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INVISALIGN: EVOLUÇÃO NA ORTODONTIA

Anna Carolina da Silva Medeiros1; Raiany Larissa da Silva Farias2; Lucas Felipe de Barros3
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Acadêmica do curso de graduação em Odontologia; Centro Universitário Facol – UNIFACOL; Email:
annac.medeiras@unifacol.edu.br
2
Acadêmica do curso de graduação em Odontologia; Centro Universitário Facol – UNIFACOL; Email:
raianyl.farias@unifacol.edu.br
3
Acadêmico do curso de graduação em Odontologia; Centro Universitário Facol – UNIFACOL; Email:
lucasfelipesec@gmail.com

RESUMO

O Invisalign foi criado com a intenção de realizar tratamento ortodôntico mais estético,
por uma série de moldeiras plásticas praticamente invisíveis e removíveis. Utiliza um software
que permite a elaboração não só de uma simulação do tratamento ortodôntico, mas também de
uma sequência da movimentação dentária necessária para alcançar a correção planejada. O
presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão de literatura a respeito de alinhadores
estéticos Invisalign descrevendo suas possíveis limitações, indicações e as vantagens e
desvantagens durante o tratamento ortodôntico. Foi realizada uma coleta de artigos científicos
e outras publicações, através das fontes de pesquisa científicas: PubMed, SciElo, Lilacs e em
motores de busca como o Google Acadêmico. Foram selecionados trabalhos em português e
inglês, sem restrição quanto ao período de publicação, que contemplem o tema em questão. Os
resultados demonstraram que o sistema Invisalign® é um tratamento estético que pode ser útil
em alguns casos de maloclusão, especialmente nos apinhamentos ligeiros a moderados.
Contudo, é importante conhecer as vantagens e limitações do sistema Invisalign® para o
aplicar. Portanto, se corretamente indicado, o tratamento com o Invisalign® proporciona ótima
satisfação tanto para o paciente quanto para o ortodontista. Cabe ao profissional informar sobre
a forma correta de utilização do aparelho e motivar o usuário.

Palavras-chave: Ortodontia. Estética. Alinhadores invisíveis.

1. INTRODUÇÃO

A estética vem a cada dia tendo forte impacto na sociedade, incluindo a aparência do
sorriso. Os alinhadores removíveis, ao mesmo tempo que reestabelece a função durante o
tratamento, restaura a harmonia facial. (CHÁVEZ et al., 2002; FILHO et al., 2006; MACHADO
et al., 2011, MALTAGLIAT; MONTES, 2007).
Em 1999, a Align Technology (Santa Clara, Califórnia) introduziu o Invisalign como o
sistema de alinhador estético pioneiro no tratamento ortodôntico (GRUNHEID; LOH
LARSON, 2017). Ele equivale a uma série de moldeiras plásticas transparentes, utilizando uma
tecnologia digital tridimensional (3D), onde se ajustam adequadamente aos dentes e promove
a movimentação ortodôntica. (KHOSRAVI et al., 2017). Ademais, as imagens 3D das
maloclusões são manipuladas através de um software denominado Clin Cheeck, que elabora
uma série de estágios contínuos e pequenas movimentações dentária, e sendo construído para
cada um destes estágios modelos estereolitográficos, onde são confeccionados os alinhadores
transparentes fielmente adaptados às coroas dentárias sobre eles. (MIRANDA; OLIVEIRA,
2016).

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Entretanto, o uso dos alinhadores recebeu popularidade com o decorrer dos anos, mesmo
que essa técnica tenha gerado muitas dúvidas sobre sua real eficiência no tratamento de casos
mais complexos e suas vantagens sobre o aparelho fixo, sendo o foco principal do Sistema
Invisalign®, inicialmente, tratar casos de apinhamento leve e moderado. (LONZETTI, 2019).

2. METODOLOGIA

Esta dissertação é de índole bibliográfico, estando desta forma dispensada de qualquer


tipo de trabalho prático experimental. Trata-se de uma revisão de trabalhos que estudaram o
tema. Em termos metodológicos e tendo por base o propósito delineado para o seu
desenvolvimento, foi realizado pesquisas de artigos científicos e outras publicações, através das
fontes de pesquisa científicas: PubMed, SciElo, Lilacs e em motores de busca como o Google
Acadêmico.
Realizou-se uma seleção de 14 artigos baseado na conformidade dos limites dos
assuntos aos objetivos deste trabalho. Foram selecionados trabalhos em português e inglês, sem
restrição quanto ao período de publicação, que contemplem o tema em questão.

3. DISCUSSÃO E RESULTADOS

Em virtude dos avanços da tecnologia e dos estudos constantes, os cirurgiões dentistas


contam com mais opções de tratamentos ortodônticos. Por conseguinte, passou-se a buscar
alternativas de aparelhos ortodônticos que fossem eficazes e, ao mesmo tempo, discretos, sem
influenciar na aparência do dia a dia. (Melsen & Northcroft, 2011, Rosvall et al., 2009, Rossinia
et al., 2015, Aljabaa, 2020).
A Align Technology, no ano de 1999, desenvolveu o sistema Invisalign para
movimentação ortodôntica. Este método foi o pioneiro a utilizar uma tecnologia digital 3D,
através de programas computadorizados que manipulam as movimentações dentárias
simulando-as num modelo tridimensional. Esse modelo pode ser virtualmente corrigido, por
meio de um plano de tratamento desenvolvido pelo ortodontista e traduzido para o sistema do
software da Invisalign. (KUCZYNSKI, 2016).
A fabricação dos alinhadores Invisalign é baseada na tecnologia CAD-CAM. De acordo
com o planejamento, os moldes são transferidos para o formato virtual e a versão 3D dos arcos
e da oclusão do paciente permite simular as correções por meio de CAD (Computer Aided
Design). O formato virtual é enviado para análise em um setup de diagnóstico, o ClinCheck,
desenvolvido para predizer os resultados finais que serão conseguidos com os alinhadores,
mesmo antes do paciente começar o seu tratamento. Aprovado o ClinCheck, prossegue para o
início da fase de CAM (Computer Aided Manufacturing), tendo a fabricação dos alinhadores,
por estereolitografia que produzirão os modelos de alta precisão das arcadas em resina sólida e
cada modelo representará um estágio do movimento e, logo os alinhadores serão produzidos
por sistema a vácuo sobre os modelos, adaptados as coroas dentárias. (NEVES et al., 2013).

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Figura 1: Confecção dos modelos em resina

Disponível em: https://3dz.es/impresion-3d-en-el-sector-dental/>. Acesso em: 10 de outubro de 2022.

Com relação à eficácia do tratamento, revisões sistemáticas indicaram que essa


modalidade de tratamento apresenta algumas dificuldades em movimentos ortodônticos
específicos quando comparados a aparelhos fixos (Buschang et al., 2014, Djeu, 2005, Kuncio
et al., 2007). A comparação alcançada pelos estudos entre os aparelhos invisíveis e removíveis
e os fixos, evidenciaram que alinhadores invisíveis e removíveis proporcionam menor tempo
de tratamento em alguns casos. Pacientes utilizando esse sistema tiveram planos de tratamento
que duram de 1–2 anos, enquanto que com o sistema fixo a correção ortodôntica demorou até
5 anos. (KAMATOVIC, 2004).
Um outro estudo com o objetivo para comparar os efeitos de aparelhos fixos e o
Invisalign no estado periodontal durante um ano de terapia ortodôntica ativa em uma população
adulta. Os resultados demonstraram que os aparelhos ortodônticos fixos criam áreas de retenção
para o acúmulo de placa e dificultam a higiene bucal, aumentando o risco de desmineralização
do esmalte, cárie, inflamação gengival e diminuição da saúde periodontal. Houve um menor
acúmulo de placa com Invisalign quando comparados aos aparelhos fixos. Além disso, os níveis
de placa não aumentaram, mas diminuíram ligeiramente, ao longo do estudo de 12 meses. Os
autores concluíram que o uso do Invisalign por ser removível, provavelmente adiciona
substancialmente a qualidade de vida do paciente por permitir a sua remoção durante a
alimentação e melhor higiene bucal em comparação com aparelhos fixos. O que sugere que o
Invisalign seja considerado no planejamento do tratamento ortodôntico de pacientes adultos
com risco de periodontite. (KARKHANECHI et al., 2013).
Na terapia ortodôntica fixa observa-se a dificuldade para a execução dos procedimentos
de higiene dental devido à presença de braquetes, bandas e arcos (Liu et al., 2011), que evita a
higiene ideal da cavidade oral e promove o acúmulo de biofilme dental, o que, por sua vez,
pode levar ao desenvolvimento de lesões da mancha branca, cárie e danificar seriamente o
periodonto (BOLLEN et al., 2008).
Apesar desse sistema ser uma grande evolução, existem limitações, como por exemplo
o tratamento de mordida aberta anterior em que, pode ser explicado pela falta de mecânica
interarcos. Mesmo com extrusão anterior, não é o bastante para se alcançar um trespasse vertical
ideal (PHAN e LING , 2007). Outros tipos de más oclusões dificilmente tratadas com o
Invisalign® são: apinhamento e espaçamento superiores a 5 mm; discrepâncias esqueléticas
ântero-posteriores superiores a 2 mm; dentes com giroversões superiores a 20°; mordidas
abertas e profundas; inclinações dentárias superiores a 45 graus (ROTHIER e VILELLA, 2010;
MADOTTI, MATOS, WOITCHUNAS, KOCHENBORGER e WOITCHUNAS, 2014;
CALHEIROS e BRAGA, 2014; ROTHIER, 2013).
Em 2007, Kuncio et al. ao compararem as mudanças após três anos do tratamento entre
pacientes tratado com Invisalign® e outros tratados com aparelhos fixos convencionais,
encontraram maior recidiva com Invisalign®. Autores relataram que até 70%-80% dos
3
tratamentos Invisalign® exigiram correção ou refinamento (GALAN-LOPEZ; BARCIA-
GONZALEZ; PLASENCIA, 2019).
A terapia Invisalign® pode ser combinada com os aparelhos fixos para aumentar a
previsibilidade e viabilizar movimentos mais complexos (ROTHIER, 2013). No entanto, os
pacientes que optam pelo Invisalign®, geralmente anseiam por tratamentos mais estéticos e
tendem a evitar a terapia corretiva convencional (GU et al., 2017).

4. CONCLUSÃO

Com base nos artigos selecionados para esse caso, foi possível concluir que apesar do
sistema Invisalign apresentar um método de planejamento virtual bastante eficaz, além de ser
estético e confortável, apresenta algumas limitações, e que o sistema não realiza por completo
alguns movimentos dentários, e que não trata todos os tipos de más oclusões.
Por permitir uma higienização mais rigorosa e haver um menor acúmulo de placa,
pacientes com sequelas de doença periodontal têm no Invisalign uma boa indicação. Um menor
desconforto inicial, e consequente menor uso de analgésicos, assim como um menor impacto
negativo na estética do sorriso, são características positivas desse sistema de alinhadores.

5. REFERÊNCIAS

CARDOSO, L. G.; MAIA, J. P. C.; SOUZA, L. T. R.; COUTINHO, L. N.; PARAGUASSÚ,


V. N. S.; ALMEIDA, K. M. F.; LESSA, A. M. G. A Era da Evolução na Ortodontia: Sistema
Invisalign®. Id on Line Rev. Mult. Psic. Vol. 13, N. 45. p. 489-499, 2019.

CORREA, C. F. Tratamento ortodôntico com Invisalign. 2018. Disponível em:


https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/9995/4/Carolina%20Correa.pdf

GRUNHEID,T.; LOH,C.; LARSON, B. How accurate is Invisalign in nonextraction cases?


Are predicted tooth positions achieved? Angle Orthodontist, Appleton, v. 87, n. 6, p. 809-815,
2017.
LIMA, M. N.; CUNHA, L. M.; BENTO, A. K. M.; LIMA, H. T.; COLARES, N. N.;
MARTINS, L. F. B.; CARNEIRO, S. V. Sistema invisalign®: Uma alternativa ortodôntica
estética. JORNADA ODONTOLÓGICA DOS ACADÊMICOS DA CATÓLICA – JOAC. Vol.
2, n. 2, 2016.

LONZETTI, M. Alinhadores do Sistema Invisalign®: fundamentos e aplicação na


Ortodontia. 2019. Disponível em:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/201618/TCC%20Mariana%20Lonzetti
.pdf?

MIRANDA, C. O; OLIVEIRA, R. C. G.; OLIVEIRA, R. C. O tratamento ortodôntico com o


sistema invisalign® - relato de caso. Revista UNINGÁ Review. Vol.25, n.1, p.44-47. 2016.

SOUZA, H. A. F.; NASCIMENTO, J. J. P. N. F.; SOUZA, M. A. F.; GENARI, B.; SOUZA,


A. O.; DEGRAZIA, F. W. Aparelhos ortodônticos invisíveis: uma revisão. Research,
Society and Development, v. 10, n. 1, 2021.

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