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Aula 07

Medicina Legal p/ Polícia Civil de Goiás (Delegado) - Com videoaulas

Professor: Alexandre Herculano


Medicina Legal Médico Legista - PCGO - 2016
Teoria e Exercícios
Prof. Alexandre Herculano Aula 07

Aula 07: Toxicologia médico-legal (incluindo-se drogas

psicoativas).

SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 1

2. Toxicologia Forense 2

2.1. Cáusticos e venenos 2

2.2. Embriaguez 9

2.3. Toxicomanias 13

3. Questões propostas 27

4. Questões comentadas 34

5. Gabarito 50

Olá, meus amigos!

Então, hoje, vou abordar o seguinte tópico: Toxicologia

médico-legal (incluindo-se drogas psicoativas).

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Toxicologia Forense

Pessoal, essa parte estuda os cáusticos, os envenenamentos e a

intoxicação alcoólica e por tóxicos, pelo emprego de processos

laboratoriais. Aqui, temos as chamadas energias de ordem química.

Cáusticos e venenos.

São energias de ordem química que, entrando em contato

interno ou externo com o organismo, são capazes de provocar danos à

saúde ou à vida, como os cáusticos, produtores das lesões viscerais e

cutâneas denominadas vitriolagem, e os venenos.

Os cáusticos são substâncias que, de acordo com sua natureza

química, provocam lesões tegumentares mais ou menos graves. Essas

substâncias podem resultar em efeitos coagulantes ou liquefacientes. A

primeira são aquelas que desidratam os tecidos e lhes causam escaras

endurecidas e de tonalidade diversa, como por exemplo, o nitrato de

prata, o acetato de cobre e o cloridato de zinco. Já as de efeito

liquefacientes produzem escaras úmidas, translúcidas, moles e têm como

modelo a soda, a potassa e a amônia.

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Na vitriolagem surgem as lesões viscerais e cutâneas

produzidas por substâncias cáusticas (de Kaustikos, o que queima). A

causa jurídica da vitriolagem pode ser criminosa, suicida ou

acidental. Quando criminosa, quase sempre determinada por ciúme ou

vingança é crime perpetrado mediante arremesso de ácidos ou de

bases cáusticas na face, pescoço, tórax, ou aparelho genital da vítima,

objetivando causar-lhe danos corporais deformantes, resultando, pois, a

lesão gravíssima a que se refere o dispositivo 129, § 2.º, IV, de nossa lei

substantiva penal. Já no caso de acidente é explicado pela ingestão

involuntária de substâncias cáusticas por embriagados ou nas

fábricas, por explosões ou derrame de recipientes que as contêm.

A mortalidade precoce na vitriolagem grave está relacionada com

hipotensão e necrose tubular aguda, devido a um frequente erro de

subestimação inicial da extensão e profundidade e consequente reposição

hídrica insuficiente.

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A morte pode ser consequente ao choque neurogênico, à

perfuração do estômago, à hemorragia gástrica, à asfixia por edema da

glote, infecções local e/ou sistêmica, broncopneumonia, caquexia por

estenose do esôfago etc. À necropsia, encontra o perito lesões múltiplas

dos rins, do fígado, do aparelho gastrintestinal, vasos trombosados,

hiperemia do sistema nervoso central; estômago de coloração negra,

volume reduzido e, por vezes, pergaminhado ou coriáceo, na vitriolagem

produzida pela ingestão de ácidos. E toda a parede gástrica edemaciada e

necrosada, de consistência diminuída, com suas pregas tendendo a

desaparecer, na vitriolagem por ingerimento de bases cáusticas.

Finalmente, transforma-se o sangue numa massa gelatinosa e

achocolatada, lembrando o sangue dos grandes queimados.

Lesões internas causadas por ação cáustica

Devem-se à ingestão e/ou aspiração do cáustico. São observadas:

 Na boca

 Em toda a extensão do esôfago e do estômago

 Ao longo das vias aéreas, no caso de aspiração

Dependendo da quantidade ingerida e do tempo de sobrevida,

pode haver comprometimento do duodeno e porção inicial do jejuno. Mas

isso não é comum porque costuma haver espasmo do piloro.

A mucosa oral e o tubo digestivo revelam coloração e consistência

modificadas de acordo com o tipo de cáustico e do tempo entre a ingestão

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e o início do tratamento médico. A mucosa resiste muito menos do que a

pele porque não tem a camada de células queratinizadas presentes na

epiderme.

O órgão mais lesado, na maioria das vezes, é o estômago, já que

o esôfago é apenas um canal de passagem, o que não impede que ele

seja sede de intensas lesões e mesmo perfuração. Porém, as alterações

mais características de cada cáustico são encontradas na parede gástrica.

Em geral, notam-se congestão intensa e hemorragia de

intensidade variável, conforme o cáustico e o tempo de sobrevida,

caracterizando uma gastrite aguda grave. Pode haver perfuração do

órgão e consequente peritonite química.

Havendo sobrevida por mais de um dia, é possível reconhecer

extensas áreas de necrose e destruição da mucosa e edema das outras

camadas da parede do órgão, que fica muito espessada.

A intensidade pode ser atenuada se o cáustico encontra o

estomago cheio de alimentos. Em todos os casos de ingestão de

cáusticos, a morte é precedida de choque e colapso circulatório.

Qualquer que seja o agente cáustico, se a vitima sobreviver,

haverá fibrose das lesões devido à evolução da reação inflamatória da

fase aguda. Segundo especialistas, apesar de o esôfago ser um órgão de

passagem para o estômago, as queimaduras evoluem para a formação de

aderências entre as faces anterior e posterior do órgão, levando à

estenose cicatricial. Simultaneamente à ingestão, pode ocorrer inalação

de vapores ou aspiraçao do cáustico.

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Conforme o grau de penetração nas vias aéreas, as lesões podem

restringir-se à laringe ou interessar os pulmões. Nesse caso, há intenso

edema pulmonar, e a morte pode ser antecipada.

Já os venenos são substâncias que, quando introduzida no

organismo em quantidades relativamente pequenas e agindo

quimicamente, é capaz de produzir lesões graves à saúde, no caso do

indivíduo comum e no gozo de relativa saúde.

Podemos classificá-los em:

 quanto ao estado físico: líquidos, sólidos e gasosos;

 quanto à origem; animal, vegetal, mineral e sintético;

 quanto as funções químicas: óxidos, ácidos, bases e sais;

 quanto ao uso: doméstico, agrícola, industrial, medicinal,

cosmético,etc.

Uma questão boa para sua prova é perguntarem as fases

quanto ao percurso do veneno no organismo, são elas: penetração,

absorção, fixação, transformação, distribuição, eliminação, mitridatização,

toxicidade, intolerância, sinergismo e equivalente tóxico, vejamos cada

uma:

 Penetração - oral, gástrica, retal, etc. A via

orogastrointestinal é a mais usada;

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 Absorção - é o processo pelo qual o veneno chega à

intimidade dos tecidos;

 Fixação - é a etapa do envenenamento em que a

substância tóxica se localiza em certos órgãos de acordo

com o seu grau de afinidade;

 Transformação - é o processo pelo qual o organismo

tenta se defender da ação tóxica do veneno, facilitando

sua eliminação e diminuindo seus efeitos nocivos;

 Distribuição - é a fase em que o veneno, penetrando na

circulação, estende-se pelos mais diversos tecidos;

 Eliminação - é a etapa na qual o veneno é expelido

seguindo as vias naturais;

 Mitridatização - é o fenômeno caracterizado pela elevada

resistência orgânica aos efeitos tóxicos dos venenos;

 Toxicidade - a propriedade que tem determinada

substância de causar internamento um dano a um

organismo;

 Sinergismo - é a ação potencializadora dos efeitos

tóxicos decorrentes da ingestão simultânea de várias

substâncias venenosas;

 Equivalente tóxico - a quantidade mínima de veneno

capaz de, por via intravenosa, matar 1kg do animal

considerado.

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Pessoal, o envenenamento é a ação ou efeito de envenenar

peculiar a cada veneno. Consoante o estado físico, ou a composição

química, ou a sua proveniência, dois autores - Buzzo e Soria, assim

subdividem os venenos:

 venenos gasosos;

 venenos voláteis;

 venenos minerais: metais e metaloides;

 ácidos e álcalis minerais;

 ácidos orgânicos;

 alcaloides, ptomaínas e glicosídeos;

 venenos orgânicos sintéticos (medicamentos);

 venenos de origem alimentar;

 venenos vegetais (toxalbuminas);

 venenos animais.

Aproveitando que estamos falando sobre envenenamento, não

posso deixar de falar sobre a Síndrome do Body Packer (imagem

abaixo), conhecida também como "mula" ou "correio", é usada para

aqueles que conduzem no interior do seu organismo drogas ilícitas do

tipo cocaína, anfetaminas e heroína. É diferente da chamada body

pusher, pois esta se dá aos que transportam pequenas quantidades de

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drogas nos orifícios naturais. Mas porque estou falando isso na parte de

envenenamento? Simples, quando um "mula" - transportador de drogas

ilícitas, carrega essas drogas no estômago, as cápsulas podem romper-

se, assim, a morte sempre se dá por intoxicação aguda e maciça da

droga ingerida, sendo a mais comum a cocaína, logo, fiquem atentos

nesses nomes, ok?

Embriaguez

É a intoxicação alcoólica, ou por substância de efeitos análogos,

aguda, imediata e passageira. A despeito da dificuldade, do ponto de vista

médico, em reconhecer limite nítido de separação entre os períodos da

embriaguez, usa-se habitualmente dividi-la em fases de excitação, de

confusão e do sono.

A primeira fase, de excitação, ou do macaco, é a ebriedade

subaguda, ou incompleta, em que o indivíduo torna-se irrequieto. A

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segunda fase, de confusão ou do leão, é a que constitui periculosidade,

tornando-se o ébrio insolente e agressivo, empregando desconexa

linguagem de baixo calão, falando insultuosamente de imaginárias

infidelidades e prevaricações da esposa e recriminações e ofensas morais

a terceiros. Já a terceira, do sono ou comatosa, é completa e o paciente

não se mantém em pé. Constitui perigo apenas para o ébrio, que, caído,

inconsciente, mergulhado em sono profundo, incapaz de delinquir. É

devida à intoxicação simples e não há dificuldade para o seu

reconhecimento.

Embriaguez patológica

De grande importância médico-legal porque se manifesta nos

descendentes de alcoólatras, nos predispostos e tarados e em

personalidades psicopatas, desencadeando acessos furiosos e atos de

extrema violência, mesmo sob ingestão de pequenas doses de álcool.

Trata-se de uma forma especial de intoxicação alcoólica aguda, geradora

de transtornos psíquicos manifestados por formas que vão desde a

excitação eufórica até o estupor e o coma alcoólico.

A embriaguez patológica compreende quatro tipos:

 Embriaguez agressiva e violenta — o ébrio torna-se

agressivo e violento, podendo mesmo cometer homicídios,

“consumados com tal segurança que sugerem

premeditação”;

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 Embriaguez excitomotora — o alcoólatra, inquieto, é

acometido de raiva destrutiva seguida de amnésia lacunar;

 Embriaguez convulsiva — impulsos destruidores seguidos

de crises epileptiformes;

 Embriaguez delirante — delírios com ideias de

autoacusação e de autodestruição, sobrevindo tendência ao

suicídio.

Esses quatro tipos de embriaguez patológica são considerados

reações individuais idiossincrásicas ao álcool etílico, independentes de

consumo excessivo do mesmo e sem sinais neurológicos manifestos de

intoxicação. Esses indivíduos são extremamente perigosos, pois são neles

comuns os impulsos em que agridem, produzindo toda sorte de lesões

corporais, e matam, agindo inopinadamente com terrível violência.

A embriaguez quanto à origem: embriaguez acidental, pode advir

de caso fortuito ou força maior. Assim, quando ela será acidental

proveniente de caso fortuito e quando é de força maior?

Caso fortuito: Quando o agente desconhece o efeito inebriante

da substância que ingere.

Força maior: Quando ele é obrigado a ingerir a substância.

Exemplo de Damásio: Alguém cai no tonel de pinga, sai dali e mata o

segurança. Exemplo da jurisprudência: Uma mulher foi seqüestrada e

drogada no cativeiro. Ela conseguiu fugir naquele estado. Esse é um

exemplo mais factível.

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A embriaguez acidental, seja por razão de caso fortuito, seja por

razão de força maior, ela pode ser completa ou incompleta:

Completa : Quando exclui capacidade de entendimento e

autodeterminação no momento da conduta.

Incompleta: Quando diminui capacidade de entendimento e

autodeterminação.

Embriaguez não-acidental: Pode ser voluntária ou culposa,

vejamos:

Voluntária: Será voluntária quando o agente quer se embriagar.

Eu falei que ele quer se embriagar. Eu não falei que ele quer se embriagar

para praticar crime. Ele simplesmente decidiu ‘tomar todas’.

Culposa: Não queria se embriagar, mas aconteceu.

A embriaguez não-acidental, seja voluntária, seja culposa,

também pode ser completa ou incompleta.

Embriaguez doentia: É a embriaguez patológica, iniciamos falando

sobre ela. É equiparada a uma doença mental. Também pode ser

completa e se completa, será equiparada ao art. 26, caput, e se

incompleta, será equiparada ao art. 26, § único.

Embriaguez preordenada: A embriaguês é meio para a prática do

crime. Também pode ser completa ou incompleta.

O que diz o art. 28, § 1º, do CP? Só exclui a imputabilidade a

embriaguez acidental completa. E se for incompleta, somente reduz a

pena. Só isenta de pena a embriaguez acidental proveniente de caso

fortuito ou força maior completa. Somente essa! A acidental incompleta

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não isenta de pena. Diminui pena. A embriaguez não acidental não isenta

de pena jamais, seja completa, seja incompleta. Não exclui a

culpabilidade. A patológica só exclui a imputabilidade se completa, caso

em que é comparada ao art. 26, caput. Se incompleta, não exclui. A

preordenada não exclui a imputabilidade, não importa se completa

ou incompleta.

Toxicomanias

Pessoal, primeiramente, o tóxico é “qualquer substância de

origem animal, vegetal ou mineral que, introduzida em quantidade

suficiente num organismo vivo, produz efeitos maléficos, podendo

ocasionar a morte”.

Toxicomania, segundo o Comitê dos Peritos da Organização

Mundial de Saúde (OMS), “é um estado de intoxicação crônica ou

periódica, prejudicial ao indivíduo e nociva à sociedade, pelo consumo

repetido de determinada droga, seja ela natural ou sintética”.

Segundo a doutrina, têm como características:

 invencível desejo ou necessidade (obrigação) de continuar

a consumir a droga ou de procurá-la por todos os meios;

 tendência a aumentar a dose;

 dependência de ordem psíquica (psicológica) e física em

face dos efeitos da droga.

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Dependência a uma droga é o condicionamento do indivíduo a

ela. Quando o dependente escravizado à droga, por qualquer motivo,

sofre supressão da substância tóxica, desencadeia-se nele a síndrome ou

reação de abstinência. Esta, desatada pela supressão brusca da droga

tóxica leva o usuário a tomar nova dose, cada vez mais frequentemente e

em maior quantidade, instalando a total e irremediável dependência da

qual sairá submetendo-se a rigoroso tratamento médico especializado,

sem, contudo, propiciar que as consequências orgânicas já estabelecidas

regridam.

Meus caros, as toxicomanias têm início iatrogênico, por

prescrição médica de medicamentos tranquilizantes e de

estupefacientes (ou de anorexígenos) objetivando,

respectivamente, efeito tranquilizador ou analgésico, in casus, na

vigência de neuroses ou de psicopatias, ou de moléstia consuntiva

com sintomatologia intensamente dolorosa. Devido a isso é que aos

médicos se obriga estarem atentos ao receitar entorpecentes ou

psicotrópicos, para alívio de dor ou de tensões emocionais, notadamente

aos portadores de personalidade psicopata inferior, só o fazendo em

última instância, quando outros medicamentos não preencham a mesma

finalidade, para evitar que seus pacientes se tornem dependentes.

O morfinômano é todo aquele que se entrega ao uso habitual e

reiterado da morfina. A morfina é um alcaloide fenantrênico, isolado do

ópio. Dessa forma, dependendo da dose, exerce a morfina ação narcótica,

no homem, manifestada por analgesia, sonolência eufórica, incapacidade

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de concentração, raciocínio dificultoso, apatia, abulia, diminuição sensível

dos movimentos respiratórios por influência direta sobre o centro bulbar,

miose bilateral característica e sonhos eróticos, por muitas horas.

À exceção dos vasos sanguíneos, a morfina produz notável

contração da musculatura lisa e do musculus uterinus, sem, contudo,

interferir na dinâmica do parto. Tanto o vício quanto a tolerância ocorrem,

por mecanismo desconhecido, com a morfina, depois de cerca de duas

semanas de uso contínuo da mesma dose do alcaloide; desse modo, os

efeitos deprimentes desse narcótico sobre o sistema nervoso central só

tornam a manifestar-se se a dose for aumentada.

Já a heroína é a diacetilmorfina, droga intensamente tóxica

derivada sinteticamente da morfina. A heroína leva o indivíduo ao hábito,

ou seja, à sujeição psíquica e emotiva à droga, mais facilmente do que a

morfina. Empregada usualmente por via hipodérmica, produz maior

euforia e excitação, com doses menores do que as daquele alcaloide.

Demais, embora tenha ação narcótica mais intensa que a da morfina,

produz, também, maior excitação do sistema nervoso central. O

heroinômano, em geral, é astuto, vil, cacambeador, amoral e perigoso,

pois a degenerescência psíquica e o alto custo do narcótico levam-no a

cometer de cambulhada toda sorte de diatribes antisociais e até crimes,

no afã de obter dinheiro para comprar a dose diária da droga.

Quanto à cocaína ou metil-benzoil-ecgonina é um poderoso

estimulante do sistema nervoso central obtido das folhas da

Erythroxylon coca. Seu efeito estimulante sobre a cortiça cerebral

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desencadeia, no homem, ausência de fadiga, carecimento de fome,

aceleração do pulso, respiração rápida, insônia, aumento da atividade

motora, sentimentos físicos e mentais estereotipados, loquacidade,

excitação eufórica com conservação da inteligência e da consciência, e,

amiúde, alucinações auditivas, visuais e táteis. Há indícios de que a

ideação e a atenção aumentam.

Duas são as vias pelas quais o cocainômano introduz a droga no

organismo: hipodérmica subcutânea e aspiração nasal do pó de cocaína

chamado “neve”. A aplicação subcutânea repetida de cocaína produz

vasoconstrição da pele, com prejuízo da nutrição dos tecidos, à qual

sobreajuntam-se infecções, por falta de assepsia e pelo malfadado hábito

que têm os viciados em narcóticos de utilizar, entre si, uma mesma

seringa e agulhas mal esterilizadas.

No canabismo, também chamado maconhismo, ou diambismo, é

o conjunto de fenômenos patológicos consequentes ao uso abusivo da

Cannabis sativa L (outrora Cannabis indica) ou maconha.

A Cannabis sativa L é também chamada haxixe, charas,

bagulho, coisa, erva, fumo de Angola, ópio-de-pobre, rosa maria, dólar e

parango, no jargão dos toxicofílicos. Comercialmente, entre os

traficantes, um dólar é igual a um parango; um parango equivale a quatro

porções de maconha.

Psicotrópicos

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São substâncias químicas, sintéticas ou naturais, que agem sobre

a atividade mental, determinando excitação, depressão ou uma reação no

psiquismo.

Psicolépticos: são sedativos psíquicos que inibem a motricidade, a

sensibilidade, as emoções e o raciocínio. Compreendem:

 Hipnóticos, hipnossedativos ou noolépticos: são

medicamentos indutores do sono representados pelos

hipnóticos barbitúricos e pelos hipnóticos não barbitúricos;

 Neurolépticos ou timolépticos: medicamentos antipsicóticos

que criam um estado de indiferença mental, ou seja,

inibidor sobre os processos intelectuais e psicomotores. Por

isso, são indicados nos estados de agitação e nas psicoses

agudas ou crônicas, nos delírios e na confusão mental.

Compreendem a clopormazina, a flufenazina, a reserpina, o

haloperidol, o maleato de levomepromazina. Podem

provocar hipotensão, bradicardia, sonolência, apatia,

hipercinesia do tipo extrapiramidal e galactorreia.

 Tranquilizantes ou ataráxicos: são miorrelaxantes

musculares, anticonvulsivantes, hipnógenos e ansiolíticos,

como o Lorazepam, o Diazepam, o Meprobamato etc.,

indicados nos distúrbios psiconeuróticos, inclusive ansie

dade e reações depressivas, obsessivo-compulsivas, fóbicas

ou mistas. Podem desenvolver:

 hábito e dependência, nos predispostos;

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 danos fetais, quando administrados às gestantes;

 síndrome de abstinência, após a interrupção abrupta da

droga;

 discrasias sanguíneas e elevação das enzimas hepáticas.

Psicanalépticos: são estimulantes do sistema nervoso central:

 Nooanalépticos, psicotônicos ou psicoestimulantes

 Timoanalépticos ou antidepressivos

Psicodislépticos, psicotóxicos, psicodélicos, psicomiméticos,

alucinógenos: são drogas que provocam alterações no psiquismo, criando

distorções apreciáveis, dissolvendo os limitadores do ego, sem alterar

significativamente a consciência.

Panpsicotrópicos: compreendem os anticonvulsivantes

hidantoinatos (feniletilmalonilureia, fenitoína, carbomazepina), que

podem induzir tolerância e dependência física e psíquica com o uso

continuado, e a Sulpirida, indicada na neurose de angústia e reativa,

estados depressivos, estados delirantes, alucinatórios, confusionais.

Professor, quanto nome estranho! Pois é, mas isso já foi abordado

em prova e temos que estudar. Vejamos:

"(FUNCAB - 2012 - PC-RJ - Delegado de Polícia)

Depoimento de uma mulher usuária de drogas em

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reabilitação: “... porque para mim a era uma pessoa e

as pessoas eram coisas, de que eu precisava para me

encontrar com a .” A palavra droga substituiu a palavra

originalmente utilizada pela mulher que fazia referência

a uma substância específica. Esse pensamento retrata

claramente o comportamento de adicção. Essa

manifestação de desejo de consumo associado ao efeito

residual da droga tem potencializado atos de extrema

violência. Contudo, o comportamento agressivo está, na

imensa maioria das vezes, associado ao uso de

estimulantes do sistema nervoso, em geral, e um

depressor. Esses estimulantes e o depressor seriam,

respectivamente:

A) solventes inalantes, ecstasy e cocaína.

B) solventes inalantes, crack e ecstasy.

C) ecstasy, álcool e crack.

D) cocaína, crack e álcool.

E) cocaína, solventes inalantes e álcool."

Gabarito: D. Fiz um quadro para vocês gravarem:

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As substâncias que atuam no psiquismo são chamadas de

psicoativas ou psicotrópicas. Podem ser classificadas em:

Classificação Ação Exemplos/mnemôni


cos
Podem ser incluídos
nesse grupo
(B.O.B.A):
 álcool etílico (atua

Ação como excitante em


Psicolépticas doses baixas);
depressora
 barbitúricos;
 opiáceos (substâncias
derivadas do ópio);
 benzidiazepínicos
(ansiolíticos).
As substâncias mais
conhecidas são
(CRA.CO.CA.NI.AN.E):

Estimulant  crack;
Psicoanalépticas  anfetaminas;
e
 cocaína;
 nicotina;
 cafeína;
 ecstasy.
Ação As substâncias mais

perturbado conhecidas são


Psicodislépticas (M.A.L):
ra
 maconha;
(alucinóge  lsd;

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nos)  ayahuasca (Chá do


Santo Daime).

Perícia toxicológica

Um dos objetivos da perícia, nessa área, é essencialmente

distinguir o dependente do traficante. O laudo de constatação pode ser

realizado por um só perito; não é perícia, mas simples informação que

antecipa o resultado do laudo definitivo. É, portanto, provisório e não

possui eficácia para a comprovação da materialidade do delito, cingindo-

se a sua função a dar lastro à lavratura do auto de prisão em flagrante e

para o oferecimento da denúncia.

A Lei n. 11.343/2006, no art. 50, § 1.º, admite a realização do

exame de dependência ao tóxico por pessoa idônea, na falta do perito

oficial, não constituindo o fato nulidade a ser decretada. E conforme o §

2.º do art. 50 desta Lei, o perito que participou do laudo de constatação

não fica impedido de participar da feitura do laudo toxicológico

propriamente dito.

O laudo toxicológico propriamente dito, elaborado por perito, é o

exame químico que estabelece o diagnóstico da investigação

tóxica da substância, prova da materialidade do delito e indispensável

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ao julgamento, sendo nula a sentença condenatória proferida sem a

presença de tal peça nos autos.

O procedimento criado pela Lei n. 11.343/2006 determina que será

o laudo toxicológico encaminhado ao processo até a data da audiência de

instrução e julgamento, donde a certeza de que a supradita peça é

necessária para o probus judicare do réu e dispensável para sua prisão

em flagrante, desde que haja elementos outros que demonstrem tratar-se

de tóxico a substância encontrada em seu poder.

Perícia nos envenenamentos e nas intoxicações

O material de vômitos, a urina e as amostras colhidas de sangue

devem ser guardadas em refrigerador. Esse conjunto de materiais

fornece a dosagem das drogas nos diversos momentos da evolução

clinica, livre de artifícios decorrentes de alterações post mortem ou de

contaminação das amostras por vício de coleta.

Deve-se procurar algum frasco de veneno ou medicamento

encontrado no mesmo ambiente do cadáver. A ausência desse indício

pode sugerir não se tratar de suicídio nem de acidente, mas de homicídio.

Necrópsia

O exame externo pode fornecer alguns dados importantes, a

começar pelos fenômenos cadavéricos. Os livores hipostáticos podem

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identificar, por exemplo, tratar-se de provável envenenamento por

monóxico de carbono se a cor for vermelho-carmim. Os agentes

oxidantes como nitratos, cloratos, sulfonas, deixam os livores com

coloração de tonalidade parda, mais escura nos pontos de maior

intensidade.

A estricnina causa antecipação da rigidez muscular, o mesmo

ocorrendo com os tóxicos que matam por asfixia. A pele ao redor da boca

e as mucosas labial e bucal apresentam lesões escorridas, em se tratando

de cáusticos, tanto pelo próprio contato no momento da ingestão, como

por ocasião de vômitos.

A queda de pelos, principalmente, no couro cabeludo é outro

indício de ação prolongada de alguns tóxicos, como o tálio. Algumas

drogas hepatotóxicas causam icterícia se a vitima da intoxicação

sobreviver alguns dias.

Alguns tipos de venenos podem provocar lesões características

desde que o individuo sobreviva por tempo suficiente para que as

alterações micro e macroscópicas se instalem, é o caso do monóxido de

carbono. Quando a vitima fica em coma e só morre alguns dias depois, é

possível encontrar focos de hemorragia petequial e focos de necrose

no encéfalo.

Coleta de material para exame toxicológico

A valorização do resultado dos exames toxicológicos depende:

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 Do momento da coleta - o material deve ser colhido o

mais próximo possível do momento da morte;

 Do local do corpo em que as amostras foram

recolhidas - mesmo no vivo, a concentração dos tóxicos

varia conforme o local de onde for colhido o sangue. A

dosagem de cocaína proveniente do crack é maior no

sangue arterial que no venoso. A dosagem de drogas

absorvidas por via oral é maior no sangue da veia porta do

que na veia femoral. O álcool contido no estomago pode

difundir e contaminar o liquido presente no saco

pericárdico. Assim, a coleta de sangue derramado para o

saco pericárdico pode fazer com que resulte uma dosagem

muito maior do que a real. Por isso, alguns autores

preferem o das veias periféricas mais calibrosas, como a

femoral e a subclávia;

 Do uso de preservativos e, quantidade correta - No

caso de sangue, é imperioso o uso de anticoagulantes,

principalmente se a autópsia for feita pouco tempo depois

da morte, pois o sangue ainda quente costuma coagular-se

até nos recessos da mesa de necropsia. Mesmo que já

tenha havido a dissolução do coágulo post mortem, como

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nos casos de morte rápida autopsiados depois de várias

horas, as amostras devem ser tratadas pelos mesmos

anticoagulantes, que também atuam como preservativos.

O sangue assim colhido deve ser colocado em refrigerador,

mas não é preciso que seja congelado. Mas é conveniente

colher uma parte em separado, sem preservativos, que

deve ser congelada e estocada como reserva. Os

segmentos as vísceras devem ser colocados em freezer, de

modo a inibir as ações enzimáticas em curso e a

deterioração das amostras. O sangue coletado de um

cadáver pode refletir a concentração das drogas no

momento imediato da morte, ou não. Se ficar estocado

por várias horas antes da análise, em temperatura

ambiente, pode haver alteração da concentração das

substâncias. As células do sangue permanecem vivas por

algum tempo depois d morte e são capazes de metabolizar,

por exemplo, o álcool, diminuindo sua concentração na

amostra. Por outro lado, a putrefação pelas bactérias e

fungos produz álcool por fermentação da glicose,

principalmente se ficar em temperatura ambiente mais

elevada. Assim, é interessante que as amostras de sangue

só serão examinadas várias horas depois de serem

tratadas por agentes conservantes. Os preservativos

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devem ser usados também nas amostras de urina, vítreo e

bile.

 Da forma de estocagem e, transporte para o

laboratório - o material coletado pode ser estocado em

vidro ou plástico, dependendo do material a ser coletado.

Ao enviar as amostras de líquidos e tecidos, deve rotular os

frascos, esclarecendo o que cada recipiente contém, e

novamente lacrar sua tampa. Nos casos de exumação, é

aconselhável que seja embalsamado para interromper o

processo de decomposição. Certas pesquisas e dosagens

são possíveis mesmo em corpos embalsamados, por

exemplo, de cocaína. É importante que se colha a terra ao

redor do caixão, uma vez que, no período coliquativo, a

perda de líquidos do corpo é grande, o que carreia os

tóxicos porventura presentes para o solo onde se deu a

inumação. Contudo, é forçoso colher amostra de área

afastada do sepulcro para evitar a possibilidade de falsos

exames positivos por contaminação prévia do terreno.

Vamos, agora, fazer algumas questões. Espero vocês na próxima

aula!

Grande abraço e bons estudos!

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1) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

Os psicotrópicos são substâncias químicas, sintéticas ou naturais,

que agem sobre a atividade mental. Entre outras classificações

temos os psicanalépticos que são estimulantes do sistema

nervoso central.

2) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

No crime de vitriolagem surgem as lesões viscerais e cutâneas

produzidas por venenos.

3) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

Os venenos são substâncias que, quando introduzida no

organismo em quantidades relativamente pequenas e agindo

quimicamente, é capaz de produzir lesões graves à saúde. Eles

podem ser classificados, quanto à origem, em: animal, vegetal,

mineral e sintético.

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4) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

O morfinômano é todo aquele que se entrega ao uso habitual e

reiterado de cocaína.

5) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

A cannabis sativa L é também chamada haxixe, charas e bagulho,

e é classificada como psicodislépticos.

6) (FUNCAB - 2012 - PC-RO - Médico Legista) Ao estudar as

energias de ordem química, deve-se conhecer a ação dos

cáusticos e venenos. Assinale a alternativa correta.

A) A ação dos cáusticos é principalmente interna, com alterações

da coagulação sanguínea.

B) Os cáusticos, assim como os venenos, podem ser classificados

quanto ao seu estado físico em líquidos, sólidos e gasosos,

podendo agir internamente e externamente.

C) As lesões descritas como vitriolagem são causadas por

envenenamento crônico.

D) São fases do percurso do veneno no organismo: penetração,

absorção, distribuição, fixação, transformação, eliminação.

E) São formas de se classificar os cáusticos: estado físico, origem,

funções químicas e quanto ao uso.

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7) (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Médico legista) Em relação aos

envenenamentos, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Na morte por injeção de cloreto de potássio na veia, o

diagnóstico exclusivo por exame de autopsia é praticamente

impossível.

B) A presença de livores róseos, sangue de cor vermelho-vivo,

trombose dos vasos cerebrais e dos pulmões, pneumonia e

amolecimento cerebral apontam para intoxicação por óxido de

carbono.

C) O cianeto é um gás com odor de amêndoas amargas, que inibe

as enzimas que atuam na cadeia respiratória mitocondrial e

produz livores róseos.

D) No saturnismo, o indivíduo pode apresentar um transtorno

psicótico capaz de ensejar a prática de crimes violentos.

E) A intoxicação crônica pelo gás arsênico produz o fenômeno

conhecido como mitridatismo.

8) (COPESE - UFT - 2012 - DPE-TO - Analista Jurídico - de

Defensoria Pública) Nos termos do Código Penal, é isento de pena

o agente que pratica o fato:

A) Pela emoção ou pela paixão.

B) Pela embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool.

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C) Pela embriaguez, voluntária ou culposa, por substâncias de

efeitos análogos ao do álcool.

D) Pelo estado de embriaguez completa do agente, proveniente de

caso fortuito ou força maior ao tempo da ação ou da omissão, que

o torne inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato

ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

9) (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Execução

de Mandados) Em matéria penal, a embriaguez incompleta,

resultante de caso fortuito ou de força maior,

A) não suprime a imputabilidade penal, mas diminui a capacidade

de entendimento gerando uma causa geral de diminuição de pena.

B) não exclui, nem diminui, a imputabilidade penal, não operando

qualquer efeito na aplicação da pena.

C) é hipótese de elisão da imputabilidade penal porque afeta a

capacidade de compreensão, tornando o agente isento de pena.

D) não exclui, nem diminui, a imputabilidade penal, servindo como

circunstância agravante.

E) embora não suprima a imputabilidade penal, é censurável, e

serve como circunstância agravante.

10) (UFPR - 2012 - TJ-PR - Juiz) A embriaguez, voluntária ou

culposa, pelo álcool ou substância de efeito análogo:

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A) isenta o réu de pena, mas pode ser recepcionada como crime

independente punido com pena de detenção.

B) é sempre considerada atenuante na prática de qualquer delito.

C) não exclui a imputabilidade penal.

D) só tem relevância penal quando a embriaguez atinge

percentual perceptível por exame de bafômetro.

11) (UFPR - 2007 - PC-PR - Delegado de Polícia) Sobre a

imputabilidade penal, considere a seguinte afirmativa:

Não excluem a imputabilidade penal a emoção ou a paixão, a

embriaguez voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de

efeitos análogos

12) (PC-MG - 2008 - PC-MG - Delegado de Polícia) Quanto à

imputabilidade penal, assinale a afirmativa CORRETA.

A) A embriaguez preordenada só agravará a pena quando

completa, revelando maior censurabilidade da conduta já que o

agente coloca o estado de embriaguez como primeiro momento da

execução do crime.

B) A emoção e a paixão, mesmo quando causarem completa

privação dos sentidos e da inteligência, não excluem a

culpabilidade, exceto se forem estados emocionais patológicos.

C) Em todos os casos de inimputabilidade, se aplica a medida de

segurança de internação, podendo, entretanto, ser apenas

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reduzida a pena ou aplicada medida de segurança de tratamento

ambulatorial aos casos de semi-imputabilidade.

D) O critério normativo é exceção no sistema brasileiro que, em

regra, trabalha com o critério biológico para aferição da

imputabilidade penal.

13) (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - I) Em

relação à imputabilidade penal, assinale a opção correta.

A) Quanto à aferição da inimputabilidade, o CP adota, como regra,

o critério psicológico, segundo o qual importa saber se o agente,

no momento da ação ou da omissão delituosa, tem ou não

condições de avaliar o caráter criminoso do fato e de orientar-se

de acordo com esse entendimento.

B) A pena poderá ser reduzida se o agente, em virtude de

perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental

incompleto ou retardado, não for inteiramente capaz de entender

o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento.

C) A pena imposta ao semi-imputável não pode ser substituída por

medida de segurança.

D) A embriaguez não acidental, seja voluntária ou culposa,

completa ou incompleta, exclui a imputabilidade do agente que,

ao tempo da ação ou omissão delituosa, for inteiramente incapaz

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de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo

com esse entendimento.

14) (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) A imputabilidade

penal pode ser excluída pela embriaguez

A) proposital.

B) pré-ordenada.

C) voluntária.

D) culposa.

E) por caso fortuito.

15) (FUNCAB - PC - RO - 2011) Ao estudar as energias de ordem

química, deve-se conhecer a ação dos cáusticos e

venenos.Assinale a alternativa correta.

A) A ação dos cáusticos é principalmente interna, com alterações

da coagulação sanguínea.

B) Os cáusticos, assim como os venenos, podem ser classificados

quanto ao seu estado físico em líquidos, sólidos e gasosos,

podendo agir internamente e externamente.

C) São fases do percurso do veneno no organismo: penetração,

absorção, distribuição, fixação, transformação, eliminação.

D) As lesões descritas como vitriolagem são causadas por

envenenamento crônico.

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Questões Comentadas

1) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

Os psicotrópicos são substâncias químicas, sintéticas ou naturais, que

agem sobre a atividade mental. Entre outras classificações temos os

psicanalépticos que são estimulantes do sistema nervoso central.

Comentários:

Isso mesmo! Os psicanalépticos são estimulantes do sistema nervoso

central:

 Nooanalépticos, psicotônicos ou psicoestimulantes

 Timoanalépticos ou antidepressivos

Gabarito: C.

2) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

No crime de vitriolagem surgem as lesões viscerais e cutâneas produzidas

por venenos.

Comentários:

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Na vitriolagem surgem as lesões viscerais e cutâneas produzidas por

substâncias cáusticas (de Kaustikos, o que queima). A causa jurídica da

vitriolagem pode ser criminosa, suicida ou acidental.

Gabarito: E.

3) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

Os venenos são substâncias que, quando introduzida no organismo em

quantidades relativamente pequenas e agindo quimicamente, é capaz de

produzir lesões graves à saúde. Eles podem ser classificados, quanto à

origem, em: animal, vegetal, mineral e sintético.

Comentários:

Os venenos são substâncias que, quando introduzida no organismo em

quantidades relativamente pequenas e agindo quimicamente, é capaz de

produzir lesões graves à saúde, no caso do indivíduo comum e no gozo de

relativa saúde.

Podemos classificá-los em:

 quanto ao estado físico: líquidos, sólidos e gasosos;

 quanto à origem; animal, vegetal, mineral e sintético;

 quanto as funções químicas: óxidos, ácidos, bases e sais;

 quanto ao uso: doméstico, agrícola, industrial, medicinal,

cosmético,etc.

Gabarito: C.

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4) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

O morfinômano é todo aquele que se entrega ao uso habitual e reiterado

de cocaína.

Comentários:

O morfinômano é todo aquele que se entrega ao uso habitual e reiterado

da morfina. A morfina é um alcaloide fenantrênico, isolado do ópio. Dessa

forma, dependendo da dose, exerce a morfina ação narcótica, no homem,

manifestada por analgesia, sonolência eufórica, incapacidade de

concentração, raciocínio dificultoso, apatia, abulia, diminuição sensível

dos movimentos respiratórios por influência direta sobre o centro bulbar,

miose bilateral característica e sonhos eróticos, por muitas horas.

Gabarito: E.

5) (2016 – Inédita - Estratégia Concursos) Julgue os itens abaixo

com base na Toxicologia Forense.

A cannabis sativa L é também chamada haxixe, charas e bagulho, e é

classificada como psicodislépticos.

Comentários:

A Cannabis sativa L é também chamada haxixe, charas, bagulho, coisa,

erva, fumo de Angola, ópio-de-pobre, rosa maria, dólar e parango, no

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jargão dos toxicofílicos. Comercialmente, entre os traficantes, um dólar é

igual a um parango; um parango equivale a quatro porções de maconha.

Psicolépticos Depressoras (Exemplo: Álcool)

Psicoanalépticos Estimulantes (Exemplo: Cocaína,

Crack, Ectasy e Anfetamina).

Psicodislépticos Alucinógenas (Exemplo: Maconha,

Skunk, LSD).

Gabarito: C.

6) (FUNCAB - 2012 - PC-RO - Médico Legista) Ao estudar as

energias de ordem química, deve-se conhecer a ação dos

cáusticos e venenos. Assinale a alternativa correta.

A) A ação dos cáusticos é principalmente interna, com alterações da

coagulação sanguínea.

B) Os cáusticos, assim como os venenos, podem ser classificados quanto

ao seu estado físico em líquidos, sólidos e gasosos, podendo agir

internamente e externamente.

C) As lesões descritas como vitriolagem são causadas por envenenamento

crônico.

D) São fases do percurso do veneno no organismo: penetração, absorção,

distribuição, fixação, transformação, eliminação.

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E) São formas de se classificar os cáusticos: estado físico, origem,

funções químicas e quanto ao uso.

Comentários:

Diferenciação básica:

Cáusticos Venenos

Atuam externamente Atuam internamente

Lesões tegumentares Ágricolas, industriais, etc.

Efeitos coagulantes ou Podem ser ingeridos por diversas

liquefacientes vias

Vitriolagem Função orgânica ou não orgânica

Líquidos, sólidos ou gasosos.

Penetração, absorção, distribuição,

fixação, transformação, eliminação,

mitridatização, toxicidade,

intolerância, sinergismo e

equivalente tóxico

Gabarito: D.

7) (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Médico legista) Em relação aos

envenenamentos, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Na morte por injeção de cloreto de potássio na veia, o diagnóstico

exclusivo por exame de autopsia é praticamente impossível.

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B) A presença de livores róseos, sangue de cor vermelho-vivo, trombose

dos vasos cerebrais e dos pulmões, pneumonia e amolecimento cerebral

apontam para intoxicação por óxido de carbono.

C) O cianeto é um gás com odor de amêndoas amargas, que inibe as

enzimas que atuam na cadeia respiratória mitocondrial e produz livores

róseos.

D) No saturnismo, o indivíduo pode apresentar um transtorno psicótico

capaz de ensejar a prática de crimes violentos.

E) A intoxicação crônica pelo gás arsênico produz o fenômeno conhecido

como mitridatismo.

Comentários:

Pessoal vou falar mais sobre isso na aula 6! A intoxicação aguda por

ingestão de arsênico ou seus derivados provoca a inflamação e formação

de úlceras na boca e no tubo digestivo, provocando por vezes

hemorragias significativas e uma série de problemas hepáticos, renais,

cardíacos e encefálicos que evoluem rapidamente. E o Midridatismo, não

tem nada a ver, é um efeito de tolerância do organismo contra o agente,

após sucessivas ingestões.

Gabarito: E.

8) (COPESE - UFT - 2012 - DPE-TO - Analista Jurídico - de

Defensoria Pública) Nos termos do Código Penal, é isento de pena

o agente que pratica o fato:

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A) Pela emoção ou pela paixão.

B) Pela embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool.

C) Pela embriaguez, voluntária ou culposa, por substâncias de efeitos

análogos ao do álcool.

D) Pelo estado de embriaguez completa do agente, proveniente de caso

fortuito ou força maior ao tempo da ação ou da omissão, que o torne

inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de

determinar-se de acordo com esse entendimento.

Comentários:

Embriaguez quanto à ORIGEM: embriaguez acidental: Pode advir de caso

fortuito ou força maior. Assim, quando ela será acidental proveniente de

caso fortuito e quando é de força maior?

Caso fortuito: Quando o agente desconhece o efeito

inebriante da substância que ingere.

Força maior: Quando ele é obrigado a ingerir a substância.

Exemplo de Damásio: Alguém cai no tonel de pinga, sai dali e mata o

segurança. Exemplo da jurisprudência: Uma mulher foi seqüestrada e

drogada no cativeiro. Ela conseguiu fugir naquele estado. Esse é um

exemplo mais factível.

A embriaguez acidental, seja por razão de caso fortuito, seja

por razão de força maior, ela pode ser completa ou incompleta:

Completa : Quando exclui capacidade de entendimento e

autodeterminação no momento da conduta.

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Incompleta: Quando diminui capacidade de entendimento e

autodeterminação.

Embriaguez não-acidental: Pode ser voluntária ou culposa.

Voluntária: Será voluntária quando o agente quer se

embriagar. Eu falei que ele quer se embriagar. Eu não falei que ele quer

se embriagar para praticar crime. Ele simplesmente decidiu ‘tomar todas’.

Culposa: Não queria se embriagar, mas aconteceu.

A embriaguez não-acidental, seja voluntária, seja culposa,

também pode ser completa ou incompleta.

Embriaguez doentia: É a embriaguez patológica. É equiparada

a uma doença mental. Também pode ser completa e se completa, será

equiparada ao art. 26, caput, e se incompleta, será equiparada ao art. 26,

§ único.

Embriaguez preordenada: A embriaguês é meio para a prática

do crime. Também pode ser completa ou incompleta.

Logo, para respondermos a nossa pergunta, o que diz o art.

28, § 1º, do CP? Só exclui a imputabilidade a embriaguez acidental

completa. E se for incompleta, somente reduz a pena. Só isenta de pena

a embriaguez acidental proveniente de caso fortuito ou força maior

completa. Somente essa! A acidental incompleta não isenta de pena.

Diminui pena. A embriaguez não acidental não isenta de pena jamais,

seja completa, seja incompleta. Não exclui a culpabilidade. A patológica

só exclui a imputabilidade se completa, caso em que é comparada ao art.

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26, caput. Se incompleta, não exclui. A preordenada não exclui a

imputabilidade, não importa se completa ou incompleta.

Gabarito: D.

9) (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Execução

de Mandados) Em matéria penal, a embriaguez incompleta,

resultante de caso fortuito ou de força maior,

A) não suprime a imputabilidade penal, mas diminui a capacidade de

entendimento gerando uma causa geral de diminuição de pena.

B) não exclui, nem diminui, a imputabilidade penal, não operando

qualquer efeito na aplicação da pena.

C) é hipótese de elisão da imputabilidade penal porque afeta a capacidade

de compreensão, tornando o agente isento de pena.

D) não exclui, nem diminui, a imputabilidade penal, servindo como

circunstância agravante.

E) embora não suprima a imputabilidade penal, é censurável, e serve

como circunstância agravante.

Comentários:

Agora ficou tranquilo:

"II – a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância

de efeitos análogos.

§ 1º – É isento de pena o agente que, por embriaguez completa,

proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação

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ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do

fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

§ 2º – A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente,

por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não

possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de

entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo

com esse entendimento."

Gabarito: A.

10) (UFPR - 2012 - TJ-PR - Juiz) A embriaguez, voluntária ou

culposa, pelo álcool ou substância de efeito análogo:

A) isenta o réu de pena, mas pode ser recepcionada como crime

independente punido com pena de detenção.

B) é sempre considerada atenuante na prática de qualquer delito.

C) não exclui a imputabilidade penal.

D) só tem relevância penal quando a embriaguez atinge percentual

perceptível por exame de bafômetro.

Comentários:

Essa, também, ficou tranquila depois das explicações acima. Só exclui a

imputabilidade a embriaguez acidental completa. E se for incompleta,

somente reduz a pena. Só isenta de pena a embriaguez acidental

proveniente de caso fortuito ou força maior completa. Somente essa! A

acidental incompleta não isenta de pena. Diminui pena. A embriaguez não

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acidental não isenta de pena jamais, seja completa, seja incompleta. Não

exclui a culpabilidade. A patológica só exclui a imputabilidade se

completa, caso em que é comparada ao art. 26, caput. Se incompleta,

não exclui. A preordenada não exclui a imputabilidade, não importa se

completa ou incompleta.

Gabarito: C.

11) (UFPR - 2007 - PC-PR - Delegado de Polícia) Sobre a

imputabilidade penal, considere a seguinte afirmativa:

Não excluem a imputabilidade penal a emoção ou a paixão, a embriaguez

voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.

Comentários:

Vejamos: O item está correto, a imputabilidade é a capacidade de

entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com este

entendimento. O agente deve ter condições físicas psicológicas, morais e

mentais de saber que está realizando um ilícito penal. Logo, diz o "Art. 28

- Não excluem a imputabilidade penal: I - a emoção ou a paixão;

Embriaguez II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou

substância de efeitos análogos."

Gabarito: C.

12) (PC-MG - 2008 - PC-MG - Delegado de Polícia) Quanto à

imputabilidade penal, assinale a afirmativa CORRETA.

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A) A embriaguez preordenada só agravará a pena quando completa,

revelando maior censurabilidade da conduta já que o agente coloca o

estado de embriaguez como primeiro momento da execução do crime.

B) A emoção e a paixão, mesmo quando causarem completa privação dos

sentidos e da inteligência, não excluem a culpabilidade, exceto se forem

estados emocionais patológicos.

C) Em todos os casos de inimputabilidade, se aplica a medida de

segurança de internação, podendo, entretanto, ser apenas reduzida a

pena ou aplicada medida de segurança de tratamento ambulatorial aos

casos de semi-imputabilidade.

D) O critério normativo é exceção no sistema brasileiro que, em regra,

trabalha com o critério biológico para aferição da imputabilidade penal.

Comentários:

Viram como as questões repetem-se, logo, ficou fácil a resolução pelas

explicações acima. A patológica só exclui a imputabilidade se completa,

caso em que é comparada ao art. 26, caput. Se incompleta, não exclui.

Gabarito: B.

13) (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - I) Em

relação à imputabilidade penal, assinale a opção correta.

A) Quanto à aferição da inimputabilidade, o CP adota, como regra, o

critério psicológico, segundo o qual importa saber se o agente, no

momento da ação ou da omissão delituosa, tem ou não condições de

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avaliar o caráter criminoso do fato e de orientar-se de acordo com esse

entendimento.

B) A pena poderá ser reduzida se o agente, em virtude de perturbação de

saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado,

não for inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de

determinar-se de acordo com esse entendimento.

C) A pena imposta ao semi-imputável não pode ser substituída por

medida de segurança.

D) A embriaguez não acidental, seja voluntária ou culposa, completa ou

incompleta, exclui a imputabilidade do agente que, ao tempo da ação ou

omissão delituosa, for inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito

do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

Comentários:

Nos termos do artigo 26 do Código Penal, senão vejamos:

"É isento de pena o agente que, por doença mental ou

desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao

tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de

entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de

acordo com esse entendimento.

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois

terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde

mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou

retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter

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ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento."

Gabarito: B.

14) (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) A imputabilidade

penal pode ser excluída pela embriaguez

A) proposital.

B) pré-ordenada.

C) voluntária.

D) culposa.

E) por caso fortuito.

Comentários:

Vejamos um pequeno resumo quanto a embriaguez: proposital, quando

o agente quer se embriagar, porém sem dolo de praticar algum ilícito.

Pré-ordenada, quando o agente se embriaga justamente para tomar

coragem na pratica de algum ilícito. Voluntária, será voluntária quando o

agente quer se embriagar, ou seja, igual a proposital. Culposa, O agente

não quer embriagar-se, agindo imprudentemente, ingere doses

excessivas e acaba embriagando-se.

Gabaritos: E.

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15) (FUNCAB - PC - RO - 2011) Ao estudar as energias de ordem

química, deve-se conhecer a ação dos cáusticos e

venenos.Assinale a alternativa correta.

A) A ação dos cáusticos é principalmente interna, com alterações da

coagulação sanguínea.

B) Os cáusticos, assim como os venenos, podem ser classificados quanto

ao seu estado físico em líquidos, sólidos e gasosos, podendo agir

internamente e externamente.

C) São fases do percurso do veneno no organismo: penetração, absorção,

distribuição, fixação, transformação, eliminação.

D) As lesões descritas como vitriolagem são causadas por

envenenamento crônico.

Comentários:

Questão bem parecida com a do início. Vejamos novamente a

diferenciação básica:

Cáusticos Venenos

Atuam externamente Atuam internamente

Lesões tegumentares Ágricolas, industriais, etc.

Efeitos coagulantes ou Podem ser ingeridos por diversas

liquefacientes vias

Vitriolagem Função orgânica ou não orgânica

Líquidos, sólidos ou gasosos.

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Penetração, absorção, distribuição,

fixação, transformação, eliminação,

mitridatização, toxicidade,

intolerância, sinergismo e

equivalente tóxico

Gabarito: C.

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1-C 2-E

3-C 4-E

5-C 6-D

7-E 8-D

9-A 10-C

11-C 12-B

13-B 14-E

15-C

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