Sei sulla pagina 1di 42

PANORAMA DO ANTIGO

TESTAMENTO
Turma 1º Período Sábado – Aula 1 (9/3/2024) – Prof.: Rogério Maurício Pereira

AVISOS IMPORTANTES:
- CELULAR DESLIGADO OU NO SILENCIOSO;
- EVITE PERGUNTAS QUE VOCÊ JÁ SAIBA A RESPOSTA;
- ATENÇÃO COM A CHAMADA E PRAZOS DE ENTREGA DOS TRABALHOS;
- CRITÉRIO AVALIATIVO: Prova (30), Trabalhos (60), Declaração Leitura (10)
O QUE VAMOS ESTUDAR
1- Introdução
2- Como Deus se revelou
3- O percurso da Bíblia
4- Divisões da Bíblia e do AT
5- A história do Antigo Testamento
6- Visão panorâmica do Antigo Testamento
INTRODUÇÃO
Nosso ponto de partida é a FÉ.
Cremos em um Deus único e pessoal, que se comunica conosco.
O Deus, criador de todas as coisas, decidiu se revelar e ser encontrado.
Ele fez isso, de forma especial, na pessoa de seu Filho, Jesus.
Há um registro histórico desse processo de Revelação: a Bíblia Sagrada.
A Bíblia não foi ditada por Deus, mas foi construída ao longo da história. É
um compêndio de 66 livros escritos ao longo de 1.500 anos, por 40 autores.
COMO DEUS SE REVELOU?
Expressões da revelação de Deus
1- Revelação moral (Rm 2:14-15):
Há intuição do divino e senso de justiça na consciência de todo ser
humano. Não existe cultura/povo sem religião.
2- Revelação natural (Sl 19:1-2; At 14:17; Rm 1:19-20):
Não precisamos ficar buscando argumentos e provas racionais da
existência de Deus, mas a perfeição do Universo aponta para uma
inteligência por trás dele. Não é preciso ser cristão ou teísta para
acreditar nisso, pois os gregos já afirmavam que o Universon tinha uma
inteligência a ser contemplada e chamavam essa inteligênia de “logos”.
3- Revelação na história de Israel (1 Cor 10:11): Na história dos hebreus
está o locus (lugar) fundamental da manifestação de Deus. A 1ª “aparição”
de Deus está registrada em Gênesis 12, quando Ele se mostra para Abrão.
4- Revelação final (Mt 3:17 e 17:5; Hb 1:1-3): A chegada do Messias.
É revelação “final” no sentido de ser completa. Depois de Jesus não há
nada mais a se falar, a não ser a respeito dEle.
5- Revelação especial (Mt 22:41-46; Lc 24:27 e 44; Jo 20:30-31; Ef
2:19-22; 2Tm 3:14-17; 2Pe 1:16-21): São os textos sagrados. Toda a
história de Israel foi sendo transmida por meio da tradição oral, até que
começou a ser registrada em texto. O próprio Jesus citou os textos sagrados
da tradição de Israel e afirmou que esses textos apontavam para Ele.
POR QUE ACREDITAR
QUE A BÍBLIA É A
PALAVRA DE DEUS?
“A ação inspiradora de Deus no Antigo Testamento era
como um filete de pólvora, cuja cor era igual à cor da
terra. Antes já se sabia da sua existência e do seu destino,
mas não se conhecia ainda seu traçado preciso nem o
conteúdo concreto desse traçado. Esse filete estava
sendo conduzido por Deus até chegar ao fogo. No
momento em que Cristo chega, ressuscita e comunica o
Espírito Santo, o fogo se acende e se estende à pólvora,
iluminando, de repente, o seu traçado invisível ao longo
de 2000 anos de história.” Carlos Mesters
A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS
O teólogo Carlos Mesters destaca duas razões :
1- O fim que se chegou explica o começo
(Lc 24:25-27; At 13:32-37)
Ao olhar para trás, se percebe a ação de Deus na História.
2- O Espírito Santo proporciona um novo olhar
(Jo 14:15-17, 25 e 26; Jo 15:26-27; Jo 16:6-15; Ez 36:26; Jl
2:28-32; At 2:33; 1Cor 12:1-3)
Sem a iluminação do Espírito Santo não é possível enxergar a
coerência entre a história de Israel e a obra redentora de Cristo.
“A Bíblia simplesmente não ‘caiu do céu’, nem foi
escrita numa linguagem especial com uma forma
única de literatura por uma estranha classe de
seres humanos não afetados por seu contexto
social e histórico. Não, a Bíblia foi escrita por
pessoas reais, vivendo em contextos específicos
da história, para tratar do indivíduo em partircular
e das necessidades da camunidade.” Michael Gorman
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e
útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção, para a educação na
justiça, a fim de que o homem de Deus
seja perfeito e perfeitamente habilitado
para toda boa obra.” 2 Timóteo 3:16-17
O PERCURSO DA BÍBLIA
Caminho até se chegar à formulação final da Bíblia:
- Acontecimentos e experiências;
- Interpretação e formulação;
- Assimilação; Transmissão oral;
- Escritura; Cânon; Traduções.
ESCRITA E ESCOLHA DOS LIVROS
O processo de escrita dos livros que compõem o AT foi longo.
Mais de mil antes, entre meados do 2º e do 1º séculos aC.
Os registros foram feitos em hebraico e aramaico (pequena parte).
O processo de escolha dos livros foi relativamente simples.
A seleção dos escritos aconteceu após o exílio babilônico.
Na época de Jesus, o AT (Tanakh) já estava formado e
reconhecido como autoridade pelos judeus.
PILARES DO CÂNON HEBREU
De acordo com John H. Walton, PhD no assunto e autor de
diversos livros, quatro eventos foram pilares para que os
documentos fossem reunidos e colecionados pelo hebreus.
1- Experiência no Sinai;
2- Mudança em Israel de teocracia para monarquia;
3- Queda de Jerusalém e o exílio babilônico;
4- Reformas implantadas por Esdras e Neemias.
Todos os livros do AT apontam para um desses quatro eventos.
“O cânon escriturístico judaico não é uma
cuidadosa seleção da literatura hebraica
antiga, mas representa, mais ou menos, tudo
o que havia. [...] O cânon escreiturístico
judaico representa, até onde podemos saber,
e à luz do corpo de textos de Cumrã, quase a
totalidade da literatura hebraica clássica.”
. Philip Davies
A BÍBLIA HEBRAICA: TANAKH
A Bíblia Hebraica é chamada de TANAKH (que é um acróstico):
TORAH (Instrução/Lei) + NEVIIM (Profetas) + KETUVIM (Escritos)
Embora a Tanakh e o Antigo Testamento sejam compostos pelos mesmos
textos, a Tanakh tem 24 livros, enquanto o AT tem 39.
Isso se deve à forma de contar os livros. Para os judeus, não há separação
entre os livros de I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras e Neemias
– que compõem apenas um volume cada um destes.
Da mesma forma, os 12 livros que consideramos como Profetas Menores
formam um só livro na Tanakh: Os Doze.
DIVISÕES TANAKH (24 LIVROS)
TORAH (Lei) = 5 NEVIIM KETUVIM
(Profetas) = 8 (Escritos) = 11
Gênesis Josué Salmos
Êxodo Juízes Provérbios
Levítico Samuel Jó
Números Reis Cantares
Deuteronômio Isaías Rute
Jeremias Lamentações
Ezequiel Eclesiastes
Os Doze (Oséias, Ester
Naum, Joel, Daniel
Habacuque, Amós, Esdras-Neemias
Sofonias, Obadias, Crônicas
Ageu, Jonas,
Miqueias, Zacarias e
Malaquias)
HAVIA OUTROS LIVROS?
Há outros livros que os hebreus não consideram sagrados.
A Bíblia Católica, por exemplo, acrescentou sete livros ao AT: Tobias,
Judite, I e II Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico e Baruque,
além de alguns capítulos em Ester e Daniel.
São chamados de apócrifos pelos protestantes ou de deuterocanônicos
pelos católicos.
Esses textos em momento algum são considerados parte da Tanakh por vários
motivos. O primeiro deles é não terem sido escritos em hebraico, mas em grego.
Além disso, esses livros possuem uma série de controvérsias históricas e
teológicas.
LIVROS CITADOS NA BÍBLIA
Além dos apócrifos, existiam outros livros produzidos pelos judeus,
que foram até mesmo citados pela Bíblia:
 Livro dos Justos (ARA), ou Livro de Jasar (NVI)
 Livro da História dos Reis de Judá
 Livro da História dos Reis de Israel
 Livro das Guerras do SENHOR
 Livro de Lamentações
Esses livros, apesar de não serem inspirados, eram utilizados pelos hebreus para
registrar elementos de sua história e cultura.
Existem outros apócrifos hebreus, que também não possuem a autoridade de
Palavra de Deus revelada.
TRADUÇÕES E VERSÕES
Além das cópias produzidas pelos escribas, outras versões da
Tanhakh circularam entre os judeus.
Ao longo de sua história, o povo judeu foi disperso por todo o
mundo. Seus descendentes tiveram contato com outros
idiomas. Houve a necessidade de traduzir a Tanakh.
Algumas versões e traduções utilizadas pelos judeus:
Pentateuco Samaritano, Septuaginta, Targuns Aramaicos,
Peshita Siríaca e Vulgata Latina.
ESCRITURAS SAGRADAS
- Bíblia hebraica/Tanakh – Cânon Palestinense judaico (Sínodo na cidade
de Jâmnia, em 100 dC, teria confirmado o que já estava definido)
- Septuaginta (LXX) – Cânon Alexandrino (grego) (Século III). Inclui os
sete livros deuterocanônicos não aceitos pelo judaísmo e pelo
protestantismo.
- Vulgata – Tradução latina feita por Jerônimo (Século IV) para o papa.
- Tradução de Martinho Lutero – Século XVI (1534), cânon Palestinense.
O Antigo Testamento é o texto religioso mais antigo ainda utilizado
pela humanidade. É um dos textos melhor preservados. Isso se deve,
em particular, ao trabalho dos escribas.
DIVISÕES DA BÍBLIA
A Bíblia está dividida em 2 partes principais chamadas de “Testamentos”.

“Testamento” pode se traduzir como “Aliança” ou pacto/acordo entre 2 partes.

O AT apresenta a Aliança que Deus fez com um homem (Abraão) e sua


descendência.

O NT diz respeito à Nova Aliança que Deus fez com todas as pessoas que creem
em Jesus como Unigênito Filho de Deus.

O AT conta a história de uma nação (Israel). O NT conta a história de um homem


(Jesus). A nação foi estabelecida e protegida por Deus para que dela este
Homem-Deus viesse ao mundo.
DIVISÕES DO AT
O Antigo Testamento é o nome que os cristãos dão à primeira parte da
Bíblia, que é formada por 39 livros. (A Igreja Católica incluiu mais 7)
Os 39 livros do AT correspondem aos 24 livros da Bíblia Hebraica/Tanakh,
mas com organização diferente.
Divisão literária do AT: Pentateuco, Históricos, Poéticos e Proféticos.
São as Escrituras que deram origem ao Judaísmo, ao Islamismo e ao
Cristianismo; religiões monoteístas.
O tema central da Bíblia é o Monoteísmo, o Deus único que escolheu se
revelar. Isso fica perceptível na estrutura e na linha narrativa da Bíblia.
ORGANIZAÇÃO POR TEMAS
- A Bíblia é a história da revelação progressiva do Deus Único na história
de um povo, que vivia em meio a outros povos que criam em várias deuses.
- Nesse percurso, o povo hebreu foi tomando consciencia do Único
que É: DEUS não existe, DEUS É!
- A Bíblia NÃO está organizada em ordem cronológica. Não está compilada
como uma linha do tempo, onde cada livro é uma sequência do anterior.
- A palavra “bíblia” significa biblioteca. Assim como em uma biblioteca,os
livros do AT estão organizados por temas, cada um em sua categoria.
Por isso, é importante entendermos como eles estão organizados.
QUATRO TEMAS

Os livros do ANTIGO TESTAMENTO


estão organizados em 4 temas:
PENTATEUCO (5), HISTÓRICOS (12),
POÉTICOS (5) E PROFÉTICOS (5 + 12).
ARCO DO TRIUNFO
A divisão
dos 39 livros
pode ser
ilustrada
de forma
didática
como o
“Arco do
Triunfo”.
ARCO DO ANTIGO TESTAMENTO

5 5 5

12 12
DIVISÕES DOS TEMAS
PENTATEUCO POÉTICOS PROFÉTICOS

HISTÓRICOS PROFÉTICOS
DIVISÕES DOS TEMAS
PROFETAS
PENTATEUCO POÉTICOS
MAIORES

PROFETAS
HISTÓRICOS MENORES
OS 39 LIVROS DO AT
Gênesis Jó Isaías
Êxodo Salmos Jeremias
Levítico Provérbios Lamentações
Números Eclesiastes Ezequiel
Deuteronômio Cantares Daniel

Josué Oseias
Juízes Joel
Rute Amós
1 Samuel Obadias
2 Samuel Jonas
1 Reis Miqueias
2 Reis Naum
1 Crônicas Habacuque
2 Crônicas Sofonias
Esdras Ageu
Neemias Zacarias
Ester Malaquias
A HISTÓRIA DO AT
De acordo com Bruce Wilkinson, a história da Bíblia é contada na
coluna da esquerda desse Arco do AT.
Os 17 livros (Pentateuco + Históricos) tratam da história povo
hebreu.
Os 5 livros Poéticos falam dos sentimentos, poesias e orações
dessas pessoas que viveram a história.
Os 17 livros Proféticos são o que poderíamos dizer os “sermões
que Deus pregou” para esse povo ao longo da história de Israel.
ESTRUTURA DO AT
Os blocos dos livros representados no Arco do AT são a moldura da
narrativa bíblica. É importante ter a noção desses blocos de tempo em
que a história está sendo contada.
Nesse percurso, Deus vai se apresentando como o único Deus.
Quem é esse Deus? Qual a sua identidade e caráter como único que se
revela a partir de um povo, mas que tem ambições universais?
Essas ambições são explicadas nas últimas palavras de Jesus em At 1:8.
O Deus que se revela a partir de um povo, a partir da descendência de
Abraão, é único sobre todo o Universo.
LINHA DO TEMPO DO AT
1- Criação/Queda/Dilúvio/Babel:?
2- Patriarcas – 2000 aC
3- Egito/Êxodo – 1400 aC
4- Reino Unido – 1030 aC
5- Assíria X Israel – 722 aC
6- Babilônia X Judá – 587 aC
IMPÉRIOS NOS TEMPOS BÍBLICOS
A história do povo de Deus se desenvolve paralelamente à ascensão e queda de
vários impérios mundiais.

É importante conhecer esses impérios para se ter uma compreensão mais


adequada da narrativa bíblica.

Império Egípcio (capital: Mênfis/Tebas) – 2000/1200 aC (800 anos)


Império Assírio (capital: Nínive) – 1080/620 aC (460 anos)
Império Babilônico (capital: Babilônico) – 620/537 aC (80 anos)
Império Persa (capital: Susã) – 537/333 aC (200 anos)
Império Grego (capital: Atenas) – 333/64 aC (270 anos)
Império Romano (capital: Roma) – 63 aC a 636 dC (700 anos)
VISÃO PANORÂMICA
DO ANTIGO TESTAMENTO
Vamos fazer uma espécie de “sobrevoo” sobre o AT, para observar
os principais períodos históricos que estão registrados nos 39
livros (Pentateuco, Históricos, Poéticos e Proféficos).
Essa visão panorâmica pode ser marcada por:
Fatos cronológicos – Personagens – Geografia
PERÍODOS HISTÓRICOS
REGISTRADOS NO AT
1- Criação; 2- Queda; 3- Dilúvio; 4- Babel; 5- Aliança Abraâmica;
6- Patriarcas; 7- Egito (José, Escravidão, Moisés, Páscoa); 8- Libertação;
9- Aliança Mosaica (10 mandamentos, Levitas e Sacerdotes, Tabernáculo);
10- Terra Prometida (Josué e Calebe); 11- Deserto (40 anos);
12- Deuteronômio; 13- Conquista Terra Prometida; 14- Doze Tribos;
15- Juízes; 16- Samuel; 17- Reino Unido (120 anos) – reis Saul, Davi e
Salomão (40 anos cada um);
18- Reino Dividido (400 anos): Norte (Israel -10 tribos) e Sul (Judá – 2);
19- Profetas; 20- Assíria X Israel (722 aC);
21- Babilônia X Judá (587 aC); 22- Cativeiro babilônico (70 anos);
23- Pérsia: Ester (Rainha), Zorobabel (Templo), Esdras (Povo), Neemias
(Muros);
24- Silêncio de Deus (400 anos) – Período interbíblico.
PROGRESSIVIDADE DA
REVELAÇÃO DE DEUS
Esse breve panorama (com 24 fatos) mostra a progressividade
histórica do processo de revelação divina.
A revelação não foi completada em um único
ato exaustivo, mas foi se desdobrando ao longo
de uma série de atos sucessivos.
A cada período histórico, Deus revelava um
pouco mais sobre o Redentor.
DESAFIO DA INTERPRETAÇÃO
Abraão sabia que seria alguém de sua descendência. Moisés sabia
que seria um profeta, semelhante a ele. Davi sabia que seria alguém
de sua linhagem. Isaías sabia que ele levaria sobre si o pecado de
muitos.
A plenitude do conhecimento de Deus vem apenas na
manifestação do Messias.
Por isso, para ler o AT e interpretá-lo com eficiência, é necessário
considerar que as pessoas não tinham o mesmo conhecimento de
Deus que temos hoje. Nosso desafio é tirar as lentes do século 21
e colocar as lentes da época relatada.
TRABALHO EM GRUPO
1- Vamos construir um “varal” com os principais eventos e
personagens do Antigo Testamento.
2- Objetivo: Demonstrar com esses fatos e personagens a noção de
revelação progressiva de Deus na história desenvolvida nos livros
do AT: Pentateuco, Históricos, Poéticos e Proféticos.
“Revelação progressiva" é a ideia de que Deus revelou aspectos da
Sua vontade e plano geral para a humanidade em diferentes
períodos.
Disciplina: Panorama do Antigo Testamento
Presidente: Pr. Jorge linhares
Diretor: Thiago Monteiro
Professor: Rogério Maurício Pereira
E-mail: rogeriomauriciop@gmail.com

Potrebbero piacerti anche