser obtidos
em www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html.
Carta de submissão com transferência dos direitos autorais (copyright)
A submissão de todo e qualquer manuscrito deve ser acompanhada do envio por fax de
uma carta de submissão constando nome, número de CPF e assinatura do autor responsável pela
submissão, e que contemple os seguintes itens:
a) Declarar que o manuscrito é original, e portanto nunca foi publicado; e caso venha a ser aceito pela
ASSOBRAFIR Ciência, não será submetido ou publicado em outra revista;
b) Declarar que o manuscrito não está submetido, em análise ou processo de revisão em outra
revista, assim como não será enviado a qualquer outra revista enquanto estiver sendo apreciado pela
ASSOBRAFIR Ciência;
c) Declarar que todos os autores participaram da concepção do trabalho, da análise e interpretação

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dos dados, de sua redação ou revisão crítica e que leram e aprovaram a versão final; e que todos os
autores transferem os direitos autorais (copyright) para a ASSOBRAFIR Ciência, caso o artigo venha
a ser aceito. A responsabilidade por tornar essas informações do conhecimento de todos os autores é
do autor responsável pela submissão.
O número de fax para envio da carta de submissão é: (43) 3371 2459.
Dúvidas, esclarecimentos ou problemas no envio da carta de submissão devem ser encaminhados
para o e-mail: assobrafirciencia@uel.br
Declaração de conflito de interesses
Além da carta de submissão, para todo e qualquer tipo de manuscrito deve também ser
preenchida e enviada por fax a declaração de conflito de interesses (ver número de fax abaixo). Um
exemplo da declaração encontra-se no website da Revista (http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/
rebrafis). A declaração deve ser assinada por todos os autores, e diz respeito à informação sobre a
existência ou não de eventuais conflitos de interesse (profissionais, financeiros e benefícios diretos
e indiretos) que possam influenciar no conteúdo do manuscrito, seus resultados e conclusões. Caso
seja impossível ao autor responsável pela submissão coletar assinaturas de todos os co-autores, os co-
autores devem enviar sua própria declaração para o mesmo número de fax. Os editores se reservam
o direito de tomar as medidas cabíveis no caso de qualquer das normas expostas acima não ser
respeitada.
O número de fax para envio da carta de submissão é: (43) 3371 2459.
Dúvidas, esclarecimentos ou problemas no envio da declaração de conflito de interesses devem
ser encaminhados para o e-mail: assobrafirciencia@uel.br
Atenção: A submissão de qualquer manuscrito só será completa mediante o recebimento da
carta de submissão e da declaração de conflito de interesse. Portanto, nenhum artigo será publicado
na ASSOBRAFIR Ciência sem o preenchimento desses requisitos.
Ética
Os autores devem informar na seção de Métodos a respeito da aprovação pela Comissão de Ética
em Pesquisa de sua instituição em consoante à Declaração de Helsinki. Nos trabalhos experimentais
envolvendo animais, as normas estabelecidas no “Guide for the Care and Use of Laboratory Animals”
(Institute of Laboratory Animal Resources, National Academy of Sciences, Washington, D. C. 1996)
e os Princípios Éticos na Experimentação Animal do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal
(COBEA) devem ser respeitados.
Check-list para submissão de manuscrito:
- Manuscrito de acordo com as normas editoriais da ASSOBRAFIR Ciência;
- Carta de submissão enviada por fax, constando os itens citados acima e assinada pelo autor
responsável pela submissão.
- Declaração de conflito de interesses enviada por fax, tendo sido assinada por todos os autores (ou
que cada autor imprima, assine e envie sua respectiva declaração).

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