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Material Teórico
Revisão dos Conceitos Fundamentais sobre Linhas Elétricas
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Revisão dos Conceitos Fundamentais
sobre Linhas Elétricas
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender os conceitos fundamentais sobre linhas elétricas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
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em pilotis, o ponto de entrada pode ser considerado como o ponto em que a
linha penetra no compartimento de acesso à edificação – hall de entrada;
Pilotis: é o sistema construtivo em que uma edificação é sustentada por meio de espécie de
Explor
Das três últimas notas, vale destacar a terceira, na qual representa uma alteração
significativa na interpretação referente à diferença entre os termos Tomada de Uso
Geral (TUG) e “Ponto” de Tomada de Uso Geral (PTUG).
TUG era e ainda é utilizada no dia a dia, pois além de criada na edição anterior
da revisão da Norma, em 2004, não se pode dizer que está errada, dado que real-
mente é uma tomada de uso geral.
Entretanto, após a publicação da Norma vigente, desde 2004, torna-se mais
adequado a utilização da sigla PTUG, ou seja, Ponto de Tomada de Uso Geral,
exatamente por permitir que um mesmo ponto de utilização possa alimentar um
ou mais equipamentos de utilização. Isso, a princípio, pode não parecer tão signi-
ficativo, mas é.
Para ilustrar, basta lembrar que, antes da alteração, a Norma orientava quando
da definição de quantidade mínima de tomadas a serem previstas em uma sala com
19 metros de perímetro, por exemplo, e aplicando a regra de prever 1 tomada a
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cada 5 metros, ou fração de perímetro, o resultado era que quatro tomadas aten-
diam o mínimo que a norma estabelecia. No entanto, é senso comum saber que
quatro tomadas nos dias atuais para uma sala não são suficientes. Por isso, a altera-
ção para pontos de tomadas é significativa, pois apesar de numericamente a regra
continuar definindo quatro, agora são quatro pontos de tomadas de uso geral e em
cada ponto podendo ser instalados até três tomadas em caixas 4” × 2”, ou até seis
tomadas em caixas 4” × 4”, tudo com a mesma fiação devidamente dimensionada.
A última edição da Norma de instalações elétricas de baixa tensão (ABNT NBR 5410:2004)
Explor
passa por revisão. Enquanto não é finalizada vale a última publicação de 2004. No entanto,
para aqueles que desejarem saber quais os pontos de discussão tratados, a sugestão é aces-
sar as publicações disponíveis na Revista de Normas, com autoria do engenheiro Eduardo
Daniel e disponíveis em: https://bit.ly/2Hj76Nz e https://bit.ly/2IMRAM2
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Fios, Cabos Unipolares
e Condutores Isolados
Em complemento às características apresentadas até o momento referentes às
linhas elétricas, uma das partes integrantes são os condutores. Com o intuito de
organizar e reforçar as definições sobre os tipos de condutores existentes, estudare-
mos os principais. Tamietti (2001) apresenta as seguintes definições:
• Fio: é o condutor de seção transversal uniforme – em maior parte cilíndrica –,
maciço e com certa flexibilidade;
• Condutor encordoado: é o conjunto de fios enfeixados helicoidalmente, ou
seja, condutores mais flexíveis que os fios;
• Cabo: é o condutor encordoado por um conjunto de fios encordoados, isola-
dos ou não, entre si;
• Condutor isolado: é o fio ou cabo constituído apenas de isolação (a e b);
• É comum sobrepor à camada de isolação outra especialmente resistente à abra-
são, denominada cobertura (c e d). Denomina-se cabo unipolar aquele consti-
tuído por um único condutor isolado e dotado, no mínimo, de cobertura (c);
• Por fim, cabo multipolar é aquele constituído por dois ou mais condutores iso-
lados e dotado, no mínimo, de cobertura (d).
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Seção Nominal
Os condutores são caracterizados pela seção nominal S, em mm². Ao contrário do
que possa parecer, S não se refere à área transversal do condutor, mas sim ao enqua-
dramento do condutor à série métrica de valores padrões de resistência elétrica.
Esta série, estabelecida pela IEC – International Tabela 3 – Série métrica IEC
Electrotechnical Comission – atribui um valor de
Seção Nominal [mm2]
S para a resistência elétrica máxima que conduto-
0,5 70
res, com um quilômetro de comprimento e a 20°
0,75 95
C, podem apresentar. A Tabela 3 mostra a série
1 120
métrica IEC:
1,5 150
Para melhor entendimento de que a seção nominal 2,5 185
S não é exatamente a área do condutor, veja o exem- 4 240
plo a seguir: 6 300
10 400
Para um fio isolado de 4,0 mm² de seção nominal, 16 500
a Tabela 4 indica que o diâmetro nominal do condutor 25 630
é igual a 2,2 mm. 35 800
Desse modo, o valor da área transversal da seção 50 1000
Fonte: adaptada de Tamietti (2001, p. 11)
metálica do condutor fica:
x D 2 x 2, 22
As As 3, 80 mm²
4 4
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Resistência dos Condutores
A determinação da resistência elétrica dos condutores utilizados em corrente
alternada é dada pela segunda Lei de Ohm, como segue:
L
R � R
As
• Onde:
» R = Reseistência elétrica (Ω);
» ρ = resistividade mm2/m;
» L = comprimento (m);
» AS = área transversal da seção metálica do condutor (mm2);
» ∆R = aumento da resistência próprio dos circuitos em CA.
.mm²
0, 0172 x 100 m
L m
R 0, 452 ou 452, 6 m
AS 3, 80 mm²
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.mm²
0, 0172 x 100 m
L m
R 0, 430 ou 430 m
Sn 4 mm²
A diferença de 22,63 mΩ neste caso parece não ser tão significativa ao se de-
terminar 100 metros, no entanto, pode-se notar que quanto maior o comprimento
do cabo, maior será o significado, pois maiores serão as perdas causadas pela re-
sistência. Pode-se concluir que para análises mais precisas se faz necessário levar
em consideração a área transversal da seção metálica, enquanto que para um valor
estimado, o uso da seção nominal também é utilizado, como pode ser encontrado
em diversas literaturas.
Na Tabela 5 pode-se verificar, portanto, que o cabo de seção nominal de 4,0 m²,
ao invés dos convertidos 4,52 Ω/km encontrados no primeiro cálculo realizado,
resulta no valor de 5,52 Ω/km e ainda 0,14 Ω/km de reatância indutiva. A Tabela
5 apresenta, assim, o valor considerando o ∆R que, no cálculo apresentado, para
simples comparação, foi desconsiderado.
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Explor
A conversão para 4,52 Ω/km se deu da seguinte forma:
O valor encontrado de 0,452 Ω foi para cada 100 metros de cabo. Assim, dividindo por 100,
encontra-se por metro 4,52 m Ω/m; e para saber por km, multiplica-se por 1.000, ou seja, 4,52 m
Ω/m × 1000, totalizando 4,52 Ω/km – valor este que não está tão distante, mas difere dos 5,52
Ω/km apresentados na Tabela 5, mas devidamente justificados pelo aumento da resistência ∆R.
Isolação e Isolamento
A isolação – ou material dielétrico, ou material isolante (como é comumente
conhecido) – é aplicada aos condutores para isolar a parte viva, ou seja, energiza-
da, do exterior, reduzindo ou eliminando o risco de choques e curtos-circuitos. Em
baixa tensão, utiliza-se a isolação em PVC – Cloreto de Polivinila –, EPR – borracha
Etileno-Propileno –, ou XLPE – polietileno reticulado.
A isolação em PVC e EPR são os tipos mais comuns e têm as seguintes proprie-
dades específicas:
• Propriedades do PVC:
» Rigidez dielétrica elevada, porém, as perdas dielétricas também são elevadas, prin-
cipalmente acima de 10 kV, o que limita o seu uso a tensões máximas de 6 kV;
» Considerável resistência a agentes químicos e à água;
» Boa resistência à propagação de chama. Entretanto, quando submetido ao
fogo, gera considerável quantidade de fumaça e de gases tóxicos e corrosivos.
• Propriedades do EPR:
» Excelente resistência ao envelhecimento, permitindo a aplicação de altas den-
sidades de corrente;
» Ótima flexibilidade, mesmo em baixas temperaturas;
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Importante! Importante!
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Como pode ser observado, o EPR tem capacidade superior ao PVC, ou seja, o
EPR propicia maior capacidade de condução de corrente ao condutor, pois permite
atingir maiores temperaturas.
Para uma suposta corrente elétrica em um circuito elétrico de uma instalação industrial,
Explor
quando se deseja maior flexibilidade, menor seção nominal e maior capacidade em suportar
correntes de sobrecarga e de curto-circuito, qual é a melhor opção?
Analisando a pergunta e o estudo realizado, deu para perceber que, sob os as-
pectos levantados, a resposta é o cabo com isolação em EPR. Porém, vale observar
que em instalações elétricas residenciais ou mesmo partes das industriais na qual a
classe térmica não seja tão relevante, a relação custo-benefício leva à utilização dos
cabos com isolação em PVC.
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Como você pôde perceber, há uma significativa importância na escolha dos condu-
tores corretos para cada tipo de instalação, mas também – e não menos importante –
serão as maneiras de se instalar e proteger esses condutores. Quais seriam os tipos de
condutos utilizados para cada situação? É o que veremos na próxima etapa do estudo.
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Condutos Elétricos
Segundo Tamietti (2001), condutos elétricos, ou simplesmente condutos são as
canalizações utilizadas para proteger e/ou suportar os condutores.
Existem os condutos fabricados, os quais obedecem às normas específicas e atendem,
em grande parte, às instalações elétricas – como podem ser vistas na Figura 3 –, mas
também existem aqueles construídos no local da instalação conforme a necessidade, tais
como as canaletas de alvenaria, ou ainda espaços de construção como os poços, galerias,
pisos técnicos, forros falsos e cavidades internas em elementos de divisórias.
Os condutores necessitam, diversas vezes, da proteção dos condutos. Cabos com
cobertura permitem a instalação do condutor diretamente no solo ou na alvenaria
– nesse caso pode-se dizer que o conduto é a própria cobertura.
Outras vezes, a natureza da construção requer
apenas o uso de suportes para os condutores
em pontos isolados, caso típico dos circuitos de
transmissão e distribuição das concessionárias de
energia elétrica.
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Eletrodutos – Limitações
Quanto a este último aspecto, a NBR 5410 estabelece as seguintes limitações,
aplicáveis a qualquer tipo de eletroduto:
• Sem interposição de caixas de passagem, os trechos contínuos dos eletrodutos
deverão ser limitados a 15 metros. Havendo curvas, o comprimento de 15
metros deverá ser reduzido de 3 metros para cada curva de 90°;
• Quando o trecho referido no tópico I passar por locais onde não seja possível
a interposição de caixas de passagem, o procedimento será:
» Calcular o comprimento máximo que seria permitido pelo tópico I, conside-
rando a quantidade de curvas de 90° existentes;
» Para cada 6 metros ou fração que o comprimento real do trecho exceder ao
calculado em IIi, aumentar o tamanho nominal do eletroduto para um ime-
diatamente acima;
• Em nenhum trecho e em nenhuma circunstância poderão ser utilizadas curvas
com deflexão acima de 90°;
• Em cada trecho de eletroduto entre duas caixas de passagem, a deflexão total
das curvas não poderá exceder 270° – por exemplo, 3 curvas de 90°; 2 curvas
de 90° mais 2 de 45° e outras combinações possíveis;
• Caixas de passagem deverão ser previstas em todos os pontos de entrada e
saída de condutores nos eletrodutos – exceto nos de transição para linha aérea
–, bem como nos de emenda e derivação dos condutores.
A seguinte Figura ilustra três casos que, ao serem analisados quanto às limitações
impostas pela NBR 5410, ao comprimento e à quantidade de curvas existentes em
trechos contínuos de eletrodutos, exigiram que fossem feitas as correções apropriadas:
Figura 5 – Exemplos de correções de trechos de eletrodutos para atender às exigências da NBR 5410
Fonte: adaptada de Tamietti (2001, p. 23)
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Caso 2
Como há uma curva de 90° no trecho, pelo disposto no tópico I, o comprimento
máximo permitido para o eletroduto, ao serem descontados 3 m referentes à curva, é:
10 + 6 = 16m
Observe que, com esta interposição, o comprimento máximo entre duas caixas
com uma curva passa a ser:
4 + 6 = 10m
Caso 3
Representa a situação prevista no tópico II, em que não é possível a interposição
de novas caixas de passagem.
2,80 + 3 + 3 + 3 = 11,80m
11,80 - 6 = 5,80m
5,80 / 6 = 0,97
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Ou seja: 1 aumento.
Supondo que se trate de eletroduto rígido de PVC, então, como o que estava
previsto era de ¾”, pela Tabela 6, aumentando uma vez o tamanho nominal para
o imediatamente acima, leva à adoção de eletroduto de 1”.
Em Síntese Importante!
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Instalações elétricas e o projeto de arquitetura
CARVALHO JUNIOR, R. de. Instalações elétricas e o projeto de arquitetura. 8.
ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2018.
Instalações elétricas industriais
MAMEDE FILHO, J. Instalações elétricas industriais. 7. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2010.
Segurança e higiene do trabalho
ROSSETE, C. A. Segurança e higiene do trabalho. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2015.
Fundamentos de instalações elétricas
SAMED, M. A. S. Fundamentos de instalações elétricas. São Paulo: Saberes, 2017.
NR-12 – segurança em máquinas e equipamentos
SANTOS, J. R. dos; ZANGIROLAMI, J. Z. NR-12 – segurança em máquinas e
equipamentos. [S.l.]: Érica, 2015.
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Referências
COTRIM, A. M. B. Instalações elétricas. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2008.
______. Instalações elétricas. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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