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DIVISÃO DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONTROLO FINANCEIRO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMO O


INSTRUMENTO DE EFICÁCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTA – CASO DIRECÇÃO
PROVINCIAL DE SAÚDE TETE (2015- 2017)

Witinesse José Matoque

Tete, Novembro de 2018


Witinesse josé Matoque

CONTROLO FINANCEIRO NA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA COMO O


INSTRUMENTO DE EFICÁCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTA – CASO DIRECÇÃO
PROVINCIAL DE SAÚDE TETE (2015 - 2017)

A Monografia científica a ser apresentado no


Instituto Superior Politécnico de Tete, como um
requisito para a obtenção de grau Académico de
Licenciatura em Contabilidade e Administração
Pública sob orientação da supervisor.

MSc. Almeida Ismael de Alburquerque

Tete, Novembro de 2018


DEDICATORIA
Á minha família, a meu pai José Fulede Matoque e minha mãe Basília Joéro pelo incondicional
amor, pelo empenho em procurar criar melhores condições de vida para os seus filhos e netos
que sempre souberam transmitir o valor da humildade e a importância dos estudos aos seus
filhos, que nunca poupará o esforços físicos, psicológicos nem financeiros para que tal fosse
possível a sua concretização.

I
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, que caminhou comigo até termino dessa jornada académica que me
deu a saúde e sabedoria. Em especial aos meus pais José Fulede Matoque e Basília Joéro por
me conceber com vida, pelo carinho incondicional, amor, compreensão. Aos meus irmãos por
me dar carinho atenção e conforto em todos momentos da minha vida.

Um especial obrigado a todos professores de `todos os níveis, desde primário, secundário e


docentes universitários pelo contributo que me deram para minha formação em especial ao Dr.
Almeida Ismael de Albuquerque, meu supervisor, pela paciência, transmissão de informações
importante acerca do tema e tempo despendo ao longo da elaboração do presente que se
tornasse realidade.

Aos colegas de turma em especial 4ᵒ ano do curso de Licenciatura em Contabilidade e


Administração Publica que sempre caminhamos juntos em todas fases da vida académica, nos
debates, discussões de ideias, contribuições nas aulas teórico e prático e sua amizade.

Por último, a todos meus amigos e familiares que directamente e indirectamente contribuíram
para o sucesso na minha formação que permitiram o desenvolvimento intelectual e adquirir
nova visão sobre a ciência.

Obrigado a todos.

II
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DA HONRA
Eu, Witinesse José Matoque declaro por minha honra que esta monografia é o resultado da
minha investigação, o seu conteúdo é original que o mesmo nunca foi apresentado em nenhuma
instituição de ensino para a obtenção de qualquer grau académico.

Tete, Novembro de 2018

_____________________________________

(Witinesse José Matoque)

III
APROVAÇÃO DO JÚRI

Este trabalho foi aprovado com a classificação de_______________________________ e


expressão numérica de ____ valores, no dia____ de ________________ de 201__, por nós
membros do júri examinador do Instituto Superior Politécnico de Tete.

MEMBROS DO JÚRI

_________________________

(O Presidente)

_________________________

(O Oponente)

_________________________

(O Supervisor)

IV
RESUMO
O presente trabalho teve como tema “Controlo financeiro na Administração Publica como o
instrumento de eficácia na prestação de conta: Caso Direcção provincial de saúde Tete” teve
como principal objectivo analisar o impacto do controlo financeiro na administração pública
como instrumento de eficácia na prestação na Direcção provincial de saúde Tete (DPST), como
o mecanismo para o alcance de bons resultados e dos objectivos estabelecidos na legislação do
Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE). Em que o trabalho teve como
objectivos específicos do geral como Identificar e caracterizar o funcionamento de controlo
financeiro estabelecido na Direcção Provincial de Saúde de Tete e Compreender até que ponto
o controlo financeiro na Direcção Provincial de Saúde de Tete é importante na prestação de
contas do Estado; e relacionar de que maneira o controlo financeiro é importante no processo
de prestação de conta. Nesta sequência, a administração pública deve satisfazer o interesse
público nos termos estabelecidos na Lei, não podendo, em caso algum, proceder à sua
alteração, motivo pelo qual toda a decisão tomada pela administração pública é delimitada,
devendo-se ponderar o âmbito da sua aplicação ao princípio de legalidade, onde a decisão da
administração pública se encontra subordinada à observância das normas e regras previstas na
Lei. Por conseguinte a accountability tornou-se num mecanismo eficaz no aperfeiçoamento dos
serviços públicos, no controlo sobre as administrações públicas e na capacidade do governo
implementar novas políticas públicas mediante a satisfação e as demandas dos cidadãos. Em
relação a hipótese principal levantada, no presente estudo, rejeitou-se H0 e aceitou-se H1 que o
controlo financeiro na administração pública e o instrumento eficaz na prestação de conta.

Palavra-chave: Administração Pública, Controlo Financeiro e Prestação de Conta

V
ABSTRACT
The theme to be addressed is "Financial Control in Public Administration as the instrument of
effectiveness in the provision of account: Case Provincial Health Directorate Tete" has as main
objective to analyze the impact of financial control in public administration as an instrument of
effectiveness in providing in the provincial Directorate Tete (DPST), as the mechanism for the
achievement of good results and the objectives established in the legislation of the State
Financial Administration System (SISTAFE). In which the work will have general auxiliary
objectives such as Identify and characterize the functioning of financial control established in
the Provincial Health Directorate of Tete and Understand to what extent the financial control in
the Provincial Health Directorate of Tete is important in the accountability of the State; and to
relate how financial control is important in the accountability process. In this sequence, the
public administration must fulfill the public interest in the terms established in the Law, and
can not under any circumstances alter it, for which reason all the decision taken by the public
administration is delimited, and the scope of its application of the principle of legality, where
the decision of the public administration is subject to compliance with the rules and rules laid
down in the Act. Accountability has therefore become an effective mechanism for improving
public services, control over public administrations and capacity of the government to
implement new public policies through the satisfaction and demands of citizens.

Keyword: Public Administration, Financial Control and Accountability

VI
LISTA DE ABREVIATURAS
DPST – Direcção provincial de Saúde de Tete

CRM – Constituição da República de Moçambique

SCP - Subsistema de Contabilidade Pública

IFAC – International Federation of Accountants

INTOSAI – International Supreme Institutions of Audit

ISPT – Instituto Superior Politécnico de Tete

SISTAFE – Sistema da Administração Financeira do Estado

PBCP - Plano Básico de Contabilidade Pública

AR – Assembleia da República

TA – Tribunal Administrativo

DNCP – Direcção Nacional de Contabilidade Publica

MAF – Manual de Administração Publica

VII
ÍNDICE
DEDICATORIA...............................................................................................................................I

AGRADECIMENTOS....................................................................................................................II

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DA HONRA..................................................................III

RESUMO........................................................................................................................................V

ABSTRACT..................................................................................................................................VI

LISTA DE ABREVIATURAS....................................................................................................VII

LISTAS DE TABELAS E FIGURAS........................................................................................VIII

LISTA DE GRÁFICOS.................................................................................................................IX

1. Introdução.............................................................................................................................1

1.1. Delimitação Espaço -Temporal............................................................................................2

1.2. Problematização....................................................................................................................2

2. Justificativa..................................................................................................................................3

3. Objectivos....................................................................................................................................4

3.1. Objectivo Geral.....................................................................................................................4

3.2. Objectivos Especifico...........................................................................................................4

4. Relevância do tema......................................................................................................................4

5. Hipóteses......................................................................................................................................5

6. REVISÃO DA LITERATURA...................................................................................................6

6.1. Administração pública..............................................................................................................6

6.1.1. Administração pública/Administração Financeira................................................................7

6.1.2. Administração pública versus Administração privada..........................................................7

6.2. Controlo Financeiro na Administração Pública........................................................................8

6.2.1. O poder legislativo.................................................................................................................8

6.2.2. O poder executivo..................................................................................................................9


6.2.3. O poder judicial.....................................................................................................................9

6.3. Controlo financeiro nos actos da Administração Pública.......................................................11

6.3.1. Os tipos de controlo financeiro............................................................................................12

6.3.1.1. O controlo Interno.............................................................................................................12

6.3.1.1.1. Subsistema de Controlo Interno....................................................................................13

6.3.1.1.2. Princípios e regras específicas......................................................................................13

6.3.1.1.3. Tipo de controlo Interno...............................................................................................14

6.3.1.1.4. Limitações do Controlo Interno....................................................................................15

6.3.2. O controlo externo...............................................................................................................16

6.3.3. Relação entre o Controlo Interno e o Controlo Externo......................................................17

6.4. Prestação de conta ou Accountability e a Responsabilidade na Eficácia...............................17

6.4.1.Tipos de prestação de contas................................................................................................19

6.4.2. Objectivo da prestação de contas.........................................................................................20

6.4.3. Importância da prestação de contas.....................................................................................21

6.4.4. Controlo Interno como Instrumento na Prestação de Contas ao Controlo Externo.............22

6.4.4.1. Impacto do controlo interno no controlo externo.............................................................22

7. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................................25

7.1. Metodologia........................................................................................................................25

7.2. Tipos de pesquisa................................................................................................................25

7.3. Métodos de abordagem.......................................................................................................25

7.4. Métodos de procedimento...................................................................................................25

7.5. Técnica e instrumento de recolha de dados........................................................................26

7.6. Fontes e instrumento de colecta de dados...........................................................................27

7.7. População e amostra e amostragem....................................................................................27

8. ESTUDO DE CASO..................................................................................................................28
8.1. Apresentação da entidade....................................................................................................28

8.2. Missão.................................................................................................................................28

8.3. Visão...................................................................................................................................28

8.4. Princípios orientadores........................................................................................................28

8.5. Estrutura Organizacional.....................................................................................................29

8.6. Apresentação e interpretação dos resultados da pesquisa...................................................29

8.6.1. Dados da entrevista e questionário.................................................................................30

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................38

9.1. Conclusão............................................................................................................................38

9.2. Sugestões.............................................................................................................................39

10. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................40

APÊNDICE....................................................................................................................................43
LISTAS DE TABELAS E FIGURAS
Tabela 1: distinção entre administração pública e Administração privada……………...….…...8

Tabela 4: População e Amostra…………………………………………………..….…..……..27

Figura 1: Estrutura organizacional da DPS.……………………………………………….…...29

LISTA DE GRÁFICOS
VIII
Gráfico 1: Habilitações Académicas ……………………………………………...……..……30

Gráfico 2: As reconciliações bancárias são verificadas por outro funcionário distinto a sua
realização ……………………………………………,,……………………………..…..……31

Gráfico 3: A quanto tempo exerce sua função na DPS …………………………………….…32

Gráfico 4: Na realização de uma despesa a instituição detém documentos administrativos.......32

Gráfico 5: Os mecanismos do controlo interno são bons ……………………………………...33

Gráfico 6: pagamento das facturas é efectuado por funcionário diferente de que efectua o seu
processamento ………………………...………………………………………………...……..34

Gráfico 7: O controlo financeiro realizado pela instituição é eficaz na prestação de conta


….................................................................................................................................................35

Gráfico 8: Como actua o sector do controlo interno nos procedimentos financeiro da entidade
…………………………………………………………………………….……………...….....36

Gráfico 9: Elabora-se informações de tipo contabilístico e financeiro que auxilia a prestação de


conta ……………………………………………………………………………….……....…..37

IX
1. Introdução
A presente monografia científica com tema de Controlo Financeiro na Administração Pública
como Instrumento de Eficácia na Prestação de Conta: estudo de caso Direcção Provincial de
Saúde de Tete. O Controlo Financeiro na Administração Pública é uma questão sempre
presente nas discussões quer dos agentes económicos, dos gestores públicos e dos estudiosos do
controlo financeiro.

Todas as entidades que funcionem com o objectivo de interesse colectivo na sociedade,


precisam de ser inseridas num determinado sistema organizado de controlar os procedimentos
que usam para chegar a tais objectivos com a economicidade, eficácia e eficiência.

De acordo com a INTOSAI (2004) sustenta que na administração pública, o cenário não se
distancia, porem, os sistemas de controlo adoptados nos diversos órgãos públicos, ainda estão
distante para atingir os objectivos que os mesmos prosseguem. Prestar contas ou a
Accountability no Estado democrático não é apenas um dever dos cidadãos e governantes, pois
também envolve os cidadãos nas decisões que lhes dizem respeito.

Existem dois tipos de controlo financeiro na administração pública que são: o controlo interno e
o controlo externo mas o trabalho se preocuparam principalmente no controlo interno este
ainda é a área que necessita de ser analisada com muita atenção no nosso estado por isso cada
vez mais procura-se criar pequenos mecanismos por via do SISTAFE

Por sua vez, a eficácia do sistema externo aumentaria sensivelmente se o interno, em tempo
útil, o mantivesse de igual modo informado de ocorrências questionáveis, abusos,
irregularidades e desvios porventura constatados durante a execução dos programas
governamentais.

A monografia apresenta-se com cinco capítulos estruturados da seguinte forma: O primeiro


capítulo, é composto pela introdução, onde é apresentado a formulação do problema,
justificativa do tema, objectivos do tema, hipóteses delimitação do estudo e apresenta-se a
estrutura do trabalho. O segundo capitulo, é composto pelo enquadramento da revisão da
literatura, onde são apresentados conceitos relacionados com controlo financeiro, administração
pública, prestação de conta, e vários aspectos relacionado com a auditoria no sector público. O
0
terceiro capítulo, aborda sobre metodologias usados para fazer este trabalho, que ilustra sobe os
tipos de pesquisa, métodos de abordagem, métodos de procedimentos, técnicas e instrumentos
de recolha de dados, técnicas de análise de dados e população e amostragem. O quarto capítulo,
apresenta se o estudo de caso, no qual se aborda a questão de controlo financeiro da
administração pública como instrumento de eficácia para a prestação de conta (2015-2017).
Apresenta, analisa e interpreta todos os dados recolhidos no campo, faz uma breve descrição do
campo de estudo desta pesquisa. O quinto e último capítulo, aborda sobre conclusões e
recomendações e referências bibliográficas que nortearam este trabalho.

1.1. Delimitação Espaço -Temporal

O trabalho tem como enfoque a Direcção provincial da saúde de Tete (2015-2017). A


delimitação do espaço necessariamente por ser este período que o nosso país passa por uma
crise, e o Estado está há procura de forma para fazer o controlo financeiro na administração
pública para adequar a situação económica, e ao constante desvio de fundos públicos. O espaço
a ser estudado é a Direcção Provincial de Saúde de Tete (DPST).

1.2. Problematização

O governo de Moçambique tem feito esforço para melhorar controlo financeiro das instituições
públicas, de modo tenha boa gestão das dotações orçamentais alocado durante um exercício
económico, com a implementação do Sistema Financeiro do Estado SISTAFE. Este novo
sistema dinamizou o controlo de procedimentos de contabilização e controlo das despesas
públicas a partir de 1997. Em que temos um órgão que faz o controlo financeiro designa-se por
Inspecção-geral das finanças assim mesmo existem outras que se subordina desta.

O controle financeiro na Administração Pública pressupõe, a existência de um conjunto de normas


para sua preparação e apresentação aos usuários da informação financeira e existindo instituições
com a missão de supervisionar o cumprimento das normas ou instruções de execução obrigatória
que orientam como deve ser feita a prestação de contas e outra para aprovação num País
democrático.

Muitas instituições moçambicanas, tem havido incoerência de forma como prestam conta, como
controlam as dotações postas a sua disposição, e, bem como a aplicação dos dinheiros públicos. Isto

1
deve-se ao facto de falta de cultura de prestação de contas, falta de princípio de transparência na
gestão da coisa pública e atropelo a legislação aplicável em Moçambique.

Pelo facto dos modelos de prestação de conta tem vindo a ser alterado, precisamente porque são
os cidadãos que através dos impostos financia a actividade pública dai este deve ter acesso as
informações financeiras publicam.

Perante esta realidade coloca-se a seguinte questão: “Qual é o impacto do controlo financeiro
na administração pública como o instrumento eficaz na prestação de conta?”

2. Justificativa
Desde da independência em 1975 que na República de Moçambique vem se operando reformas
politicas, económicas e sociais, num processo que culminou com o lançamento da Estratégia
Global da Reforma do sector público (EGRSP) em 2001. Esta reforma tem em vista orientar as
instituições públicas a melhorar a qualidade de serviços e das respostas do Estado a sociedades
através de adequação do funcionamento das instituições públicas aos desafios internos e
externos que requerem uma cultura virada a integridade, transparência, eficiência e eficácia.

O controlo financeiro tem importância de dar a conhecer o público, aos responsáveis tomadores de
decisão o conhecimento na gestão da coisa pública, no sentido de como está ser efetuada os gastos,
quais são os procedimentos seguidos, os regulamentos e demais dispositivos legais disponibilizados
pelo Estado de modo tornar transparente a administração do dinheiro ou património público.

De acordo com Pessoa (2001). Se inexistir controlos financeiro ou se esses se apresentarem


insatisfatórios ou deficientes, o trabalho do auditor interno e externo, deverá ser o mais amplo
possível, com ênfase em todo processo da execução orçamentária, contabilístico e operacional
de forma a analisar todos os procedimentos.

As informações financeiras produzidas pelos diversos órgãos do ente público, e não só, devem
dotar de uma razoabilidade quanto a sua verdadeira imagem realização das despesas públicas,
pois ajuda ao governo na busca de soluções para eliminar os problemas que afectam o Estado.
A qualidade destas informações é garantida pela implementação de um sistema de
contabilidade de despesas públicas ideal, o que torna indispensável a fiscalização e o

2
acompanhado através de um sistema de controlo interno que, igualmente garanta a eficiência e
a eficácia na concretização dos actos da execução orçamental.

Nos dias de hoje a actuação do controlo financeiro nas instituições públicas em Moçambique é
feito por exigência da Lei e segundo as políticas, procedimentos e princípios estabelecidos na
Lei do SISTAFE, como forma de garantir a conformidade dos actos da execução orçamental e
melhor verificação do bem público de forma eficiente, eficaz e económica das despesas
públicas.

Neste contexto, surge uma profunda incidência dos princípios do controlo interno adoptados
pelas instituições públicas, avaliando, a eficiência e eficácia dos recursos financeiros utilizada e
procurando entender o nível da sua fragilidade com o intuito de dar um contributo para o seu
melhoramento, abrindo desta forma um debate técnico científico, tendo em conta o carácter
sócio económico do interesse público da matéria em análise.

3. Objectivos

3.1. Objectivo Geral


 Analisar o impacto do controlo financeiro na Administração Pública como instrumento
de eficácia na prestação de conta.

3.2. Objectivos Especifico


 Identificar e caracterizar o funcionamento de controlo financeiro estabelecido na
Direcção Provincial de Saúde Tete;
 Descrever os tipos de prestação de conta no sector público;
 Relacionar de que maneira o controlo financeiro é importante no processo de prestação
de conta.

4. Relevância do tema
O aspecto importante que levou a escolha do tema traduz se pelo facto de todas as instituições
públicas, tem como obrigatoriedade a prestação de conta de cada exercício económica, em que
deve ilustrar quais o gasto feito dos recursos públicos afecta. O controlo em princípio deve
partir da necessidade de criação interna da instituição beneficiária da dotação orçamental do

3
Estado, e também as instituições que possa arrecadar suas próprias receitas. Assim pretende se
analisar o controlo financeiro na administração pública como pode melhor a actuação
financeiras das instituições públicas.

Assim, este estudo terá mais relevância pelos resultados que se espera alcançar, como adequar à
estrutura actual, delinear os objectivos e em consequência, conhecer as características dos
relatórios financeiros para uma organização.

5. Hipóteses
 H0: O controlo financeiro na administração pública não é o instrumento eficaz para a
prestação de conta.
 H1: O controlo financeiro na administração pública é o instrumento eficaz para a
prestação de conta.

4
6. REVISÃO DA LITERATURA

6.1. Administração pública


Segundo Caupers (1998: 33-34), a Administração pública pode ser definida em dois sentidos:

“ Em sentido orgânico é constituída pelo conjunto de órgãos, serviços e agentes do


Estado e demais entidades públicas que asseguram, em nome de colectividade, a
satisfação disciplinada, regular e contínua das necessidades colectivas de segurança
cultura e bem-estar”.

“ Em sentido material ou funcional compõe-se do conjunto de acções e operações


desenvolvidas pelos órgãos, serviços e agentes do Estado e demais entidades
públicas e ainda por outras entidades para tanto habilitado por normas do direito
público”

Segundo Marelles (2005:64), Administração pública no sentido formal é o conjunto de órgãos


instituídos para consecução dos objectivos.

Administração pública no sentido material é o conjuntos das funções públicas em geral; em


excepção operacional, é o desempenho sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do
Estado ou por ele assumido em benefício da colectividade.

Por outro lado, Marcello (1968:9), entende que administração pública deve ter em conta que a
ideia de administrar, um património de um Estado, implica manejo de recursos dinheiro, bens e
serviços públicos nos fitos de obter certas finalidades actuais e futuros, assim, nos grupos
sociais onde decorra necessariamente a convivência entre os indivíduos e das famílias, a
povoação, o Estado. Surgem necessidades colectivas, considerando necessidades não apenas as
insuficiências de carácter mas, em geral, todas as relativas a normalização e progresso da vida
social. Marcello Caetano define Administração Publica como sendo:

“O conjunto de decisões e operações mediante as quais o Estado e outras entidades


públicas procuram, dentro das orientações traçadas pela política e directamente ou
mediante estímulo, coordenação e orientação das actividades privadas assegura a
satisfação regular das necessidades colectivas de segurança e bem-estar dos
indivíduos, obtendo e empregando racionalmente para esse efeito os recursos
adequado”, (2000:9)

5
A administração pública é composta pelo Estado e por várias entidades públicas, como
territoriais (autarquias locais), associações públicas, institutos e empresas públicas, Caupers
(1998).

No sentido universal da definição Estado, a administração pública, à luz da acção e


funcionamento administrativo, representa a integralidade das actividades incrementadas por
entidades públicas em todas as categorias (Governo central, regional, Câmaras municipais, etc.)
Garrido (2011).

6.1.1. Administração pública/Administração Financeira


A base da administração pública é o interesse público, traduzido na satisfação das necessidades
colectivas, enquanto a gestão da administração pública é realizada através de regulamentos e de
Leis, exceptuando o seu financiamento, que é baseado no Orçamento do Estado. Assumem
particular importância os seus objectivos, traduzidos no dever de proporcionar o bem-estar da
população, a igualdade, a justiça e a proporcionalidade, não havendo concorrência de acordo
com Madureira e Ferraz, (2010).

Todavia a administração financeira do Estado é constituída por um aglomerado de serviços e


de órgãos, objectivando auxiliar o governo na preparação e execução da política financeira e
global do Estado, em particular nos domínios orçamental, monetário e creditício. Neste caso em
particular, tem a competência de sistematizar as finanças de entidades públicas autónomas e as
relações financeiras do Estado, assim como o dever de fiscalizar ou cuidar de toda a actividade
e gestão financeira das entidades públicas que lhes estão subordinadas.

6.1.2. Administração pública versus Administração privada


Estes conceitos mesmo tendo a sua relação por facto de ser ligado a Administração, mais este
também tem sua distinção a ter em conta na tabela abaixo seguinte:

6
Tabela 1: Distinção entre Administração Pública e Administração Privada

Critérios de distinção Administração Publica Administração Privada


Quanto aos meios Publica definido pela lei geral Particulares
Quanto ao objecto Necessidades colectivas Necessidade individua
Autonomias Financeira eTem autonomia Financeira eNão tem autonomia Administrativa
Administrativo Administrativa mais tem autonomia Financeira
Criação e extensão Através da lei Particular
Fórum Administrativo Tribunais Administrativos Tribunal judicial
Quanto ao fim Interesse público Interesse particular

Fonte: Caupers, João (1998), Direito Administrativo

6.2. Controlo Financeiro na Administração Pública


O controlo financeiro na administração pública faz-se principalmente por três grandes grupos
de poder do Estado que são:

6.2.1. O poder legislativo


O poder legislativo é aquele que faz ou cria as Leis através da Assembleia da República de uma
Assembleia da República legislativa. Estes órgãos de soberania têm o poder de criar Leis e
planos orçamentais, os quais permitem o desenvolvimento económico e social. Nesta acessão, o
n.º 2 do artigo 168ᵒ da Constituição da República Moçambicana, dispõe:

“Compete à Assembleia da República Legislativa central apresentar propostas de


referendo regional, através do qual os cidadãos eleitores recenseados no respectivo
território possam, por decisão do Presidente da República, ser chamados a
pronunciar-se directamente, a título vinculativo, acerca de questões de relevante
interesse específico regional, aplicando-se, com as necessárias adaptações”

7
6.2.2. O poder executivo
O poder executivo é aquele que faz cumprir as Leis, podendo ser realizado através das funções
administrativas. Conquanto, a administração pública tem o poder de executar e fazer cumprir as
Leis que estão estabelecidas. Segundo o autor Di Pietro (2002), a administração tem o objectivo
de planear, direccionar, liderar e executar as Leis que são determinadas pelo poder legislativo.
A administração pública não significa necessariamente o poder executivo, legislativo ou
judiciário. Porém, abrange um conjunto de órgãos e de agentes do Estado no desempenho da
actividade administrativa, onde actua de forma independente, e pode constituir-se, ou não, de
forma distinta dos outros poderes Mazza( 2012).

6.2.3. O poder judicial


O poder judicial é aquele que julga as Leis quando há ilegalidade. Neste sentido, estabelece o
n.º 2 do art.º 228 da Constituição da República Moçambique que “o tribunal Administrativo
controla a legalidade actos administrativo e aplicação de normais regulamentares emitida pela
administração pública bem como a fiscalização da legalidade das despesas públicos bem como
a sua efectivação da responsabilidade pela infracção financeira cabem ao tribunal
administrativo de decidir a responsabilização do acto praticado. Os cidadãos podem apresentar
queixas por acções ou omissões dos poderes públicos ao Provedor de Justiça, que as apreciará
sem poder decisório, dirigindo aos órgãos competentes as recomendações necessárias para
prevenir e reparar injustiças”. Estado e as demais entidades públicas são civilmente
responsáveis, em forma solidária com os titulares dos seus órgãos, funcionários ou agentes, por
acções ou omissões praticadas no exercício das suas funções e por causa desse exercício, de
que resulte violação dos direitos, liberdades e garantias ou prejuízo para outrem.

O poder legislativo e o poder judicial fazem o controlo financeiro externo e o poder executivo
faz o controlo financeiro interno.

Nesta monografia esta intimamente ligado a controlo interno na administração publica é que e
efectuado por poder executivo na perspectiva de entender melhor a cerca do seu contributo na
prestação de conta do Estado

Segundo Franco (1995) explica que:

8
O controlo financeiro se desenvolve assim em paralelo à actividade financeira,
procurando garantir que esta corresponda com interesse público, respeitando regras
e critérios a que está sujeita por Lei e os objectivos que lhe são politicamente
fixados.

Quanto mais complexo a organização social, mais diversificados e complexos são os


mecanismos de controlo financeiro, em razão da própria complexidade e de diversificação da
actividade controlada a cujo nível de qualidade e de organização têm de se elevar. O controlo,
para ser eficiente, há-de ser tão bom como a actividade controlada: nem muito melhor, nem
muito pior.

Segundo Franco (1995), por esta razão, o controlo financeiro avalia a legalidade específica e a
regularidade contabilística, analisando, de igual modo, se as receitas foram cobradas de acordo
com o Orçamento e se as despesas foram devidamente executadas. Para além do mais, também
se analisa a integridade dos valores públicos e a fidelidade dos gestores, com as
correspondentes relações de confiança e responsabilidade.

Como ensina Tavares (1996), “toda a actividade de gestão ou administração exige, para a sua
eficiência e eficácia, um adequado sistema de controlo, podendo mesmo considerar-se
indissociáveis os sistemas de gestão pública e da gestão privada”. O sistema de controlo está
relacionado com a gestão que deve ser desempenhada por órgãos e serviços de fiscalização, de
modo a possibilitar a legalidade estabelecida pela Lei e a dar aos cidadãos e seus representantes
no parlamento o conhecimento de como são administrados os recursos financeiros e
patrimónios públicos, levando ao apuramento de resultados.

Segundo Franco (1995) Relativamente ao objecto, o controlo financeiro pode ser orçamental,
fiscal, e relativamente ao critério, afigura-se de poder jurídico, extra jurídico ou misto. No que
diz respeito aos métodos e procedimentos, diferencia-se dos órgãos ou formas orgânicas,
dinheiros, valores públicos e valores privados Sendo assim, e com base nos argumentos
anteriores, é possível concluir que o controlo financeiro e a ética ou a moralidade financeira
permitem preservar ou dificultar a existência da corrupção e favorecer a recolha de indícios
desta prática, assegurando a legalidade financeira.

9
Segundo Tavares (1996) É também necessário instituir mecanismos que visem garantir a
obediência pela ordem jurídica e que salvaguardem os direitos e interesses definidos, sendo
importante ressalvar que o controlo financeiro serve para verificar se esses actos estão
devidamente aplicados para proporcionar o uso adequado dos dinheiros públicos sempre em
benefício dos interesses públicos.

6.3. Controlo financeiro nos actos da Administração Pública


De acordo com Franco (1995) diz que actividade financeira é a essência para a criação das
finanças públicas, pois traduz se na satisfação das necessidades colectivas do Estado quanto à
protecção do poder executivo e político sobre os bens e serviços. Em que pode ser a existência
de bens e a saída e entrada de dinheiro público para a aquisição de recursos. Os órgãos, meios e
procedimentos são estruturados pelas sociedades, pois destinam se a preservação da obediência
e o respeito aos objectos e critérios estabelecidos por parte daqueles que são encarregues pela
actividade financeira. Assim qualquer função de actividade directa a uma obrigação e dever de
controlo universal, inclusive e financeiro.

De acordo com Franco (1995) diz que as funções e as competências financeiras dos órgãos e
agentes do estado serão exercidos através de práticas de actos de decisão financeiros ou
execução financeira; o poder de legislar e aprovar os orçamentos cabe ao parlamento, enquanto
os governos delimitam as políticas e decisões financeiras a nível das decisões parlamentares e
as decisões subordinadas e a garantia da execução competem às administrações.

De acordo com Gameiro (2004) diz que as elações existentes entre o parlamento, o governo e a
administração pública configuram se numa peculiaridade essencial no funcionamento do
sistema do governo, o poder legislativo aprova Leis e o poder executivo, realiza suas
actividades segundo as Leis aprovada.

D acordos com Lopes (2004) Os actos administrativos constituem uma estatuição autoritária e
são executados por um sujeito de direito administrativo no exercício do uso de poderes
executivos. Estes têm efeitos jurídicos externos positivos ou negativos. Nesse âmbito, a
execução de um acto administrativo deve cumprir as regras de procedimento que demarcam a
actuação administrativa.

10
O processo do controlo financeiro sucede de modo idêntico, em matéria da gestão da actividade
financeira. Nota-se um planeamento de actividade financeira que delineia as receita a serem
cobradas e as despesas feitas a cada ano por meio do Orçamento do Estado. O Orçamento do
Estado é a acção do governo traduzida na elaboração e na aprovação e sua divulgação na
Assembleia da República. Neste caso em particular, e divulgado o Orçamento do Estado, os
órgãos da administração pública executam o respectivo plano realizado pelo governo. No
decorrer da execução do referido plano há fiscalização ou controlo das actividades feitas e
análise dos resultados alcançados para averiguar se foram devidamente cobrados todos os
recebimentos e pagamentos, e se estes observaram os termos do Orçamento do Estado quanto
ao seu financiamento e funcionamento.

6.3.1. Os tipos de controlo financeiro


Existem dois tipos de controlo financeiro que são controlo interno e controlo externo no
presente trabalho tem como foco o controlo interno feito na administração pública no âmbito
financeiro.

6.3.1.1. O controlo Interno


Feito no âmbito de uma organização subordinada por um poder organizacional supremo,
agentes, órgãos ou departamentos especializados, sempre que houver inspecção-geral das
finanças;

O Manual de Auditoria e de procedimento do Tribunal de Conta de Portugal (1999) define o


controlo interno como sendo uma forma de organização que pressupõe a existência de um
plano e de um sistema coordenadas destinado a prevenir a coerência de erros e irregularidades
ou a minimizar as suas consequências e a maximizar o desempenho da entidade no qual se
insere.

Controlo financeiro interno é todos procedimentos levado a cabo pela entidade para
salvaguardar valores monetária que a instituição possui e sua utilização.

11
A Normas de INTOSAI, publicado pela Comissão de Normas de Auditorias, no congresso de
1992, realizado em Washington, no Estado Unido da América, define o controlo interno como
sendo:

“Conjunto dos sistemas de controlo financeiros e de outros tipos que abarcam a


estrutura organizada, os métodos, os procedimentos e auditorias interna assim
estabelecida pela direcção e suas metas corporativas, para ajudar a realizar as
operações das entidade fiscalizada de forma regular, económicas, eficiente e eficaz,
o cumprimento das políticas de gestão, defendendo bens e recursos assegurando que
os registos contabilísticos sejam exactos e completos e produzindo informações
financeiras fiáveis”

6.3.1.1.1. Subsistema de Controlo Interno


O controlo orçamental, enquadra-se nos subsistemas de controlo interno (SCI). Segundo o art.º
64 da lei nº9/2002, o controlo interno tem por objecto:

 Fiscalizar a correcta utilização dos recursos públicos, a exactidão e fidelidade dos dados
contabilísticos;
 Garantir, através da fiscalização, a uniformização da aplicação das regras e métodos
contabilísticos;
 Verificar o cumprimento das normas legais aplicáveis.

6.3.1.1.2. Princípios e regras específicas


Segundo o art.º 65 da lei nº9 de 12 de Fevereiro de 2002 diz que o controlo rege-se pelos
princípios de independência e isenção e ainda pelos princípios e regras das organizações
internacionais aplicáveis. Um bom controlo interno e uma boa gestão de risco são partes
integrantes da boa governação. Para garantir a eficácia do controlo interno, socorre-se de um
conjunto de instrumentos onde se destaca o Agente de Controlo Interno do e- SISTAFE.

12
6.3.1.1.3. Tipo de controlo Interno
Segundo o Attie (2000) os mecanismos de controlo interno se dividem em contabilísticos e
administrativos;

Controlo Interno contabilístico – o qual visa garantir a fiabilidade dos registos, facilitar a
revisão das operações financeiras autorizadas pelos responsáveis e a salvaguarda dos activos.
Compreendem o plano da organização e todos os métodos e procedimentos directamente
relacionados, principalmente com a salvaguarda do património e a fidedignidade dos registos
contabilísticos. Geralmente incluem os seguintes controlos: sistema de autorização e aprovação;
separação das funções de estruturação e elaboração dos relatórios contabilísticos daquelas
ligadas às operações ou custódia dos valores e o controlo físicos sobre estes valores.

Controlo Interno administrativo – que compreende o controlo hierárquico e dos


procedimentos e registos relacionados com o processo de tomada de decisões e, portanto,
planos, políticas e objectivos definidos pelos responsáveis. Compreendem o plano de
organização e todos os métodos e procedimentos que dizem respeito à eficiência operacional e
à decisão política traçada pela administração. Normalmente se relacionam de forma indirecta
aos registos financeiros. Com frequência abrangem análises estatísticas, estudos de tempo e
movimentos, relatórios de desempenho, programa de treinamento e controlo de qualidade.

Segundo Costa (2010) o controlo interno administrativo constitui o ponto de partida para o
controlo interno contabilístico. Isso acontece porque só a partir do planeamento e da
autorização de transacções que se pode efectuar os seus registos e fazer uma fiscalização de
forma apropriada. Ou seja, é após a realização dos factos que não só afecta o controlo do
património, o controlo interno administrativo como o contabilístico encontra-se em todos os
departamentos da entidade.

Apesar de algumas semelhanças entre eles, diferem-se uma da outra em alguns aspectos:
enquanto o controlo interno administrativo busca pela obtenção de resultado eficiente e eficaz,
o controlo interno contabilístico zela apenas na consecução de informações financeiras
credíveis. O controlo interno contabilístico ao contrário do administrativo pode
significativamente afectar os registos e consequentemente as demonstrações financeiras, logo, é

13
preciso ter bastante atenção neste tipo de controlo e ter uma atenção muito especial quer do
auditor interno quer, sobretudo, do auditor externo (Costa, 2010).

Morais e Martins (2007: 31), classifica o controlo interno em cinco tipos, a fim de evitar
ocorrências de erros, a gestão deve implementar os controlos internos adequados, os quais
podem ser:

Preventivo – que servem para impor que os factores indesejáveis ocorrem. São considerados
controlos “a priori”que exprime imediatamente o funcionamento em impedido que
determinadas transacções se processam.

Detectivos – servem para identificar ou corrigir factos indesejáveis, que já tenham ocorrido.

Orientativos – servem para provocar ou encorajar a ocorrência de um facto desejável, isto é


para produzir efeitos positivos.

Correctivos – servem para rectificar problemas identificados

Compensatórios – servem para compensar eventuais fraquezas de controlo em outras áreas da


organização.

6.3.1.1.4. Limitações do Controlo Interno


A implementação e manutenção de um Sistema de Controlo Interno (SCI) funcional é condição
primordial para o apoio ao órgão de gestão e para evitar potenciais perdas para qualquer
organização, mas o facto da existência e funcionamento desse sistema de controlo não significa
que a organização esteja completamente imune a situações adversas, como por exemplo,
ocorrência de irregularidades, entre outras.

A seguir são apresentadas algumas situações que dificultam a implementação e funcionalidade


do SCI:

Falta de interesse por parte do órgão de gestão na manutenção de um bom sistema de controlo;

Dimensão da empresa: há casos em que não é possível limitar as responsabilidades ou funções


das pessoas. A segregação de funções é difícil nas pequenas empresas;

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Relação Custo/Benefício: a adopção e implementação de qualquer sistema de controlo interno
pressupõem que o custo não exceda os benefícios que se esperam obter;

Existência de erros humanos, conluio e fraudes: se as pessoas que trabalham na empresa não
forem razoavelmente competentes e moralmente íntegras, o sistema de controlo interno, por
mais sofisticado que seja, será forçosamente falível;

Transacções pouco usuais: o sistema de controlo interno é concebido tendo em conta a


organização interna e é implementado para transacções correntes. Para operações ocasionais o
controlo interno não encontra resposta para elas;

Utilização de informática: a utilização da informática embora seja útil tem o problema de


acesso aos ficheiros, a posse dos password, a possibilidade de alteração de dados.

6.3.2. O controlo externo


Actua com independência quanto aos órgãos supremos da organização controlada, sendo
efectivado externamente da organização Franco (1995). Surgem, neste caso, o controlo
parlamentar e o controlo jurisdicional Caupers (1998). O controlo externo é feito com
publicidade dos actos, mas as informações são vinculadas pelo sistema de comunicação social.
Para além do mais, antes da tomada de decisão haverá a abertura dos processos, por ser
audiência pública, a intercessão orientadora e crítica dos grupos de interesse público, a acção e
o funcionamento do mercado, apesar da sua relevância elevada sobre o controlo exterior do
sistema administrativo não ser satisfatória para manter a credibilidade em assunto de
responsabilidade na administração pública e autoridade pública (Franco, 1995).

O conceito de controlo externo, que é o principal objecto de estudo, recorre ao Manual de


Controlo Interno da Comunidade de Língua Portuguesa (p.86) que indica que o controlo
externo é realizado por um o organismo independente da entidade controlada.

Controlo financeiro externo é aquele que é realizado por um organismo externo independente
de entidade controlada que fiscaliza as actividades financeiras realizada pela instituição tanto a
de a arrecadação das receitas como também de realização das despesas.

De acordo com SISTAFE O controlo externo é efectuado através de:

15
Controlo prévio – acção que tem por objectivo a verificação, antes da respeitava produção de
efeitos financeiros, se determinados actos e contratos a ela se subordina por forca da Lei, em
que avergoa que estes estão conforme as normais vigentes e seus encargos tem seu devido
cabimento em verba do orçamento.

Controlo sucessivo – Acção de verificação posteriormente a sua realização, se a actividades das


entidades sujeitas a fiscalização se desenvolver de acordo com as Leis em vigor e os objectivos
fixados.

Controlo concomitante – Acção que é efectuado quando a actividade estas a se realizar, isto é,
esta se realizam simultaneamente com a execução operacional das actividades, tem a função de
prevenção de ocorrências de irregularidade e de alocação de recursos inadequados do
respectivo controlo interno.

O controlo externo é efectuado por Tribunal Administrativo (art.ᵒ228, CRM) e a Assembleia da


República. (ART.ᵒ168, CRM).

6.3.3. Relação entre o Controlo Interno e o Controlo Externo


É de se esperar que o Controlo Interno, mediante um fluxo de informações ininterruptas,
viabilize um dos objectos centrais do controlo externo, que é o de acompanhar, de forma
actualizada, a realização das contas públicas. Pela sua própria natureza, o Controlo Interno, nas
suas diversas modalidades, tem condições de realizar esse trabalho, por estar localizado nas
instituições.

Por sua vez, a eficácia do sistema externo aumentaria sensivelmente se o interno, em tempo
útil, o mantivesse de igual modo informado de ocorrências questionáveis, abusos,
irregularidades e desvios porventura constatados durante a execução dos programas
governamentais

6.4. Prestação de conta ou Accountability e a Responsabilidade na Eficácia


segundo Jund (2008), considera que “presta contas qualquer pessoa física ou entidade pública
que utilize, arrecade, guarde, gere ou administre dinheiros, bens e valores públicos, ou pelos
quais responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária”.

16
Todo o aparato institucional e normativo, estabelecido em normas constitucionais e
infraconstitucionais a respeito do controlo, visa a que se conheçam os actos praticados pelos
gestores públicos na utilização dos recursos pertencentes ao povo.

De acordo com Mozzicafreddo (2013: 2) diz que Prestar contas ou a Accountability no Estado
democrático não é apenas um dever dos cidadãos e governantes, pois também envolve os
cidadãos nas decisões que lhes dizem respeito, nomeadamente nos assuntos sobre como é
regido o dinheiro público e o património público Neste sentido, Mozzicafreddo (2003: 3) define
a prestação de contas como:

Obrigação de responder pelos resultados, no sentido do controlo orçamental e


organizacional sobre os actos administrativos, do respeito pela legalidade dos
procedimentos e sobre as consequências da execução das políticas públicas.

O processo de accountability, portanto, é utilizado como meios não apenas de


controlar a utilização dos recursos dos públicos, segundo critérios e processos de
apresentação de contas e de resultados, mas também como maneira de estimular
ganhos e resultados, mas também como maneira de estimular ganhos económicos e
eficiência com respeito aos recursos públicos.

Para Tavares (1996), aquele que desempenha determinadas funções de importância na


sociedade tem a obrigação de justificar essa mesma sociedade, o que fez, como fez, porque fez,
quanto gastou e o que vai fazer a seguir. É por isso que, para além do carácter quantitativo,
prestar contas é analisar e avaliar o trabalho feito, informar o que se conseguiu e explicar onde
se falhou, assumindo as responsabilidades e as consequências, tanto positivas como negativas.
A prestação de contas é sempre realizada pelo Tribunal de Administrativo e pelo poder
legislativo.

O controlo financeiro é desenvolvido de modo equitativo com a actividade financeira,


assegurando o interesse público e obedecendo às regras e critérios explícitos na Lei, tal como
aos objectivos politicamente estabelecidos. Os dinheiros públicos são da responsabilidade de
alguns agentes político-administrativos, os quais são obrigados a prestar contas, as quais devem
ser apresentadas com base na regularidade da actividade financeira.

17
Tavares (1996) sustenta que “O ordenamento jurídico-administrativo e financeiro assenta no
princípio de responsabilidade”. Porquanto, o objectivo da responsabilidade está na liberdade,
traduzida pela razão.

De acordo com Tavares (1996) a liberdade e a responsabilidade são indissociáveis, na medida


em que o homem actua livremente quando é responsável pelos seus actos. Nesses termos, ele
exerce um poder autónomo, sendo que, quanto “maior é a liberdade maior é a
responsabilidade” Deste modo, a actual difusão do método de Accountability traduz-se na
obrigação de responder pelos resultados originários da tradição das organizações privadas e das
instituições simples, apresentando uma teoria como uma solução do problema de
responsabilidade na administração pública.

De acordo com Mozzicalfreddo (2003), a ideia de prestar contas foi transportada pelas
entidades públicas como instrumento de controlo financeiro, tanto do ponto de vista de
Orçamentos dos programas e medidas implementadas, como em torno da relação
custo/beneficio, ou seja, critérios orientados pelos indicadores da eficiência e de controlo
orçamental

6.4.1.Tipos de prestação de contas


A prestação de conta e associado a designação em inglesa de accountability, porem, esta
questão não e pacífica.

Como ilustra Pinho e Sacramento (2009) a ideia contida na palavra accountability


implicitamente a responsabilização pessoal pelos actos praticados e explicitamente a exigente
prontidão para a prestação de contas, seja no âmbito público ou no privado.
E importante frisar que na literatura há menção de pelo menos três tipos de accountability a
saber:

a) Accountability horizontal: e a que ocorre através de mútua fiscalização e controle


existente entre os poderes (os freios e contrapesos), ou entre os órgãos, por meios de
Tribunais de conta ou Administrativos e agências fiscalizadoras – pressupõe uma acção
entre iguais ou autónomas. Esse accountability refere se a transparência das acções da
gestão pública em relação aos agentes que pode fiscaliza-las e puni-las. Amaral (2007).

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Numa outra perspectiva O‛Donnell (1998).O accountability horizontal, que e aquela que se
enquadra neste estudo, pressupõe que existem órgãos próprios de Estado detentoras de poder e
capacidade, legal e de facto para realizar acções, tanto de monitoria de rotina quanto de
imposição de sanções criminais em relação a acções ou emissões ilegais exercidas por outros
órgãos e agentes do Estado.

b) Accountability vertical – ocorre quando os cidadãos controlam os políticos e governos


através de referendo e voto, ou mediante o exercício do controlo social – pressupõe uma
acção entre desiguais. O Accountability vertical refere se a transparências dos gastos em
relação aos eleitores que podem assim fiscaliza-las e puni-las, principalmente através do
voto em eleições livres e justas Amaral (2007).

O Accountability vertical tem carácter político e pode ser considerado um mecanismo de


soberania popular. Incidindo sobre os actos dos políticos e demais agentes públicos. Os
principais mecanismo são o voto e a acção popular, para O’Donnell (2006) Accountability
vertical são os mecanismos institucionais que possibilitam os cidadãos, a sociedade civil exigir
a prestação de conta pelos agentes públicos, sendo as eleições livres e justos o principal.

c) Accountability social (ou societel) que não esta ligado ao cidadão e ao voto, mas ligado
as diversas entidades sociais como associações, sindicatos, ONG‛s, que investiga e
denunciam abusos cometidos, e cobram responsabilização.

Segundo Smulovitz e Peruzzotti (2000) o Accountability social é um mecanismo de controlo


não eleitoral, que utiliza ferramentas institucionais e não institucionais, e envolve múltiplas
associações, movimentos ou media, com vistas a expor erros e falhas do governo, incluir novas
questões na agenda pública ou influenciar as decisões politicas.

6.4.2. Objectivo da prestação de contas


Bezerra, (2005) diz que:

Controlo, actuando para a verificação dos aspectos acima referidos, há-de incidir sobre
diferentes actos da administração, praticados com vistas à realização dos programas,
projectos e metas por ela traçados, assim como para a satisfação de outras obrigações.

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Poderíamos dizer, então, que o controlo compreende, exemplificativamente, os seguintes
objectos:

Por sua vez Jund (2008), diz que, o plano de contas de uma entidade tem como objectivo
atender, de maneira uniforme e sistematizada, ao registo contabilístico dos actos e factos
praticados pela entidade. Desta forma, proporciona maior flexibilidade na gestão e
consolidação dos dados e alcança as necessidades de informações dos usuários.
Sua entrada de informações deve ser flexível de modo a atender aos normativos, gerar
informações necessárias à elaboração de relatórios e demonstrativos e facilitar a tomada de
decisões e a prestação de contas.

6.4.3. Importância da prestação de contas


A prestação de contas ganha maior importância em virtude dessa esfera não dispor de
mecanismos naturais de correcção de desvios, diferentemente do processo que ocorre nas
actividades privadas, onde a “competição” e o “lucro” funcionam como potentes instrumentos
para reduzir desperdícios, melhorar o desempenho e alocar os recursos de forma mais eficiente.
Deste modo, um sistema de controlo interno deve, definir a área a controlar (em termos de
orçamento-programa: a actividade ou projecto); definir em que as informações devem ser
prestadas: um mês, uma semana, definir quem informa quem, ou seja, o nível hierárquico que
deve prestar informações e o que deve recebê-las, analisá-las e providenciar medidas; definir o
que deve ser informado, ou seja, o objectivo de informação.
A prestação de contas é uma maneira de saber se houve desvio inapropriado de fundos e se o
dinheiro atendeu as prioridades que lhe cabiam, por isso que sua acção é tão importante.
O mesmo acontece com uma empresa. Por exemplo, o responsável em administrar o dinheiro
da empresa deve realizar uma prestação de contas ao dono ou aos sócios da companhia para
que os mesmos possam estar cientes da situação da empresa, se o dinheiro foi bem usado, se
houve alguma falta, entre outras questões que podem ser conhecidas através da prestação de
contas.

20
6.4.4. Controlo Interno como Instrumento na Prestação de Contas ao Controlo Externo
A prestação de contas é dever de todos os gestores ou qualquer que faça uso dos recursos
públicos, é inclusive uma imposição da lei, mas se ainda assim o gestor público deixar de fazê-
la estará sujeito à intervenção nos termos dos dispositivos constitucionais.

O sistema de controlo interno é um instrumento de mudança que apoia os Governantes a


prestarem contas dos resultados obtidos, em função da responsabilidade a eles conferida.

Percebe-se que os métodos e procedimentos adoptados pelo controlo interno devem ser
avaliados pelo controle externo para que se possa determinar o nível de confiança e Segurança
das informações fornecidas pelo controlo interno. A cooperação dos órgãos do controle interno
ao controle externo pode apresentar alguns elementos aspectos positivos como: facilidade de
acesso às informações adquiridas pela Experiência na estrutura formal e informal da entidade e
maior rapidez para conseguir as Informações com segurança e fidelidade.

O controlo externo e o controle interno devem funcionar integrados para assegurar uma
fiscalização dos actos da Administração Pública. Portanto, quando bem exercido com seus
mecanismos de acção compreendendo a aplicação das técnicas apropriadas, com adequado
planeamento o sistema de controlo interno revela-se de grande importância para administração
além de ser de grande valor para prestação de contas ao controle externo.

6.4.4.1. Impacto do controlo interno no controlo externo


Para Silva (2004) a relação existente entre o controlo interno e o controlo externo, é de grande
importância, tal como tem sido evidenciado. De facto, torna-se fundamental abordar esta
questão, tendo em conta a influência que o controlo interno e o controlo externo têm no sucesso
de qualquer organização, quer no alcance dos seus objectivos quer na transmissão de uma
imagem verdadeira e credível na utilização das receitas públicas. É importante salientar que, se,
por um lado, o controlo interno tem um papel tão importante, com alguns autores a defenderem
que o sucesso das organizações está intimamente dependente da excelência dos controlos
internos implementados. Por outro lado, ele por si só não é suficiente para validar o trabalho
das organizações, tendo que ser submetido a um controlo externo exercido pelas entidades
reguladoras competentes.

21
De acordo com Rodrigues (2005) em relação à associação entre controlo interno e controlo
externo, são vários os autores que defendem que ambos devem actuar de forma integrada e
congruente, cooperando e interagindo com o intuito de aumentar a eficácia e eficiência das
organizações, diminuindo custos e aumentando a sua confiança e qualidade. As próprias
entidades reguladoras de auditoria defendem, nas suas normas e a cooperação entre controlo
interno e controlo externo.
O controlo interno é considerado por alguns autores como um elemento crucial para o controlo
externo, na medida em que aumenta a confiança da informação contabilística para o controlo
externo, pois a estrutura, a funcionalidade, a competência técnica e o grau de integração do
controlo de uma organização funciona como base para o controlo externo (Filho, Lopes,
Pederneiras, & Ferreira, 2008; Rodrigues, 2005).
Outros autores enfatizam igualmente a necessidade de existir uma congruência entre ambos os
controlos, uma vez que o controlo externo recorre, quase sempre, à informação prestada pelo
controlo interno sendo que um dos objectivos do controlo interno é, precisamente, dar apoio ao
controlo externo (Diniz, Filho, Libonati & Fragoso, 2004).
Por outro lado, do ponto de vista do controlo externo, este é igualmente importante, tendo um
papel de extrema relevância no desenvolvimento e no aperfeiçoamento do controlo interno. e
na verificação do mesmo, aferindo se este está a funcionar e a ser utilizado de forma eficaz e
eficiente, tal como os órgãos de gestão esperam. Deste modo, o controlo externo elabora um
parecer relativamente às condições de legalidade e ecumenicidade dos actos de gestão
colocados em acção através dos sistemas de controlo interno. Dinis et al. (2004).
De facto, a revisão do controlo interno por parte do controlo externo tornou-se um padrão
consagrado na auditoria, porque, apesar do controlo interno ser alvo da responsabilidade dos
órgãos de gestão, a validação da sua existência e do seu funcionamento faz parte do trabalho do
auditor independente Attie (1998). Segundo o mesmo autor, a avaliação do controlo interno
pelo auditor independente auxilia-o no estabelecimento dos procedimentos mais adequados de
auditoria.
De acordo com Diniz et all (2004) Por esta razão, não é difícil perceber que uma maior
interacção e cooperação entre os dois tipos de controlo irão promover uma maior transparência
ao nível da gestão, e uma maior rapidez na detecção de erros e irregularidades, sendo

22
extremamente vantajoso para qualquer organização. Salienta a importância do controlo interno
para a administração pública e para o controlo externo
De acordo com o Tribunal Administrativo Moçambicano (2004) defende que controlo interno e
controlo externo devem colaborar entre si e se devem complementar, com o intuito de
estabelecerem um sistema integrado de controlo financeiro e diminuir a duplicação de esforços.
Deste modo, defende o acesso aos planos e programas de auditoria por parte de ambos os
controlos, encontros periódicos para discutirem os assuntos de interesse comum, a
obrigatoriedade de elaboração e envio de relatórios que sejam de interesse para o Tribunal
Administrativo, a criação de mecanismos de partilha de informação, técnicas e métodos de
auditoria, e a análise do controlo interno por parte do controlo externo, no sentido de verificar a
sua actuação e a sua qualidade.

6.5. Princípios e Normas de Controlo no Sector Público


Pina & Torres (2001) referem que as dificuldades em se estabelecerem normas técnicas de
controle que garante a qualidade do trabalho, deram lugar a consideração de uns princípios e
procedimentos básicos, de aceitação geral para toda a profissão, que viriam a ser designadas
por Normas de Auditoria Geralmente Aceites.

O trabalho a desenvolver, de acordo com as normas, deve ter um planeamento adequado e


respectiva supervisão, a análise do sistema de controlo interno da entidade e determinar o
alcance dos procedimentos a aplicar, com os objectivos de obter elementos destinados a
elaboração de juízo valido e suficiente, como suporte das opiniões e conclusões.

23
7. MATERIAL E MÉTODOS

7.1. Metodologia
No entender de Nereci (1978:15), a metodologia é o conjunto coerente de procedimentos
racionais ou práticos racionais que orientam o pensamento para ser alcançados conhecimentos
validos. A realização de qualquer pesquisa pressupõe a estruturação de um método a fim de
guiar os passos do pesquisador e possibilitar a sua replicação quando conveniente. Assim, o
projecto metodológico deve ser cuidadosamente pensado e baseado na natureza do problema,
objecto de estudos nas características da pesquisa a ser realizada.

7.2. Tipos de pesquisa


Pesquisa descritiva ou de campo – a pesquisa ocupou em descrever o tema usando padrões
textuais, como a profunda reflexão em torno de manuais com o objectivo de observar, registar e
analisar os fenómenos. Na pesquisa descritiva não há interferência do investigador, procura
perceber, a frequências dos fenómenos acontecido, as opiniões e informações colhidas no
inquérito e questionário serviu como analise os factos e técnicas estatísticas.

7.3. Métodos de abordagem


Segundo lakatos (2001), existem três métodos de abordagem que são: método hipotético
dedutivo, método indutivo e método dialécticos. Privilegiou-se neste presente monografia o
método indutivo porque é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos de
particulares, conclui uma verdade geral. A indução, ao contrario da dedução, parte de dados
particulares da experiencias sensíveis.

7.4. Métodos de procedimento


Segundo lakatos (2001), para o método de procedimento ele aponte os seguintes: históricos,
etnográficos, descritivas, monográficos ou estudo de caso, funcionalistas, estatísticos e
comparativas. Para o presente trabalho adoptou-se os seguintes: métodos históricos, Estatísticos
e Monográfico.

Método histórico

O método histórico permitiu-nos trazer à luz, todo o conjunto de acontecimento que deram
origem o controlo financeiro, no contexto das reformas de controlo administrativas, financeiras

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de administração pública. Método histórico consiste em pesquisar os acontecimentos, processos
e instituições do passado para verificar sua influência nos dias de hoje, Gil (1999:73). Este
método permitiu ao pesquisador analisar a evolução das actividades levadas a cabo pelo DPS
através de entrevistas aos chefes ligado ao sector, tendentes a melhoria do processo de controlo
financeira da DPS.

Método Estatístico

De acordo com Marconi (2009:93) diz que o método estatístico significa redução de fenómenos
sociológicos, políticos, económicos. A termos quantitativos e a manipulação estatística, que
permite comprovar as relações dos fenómenos entre si, e generalizações sobre sua natureza,
ocorrência ou significados. O método estatístico permitiu fazer uma leitura, em termos de
incidência percentual da contribuição do Controlo financeiro na administração pública,
especialmente da DPS.

Método Monográfico

De acordo com Gil (1999:73), o método monográfico consiste num estudo empírico que
investiga o fenómeno actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o
fenómeno e o contexto não estão bem definidos o pesquisador deslocou-se ao DPS para aferir
in foco as actividades desenvolvidas pelo administrador público no sentido de melhorar o
processo de controlo financeiro na DPS.

7.5. Técnica e instrumento de recolha de dados


Na visão de Lakatos (1992:107), a técnica de pesquisa é um conjunto de processo de que serve
uma ciência e a habilidade para utilizar esses processos ou norma de obtenção do seu propósito
ou seja, de prática de recolha de dados. Esta pesquisa baseara se na técnica de entrevista e de
questionário, que permite o contacto face˗a˗face de forma metódica, proporcionando
verbalmente as informações úteis e necessários para o estudo, ainda privilegiou-se a entrevista
semi˗estruturada e estruturada que foram aplicadas em simultânea. No que se refere à forma de
abordagem, o trabalho privilegiou a abordagem qualitativa na recolha de informações sem
contudo dispensar o emprego de quantificações que, explora as características e situações de
que dados numéricos podem ser obtido e fazer uso da mensuração e estatísticas. O critério da
amostragem é por conveniência, em que o entrevistador escolhe os elementos a que tem acesso,

25
admitindo que estes possam, de alguma forma constituir o universo. Este tipo de amostragem é
muitas vezes aplicado em estudos de carácter qualitativo, Morreira (2006:73).

7.6. Fontes e instrumento de colecta de dados


O presente trabalho de pesquisa científica teve como dados primários colhidos através da
análise dos resultados dos questionários estruturados e dados secundários resultantes da
pesquisa bibliográficas e documental.

E foi levado a cabo o estudo no campo para melhor sistematizar o processo de colecta de dados
baseado no questionário pessoais englobando questões fechadas

7.7. População e amostra e amostragem


A população da pesquisa é de 62 funcionários da Direcção Provincial da Saúde. A amostra foi
de 40% que corresponde 25 funcionários em termos numérico e compreende três
departamentos da população acima apresentada, com o intuito de garantir o grau de
significação. O critério de amostragem foi de escolha aleatória dos funcionários que trabalham
na Direcção Provincial da Saúde de Tete.

Tabela da população e amostra

Actores População Amostra % Técnica a ser Retorno


Usada

Membros da 15 6 24% Entrevista Total


Direcção

Funcionários 47 19 76% Questionário Total

Total 62 25 100%

Fonte: Dado do Autor 2018

26
8. ESTUDO DE CASO

8.1. Apresentação da entidade


A Direcção provincial de Saúde de Tete é uma unidade orgânica de nível provincial com
o objectivo de criar condições de saúde a toda população a nível da província, garantidos
ofertas de serviços nas unidades sanitárias, tanto como prestação de actividades
administrativas.

8.2. Missão
A missão reflecte a vontade política do MISAU de, efectivamente, dirigir a prestação de
melhores serviços para acelerar os progressos nas áreas prioritários, bem como introduzir
reformas centradas na descentralização e fortalecimento das parcerias para melhor
responder as necessidades dos cidadãos e tirar o maior proveito dos benefícios de saúde.
Desta forma os cidadãos poderão desfrutar de melhor oportunidades para uma vida
saudável e produtiva, que os conduza a mais benefícios de vida e lhes possibilite dar o
seu contributo para o desenvolvimento nacional.

8.3. Visão
A declaração da visão para o futuro, expressa e seguida tem o propósito de orientar o
estabelecimento de metas e pontos de referências para o curto e médios prazos. Ela vai
para ale do período de vigência do actual plano estratégico do sector da saúde
assumindo-se que possa permanecer relativamente estáveis ao longo dos anos, e procura
enquadra o papel do sector na agenda nacional de desenvolvimento. Assim, a visão do
sector para os próximos anos será a de:

”Contribuir para que todos os moçambicanos, em especial os grupos mais vulneráveis,


possam desfrutar da melhor saúde possível, a um custo comportáveis, para todos
moçambicanos, contribuindo assim, para o combate à pobreza e para a promoção do
desenvolvimento nacional”

8.4. Princípios orientadores

 Cuidados de saúde primários


 Equidade

27
 Qualidade
 Envolvimento comunitário
 Investigação e Inovação tecnológica
 Integridade, transparências e prestação de contas

8.5. Estrutura Organizacional

Directora

Provincial

Acessores

Departamento de
Departamento de Departamento de
Administração e UGEA
Recursos Humano Saúde publica
Finanças

Figura 1: Estrutura Organizacional

8.6. Apresentação e interpretação dos resultados da pesquisa


Este subtítulo destina-se a apresentação e interpretação dos dados da aplicação do inquérito por
questionário e entrevista feito para os funcionários da Direcção Provincial da Saúde de Tete a
fim de analisar o controlo interno feito nessa instituição pública.

28
8.6.1. Dados da entrevista e questionário
Neste subcapítulo apresenta-se analise e interpretação de dados inqueridos por questionário e
entrevista, em que os aspectos relacionados com a existência do controlo internos na
instituição, a prestação de conta são colocados a discussão.

Gráfico 1: Habilitações Académicas

30

25

20

15

10

0
e e l a
ss ss na to ur do to
cla cla sio r ala ic at ts ra en
10 12
s a
en e am
ofi ch M or
pr Ba lic ut
o
ico D
écn
T

Fonte: Dados de estudo, 2018

Neste gráfico verifica-se que a distribuição de nível de habilidade de formação a uma


disparidade que em normal nas instituições onde tem o número elevada de funcionários com
12aclasse com 43%, que este e seguida por Licenciado com 25%, técnicos profissionais são
23%, bacharelato 5% o funcionário com a 10aclasse 3% e o nível de mestrado encontra-se
ainda reduzido que estão a cerca de 1% e o doutoramento é 0%.

Para esses funcionários que estão a exercer suas tarefas, não exigem tanto o conhecimento
técnico, e com o nível de licenciado em diversas áreas que estão a actual vai-se descriminar o
controlo interno em diversas áreas também porque muitas tarefas exercida não exigem
conhecimentos adquirido no ensino superior baste tem um licenciado para auxiliar a execução.

29
Gráfico 2: As reconciliações bancárias são verificadas por outro funcionário distinto a sua
realização

12

10

0
Sim Não Algumas vezes Constante

Fonte: Dados de estudo, 2018

Segundo os inquerido o controlo financeiro tem melhorado cerca de 40% este inquirido
acredita no melhoramento do controlo cada vez mas ao passar do tempo, os funcionários
precisa saber que realmente estão ser controlado no exercício das suas competências acerca do
envolvimento de uso de recursos financeiro, 20% não acredita, 30% dizem em algumas vezes e
10% dizem que o controlo financeiro tem mostrado constante ao longo do tempo.

O controlo financeiro melhora ao longo do tempo, vai-se verificar outros problema que vão
condicionar o controlo para melhorar no dada momento, em que os controlo devem beneficiar a
todos os dirigente não pode criar controlo interno que só os subordinado cumpra mais também
este deve cumprir.

30
Gráfico 3: A quanto tempo exerce sua função na DPS

9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1 á 5 Anos 6 á 10 Anos 11 á 15 Anos > 16 Anos

Fonte: Dados de estudo, 2018

Neste gráfico percebe-se que no intervalo de 1 á 5 anos dos trabalhadores inquerido tem uma
proporção de 15%, no intervalo de 6 á 10 anos corresponde 30% os trabalhadores inquiridos,
no intervalo de 11 á 15 corresponde 40% e os trabalhadores inquirido a mais de 16 anos são
10%.

Gráfico 4: Na realização de uma despesa a instituição detém documentos administrativos.

16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sim Não Não Sei

Fonte: Dados de estudo, 2018

A maioria dos inqueridos afirma que na realização de uma despesa a instituição detém
documentos administrativos, é que corresponde a 60% seguido de 24% que dizem Não e os
restantes 16% não estão inteirado com a questão.

De acordo com Manual de Administração Financeira do Estado é que todas instituições deve
seguir este manual na realização das despesas, e este manual diz que na realização das despesas

31
deve-se formar documentos administrativos que vai servir de base para a justificação de uso
dos recursos financeiros disponibilizado pelo Estado. Segundo (Tavares, 1996) É também
necessário instituir controlo interno que visem garantir a obediência da ordem jurídica e que
salvaguardem os direitos e interesses definidos, sendo importante ressalvar que o controlo
financeiro serve para verificar se esses actos estão devidamente aplicados para proporcionar o
uso adequado dos dinheiros públicos sempre em benefício dos interesses públicos.

Gráfico 5: Os mecanismos do controlo interno são bons.

30

25

20

15 Sim
Nao
10

0
1 2

Fonte: Dados de estudo, 2018

Segundo o gráfico todos inqueridos dizem que aos mecanismos de controlo internos são bons, o
que corresponde a 100 %. O chefe diz que os mecanismos do controlo interno permitem ao
funcionários compreender a importância do controlo interno, facilitando deste modo o trabalho
de cada departamento. Porém o que possivelmente motivaria à todos trabalhadores a participar
no melhoramento de alguns serviços.

O mecanismo eficaz no aperfeiçoamento dos serviços públicos, no controlo sobre as


administrações públicas e na capacidade do governo implementar novas políticas públicas
mediante a satisfação e as demandas dos cidadãos. Através deste mecanismo, também se
fornece uma maior transparência e controlo social, encorajando o público cívico a criar uma
participação superior e uma qualidade da sociedade civil na esfera pública, Silva (2011).

32
No âmbito do controlo financeiro da Administração Pública, a DPST, tem prestado
contas?
Prestação de contas pressupõe, a existência de um conjunto de leis e instituições com a missão
de supervisionar o cumprimento desta obrigação. Os inqueridos, foram unânimes em dizer que o
DPST, presta contas. Sendo assim, importa referir neste contexto que prestar contas é uma
obrigação imposta por lei dentro destas obrigações os administradores públicos tem essa
obrigatoriedade de prestar contas, para tornar transparente Administração Pública, nos termos do
artigo n° 81 da Lei n° 14/2014 de 14 de Agosto, republicada na Lei nº 8/2015 de 6 de Outubro.

Gráfico 6: pagamento de salário é efectuado por funcionário diferente da que efectua o seu
processamento

16
14
12
10
8
6
4
2
0
sim Não Não sei

Fonte: Dados de estudo, 2018

Os inqueridos afirmaram a pessoa que faz o pagamento das facturas são diferentes com a
pessoa que faz o processamento, em que a informação reportada no fim de exercício é fiável
para a prestação de conta, o que corresponde a 60% dos inqueridos dizem Sim, e 16% dos
inquerido dizem Não e o restantes 24% não estão inteirado sobre a informação.

Examinador da gestão pública fazendo parte da própria administração através da fiscalização


contábil, financeira e orçamentária e os torna transparentes quando no desempenho de sua
função faz com que o gestor do poder executivo publique o relatório resumido da execução
orçamentária

33
Gráfico 7: O controlo financeiro realizado pela instituição é eficaz na prestação de conta

20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
sim Não Não sei

Fonte: Dados de estudo, 2018

A maioria dos inqueridos afirma que o controlo financeiro realizado pela instituição é eficaz na
prestação de conta, corresponde a cerca de 72% dos inqueridos que dizem Sim. Em torno dessa
informação nem todos funcionários tem conhecimento clara e concisa, mas a prestação de conta
feita com a DPST atinge o nível desejado da eficácia em que chega a recompensar o controlo
interno feito, ajuda para alcançar a eficácia dos resultados esperado. Para que haja uma
satisfatória prestação de contas é necessário que exista um sistema de controlo interno que
ofereça ajuda para a realização das fiscalizações, por meio de inspeções e auditorias.

De acordo com Mozzicalfreddo (2003), a obrigação de prestar contas foi transportada pelas
entidades públicas como instrumento de controlo financeiro, tanto do ponto de vista de
Orçamentos dos programas e medidas implementadas, como em torno da relação
custo/beneficio, ou seja, critérios orientados pelos indicadores da eficiência.

Que tipo de controlo financeiro patente na DPST?


Tipos de controle Sim Não
1 Controle financeiro interno 100% 0%
2 Controle financeiro externo 100% 0%

Para (Ana Pinto, Paula dos Santos e Tiago de Melo, p. 301) existe três formas de controlo:
 Auto controlo: a exercer pelos próprios organismos e na sequencia das
responsabilidade presumidas de organização contabilística e operacional;
 Controlo interno: sucessivo e sistemático da gestão, através de auditorias a
realizar nos organismos por entidades com competências para tal;
 Controlo externo: a exercer pelo Tribunal de contas.

34
Da diferenciação entre os dois tipos de controlo, interno e externo, se identificar o controlo
disciplinar, necessariamente interno, do controlo financeiro, consequentemente externo.
Portanto nesta ordem de ideias, segundo os inqueridos, responderam que existe dois tipos de
controlos financeiros externos e internos.

Gráfico 8: Como actua o sector do controlo interno nos procedimentos financeiro da entidade

25

20

15

10

0
Bem Mal

Fonte: Dados de estudo, 2018

Segundo os inquerido o controlo interno, actua cerca de 80% este inquirido acredita o o
controlo interno está “bem”, e os restante 20% dizem que o controlo interno tem actuado “mal’
em relação ao favoritismo que se verifica entre funcionários que tem cargo.

Como ensina Tavares (1996), “toda a actividade de gestão ou administração exige, para a sua
eficiência e eficácia, um adequado sistema de controlo interno, podendo mesmo considerar-se
indissociáveis os sistemas de gestão pública e da gestão privada”. O sistema de controlo está
relacionado com a gestão que deve ser desempenhada por órgãos e serviços de fiscalização, de
modo a possibilitar a legalidade estabelecida pela Lei e a dar aos cidadãos e seus representantes
no parlamento o conhecimento de como são administrados os recursos financeiros e
patrimónios públicos, levando ao apuramento de resultados.

35
Gráfico 9: Elabora-se informações de tipo contabilístico e financeiro que auxilia a prestação de
conta.

20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sim Não Não sei

Fonte: Dados de estudo, 2018

De acordo com o inquérito feito cerca de 72% dizem “Sim”, aceitam que a entidade elabora
informações do tipo contabilístico e financeiro que auxilia a prestação de conta dia-a-dia sobres
as transações, 20% dos inqueridos dizem “Não” nega a existência dessas informações
elaborado em cada dia e os restantes 8% dizem “Não sei’ estes não estão inteirado sobres a
questão em causa.

Segundo (Franco, 1995) Por esta razão, o controlo financeiro avalia a legalidade específica e a
regularidade contabilística, analisando, de igual modo, se as receitas foram cobradas de acordo
com o Orçamento e se as despesas foram devidamente executadas. Para além do mais, também
se analisa a integridade dos valores públicos e a fidelidade dos gestores, com as
correspondentes relações de confiança e responsabilidade.

Como é feita a comunicação dos resultados do controlo financeiro efectuada pelo DPST ?

Todos responderam que a comunicação dos resultados por este órgão efectua-se mediante
relatórios escritos.
Nesta ordem de ideias, o T.A. emite o relatório de auditoria e/ou de inspecção dependendo do
caso que narra todos factos detectados no âmbito da fiscalização da execução do orçamento,

36
recomendando, imputando todas as infracções financeiras detectadas, nos termos da Secção I,
Capítulo VI da Lei nº 14/2014 de 14 de Agosto republicada pela Lei nº 8/2015 de 6 de Outubro.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

9.1. Conclusão
Neste presente trabalho de fim de curso concluiu se que é muito importante fazer o controlo
financeiro na administração pública, pós as instituições pública tem a obrigatoriedade de prestar
conta no fim de um exercício para permitir a transparência do uso das dotações orçamentais que
são colocadas a disposição para que se possa realizar suas actividades no exercício económico.
Verifica-se que a aplicação do mecanismo de Accountability proporcionou maior
responsabilização por parte dos gestores. o controlo financeiro como mecanismos para
capacitar e coadjuvar os licitantes a determinação e identificação de acções ilegais e punição.

O controlo interno ganha a sua importância na área estatal em virtude de os mecanismos


usados actualmente para a gestão do bem público necessitar de dispor de um mecanismo
técnico de correcção de desvios, busca de razoabilidade na execução orçamental, melhoramento
do desempenho e alocação de recursos de forma eficiente. A eficácia do sistema externo
aumentaria sensivelmente se o interno, em tempo útil, o mantivesse de igual modo informado
de ocorrências questionáveis, abusos, irregularidades e desvios porventura constatados durante
a execução dos programas governamentais

Aquele que desempenha determinadas funções de importância na sociedade tem a obrigação de


justificar essa mesma sociedade, o que fez, como fez, porque fez, quanto gastou e o que vai
fazer a seguir. É por isso que, para além do carácter quantitativo, prestar contas é analisar e
avaliar o trabalho feito.

Entre vários objectivos específicos, foram alcançados a destacar o de compreender até que
ponto o controlo financeiro no direcção Provincial de Saúde Tete é importante na prestação de
contas, em que o controlo interno esta relaciona com todos procedimento administrativos e
financeiro e esta condiciona as actividade de uma entidade.

Em relação a hipótese principal levantada, no presente estudo, foi confirmado que o controlo
financeiro da DPST não é o instrumento eficaz na prestação de conta. Rejeitamos H 0 e
37
aceitamos que o controlo financeiro na administração publica e o instrumento eficaz na
prestação de conta. Isso porque a prestação de conta feita no período passado mostra a
contribuição do controlo financeiro

9.2. Sugestões
A direcção provincial de saúde de Tete deve fazer a actualização do Manual de procedimento
Administrativos e Financeiros, para estar a agir com procedimentos que estão uso e a Lei
vigente.

 Deve ser feito fiscalização periodicamente se possível diária de todos procedimentos


Administrativos e Financeiro a fim de ajustar o erro encontrado imediatamente, e estas
fiscalizações deve ser efeito de surpresa assim vai fortificar o controlo interno existente
na DPST;
 Deve observar em todo tempo, as normais descritas no Manual de Procedimento
Administrativo e Financeiro;
 Deve criar a harmonização dos departamentos existem para melhor fazer o controlo dos
recursos financeiro;
 Assegurar que todos funcionários que estão envolvidos na gestão dos recursos
financeiro tenham capacitações e supervisão constantes;
 O sector de controlo interno deve informar directamente ao Director da DPST mais sob
orientação do órgão competente definido no Subsistema do controlo interno na Lei do
SISTAFE.

38
10. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGÉLICO, João. Contabilidade publica.8ᵒedicao. São Paulo: Atlas, 1994.

CAUPERS, João (1998), Direito Administrativo, Lisboa, Editora Editorial

ATTIE, William. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992

SÁ, Luís (1986), Introdução à Teoria do Estado, SARI, editorial caminho

ANTUNES, E. (2007), “Os movimentos de reforma e a redefinição do papel do Estado”, citado


por Juan Mozzicafreddoetal. (orgs), Interesse Público, Estado e Administração, Lisboa, Celta
Editora, pp. 401-431.

TORRES, Lourdes. Lá auditoria operativa un instrumento para la majora dela nuevagestion


publica. Revista AERA, nᵒ61, Set./ Dez, 2002.

PRINCIPIOS Y NORMAS DE AUDITORIA DEL SECTOR PUBLICO. Comision de


coordenacion de losorganospublicos de controlExteno do Estado do Estado Espanol.

FORTES, João. Contabilidade pública, 7ᵒRdicao. Brasilia

INTERNACIONAL ORGANIZATION OF SUPREME AUDIT INSTITUTIONS – INTOSAL.


Guia para norma de controlo interno. Heloisa Garcia Vidal Pinto. Brasília: Revista do Tribunal
de Contas do Distrito Federal, 1993

MADUREIRA, César e David Ferraz (2010), “As configurações político-administrativas e a


selecção do pessoal dirigente na Administração Pública Portuguesa”, Sociologia Problemas e
Práticas, 63, CIES, ISCTE, 51-70.

TAVARES, José F.F. (1997), “Administração, controlo, avaliação e responsabilidade”, in


Estudos de Administração e Finanças Públicas, Lisboa, Ed. Almedina.

CASTRO, D. P. de. Auditoria e controle interno na administração pública. São Paulo: Atlas,
2008, 112;

MARELLES, Direito Administrativo, 16ª edição, Editora revista dos Tribunais, 2005,64;

PAULO nunes, gestão de finanças publicas 5ª edição Editora Escolar, 2008,227;

39
LAKATOS, M., Metodologia de Trabalho científico, 6ª Edição, Editora Atlas. São
Paulo,1992,91;

OLIVEIRA, Cezar A. A contribuição dos factores motivacional para a qualidade.


Florianopolis. 2002,207;

MORAIS G. e MARTINS, I. Auditoria interno: Função e Processo. 4° ed. Lisboa: Áreas


Editora, 2013. 203;

GIL, P.B. Metodologia de investigação científica: Manuel do Estudante, 1ª Quixote.


Lisboa,1999,73;

MARCONI elAKATOS, Fundamento da Metodologias científica, 7ª Edição, Editora Atlas. São


Paulo,2009,93;

PINTO e SACRAMENTO, “Contribuição para o estudo da responsabilidade financeira”,


Revista do Tribunal de Contas, nº 23, 1995;

MARTINS, Guilherme D’Oliveira, “A responsabilidade financeira do Gestor da Coisa


Pública”, Vol. II – Economia, Finanças Públicas e Direito Fiscal, Ed. Almedina, 2010.

COSTA, C. B. Auditoria Financeira: Teoria & Prática. 9ª ed. Rei dos Livros, 2010. ISBN: 978-
989-8305-11-4.

Documentos e Legislações usada

Lei 26/2009 de 29 de Setembro, Atinente a Lei que aprova o regime relativo a organização,
funcionamento e processo da 3ᵒSeccao do Tribunal Administrativo.

Manual de Administração Financeira e Procedimento Contabilísticos – MAF (Aprovado pelo


diploma Ministerial 169/2007 de 31 de Dezembro)

Decreto nᵒ 40/99, de 29 de Junho, Aprova o Estatuto Orgânico de Inspecção Geral de Finanças

Dicionário jurídico da Administração pública, 1ᵒ suplementa. Lisboa 1998

Lei 9/2002 de 12 de Fevereiro, Cria o Sistema de Administração Financeira do Estado –


SISTAFE.

40
Diploma Ministerial nᵒ134/2000, de 27 de Setembro, Aprova o Regulamento Interno da
Inspecção Geral de Finanças;

Diploma Ministerial 167/2007 de 31 Dezembro, Aprova o Manual da Administração Financeira


e procedimento contabilísticos (MAF).

Decreto 23/2004, de 20 de Agosto, Aprova o Regulamento do Sistema de Administração


Financeira do Estado – SISTAFE;

Constituição da República de Moçambique, 2004

41
APÊNDICE

42
APÊNDICE I. GUIÃO DE ENTREVISTA DIRIGIDO AOS DIRIGENTES

1. Quantos funcionários a DPST têm?


2. Como é que a Direcção provincial de saúde de Tete (DPST) esta estruturada?
3. Pagamento das facturas é efectuado por funcionário diferente de que efectua o seu
processamento?
4. O controlo financeiro realizado pela instituição é eficaz na prestação de conta?
5. Elabora se informações de tipo contabilístico e financeiro que auxilia a prestação de conta?
6. Depois desta conversa teria mais comentário a respeito do controlo financeiro na
Administração pública como instrumento de prestação de conta?

Muito obrigado pela colaboração

43
QUESTIONÁRIOS DIRIGIDOS AOS FUNCIONÁRIOS DA DPST

O presente questionário é parte integrante de um estudo que se pretende realizar sobre o tema:
Controlo Financeiro na Administração Pública como o instrumento de eficácia na prestação de
conta: Estudo da Caso da Direcção provincial de saúde de Tete

Tal estudo completa a Monografia para conclusão do nível de Licenciatura em Contabilidade e


Administração Pública no Instituto Superior politécnico de Tete.

A sua participação e de extrema importância para o desfecho desta pesquisa. Sendo assim, peço
a sua colaboração para responder o questionário de maneira clara, objectiva e sincera.

As respostas ao questionário, fazem-se marcando com X no espaço reservado e para as


perguntas abertas é que requerem comentários, existem o campo para o efeito.

Antecipadamente agradeço a sua colaboração e coloco-me a disposição para esclarecimentos e


interacções.

O Pesquisador: Witinesse José Matoque

Contacto: 844501349

Correio electrónico: matoque415@gmail.com

44
APÊNDICE II: QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS FUNCIONÁRIOS DA DPST

I – Identificação pessoal:

1. Há Quanto Tempo Trabalha na DPST?

1 à 5 Anos

6 à 10 Anos

11à 15 Anos

> 16Anos

Habilitações Académicas
<10 ͣ Classe Licenciatura
<12 ͣ Classe Mestrado
Técnico Doutoramento
Profissional
Bacharelato
Outros:

Categoria Profissional
Assistente Técnico de informática
Administrativo
Técnico Administrativo Técnico superior
Técnico Assistente universitário
Outra:

45
2. Faixa Etária

( )18 a 25 Anos ( ) 26 a 35 anos ( ) 36 a 45 anos ( ) > 46 anos

II. Questionário sobre o Controlo financeiro na área financeira e administrativa, nesta secção tem
como objectivo averiguar os aspectos importante a cerca da existência do CI na entidade, em que ao
responder as questões abaixo indicado assinala com X a opção correcta na tua percepção e da sua
opinião ou acréscimo acerca do assunto (observação) se possível.

1. A DPST é canalizada a sua receita através do orçamento do Estado?

Sim ( )

Não ( )

N/A ( )

2. Elabora-se informações de tipo contabilístico e financeiro que auxilia a prestação de conta?

Sim ( )

Não ( )

N/A ( )

Observação:______________________________________________________________

3. As reconciliações bancárias são verificadas por outro funcionário distinto a sua realização.

Sim ( )

Não ( )

N/A ( )

Observação:_________________________________________________________________

46
4. Como actua o sector do controlo interno nos procedimentos financeiro da entidade?

Bem ( )

Mal ( )

Observação:______________________________________________________________

5. Na realização de uma despesa a instituição detém documentos administrativos.

Sim ( )

Não ( )

N/A ( )

Observação:____________________________________________________________

6. Pagamento das facturas é efectuado por funcionário diferente de que efectua o seu
processamento?

Sim ( )

Não ( )

N/A ( )

7. O controlo financeiro realizado pela instituição é eficaz na prestação de conta?

Sim ( )

Não ( )

N/A ( )

8. Os mecanismos do controlo interno são bons?

Sim ( ) Não ( ) N/A ( )

47

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