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CÓDIGO DE ÉTICA
1ª Edição
Resolução N. 02/2015
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. NOÇÕES PRELIMINARES
PRELIMINAR
Primeiramente vale ressaltar que, além da Constituição Federal, a atividade advocatícia é regida
por três institutos com algumas semelhanças, porém distintos um do outro. Sendo eles: O Estatuto
da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94), o Regulamento Geral do EAOAB EAOAB e o Código de Ética e
Disciplina.. Juntos, legislam acerca dad atividade da advocacia, daa inscrição dos advogados nos
quadros da Ordem, dos os direitos dos advogados, das
as infrações, processo e sanções disciplinares,
dos honorários advocatícios e das sociedades de advogados.
O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do Estatuto,
do Regulamento Geral, dos Provimentos e com oss princípios da moral individual, social e
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profissional.
Ou seja, o Código de Ética e Disciplina faz parte de um conjunto de normas que regulam a
atividade advocatícia, a fim de garantir a boa imagem da profissão perante a sociedade. Uma vez
que cada advogado, ao desempenhar a atividade profissional, está interligado com todos os
demais profissionais. Sendo, portanto, dever de todos os advogados zelar pela boa reputação da
categoria.
Não obstante, o art. 2º do Novo Código de Ética e disciplina, discorre sobre a indispensabilidade
do profissional advogado à administração da Justiça, atuando
atuando como defensor:
a) Do
o Estado Democrático de Direito;
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Art. 1º do Novo Código de Ética e Disciplina
O Novo Código de Ética e Disciplina estabelece nos incisos e alíneas do parágrafo único do art. 2º
acerca dos deveres do advogado. Sobre os direitos, confira o art. 6º e 7º da Lei 8.906/94.
Os deveres dos advogados estão disciplinados no art. 2º do Novo Código de Ética e Disciplina:
Pugnar pela solução de problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais,
coletivos e difusos.
Emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da
pessoa humana;
Conceito: Entende-se se por honorários advocatícios a contraprestação paga pelos serviços judiciais
ou extrajudiciais executado pelo advogado.
• A forma de pagamento;
• A extensão do patrocínio;
• Esclarecendo se este abrangerá todos os atos do processo ou limitar-se-á
limitar a determinado
grau de jurisdição; e,
• De dispor sobre a hipótese de a causa encerrar-se
encerrar se mediante transação ou acordo.
Antecipação de valores
Não é algo recomendado, mas alguns profissionais, por vezes, antecipam o pagamento de
algumas custas, preparo ou despesas diversas, para o cliente durante o processo. Nesses casos,
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§2º do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB
o advogado poderá, caso esteja convencionado formalmente, reter estes valores, atualizados, no
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ato da prestação de contas, mediante comprovação documental.
Por fim, é importante que se diga que as disposições sobre honorários advocatícios previstas no
Novo CED também se aplicam à mediação, à conciliação, à arbitragem ou a qualquer outro
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método adequado de solução de conflitos.
O §5º do Novo CED veda qualquer hipótese de diminuição dos honorários contratados em
razão de solução do litígio por vias extrajudiciais. Ou seja, caso o advogado ingresse com a ação
em um dia e, no outro, com a devida autorização do cliente, consiga firmar acordo com a parte
adversária, isso em nada terá influência sobre os valores que foram convencionados.
Execução de honorários
A cobrança dos honorários poderá ser promovida nos próprios autos, por meio de cumprimento de
sentença (execução), ou de forma autônoma, tal como determina o §7º do art. 48 do Novo CED.
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§3º do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB
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§4º do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB
A advocacia pro bono é uma inovação trazida pelo Novo Código de Ética e Disciplina, que em seu
Art. 30, estabelece que esta pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não
dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar um advogado.
Vale ressaltar, todavia, que a advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-
partidários ou como instrumento de publicidade para captação de clientela, nem, tampouco pode
ser utilizada como regra. Ela é exceção, devendo ser praticada de forma eventual.
O advogado que sempre se coloca à disposição para praticar advocacia pro bono, incorre em
infração disciplinar de capitação de clientela.
Trata-se de cláusula que estipula que os honorários advocatícios sejam fixados com base na
vantagem obtida pelo cliente, ou seja, por esta cláusula, a remuneração do advogado depende do
seu sucesso na demanda, e em caso de derrota nada receberá.
Embora esta seja uma opção pouco recomendada, a adoção da cláusula quota litis é lícita, em
caráter excepcional, desde que contratada por escrito. Na hipótese de sua adoção, os honorários
devem ser necessariamente representados por pecúnia (dinheiro) e, quando acrescidos dos de
honorários da sucumbência, não podem ser superiores às vantagens advindas em favor do
constituinte ou do cliente. (Cláusula quota litis, 2014)
Pagamento alternativo
Não obstante, quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas (retroativo) e
vincendas, os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos
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os requisitos da moderação e da razoabilidade.
Honorários de Sucumbência
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§1º e 2§ do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB
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Crédito de honorários
Todavia, se o cliente lhe emite um cheque ou uma nota promissória como forma de pagamento, o
advogado, bem como a sociedade de advogados, poderá realizar o protesto.
Vale ressaltar, ainda, que o Novo Código de Ética e Disciplina cuidou de trazer em seu corpo a
possibilidade do advogado, bem como da sociedade de advogados, receber os honorários através
de sistema de cartão de crédito. Algo que, na prática, a muito tempo já ocorria.
A boa relação com o cliente é uma das premissas mais importantes da atividade advocatícia. Por
isso, do art. 9º ao 26º, o Novo CED esclarece como se espera que ela se desenvolva. Senão
vejamos:
Alguns princípios norteiam essa relação, sendo um deles, e talvez o mais importante, o da
confiança. O instrumento de procuração é símbolo que representa este princípio, através do qual o
cliente outorga poderes ao profissional para que represente os seus interesses. Não N se
estabelecendo este círculo de confiança,
confiança, deve o advogado renunciar ou substabelecer o mandato.
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Art. 52 a 54 do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB
Também é fruto desta confiança recíproca, a determinação do art. 11, em que fica estabelecido
que o profissional deverá imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se
subordinar a intenções contrárias ditadas pelo cliente. Ou seja, o advogado é quem possui o
conhecimento técnico adequado para decidir sobre a melhor solução para a lide, devendo atuar de
forma independente, sem, todavia, deixar de esclarecer o cliente quanto à estratégia traçada.
O art. 15 do Novo CED estabelece que o advogado não deve deixar ao abandono ou ao
desamparo as causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de dificuldades
insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe incumbiam, renuncie ao mandato.
Ou seja, tanto os advogados, como o cliente, devem estar comprometidos com a demanda,
cabendo a ambos o zelo por ela. Caso isso não ocorra, o cliente poderá revogar o mandato e, o
advogado, por sua vez, substabelecê-lo ou renunciar aos poderes por ele instituídos.
Atenção: É importante que se diga que a relação entre advogado e cliente não é, nem pode ser
equiparada, a uma relação de consumo.
Em caso de renúncia, esta deve ser feita sem menção do motivo que a determinou. Além disso, a
renúncia não afasta a responsabilidade do advogado pelos atos cometidos até a sua renúncia.
Na hipótese de o cliente resolver pela revogação do mandato judicial, isso não o desobrigará do
pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retirará o direito do advogado de
receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária da sucumbência, calculada
proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado.
Por fim, vale ressaltar que o advogado, ao ser procurado pelo cliente, não deve aceitar procuração
de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo
plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. O mandato
judicial ou extrajudicial não se extingue pelo decurso de tempo.
Havendo a extinção do mandato ou por alguma via se extinguindo a lide, o advogado possui o
dever de devolver ao cliente bens, valores e documentos, bem como a prestar-lhe contas.
Caso o advogado já tenha recebido algum valor a título de honorários pelos serviços até então
prestados, estes não precisarão ser devolvidos.
Interesses conflitantes
Advogados que atuem em conjunto não podem representar clientes com interesses opostos. Da
mesma forma, o advogado deve abster-se
abster se de patrocinar a causa quando houver colaborado ou
intervindo anteriormente.
Algumas vezes poderá ocorrer do caso concreto ser contrário a moral pessoal do profissional ou a
moral social. Mesmo assim, é direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem
considerar sua própria opinião
nião sobre a culpa do acusado. Ou seja, a sua opinião própria não pode
ser invocada para eximir-se
se das suas obrigações quando for requisitado.
Não obstante, o advogado não está sujeito à imposição do cliente que pretenda ver com ele
atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional
para com
om ele trabalhar no processo.
O dever de urbanidade, nada mais é do que respeito e consideração com os demais, sem que,
com isso, o profissional abra mão da sua independência, direitos e prerrogativas.
Uma inovação relevante foi inserida no §1º do art. 8º, o qual determina que a observância do
dever de urbanidade também acompanha os atos e manifestações relacionadas aos pleitos
eleitorais no âmbito da OAB. Ou seja, o dever de urbanidade deve circundar também o
comportamento dos advogados para com os demais colegas durante o período eleitoral da OAB.
O advogado, conforme dispõe o art. 28 do Novo CED, ao se dirigir formal ou verbalmente, deve
fazê-lo utilizando linguagem escorreita
esco e polida, bem como observar a boa técnica jurídica.
Advogado correspondente
Em que pese o art. 29 não tenha o intento de tratar apenas dos advogados correspondentes, mas
de toda relação em que um advogado precise da prestação de serviços de um colega,col a sua
Não obstante, quando o aviltamento de honorários for praticado por empresas ou respectivo
departamento ou gerência jurídica (comum em grandes escritórios ou empresas que buscam
profissionais para realizar a correspondência de serviços) serão instados a corrigir o abuso –
pagar o valor justo -, inclusive intervindo junto aos demais órgãos competentes e com poder de
decisão da pessoa jurídica de que se trate, sem prejuízo das providências que a Ordem dos
Advogados do Brasil possa adotar com o mesmo objetivo.
6. DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL
OFISSIONAL
De acordo com o texto legislativo, a publicidade profissional do advogado deve ter caráter
meramente informativo, primando pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação
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de clientela ou mercantilização da profissão.
Para que ficasse mais claro, no art. 40 ele exemplificou algumas vedações, quais sejam:
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Art. 39 do Novo Código de Ética e Disciplina
Discipl
As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por meio
deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover,
promover, dessa forma, captação de
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clientela.
Ou seja, a manifestação não poderá incentivar as pessoas ao ingresso de ações, devendo conter
caráter meramente informativo.
A telefonia e a internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio de
mensagens a destinatários certos,
certos, desde que estas não impliquem o oferecimento de serviços ou
representem forma de captação de clientela.
7. SIGILO PROFISSIONAL
AL
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Art. 41 do Novo Código de Ética e Disciplina
Por essa razão,, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no
exercício da profissão. Obrigação esta que se estende também àqueles no exercício das funções
de mediador, conciliador e árbitro – inovação inserida no Novo CED.
Não obstante, outra inovação trazida pelo Novo CED, é a determinação de que o sigilo também se
estende também
bém aos fatos que o profissional tome conhecimento em razão de função ou cargo
que desempenhe dentro da Ordem dos Advogados do Brasil.
Brasil Ex.: Membro do Tribunal de Ética.
Outrossim, é possível afirmar, por força do art. 36 do Novo CED, que o sigilo profissional
profissi do
advogado é questão de ordem pública e independe de solicitação do cliente para que o advogado
tenha que observá-lo. Toda e qualquer comunicação entre o advogado e o cliente é sigilosa.
Por essa razão é que o advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial,
administrativo ou arbitral, sobre fatos que lhe foram confiados em razão de sua profissão.
O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa,
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como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria.
própria
Exemplo: O advogado recebe ligação de seu cliente que lhe consulta sobre as penas cabíveis
para quem pratica homicídio e logo após relata que pretende matar sua própria sogra. Nesse
caso, o advogado poderá informar as autoridades competentes sem que fique caracterizada a
quebra do sigilo profissional.
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Art. 38 do Novo Código de Ética e Disciplina
O fato carece de fonte idônea para que o processo disciplinar seja instaurado, não sendo admitida
a denúncia anônima.
Endereçamento da representação
Quando a Seccional dispor em seu Regimento Interno que a competência para instaurar os
processos éticos disciplinares será do Tribunal de Ética, a representação poderá ser endereçada
ao Presidente do TED ou será para este encaminhada pelo Presidente do Conselho Seccional ou
pelo Presidente da Subseção que a houver recebido.
Forma de representação
Ela pode ser feita por escrito ou verbalmente, devendo, neste último caso, ser reduzida a termo.
Requisitos da representação
• A identificação do representante, com a sua qualificação civil e endereço (já não é aceita
denúncia anônima);
• A narração dos fatos que a motivam, de forma que permita verificar a existência, em tese,
de infração disciplinar;
• Os documentos que eventualmente a instruam e a indicação de outras provas a ser
produzidas, bem como, se for o caso, o rol de testemunhas, até o máximo de cinco;
• A assinatura do representante ou a certificação de quem a tomou por termo, na
impossibilidade de obtê-la.
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Art. 55 do Novo Código de Ética e Disciplina
Competência especial
• Ilícita;
• Impertinente;
• Desnecessária ou protelatória.
Concluída a instrução, o relator profere parecer preliminar, a ser submetido ao Tribunal de Ética e
Disciplina, dando enquadramento legal aos fatos imputados ao representado.
Abre-se, em seguida, prazo comum de 15 (quinze) dias para apresentação de razões finais.
Durante a sessão de julgamento, após o voto do relator, é facultada a sustentação oral pelo tempo
de 15 minutos, primeiro pelo representante e, em seguida, pelo representado.
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Interposição de recursos
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Art. 67 do Novo Código de Ética e Disciplina
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Revisão do processo disciplinar
A revisão da decisão será cabível a qualquer tempo, desde que tenha havido o transito em julgado
e não seja uma mera reiteração recursal.
Órgão revisor: A revisão será processada e julgada pelo mesmo órgão que emanou a
condenação final. Quando o órgão competente for o Conselho Federal, a revisão será processada
perante a Segunda Câmara, reunida em sessão plenária.
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Reabilitação
O pedido de reabilitação terá autuação própria, mas será apensado ao processo disciplinar que
resultou na condenação do advogado. E deverá ser feito apenas após transcorrido um ano do
cumprimento da sanção.
Ele deve ser instruído com provas de bom comportamento, no exercício da advocacia e na vida
social. Cabendo à Secretaria do Conselho competente certificar, nos autos, o efetivo cumprimento
da sanção disciplinar.
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Art. 68 do Novo Código de Ética e Disciplina
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Art. 69 do Novo Código de Ética e Disciplina