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Editorial ...................................................................................................................................................... 5
Alexandre Simões Dias
É
com muito prazer e satisfação que escrevo este editorial
referente aos trabalhos científicos apresentados em
eventos científicos realizados por diferentes unidades
regionais da Assobrafir, pois é através da divulgação do
conhecimento que existe o fortalecimento da profissão e a
valorização de nossa especialidade.
A apresentação de um trabalho científico, seja no
formato de pôster ou apresentação oral, num evento da área
cardiorrespiratória e da fisioterapia em terapia intensiva não
é uma tarefa fácil, mas não é impossível de ser realizada. Ao
divulgar o conhecimento através de um trabalho científico os
autores proporcionam aos interessados uma fonte de inspiração
e uma referência para futuros estudos, além de contribuir com
o fortalecimento do evento.
Acreditamos que a apresentação de um trabalho científico
nos eventos da Assobrafir proporciona uma experiência ímpar
para os apresentadores, indo do aluno de iniciação científica ou
acadêmico do curso de fisioterapia, até os mais renomados e
experientes pesquisadores da área.
Este número especial da revista Assobrafir Ciência
traz os trabalhos científicos apresentados nos eventos das
unidades regionais do Rio Grande do Sul (IX Jornada
Gaúcha de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia
em Terapia Intensiva da Assobrafir), Goiás (IV Congresso
Goiano de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em
Terapia Intensiva da Assobrafir), Pernambuco (I Congresso
Nordestino e IV Congresso Pernambucano de Fisioterapia
Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva) e
Bahia (III Jornada Baiana de Fisioterapia Cardiorrespiratória e
Fisioterapia em Terapia Intensiva).
Um abraço a todos
Prof. Dr. Alexandre Simões Dias
Diretor Científico Geral (2010-2012)
Presidente do Evento:
Dra. Adriane Dal Bosco
Comissão Organizadora
Profissionais:
Alexandre Simões Dias; Luiz Alberto Forgiarini Junior
Acadêmicos:
Ana Cláudia Machado Pozza; André Luís Machado Winter;
Bruna Luciano Farias; Bruna Nichele da Rosa
Caroline Darski; Dilon Antônio Schmitt; Fabio Etchichury Neves; Filipe Boeira Schedler
Gabriela Motter; Gabriela Ramires de Oliveira; Isadora Freire; Ivan Lopes Braga
Júlia Seminotti Giaretta; Julia Toledo; Karina Henkel; Lisiane Fernandes da Rosa
Lucas Ruas Prado; Marcelo Fabris Vidal; Márcia Cristina Issa; Marina Petter Rodrigues
Natália Brites dos Santos; Nathalia Leboutte Machado
Rodrigo Morlin; Sarah Hartel; Vanessa Barboza Paiva Costa
Diretora da Regional RS
Adriane Dal Bosco
Coordenadora Científica Regional
Mariane Borba Monteiro
Tesoureira Regional
Luciane Dalcanale Moussalle
Secretária Executiva Regional
Heloísa Meincke Eickoff
Suplente 1
Lizandra Caon Bittencourt
Suplente 2
Marcelo de Melo Rieder
Suplente 3
Ricardo Beidacki
PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA NAS VIAS AÉREAS (EPAP) APLICADA NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES
SUBMETIDOS Á CIRURGIA DE RESSECÇÃO PULMONAR
Aline Antunes Ferreira; Cristiane Brenner Eilert Trevisan; Daiane Turella
Introdução: As ressecções pulmonares em geral não são procedimentos de alta complexidade, porém as
complicações pulmonares pós-operatórias trazem repercussões clínicas ao paciente e prolonga seu tempo
de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), contribuindo significativamente para a morbidade e
mortalidade hospitalar. O pós-operatório imediato é a etapa mais importante tratando de cirurgia torácica,
ocorrendo diminuição da capacidade vital, da capacidade pulmonar total, da complacência pulmonar, da
capacidade residual funcional, entre outras alterações fisiológicas importantes. A utilização de recursos
fisioterapêuticos, tais como a aplicação de pressão positiva expiratória em ventilação espontânea (EPAP),
tem sido amplamente utilizada, com o objetivo de minimizar estas complicações pós-operatórias (CPP).
Objetivos: Avaliar a interferência de um protocolo de fisioterapia com e sem utilização de EPAP na profilaxia
de complicações pós-operatórias de pacientes submetidos á cirurgia de ressecção pulmonar. Quantificar o
grau de dor e os tempos de internação dos pacientes na UTI, na unidade de internação e o tempo total de
internação hospitalar. Métodos: O estudo caracterizou-se por ser um ensaio clinico randomizado onde foram
estudados pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva Adulta do Hospital Universitário ULBRA/
Mãe de Deus em Canoas, em pós-operatório de ressecção pulmonar. A randomização foi realizada através de
sorteio e os pacientes foram divididos em Grupo Controle (GC) que caracterizou o protocolo de fisioterapia
sem a utilização de EPAP e Grupo Experimental (GE), que acrescentava ao protocolo convencional a utilização
do EPAP. Resultados: Entre os 10 pacientes selecionados para o estudo 80% eram do sexo masculino e 20%
do sexo feminino, com idade média de 59,3 anos. O GE não apresentou CPP e o GC apresentou 20% de
atelectasia e 20% enfisema subcutâneo. No GE 20% do grupo relatou grau de dor 6, já no GC foram 40%.
Quanto a permanência na UTI observou-se que no GE o tempo médio de internação foi de 2,8 dias e no GC
3,4 dias. Já na unidade de internação a situação foi inversa, o GE permaneceu mais tempo, desta forma a média
do tempo total de internação hospitalar foi de 5,8 dias para ambos os grupos. Conclusão: No GE não houve
CPP. A média de dor do GE foi menor em relação ao GC. No grupo de pacientes randomizado para terapia
EPAP observou-se um menor tempo de permanência destes na UTI, embora não tenha ocorrido variação no
tempo total de internação hospitalar.
Palavras-chave: cirurgia torácica, complicações pós-operatórias, pressão positiva expiratória nas vias aéreas.
TREINAMENTOCOMESPIRÔMETRODEINCENTIVONOPÓSOPERATÓRIODECIRURGIACARDÍACAFASEAMBULATORIAL
Fernanda Dallazen; Juliara Cristina Werner Lorenzoni; PollyanaWindmöller; ElianeRoseli Winkelmann.
UNIJUÍ, Ijuí, Rio Grande do Sul.
Introdução: A cirurgia cardíaca pode ser definida como processo de restauração e restituição das capacidades
vitais, pelo qual o paciente busca retorno ao bem-estar do ponto de vista físico, mental e social. Objetivo: Verificar
os efeitos do treinamento com espirômetro de incentivo (EI) a fluxo em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.
Materiais e Métodos: Estudo do tipo clínico de intervenção, onde foram avaliados pacientes submetidos a
cirurgia cardíaca em três momentos (pré operatório, 10 e 60 dias pós operatório) nos teste de caminhada
em seis minutos (TC6min), força muscular inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx), cirtometriatorácica e
qualidade de vida (QV) através da aplicação do questionário Whoqol-bref. O treinamento com EI ocorreu a
domicílio diariamente durante 30min.Análise estatística:Utilizou-se o programa SPSS 18.0. A normalidade
foi avaliada através do teste Shapiro-Wilk, as variáveis foram apresentadas em média ± desvio-padrão. Para
comparação entre as avaliações foi utilizado o teste T Student para amostras paramétricas dependentes.
Resultados: A amostra foi composta por 15 pacientes com idade média de 56 ± 12 anos. Comparando o pré
operatória e pós 10 dias, ocorreu uma redução de todas as variáveis analisadas, sendo significativo a distância
percorrida (p=0,009) e a porcentagem do previsto (p=0,007) do TC6min. Porém, ao comparar a avaliação pós
operatório de 10 com 60 dias, todos os resultados foram positivamente significativos, menos a cirtometria
mamilar. Na avaliação pré operatória e pós 60 dias foi observado melhora significativa da PIMax (p=0,029),
PEMax , cmH2O (p=0,011). Na QV, no geral percebemos uma melhora significativa quando comparado o pré
e pós 60 dias (p=0,02), e o pós 10 e 60 dias da cirurgia (p=0,01). Conclusões: O EI foi efetivo na recuperação
no pós operatório de cirurgia cardíaca.
Palavras-chave: perfil em saúde, cirurgia cardíaca, reabilitação.
CORRELAÇÃO ENTRE FORÇA DE PREENSÃO PALMAR E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS COM DPOC
Francini Porcher Andrade; Vanessa Barbosa Paiva Costa; Georgina Rodrigues Morschel; Tilaê Steimentz
Soares; Mariane Borba Monteiro
Centro Universitário Metodista do IPA, Porto Alegre, RS e Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) provoca uma importante redução na
capacidade física de seus portadores, o que contribui para limitações funcionais resultando na redução das
atividades de vida diária e piora na qualidade de vida. Objetivos: Correlacionar a força de preensão palmar
(FPP) bilateralmente com a qualidade de vida em pacientes com DPOC. Materiais e Métodos: Foi realizado
um estudo transversal, com indivíduos de ambos os sexos, portadores de DPOC moderada a grave. Todos
os participantes realizaram o teste de FPP bilateralmente utilizando um dinamômetro de preensão palmar
tipo hand-grip para a avaliação da capacidade muscular periférica e avaliação da qualidade de vida através
do Questionário do Hospital Saint George (SGRQ), onde maior pontuação representa pior qualidade de
vida. Análise Estatística: Foi utilizado o teste de Correlação de Pearson na análise estatística entre a FPP
no lado dominante e a qualidade de vida, e o teste de Correlação de Spearman para análise estatística entre
a FPP no lado não dominante e a qualidade de vida, sendo considerado significativo p<0,05. Resultados:
Foram avaliados 28 indivíduos, sendo 16 do sexo feminino, com média de idade de 62,6±9,3 anos. Todos os
indivíduos relataram ter o membro direito como dominante. Verificou-se uma média de 25,3±16,4 Kgf na
FPP à direita e 21,2±12,3 à esquerda. A pontuação total dos domínios expressos no questionário SGRQ foi de
53,7±23,9%. Não foi observada correlação significativa entre a FFP no lado direito com a qualidade de vida
expressa pelos domínios sintomas (r= -0,05; p= 0,79), atividade (r= -0,25; p= 0,20), impacto (r= -0,14; p=
0,47) e com o escore total do SGRQ (r= -0,14; p= 0,48). Também não foi observada correlação significativa
entre a FPP no lado esquerdo com a qualidade de vida expressa pelos domínios sintomas (r= -0,03; p= 0,71),
atividade (r= -0,19; p= 0,32), impactos (r= 0,08; p= 0,67) e com o escore total do SGRQ (r= -0,55; p= 0,78)
nestes indivíduos. Conclusão: Foi verificada ausência de correlação significativa entre a FPP bilateralmente
com a qualidade de vida nos indivíduos avaliados, ou seja, a perda de força muscular periférica não está
relacionada com a piora na qualidade de vida dos pacientes avaliados.
Palavras-chave: qualidade de vida, DPOC, força muscular.
Apoio Financeiro: FAPERGS, PIBIC - IPA
PERFIL DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDÍACA DE UM HOSPITAL DO VALE DO RIO DOS SINOS
Caroline Colombo; Cíntia Regina Rosa; Paulo Lavaniere de Azevedo Moreno; Sandro Roberto Jacobs da Fonseca
Instituto de Tratamento Cardiovascular- Hospital Municipal de Novo Hamburgo- Novo Hamburgo-RS-Brasil
Introdução: As doenças cardiovasculares estão entre as condições que mais contribuem para morbi-
mortalidade precoce e constituíram a principal causa de morte e incapacidade no ano de 2010, além de
representarem altos custos em assistência médica. A cirurgia cardíaca é realizada quando a probabilidade
de uma vida útil é maior com o tratamento cirúrgico do que com o tratamento clínico, sendo responsável
pela redução da sintomatologia, além de otimizar a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes cardiopatas.
Cirurgias cardiovasculares estão entre os mais comuns procedimentos realizados em hospitais de grande
porte. A cardiopatia isquêmica é determinada pela interação entre fatores genéticos e ambientais, sendo as
mudanças no estilo de vida o principal tratamento para o bom prognóstico da doença. Porém, quando o
paciente evolui para infarto agudo do miocárdio, a cirurgia de revascularização é considerada o melhor recurso
para a prevenção da função cardíaca e restauro do fluxo sanguíneo coronariano. Objetivo: Verificar o perfil
de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca em um hospital do Vale do Rio dos Sinos de julho de 2011 a maio
de 2012. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo quantitativo retrospectivo, em um Hospital do Vale
do Rio do Sinos, referencia em cirurgia cardíaca da região. Análise estatística: Análise estatística descritiva
com média e desvio padrão. Resultados: Foram avaliados 55 pacientes, sendo 64% do sexo masculino e 36%
feminino, com média de idade de 58anos, sendo que 5% apresentavam cardiopatia congênita e 95% pacientes
apresentavam cardiopatia adquiridas, tendo como principais doenças associadas a hipertensão arterial
sistêmica em 73% e diabetes melito em 31%, sendo 55% tabagistas. Conclusão: Evidencia-se que a cirurgias
cardíacas ocorrem com maior incidência numa população do sexo masculino, de maior idade e complexidade
clínica, tabagistas o que levam a cardiopatia isquêmica.
Palavras-chave: cirurgia torácica, doenças cardiovasculares, cardiopatia isquêmica.
ASSOBRAFIR Ciência.
ASSOBRAFIR 20122010
Ciência Dez;3(Supl):25-37
Dez;1(2):11-31
Set;1(1):23-33 | 25
Anais do evento:
IV CONGRESSO GOIANO DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM
TERAPIA INTENSIVA DA ASSOBRAFIR
Comissão Organizadora
Dr. Erikson Custódio Alcântara (Diretor Presidente Regional)
Dra. Elizabeth Rodrigues de Morais (Diretora Científica Regional)
Dra. Patrícia Resende Nogueira (Tesoureira Regional)
Comissão Científica
Dra. Krislainy de Sousa Corrêa
Dr. Erikson Custódio Alcântara
Dra. Elizabeth Rodrigues de Morais
Dra. Priscila Valverde de Oliveira Vitorino
ASSOBRAFIR Ciência.
ASSOBRAFIR 20122010
Ciência Dez;3(Supl):39-87
Set;1(1):35-46 | 39
Anais do Evento:
I Congresso Nordestino e IV Congresso Pernambucano de
Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia
Intensiva (I CONEFIR e IV COPEFIR)
Presidente do Evento:
Dr. Silano Souto Mendes Barros
AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS DE RECÉM-NASCIDOS DE BAIXO PESO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DO
MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB
Carla Taciana dos Santos Fernandes1; Kamylla Kellen Santos Barroso2; Renata Cavalcanti Farias1; Izabel
Ricaelle Argentino Silva1; Rafaela Fernandes Chaves1; Roberta Medeiros Vasconcelos Oliveira1
1
Universidade Estadual da Paraíba; 2 União de Ensino Superior de Campina Grande – Unesc
Introdução: Deve-se está atenta aos sinais vitais do Recém- Nascidos, detectando sinais ou sintomas de
hipotermia e hipertermia, sopros cardíacos, tiragens, estridores ou gemidos. A avaliação dos sinais vitais
deverá ser executada sempre que as condições do recém-nascido (RN) exigir. Para RN, são considerados
normais os seguintes parâmetros: Frequência Cardíaca (FC)= 120-160 bpm; Frequência Respiratória (FR) =
40-60 irpm; Temperatura Axilar de 36º a 37º e Saturação de oxigênio acima de 95%. Objetivo: avaliar os sinais
vitais de recém-nascidos de baixo peso. Métodos: pesquisa do tipo documental, descritiva e quantitativa,
realizada com RN de baixo peso, em uma maternidade pública do município de Campina Grande no período
de maio de 2010. Resultados: A amostra foi composta por 27 RN de baixo peso e de ambos os gêneros, sendo
51,85% do sexo feminino, e 48,15% masculino. Foram colhidos parâmetros de FC do RN a qual manteve-se
predominantemente entre 141 a 160 bpm (51,85%); 44,45% apresentaram de 121 a 140 bpm e apenas 3,70%
apresentaram bradicárdicos, com FC oscilando de 101 a 120 bpm. A Frequência respiratoria (FR), demonstra
predominância (62,96%) entre 40 a 50 irpm; 51 a 60 irpm aparecem em 18,52%, estando essas dentro da
faixa de normalidade; no entanto 14,82% apresentaram FR > 61 irpm (Taquipnéia) e 3,70%, apenas, inferior
a 40 irpm (bradipnéia). Os níveis de Saturação de oxigênio do RN encontrados estavam em sua maioria
(74,08%) oscilando acima de 96%; apenas 18,52% e 7,40% apresentaram índices de dessaturação de oxigênio,
entre 91 – 95% e <90%, respectivamente. Observou-se que 74,08% dos RN apresentaram-se com temperatura
axilar inferior a 36°; 22,22% entre 36°,1 a 37°c e 3,70% entre 37,1 a 38°c. Conclusão: Embora saibamos as
complicações inerentes ao RN baixo peso, no presente estudo encontramos que os mesmos apresentaram boa
evolução e bons parâmetros de sinais vitais.
Palavras-chave: recém-nascidos, baixo peso, sinais vitais.
PERCEPÇÃO DAS MÃES DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL SOBRE OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA NA VIDA DE SEUS FILHOS *
Amália Catarina Agra, Ana Carolina de Paula Santos, Clarissa Cotrim dos Anjos, Mariana Quintiliano
Wanderley, Patrícia Maria Malta da Costa, Rafaella Lira dos Santos, Renata de Oliveira Araújo, Thaís de
França Reis Gomes.
Centro Universitário Cesmac
Introdução: Os distúrbios do tônus, da postura e do movimento da criança com paralisia cerebral influenciam
direta e indiretamente no sistema respiratório. Essas crianças são mais facilmente sujeitas a desenvolverem
pneumonias e afecções de vias aéreas superiores, apresentando um maior gasto energético durante a ventilação,
o que as limita para realização das atividades diárias, sendo, portanto a realização da Fisioterapia Respiratória
de extrema importância para o tratamento das mesmas. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo verificar
a percepção das mães de crianças com paralisia cerebral sobre os efeitos da fisioterapia respiratória em seus
filhos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com características qualitativas utilizando a técnica de
análise do discurso do sujeito coletivo. Participaram da pesquisa mães de crianças com paralisia cerebral
que realizassem fisioterapia respiratória há pelo menos 6 meses em uma instituição filantrópica de Maceió/
Alagoas. Utilizaram-se como critérios de inclusão os seguintes: mães de crianças com paralisia cerebral, que
realizassem tratamento de fisioterapia respiratória há pelo menos 6 meses na instituição. Para a análise do
discurso foram utilizadas perguntas direcionadas as mães sobre o “Objetivo da fisioterapia respiratória”;
“O que a fisioterapia respiratória faz” e “Importância da integração da fisioterapia respiratória na equipe
interdisciplinar”. Resultados: Participaram da pesquisa 30 mães de crianças com paralisia cerebral cuja idade
variou entre um ano e quatro meses a 18 anos de vida. As ideias centrais apresentadas foram: “Melhorar o
pulmão da criança”; “Tirar secreção”; “É muito importante na vida das crianças especiais”. Conclusão: Na
percepção das mães das crianças com paralisia cerebral deste estudo, verificou-se que a fisioterapia respiratória
pode trazer inúmeros benefícios tais como: redução do quadro de hipersecreção, diminuição de recorrência
de patologias do trato respiratório, melhora dos sintomas respiratórios e que é de extrema importância para o
acompanhamento reabilitacional.
Palavras-chave: paralisia cerebral, fisioterapia (especialidade), análise qualitativa.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA QUE UTILIZARAM
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO-INVASIVA EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Dayanna Cristiny Souza de Castro; Andreá Carla Brandão da Costa Santos
Introdução: A Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) é a doença de maior incidência em indivíduos
internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), correspondendo à incapacidade do sistema respiratório
em manter a troca gasosa adequada. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos pacientes com IRpA
que utilizaram Ventilação Mecânica Não-invasiva (VMNI) em uma UTI. Métodos: Estudo documental,
retrospectivo e quantitativo, realizado com base na análise de prontuários dos pacientes internados na UTI
do Hospital Municipal Santa Isabel do Município de João Pessoa, no período de outubro de 2010 a outubro
de 2011. A amostra foi composta por 10 prontuários. Resultados: Mostraram uma idade média de 62,8 ± 16,9
anos, um tempo de internação de média 22,6 ± 14,6 dias e um percentual do óbito de 60%. Entre as doenças
associadas foram encontradas a Hipertensão Arterial Sistêmica, a Diabetes Mellitus e a Insuficiência Cardíaca
Congestiva. Em relação ao local de dano para o desenvolvimento da IRpA, as causas intrapulmonares tiveram
maior incidência. A dispnéia e o uso da musculatura acessória foram os sinais e sintomas mais encontrados,
totalizando 80%. No que se refere aos dados gasométricos, 50% apresentaram distúrbio hipoxêmico, e 50%
hipercápnico. Conclusão: Foi possível traçar parcialmente o perfil epidemiológico dos pacientes, sendo
necessário um tempo maior para a coleta dos dados, bem como uma amostra maior a fim de que obtivéssemos
o perfil real dos mesmos.
Palavras-chave: insuficiência respiratória aguda, ventilação mecânica não-invasiva, Unidade de Terapia
Intensiva.
Medidas Dos Níveis de Pressão do Balonete em Centro de Terapia Intensiva (CTI) Adulto:
Campo Grande - MS
Alessandra Fernandes Druzian; Henrique Ramos Mariani; Kátia Emy Onoda; Nathália Santos Braga;
Matheus Pereira do Prado; Thomas Shunssuke Towata; Valdeir Aparecido Vanderlei Lopes; Leila Simone
Foerster Merey
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Introdução: A Ventilação Mecânica Invasiva é comum nos CTI’s, assim como o “cuff ”, responsável por selar
a via aérea. A pressão intra-cuff deve ser suficientemente baixa, permitindo a perfusão da mucosa, mas
suficientemente alta para prevenir escape de ar e broncoaspiração. Segundo o Consenso Brasileiro de Ventilação
Mecânica, a pressão intra-cuff deve manter-se entre 20 e 34 cmH2O ou 12 e 25 mmHg sendo monitorada
diariamente, de 12 em 12 horas ou três vezes por dia. Objetivos: Verificar e ajustar o nível pressórico do
cuff em pacientes ventilados mecanicamente internados no CTI Adulto. Métodos: As mensurações foram
realizadas pelos acadêmicos de Fisioterapia em pacientes internados no CTI Adulto do Hospital Universitário
(HU) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), durante oito dias, no período matutino.
Utilizou-se o aparelho manual “cuffômetro”, marca VBM, modelo CE 0123, com graduação de 0 a 120 cmH2O.
Resultados: A amostra foi composta por 9 pacientes, sendo 6 mulheres (66,6%) e 3 homens (33,3%); foram
realizadas 55 mensurações, sendo que 24 delas acusaram pressão superior a ideal (média de 78,83 cmH2O), 17
normais (média de 25 cmH2O) e 14 abaixo da normal (média de 13,85 cmH2O). Em 50 pacientes ajustou-se a
pressão (média de 33,12 cmH2O) sendo que em 12, o ajuste foi superior ao normativo. Conclusão: Sugere-se a
vigilância das pressões do balonete através de uma rotina de mensurações matutinas, vespertinas e noturnas,
como meio profilático, prevenindo possíveis complicações pressóricas do balão traqueal.
Palavras-chave: ventilação mecânica invasiva, cuff, pressão intra-cuff.
Introdução: A doença renal crônica (DRC) é caracterizada por uma lesão que leva a uma perda lenta,
progressiva e irreversível da função renal desencadeando uma síndrome metabólica, que leva a uma espiral
progressiva de descondicionamento físico e perda da qualidade de vida. Ela se classifica em fases de acordo com
capacidade residual funcionante do rim, a fase pré-dialítica e a fase terminal, onde se faz necessário a terapia
dialítica através de hemodiálise ou diálise peritoneal. Atualmente o Transplante (Tx) Renal é o tratamento
mais adequado para a DRC. Existem dois tipos de doares no Tx renal: o doador vivo e o doador cadáver.
Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a função pulmonar e força muscular respiratória pré e pós Tx
renal, a fim de elaborar um plano de tratamento fisioterapêutico no que tange as principais limitações desses
pacientes. Métodos: Os pacientes foram abordados no pré operatório na Unidade Geral de Transplante (UGT)
e submetidos a avaliação respiratória com prova de função pulmonar (VEF1, CVF, PFE, VEF1/CVF e CVL) e
força muscular respiratória (PiMáx e PeMáx). No 1º DPO e 4° DPO, foram coletadas as variáveis cirúrgicas e
reavaliadas as variáveis de função pulmonar e força muscular respiratória. Resultados: Quanto aos valores de
função pulmonar e força muscular respiratória, verificou-se diferença estatisticamente significativa na PiMáx,
PeMáx, CVF, VEF1, PFE E CVL, comparando-se o pré com o 1º DPO. Constatou-se ainda uma melhor função
pulmonar no paciente receptor de doador vivo, que com doador cadáver, contudo, na comparação da força
muscular não houve diferença. Conclusão: Conclui-se que apesar de ser uma cirurgia abdominal baixa, o Tx
renal também acarreta em quedas importantes na função pulmonar (CVF, VEF1 e PFE e CVL) e força da
musculatura respiratória (PiMáx e PeMáx), e que tais valores foram mais evidentes em receptores de doadores
cadavéricos do que em receptores de doadores vivos.
Palavras-chave: espirometria, transplante de rim, fisioterapia.
Presidente do Evento:
Marcelo Dourado Costa
Informações Gerais