Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
I
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, que caminhou comigo até termino dessa jornada académica que me
deu a saúde e sabedoria. Em especial aos meus pais José Fulede Matoque e Basília Joéro por
me conceber com vida, pelo carinho incondicional, amor, compreensão. Aos meus irmãos por
me dar carinho atenção e conforto em todos momentos da minha vida.
Por último, a todos meus amigos e familiares que directamente e indirectamente contribuíram
para o sucesso na minha formação que permitiram o desenvolvimento intelectual e adquirir
nova visão sobre a ciência.
Obrigado a todos.
II
DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO DA HONRA
Eu, Witinesse José Matoque declaro por minha honra que esta monografia é o resultado da
minha investigação, o seu conteúdo é original que o mesmo nunca foi apresentado em nenhuma
instituição de ensino para a obtenção de qualquer grau académico.
_____________________________________
III
APROVAÇÃO DO JÚRI
MEMBROS DO JÚRI
_________________________
(O Presidente)
_________________________
(O Oponente)
_________________________
(O Supervisor)
IV
RESUMO
O presente trabalho teve como tema “Controlo financeiro na Administração Publica como o
instrumento de eficácia na prestação de conta: Caso Direcção provincial de saúde Tete” teve
como principal objectivo analisar o impacto do controlo financeiro na administração pública
como instrumento de eficácia na prestação na Direcção provincial de saúde Tete (DPST), como
o mecanismo para o alcance de bons resultados e dos objectivos estabelecidos na legislação do
Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE). Em que o trabalho teve como
objectivos específicos do geral como Identificar e caracterizar o funcionamento de controlo
financeiro estabelecido na Direcção Provincial de Saúde de Tete e Compreender até que ponto
o controlo financeiro na Direcção Provincial de Saúde de Tete é importante na prestação de
contas do Estado; e relacionar de que maneira o controlo financeiro é importante no processo
de prestação de conta. Nesta sequência, a administração pública deve satisfazer o interesse
público nos termos estabelecidos na Lei, não podendo, em caso algum, proceder à sua
alteração, motivo pelo qual toda a decisão tomada pela administração pública é delimitada,
devendo-se ponderar o âmbito da sua aplicação ao princípio de legalidade, onde a decisão da
administração pública se encontra subordinada à observância das normas e regras previstas na
Lei. Por conseguinte a accountability tornou-se num mecanismo eficaz no aperfeiçoamento dos
serviços públicos, no controlo sobre as administrações públicas e na capacidade do governo
implementar novas políticas públicas mediante a satisfação e as demandas dos cidadãos. Em
relação a hipótese principal levantada, no presente estudo, rejeitou-se H0 e aceitou-se H1 que o
controlo financeiro na administração pública e o instrumento eficaz na prestação de conta.
V
ABSTRACT
The theme to be addressed is "Financial Control in Public Administration as the instrument of
effectiveness in the provision of account: Case Provincial Health Directorate Tete" has as main
objective to analyze the impact of financial control in public administration as an instrument of
effectiveness in providing in the provincial Directorate Tete (DPST), as the mechanism for the
achievement of good results and the objectives established in the legislation of the State
Financial Administration System (SISTAFE). In which the work will have general auxiliary
objectives such as Identify and characterize the functioning of financial control established in
the Provincial Health Directorate of Tete and Understand to what extent the financial control in
the Provincial Health Directorate of Tete is important in the accountability of the State; and to
relate how financial control is important in the accountability process. In this sequence, the
public administration must fulfill the public interest in the terms established in the Law, and
can not under any circumstances alter it, for which reason all the decision taken by the public
administration is delimited, and the scope of its application of the principle of legality, where
the decision of the public administration is subject to compliance with the rules and rules laid
down in the Act. Accountability has therefore become an effective mechanism for improving
public services, control over public administrations and capacity of the government to
implement new public policies through the satisfaction and demands of citizens.
VI
LISTA DE ABREVIATURAS
DPST – Direcção provincial de Saúde de Tete
AR – Assembleia da República
TA – Tribunal Administrativo
VII
ÍNDICE
DEDICATORIA...............................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS....................................................................................................................II
RESUMO........................................................................................................................................V
ABSTRACT..................................................................................................................................VI
LISTA DE ABREVIATURAS....................................................................................................VII
LISTA DE GRÁFICOS.................................................................................................................IX
1. Introdução.............................................................................................................................1
1.2. Problematização....................................................................................................................2
2. Justificativa..................................................................................................................................3
3. Objectivos....................................................................................................................................4
4. Relevância do tema......................................................................................................................4
5. Hipóteses......................................................................................................................................5
6. REVISÃO DA LITERATURA...................................................................................................6
7. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................................25
7.1. Metodologia........................................................................................................................25
8. ESTUDO DE CASO..................................................................................................................28
8.1. Apresentação da entidade....................................................................................................28
8.2. Missão.................................................................................................................................28
8.3. Visão...................................................................................................................................28
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................38
9.1. Conclusão............................................................................................................................38
9.2. Sugestões.............................................................................................................................39
APÊNDICE....................................................................................................................................43
LISTAS DE TABELAS E FIGURAS
Tabela 1: distinção entre administração pública e Administração privada……………...….…...8
LISTA DE GRÁFICOS
VIII
Gráfico 1: Habilitações Académicas ……………………………………………...……..……30
Gráfico 2: As reconciliações bancárias são verificadas por outro funcionário distinto a sua
realização ……………………………………………,,……………………………..…..……31
Gráfico 6: pagamento das facturas é efectuado por funcionário diferente de que efectua o seu
processamento ………………………...………………………………………………...……..34
Gráfico 8: Como actua o sector do controlo interno nos procedimentos financeiro da entidade
…………………………………………………………………………….……………...….....36
IX
1. Introdução
A presente monografia científica com tema de Controlo Financeiro na Administração Pública
como Instrumento de Eficácia na Prestação de Conta: estudo de caso Direcção Provincial de
Saúde de Tete. O Controlo Financeiro na Administração Pública é uma questão sempre
presente nas discussões quer dos agentes económicos, dos gestores públicos e dos estudiosos do
controlo financeiro.
De acordo com a INTOSAI (2004) sustenta que na administração pública, o cenário não se
distancia, porem, os sistemas de controlo adoptados nos diversos órgãos públicos, ainda estão
distante para atingir os objectivos que os mesmos prosseguem. Prestar contas ou a
Accountability no Estado democrático não é apenas um dever dos cidadãos e governantes, pois
também envolve os cidadãos nas decisões que lhes dizem respeito.
Existem dois tipos de controlo financeiro na administração pública que são: o controlo interno e
o controlo externo mas o trabalho se preocuparam principalmente no controlo interno este
ainda é a área que necessita de ser analisada com muita atenção no nosso estado por isso cada
vez mais procura-se criar pequenos mecanismos por via do SISTAFE
Por sua vez, a eficácia do sistema externo aumentaria sensivelmente se o interno, em tempo
útil, o mantivesse de igual modo informado de ocorrências questionáveis, abusos,
irregularidades e desvios porventura constatados durante a execução dos programas
governamentais.
1.2. Problematização
O governo de Moçambique tem feito esforço para melhorar controlo financeiro das instituições
públicas, de modo tenha boa gestão das dotações orçamentais alocado durante um exercício
económico, com a implementação do Sistema Financeiro do Estado SISTAFE. Este novo
sistema dinamizou o controlo de procedimentos de contabilização e controlo das despesas
públicas a partir de 1997. Em que temos um órgão que faz o controlo financeiro designa-se por
Inspecção-geral das finanças assim mesmo existem outras que se subordina desta.
Muitas instituições moçambicanas, tem havido incoerência de forma como prestam conta, como
controlam as dotações postas a sua disposição, e, bem como a aplicação dos dinheiros públicos. Isto
1
deve-se ao facto de falta de cultura de prestação de contas, falta de princípio de transparência na
gestão da coisa pública e atropelo a legislação aplicável em Moçambique.
Pelo facto dos modelos de prestação de conta tem vindo a ser alterado, precisamente porque são
os cidadãos que através dos impostos financia a actividade pública dai este deve ter acesso as
informações financeiras publicam.
Perante esta realidade coloca-se a seguinte questão: “Qual é o impacto do controlo financeiro
na administração pública como o instrumento eficaz na prestação de conta?”
2. Justificativa
Desde da independência em 1975 que na República de Moçambique vem se operando reformas
politicas, económicas e sociais, num processo que culminou com o lançamento da Estratégia
Global da Reforma do sector público (EGRSP) em 2001. Esta reforma tem em vista orientar as
instituições públicas a melhorar a qualidade de serviços e das respostas do Estado a sociedades
através de adequação do funcionamento das instituições públicas aos desafios internos e
externos que requerem uma cultura virada a integridade, transparência, eficiência e eficácia.
O controlo financeiro tem importância de dar a conhecer o público, aos responsáveis tomadores de
decisão o conhecimento na gestão da coisa pública, no sentido de como está ser efetuada os gastos,
quais são os procedimentos seguidos, os regulamentos e demais dispositivos legais disponibilizados
pelo Estado de modo tornar transparente a administração do dinheiro ou património público.
As informações financeiras produzidas pelos diversos órgãos do ente público, e não só, devem
dotar de uma razoabilidade quanto a sua verdadeira imagem realização das despesas públicas,
pois ajuda ao governo na busca de soluções para eliminar os problemas que afectam o Estado.
A qualidade destas informações é garantida pela implementação de um sistema de
contabilidade de despesas públicas ideal, o que torna indispensável a fiscalização e o
2
acompanhado através de um sistema de controlo interno que, igualmente garanta a eficiência e
a eficácia na concretização dos actos da execução orçamental.
Nos dias de hoje a actuação do controlo financeiro nas instituições públicas em Moçambique é
feito por exigência da Lei e segundo as políticas, procedimentos e princípios estabelecidos na
Lei do SISTAFE, como forma de garantir a conformidade dos actos da execução orçamental e
melhor verificação do bem público de forma eficiente, eficaz e económica das despesas
públicas.
Neste contexto, surge uma profunda incidência dos princípios do controlo interno adoptados
pelas instituições públicas, avaliando, a eficiência e eficácia dos recursos financeiros utilizada e
procurando entender o nível da sua fragilidade com o intuito de dar um contributo para o seu
melhoramento, abrindo desta forma um debate técnico científico, tendo em conta o carácter
sócio económico do interesse público da matéria em análise.
3. Objectivos
4. Relevância do tema
O aspecto importante que levou a escolha do tema traduz se pelo facto de todas as instituições
públicas, tem como obrigatoriedade a prestação de conta de cada exercício económica, em que
deve ilustrar quais o gasto feito dos recursos públicos afecta. O controlo em princípio deve
partir da necessidade de criação interna da instituição beneficiária da dotação orçamental do
3
Estado, e também as instituições que possa arrecadar suas próprias receitas. Assim pretende se
analisar o controlo financeiro na administração pública como pode melhor a actuação
financeiras das instituições públicas.
Assim, este estudo terá mais relevância pelos resultados que se espera alcançar, como adequar à
estrutura actual, delinear os objectivos e em consequência, conhecer as características dos
relatórios financeiros para uma organização.
5. Hipóteses
H0: O controlo financeiro na administração pública não é o instrumento eficaz para a
prestação de conta.
H1: O controlo financeiro na administração pública é o instrumento eficaz para a
prestação de conta.
4
6. REVISÃO DA LITERATURA
Por outro lado, Marcello (1968:9), entende que administração pública deve ter em conta que a
ideia de administrar, um património de um Estado, implica manejo de recursos dinheiro, bens e
serviços públicos nos fitos de obter certas finalidades actuais e futuros, assim, nos grupos
sociais onde decorra necessariamente a convivência entre os indivíduos e das famílias, a
povoação, o Estado. Surgem necessidades colectivas, considerando necessidades não apenas as
insuficiências de carácter mas, em geral, todas as relativas a normalização e progresso da vida
social. Marcello Caetano define Administração Publica como sendo:
5
A administração pública é composta pelo Estado e por várias entidades públicas, como
territoriais (autarquias locais), associações públicas, institutos e empresas públicas, Caupers
(1998).
6
Tabela 1: Distinção entre Administração Pública e Administração Privada
7
6.2.2. O poder executivo
O poder executivo é aquele que faz cumprir as Leis, podendo ser realizado através das funções
administrativas. Conquanto, a administração pública tem o poder de executar e fazer cumprir as
Leis que estão estabelecidas. Segundo o autor Di Pietro (2002), a administração tem o objectivo
de planear, direccionar, liderar e executar as Leis que são determinadas pelo poder legislativo.
A administração pública não significa necessariamente o poder executivo, legislativo ou
judiciário. Porém, abrange um conjunto de órgãos e de agentes do Estado no desempenho da
actividade administrativa, onde actua de forma independente, e pode constituir-se, ou não, de
forma distinta dos outros poderes Mazza( 2012).
O poder legislativo e o poder judicial fazem o controlo financeiro externo e o poder executivo
faz o controlo financeiro interno.
Nesta monografia esta intimamente ligado a controlo interno na administração publica é que e
efectuado por poder executivo na perspectiva de entender melhor a cerca do seu contributo na
prestação de conta do Estado
8
O controlo financeiro se desenvolve assim em paralelo à actividade financeira,
procurando garantir que esta corresponda com interesse público, respeitando regras
e critérios a que está sujeita por Lei e os objectivos que lhe são politicamente
fixados.
Segundo Franco (1995), por esta razão, o controlo financeiro avalia a legalidade específica e a
regularidade contabilística, analisando, de igual modo, se as receitas foram cobradas de acordo
com o Orçamento e se as despesas foram devidamente executadas. Para além do mais, também
se analisa a integridade dos valores públicos e a fidelidade dos gestores, com as
correspondentes relações de confiança e responsabilidade.
Como ensina Tavares (1996), “toda a actividade de gestão ou administração exige, para a sua
eficiência e eficácia, um adequado sistema de controlo, podendo mesmo considerar-se
indissociáveis os sistemas de gestão pública e da gestão privada”. O sistema de controlo está
relacionado com a gestão que deve ser desempenhada por órgãos e serviços de fiscalização, de
modo a possibilitar a legalidade estabelecida pela Lei e a dar aos cidadãos e seus representantes
no parlamento o conhecimento de como são administrados os recursos financeiros e
patrimónios públicos, levando ao apuramento de resultados.
Segundo Franco (1995) Relativamente ao objecto, o controlo financeiro pode ser orçamental,
fiscal, e relativamente ao critério, afigura-se de poder jurídico, extra jurídico ou misto. No que
diz respeito aos métodos e procedimentos, diferencia-se dos órgãos ou formas orgânicas,
dinheiros, valores públicos e valores privados Sendo assim, e com base nos argumentos
anteriores, é possível concluir que o controlo financeiro e a ética ou a moralidade financeira
permitem preservar ou dificultar a existência da corrupção e favorecer a recolha de indícios
desta prática, assegurando a legalidade financeira.
9
Segundo Tavares (1996) É também necessário instituir mecanismos que visem garantir a
obediência pela ordem jurídica e que salvaguardem os direitos e interesses definidos, sendo
importante ressalvar que o controlo financeiro serve para verificar se esses actos estão
devidamente aplicados para proporcionar o uso adequado dos dinheiros públicos sempre em
benefício dos interesses públicos.
De acordo com Franco (1995) diz que as funções e as competências financeiras dos órgãos e
agentes do estado serão exercidos através de práticas de actos de decisão financeiros ou
execução financeira; o poder de legislar e aprovar os orçamentos cabe ao parlamento, enquanto
os governos delimitam as políticas e decisões financeiras a nível das decisões parlamentares e
as decisões subordinadas e a garantia da execução competem às administrações.
De acordo com Gameiro (2004) diz que as elações existentes entre o parlamento, o governo e a
administração pública configuram se numa peculiaridade essencial no funcionamento do
sistema do governo, o poder legislativo aprova Leis e o poder executivo, realiza suas
actividades segundo as Leis aprovada.
D acordos com Lopes (2004) Os actos administrativos constituem uma estatuição autoritária e
são executados por um sujeito de direito administrativo no exercício do uso de poderes
executivos. Estes têm efeitos jurídicos externos positivos ou negativos. Nesse âmbito, a
execução de um acto administrativo deve cumprir as regras de procedimento que demarcam a
actuação administrativa.
10
O processo do controlo financeiro sucede de modo idêntico, em matéria da gestão da actividade
financeira. Nota-se um planeamento de actividade financeira que delineia as receita a serem
cobradas e as despesas feitas a cada ano por meio do Orçamento do Estado. O Orçamento do
Estado é a acção do governo traduzida na elaboração e na aprovação e sua divulgação na
Assembleia da República. Neste caso em particular, e divulgado o Orçamento do Estado, os
órgãos da administração pública executam o respectivo plano realizado pelo governo. No
decorrer da execução do referido plano há fiscalização ou controlo das actividades feitas e
análise dos resultados alcançados para averiguar se foram devidamente cobrados todos os
recebimentos e pagamentos, e se estes observaram os termos do Orçamento do Estado quanto
ao seu financiamento e funcionamento.
Controlo financeiro interno é todos procedimentos levado a cabo pela entidade para
salvaguardar valores monetária que a instituição possui e sua utilização.
11
A Normas de INTOSAI, publicado pela Comissão de Normas de Auditorias, no congresso de
1992, realizado em Washington, no Estado Unido da América, define o controlo interno como
sendo:
Fiscalizar a correcta utilização dos recursos públicos, a exactidão e fidelidade dos dados
contabilísticos;
Garantir, através da fiscalização, a uniformização da aplicação das regras e métodos
contabilísticos;
Verificar o cumprimento das normas legais aplicáveis.
12
6.3.1.1.3. Tipo de controlo Interno
Segundo o Attie (2000) os mecanismos de controlo interno se dividem em contabilísticos e
administrativos;
Controlo Interno contabilístico – o qual visa garantir a fiabilidade dos registos, facilitar a
revisão das operações financeiras autorizadas pelos responsáveis e a salvaguarda dos activos.
Compreendem o plano da organização e todos os métodos e procedimentos directamente
relacionados, principalmente com a salvaguarda do património e a fidedignidade dos registos
contabilísticos. Geralmente incluem os seguintes controlos: sistema de autorização e aprovação;
separação das funções de estruturação e elaboração dos relatórios contabilísticos daquelas
ligadas às operações ou custódia dos valores e o controlo físicos sobre estes valores.
Segundo Costa (2010) o controlo interno administrativo constitui o ponto de partida para o
controlo interno contabilístico. Isso acontece porque só a partir do planeamento e da
autorização de transacções que se pode efectuar os seus registos e fazer uma fiscalização de
forma apropriada. Ou seja, é após a realização dos factos que não só afecta o controlo do
património, o controlo interno administrativo como o contabilístico encontra-se em todos os
departamentos da entidade.
Apesar de algumas semelhanças entre eles, diferem-se uma da outra em alguns aspectos:
enquanto o controlo interno administrativo busca pela obtenção de resultado eficiente e eficaz,
o controlo interno contabilístico zela apenas na consecução de informações financeiras
credíveis. O controlo interno contabilístico ao contrário do administrativo pode
significativamente afectar os registos e consequentemente as demonstrações financeiras, logo, é
13
preciso ter bastante atenção neste tipo de controlo e ter uma atenção muito especial quer do
auditor interno quer, sobretudo, do auditor externo (Costa, 2010).
Morais e Martins (2007: 31), classifica o controlo interno em cinco tipos, a fim de evitar
ocorrências de erros, a gestão deve implementar os controlos internos adequados, os quais
podem ser:
Preventivo – que servem para impor que os factores indesejáveis ocorrem. São considerados
controlos “a priori”que exprime imediatamente o funcionamento em impedido que
determinadas transacções se processam.
Detectivos – servem para identificar ou corrigir factos indesejáveis, que já tenham ocorrido.
Falta de interesse por parte do órgão de gestão na manutenção de um bom sistema de controlo;
14
Relação Custo/Benefício: a adopção e implementação de qualquer sistema de controlo interno
pressupõem que o custo não exceda os benefícios que se esperam obter;
Existência de erros humanos, conluio e fraudes: se as pessoas que trabalham na empresa não
forem razoavelmente competentes e moralmente íntegras, o sistema de controlo interno, por
mais sofisticado que seja, será forçosamente falível;
Controlo financeiro externo é aquele que é realizado por um organismo externo independente
de entidade controlada que fiscaliza as actividades financeiras realizada pela instituição tanto a
de a arrecadação das receitas como também de realização das despesas.
15
Controlo prévio – acção que tem por objectivo a verificação, antes da respeitava produção de
efeitos financeiros, se determinados actos e contratos a ela se subordina por forca da Lei, em
que avergoa que estes estão conforme as normais vigentes e seus encargos tem seu devido
cabimento em verba do orçamento.
Controlo concomitante – Acção que é efectuado quando a actividade estas a se realizar, isto é,
esta se realizam simultaneamente com a execução operacional das actividades, tem a função de
prevenção de ocorrências de irregularidade e de alocação de recursos inadequados do
respectivo controlo interno.
Por sua vez, a eficácia do sistema externo aumentaria sensivelmente se o interno, em tempo
útil, o mantivesse de igual modo informado de ocorrências questionáveis, abusos,
irregularidades e desvios porventura constatados durante a execução dos programas
governamentais
16
Todo o aparato institucional e normativo, estabelecido em normas constitucionais e
infraconstitucionais a respeito do controlo, visa a que se conheçam os actos praticados pelos
gestores públicos na utilização dos recursos pertencentes ao povo.
De acordo com Mozzicafreddo (2013: 2) diz que Prestar contas ou a Accountability no Estado
democrático não é apenas um dever dos cidadãos e governantes, pois também envolve os
cidadãos nas decisões que lhes dizem respeito, nomeadamente nos assuntos sobre como é
regido o dinheiro público e o património público Neste sentido, Mozzicafreddo (2003: 3) define
a prestação de contas como:
17
Tavares (1996) sustenta que “O ordenamento jurídico-administrativo e financeiro assenta no
princípio de responsabilidade”. Porquanto, o objectivo da responsabilidade está na liberdade,
traduzida pela razão.
De acordo com Mozzicalfreddo (2003), a ideia de prestar contas foi transportada pelas
entidades públicas como instrumento de controlo financeiro, tanto do ponto de vista de
Orçamentos dos programas e medidas implementadas, como em torno da relação
custo/beneficio, ou seja, critérios orientados pelos indicadores da eficiência e de controlo
orçamental
18
Numa outra perspectiva O‛Donnell (1998).O accountability horizontal, que e aquela que se
enquadra neste estudo, pressupõe que existem órgãos próprios de Estado detentoras de poder e
capacidade, legal e de facto para realizar acções, tanto de monitoria de rotina quanto de
imposição de sanções criminais em relação a acções ou emissões ilegais exercidas por outros
órgãos e agentes do Estado.
c) Accountability social (ou societel) que não esta ligado ao cidadão e ao voto, mas ligado
as diversas entidades sociais como associações, sindicatos, ONG‛s, que investiga e
denunciam abusos cometidos, e cobram responsabilização.
Controlo, actuando para a verificação dos aspectos acima referidos, há-de incidir sobre
diferentes actos da administração, praticados com vistas à realização dos programas,
projectos e metas por ela traçados, assim como para a satisfação de outras obrigações.
19
Poderíamos dizer, então, que o controlo compreende, exemplificativamente, os seguintes
objectos:
Por sua vez Jund (2008), diz que, o plano de contas de uma entidade tem como objectivo
atender, de maneira uniforme e sistematizada, ao registo contabilístico dos actos e factos
praticados pela entidade. Desta forma, proporciona maior flexibilidade na gestão e
consolidação dos dados e alcança as necessidades de informações dos usuários.
Sua entrada de informações deve ser flexível de modo a atender aos normativos, gerar
informações necessárias à elaboração de relatórios e demonstrativos e facilitar a tomada de
decisões e a prestação de contas.
20
6.4.4. Controlo Interno como Instrumento na Prestação de Contas ao Controlo Externo
A prestação de contas é dever de todos os gestores ou qualquer que faça uso dos recursos
públicos, é inclusive uma imposição da lei, mas se ainda assim o gestor público deixar de fazê-
la estará sujeito à intervenção nos termos dos dispositivos constitucionais.
Percebe-se que os métodos e procedimentos adoptados pelo controlo interno devem ser
avaliados pelo controle externo para que se possa determinar o nível de confiança e Segurança
das informações fornecidas pelo controlo interno. A cooperação dos órgãos do controle interno
ao controle externo pode apresentar alguns elementos aspectos positivos como: facilidade de
acesso às informações adquiridas pela Experiência na estrutura formal e informal da entidade e
maior rapidez para conseguir as Informações com segurança e fidelidade.
O controlo externo e o controle interno devem funcionar integrados para assegurar uma
fiscalização dos actos da Administração Pública. Portanto, quando bem exercido com seus
mecanismos de acção compreendendo a aplicação das técnicas apropriadas, com adequado
planeamento o sistema de controlo interno revela-se de grande importância para administração
além de ser de grande valor para prestação de contas ao controle externo.
21
De acordo com Rodrigues (2005) em relação à associação entre controlo interno e controlo
externo, são vários os autores que defendem que ambos devem actuar de forma integrada e
congruente, cooperando e interagindo com o intuito de aumentar a eficácia e eficiência das
organizações, diminuindo custos e aumentando a sua confiança e qualidade. As próprias
entidades reguladoras de auditoria defendem, nas suas normas e a cooperação entre controlo
interno e controlo externo.
O controlo interno é considerado por alguns autores como um elemento crucial para o controlo
externo, na medida em que aumenta a confiança da informação contabilística para o controlo
externo, pois a estrutura, a funcionalidade, a competência técnica e o grau de integração do
controlo de uma organização funciona como base para o controlo externo (Filho, Lopes,
Pederneiras, & Ferreira, 2008; Rodrigues, 2005).
Outros autores enfatizam igualmente a necessidade de existir uma congruência entre ambos os
controlos, uma vez que o controlo externo recorre, quase sempre, à informação prestada pelo
controlo interno sendo que um dos objectivos do controlo interno é, precisamente, dar apoio ao
controlo externo (Diniz, Filho, Libonati & Fragoso, 2004).
Por outro lado, do ponto de vista do controlo externo, este é igualmente importante, tendo um
papel de extrema relevância no desenvolvimento e no aperfeiçoamento do controlo interno. e
na verificação do mesmo, aferindo se este está a funcionar e a ser utilizado de forma eficaz e
eficiente, tal como os órgãos de gestão esperam. Deste modo, o controlo externo elabora um
parecer relativamente às condições de legalidade e ecumenicidade dos actos de gestão
colocados em acção através dos sistemas de controlo interno. Dinis et al. (2004).
De facto, a revisão do controlo interno por parte do controlo externo tornou-se um padrão
consagrado na auditoria, porque, apesar do controlo interno ser alvo da responsabilidade dos
órgãos de gestão, a validação da sua existência e do seu funcionamento faz parte do trabalho do
auditor independente Attie (1998). Segundo o mesmo autor, a avaliação do controlo interno
pelo auditor independente auxilia-o no estabelecimento dos procedimentos mais adequados de
auditoria.
De acordo com Diniz et all (2004) Por esta razão, não é difícil perceber que uma maior
interacção e cooperação entre os dois tipos de controlo irão promover uma maior transparência
ao nível da gestão, e uma maior rapidez na detecção de erros e irregularidades, sendo
22
extremamente vantajoso para qualquer organização. Salienta a importância do controlo interno
para a administração pública e para o controlo externo
De acordo com o Tribunal Administrativo Moçambicano (2004) defende que controlo interno e
controlo externo devem colaborar entre si e se devem complementar, com o intuito de
estabelecerem um sistema integrado de controlo financeiro e diminuir a duplicação de esforços.
Deste modo, defende o acesso aos planos e programas de auditoria por parte de ambos os
controlos, encontros periódicos para discutirem os assuntos de interesse comum, a
obrigatoriedade de elaboração e envio de relatórios que sejam de interesse para o Tribunal
Administrativo, a criação de mecanismos de partilha de informação, técnicas e métodos de
auditoria, e a análise do controlo interno por parte do controlo externo, no sentido de verificar a
sua actuação e a sua qualidade.
23
7. MATERIAL E MÉTODOS
7.1. Metodologia
No entender de Nereci (1978:15), a metodologia é o conjunto coerente de procedimentos
racionais ou práticos racionais que orientam o pensamento para ser alcançados conhecimentos
validos. A realização de qualquer pesquisa pressupõe a estruturação de um método a fim de
guiar os passos do pesquisador e possibilitar a sua replicação quando conveniente. Assim, o
projecto metodológico deve ser cuidadosamente pensado e baseado na natureza do problema,
objecto de estudos nas características da pesquisa a ser realizada.
Método histórico
O método histórico permitiu-nos trazer à luz, todo o conjunto de acontecimento que deram
origem o controlo financeiro, no contexto das reformas de controlo administrativas, financeiras
24
de administração pública. Método histórico consiste em pesquisar os acontecimentos, processos
e instituições do passado para verificar sua influência nos dias de hoje, Gil (1999:73). Este
método permitiu ao pesquisador analisar a evolução das actividades levadas a cabo pelo DPS
através de entrevistas aos chefes ligado ao sector, tendentes a melhoria do processo de controlo
financeira da DPS.
Método Estatístico
De acordo com Marconi (2009:93) diz que o método estatístico significa redução de fenómenos
sociológicos, políticos, económicos. A termos quantitativos e a manipulação estatística, que
permite comprovar as relações dos fenómenos entre si, e generalizações sobre sua natureza,
ocorrência ou significados. O método estatístico permitiu fazer uma leitura, em termos de
incidência percentual da contribuição do Controlo financeiro na administração pública,
especialmente da DPS.
Método Monográfico
De acordo com Gil (1999:73), o método monográfico consiste num estudo empírico que
investiga o fenómeno actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o
fenómeno e o contexto não estão bem definidos o pesquisador deslocou-se ao DPS para aferir
in foco as actividades desenvolvidas pelo administrador público no sentido de melhorar o
processo de controlo financeiro na DPS.
25
admitindo que estes possam, de alguma forma constituir o universo. Este tipo de amostragem é
muitas vezes aplicado em estudos de carácter qualitativo, Morreira (2006:73).
E foi levado a cabo o estudo no campo para melhor sistematizar o processo de colecta de dados
baseado no questionário pessoais englobando questões fechadas
Total 62 25 100%
26
8. ESTUDO DE CASO
8.2. Missão
A missão reflecte a vontade política do MISAU de, efectivamente, dirigir a prestação de
melhores serviços para acelerar os progressos nas áreas prioritários, bem como introduzir
reformas centradas na descentralização e fortalecimento das parcerias para melhor
responder as necessidades dos cidadãos e tirar o maior proveito dos benefícios de saúde.
Desta forma os cidadãos poderão desfrutar de melhor oportunidades para uma vida
saudável e produtiva, que os conduza a mais benefícios de vida e lhes possibilite dar o
seu contributo para o desenvolvimento nacional.
8.3. Visão
A declaração da visão para o futuro, expressa e seguida tem o propósito de orientar o
estabelecimento de metas e pontos de referências para o curto e médios prazos. Ela vai
para ale do período de vigência do actual plano estratégico do sector da saúde
assumindo-se que possa permanecer relativamente estáveis ao longo dos anos, e procura
enquadra o papel do sector na agenda nacional de desenvolvimento. Assim, a visão do
sector para os próximos anos será a de:
27
Qualidade
Envolvimento comunitário
Investigação e Inovação tecnológica
Integridade, transparências e prestação de contas
Directora
Provincial
Acessores
Departamento de
Departamento de Departamento de
Administração e UGEA
Recursos Humano Saúde publica
Finanças
28
8.6.1. Dados da entrevista e questionário
Neste subcapítulo apresenta-se analise e interpretação de dados inqueridos por questionário e
entrevista, em que os aspectos relacionados com a existência do controlo internos na
instituição, a prestação de conta são colocados a discussão.
30
25
20
15
10
0
e e l a
ss ss na to ur do to
cla cla sio r ala ic at ts ra en
10 12
s a
en e am
ofi ch M or
pr Ba lic ut
o
ico D
écn
T
Para esses funcionários que estão a exercer suas tarefas, não exigem tanto o conhecimento
técnico, e com o nível de licenciado em diversas áreas que estão a actual vai-se descriminar o
controlo interno em diversas áreas também porque muitas tarefas exercida não exigem
conhecimentos adquirido no ensino superior baste tem um licenciado para auxiliar a execução.
29
Gráfico 2: As reconciliações bancárias são verificadas por outro funcionário distinto a sua
realização
12
10
0
Sim Não Algumas vezes Constante
Segundo os inquerido o controlo financeiro tem melhorado cerca de 40% este inquirido
acredita no melhoramento do controlo cada vez mas ao passar do tempo, os funcionários
precisa saber que realmente estão ser controlado no exercício das suas competências acerca do
envolvimento de uso de recursos financeiro, 20% não acredita, 30% dizem em algumas vezes e
10% dizem que o controlo financeiro tem mostrado constante ao longo do tempo.
O controlo financeiro melhora ao longo do tempo, vai-se verificar outros problema que vão
condicionar o controlo para melhorar no dada momento, em que os controlo devem beneficiar a
todos os dirigente não pode criar controlo interno que só os subordinado cumpra mais também
este deve cumprir.
30
Gráfico 3: A quanto tempo exerce sua função na DPS
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1 á 5 Anos 6 á 10 Anos 11 á 15 Anos > 16 Anos
Neste gráfico percebe-se que no intervalo de 1 á 5 anos dos trabalhadores inquerido tem uma
proporção de 15%, no intervalo de 6 á 10 anos corresponde 30% os trabalhadores inquiridos,
no intervalo de 11 á 15 corresponde 40% e os trabalhadores inquirido a mais de 16 anos são
10%.
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sim Não Não Sei
A maioria dos inqueridos afirma que na realização de uma despesa a instituição detém
documentos administrativos, é que corresponde a 60% seguido de 24% que dizem Não e os
restantes 16% não estão inteirado com a questão.
De acordo com Manual de Administração Financeira do Estado é que todas instituições deve
seguir este manual na realização das despesas, e este manual diz que na realização das despesas
31
deve-se formar documentos administrativos que vai servir de base para a justificação de uso
dos recursos financeiros disponibilizado pelo Estado. Segundo (Tavares, 1996) É também
necessário instituir controlo interno que visem garantir a obediência da ordem jurídica e que
salvaguardem os direitos e interesses definidos, sendo importante ressalvar que o controlo
financeiro serve para verificar se esses actos estão devidamente aplicados para proporcionar o
uso adequado dos dinheiros públicos sempre em benefício dos interesses públicos.
30
25
20
15 Sim
Nao
10
0
1 2
Segundo o gráfico todos inqueridos dizem que aos mecanismos de controlo internos são bons, o
que corresponde a 100 %. O chefe diz que os mecanismos do controlo interno permitem ao
funcionários compreender a importância do controlo interno, facilitando deste modo o trabalho
de cada departamento. Porém o que possivelmente motivaria à todos trabalhadores a participar
no melhoramento de alguns serviços.
32
No âmbito do controlo financeiro da Administração Pública, a DPST, tem prestado
contas?
Prestação de contas pressupõe, a existência de um conjunto de leis e instituições com a missão
de supervisionar o cumprimento desta obrigação. Os inqueridos, foram unânimes em dizer que o
DPST, presta contas. Sendo assim, importa referir neste contexto que prestar contas é uma
obrigação imposta por lei dentro destas obrigações os administradores públicos tem essa
obrigatoriedade de prestar contas, para tornar transparente Administração Pública, nos termos do
artigo n° 81 da Lei n° 14/2014 de 14 de Agosto, republicada na Lei nº 8/2015 de 6 de Outubro.
Gráfico 6: pagamento de salário é efectuado por funcionário diferente da que efectua o seu
processamento
16
14
12
10
8
6
4
2
0
sim Não Não sei
Os inqueridos afirmaram a pessoa que faz o pagamento das facturas são diferentes com a
pessoa que faz o processamento, em que a informação reportada no fim de exercício é fiável
para a prestação de conta, o que corresponde a 60% dos inqueridos dizem Sim, e 16% dos
inquerido dizem Não e o restantes 24% não estão inteirado sobre a informação.
33
Gráfico 7: O controlo financeiro realizado pela instituição é eficaz na prestação de conta
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
sim Não Não sei
A maioria dos inqueridos afirma que o controlo financeiro realizado pela instituição é eficaz na
prestação de conta, corresponde a cerca de 72% dos inqueridos que dizem Sim. Em torno dessa
informação nem todos funcionários tem conhecimento clara e concisa, mas a prestação de conta
feita com a DPST atinge o nível desejado da eficácia em que chega a recompensar o controlo
interno feito, ajuda para alcançar a eficácia dos resultados esperado. Para que haja uma
satisfatória prestação de contas é necessário que exista um sistema de controlo interno que
ofereça ajuda para a realização das fiscalizações, por meio de inspeções e auditorias.
De acordo com Mozzicalfreddo (2003), a obrigação de prestar contas foi transportada pelas
entidades públicas como instrumento de controlo financeiro, tanto do ponto de vista de
Orçamentos dos programas e medidas implementadas, como em torno da relação
custo/beneficio, ou seja, critérios orientados pelos indicadores da eficiência.
Para (Ana Pinto, Paula dos Santos e Tiago de Melo, p. 301) existe três formas de controlo:
Auto controlo: a exercer pelos próprios organismos e na sequencia das
responsabilidade presumidas de organização contabilística e operacional;
Controlo interno: sucessivo e sistemático da gestão, através de auditorias a
realizar nos organismos por entidades com competências para tal;
Controlo externo: a exercer pelo Tribunal de contas.
34
Da diferenciação entre os dois tipos de controlo, interno e externo, se identificar o controlo
disciplinar, necessariamente interno, do controlo financeiro, consequentemente externo.
Portanto nesta ordem de ideias, segundo os inqueridos, responderam que existe dois tipos de
controlos financeiros externos e internos.
Gráfico 8: Como actua o sector do controlo interno nos procedimentos financeiro da entidade
25
20
15
10
0
Bem Mal
Segundo os inquerido o controlo interno, actua cerca de 80% este inquirido acredita o o
controlo interno está “bem”, e os restante 20% dizem que o controlo interno tem actuado “mal’
em relação ao favoritismo que se verifica entre funcionários que tem cargo.
Como ensina Tavares (1996), “toda a actividade de gestão ou administração exige, para a sua
eficiência e eficácia, um adequado sistema de controlo interno, podendo mesmo considerar-se
indissociáveis os sistemas de gestão pública e da gestão privada”. O sistema de controlo está
relacionado com a gestão que deve ser desempenhada por órgãos e serviços de fiscalização, de
modo a possibilitar a legalidade estabelecida pela Lei e a dar aos cidadãos e seus representantes
no parlamento o conhecimento de como são administrados os recursos financeiros e
patrimónios públicos, levando ao apuramento de resultados.
35
Gráfico 9: Elabora-se informações de tipo contabilístico e financeiro que auxilia a prestação de
conta.
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Sim Não Não sei
De acordo com o inquérito feito cerca de 72% dizem “Sim”, aceitam que a entidade elabora
informações do tipo contabilístico e financeiro que auxilia a prestação de conta dia-a-dia sobres
as transações, 20% dos inqueridos dizem “Não” nega a existência dessas informações
elaborado em cada dia e os restantes 8% dizem “Não sei’ estes não estão inteirado sobres a
questão em causa.
Segundo (Franco, 1995) Por esta razão, o controlo financeiro avalia a legalidade específica e a
regularidade contabilística, analisando, de igual modo, se as receitas foram cobradas de acordo
com o Orçamento e se as despesas foram devidamente executadas. Para além do mais, também
se analisa a integridade dos valores públicos e a fidelidade dos gestores, com as
correspondentes relações de confiança e responsabilidade.
Como é feita a comunicação dos resultados do controlo financeiro efectuada pelo DPST ?
Todos responderam que a comunicação dos resultados por este órgão efectua-se mediante
relatórios escritos.
Nesta ordem de ideias, o T.A. emite o relatório de auditoria e/ou de inspecção dependendo do
caso que narra todos factos detectados no âmbito da fiscalização da execução do orçamento,
36
recomendando, imputando todas as infracções financeiras detectadas, nos termos da Secção I,
Capítulo VI da Lei nº 14/2014 de 14 de Agosto republicada pela Lei nº 8/2015 de 6 de Outubro.
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
9.1. Conclusão
Neste presente trabalho de fim de curso concluiu se que é muito importante fazer o controlo
financeiro na administração pública, pós as instituições pública tem a obrigatoriedade de prestar
conta no fim de um exercício para permitir a transparência do uso das dotações orçamentais que
são colocadas a disposição para que se possa realizar suas actividades no exercício económico.
Verifica-se que a aplicação do mecanismo de Accountability proporcionou maior
responsabilização por parte dos gestores. o controlo financeiro como mecanismos para
capacitar e coadjuvar os licitantes a determinação e identificação de acções ilegais e punição.
Entre vários objectivos específicos, foram alcançados a destacar o de compreender até que
ponto o controlo financeiro no direcção Provincial de Saúde Tete é importante na prestação de
contas, em que o controlo interno esta relaciona com todos procedimento administrativos e
financeiro e esta condiciona as actividade de uma entidade.
Em relação a hipótese principal levantada, no presente estudo, foi confirmado que o controlo
financeiro da DPST não é o instrumento eficaz na prestação de conta. Rejeitamos H 0 e
37
aceitamos que o controlo financeiro na administração publica e o instrumento eficaz na
prestação de conta. Isso porque a prestação de conta feita no período passado mostra a
contribuição do controlo financeiro
9.2. Sugestões
A direcção provincial de saúde de Tete deve fazer a actualização do Manual de procedimento
Administrativos e Financeiros, para estar a agir com procedimentos que estão uso e a Lei
vigente.
38
10. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGÉLICO, João. Contabilidade publica.8ᵒedicao. São Paulo: Atlas, 1994.
CASTRO, D. P. de. Auditoria e controle interno na administração pública. São Paulo: Atlas,
2008, 112;
MARELLES, Direito Administrativo, 16ª edição, Editora revista dos Tribunais, 2005,64;
39
LAKATOS, M., Metodologia de Trabalho científico, 6ª Edição, Editora Atlas. São
Paulo,1992,91;
COSTA, C. B. Auditoria Financeira: Teoria & Prática. 9ª ed. Rei dos Livros, 2010. ISBN: 978-
989-8305-11-4.
Lei 26/2009 de 29 de Setembro, Atinente a Lei que aprova o regime relativo a organização,
funcionamento e processo da 3ᵒSeccao do Tribunal Administrativo.
40
Diploma Ministerial nᵒ134/2000, de 27 de Setembro, Aprova o Regulamento Interno da
Inspecção Geral de Finanças;
41
APÊNDICE
42
APÊNDICE I. GUIÃO DE ENTREVISTA DIRIGIDO AOS DIRIGENTES
43
QUESTIONÁRIOS DIRIGIDOS AOS FUNCIONÁRIOS DA DPST
O presente questionário é parte integrante de um estudo que se pretende realizar sobre o tema:
Controlo Financeiro na Administração Pública como o instrumento de eficácia na prestação de
conta: Estudo da Caso da Direcção provincial de saúde de Tete
A sua participação e de extrema importância para o desfecho desta pesquisa. Sendo assim, peço
a sua colaboração para responder o questionário de maneira clara, objectiva e sincera.
Contacto: 844501349
44
APÊNDICE II: QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS FUNCIONÁRIOS DA DPST
I – Identificação pessoal:
1 à 5 Anos
6 à 10 Anos
11à 15 Anos
> 16Anos
Habilitações Académicas
<10 ͣ Classe Licenciatura
<12 ͣ Classe Mestrado
Técnico Doutoramento
Profissional
Bacharelato
Outros:
Categoria Profissional
Assistente Técnico de informática
Administrativo
Técnico Administrativo Técnico superior
Técnico Assistente universitário
Outra:
45
2. Faixa Etária
II. Questionário sobre o Controlo financeiro na área financeira e administrativa, nesta secção tem
como objectivo averiguar os aspectos importante a cerca da existência do CI na entidade, em que ao
responder as questões abaixo indicado assinala com X a opção correcta na tua percepção e da sua
opinião ou acréscimo acerca do assunto (observação) se possível.
Sim ( )
Não ( )
N/A ( )
Sim ( )
Não ( )
N/A ( )
Observação:______________________________________________________________
3. As reconciliações bancárias são verificadas por outro funcionário distinto a sua realização.
Sim ( )
Não ( )
N/A ( )
Observação:_________________________________________________________________
46
4. Como actua o sector do controlo interno nos procedimentos financeiro da entidade?
Bem ( )
Mal ( )
Observação:______________________________________________________________
Sim ( )
Não ( )
N/A ( )
Observação:____________________________________________________________
6. Pagamento das facturas é efectuado por funcionário diferente de que efectua o seu
processamento?
Sim ( )
Não ( )
N/A ( )
Sim ( )
Não ( )
N/A ( )
47