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Expedição 24 – Apelo

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Expedição 24 – Apelo

Fase II
1. Quando e como surgiu o Escutismo e o CNE

Em 1907, dão-se os primeiros passos para o aparecimento do Escutismo.


Banden-Powell, um militar inglês, que publicara um livro intitulado “O auxiliar do
explorador”, foi solicitado para adaptar os seus métodos de observação e
exploração, para a formação de jovens. Assim, a 25 de Julho de 1907, partiu
com vinte rapazes, organizados em quatro Patrulhas (Corvo, Maçarico, Touro e
Lobo) para a ilha de Brownsea, onde se realizou o primeiro acampamento de
Escuteiros. Este acampamento foi tão bem sucedido, que B.P. resolve publicar
todas as experiências vividas e conhecidas, de modo a despertar nos jovens o
gosto pelas aventuras, num livro a que chamou “Escutismo para Rapazes”.

Este livro foi primeiramente publicado em fascículos quinzenais nos primeiros


meses de 1908 e teve tão grande aceitação que, por toda a Inglaterra se
formaram novas Patrulhas de Escuteiros.
O Escutismo cresceu rapidamente e de tal forma que nos fins de 1908, apenas
alguns meses depois de ter surgido, havia já cerca de 60.000 Escuteiros
espalhados por vários países.
Em 1920, no 1º Jamboree Mundial, em Londres, B.P. foi aclamado Chefe
Mundial dos Escuteiros.
Durante o ano de 1922, realizou-se em Roma o Congresso Eucarístico
Internacional; da representação portuguesa tomou parte o Senhor Arcebispo D.
Manuel Vieira de Matos e o seu secretário, Senhor Dr. Avelino Gonçalves. Ao

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verem as brilhantes actuações dos Escuteiros Católicos Italianos, ficaram tão


bem impressionados, que logo pensaram fundá-los em Portugal.

Em 27 de Maio de 1923 nasce em Braga o “Corpo de Scouts Católicos


Portugueses”, mais tarde denominado Corpo Nacional de Escutas.
O Escutismo continuou a crescer e a expandir-se para todos os pontos do globo.
Hoje, somos mais de 28 milhões de Escuteiros, distribuídos por cerca de 150
países.
Alguma datas da história do escutismo

1907 – Acampamento na ilha de Brownsea – O 1º Acamapamento.


1908 – Publicação do “Escutismo para Rapazes”.
1909 – Primeira concentração de 11.000 Escutas no Crystal Palace, (Londres)
1910 – A instância do Reu Eduardo VII, B.P. deixa o exército para se dedicar
inteiramente ao Escutismo.
1911 – Dão-se os primeiros passos do Escutismo em Portugal.
1912 – Funda-se em Lisboa a Associação de Escoteiros Portugueses (A.E.P.)
1916 – Início oficial do Lobitismo. Aparece o Livro “Manual do Lobito”.
1918 – Início oficial do Caminheirismo.
1919 – Abertura do Campo Escola Internacional de Dirigentes, em Gilwell Park
(Londres)
1920 – Primeiro Jamboree Mundial, em Olimpya, Londres.
1923 – (27 de Maio) – Fundação em Braga, do C.N.E.
1941 – 8 de Janeiro – morre B.P. no Quénia, África.

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2. Como se organiza o C.N.E.

O Corpo Nacional de Escutas está organizado pedagogicamente em 4 secções,


associadas a faixas etárias, com nomenclaturas próprias. Dentro de cada
secção, os jovens organizam-se em pequenos grupos, tendo cada elemento uma
função específica.

Descrição da Iª Secção
 Os elementos são denominados Lobitos;
 Os Lobitos estão divididos em Bandos de 4 a 7 elementos;
 Denomina-se Alcateia a Unidade formada pelos Bandos de Lobitos;
 Cada Alcateia tem de 2 a 5 Bandos;
 Cada um dos Bandos designasse e distingue-se por uma das seguintes
cores, escolhida pelos respetivos Lobitos e que figura no distintivo de cada
Lobito e na bandeirola de Bando: branco, cinzento, preto, castanho e
ruivo;
 O patrono da I Secção é São Francisco de Assis;
 A cor representativa desta secção é o Amarelo.

Descrição da IIª Secção


- Os elementos são denominados Exploradores;
- Os Exploradores estão divididos em Patrulhas de 4 a 8 elementos;
- Denomina-se Expedição a Unidade formada pelas Ptrulhas de Exploradores;
- Cada Expedição tem de 2 a 5 Patrulhas;
- Cada Patrulha designa-se pelo nome de um animal, o Totem, cuja silhueta
figura na bandeirola da Patrulha e cujas cores do distintivo distinguem os seus
membros;
- O patrono da II Secção é São Tiago Maior;
- A cor representativa desta secção é o Verde.

Descrição da IIIª Secção

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- Os elementos são denominados pioneiros;


- Os Pioneiros estão divididos em Equipas de 4 a 8 elementos;
- Denomina-se Comunidade a Unidade formada pelas Equipas de Pioneiros;
- Cada Comunidade tem de 2 a 5 Equipas;
- Cada Equipa escolhe para Patrono um Santo da Igreja, Pioneiro da
Humanidade ou Herói Nacional, cuja vida os Pioneiros devem conhecer e tomar
como modelo de acção;
- O patrono da III Secção é São Pedro;
- A cor representativa desta secção é o Azul.

Descrição da IVª Secção


- Os elementos são denominados Caminheiros;
- Os Caminheiros estão divididos em Tribos de 4 a 8 elementos;
- Denomina-se Clã a Unidade formada pelas Tribos de Caminheiros;
- Cada Clã tem de 2 a 5 Tribos;
- Cada Tribo escolhe para Patrono um Santo da Igreja, Benemérito da
Humanidade ou Herói Nacional, cuja vida os Caminheiros devem conhecer e
tomar como modelo de acção;
- O patrono da IV Secção é São Paulo;
- A cor representativa desta secção é o Vermelho.

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Estrutura Orgânica do CNE


A estrutura baso do Corpo Nacional de Escutas (CNE) é o Agrupamento Local,
a comunidade local, normalmente integrada numa paróquia, composta pelos
diferentes grupos etários em que se repartem, quanto à idade e
desenvolvimento, os jovens associados. O Agrupamento é liferado por um
elemento eleito, o Chefe de Agrupamento, que constitui uma equipa executiva,
a Direcção de Agrupamento, aprovando o seu plano e relatório anual em
Conselho de Agrupamento, o órgão deliberativo do Agrupamento.

Cada Agrupamento integra-se numa Região Escutista, com uma equipa de


coordenação regional eleita, a Junta Regional, uma equipa de
acompanhamento e fiscalização eleita, o Conselho Fiscal e Jurisdicional
Regional, tendo como órgão deliberativo o Conselho Regional. Algumas
regiões, pela sua dimensão, possuem ainda uma estrutura intermédia, o Núcleo,
com Junta de Núcleo eleita e Conselho de Núcleo.

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A nível nacional, a função executiva é exercida por uma equipa eleita, a Junta
Central, a função fiscalizadora pelo Conselho Fiscal e Jurisdicional Nacional,
sendo o órgão deliberativo o Conselho Nacional (Plenário ou de
Representantes).
Nos diferentes níveis, os processos eleitorais são geridos por Comissões
Eleitorais e os Conselhos (Assembleias) por equipas eleitas que constituem a
Mesa do Conselho.

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3. Quem foi Baden-Powell

Robert Stephenson Smith Baden-Powell, o Fundador do nosso movimento,


conhecido pelos Escuteiros mundialmente por B.P., nasceu em Londres a 22 de
fevereiro de 1857. Perdeu o pai ainda muito novo, mas, apesar das dificuldades
da sua mãe em sustentar a família, ele e os irmãos levaram uma juventude
divertida, vivendo intensamente a vida ao ar livre em acampamentos, e
excursões pelos bosques de Inglaterra e navegando nos seus rios. Baden-
Powell foi um aluno normal, muito participativo, tomando sempre parte activa em
tudo o que se passava nas horas de recreio, tornando-se até um excelente
guarda-redes do grupo de futebol da escola da Cartuxa.

Também no teatro demonstrou talento e, sempre que entrava num espectáculo,


fazia rebentar de riso toda a escola, imitando com muita graça os diversos
professores. Os seus dotes artísticos manifestaram-se igualmente na música e
no desenho, pois sabia tocar alguns instrumentos e tornou-se bom ilustrador,
arte que aplicou mais tarde nos livros e artigos que escreveu.
Terminados os estudos Baden-Powell ingressa no exército, carreira onde se
tornou um bravo e famoso militar; ainda novo, atingiu o posto de general, o que
não era vulgar. Prestou serviços na Índia e em África e, naquelas distantes
paragens atravessou florestas, rios, montanhas e desertos, conviveu imenso
com as populações nativas, aprendendo inúmeros segredos da vida ao ar livre,
tornando-se hábil explorador, cavaleiro, desportista e caçador.

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Foi no ano de 1889 que B.P. atingiu a glória e a fama, pois defendeu, durante
vários meses, a cidade de Mafeking, na África do Sul, durante a guerra com os
boers.
Com o decorrer do cerco, B.P. observou de perto as capacidades dos rapazes,
pois estes, enquanto o reduzido número de adultos combatia, desempenhavam,
na perfeição, pequenas tarefas, algumas delas, até muito importantes.
A vida de B.P. foi sempre uma constante aventura e ele encarou-a com muito
optimismo, procurando constantemente o lado melhor das coisas.
Os mistérios e as aventuras ao ar livre são descritos no seu livro “Escutismo para
Rapazes”, que escreveu quando regressou a Inglaterra no ano de 1907.
Esse livro caiu no agrado da rapaziada porque a incitava à aventura, à realização
de tarefas, a ser forte e a bastar-se a si próprio, isto é: a sobreviver em qualquer
circunstância. Tal entusiasmo gerou o livro de B.P. que deu origem ao
Escutismo.
A conselho do Rei de Inglaterra, B.P. deixou a vida militar e passou a dedicar-se
exclusivamente ao Escutismo. Por essa altura, casa-se com Olave St. Claire
Soames, a qual se tornou um forte apoio no seu trabalho de desenvolvimento,
quer do Movimento Escutista, quer do Movimento Guidista (uma versão do
Escutismo para raparigas).
Com 81 anos de idade, B.P. sentiu que os seus dias chegavam ao fim. Por isso,
na companhia da sua mulher resolveu fixar-se em África, que tanto amara.
Passou a viver no Quénia, onde viria a falecer com quase 84 anos, em 8 de
Janeiro de 1941. A morte vinha pôr termo à fabulosa existência de um dos
grandes amigos da gente nova.

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4. Conhecer a Lei, os Princípios e a Oração do Escuta

Para poder viver em sociedade, em plena harmonia com


todos, desde cedo o homem sentiu necessidade de criar
regras, leis e princípios que lhe permitissem um convívio
salutar com os outros.
Decerto conheces o relato da Bíblia que descreve a forma
como Deus entregou a Moisés as tábuas da Lei, para que o
povo de Deus as cumprisse.
Os Escuteiros também têm as suas Leis e Princípios, pelos
quais regem a sua vida.
Assim deves saber os nossos códigos de conduta,
perceberes o que te pede, e viveres a tua vida segundo os
mesmos.

LEI DO ESCUTA
1º. A honra do Escuta inspira confiança
Dar a palavra de Escuta, consiste em não mentir, ser fiel à Promessa, agir
quando sós, como se estivéssemos em público. Significa, ainda, comprometer-
se, responsabilizar-se, cumprir com seriedade o seu dever. Ser digno de
confiança e não prometer o que não se pode fazer. Ser pontual às reuniões e
outros encontros. Ser honesto, recto, sincero e franco.

2º. O Escuta é leal


Lealdade é fidelidade. Será fiel ao cumprimento da Lei, fiel aos deveres, leal com
os pais, amigos, Chefes e outros companheiros. Todos deverão ter confiança em
ti, porque o Escuta cumpre sempre a sua palavra.

3º. O Escuta é útil e pratica diariamente uma Boa Acção


É natural que tenhas tendência a pensar só em ti, mas deves ajudar os outros,
praticando todos os dias uma Boa Acção. Quantos actos de heroísmo têm sido
postos em prática por Escuteiros, alguns com o risco de vida. Não podem haver
grandes Boas Acções, se não nos prepararmos com pequenas Boas Acções.

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Cada pequenina B.A. diária é um degrau na escala da caridade. Ninguém te


pede que faças coisas excepcionais. E não te esqueças: “A melhor maneira de
ser feliz é fazermos felizes os outros”.

4º. O Escuta é amigo de todos e irmão de todos os outros Escutas


A grande força internacional do Escutismo é que todos somos irmãos, sem
distinção de raça, cor, nacionalidade ou classe social. Formamos todos uma
grande família. Sempre que encontres um outro Escuta, mesmo que não o
conheças saúda-o e prontifica-te a ajudá-lo.
Deves também ser amigo de todos, não ofender ninguém e perdoar sempre
aqueles que por alguma razão te ofenderem, mesmo que não sejam Escuteiros,
ou que não conheças.
Há tantas guerras no mundo, sejamos nós mensageiros da paz e o mundo será
melhor.
Lembra-te de Jesus e do: “Amai-vos uns aos outros como irmãos”. Vive e goza
cada momento da tua vida.

5º. O Escuta é delicado e respeitador


Baden-Powell disse-nos: “O Escuteiro é delicado para com todos, especialmente
para com as mulheres, crianças, pessoas idosas, inválidos e doentes. Sem
receber qualquer recompensa pelos serviços prestados”.
Este artigo sugere-nos que tenhamos um carácter equilibrado, nunca brusco,
nem violento. Amabilidade, delicadeza, simplicidade de coração e de atitude, ser
compreensivo, saber colocar-se na situação dos outros. Um Escuteiro nunca é
grosseiro ou incorrecto, pelo contrário, é cortez e gentil.

6º. O Escuta protege as plantas e os animais


Deus criou todas as coisas deste mundo para que os homens delas tirassem
proveito para poderem sobreviver e assim darem graças e louvores ao Senhor
do Universo. O Escuteiro é amigo dos animais e das plantas, trata deles com
carinho e nunca os maltrata. Nunca destruas um animal ou planta senão por
necessidade. Hoje o homem abusa da natureza e dispõe dela como um tirano e
dono absoluto, destruindo e matando, por prazer ou maldade, prevertendo os
planos de Deus.

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Lembra-te de S. Francisco de Assis, que ao longo da sua vida a todos tratava


por irmão: irmão rouxinol; irmã água; irmã árvore; irmão sol; etc. Guarda, pois, o
máximo respeito pelas formas em que a Natureza se manifesta, reflectindo o
poder e a bondade do Criador.

7º. O Escuta é obediente


Obedecer prontamente… sem protestar… sem insistir… sem murmurar… nem
sequer mentalmente… essa é a obediência perfeita, obediência do Escuta.
Obedecer é mais fácil que mandar. Obedecer é fazer as coisas com ordem e
perfeição, é não fazer nada a meias: trabalhos diários, boas acções, actividades,
etc.
A nossa divisa “Sempre Alerta” não traduz apenas a nossa disponibilidade para
agir, lembra também o dever da obediência. Devemos e podemos confiar nos
pais, Chefes, professores, enfim todos aqueles que querem contribuir para o
nosso bem. Porém não ser submisso e passivo a tudo o que nos quiserem impor.
A obediência supões uma atitude de nobreza e deve ser disciplinada. Hás-de
verificar quantas coisas se realizam no Escutismo só porque há ordem,
conjugação de esforços, planeamento inteligente e unidade de acção. Na
confusão ninguém se entende e nada se alcança.

8º. O Escuta tem sempre boa disposição de espírito


Ser alegre mesmo nas dificuldades torna os outros felizes. Enche a vida dos
outros, de um aroma de felicidade. Aprende a dominar a cólera e as reacções
negativas. Cultiva a boa disposição e assim tornas menos penoso o cumprimento
das nossas obrigações. A alegria tonifica a vida e resiste ao desânimo, quando
enfrentas as dificuldades com coragem e decisão.
Quando chega a tristeza o Escuta assobia, quando te zangares com alguém e
estiveres a “rebentar” experimenta sorrir ou então conta até dez.

9º. O Escuta é sóbrio, económico e respeitador do bem alheio


O ser sóbrio é ser simples e moderado nas suas atitudes e acções. Economias
significa não desperdiçar dinheiro e tempo. O dinheiro custa a ganhar e precisas
de adquirir o hábito de poupar.

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Não compres o que tu podes fazer, não deites fora nada que ainda se possa
consertar ou utilizar. Cada objecto por pequeno que seja, tem valor: um prego,
um alfinete, um lápis, etc. Tudo possui utilidade e valor, não só monetário mas
pelo respeito do trabalho de quem o fabricou. Se encontrares alguma coisa que
não te pertença, tenta saber quem é o dono, e procura que esse bem lhe volte à
mão.
Aquilo que é dos outros é para respeitares – é um dever de justiça.

10º. O Escuta é puro nos pensamentos, nas palavras e nas acções


Ser puro é compreender os dons de Deus e render-Lhe homenagem. Todo o
Escuteiro que quer ser puro tem grande ajuda na comunhão frequente.
Este artigo resume toda a nossa Lei. Se não cumpriste algum artigo, não
desanimes, porque este é o modelo que deve regular o teu procedimento. O
nosso corpo é o templo da nossa alma e como tal deve ser respeitado – a nossa
alma é a imagem de Deus, devemos venerá-la.
Medita nos 10 artigos da Lei. Verifica se o teu procedimento esteve de harmonia
com eles, a fim de que consigas alcançar a meta desejada: o aperfeiçoamento
pessoal. Assim serás um Homem, uma Mulher. Que Deus te ajude nesses
propósitos.

PRINCÍPIOS DO ESCUTA
1º. O Escuta orgulha-se da sua Fé e por ela orienta toda a sua vida
Ter fé, é conhecer a Deus, saber que nos podemos dirigir a Ele, com confiança
e amizade como a um Pai bondoso. Não necessitas de “papaguear” muitas
orações, mas sim estares convencido de que Deus existe, que nos ama e quer
ajudar. Fala-Lhe com o coração. Orienta a tua vida para seres sempre amigo
Dele, cumprindo a Sua vontade. Nunca te envergonhes de ser cristão.

2º. O Escuta é filho de Portugal e bom cidadão


Portugal tem uma longa e ilustre História. Somos das nações mais antigas da
Europa e aquela que mais benefícios trouxe ao mundo. Deves honrar este
passado respeitando a nação e os seus símbolos tais como: a Bandeia e o Hino
Nacional.

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Procura que o futuro seja igualmente nobre, valorizando-te para assim


valorizares Portugal. Lembra-te que um país só é grande, quando os seus filhos
o são.

3º. O dever do Escuta começa em casa


Parece-te que pode ser Escuta aquele que desobedece aos pais, maltrata os
irmãos, não estuda, não trabalha? Pouco vale sermos bons para os outros, se
somos maus para com os nossos. O nosso dever começa naqueles que nos
rodeiam. O arrumar o teu quarto, ajudar nas compras, tomar conta dos mais
novos, ou cuidar dos mais idosos, são formas de manifestar o teu amor aos teus.
A casa é o lugar onde viva a Família.

ORAÇÃO DO ESCUTA
O Escuteiro não só se orgulha da sua Fé, como a vive em todos os momentos.
Ao rezares a Oração do Escuta, reza-a com sentimento e confiança. Procura
decorá-la:

Senhor Jesus
Ensinai-me a ser generoso,
A servir-Vos como Vós o mereceis,
A dar-me sem medida
A combater sem cuidar das feridas
A trabalhar sem procurar descanso
A gastar-me sem esperar outra recompensa
Senão saber que faço a Vossa vontade Santa
Ámen

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5. Como se organizam os Exploradores

A Expedição de Exploradores
A Expedição é constituída por jovens dos 10 aos 14 anos
e pela Equipa de Animação, que é composta por: Chefe
de Unidade, Chefe de Unidade Adjunto e Instrutores. A
Expedição organiza-se em Patrulhas, com o número
mínimo de 5 e com o máximo de 8 elementos, que se
designam por nomes de animais (Totem).Cada
Explorador deve possuir um cargo específico na
Patrulha.
Ex: Guia, Sub-Guia, Secretário, Cozinheiro…

Na Expedição existem os seguintes encontros:


 Reunião de Patrulha, presidida pelo Guia.
 Conselho de Guias composto pelo Chefe de Expedição, Adjunto e Guias
e Sub-Guias.
 Conselho de Expedição, composto por toda a Unidade.
 Conselho de Aventura composto pela Equipa de Animação, Guias e
responsáveis pelas oficinas (ateliers).
 A sede da tua Expedição é denominada Albergue.

Totem da Patrulha
Sempre que uma Patrulha é organizada procede-se à escolha de um nome de
um animal para constituir o seu Totem.
É pois à volta desse animal Totem que tudo vai girar. Se é um animal veloz e
astuto, também os elementos da Patrulha o devem ser (é assumir na sua
vivência as características do animal). É preciso haver algo em comum entre a
Patrulha, que seja diferente das outras da Expedição.
Todos devem ter conhecimentos gerais das formas de vida, dos hábitos,
costumes, etc. do animal seu Totem.

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Lema da Patrulha
Cada Patrulha escolhe a sua Divisa/Lema, que geralmente se caracteriza, de
uma maneira ou de outra, com o animal Totem da Patrulha.
Ex: As águias podem escolher para sua Divisa “Voo alto” ou “Cada vez mais
alto”; os castores podem escolher “Trabalhai bem”; os galgos “Fiéis até à morte”;
os veados “Velozes e leais” e assim por diante.

Grito da Patrulha
Cada Explorador precisa saber dar o grito do animal da sua Patrulha. Assim,
todos os elementos da Patrulha Lobo sabem uivar, os galgos imitam o rosnar do
cão, etc.
É este o sinal pelo qual os Exploradores de uma Patrulha podem comunicar entre
si, quando escondidos ou de noite. É igualmente utilizado pelo Guia para reunir
a Patrulha.
Nenhum Explorador poderá servir-se do grito de outra Patrulha, que não seja a
sua.

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6. Quais são os cargos existentes nas Patrulhas dos Exploradores

Guia
O cargo de Guia é muito importante, pela capacidade de
liderança que implica. De facto, numa unidade onde é
correctamente implementado o Sistema de Patrulhas, o
chefe tem no guia um grande aliado na condução do grupo:
ele actua como intermediário entre a equipa de animação e
os restantes escuteiros e é a ele que compete (e nunca ao
dirigente) a liderança da Patrulha.

Ao Guia compete:
 Dirigir e animar a sua Patrulha;
 Distribuir tarefas e cargos;
 Transportar a bandeirola da Patrulha;
 Representar a Patrulha nos Conselhos de Guias
e de Aventura;
 Nomear o Sub-Guia, ouvida a Patrulha.

Sub-Guia
O Guia é acompanhado, na sua função de liderança, pelo
Sub-Guia, um elemento da Patrulha que o co-adjuva e,
também, o substitui em caso de ausência. Esta função
reveste-se, assim, de especial importância.
Para que entre Guia e Sub-Guia haja um espírito forte de
união e cooperação, é essencial que ambos se conheçam
bem. Por essa razão, o Sub-Guia não deve resultar de uma
imposição do chefe ou de uma eleição da Patrulha: deve ser
uma escolha pessoal do Guia, que tende naturalmente para
seleccionar um amigo ou um elemento com que tem
afinidades. Assim se promove a complementaridade e
interajuda.

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Compete ao Sub-Guia auxiliar o Guia em todas as suas tarefas, acompanhando-


o de forma próxima não apenas para o apoiar, mas também para ir
desenvolvendo as suas capacidades de chefia. Como este cargo é subsidiário,
o elemento que o desempenha pode acumulá-lo com outro cargo dentro da
Patrulha.

Secretário
É o especialista da Patrulha na área da comunicação, escrita, oral e audiovisual.
Terá como principais atribuições:
 Cuidar e ilustrar o Livro de Ouro da Patrulha;
 Redigir e expedir as convocatórias da Patrulha;
 Arquivar os documentos da Patrulha;
 Tratar de toda a correspondência da Patrulha.

Tesoureiro
É o especialista da Patrulha na área da intervenção económica. Terá como
principais atribuições:
 Escriturar o livro de quotas (ou folha de cálculo, se assim preferir) e
demais receitas da Patrulha e recolha das mesmas;
 Orçamentar as actividades da Patrulha, bem como o respectivo controlo
orçamental;
 Planificar as campanhas de angariação de fundos da Patrulha.

Guarda-Material
É o perito da Patrulha na conservação do seu material e equipamento. Terá
como principais atribuições:
 Inventariar e catalogar o equipamento e material da Patrulha;
 Cuidar do equipamento e material da Patrulha;
 Controlar as saídas de equipamento e material da Patrulha bem como o
seu estado de conservação;
 Prever o equipamento e material necessário à Patrulha;
 Requisitar o equipamento e material para as actividades de Patrulha.

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 Depois do trabalho de marcação estar feito e depois de todo o material


inventariado, é essencial que todo o material seja controlado, deste modo,
quando se vai para a aventura é função do Guarda-Material identificar
todo o material que foi colocado na caixa do material da Patrulha e antes
de regressar à sede é função do mesmo identificar se o material que foi
para a aventura regressa.

Animador
É o guardião das tradições da Patrulha. Tem como principais atribuições:
 - Coordenar as cerimónias e rituais da Patrulha;
 - Preparar os novos elementos da Patrulha para estas cerimónias e rituais;
 - Transmitir o historial da Patrulha;
 - Coordenar a encenação das actividades da Patrulha;
 - Planificar e coordenar o protocolo da Patrulha.

Socorrista
É o técnico de saúde da Patrulha. Terá como principais atribuições:
 - Equipar e cuidar da farmácia da Patrulha;
 - Tratar das pequenas feridas dos elementos da Patrulha, quando em
actividade;
 - Zelar pela higiene e segurança física da Patrulha das actividades.

Cozinheiro/Intendente
É o especialista da Patrulha na área gastronómica. Terá como principais
atribuições:
 - Elaborar a lista dos produtos alimentares necessários para a
alimentação da Patrulha, bem como a sua aquisição e/ou requisição à
Unidade;
 - Cuidar e enriquecer o ficheiro gastronómico da Patrulha (ementas,
receitas e riqueza nutritiva destas).

Relações Públicas/Informático

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É o especialista da Patrulha no relacionamento com pessoas e entidades


exteriores. Terá como principais atribuições:
 - Estabelecer contactos, nos mais diversos níveis com entidades
exteriores;
 - Reunir informação relativa a locais de realização de actividades
(informação histórica, cultural);
 - Manter informações sobre a Patrulha na Internet (ex: Site da Patrulha,
Blog, Hi5, Miling List, etc.);
 - Gerir todos os ficheiros informáticos usados na Patrulha (ex:
Documentos, Imagens, Cartazes, Fotografias).

Repórter
Tem como funções:
 - Documentar actividades (fotos e texto);
 - Coordenar o jornal de parede ou de papel;
 - Pode ainda fazer a ligação às novas tecnologias e preparar uma
apresentação com vídeos ou fotografias.

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7. Qual o Imaginário e Mística dos Exploradores

Mística

A descoberta da Terra Prometida: o


Explorador/Moço reconhece Deus na sua vida
e aceita a Aliança que este lhe propõe, pondo-
se a caminho tal como o Povo do Antigo
Testamento.

Depois da descoberta do Criador através da obra criada – muito em especial da


Humanidade, criada à imagem e se-melhança de Deus –, segue-se o
acolhi-mento da relação de Deus com os Homens. Esta relação tem em Deus a
sua origem, e materializa-se no firmamento de uma aliança. A Aliança que Deus
pro-põe aos homens é, num certo sentido, desigual, na medida em que, não
obs-tante a eventual infidelidade do Homem, Deus não deixa de ser fiel à sua
Aliança. Deus oferece à Humanidade a possibi-lidade de viver em paz e
felicidade, com uma descendência incontável, na Terra Prometida. Essa é a
grande promessa do Antigo Testamento.
Há um caminho a percorrer. Esse caminho tem obstácu-los, pode ser mesmo
muito difícil, pode parecer intransponível mas, com a ajuda de Deus, é possível
chegar à Terra onde «mana leite e mel» (Ex 3,8).

A Terra Prometida é uma imagem da vida em abundância prometida por


Cris-to (Jo 10,10). O Explorador e o Moço têm – como não podia deixar de
ser – Cristo Jesus como Modelo supremo e como Meta a alcançar.

Para um Explorador/Moço, a Terra Prometida personifica a realização de tudo


aquilo que o faz feliz. À medida que for crescendo, irá perceber que tudo
de-pende da relação pessoal com Cristo, o Salvador de todo o género humano.
O Explorador/Moço reconhece Deus na sua vida e aceita a Aliança que este lhe
propõe, pondo-se a caminho tal como o Povo do Antigo Testamento. Deus
oferece a garantia da Sua protecção paternal e aponta-lhe o caminho da Terra

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Prometida. No caminho, está Jesus Cristo, a figura com que o Explorador/Moço


mais se identifica. Dada a sua tendência para preferir os heróis que se batem
por causas nobres, Jesus, além de muitas outras coisas, é um excelente
exemplo a seguir. Pode ser, sobretudo, fonte de inspiração: o Explorador quer
ser como Cristo e descobrir a Terra Prometida que Ele vem no mundo inaugurar.
Jesus é, assim, aquele que indica a ‘Terra Prometida’, o exemplo máximo que o
Explorador pode aspirar a seguir.

Imaginário
O Imaginário da segunda Secção é o Explorador que parte à descoberta do
desconhecido.
A «des-coberta do desconhecido» tem como grande objectivo proporcionar uma
des-coberta de si próprio e dos outros no «caminho a percorrer», que conduza à
descoberta do amor de Deus.

Simbologia
A simbologia ajuda-nos a perceber a identidade dos Exploradores. O imaginário
da segunda secção gira todo à volta do Explorador, aquele que parte à
descoberta do desconhecido.

Como símbolos, a secção terá a Flor-de-Lis, a Vara, o Chapéu, o Cantil e a


Estrela.

FLOR-DE-LIS – é o símbolo do escutismo de que o explorador


é a imagem mais facilmente reconhecida (atépela tradução da
palavra inglesa scout, por exemplo). Nas três folhas da flor-de-
lis reconhecemos os três princípios do escutismo, e os três
compromissos assumidos na fórmula da promessa escutista. A flor-de-lis é,
também, símbolo de rumo, indicando o norte nas cartas topográficas e de
marear. É, portanto, um auxiliar básico de alguém que pretende descobrir o
mundo.

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Expedição 24 – Apelo

VARA – é um símbolo facilmente associado ao imaginário do


escuteiro dos primeiros anos da fundação e, por outro lado à
simbologia de São Tiago, Maior, o peregrino. A Vara do
escuteiro tem um conjunto alargado de utilidades, de onde se
destaca o auxílio, à caminhada, à progressão da marcha, na navegação, no
ultrapassar de obstáculos, em relação aos perigos e às adversidades. Simboliza
assim a solidariedade e o progresso.

CHAPÉU – é símbolo da protecção. Protecção do sol, em


primeira análise, mas também do frio, da chuva, etc.É ainda
associado à imagem que temos do próprio B.-P., que se
preocupou em arranjar um chapéu para os escuteiros antes de
mais nada. Também São Tiago é reconhecido pelo chapéu que caracteriza o
traje do peregrino, especialmente no contexto dos caminhos de Santiago de
Compostela.

CANTIL – é ao mesmo tempo símbolo da responsabilidade –


andar sem água não é inteligente -, na sua vertente de depósito,
mas é também símbolo de coerência, de estar preparado,
como pedia B.-P. Está associado também à sede de
conhecimento, à sede de descoberta e de acção, característica do explorador. A
cabaça, associada à imagem de São Tiago Maior é, também, ou, acima de tudo,
um cantil.

ESTRELA – é símbolo da orientação. A Estrela Polar e o


Cruzeiro do Sul são referências de orientação, especialmente de
noite, quando é mais difícil seguir um rumo. Todos os grandes
exploradores recorreram a elas para concretizar os seus sonhos.
São pilares na imensidão do céu, sinal da grandeza de Deus, que nos transmitem
a segurança da fé, e a certeza do sucesso. Foi uma estrela, que segundo a lenda
permitiu encontrar o túmulo do Apóstolo São Tiago e é lá, no Campo da Estrela
– Campus stella, Compostela – que permanecem os seus restos mortais. A
vieira, símbolo jacobeu, é, também, de certa forma, uma estrela. Além disso, do

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ponto de vista bíblico, a estrela evoca ainda a Aliança de Deus com Abraão, em
que lhe promete uma descendência mais numerosa que as estrelas do céu,
imagem do Povo que Deus escolheu para Si, do qual também nós somos parte.

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Expedição 24 – Apelo

8. Conheces o Patrono dos Exploradores (São Tiago)? E o da tua


Expedição (São Francisco de Assis)?

SÃO TIAGO

Tiago, Maior, era filho de Zebedeu e de Salomé,


uma das mulheres que seguiam Jesus na sua
pregação, que O acompanharam até à cruz e,
na manhã da Ressurreição, acorreram para O
ungir.

S. Tiago e seu irmão João, os Boanerges ou


filhos do trovão, foram chamados por Jesus
quando estavam com o seu pai Zebedeu,
consertando as redes, nas margens do mar da
Galileia. S. Tiago tinha um carácter muito
resoluto e generoso. Quando o Senhor o
chamou não duvidou e deixou tudo. Mas também era extremista: quando os
samaritanos não quiseram receber Jesus, irritados, Tiago e João pretendiam que
descesse fogo do céu e acabasse com eles. Outra vez deixaram-se levar pela
ambição: apresentaram-se com a mãe Salomé para Lhe pedir os primeiros
lugares, quando restaurasse o reino de David.
Mas tudo isto não foi obstáculo para que Jesus desse aos dois irmãos,
juntamente com Pedro, provas especiais de apreço: os três, sozinhos, foram
testemunhas da Transfiguração de Jesus no Tabor, presenciaram a ressurreição
da filha de Jairo e assistiram à agonia de Jesus no Getsémani.
Duas missões principais cumpriram Tiago: primeiro levou o Evangelho até
Espanha (às regiões Tarraconense, Bética e Lusitana); depois regressou a
Jerusalém sendo o primeiro dos apóstolos a derramar o seu sangue por Cristo,
pois Herodes Agripa, tendo recebido o reino do imperador Calígula e para se
reconciliar com os judeus, mandou degolar Tiago, irmão de João.
Chamado por Cristo, S. Tiago, Apóstolo, viu concretizadas as promessas de
Deus ao seu Povo, ao testemunhar o poder da Ressurreição de Cristo. A partir

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Expedição 24 – Apelo

daí, fortalecido pelo Espírito Santo, S. Tiago assumiu a fé de forma destemida e


aceitou testemunhá-la até às últimas consequências (Act 12,1-2). Sendo
originário da Galileia, S. Tiago terá aceitado o desafio de partilhar com outros
povos o tesouro da fé: segundo a tradição, teria vindo até à Península Ibérica,
para evangelizar, tendo desenvolvido actividade sobretudo na Galiza e na zona
hoje correspondente a Aragão. Assim, S. Tiago foi um autêntico explorador,
na medida em que aceitou pôr-se a caminho, guiado pela «estrela» da fé que o
animava e fortalecido pelo desejo insaciável de a dar a conhecer. Mesmo sem
saber que dificuldades iria encontrar, S. Tiago partiu com o intuito de apontar,
também aos outros, o caminho para a «Terra Prometida». O caminho para Deus.
Contam as antigas tradições que o corpo de S. Tiago foi trasladado para a
Galiza. Em 813, um ermitão viu brilhar uma estrela em Iria e o bispo Teodomiro
descobriu as relíquias no que chamam o Campo da Estrela (Compostela). A
partir de então, este Apóstolo protegerá Espanha e pelo "caminho de Santiago"
acorreram (e continuam a acorrer) peregrinos de toda a cristandade.

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Em 1182, na cidade de Assis, em Itália, uma senhora


chamada Pica deu à luz um rapaz e decidiu chamar-lhe
João. O marido, quando voltou de uma viagem de negócios
não gostou muito daquele nome e decidiu chamar-lhe
Francisco como homenagem a França.

Os pais de Francisco viviam muito bem, não eram nobres


mas eram importantes comerciantes de tecidos. Assim,
Francisco teve uma infância boa e muito alegre.
Quando era jovem era o Rei da Juventude, cantava e
tocava em todas as festas da cidade e tinha muitos amigos.
Era muito bom e quando alguém lhe pedia esmola ele não
negava nunca ajuda, mas tinha o sonho de ser um grande Cavaleiro.
Quando Francisco tinha 20 anos, rebentou a guerra entre Assis e Perusa, uma
outra cidade italiana, ele foi combater ao lado das tropas da sua cidade e foi feito
preso, voltou a casa doente e nunca mais teve a mesma alegria.

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Um dia, na estrada de Espoleto, ouviu uma voz misteriosa que lhe perguntou:
“Francisco o que é melhor? Servir a Deus ou ao Criado?”
Francisco respondeu: “Servir o Senhor!”
E a voz tornou a perguntar:
Então, porque serves o Criado?”
Percebendo que era Deus quem lhe falava, ajoelhou-se e perguntou:
“Senhor, que queres que eu faça?”
Deus disse-lhe:
“Volta a Assis, lá te direi o que quero de ti”
Em Assis havia uma linda capela em ruínas, a Capela de S. Damião, Francisco
ia lá muitas vezes rezar ao pé do cruxifixo e um dia Deus tornou a falar-lhe:
“Vai Francisco e reconstrói a minha Igreja que está em perigo de ruína.”
Pensando que Deus queria que reconstruísse aquele templo, Francisco decidiu
reconstruir a Capela de S. Damião.
Um dia passou por um homem doente, um leproso. A lepra era uma terrível
doença sem cura e muito contagiosa, ninguém se aproximava dos leprosos. O
leproso olhou para Francisco e pediu-lhe esmola, cheio de pena do homem, ele
desceu do cavalo e abraçou-o e em vez de ter medo, sentiu uma enorme alegria
no seu coração.

Um dia, na missa, ouviu as palavras do Evangelho, “Ide pelo mundo e anunciai


o reino de Deus. Não leveis nada para o caminho, nem bolsa, nem cajado...” e
julgou que eram para si.
Quando voltou a casa, repartiu todos os tecidos da loja e dinheiro pelos pobres.
O seu pai ficou muito zangado e disse-lhe que tinha que lhe devolver tudo.
Francisco despiu a roupa que tinha e disse ao pai que a partir daquele momento
não mais lhe chamaria pai. A partir dali seria somente filho do Pai que está no
Céu, de Deus.
Ao verem Francisco nú, os servos do Bispo deram-lhe um manto para se cobrir.
Durante muito tempo, andou por toda a Itália a espalhar a palavra de Deus e
juntou muitos amigos que deixavam tudo o que tinham para seguirem com ele.
Francisco e os seus amigos viviam do que lhes davam e passavam a sua vida a
falar sobre Deus e Jesus e a cantar cânticos de louvor, dormindo ao ar livre ou
em cabanas.

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Expedição 24 – Apelo

Francisco queria que ele e os seus companheiros fossem pobres e simples, que
se parecessem com Jesus e passaram a chamar-se Frades Menores e
saudavam-se com as palavras “Paz e Bem”.
Quando já eram muitos, Francisco decidiu ir a Roma pedir autorização ao Papa
para criar uma nova ordem, mas o Papa Inocêncio III julgou que a ordem tinha
regras muito duras. Nessa noite o Papa sonhou que a Basílica de S. Pedro
estava a ruir e que era Francisco quem a sustentava aos ombros, de manhã
mandou chamá-lo, ajoelhou-se aos pés dele e permitiu que se fizesse a nova
ordem, a Ordem dos Frades Menores.
Numa noite de Natal, Francisco representou o Presépio na cidade de Greccio,
enquanto cantavam apareceu um bebé na mangedoura e, a partir desse Natal,
todos começaram a representar-se presépios em todo o mundo e em todas as
casas.
Perto de Assis, em Gúbio, havia um lobo que atacava a população e quando
Francisco chegou à cidade todos se queixaram do Lobo e disseram-lhe que o
queriam matar. Francisco foi até à montanha e falou com o lobo e a partir desse
dia a população dava de comer ao animal e o animal tornou-se meigo e
carinhoso e nunca mais atacou ninguém.
Ao fim de alguns anos, Clara de Assis foi ter com Francisco e disse-lhe que se
queria juntar a ele e à sua causa de adoração a Deus. Francisco cortou-lhe o
cabelo e Clara tornou-se Mãe Espiritual de todas as jovens que quiseram juntar-
se a eles nascendo, assim, a Ordem das Clarissas.
Francisco adorava todas as criaturas porque considerava todos de irmãos, para
Francisco todos os animais eram filhos de Deus e, por isso, seus irmãos. Um dia
Francisco estava a rezar e apareceu-lhe um anjo envolvido numa luz muito
intensa, depois de desaparecer Francisco reparou que tinha feridas nas mãos e
nos pés, eram as Chagas de Cristo (as feridas de Jesus).
Aos 45 anos de idade, no dia 3 de Outubro de 1225, Francisco doente e quase
cego pediu aos seus amigos para o deitarem sobre a terra nua e, ao som do
cântico das criaturas, morreu e de todo o lado vieram pássaros e pousaram junto
dele.

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Expedição 24 – Apelo

9. Já sabes trabalhar e viver em Patrulha?

Para ti, futuro Explorador:


O Escutismo ao reunir rapazes e raparigas numa pequena comunidade para a
vivência de jogos ou simples Aventuras tem como principais atractivos:
- As relações com outros jovens;
- O crescimento comum;
- O viver responsabilidades individuais para o bem da tua Patrulha e do Grupo.
A vivência na Patrulha não é mais do que um verdadeiro esforço cooperativo que
te levará a sentir membro de uma Unidade independente e responsável quer
para o trabalho, quer para o recreio ou para a disciplina, ou para o dever.
Com a fase de Adesão pretende-se que o Aspirante ou Noviço venha a inserir-
se na vida da Patrulha, assumindo responsabilidade como por exemplo:
desempenhar um cargo, ou prestar alguma tarefa.
Dia a dia, à medida que aumentam os teus conhecimentos irás cimentando laços
de profunda amizade com outros membros da Patrulha.
A Patrulha é a unidade operacional do Escutismo, nela aprenderás os seus
segredos.
No final destas provas, tudo te levará, ao momento que tanto desejas, a
Promessa.

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10. Já conheces as Áreas de Desenvolvimento e os Trilhos que terás de


escolher para a tua 1ª Etapa – Aliança?

Já estás quase a fazer a promessa? E agora?


Depois da fase do Apelo tens um Sistema de Progresso com 3 etapas (Aliança,
Rumo e Descoberta). Nesta fase, és tu que escolher o teu percurso/progresso,
com o apoio da Equipa de Animação, da tua Equipa e do teu Guia.
Neste teu percurso tens que te desenvolver Física, Intelectual, Social,
Afectiva, Espiritualmente e a nível do Carácter. São estas as 6 áreas de
desenvolvimento. Dentro destas áreas tens 3 trilhos para completar, um para
cada etapa. A ideia do Sistema de Progresso, é que ao longo da tua permanência
nos Exploradores, tu consigas fazer 6 trilhos de áreas diferentes em cada ano
que estejas na secção. Para fazer cada trilho tens que atingir objectivos, que já
estão definidos, através de acções concretas propostas por ti e aprovadas pela
tua Equipa de Animação.
Quando completares todos os objectivos de todos os trilhos, passarás para a
etapa seguinte e receberás a insígnia da nova etapa. No final, quando tiveres
concretizado todos os objectivos de todos os trilhos de todas as áreas, receberás
uma Anilha de Mérito que poderás usar até à tua promessa de Pioneiro.

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Expedição 24 – Apelo

11. Já participaste numa Aventura

O jogo e a Aventura são peças importantes do


puzzle que tu e a tua Patrulha vão construir ao
longo do tempo que viverás como Explorador.
No que diz respeito às atividades típicas,
deverás ter em conta que a principal começa
logo na reunião da tua Patrulha; esta reunião
de Patrulha deve ter como meta o aprofundar
e estreitar dos laços de amizade que te une
aos outros elementos para ganharem um
verdadeiro espírito de Patrulha. É aí que se debatem as Aventuras a apresentar
ao Conselho de Expedição. O jogo é o veículo que permite enriquecer pouco a
pouco a tua personalidade dado as experiências novas e a vivência de situações
e de funções diferentes; permite-te ainda, pela tua adesão voluntária a regras,
pondo em prática a tua criatividade e imaginação originando o teu progresso e o
da tua Patrulha, de uma forma mais eficaz; esta forma de estar do Explorador
deverá ser bem visível na sua participação e dinamismo no seio de:

 Conselho de Expedição
 Conselho de Aventura
 Conselho de Guias

Todas as atividades de uma Expedição de Exploradores deverão proporcionar,


para além de momentos de convívio, uma vivência efectiva da Aventura,
progresso individual e contribuir de forma cativa e dinâmica para o progresso
coletivo. A atividade típica da IIª Secção é designada por Aventura, que envolve
toda a Unidade e nela irão pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos.
Normalmente tem como base um grande acampamento onde se irá desenrolar
todo o imaginário escolhido: poderás ser um cavaleiro da Idade Média, um pirata,
um “cowboy”, um rei, um índio, um astronauta, etc…

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No final há um momento importante a viver chamado avaliação. É a altura de


apontar o que gostaste mais ou menos. Depois da festa outra Aventura vai
nascer e assim sucessivamente.

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12. Descreve o Cerimonial da Promessa e Compromisso

Antecedendo o cerimonial da Promessa ou Compromisso realiza-se uma Vigília


com o fim de criar um tempo de reflexão do acto que vais realizar. O cerimonial
da Promessa ou Compromisso é combinado antes com o Chefe da Unidade.
Todos os Escuteiros a realizam. É o momento onde te comprometes pela tua
honra perante Deus, Portugal e a comunidade, a respeitar os Princípios e a Lei
do Escuta.

Prometo pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todo o possível por:

 cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria;


 auxiliar os meus semelhantes em todas as circunstâncias;
 obedecer à Lei do Escuta.

A cerimónia pode ser realizada na Igreja, sede ou no campo. Consiste num


diálogo com o teu Chefe, culminando com a saudação e o braço esquerdo sobre
as bandeiras recitando a Promessa. O Assistente impõe-te o lenço e a
madrinha/padrinho coloca-te sobre a cabeça a peça do uniforme própria. Depois
de rezarem todos a Oração do Escuta, canta-se a canção da Promessa,
enquanto o Chefe te saúda. Será para ti um dia memorável para toda a vida.
O Compromisso assenta numa renovação da Promessa. Na tua Patrulha ou
Grupo existe um cerimonial próprio. Nunca deves esquecer que fazes parte de
uma Patrulha, Patrulha de uma Expedição a que voluntariamente aderiste.

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