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14/06/2022 09:54 UNINTER

FUNDAMENTOS DE
ASTRONOMIA
AULA 1

 
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Profª Sophia Feld

CONVERSA INICIAL

A astronomia é considerada uma das primeiras áreas


sistemáticas de estudo da humanidade.

Diversos povos antigos observaram


cuidadosamente os astros, medindo suas posições no céu dia

após dia com


diversas finalidades: o Egito Antigo baseava a data da colheita no surgimento
de Sirius
a leste momentos após o pôr do sol. Os babilônicos e os povos antigos
da Inglaterra construíram

monumentos que mediam a posição dos astros para


estabelecer um calendário anual de 360 dias.

Também construíram um calendário


lunar, com 30 dias, baseado no período de translação da Lua.

Porém, o primeiro
povo que sistematizou e racionalizou a astronomia sem a intervenção divina
foram

os gregos.

Os povos helênicos criaram o conceito de esfera


celeste, um sistema que simula o céu noturno

indicando a posição dos astros ao


longo de uma noite e ao longo do ano. A posição de um astro na
esfera celeste é
bem definida por sistemas de coordenadas astronômicos. Desta forma, percebe-se

que o Sol, em seu movimento diurno, nasce no Leste e se põe no Oeste, com
variações que

dependem da latitude da observação. Porém, ao longo de um ano, o


Sol parece se mover de oeste

para leste na esfera celeste, e o tempo para


completar uma volta na esfera é definido como o tempo

solar. Dependendo da
posição do Sol ao longo do ano, percebe-se a passagem das estações do ano:

o
dia mais longo do ano é o solstício de verão, o dia mais curto é o solstício de
inverno, e os dias em

que o dia e a noite possuem intervalos de tempo iguais


são os equinócios de primavera e de outono.

Da mesma forma, ao analisar a


posição da Lua na esfera terrestre, ela completa uma volta a cada 29,5

dias e
apresenta suas fases características: a nova, a crescente, a cheia e a
minguante.

O objetivo geral desta aula é conhecer a história da astronomia


e seus fundamentos.

Os objetivos específicos deste encontro são:

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Apresentar a relação
dos povos antigos com a astronomia e as contribuições da civilização

grega;

Definir planos e
pontos na esfera celeste e determinar a posição de um astro por um sistema de

coordenadas;
Descrever os fenômenos
do movimento diurno;

Conceituar calendários
e tempos sideral e solar;

Descrever os
movimentos do Sol e da Lua e os fenômenos decorrentes deles (estações do ano,

eclipses, posições características, marés, entre outros).

TEMA 1 – ASTRONOMIA E A GRÉCIA ANTIGA

1.1 A ASTRONOMIA DA ANTIGUIDADE

A discussão da natureza do Universo ocorre desde os


tempos pré-históricos, e muitos

consideram a astronomia como a mais antiga das


ciências. O estudo astronômico antigo era prático,

por exemplo medir a passagem


do tempo em calendários, importante para se saber as estações do

ano, a época
de plantio e de colheita. Além disso, tinha objetivos mitológicos, como a astrologia,

para fazer previsões do futuro (Fara, 2014).

Os chineses já sabiam que o ano durava 365 dias.


Registravam a passagem de cometas,

meteoros e estrelas cadentes. Há registros


chineses de supernovas. Sumérios, assírios e egípcios

também sabiam a duração


do ano com relativa precisão. Outros povos ao redor do globo
registravam seus
conhecimentos astronômicos em monumentos, como o Stonehenge, na Inglaterra:

as
pedras estão alinhadas ao nascer e ao pôr do sol nas datas que iniciam o verão
e o inverno. Os

maias tinham conhecimentos astronômicos muito precisos, enquanto


os polinésios navegavam com

observações celestes (Fara, 2014; Dontes, 1981).

Figura 1 – Stonehenge,
Inglaterra

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Créditos: Mr
Nai/Shutterstock.

O auge dessa ciência antiga ocorreu durante a


civilização grega, entre 600 a.C. e 200 a.C.,

superada somente no Renascimento,


nos séculos XV e XVI. Os gregos deram um enorme passo para

a astronomia ao
acreditarem ser possível descrever os movimentos celestiais de forma matemática
e

geométrica (Kepler; Saraiva, 2014).

1.2 OS GRANDES ASTRÔNOMOS DA ANTIGUIDADE

Aristóteles coletou e sistematizou o conhecimento


astronômico de seu tempo. Além disso,

procurou explicações racionais para


fenômenos naturais. Descreveu, por exemplo, as fases da lua

como resultado da
posição da face iluminada da Lua em relação à Terra. Explanou o eclipse solar

como a Lua em frente ao Sol e o eclipse lunar como a Terra em frente à Lua.
Defendeu uma Terra

esférica, pois em todo eclipse lunar a sombra projetada da


Terra na lua era arredondada, mas rejeitou

todo e qualquer movimento terrestre,


argumentando que, se um objeto fosse abandonado no ar ao

acaso, ele teria um


movimento para trás, o que não era observado (a ausência desse movimento

retrógrado foi explicada mais tarde pelo conceito de inércia, de Galileu).


Defendeu um universo

esférico e finito (Kepler; Saraiva, 2014; Dontes, 1981).

Eratóstenes de Cirênia, bibliotecário da Grande


Biblioteca de Alexandria, foi o primeiro a calcular

a circunferência da Terra.
Ele percebeu que em Siena (atual Assuã, Egito), ao meio-dia do primeiro dia

de
verão, a luz solar alcançava o fundo de um poço profundo. Porém, ao mesmo
tempo, isso não

acontecia em Alexandria. Eratóstenes fincou uma estaca vertical


e mediu uma sombra equivalente a

uma inclinação do Sol no céu equivalente a 7


graus em relação à vertical, cerca de 1/50 de uma volta

inteira. A distância
entre Siena e Alexandria deveria ser, também, de 1/50 da circunferência
terrestre.

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Como se sabia que a distância entre as duas cidades era


aproximadamente 5.000 estádios (1 estádio

= 1/6 km), a circunferência terrestre


deveria ser 50 x 5.000 estádios, ou seja, aproximadamente 40.000

km.
Esse valor foge em menos de 1% do valor aceito atualmente (Comins; Kaufmann III,
2010).

Cláudio Ptolomeu foi o último grande astrônomo da


antiguidade. Compilou 13 volumes sobre

astronomia, conhecidos como Almagesto.


Ptolomeu construiu uma representação geométrica do

universo com muitos


círculos, epiciclos e equantes que permitiam prever com relativa precisão o

movimento dos corpos celestes pelo céu. O Almagesto foi superado apenas no
Renascimento,

durante o século XVI (Kepler; Saraiva, 2014).

TEMA 2 – A ESFERA CELESTE E OS SISTEMAS


DE COORDENADAS
ASTRONÔMICOS

2.1 A ESFERA CELESTE E SEUS PLANOS,


PONTOS, CÍRCULOS E SEMICÍRCULOS

Quando paramos para observar o céu à


noite, temos a impressão de estarmos no centro de uma

esfera impregnada de
estrelas. Foi nessa inspiração que os gregos antigos criaram o conceito de

esfera celeste. Com o passar das horas, os astros nascem e se põem, seguindo
seus rumos de leste

para oeste. A esfera celeste parece girar em torno de seu


próprio eixo nesse mesmo sentido, mas é a

Terra que gira de oeste para leste. O


eixo da esfera celeste é apenas um prolongamento do próprio

eixo terrestre, que


intercepta a esfera em dois pontos, os polos celestes. Estes, por sua vez, são

apenas projeções dos polos terrestres na esfera celeste (Kepler; Saraiva, 2014).

Figura 2 – Esfera
celeste

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Créditos:
Morphart Creation/Shutterstock.

Os gregos antigos definiram pontos e


planos na esfera celeste muito úteis na determinação da
posição dos astros no
céu. Entre esses pontos, linhas e planos, destacam-se (Kepler; Saraiva,
2014):

Horizonte: plano tangente


à superfície terrestre no local de observação e perpendicular à
vertical do
local, definido por um fio de prumo.

Zênite: ponto onde o


prolongamento da vertical do local intercepta a esfera celeste. É o topo
do céu
no local observado. Nadir é o nome dado ao extremo diametralmente oposto ao
zênite.

Equador celeste:
prolongamento do plano do equador terrestre que intercepta a esfera celeste.
Polos celestes:
prolongamento do eixo de rotação terrestre que intercepta a esfera celeste em

dois pontos – o polo celestial norte, no Hemisfério Norte, e o polo celestial


sul, no Hemisfério
Sul.

Círculos
de altura: círculos na esfera celeste paralelos ao horizonte.
Meridianos:
semicírculos na esfera celeste perpendiculares ao plano do equador celeste e
que
interceptam os dois polos celestes.

Paralelos:
círculos na esfera celeste paralelos ao equador celeste.

2.2 PRINCIPAIS SISTEMAS DE COORDENADAS


ASTRONÔMICOS

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Para se conhecer a posição de um determinado astro na


esfera celeste, é necessário um sistema
de coordenadas. Na astronomia,
prefere-se duas coordenadas angulares na esfera celeste para que a

distância
entre os astros não seja considerada.

Figura 3 – Sextante,
instrumento para medir as coordenadas astronômicas de um astro

Créditos: Scorpp/Shutterstock.

Para estabelecer um sistema de coordenadas, são


necessários um eixo e um plano fundamental
perpendicular a esse eixo. A posição
do astro é medida definindo seu ângulo sobre o plano

fundamental e seu ângulo


perpendicular a esse plano. Os sistemas de coordenadas mais utilizados
são (Kepler; Saraiva,
2014; Faria, 1985):

Horizontal: suas
coordenadas são o azimute (a), ângulo medido sobre a horizontal com origem
no Norte,
e a altura (h), ângulo medido perpendicularmente ao horizonte com a origem no

próprio horizonte. É um sistema local, que tem como referência o próprio local
de observação e
não pode ser generalizado para todos os locais do planeta. A
altura do polo celeste em relação
ao horizonte é igual à latitude geográfica do
local.

Equatorial: suas coordenadas são a ascensão reta (α), ângulo


medido sobre o equador celeste
com origem no meridiano que coincide com a
posição do Sol no equinócio de outono (no

Hemisfério Sul), e a declinação (δ),


ângulo perpendicular ao equador celeste. É um sistema
geral, pois tem como
referência a esfera celeste, sendo válido para todos os locais do planeta.

TEMA 3 – O MOVIMENTO DIURNO DOS ASTROS

3.1 FENÔMENOS DO MOVIMENTO DIURNO DOS


ASTROS

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Nascer de um astro: é
o instante em que o astro cruza o horizonte e se torna visível para o

observador. Por outro lado, ocaso é o instante em que o astro cruza o horizonte
para deixar de
ser observado (Kepler; Saraiva, 2014).

Passagem meridiana do
astro: é o instante no qual o astro atinge a altura máxima em relação
ao
horizonte. Nesse momento, o astro cruza o meridiano geográfico local projetado
na esfera

celeste (Kepler; Saraiva, 2014).


Estrelas
circumpolares: são estrelas que nunca se põem no local de observação. Descrevem

trajetórias circulares ao redor do polo celeste (Kepler; Saraiva, 2014; Faria, 1985).

3.2 MOVIMENTO DIURNO DO SOL

Por definição, um dia é o tempo que leva para a Terra


dar uma volta completa em torno de si
mesma. A cada hora, a Terra se desloca
1/24 de volta, ou 15°. O Sol se desloca pela esfera celeste de

leste para
oeste, como todos os outros astros. Porém, a declinação do Sol em relação aos
polos
celestes não se mantém fixa ao longo do ano, como as estrelas, mas varia
entre -23,5° e +23,5° em

torno do equador celeste (Kepler; Saraiva,


2014).

TEMA 4 – MEDIDAS DE TEMPO

As medidas convencionais de tempo são baseadas no


movimento de rotação da Terra. Podemos
ter o tempo solar, quando tomamos como
referência o movimento diurno do Sol, ou o tempo

sideral, quando tomamos como


referência o movimento do ponto na esfera celeste que representa a
intersecção
da eclíptica (trajetória do Sol) com o equador celeste, na região da
constelação de áries,

conhecido como ponto vernal (Kepler; Saraiva,


2014).

Figura 4 – Rotação da Terra

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Créditos: mapichai/Shutterstock.

4.1 CALENDÁRIOS

Desde a Antiguidade, existia um problema na criação de


um calendário anual: a duração de um

ano não é múltiplo exato da duração do dia


ou do mês. Um ano sideral é o tempo que a Terra leva
para completar uma volta
em torno do sol, 365 dias, 6 horas, 9 minutos e 10 segundos. Porém, o ano

tropical é o tempo que leva para que o Sol cruze o ponto vernal duas vezes.
Esse tempo é
ligeiramente menor do que o ano sideral devido ao movimento de
precessão do Sol, movimento
cíclico que ocorre uma vez a cada 26 mil anos.
Nosso calendário baseia-se no ano tropical (Kepler;

Saraiva, 2014).

Os antigos egípcios começaram a usar um calendário com


360 dias por ano, baseados nas cheias

cíclicas do Nilo. Logo descobriram que


deveriam acrescentar cinco dias ao calendário. Ao longo dos
anos, os egípcios
notaram que mais uma adição era necessária, pois notaram que o ano durava mais

ou menos 365,25 dias. Nosso calendário é baseado no antigo calendário romano,


um calendário
lunar. Como percebiam que a Lua completava uma volta na esfera
celeste uma vez a cada 29,5 dias,

criaram meses alternados de 29 e 30 dias.


Doze ciclos lunares totalizavam 354 dias. A cada três anos,
criava-se um mês
extra para compensar os dias faltantes. Porém, essa regularidade na inserção do

mês extra tornou-se rara, o que obrigou o imperador Júlio César a reformular o
calendário, com 365

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dias, com um ano bissexto de 366 dias, a cada quatro anos.


O calendário juliano vigorou por 1600

anos (Comins; Kaufmann III, 2010).

Em 1582, a data da Páscoa, definida pelo conselho de


Niceia no ano 325 d.C. como o primeiro
domingo da lua cheia que ocorre após o
equinócio de primavera (de outono no Hemisfério Sul),

estava sendo comemorada


em 11 de março, muito antes das datas originais. Percebeu-se que o ano
era
ligeiramente menor que 365,25 dias (sabe-se hoje em dia que a duração do ano
tropical é igual a

365,242199 dias). Essa diferença causava o excesso de um dia


a cada 128 anos no calendário juliano.
Em 1582, já havia dez dias excedentes. O
papa Gregório XIII regulamentou o calendário, instituindo o

calendário
gregoriano (usando até hoje), tirando os dez dias que estavam sobrando no
calendário
juliano (a data pulou de 4/10/1582 para 15/10/1582 sem as datas
intermediárias) e regulamentou

que todo ano terminado em 00 não fosse bissexto


(exceto os anos múltiplos de 400). O ano no
calendário gregoriano tem,
portanto, 365,2425 dias, 26 segundos a mais do que o ano tropical. Isso
significa que o calendário deverá ser corrigido a cada 3300 anos em um dia a
menos (Comins;

Kaufmann III,
2010).

TEMA 5 – MOVIMENTOS DO SOL E DA LUA

O Sol move-se aparentemente pelas estrelas na esfera


celeste, devido ao movimento de
translação da Terra em torno dele. A trajetória
do Sol pela esfera celeste é chamada de eclíptica, e seu

plano é inclinado em
aproximadamente 23,5° em relação ao plano do equador celeste. As estações
do
ano existem devido a essa inclinação. A Lua possui os movimentos celestes mais
notórios para a

humanidade, pois é o corpo celeste mais próximo da Terra. O


plano da órbita lunar não coincide com
o plano da eclíptica, mas apresenta uma
inclinação de 5,15° em relação à eclíptica. Esse plano não é

fixo e gira como


um prato a cada 18,6 anos. Então, em relação ao plano do equador celeste, o
plano
da órbita lunar varia de 18,4° a 28,7° (Kepler; Saraiva, 2014).

Figura 5 – Translação
da Terra

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Créditos: Designua/Shutterstock.

5.1 ESTAÇÕES DO ANO

Um instrumento simples e prático para perceber o


movimento do Sol no ano é o gnômon, que
simplesmente é uma estaca vertical
fincada no solo. Ao ser iluminada pelos raios solares, o gnômon

projeta uma
sombra no chão, cujo tamanho depende da hora do dia e da época do ano. A sombra

permanece exatamente na direção norte-sul quando é meio-dia no horário do local


de observação.
Também nessa hora, o tamanho da sombra é mínimo. O tamanho da
sombra é máximo no exato

momento do nascer do Sol ou no pôr do sol. Ao longo do


ano, a sombra mínima do meio-dia é a

menor possível no solstício de verão


(primeiro dia do verão) e a maior possível no solstício de

inverno. Muitos
povos antigos utilizaram os gnômons para conhecer as estações do ano e a
duração
do ano tropical (Kepler; Saraiva, 2014).

5.2 ALGUMAS POSIÇÕES DO SOL AO LONGO DO


ANO

Quando o Sol cruza o equador celeste do Hemisfério


Norte para o Hemisfério Sul, ocorre o

equinócio de março. Nesse dia, o tempo


para o Sol nascer e se pôr é igual a 12 horas em todo o

planeta. No Hemisfério
Norte, é o equinócio de primavera, enquanto no Hemisfério Sul é o equinócio
de
outono. Quando o Sol atinge a declinação máxima ao norte, ocorre o solstício de
junho. Nesse

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dia, o Sol está no zênite nos locais diretamente sobre o Trópico


de Câncer. É o dia mais longo para

quem mora no Hemisfério Norte e o dia mais


curto para quem mora no Hemisfério Sul. Quando o

Sol cruza o equador celeste do


Sul para o Norte, ocorre o equinócio de setembro. Novamente, a

duração do dia e
da noite são iguais em todos os locais do planeta. No Hemisfério Norte é o
equinócio de outono, e no Hemisfério Sul é o equinócio de primavera. Quando o Sol
atinge a

declinação máxima em direção ao sul, ocorre solstício de inverno. O


Sol está no zênite para quem se

situa exatamente sobre o Trópico de


Capricórnio. É o dia mais curto para quem mora no Hemisfério

Norte e o dia mais


longo para quem mora no Hemisfério Sul (Comins; Kaufmann III, 2010).

Figura 6 – Solstício
de verão no Hemisfério Norte

Créditos: Andramin/Shutterstock.

5.3 AS FASES DA LUA

Enquanto a Lua realiza seu movimento de translação em


torno da Terra, passa por um ciclo de
fases que dura 29,5 dias. O aspecto da
Lua no céu deve-se ao fato de ela não possuir luz própria – ela

apenas reflete
a luz solar. A fase da Lua é o aspecto da superfície lunar iluminada pelo Sol
vista da

Terra. Quando a parte iluminada da Lua vista da Terra aumenta


progressivamente, chamamos de lua

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crescente, e quando ela diminui, chamamos de


lua minguante. Quatro posições da parte iluminada
da Lua se destacam (Kepler; Saraiva,
2014):

Quarto crescente: quando


metade da parte iluminada da Lua é vista da Terra, durante sua fase

crescente;

Lua cheia: quando toda


a parte iluminada da Lua é visível da Terra;

Quarto minguante: quando


metade da parte iluminada da Lua é visível da Terra durante sua
fase minguante;

Lua nova: quando


nenhuma parte iluminada da Lua é vista da Terra.

Figura 7 – Fases da
lua

Créditos: Jojoo64/Shutterstock.

5.4 ECLIPSES SOLARES E LUNARES

Estão entre os
fenômenos celestes mais espetaculares. Há dois tipos, o eclipse solar e o
eclipse
lunar, quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol. Caso, no local
de observação, o disco solar seja

obscurecido completamente pela Lua, o eclipse


será total. Caso a Lua obscureça parte do disco solar,

será um eclipse parcial.


Há casos em que a Lua está distante (apogeu), e o disco lunar não é capaz de

obscurecer completamente o disco solar, formando um eclipse anular. Quando a


Terra se posiciona
entre a Lua e o Sol, tem-se um eclipse lunar. Quando a Lua
se posiciona entre a Terra e o Sol, ocorre

um eclipse solar.

Figura 8 – Eclipse
solar

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Créditos: muratart/Shutterstock.

Caso a sombra
terrestre obscureça uma parte da Lua, o eclipse será parcial. Ainda há o
eclipse

penumbral, quando a Lua está na penumbra da Terra. Durante o eclipse


total, é comum que a Lua
não fique completamente escura, mas avermelhada,
situação conhecida como lua de sangue. Isso

ocorre devido à refração da luz


solar na atmosfera terrestre: a luz vermelha predomina após a

refração e é
desviada para a superfície lunar, que a reflete. Ao contrário de um eclipse
solar, visível

apenas em partes do planeta, um eclipse lunar é observado de


todo o planeta (Comins; Kaufmann III,
2010).

Figura 9 – Eclipse
total da lua

Créditos: Chris
Collins/Shutterstock.

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NA PRÁTICA

Como os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste)


são localizados com precisão desde a

Antiguidade com a ajuda de um gnômon?


Tente, sem utilizar qualquer aplicativo ou programa de

localização, traçar em
um pedaço de papel os pontos cardeais com base em sua própria noção de
espaço.
Finque, em um espaço aberto onde os raios solares cheguem livremente ao chão em

qualquer época do ano, uma estaca reta, chamada de gnômon. Durante um horário
determinado

durante uma manhã ensolarada, marque com uma pequena estaca o topo
da sombra. Risque,

também, o chão ao longo da sombra. Em seguida, amarre um


barbante à base do gnômon e, com
um giz, faça do barbante um compasso. O giz
deve ser inicialmente posicionado na pequena estaca

marcada pela manhã, e, com


um movimento de compasso, risque o chão até alcançar a futura

posição da sombra
do gnômon à tarde. Observe com paciência o momento em que o topo da

sombra do
gnômon toca o chão riscado com o giz. Nesse instante, risque a outra sombra,
colocando,
também, estaca no topo desta segunda sombra. O gnômon e as duas
pequenas estacas, a da manhã

e a da tarde, formarão um triângulo. O ângulo do


triângulo do gnômon deverá ser dividido pela

metade, traçando-se também um


risco para esse procedimento. O risco estará orientado na direção

norte-sul e,
como a maior parte do Brasil está no Hemisfério Sul, esse risco apontará
exatamente para
o Sul. Seu sentido oposto apontará para o norte, enquanto o
risco que liga as suas pequenas estacas

estará na direção Leste-Oeste, com o


lado direito (quando a pessoa está orientada para ao Norte)

apontando para Leste,


e o lado esquerdo, para o Oeste.

FINALIZANDO

  A astronomia é considerada uma das primeiras ciências da


humanidade no sentido de ter que
se observar os astros para fins práticos, como
controlar a passagem do tempo em calendários, ou

mesmo para prever o futuro,


como na astrologia. Porém, a astronomia como ciência no sentido

moderno veio
apenas no século XVII com a publicação das leis da gravitação moderna de Newton,

mas, como o próprio físico inglês disse, “estou em ombros de gigantes”, pois a astronomia
é uma
construção humana e histórica que começou na Antiguidade com a observação
dos movimentos dos

astros, passando pela Grécia Antiga, que criou a noção de


esfera celeste, utilizada até hoje em dia,

com seus planos, pontos, linhas e


sistemas de coordenadas, sendo o sistema equatorial o mais

utilizado por
informar a posição de um corpo que vale para todos os pontos de observação do
planeta. Com o acompanhamento do movimento dos astros pela esfera celeste,
alguns fenômenos

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foram entendidos, como as fases da Lua e as estações do ano.


Esses fenômenos eram periódicos, o

que ajudou na contagem do passar do tempo e


na elaboração de calendários. O intervalo entre um

solstício de inverno e outro


foi considerado um ano, com precisão melhorada com o tempo,
enquanto um ciclo
de fases da lua foi considerado o equivalente a um mês. Foram costumes

adotados
na Antiguidade que ainda observamos, com ajustes, hoje em dia.

REFERÊNCIAS

COMINS, N. F.; KAUFMANN III, W. J. Descobrindo o universo. 8. ed. Porto Alegre: Bookman,

2010.

DONTES, M. A. A astronomia
na Antiguidade. Revista de Ensino de Ciências, [S.l.], v. 2, p. 40-45,

fev.
1981.

FARA, P. Uma breve


história da ciência. Curitiba: Fundamento, 2014.

FARIA, R. P. et al., Fundamentos de astronomia.


2. ed. Campinas: Papirus, 1985.

KEPLER, S. O.; SARAIVA M. F. O. Astronomia


e astrofísica. Porto Alegre: UFRGS, 2014.

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