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Violência
Fig. 1- Violência
Maus-tratos
Os maus-tratos é a ação e o efeito de maltratar (tratar mal uma pessoa, sujeitando-a à violência e
aos abusos). O conceito está associado a uma forma de agressão no âmbito de uma relação entre
duas ou mais pessoas.
Negligência
A negligência é o termo que designa falta de cuidado ou de aplicação numa determinada situação,
tarefa ou ocorrência. É frequentemente utilizado como sinónimo dos termos "descuido", "desleixo",
"desmazelo" ou "preguiça.
Violência doméstica
A violência doméstica consiste em comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das
partes, sobretudo para controlar a outra. As pessoas envolvidas podem ser casadas ou não, ser do
mesmo sexo ou não, viver juntas, separadas ou namorar.
As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico,
orientação sexual, formação ou estado civil.
Tipos de violência:
Por exemplo:
Por exemplo:
2. Ataque violento: o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima, estes maus-tratos tendem
a escalar na sua frequência e intensidade.
Muitas mulheres não consideram os maus-tratos a que são sujeitas, o sequestro, o dano, a injúria, a
difamação ou a coação sexual e a violação por parte dos companheiros como crimes.
Testemunhas de violência doméstica: Tal inclui presenciar ou ouvir os abusos infligidos sobre a
vítima, ver os sinais físicos depois de episódios de violência ou testemunhar as consequências desta
violência na pessoa abusada;
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência contra as pessoas idosas como:
“A ação única ou repetida, ou a falta de resposta adequada, que causa angústia ou dano a uma
pessoa idosa e que ocorre dentro de qualquer relação onde exista uma expectativa de confiança.”
- Negligência;
Esta é uma estratégia de violência psicológica específica dos casais de gays e de lésbicas:
revelar ou ameaçar a orientação sexual do seu parceiro. Assim, se um/a do parceiro/as não
revelou a sua homossexualidade no seio da sua família, rede de amigos e/ou no trabalho, o/a
agressor/a pode utilizar a ameaça de o denunciar como gay ou lésbica como um poderoso
instrumento de controlo e de intimidação da vítima.
No caso de casais com filho/as, a ameaça de cortar os laços da vítima com a(s) criança(s), o
que pode ser particularmente violento se a vítima não for legalmente reconhecida como pai
ou mãe dos/as seus/suas filhos/as.
A Violência Doméstica está envolta de algumas mentiras. Algumas servem para “desculpar” a
violência e o agressor, outras têm para “culpabilizar” a vítima. Estes mitos tornam a procura e o pedido
de ajuda da vítima mais complicados, bem como contribuem para uma falta de compreensão de
terceiros das questões reais. Importa, por isso, desmistificá-los.
Fato: Violência doméstica não pode ser atribuídos a um comportamento provocador da vítima de
controle por parte do agressor, desculpabilizando-o pelos seus atos provocatórios por causa de um
comportamento da mulher.
Fato: A protegido – atualmente o Código Penal expressamente pessoas expressam que o crime de
violência doméstica existe nos relacionamentos do mesmo sexo.
Ser vítima
• Em caso de emergência
Para apresentar queixa do crime deve dirigir-se a uma esquadra da Polícia de Segurança
Pública (PSP), posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) ou diretamente junto dos
Serviços do Ministério Público e exigir um documento comprovativo da queixa ou
denúncia efetuada.
• Pedir apoio
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Os efeitos físicos incluem não apenas os resultados diretos das agressões sofridas pela vítima
(fraturas, hematomas, etc.), mas também respostas do nosso corpo ao stress a que foi sujeito. No
entanto, estas reações não aparecem todas ao mesmo tempo e a sua intensidade poderá variar de
pessoa para pessoa.
• perda de energia;
• dores musculares;
• dores de cabeça e/ou enxaquecas;
• distúrbios ao nível da menstruação;
• arrepios e/ou afrontamentos;
• problemas digestivos;
• tensão arterial alta;
Fig. 15- Consequências físicas
Consequências psicológicas
• dificuldades de concentração;
• dificuldades em dormir;
• dificuldades em tomar decisões;
• tristeza;
• diminuição da autoconfiança;
Muitas vezes o facto de a vítima ser estrangeira pode ser um facto adicional de maior controlo e poder
por parte do/ agressor/a e de maior fragilidade da vítima, em virtude:
• do desconhecimento da cultura;
• do desconhecimento das instituições da sociedade portuguesa e por isso dificuldade
acrescida de pedir ajuda;
• de não falar português;
• de não ter família ou rede social de suporte (amigos).
Quem for de violência doméstica e não se encontrar em situação regular em Portugal, para participar
do/s crime/s de que foi alvo, proteger-se a que dirige as autoridades policiais tome conhecimento e
atuar à sua situação de irregularidade em território português.
Todas as pessoas que vivem (ou viveram) umas situações de violência doméstica têm reações
diferentes, em função de diversos fatores, tais como:
Qualquer que tenha sido a sua experiência, recuperar de uma vitimização de violência doméstica é
recuperar de um trauma significativo. Terminar um relacionamento abusivo pode ser um primeiro
passo para o início de um processo de recuperação.
Existem alguns procedimentos práticos que pode adotar para recuperar o seu sentido de segurança,
autoestima e controlo sobre a sua vida.
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Pode:
Pode ser bastante útil para alguns cuidados com o seu novo relacionamento. Também não é
importante deixar que as experiências constituam um obstáculo para a possibilidade de iniciar uma
relação positiva e de confiança com o seu novo(a) companheiro(a).
Seguem-se alguns conselhos que o/a podem ajudar a sentir-se confortável num novo
relacionamento:
• Leve as coisas com calma, tem o direito a desenvolver o relacionamento de uma forma que
o(a) faça sentir bem e confortável;
• Mantenha o contacto com todas as pessoas que o(a) apoiaram;
• Seja claro(a) consigo mesmo(a) e com o seu/sua companheiro(a) acerca dos
comportamentos que aceita e dos que não aceita de forma alguma;
• Fale com o seu/sua companheiro(a) acerca das experiências passadas, para que este(a)
perceba aquilo por que passou;
• Mantenha as suas finanças e outros bens essenciais separados até se sentir confiante para
os partilhar. Pode, contudo, decidir que nunca estará pronto(a) para partilhar estes aspetos
da sua vida.
A ajuda inicial de um amigo ou amiga ou de um familiar pode ser crucial para que a vítima de violência
doméstica fale e peça ajuda para tentar sair da situação de violência em que vive e com que tem de
lidar sozinha.
O silêncio facilita a existência e a continuação da violência. O papel do/a amigo/a ou do familiar pode
ser o início do fim da violência.
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O que fazer se souber ou suspeitar que uma pessoa idosa amiga é vítima de crime?
Se o/a seu/amigo/a ou familiar está a ser vítima de violência doméstica ajude-o/a a procurar apoio,
mas não faça o seguinte:
• Dizer-lhe que ficará desapontado/a se o seu/sua amigo/a não fizer o que lhe disse para fazer
ou se voltar para o/a agressor/a;
• Confrontar o/a agressor/a, porque pode ser perigoso para si e também para a vítima.
Ajudar como amigo/a ou familiar uma vítima de violência doméstica não significa ter de resolver pelos
próprios meios a situação ou salvar a vítima. Por outro lado, é importante estar consciente que
desencadeia uma relação violenta pode ser difícil e perigosa.
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• Muitas das vítimas podem não reconhecer o comportamento do/a seu/sua namorado/a ou
companheiro/a como violento;
• Ter esperança de que a situação se vá resolver com o/a seu/sua parceiro/a e que ele/a
mudará e deixará de ser violento/a;
Os seus direitos
• Na justiça
Violência Doméstica assume a natureza de crime público, o que significa que o procedimento
criminal não está dependente de queixa por parte da vítima, bastando uma denúncia ou o
conhecimento do crime, para que o Ministério Público promova o processo.
Apresentada a denúncia da prática do crime de violência doméstica, não havendo indícios de que a
mesma é infundada, as autoridades judiciais ou órgãos de polícia criminal competentes atribuem à
vítima, para todos os efeitos legais, o estatuto de vítima. No mesmo ato é entregue à vítima
documento comprovativo do referido estatuto, que compreende os direitos e deveres estabelecidos
na lei, além da cópia do respetivo auto de notícia ou da apresentação de queixa.
• Obter uma resposta judiciária no prazo limite de 8 meses (8 meses depois de iniciado o
inquérito sem que tenha havido uma resposta judiciária pode solicitar a urgência do processo
junto do Tribunal competente);
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A vítima deve ser ainda informada pelas autoridades judiciárias de outros direitos que lhe assistam
no âmbito do processo, nomeadamente:
A vítima tem ainda o direito de colaborar com as entidades judiciárias, fornecendo informações,
comparecendo em diligências (exemplo: inquirições, exames médicos, etc.) e fornecendo sempre
novos factos à medida que o processo decorre.
Não tem meios económicos para suportar os custos de um processo judicial ou para os
honorários de um representante legal?
O Apoio Judiciário, modalidade do regime de acesso ao direito e aos tribunais, é um instituto que
visa garantir que mesmo os mais desfavorecidos tenham acesso à justiça, mediante o auxílio do
estado.
Todos os que pretendam usufruir deste regime têm de demonstrar que se encontram em situação de
insuficiência económica, isto é, que, tendo em conta fatores de natureza económica e a respetiva
capacidade contributiva, não têm condições para suportar os custos de um processo.
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As vítimas do crime de violência doméstica podem beneficiar de um adiantamento pelo Estado das
indemnizações devidas pela prática deste crime se ficarem em grave situação de carência
económica.
• A vítima;
• Associação de proteção à vítima;
• O Ministério Público.
Onde?
• Portal da Justiça
• Portal da APAV
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É dever do Ministério Público e dos órgãos de polícia criminal informar os eventuais lesados da
possibilidade de pedirem aquela indemnização, das formalidades a observar, do prazo a cumprir e
das provas a apresentar.
O lesado deve manifestar o interesse em deduzir o pedido de indemnização civil até ao encerramento
do inquérito, sendo depois notificado do despacho de acusação, para deduzir o pedido no prazo de
20 dias. Se não tiver manifestado esse interesse, pode deduzir o pedido até 20 dias após a notificação
do arguido do despacho de acusação.
Quando o pedido é apresentado pelo Ministério Público ou pelo assistente, é deduzido na acusação
ou no prazo em que esta deva ser formulada (nos dez dias subsequentes ao encerramento do
inquérito). A falta de contestação pelo agressor não importa a confissão dos factos alegados pelo
lesado.
• Dano emergente: prejuízo causado nos bens ou nos direitos existentes à data da lesão, por
exemplo, tratamentos hospitalares, despesas com medicamentos, deslocações a consultas
médicas, etc.;
• Lucro cessante: os benefícios que o lesado deixou de obter com a prática do crime, por
exemplo, salários que a vítima deixou de auferir enquanto esteve incapacitada para o trabalho.
2. Danos morais (ou não patrimoniais): são os prejuízos que, sendo insuscetíveis de avaliação
pecuniária, dado estar em causa a saúde, o bem-estar, a honra e o bom nome da vítima, podem
apenas ser compensados com a obrigação imposta ao autor do crime, por exemplo, dor física e dor
psíquica (resultante de deformações físicas sofridas), perda do prestígio ou reputação, etc.
No trabalho
As faltas motivadas pela impossibilidade de prestação de trabalho, em razão da prática do crime de
violência doméstica, são consideradas justificadas.
O/A trabalhador(a), a vítima de violência doméstica, tem direito a ser transferido/a, temporária ou
definitivamente, a seu pedido, para outro estabelecimento da empresa desde que apresente denúncia
do crime e saia de casa, morada de família quando se efetive a transferência. Tem direito também a
suspender o contrato de trabalho de imediato até que ocorra a transferência.
Pode ainda recorrer ao Instituto Nacional de Medicina Legal (INML): a Medicina Legal é uma
especialidade médica e jurídica que utiliza conhecimentos técnico-científicos da Medicina para o
esclarecimento de factos de interesse da Justiça. O exame médico-legal só se realiza quando é
solicitado pelo Tribunal. O IML tem três delegações – Porto, Coimbra e Lisboa, e vários gabinetes
por todo o país.
Apoio á vítima
• Apoio Jurídico
• Apoio Psicológico
• Apoio Social
Apoio Jurídico
• Elucidar a pessoa vítima acerca das várias etapas de determinados processos judiciais,
designadamente o processo criminal, o divórcio, a regulação do poder paternal, entre outros;
• Auxiliar a vítima a elaborar requerimentos e peças processuais que ela possa, por si,
assinar (isto é, quando não é necessário advogado), como sejam o pedido de apoio judiciário,
a denúncia, a queixa, o pedido de indemnização civil, o pedido de suspensão provisória do
processo criminal ou, no caso de vítimas de crimes violentos ou de violência conjugal, o
pedido de indemnização dirigido ao Ministro da Justiça.
Apoio Social
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Webgrafia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_dom%C3%A9stica
https://www.gnr.pt/Cons_VilolenciaDomestica.aspx
https://saudemental.min-saude.pt/violencia-domestica/
https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html
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