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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
MATERIAL DE APOIO DE
LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO SECUNDÁRIO
Bibliografia ……………………………………………………………………………………………………… 50
TIPOS E
GÉNEROS
TEXTUAIS
A carta
É um texto escrito que permite a correspondência entre dois
interlocutores fisicamente separados.
Estrutura:
- cabeçalho; - assunto;
- endereço; - texto;
- sua referência; - despedida;
Acta
É um texto que relata exaustivamente o teor de uma reunião de
carácter administrativo. É um documento oficial para consultas e verificações
futuras. Exige fidedignidade absoluta, sendo obrigatoriamente aprovado pela
maioria presente na reunião.
Estrutura:
- Indicação e número da acta;
- dados da hora e local da reunião;
- referência a organização da reunião, indicando a presidência e
secretaria;
- indicação das pessoas presentes e ausentes na reunião;
- transcrição da ordem de trabalho;
- reproduzir tudo o que foi decidido e aprovado;
- indicação da hora do término da reunião.
Currículo vitae
É um documento composto por um conjunto de informações pessoais,
académicas e profissionais de uma pessoa, utilizado, sobretudo, em
candidaturas de emprego e apresentação de projectos.
Estrutura
- dados pessoais;
- habilitações literárias;
- formação profissional;
- experiência profissional;
- domínio de línguas;
- contactos e informações adicionais
Relatório
É um texto que apresenta o relato final e completo de um estudo,
investigação, pesquisa ou de uma auditoria. Utiliza-se uma linguagem lógica e
concisa, fornecendo informações que coincidem na tomada de decisões.
Estrutura
- título e autoria;
- preâmbulo ou resumo onde se apresenta a ideia geral;
- introdução;
- corpo do texto;
- conclusões;
- recomendações;
- anexos
Notícia
É uma informação que se reveste no interesse jornalístico, apuração
dos factos. Não deixa marca de comentário nem interpretação, a exactidão é
o seu ponto-chave.
Estrutura
- título principal (manchete) e título auxiliar (subtítulo);
- lide;
- corpo da notícia
Reportagem
É o testemunho directo dos factos. Tem o intuito de informar ao mesmo
tempo que prevê criar uma opinião nos leitores.
Estrutura
- título principal (manchete) e título auxiliar (subtítulo);
- lide;
- corpo da notícia
Entrevista
Trata-se de uma texto marcado pela oralidade produzida pela
interacção entre duas pessoas, ou seja, o entrevistador (responsável por fazer
perguntas) e o entrevistado (quem responde às perguntas).
Estrutura
- escolha do tema;
- elaboração do roteiro;
- título;
- revisão
Debate
É caracterizado por um confronto de opiniões divergentes ou
semelhantes que constitui uma forma de resolução de problemas ou
apreciação de possíveis soluções.
Pode ser:
Tipos de poema
Soneto: forma fixa constituída por duas estrofes com quarto versos e
por duas estrofes com três versos.
Ode: de origem grega, designa um poema entusiástico, de exaltação,
significando o mesmo que “canto”. Estrutura-se, geralmente, em estrofes de
quatro versos. Tem como temática assuntos ligados à natureza.
Hino: poema destinado a glorificar a pátria ou louvar entidades.
Estrutura semelhante à da ode.
Elegia: poema que trata de acontecimentos tristes ou da morte de
alguém.
Sátira: poema que censura os defeitos humanos, evidenciando o
ridículo de determinada situação.
1. Nível fónico
consiste na repetição
intencional de mesmos sons Que, onde o vento a leve, o vai
Aliteração consonânticos em várias levar.
palavras seguidas, ou em sílabas
da mesma palavra.
consiste na imitação dos ruídos Sino de Belém bate bem-bem-bem
Onomatopeia da natureza, de animais, Sino da paixão bate bão-bão-bão
pessoas ou de objectos
2. Nível morfossintáctico
consiste na repetição de uma
Anáfora palavra ou expressão no início Sem ti, tudo me enjoa e aborrece
de verso ou frases sucessivas Sem ti, nada sou
consiste na inversão da ordem “Minh’alma, de sonhar-te, anda
Anástrofe natural dos elementos na frase perdida.”
Intencionalidade do autor:
Moralizadora – distinguir o bem e o mal;
Lúdica – entretenimento, diversão, risos;
Crítica – em relação à sociedade do seu tempo;
Didáctica – transmitir um ensinamento.
Texto Descritivo
Tipos de Descrição
Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em:
Descrição Subjectiva: apresenta as descrições de algo, todavia,
evidencia as impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. Exemplos são
nos textos literários repletos de impressões dos autores.
Descrição Objectiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma
exacta e realista as características concretas e físicas de algo, sem atribuir
juízo de valor, ou impressões subjectivas do emissor. Exemplos de descrições
objetivação os retratos falados, manuais de instruções, verbetes de
dicionários e enciclopédias.
CLASSES
DE
PALAVRA
• Invariáveis:
1.Advérbio;
2.Preposição;
3.Conjunção;
4.Interjeição.
Sintaxe
A palavra Sintaxe é de origem grega e significa o estudo das funções
que as palavras, numa perspectiva genérica, desempenham na frase.
Se a Morfologia se ocupa dos morfemas e dos seus arranjos na formação
das palavras, à Sintaxe vai interessar a combinação das palavras, na frase,
com a finalidade de expressar um juízo. Para esta parte da gramática, as
palavras-chave são frase e construção.
Grau
Grau normal Grau aumentativo Grau diminutivo
rapaz rapagão rapazinho/rapazito
boca bocarra boquinha/boquita
casa casarão casinha
mulher mulherona mulherzinha
Género
Grau
Grau Exemplo
Normal O Pedro é inteligente.
Artigos são palavras variáveis que se juntam aos substantivos para lhes
particularizar o sentido.
Modos
São cinco os modos verbais: indicativo, condicional, imperativo,
conjuntivo e infinitivo.
Indicativo – apresenta como positivas e reais a acção, estado ou
qualidade expressas pelo verbo.
Conjuntivo – apresenta, sob a forma de desejo, concepção ou
possibilidade, a acção, estado ou qualidade expressa pelo verbo.
Condicional – apresenta como dependentes de condições a acção,
estado ou qualidade expressa pelo verbo.
Imperativo – exprime pedido, ordem, exortação, desejo.
Infinitivo – não determina, nem número, nem pessoa.
Tempos
Tempos – são as formas que servem para exprimir a época em que se
dá a acção.
São três os tempos principais:
Presente – indica que a acção tem lugar na ocasião em que se
comunica.
Pretérito – indica que a acção teve lugar numa ocasião que já passou.
Futuro – indica que a acção há-de ter lugar em ocasião que ainda não
chegou.
São dois os números: singular e plural.
São três as pessoas: primeira, segunda e terceira.
BLOCO
GRAMATICAL
Ponto (.) - é usado no fim da frase ou oração para indicar uma pausa no
discurso.
Ex: O Filipe saiu.
- para separar o vocativo (todo e qualquer nome que usamos para tratar
ou chamar alguém).
Ex: João, o filme estava óptimo.
Ponto e vírgula (;) – marca uma pausa mais longa. Não é equivalente ao
ponto, pois não termina a frase. Usa-se minúscula depois do ponto e vírgula.
Ex: Por um lado, o João queria sair; por outro, a Maria não tinha ainda
telefonado.
Derivação
Composição
Formas de frase
Forma afirmativa - exprime uma afirmação.
Ex: O João joga a bola.
Pode ser:
Pode ser:
Voz reflexiva – quando o sujeito sofre a acção pratica por ele mesmo.
Ex: O José feriu-se.
Denotação e conotação.
Semivogais
As semivogais são os fonemas /i/ e /u/ quando, colocados ao lado de
uma vogal, não formam o centro de uma sílaba.
Exemplos:
em pito e viu, o /i/ é vogal
em dói e Mário, é semivogal
em duro e rui, o /u/ é vogal
em céu e ouvido, é semivogal
Encontros vocálicos
Os encontros vocálicos destacados acima são, respectivamente:
tritongo, ditongo, hiato e hiato.
Ditongo
Ditongo é o encontro de uma vogal com uma semivogal
ou vice-versa.
Exemplos: musicalização (vogal + semivogal)
comércio (semivogal + vogal)
O ditongo pode ser:
a) crescente : formado por semivogal + vogal.
Exs.: qual, qua dro, lingüi ça
Pronominalização
2- Quando a forma verbal terminar em –r, -z, -s, são substiuídos por –lo(s), -
la(s).
Ex: O Mateus faz a massa.
O Mateus fá-la.
Função Conectores
e; além disso; não só...mas também; depois; finalmente;
seguidamente; em primeiro lugar; em seguida; por um
Adicionar lado...por outro; adicionalmente; ainda; do mesmo modo;
pela mesma razão; igualmente; também; de novo;...
logo; pois; assim; por isso; por conseguinte; portanto; enfim;
Concluir / SIntetizar em conclusão; concluindo; em suma;
especificamente; nomeadamente; por exemplo; em
Particularizar particular;...
pois; porque; porquanto; por causa de; uma vez que;
especificamente; nomeadamente; isto é; ou seja; quer
Explicar/Exemplificar dizer; por exemplo; em particular; como se pode ver; é o
caso de; é o que se passa com;...
porém; contrariamente; em vez de; pelo contrário; por
Contrariar / Opor oposição; ainda assim; mesmo assim; apesar de; contudo; no
entanto; por outro lado;...
assim; consequentemente; daí; então; logo; pois; deste
Inferir: modo; portanto; em consequência; por conseguinte; por esta
razão; por isso;..
para; para que; com o intuito de; a fim de; com o objectivo
Fim de;...
se; a menos que; supondo que; admitindo que; salvo se;
Hipótese / Condição excepto;...
do mesmo modo; tal como; assim como; pela mesma
Semelhança: razão;...
por outras palavras; ou melhor; ou seja; em resumo; em
Reafirmar / Resumir suma;...
é evidente que; certamente; decerto; com toda a certeza;
Certeza naturalmente; evidentemente;
como, conforme, também, tanto...quanto, tal como, assim
Comparar como, pela mesma razão;...
mais correctamente; mais precisamente; ou melhor; quer
Substituir/Reformular dizer; dito de outro modo; por outras palavras;...
Dúvida talvez; é provável; é possível; provavelmente; porventura;...
a meu ver; estou em crer que; em nosso entender;
Opinar parece-me que;...
Funções da linguagem
Níveis de língua
Classificação das palavras quanto ao acento tônico
A linguagem é qualquer conjunto de sinais que nos permite realizar
actos de comunicação. Em decorrência do carácter bastante individual da
língua, é necessário destacar algumas modalidades:
Norma culta/padrão: é aquela utilizada em situações formais,
principalmente na escrita – mais planejada e bem elaborada. Caracteriza-se
pela correção da linguagem em diversos aspectos: um cuidado maior com o
vocabulário, obediência às regras estabelecidas pela Gramática, organização
rigorosa das orações e dos períodos, etc.
Linguagem coloquial/informal: é adotada em situações informais ou
familiares. Caracteriza-se pela espontaneidade, já que não existe uma
preocupação com as normas estabelecidas (aceita o uso de gírias e de
palavras não dicionarizadas).
Linguagem técnica: é utilizada por alguns profissionais (policiais,
vendedores, advogados, economistas etc.) no exercício de suas actividades.
Literária (artística): tem finalidade expressiva, como a que é feita
pelos artistas da palavra (poetas e romancistas, por exemplo).
Gírias: são palavras características da linguagem de um grupo social
(jovens), que, por sua expressividade, acabam sendo incorporadas à
linguagem coloquial de outras camadas sociais.
Há crase:
- quando se indica o número de horas:
Ex: Chegamos às doze horas.
Ex: A reunião começará às 09h.
- antes de substantivos ou nomes femininos, quando houver uma
palavra de sentido incompleto que venha seguida da preposição a, mais o
artigo feminino a.
Ex: Vou a (preposição) + a (artigo) escola.
Vou à escola.
Ex: Estou à procura da minha lapiseira.
Ex: Tu deves obedecer às leis do teu país.
Ex: O José entregou o lenço à senhora.
Ex: Vou à comissão de moradores.
Não há crase:
- antes de verbos.
Ex: A Eva está a cantar.
- antes dos vocábulos: cuja, quem, eles, você, esta, essa, minha, vossa
senhoria, vossa excelência.
Ex: Este é o policial a quem devo a minha vida.
Parabéns a você.
- antes de nomes de cidades e da palavra “casa”.
Ex: Amanhã regressarei a Benguela.
Ex: Chegou tarde a casa.
No entanto, se o nome da cidade ou termo “casa” vierem
determinados, ocorrerá crase.
Ex: Amanhã regressarei à Benguela dos meus sonhos.
Ex: Chegou tarde à casa dos seus pais.