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Proposta de Inovação
Material Teórico
Inovação Disruptiva
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Inovação Disruptiva
• Inovação Disruptiva ;
• Gestão da Inovação;
• Estratégia para Inovação;
• Cultura da Inovação;
• Liderança e Inovação;
• As pessoas;
• Estrutura;
• Processos de Inovação.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Vamos avançar nos conceitos de inovação, em especial, a inovação disruptiva.
· Estudar a gestão da inovação e o conceito da cultura da inovação.
· Compreender como avaliar a inovação nas empresas.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Inovação Disruptiva
Inovação Disruptiva
Você se lembra de uma personagem que a Fernanda Montenegro interpretou no
filme Central do Brasil?
A personagem tinha como função, ou profissão, escrever cartas. Ele escrevia cartas
em uma rodoviária para pessoas que não eram alfabetizadas.
A questão não é falar do filme, mas sim da época a que o filme se refere. Era um
período em que envio de cartas era comum, era o meio que aproximavam as pessoas
que moravam distantes umas das outras.
Então imaginem qual é a percepção que os correios tiveram dos e-mails na ocasião?
O envio de cartas simplesmente sumiu.
Esta é a linha que vamos tratar: da evolução dos produtos ou serviços que aos pou-
cos vai moldando o mercado e criando um novo mercado.
Clayton Christensen diz que inovações disruptivas são aquelas que provocam
uma ruptura no antigo modelo de negócios. São inovações que normalmente
favorecem o aparecimento de novos entrantes no mercado.
Para o autor, um exemplo de inovação disruptiva foi a introdução dos Cds no lugar
das fitas K7.
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Vamos diferenciar as inovações incrementais e a inovação disruptiva na fi-
gura abaixo:
Desempenho
s
presa
o pelas em
entad
apres
mpenho
o dese
ria d
melho
Medidas diferentes
o d a
Ritm clientes podem aproveitar
de desempenho
Tempo
Tempo
e n or
s d id
õe sum
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oc o-co
Nã
O destaque está em que a ruptura torna os produtos mais simples e mais acessíveis.
Grandes exemplos estão no mercado de computadores, a IBM possuía aparelhos de
grande porte, atuava com esses modelos de computadores desde os anos 1950 até os
anos 1970, máquinas que custavam milhões para serem compradas e outros milhões
para serem operadas, definitivamente, eram equipamentos para poucos, pois exigia
pessoas altamente qualificadas. Era uma época que, para utilizar um computador, era
necessário levar uma grande quantidade de cartões perfurados até um centro de com-
putadores corporativos e deixar a cargo dos especialistas, que realizavam o trabalho.
Empresas como IBM olhavam de que forma para o mercado? Elas concentravam-se
na produção de computadores maiores e melhores. Isso é inovação incremental, ou
simplesmente melhoria. O mesmo ocorria no setor de telefonia e de automóveis. Até
que surgem pessoas fora desse cenário e propõem algo diferente.
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UNIDADE Inovação Disruptiva
Qual é a vantagem em entrar em segmento que não domina, não é bom como os
concorrentes, mas é simples e barato?
Vejamos um passado recente, linha telefônica. Até a década de 1990, para adquirir
uma linha telefônica, o preço era o de um carro popular. As pessoas a declaravam
como patrimônio. A base estrutural e empresarial era bem diferente da base de hoje.
Muitas pessoas nem cogitavam a hipótese de ter uma linha telefônica, pois os preços
eram astronômicos. Hoje, temos uma infraestrutura diferenciada e as linhas possuem
preços bastante reduzidos.
Isso atrai um público diferente, quem antes não seria um cliente pelo valor de mer-
cado passa a considerar a hipótese, pois os preços caem muito. A competição passa
a ser com base na simplicidade – todos podem usar –, na disponibilidade e na acessi-
bilidade, criando, assim, um novo segmento de consumidores, dentro de um plano de
competitividade inteiramente diferente.
Os mercados que passaram por isso, pelas inovações disruptivas, pouco a pouco
ganham espaço, desbancando as empresas e produtos já estabelecidos.
Exemplos:
Pois bem!
Caso haja um produto, ou serviço, algo que tenha mudado a base de competição
da empresa, faça o relato.
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Em Síntese Importante!
Você vai identificar algum produto em que a base de competição o tenha alterado. Per-
ceba aquele em que o diferencial para atrair novos clientes tenha sido a simplicidade,
facilidade e baixíssimo custo, ou seja, maior acessibilidade.
Gestão da Inovação
Pelo que tratamos de inovação até agora, já vimos que elas não são fruto de acaso,
são antes de tudo resultado de ações estratégicas, num ambiente onde as ideias nascem
e prosperam. Algumas organizações se moldam para promoverem a inovação, de
qualquer natureza, seja de produto, processo, serviço, negócio, ou mesmo organiza-
cional. Uma empresa verdadeiramente inovadora encoraja seus colaboradores a atuar
com autonomia, é comum recompensar as pessoas pelas ideias obtidas, valorizar os
talentos individuais, pois essas são as verdadeiras riquezas, uma vez que desenvolve
e estimula a resiliência diante dos obstáculos. Uma empresa assim tem como meta
prosperar em ambientes turbulentos, reinventar-se na crise e em situações ambíguas,
e tem como parâmetro indispensável buscar um ambiente de valorização das pessoas.
Toda essa prática apontada acima como ferramentas de gestão tem como resultado um
ambiente que responde rapidamente às necessidade externas, propício para desenvolver
novas ideias, aumentar a eficiência da empresa e das equipes, melhorar o atendimento
ao cliente, e gerar maiores lucros por consequência.
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UNIDADE Inovação Disruptiva
Veja o modelo:
ça Estr
an atég
Lider ia
Rela
ding
ciona
Fun
men
Gestão
to
da Inovação
Proc
ura
esso
Cult
Estru s
tura a
Pesso
Cultura da Inovação
A cultura de uma organização é algo abstrato e complexo, é difuso e intangível.
Pode-se dizer que são as normas aceitas naturalmente por todos, suas crenças e valores
comuns que dão forma ao comportamento das pessoas na empresa de forma natural
e automática. Uma empresa tem sua parte física, visível, mas o que dá cara a ela é a
sua cultura, que é percebida, mas não é visível, pois se refere ao comportamento de
cada um e em conjunto. E a cultura da inovação? Como implementar?
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Será que é possível desenvolver a cultura da inovação?
É justamente esse o objetivo desta unidade.
Uma forma de desenvolver essa cultura da inovação é a cúpula da empresa interferir
nos padrões, modificando estruturas e processos. Isso pode favorecer mudanças nas re-
lações entre as pessoas e, principalmente, nos comportamentos individuais e coletivos.
Os conceitos de cultura tratam das ações que a alta cúpula pode empreender para
criar um ambiente que estimule à inovação.
Uma grande referência é a empresa 3M, que é reconhecida por seu caráter inovador,
e tem como prática incentivar que até 15% do tempo dos colaboradores seja dedicado
a projetos de potencial inovador sem que a empresa controle.
Outro exemplo é a Semco – fundada pelo brasileiro Ricardo Senler, é uma
empresa de Engenharia –, que tem como modelo inovador adotar reuniões abertas,
e todas as reuniões ficam disponíveis na Intranet, onde cada executivo e colaborador
podem participar.
É importante é que a empresa entenda que a cultura da organização impacta dire-
tamente no potencial inovador da mesma.
Nesse modelo, o Octógono da Inovação, a dimensão da cultura da empresa trata,
também, do modo como a empresa comunica e estimula as pessoas a correrem riscos
e questionarem os paradigmas existentes nas mais diversas ações.
Qualquer empresa que priorize a tradicional disciplina, a burocrática autoridade e
o trabalho individual como meio de remuneração tende a ter maiores dificuldades em
se transformar numa inovadora potencial, do que uma empresa em que a cultura é
caracterizada por um caminho não convencional de comunicação aberta, trabalho em
equipe e redes informais de relacionamento, pois é isso que gera mais liberdade.
Liderança e Inovação
É fato que inovação se faz com pessoas, mais precisamente pelo comportamento
das pessoas. A cultura da inovação – que, se não existir, deve ser implantada –
quando bem desenvolvida, exige postura de lideranças comprometidas com a questão
da inovação.
A cúpula da empresa é a responsável pela estratégia da organização, pois é ela que
estipula a distribuição dos recursos e estabelece e ou cria as regras competitivas e de
crescimento e a velocidade em que tudo isso vai ocorrer.
Se a alta administração não estiver comprometida com a inovação, ou se o discurso
do novo não for realidade em suas práticas, a inovação não será prioridade em nenhu-
ma área da empresa.
Em qualquer empresa, o desafio da inovação é fazer com que todos os líderes sejam
facilitadores do fluxo das ideias e do conhecimento e transformadores da realidade da
empresa, como algo do cotidiano.
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UNIDADE Inovação Disruptiva
Os líderes de uma organização inovadora devem ser pessoas desafiadoras, que se-
jam capazes e queiram assumir riscos, respaldados pela alta gestão.
As pessoas
A inovação deve ser o ar que uma empresa respira, deve estar nas veias e artérias,
por todos os cantos da empresa. Para isso o papel, principal cabe aos colaboradores,
de todos os níveis.
Para que a cultura da inovação seja realidade, além de preparar as pessoas e fomen-
tar a diversidade, a empresa precisa desenvolver mecanismos de incentivo e reconhe-
cimento para inovação.
Explor
Quando for desenvolver o projeto de pesquisa, deve verificar se essas ações estão presentes
na empresa ou não.
Uma dica é optar por uma abordagem de estímulo e recompensa individuais, en-
quanto outras preferem modelos de maior ênfase no coletivo. Por exemplo, a Ambev
é reconhecida pelo incentivo ao indivíduo, agora, a empresa Boticário acredita que o
bom resultado é sempre fruto de uma construção em equipe. Não há uma regra, mas
deve haver um caminho escolhido pela empresa.
Estrutura
Um modelo de gestão da inovação realmente envolve toda a empresa, falamos
acima das pessoas, e aqui veremos a importância da modelagem estrutural. Pois é
outro aspecto que inibe ou alavanca a inovação. Uma empresa inovadora possui uma
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estrutura que possibilite a criatividade, a interação e a aprendizagem organizacional.
Não podemos dizer que exista uma estrutura única que sirva para todas as organi-
zações. Na verdade, cada uma deve achar a melhor equação entre continuidade e
mudança, entre flexibilidade e rigidez, entre controle e delegação, entre centralização
e descentralização. Que devem ser caminhos escolhidos para dar rapidez para a ca-
pacidade inovadora da empresa.
Uma estrutura organizacional mais plana, com poucos níveis hierárquicos tende a
favorecer as trocas e a comunicação, torna-as mais ágeis, menos burocráticas. Outras
empresas centralizam as atividades de inovação numa área de pesquisa e desenvolvi-
mento (P&D) tendo como responsável alguns dos membros abaixo:
· vice-presidente;
· diretor;
· gerente, ou líder.
Processos de Inovação
Não é muito comum um processo estruturado e formal de gestão da inovação. Esse
modelo é a forma em que a empresa gera novas ideias, como as avalia, avalia e expe-
rimenta, e seleciona em quais investir. Não existe um modelo padrão, mas entender
o que quer com a inovação, como vai tratar e quem vai envolver no processo e com
quais responsabilidades.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Gestão da Inovação
https://youtu.be/yJU9ck6-36g
O que é Inovação?
https://youtu.be/8ARWHPsXLe8
Leitura
Gestão da Inovação e da Criatividade Hoje: Apontes e Reflexões
https://goo.gl/Uu1nyE
Gestão da Inovação em Micro e Pequenas Empresas: Uma análise da Metodologia “Rota da Inovação”
https://goo.gl/MbEFnz
Rota da Inovação: Uma Proposta de Metodologia de Gestão da Inovação
https://goo.gl/tyqfyz
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UNIDADE Inovação Disruptiva
Referências
ALVES, F.; BOMTEMPO, J.; COUTINHO, P. Competências para Inovar na
Indústria Petroquímica Brasileira. Revista Brasileira de Inovação, v. 4, n. 2,
jul/dez de 2005.
HASENCLEVER, L.; TIGRE, P. Estratégias de inovação. Cap. 18. In: KU- PFER,
D.; HASENCLEVER, L. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticas
no Brasil. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2002.
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