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SALVADOR
2023
BRUNA BARRETO DE OLIVEIRA
SALVADOR
2023
SUMÁRIO
1. AULA 23/02/2023………………..……………………………………………… 5
1.1 Fisiopatologia e Tratamento da dor……..………………………. 5
1.2 Opinião sobre a aula dada……………………………………………. 7
2. AULA 02/03/2023………………………………………………………….……. 8
2.1 Choque…………………………………………………………………………. 8
2.2 Choque hipovolêmico…………………………………………………. 10
2.3 Choque cardiogênico…………………………………………………… 12
2.4 Choque obstrutivo………………………………………………………. 13
2.5 Choque distributivo…………………………………………………….. 14
2.5.1 Choque neurogênico………………………………………………. 15
2.5.2 Choque séptico………………………………………………………. 16
2.5.3 Choque anafilático…………………………………………………. 17
2.6 Opinião sobre a aula dada…………………………………………… 18
3. AULA 09/03/2023………………………………………………………………. 19
3.1 Acidente Vascular cerebral…………………………………………. 19
3.2 Opinião da aula dada………………………………………………….. 21
4. AULA 16/03/2023………………………………………………………………. 22
4.1 Suporte Básico de vida.……………………………………………….. 22
4.2 Opinião sobre a aula dada…………………………………………… 26
5. AULA 23/03/2023………………………………………………………………. 27
5.1 Suporte Avançado de vida………………………………………….. 27
5.2 Opinião sobre a aula dada………………………………………….. 31
6. AULA 30/03/2023……………………………………………………………… 32
6.1 Crise convulsiva.………………………………………………………….. 32
6.2 Edema agudo de pulmão.……………………………………………. 35
6.3 Opinião sobre a aula dada.………………………………………….. 36
7. PROVA 13/04/2023.……………………………………………………………. 37
8. QUESTIONÁRIO ESTRUTURANTE 20/04/2023…………………….. 37
9. PALESTRA 27/04/2023………………………………………………………… 43
10. AULA 04/05/2023.………………………………………………………………. 44
10.1 Abdome agudo…………………………………………………………… 44
10.2 Hemorragia Digestiva…………………………………………………. 49
10.3 Opinião sobre a aula dada…………………………………………… 60
11. Aula 11/05/2023…………………………………………………………………. 61
11.1 Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST .………….. 61
11.2 Infarto Agudo do Miocárdio sem Supra…………………….. 66
11.2 Opinião sobre a aula dada.……..…………………………………. 70
12. Aula 18/05/2023…………………………………………………………….... 72
12.1 Oficina manejo em feridas…………………………………………. 72
12.2 Opinião sobre a aula dada..……………………………………….. 74
13. Aula 25/05/2023…..………………………………………………………….. 75
13.1 Politrauma…………………………………………………………………. 75
13.2 Opinião sobre a aula dada..……………………………………….. 77
14. Referências…………………………………………………………………..…… 81
FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO DA DOR
São alguns fatores que influenciam o surgimento da dor, fatores psicológicos que são
sexo, idade, nível cognitivo, dor prévia, aprendizado familiar, cultura, fatores
situacionais que são expectativa, controle, relevância, fatores emocionais que são
medo, estresse, ansiedade, frustração.
A dor pode ser o resultado daquilo que a pessoa vive, como por exemplo esforços
exagerado, má postura, gestos repetitivos, traumatismos, hereditariedade, má
alimentação, pressão no trabalho, problemas emocionais, stress geral, fadiga mental,
ansiedade e alguns problemas relacionados.
Existe uma escala para avaliar o grau da dor, o 0 significa sem dor, de 1 à 3 uma dor leve
na qual não atrapalha mas atividades, de 4 à 6 uma dor moderada que atrapalha mas
não impede nas atividades, de 7 à 9 que é uma dor forte ou incapacitante e a 10 que é
uma dor insuportável na qual ambas impedem as atividades. Existe também uma escala
de faces na qual vai ser verificado através das expressões do paciente, essa escola vai
de 0 a 4.
A dor aguda funciona como uma reação do organismo a algo instantâneo, logo após um
corte ou uma queda, por exemplo. Assim, a dor costuma ter um tempo determinado ou
se estender por uma média de até no máximo 3 meses. Ou seja, não há continuidade ou
regularidade.
Boa parte dos casos, estão associados a traumas ou doenças. O tratamento é
determinado conforme a origem do problema. Podem ser orientados pelo médico o uso
de medicações, massagens ou a aplicação de compressas quentes.
Em casos mais graves, uma intervenção mais invasiva pode ser necessária.
A anamnese é uma entrevista com o paciente, estruturada que tem como objeto colher
informações acerca do mesmo, estabelecer com ele uma relação de confiança e apoio e
fornecer informações e orientações. É feito também o exame físico, existe o geral e o
específico, no geral é um exame físico completo com atenção especial para o exame
neurológico, destema musculoesquelético e estado mental promoverá diagnóstico
correto para estabelecer uma estratégia terapêutica, no específico uma série de dados
obtidos pela inspeção e palpação, somados às informações da história clínica
apresentada pelo paciente, com o foco votado para a queixa principal.
Na anamnese específica existem algumas perguntas que são feitas ao paciente, como
por exemplo, onde dói? Quando iniciou a dor? De qual forma apareceu? A dor é
contínua? Ou intermitente? Qual o período ela piora? A noite ou de dia? Como é sua
dor? Qual a intensidade da dor? Quais fatores aliviam a dor? Quais fatores pioram a dor?
A dor é acompanhada de mais algum sintoma? É uma dor que se espalha ou não?
As causas são falha no mecanismo que bombeia o sangue, problemas nos vasos
sanguíneos, baixo nível de fluidos no corpo. São uns sintomas que antecedem o choque:
inquietude, as vezes ansiedade e temor; náuseas, lipotímias; astenia e sede intensa.
• Hipotensão
• Taquicardia
• Pulso fino e taquicárdico
• Pele fria e pegajosa
• Sudorese abundante
• Mucosas descoradas e secas
• Palidez
• Resfriamento das extremidades
• Hipotermia
• Respiração superficial, rápida e irregular
• Sede
• Náuseas e vômitos
• Alterações neurossensoriais
• Cianose
• Choque hipovolêmico
• Choque cardiogênico
• Choque neurogênico
• Choque anafilático Choque distributivo. Aumento do tônus (vasodilatação)
• Choque séptico
• Choque obstrutivo
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Se trata da redução da volemia(sangue e líquidos) é a forma mais comum de choque.
Causa: Pode ser causado por hemorragia, interna ou externa, ou então por
queimaduras.
Sintomas:
• Ringer lactado
• SFO,9%
• Coloídes
• Sangue (concentrado de hemácias e plaquetas)
• Monitorização
• Oxigenação
• Reestabelecer a circulação
Classificação do choque:
Causa: Pode ser derivado de uma isquemia cardíaca (infarto), insuficiência cardíaca
congestiva (ICC), arritmias, anormalidades mecânicas (defeitos valvares), o choque
cardiogênico pode ser intensificado caso haja maus hábitos (tabagismo, sedentarismo).
Sintomas:
Tratamento: Avalia-se a causa do choque cardiogênico para que a mesma seja revertida.
Sintomas: Os principais sintomas são a dispneia e dor torácica (pode confundir o choque
cardiogênico com o choque obstrutivo), pode causar também taquicardia e distensão
das veias jugulares (estase jugular).
Diagnóstico: Em caso de TEP, pode ser auscultado nos pulmões os sons característicos
de TEP, quando houver tamponamento pericárdico realiza-se raio-x , ressonância
magnética, ecocardiograma, e quando se tratar de pneumotórax realiza-se um raio-x.
Epinefrina: regula a pressão arterial, pode ser administrado SFO, 9% por via endovenosa,
aumentando assim a volemia, regulando a pressão arterial. O uso de corticóides (AIES-
Anti-inflamatórios esteroidais) é indicado para previnir lesões neurológicas causada pelo
choque neurogênico.
Pode ser necessário realizar cirurgias para corrigir as causas do choque neurogênico, em
alguns casos pode haver sequelas, necessitando de fisioterapia .
CHOQUE SÉPTICO
Se trata de uma infecção generalizada, pacientes com infecção estão mais suscetíveis a
desenvolver o choque séptico que é quando a infecção local passa a ser sistêmica.
Causa: Derivado de uma infecção que pode ser causada por vírus, bactérias, fungos.
Alguns fatores deixam o paciente mais suscetível a um choque séptico, como: diabetes,
AIDS, leucemia, idade muito avançada ou RN.
Sintomas: Por ser uma infecção generalizada, afeta qualquer parte do organismo,
incluindo órgãos vitais, os principais sintomas são hipertermia, taquicardia, hipotensão,
confusão mental.
Diagnóstico: Deve ser feito através da avaliação dos sistemas e realização de exame de
sangue que apresentará leucocitose, deve ser feito um raio-x de tórax para descartar
pneumonia e também exame de urina.
O choque séptico é um quadro crítico, que se não tratado adequadamente evolui para
uma falência múltipla de órgãos.
CHOQUE ANAFILÁTICO
Se trata de uma reação alérgica grave que surge em poucos minutos/segundos devido
o contato à uma substância que o indivíduo tenha alergia.
Sintomas: Os sintomas mais comuns são o inchaço nos lábios, língua e garganta (edema
de glote), dispneia, sibilos, dificuldade para respirar, taquicardia, coceira e manchas
vermelhas na pele.
AVC: Acidente Vascular Cerebral são sinais súbitos e rapidamente evolutivos de déficit
neurológico focal ou global com duração maior que 24 horas ou levando a morte, sem
outra causa aparente que não a de origem vascular.
Existem 2 tipos, que são o AVCI que é o acidente vascular cerebral isquêmico, que são
83% dos casos e o AVCH que é o acidente vascular cerebral hemorrágico que causam
17% dos casos. Dentro do AVCI 32% são embólicos, 20% arterotrombótico (pequenos
vasos), 32% arterotrombótico (grandes vasos). Já no AVCH 10% são de hemorragia
intraparenquimatosa e 7% de hemorragia subaracnóidea.
Muito parecido com o AVC, existe o AIT que é o ataque isquêmico transitório, a diferença
para o AVC é que no AIT os sintomas e sequelas são passageiros e somem de forma
rápida, em média 24 horas, ele pode ser um sinal de um AVC futuro e é tratado com
anticoagulante.
O AVCI é uma oclusão parcial ou total de um vaso sanguíneo cerebral que irriga
determinada região encefálica, resultante de trombose cerebral ou embólica. Já o AVCH
ocorre devido a ruptura de um vaso sanguíneo com consequente sangramento para a
superfície de encéfalo ou para dentro do parênquima encefálico.
Entre os principais sintomas estão afasia, distúrbios visuais, hemiplegia (quando paralisa
uma parte do corpo) e alterações sensoriais. Além dos sintomas existem as
manifestações clínicas que variam conforme a área cerebral afetada, ocasionalmente
geralmente sintomas múltiplos;
Para reduzi o risco de AVC é importante controlar a pressão arterial, com medidas
regulares, tomar as medicações corretamente, reduzir o nível de colesterol, fazer
exercícios físicos com regularidade, se manter com o peso saudável, não fumar nem
beber, manter o nível de açúcar no sangue sob controle, aprender a controlar o estresse
e procurar o serviço de saúde periodicamente.
Dentre algumas observações sobre o AVC está que se paralisou o lado esquerdo, é
porque foi atingido o lado direito é assim você é versa, o AVC é súbito, nem todo AVCH
é cirúrgico, depende do local que acontece, a única parte do cérebro que não tem vaso
é o crânio (osso), único lugar que não tem AVCH, a tomografia indicada é a sem contraste
por ser mais rápida, feita em até 20 minutos. Na tomografia se estiver esbranquiçada o
AVC é hemorrágico, caso esteja escuro ele é isquêmico.
O medicamento alteplase exige alguns critérios para onusto dele, que são;
Durante é sempre bom chamar alguém para te ajudar, por ser algo perigoso e você não
pode ser outra vítima nesse momento. O primeiro passo após confirmar que o paciente
parou, é iniciar as compressões, abrir as vias aéreas e fazer a ventilação caso seja
possível.
Para iniciar uma manobra de reanimação, precisa de uma rápida identificação da PCR,
assim que confirmado se inicia a sequência CAB (compressão, abrir vias aéreas e
breathing(respiração/ventilação)), seguidas de 30 compressões e 2 ventilações, a
velocidade das compressões recomendadas são de 100 a 120 por minuto, fazendo tudo
isso corretamente melhora a perfusão miocárdica e cerebral. Um ciclo de compressão
dura 2 minutos.
Na compressão é necessário comprimir o tórax de forma a realizar uma pressão
intratorácica que faça o coração bombear sangue para órgãos vivos, as compressões
torácicas são realizadas sobre o terço inferior do esterno, a profundidade das
compressões torácicas precisam ser de pelo menos 2 polegadas (5cm), mas não superior
q 2,4 polegadas (6cm). Caso o paciente esteja em posição pronada sem uma via aérea
invasiva instalada, recomenda-se reposiciona-ló rapidamente em posição supina. Caso
não dê para reposiciona-lo, o ponto de referência para posicionamento das mãos segue
a projeção do mesmo lugar das compressões torácicas (T7-10), na região
intrerescapular.
Para abrir as vias aéreas precisa manter sempre as vias permeáveis para a passagem do
ar, e averiguar se existe a presença de corpo estranho impedindo a respiração. Para abrir
as vias aéreas existem duas formas, a chin lift e a jaw thruist, na chin lift é usada quando
não se tem nenhum trauma e a jaw thruist é usado quando se existe um trauma.
É importante saber que nem todas as paradas cardio respiratórias são chocáveis, isso
depende do ritmo cardíaco apresentado, quando se coloca o DEA, ele indica quando o
ritmo é chocavel ou não. Os ritmos chocáveis são a taquicardia ventricular e fibrilação
ventricular, já os ritmos não chocáveis são a atividade elétrica sem pulso e assistolia, em
caso do ritmo não chocavel continua as compressões à espera da assistência para
continuar o ciclo com a ajuda do ciclo de medicamentos.
Ritmos não chocáveis: São eles: Atividade elétrica sem pulso (AESP) e assistolia.
1. Hipo/ hipercalemia
2. Hipóxia
3. Hipovolemia
4. Hipotermia
5. H+ (acidose)
1. Tóxicos
2. Tamonamento cardíaco
3. Trombose coronariana
4. Tromboembolismo pulmonar
5. Tensão pulmonar (pneumotórax)
Assistolia
1. Seguir com o “protocolo da linha reta” para, de fato, confirmar a ausência total
de ritmo:
2. Checar cabos e conexões;
3. Aumentar o ganho;
4. Mudar a derivação;
5. Se assistolia confirmada, prosseguir com o protocolo de RCP de qualidade e
drogas.
Opinião sobre a aula dada:
Na aula ministrada foi mostrado após o assunto dado 2 casos de parada, no qual
teríamos que indicar o protocolo para cada um, foi um casa Intra hospitalar e um caso
extra hospitalar no qual informamos o passo a passo de casa situação para a melhora
do paciente.
Suporte Avançado de Vida
O Suporte Avançado de Vida (SAV) é a segunda etapa do conjunto de habilidades e
conhecimentos envolvidos no tratamento do paciente com parada cardiorrespiratória
(PCR).
O SAV envolve:
1. Fase elétrica: essa fase compreende o período inicial (de 3 a 4 minutos) da PCR,
na sua grande maioria apresenta-se como fibrilação ventricular (FV). Aqui, faz-se
necessário desfibrilação imediata e RCP de alta qualidade.
2. Fase hemodinâmica: essa fase vai de 4 a 10 minutos após a PCR. Compreende à
depleção dos substratos para um metabolismo adequado, sendo a desfibrilação
e a RCP de alta qualidade ainda críticas para esses pacientes.
3. Fase metabólica: fase após os 10 minutos de PCR, em que há acidose e disfunção
celular graves. Aqui, faz-se necessário cuidados pós parada, bem como, caso não
ocorra volta da circulação espontânea, as chances de sobrevivência do paciente
caem e ele geralmente não sobrevive.
Disposição da equipe
A equipe envolvida na PCR deve ser liderada por um médico e deve ser capaz de
monitorizar constantemente a eficácia e resposta do paciente às intervenções
terapêuticas realizadas. Para isso, faz-se necessário organização e treinamento
adequados da equipe, visto que a PCR é uma emergência médica extrema, precisando
que a equipe esteja completamente preparada e familiarizada com os equipamentos e
protocolos a serem seguidos.
Assim, a única indicação absoluta para intubação de um paciente durante a PCR é ter
uma ventilação ineficiente com a bolsa-válvula-máscara. Mesmo assim, não se deve
interromper a realização das compressões torácicas.
Após estabelecida a via aérea avançada, as compressões torácicas devem ser realizadas
initerruptamente, e as ventilações entregues por 1 segundo, com um terço do volume
do Ambu, ligado a fonte de oxigênio a 15 L/min, a cada 6 segundos.
Acesso intraósseo
Kits de acesso intraósseo para rápida infusão de volume e vasopressores tem se tornado
cada vez mais disponíveis e são excelentes alternativas ao AVP e substituem o AVC na
PCR.
Acesso arterial
Medicações
Epinefrina ou adrenalina
Vasopressina
Sabe-se que os níveis de Cortisol são baixos durante a PCR e após. Alguns estudos
mostraram benefício em associar epinefrina-corticoide-vasopressina (ECV). Entretanto,
os dados ainda são conflitantes e insuficientes para que seja recomendado ou não o uso
de corticosteroide de forma isolada.
Amiodarona
Deve ser usada na dose de 300 mg endovenosa, em bolus, seguida por 150 mg, se
necessário. A PCR é a única situação em que se faz amiodarona em bolus.
Lidocaína
A Lidocaína é considerada pela AHA uma droga de segunda linha, devendo ser usada
somente na indisponibilidade da Amiodarona.
Magnésio
Bicarbonato de sódio
Não é usado de rotina, sendo seu uso recomendado nos casos de PCR por hipercalemia,
acidose metabólica ou intoxicação por antidepressivos tricíclicos.
Monitorização
Ataque não recorrente (isolado) é aquela que pode ocorrer durante um quadro febril, ou após
um traumatismo cefálico (crise convulsiva).
Epilepsia é um distúrbio elétrico (arritmia) nas células nervosas emitindo descargas elétricas
anormais, excessivas, recorrentes e descontroladas. Caracteriza-se por ataques breves e súbitos
de alteração na consciência, atividade motora, fenômenos sensoriais ou comportamento
inadequado.
Existe a crise parcial e a crise generalizada, e a diferença entre elas é o tipo de descarga elétrica
excessiva no cérebro. Quando a descarga elétrica está limitada só a uma área cerebral, diz-se
que a crise é parcial, se está em todo o cérebro é generalizada.
Na classificação das convulsões existem as crises parciais simples que ocorrem fenômenos
motores, sensoriais ou psicomotores sem perda de consciência. Os ataques focais podem
primeiramente afetar a área da mão e face, posteriormente difundir-se pelo corpo envolvendo
um braço e algumas vezes na perna. Algumas convulsões parciais começam com o levantamento
do braço e rotação da cabeça para a frente da parte em movimento.
Já nas convulsões parciais complexas, o paciente perde o contato com os arredores durante 1 a
2 minutos. Primeiramente, o paciente apresenta olhos fixos, realiza movimentos automáticos
sem qualquer propósito, emite sons ininteligíveis, sem entender o que é dito e resiste aos
cuidados gerais. A confusão mental ou perda de memória persiste ainda por outros 1 a 2 minutos
após o término da ação dos componentes motores do ataque.
Nas convulsões generalizadas ocorre perda de consciência e de função motora desde o início.
Estes ataques frequentemente possuíam uma causa genética ou metabólica. Perda de
consciência e queda, seguidas de contração dos músculos das extremidades, tronco e cabeça. A
incontinência fecal e urinária pode ocorrer. Depois de 1 a 2 minutos há diminuição dos
movimentos convulsivos, podendo entrar em coma profundo com hipoventilação (
principalmente abdominal). Cefaleia e dor muscular.
As principais causas das convulsões estão relacionados com defeitos cerebrais congênitas ou
adquiridos, distúrbios metabólicos (hiper e hipoglicemia, hipocalemia, hipercalemia, edema
cerebral, hiperpirexia, hipóxia cerebral, infecções cerebrais, lesões cerebrais expansivas (CA,
hemorragias), traumatismo e uso de drogas.
O tratamento agudo de crises epiléticas é feito com terapia farmacológica que serve para o
controle e não a cura, com benzodiazepínicos, os principais medicamentos são diazepam,
lorazepam, midazolam, clonazepam etc. As vias de administração da endovenosa,
intramuscular, via oral e retal. Alguns efeitos colaterais são fadiga, sonolência, ataxia, distúrbio
de comportamento, diplopia, hipotonia e hipersecreções salivar.
É importante não impedir os movimentos do paciente, apenas certifique-se que nada ao seu
redor irá machuca-lo; nunca colocar a mão dentro da boca da vítima, as contrações musculares
durante a crise convulsiva são muito fortes e inconscientemente a pessoa poderá mordê-lo e
nunca jogue água no rosto da vítima.
Nem toda crise convulsiva, ao contrário do que muitos pacientes acreditam, é sintoma
de epilepsia. Outros fatores como febre alta, tumor cerebral, hipoglicemia, acidente vascular
cerebral (AVC), meningite, intoxicação, traumatismo crânioencefálico, reações adversas a
medicamentos e abuso de drogas ou álcool podem ocasionar uma crise.
A convulsão só caracteriza um quadro de epilepsia caso se repita por mais de duas vezes. Essa
doença é um distúrbio neurológico crônico que afeta pessoas de todas as idades. A estimativa
da OMS é que 50 milhões de pessoas em todo o mundo tenham a doença. A crise acontece
quando há uma falha nos impulsos elétricos do cérebro.
Quando um tumor ou uma lesão cerebral é responsável pelos episódios convulsivos dá-se o
nome de epilepsia sintomática ou secundária. Entretanto, o tipo mais comum – que afeta seis
em cada dez pessoas com o problema – é a chamada idiopática, quando os motivos que levam
à crise são desconhecidos.
As crises epilépticas podem ser parciais (focais) ou generalizadas. A primeira é provocada por
alterações em qualquer parte do cérebro e, por isso, pode apresentar sintomas diversos, que
vão desde o formigamento ou náusea até ouvir barulhos estranhos ou sentir cheiros diferentes.
As crises parciais podem, em sua evolução, ter generalização. Nesse caso, definem-se as crises
secundariamente generalizadas.
A crise generalizada é a mais conhecida da população e envolve todo o cérebro e os sintomas
são a inconsciência e as contrações musculares involuntárias e bruscas.
“Essa distinção é muito importante, porque as drogas antiepilépticas usadas para tratar crises
focais e crises generalizadas normalmente são diferentes. No caso de uma crise
secundariamente generalizada, a escolha deve ser por uma droga para tratar crises focais, uma
vez que a crise efetivamente começa focal, e só depois se torna generalizada”, explica Dr. Luis
Otávio Caboclo.
A epilepsia aumenta em até três vezes o risco de morte prematura. Esse aumento deve-se a uma
série de fatores, incluindo complicações de crises prolongadas, coexistência de doenças
associadas e acidentes relacionados às crises (como afogamento, por exemplo). “E, ainda,
devido a uma condição denominada Sudep (do inglês “sudden unexplained death in epilepsy
patients” – morte súbita não explicada em pessoas com epilepsia) que, como o nome já diz,
define situações de morte súbita em pacientes com epilepsia, aparentemente não ligada à
ocorrência de crises”, esclarece o neurologista.
Vida normal
Não há cura para epilepsia. Por isso, o objetivo do tratamento é evitar a ocorrência de crises.
Para tal, é importante reconhecer a condição e saber que, com a medicação adequada, 70% das
pessoas terão vida normal.
Para a parcela que não responde aos tratamentos disponíveis atualmente, a ciência tem
apresentado boas esperanças com o avanço na busca por alternativas. Novos medicamentos
estão em teste e há também a investigação de outras linhas de procedimento, como dieta
específica e a neuromodulação do cérebro, como soluções possíveis para o problema.
Edema Agudo de Pulmão
O edema pulmonar é definido como o acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais dos
pulmões, que se difunde para os alvéolos. Pode ser classificado, de acordo com a sua origem,
em cardiogênico ou não cardiogênico. O edema pulmonar cardiogênico é um evento agudo, que
resulta de insuficiência ventricular esquerda. Com o aumento da resistência ao enchimento
ventricular esquerdo, ocorre refluxo de sangue na circulação pulmonar. O cliente desenvolve
rapidamente edema pulmonar, algumas vezes denominado edema pulmonar flash, devido à
sobrecarga de volume sanguíneo nos pulmões. O edema pulmonar também pode ser causado
por distúrbios não cardíacos, tais como insuficiência renal e outras condições que provocam
retenção hídrica no corpo. O edema pulmonar não cardiogênico também ocorre em
consequência de lesão do revestimento dos capilares pulmonares, devido a uma lesão direta
dos pulmões (p. ex., traumatismo torácico, aspiração, inalação de fumaça), lesão hematogênica
(p. ex., sepse, pancreatite, múltiplas transfusões, derivação cardiopulmonar) ou lesão com
elevação da pressão hidrostática. A fisiopatologia assemelha-se àquela observada na
insuficiência cardíaca (IC), em que o ventrículo esquerdo é incapaz de processar a sobrecarga de
volume, com consequente aumento do volume sanguíneo e elevação da pressão no átrio
esquerdo. A rápida elevação da pressão atrial resulta em aumento agudo da pressão venosa
pulmonar, que produz elevação da pressão hidrostática, forçando a saída de líquido dos
capilares pulmonares para dentro dos espaços intersticiais e alvéolos. A drenagem linfática do
excesso de líquido é ineficaz.
Questionário estruturante
1. O que é o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) e como se organiza?
Oito passos a seguir se você é o primeiro a chegar à cena com capacidade operacional 1-
Informar à sua base de sua chegada à zona de impacto
3- Avaliar a situação
6- Determinar as estratégias
- Disponibilidade de comunicações;
2- O que ocorreu?
- Topografia;
- Condições atmosféricas;
- Objetivos e prioridades;
- Organização atual;
- Designação de recursos;
- Plano de comunicações;
- Provável evolução;
O Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coe) é uma estrutura organizacional que tem
como objetivo promover a resposta coordenada por meio da articulação e da integração dos
atores envolvidos, sendo responsável pela coordenação das ações de resposta às emergências
em saúde pública, incluindo a mobilização de recursos para o restabelecimento dos serviços de
saúde e a articulação da informação entre as três esferas de gestão do SUS, é responsável ainda
por identificar a necessidade do envio de missão exploratória da FN- SUS5.
No Coes realizam-se o planejamento, a organização, a coordenação, a avaliação e o controle das
atividades de resposta a um evento. A sua estruturação tem como premissa o Sistema de
Comando de Operações (SCO) que permite a organização da atuação sob um comando unificado
a partir de um enfoque sistemático, para a unificação de grupos heterogêneos e o
desenvolvimento de ações multisetoriais, necessárias para a gestão de uma situação de
emergência. Ele é o centro nevrálgico da gestão de uma emergência de massa ou de um
desastre, encontram-se aí os mais altos níveis de decisão, onde se faz um monitoramento
cuidadoso da evolução dos efeitos produzidos por um desastre e se definem as ações
necessárias para dar resposta efetiva e oportuna às necessidades derivadas da emergência.
Além de um COE intersetorial, pode haver COEs setoriais, como, por exemplo, o COE do setor
saúde (COE-Saúde); contudo, seu funcionamento deve estar integrado e coordenado com o COE
intersetorial. Além do COE nacional, podem existir COEs estaduais e municipais.
- Localização: Fisicamente, o COE deve estar localizado em um ambiente edificado para esse
propósito ou em alguma das dependências de governo, de fácil acessibilidade, preferivelmente
longe de lugares lotados.
- Segurança:O edifício deve ser estruturalmente seguro e contar com mecanismos de segurança
para a restrição de acesso ao pessoal não autorizado.
As informações que chegam ao COE devem passar por um processo de análise que oriente de
maneira pertinente a tomada de decisões. O processamento e a análise das informações são
-Coleta e monitoramento de informações provenientes de fontes diretas, assim como dos meios
de comunicação social;
-Processamento e análise da informação;
Para o cumprimento dessas funções a sala de situação deve estar apropriadamente organizada
e equipada com:
-Equipamento: computadores, Internet, TV, telefone fax, rádios, pacotes de informação, base
de dados, material de escritório etc.;
-A sala de situação pode funcionar no mesmo edifício onde funciona o COE, se as facilidades o
permitem, ou oferecer informação ao COE via Internet.
3. Considerando o método START, como deve ser avaliado os parâmetros adotados pelo
método?
O START (Simple Triage And Rapid Treatment; Triagem Simples e Tratamento Rápido) é o
método de triagem mais utilizado ao redor do mundo (G.Super et al,. 1994). É um método
simples, rápido e sistematizado que se baseia na capacidade de andar, avaliação da respiração,
circulação e nível de consciência. Utilizando esses parâmetros as vítimas são divididas em quatro
prioridades de atendimento, representadas através das cores vermelha, amarela, verde e preta.
Utilizando-se o método START, a avaliação das vítimas dá-se na seguinte ordem. A capacidade
de andar é primeiramente avaliada. Aquele que é capaz de andar é classificado com verde, já
aquele que não é capaz verifica-se a respiração. Se a vítima não respira, verifica-se a presença
de corpos estranhos que podem estar causando obstrução da via aérea. Alinha-se a cabeça
cuidando da coluna cervical. Se após esse procedimento a vítima não iniciar esforços
respiratórios, classifica-a como preta ou cinza. Se após manobras de abertura de vias aéreas
como a tração da mandíbula o paciente apresentar movimentos respiratórios classifica-se a
vítima como vermelha. Se, ao primeiro contato, a vítima respira em uma frequência maior do
que trinta incursões respiratórias por minuto, classifica-se como vermelha. Vítimas com
frequência respiratória menor do que trinta incursões por minuto não são classificadas nesse
momento.
Diante desse método o profissional vai fazer a classificação das cores, que correspondem ao
nível de importância desse atendimento.
- Amarelo;
- Vermelho;
- Preto.
Na área destinada às vítimas classificadas como vermelha vão todos os pacientes com risco de
vida iminente. Em geral são os pacientes com choque hipovolêmico hemorrágico, amputações
traumáticas, lesões arteriais graves, hemorragias internas severas, lesões por inalação,
queimaduras em face, lesões torácicas importantes, queimaduras de 2o grau entre 20% e 40%,
ou de 3o grau entre 10% e 30%, lesões cerebrais traumáticas moderadas e graves.
Na área destinada às vítimas classificadas como amarela vão aquelas vítimas que necessitam de
algum atendimento médico no local e posterior transporte hospitalar, porém que não possuem
risco de vida imediato. São os pacientes com fraturas de extremidades, trauma crânio-encefálico
leve, queimaduras menores e ferimentos com sangramento externos contidos com manobras
ainda no ambiente pré-hospitalar (à exceção das lesões que ameacem o membro).
Na área definida como verde, são destinadas aquelas vítimas que apresentam pequenas lesões;
geralmente estão sentadas ou andando, com lesões menores sem risco à vida e que devem ser
reavaliadas posteriormente. São os pacientes que causam mais problemas na cena do acidente,
pois geralmente estão com dor e abalados emocionalmente e tendem a ser pouco cooperativos.
É extremamente importante um apoio psicológico para manter essas vítimas nessas áreas, pois
do contrário elas tendem a deixar o local, indo sobrecarregar o hospital mais próximo. São os
pacientes com contusões, hematomas, escoriações e pequenos ferimentos.
Na área destinada às vítimas classificadas como preta ou cinza estão às vítimas em óbito
evidente ou que são consideradas inviáveis ou expectantes. (Oliveira, Marcos de, 2010)
5. Como se faz a assistência com o paciente com insuficiência respiratória grave, por intoxicação,
na emergência.
Verifica-se:
• Frequência respiratória;
• Ritmo;
• Qualidade da respiração;
• Presença de deformidade;
• Estado mental;
• Tosse.
Com isso as primeiras medidas devem estar voltadas para a manutenção das funções vitais,
procedente às técnicas de suporte básico de vida, tendo em vista a estabilização do paciente.
Inicialmente:
Na sequência:
• Monitorize o paciente para melhor observação das arritmias que podem evidenciar risco de
morte;
• Controle da temperatura.
6. O que foi realizado na série: “Todo dia a mesma noite" em relação à assistência ao paciente
com insuficiência respiratório, na emergência.
- Avaliaram a situação;
- Determinaram as estratégias;
4o Método start para identificação das vítimas, através de cores na organização dos pacientes.
5o Pacientes graves entubaram no local mesmo antes de ser transferido para o hospital, pega
veia, lidocaína e fentanil, máscara de intubação.
Morreram por envenenamento, a espuma de poliuretano quando queima ela libera cianureto
ou gás cianídrico. Que era o gás usado nas câmaras de gás nos campos de concentração no
holocausto. O cianeto reage com a hemoglobina e ele impede o transporte do oxigênio pelo
sangue e ele continua agindo no organismo mesmo quando a pessoa é retirada do ambiente
com gás, por isso tantas pessoas pareciam estar bem e, de repente elas morriam, horas depois
de terem saído da boate, eles não tinham chance nenhuma.
Palestra:
Foi realizada pelo Corem uma palestra sobre legislação e ética na enfermagem, não estava
presente no dia da palestra
Abdome Agudo
De acordo com o sanar medicina(2018) O abdome agudo é um quadro clínico caracterizado por
dor e sensibilidade abdominais, de início súbito ou de evolução progressiva, que geralmente
necessita de conduta cirúrgica de emergência para resolução do quadro. Para essas condições
agudas, é importante fazer um diagnóstico rápido, a fim de reduzir a morbidade e a mortalidade.
Agora que você entende o que é abdome agudo, é hora de saber as suas principais causas e
tipos.
A prevalência das causas de abdome agudo muda conforme a faixa etária. Sem sombra de
dúvidas, a causa mais comum em jovens é a apendicite. Já em idosos é doença biliar, obstrução
intestinal e isquemia/infarto intestinal. A adenite mesentérica é comum em crianças.
A título de conhecimento existem causas não cirúrgicas de abdome agudo também, como por
exemplo, uremia, crise diabética e porfiria aguda intermitente.
A dor é de inicio insidioso, com agravamento e localização com o tempo. O paciente apresenta
geralmente sinais sistêmicos, tais como febre e taquicardia.
• apendicite aguda;
• colecistite aguda;
• diverticulite aguda;
• pancreatite;
• anexite aguda.
A apendicite é a causa mais comum de abdômen agudo cirúrgico no mundo. Pode ocorrer em
qualquer faixa etária, mas é mais comum em adolescentes e adultos jovens.
Pode haver derrame do conteúdo de víscera oca no peritônio, geralmente secundário à úlcera
gastroduodenal, diverticulite, corpos estranhos e neoplasias.
Nos idosos com quadro de abdome agudo obstrutivo e quadro de perda ponderal importante,
deve-se também pensar em neoplasia como causa.
A dor difusa e mal definida, há desproporção entre a dor e o exame físico e as causas mais
comuns são embolia e trombose mesentérica, com isquemia intestinal.
A dor intensa, com rigidez e dor à descompressão; há sinais de hipovolemia, tais como
hipotensão, taquicardia, palidez e sudorese.
As causas mais comuns são gravidez ectópica rota, ruptura de cistos, ruptura de aneurismas,
rotura de baço.
A Dor
A dor de cólica é uma dor rítmica, com espasmos regulares de dor recorrente, chegando a um
clímax e desaparecendo. É virtualmente patognomônico da obstrução intestinal.
A cólica uretérica é uma verdadeira dor abdominal tipo cólica, mas as chamadas cólicas biliares
e cólicas renais não são verdadeiras cólicas.
A Localização
A dor referida é aquela sentida num local distante do estímulo doloroso. Por exemplo, a
inflamação do diafragma pode causar dor em ombro ipsilateral. Um trauma esplênico com
ruptura do baço pode levar a hipersensibilidade em ombro esquerdo, sendo este sinal chamado
de Sinal de Kehr.
Em geral, dor abdominal superior é causada por lesões do trato gastrointestinal (TGI) superior,
enquanto que no andar inferior do abdome são lesões do TGI ou órgãos pélvicos inferiores.
Vômitos graves precoces indicam uma obstrução alta do TGI.
A maioria das causas do abdome agudo é grave e o diagnóstico precoce é obrigatório para
reduzir a mortalidade e a morbidade.
É vital não diagnosticar incorretamente uma gravidez ectópica rota, que causa dor abdominal
inferior ou suprapúbica de início súbito, ou as causas vasculares com risco de vida,
como aneurisma roto ou dissecante da aorta, oclusão da artéria mesentérica e infarto do
miocárdio (que podem se apresentar como dor epigástrica).
Anamnese
A dor deve ser analisada de acordo com sua qualidade, quantidade, local e irradiação, início,
duração e deslocamento, fatores de melhora e piora e sintomas e sinais associados.
Exame físico
No exame abdominal devemos fazer a inspeção, ausculta, palpação e percussão (nessa ordem).
Pode se realizar também algumas testes clínicos, como sinal de Murphy (sinal de sensibilidade
peritoneal na colecistite aguda, onde o paciente interrompe a respiração profunda durante a
palpação do ponto cístico); sinais iliopsoas e obturadores (na apendicite).
O exame de toque retal é de extrema importância na suspeita de abdome agudo, no qual deve
avaliar presença ou ausência de fezes em ampola retal, massas ou sangramento intraluminal.
Os sinais físicos podem ser reduzidos em idosos, obesos, gravemente doentes e pacientes em
terapia com corticosteróides.
Exames complementares
Como tratar o abdome agudo?
De acordo com a Associação Médica Brasileira e Concelho Federal de Medicina Pacientes com
suspeita de HDA varicosa devem ser transferidos para unidades de terapia intensiva para
adequada monitorização hemodinâmica e adoção de medidas de suporte inicial, que incluem a
manutenção de vias aéreas pérvias, por vezes necessitando de intubação orotraqueal,
especialmente em cirróticos com encefalopatia hepática concomitante, e a obtenção de acesso
venoso periférico.
A hemorragia digestiva alta tem incidência de 48 a 160 casos por 100.000 adultos/ano e é
responsável por 1 internação a cada 10.000 adultos. Além disso, ocorre duas vezes mais em
homens do que em mulheres.
Os principais fatores contribuintes para o sangramento das úlceras gástricas são a infecção pela
bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), que coloniza a mucosa do estômago, e o uso dos anti-
inflamatórios não esteroidais (AINE’s). Este último em função dos mesmos efeitos adversos
causados pelo AAS, e que podem ser minimizados pelo uso de drogas gastroprotetoras.
O estresse, a sepse e o choque podem também ser fatores contribuidores da HDA, porém menos
que os dois anteriormente comentados. As úlceras por estresse, com prevalência em torno de
1,5% dos pacientes, não são muito comuns, aparecendo principalmente nos pacientes graves e
nas regiões do corpo e fundo do estômago.
Outra grande causa sugestiva de HDA é a esofagite erosiva, uma inflamação da mucosa
esofágica, que, ao lado das varizes esofágicas, é representante da segunda maior causa de
hemorragia digestiva alta, com incidência em torno de 15%.
Causas de sangramento normalmente leve, mas que pode ter sérias complicações posteriores
são as neoplasias do TGI.
Anamnese
Exame Físico
O exame físico dificilmente será útil para identificar o local do sangramento, mas levando em
consideração a emergência do quadro, será de extrema importância para determinação da
estabilidade hemodinâmica, permitindo a intervenção apropriada. Por isso, devem ser avaliados
os sinais vitais, a palidez cutânea e o nível de consciência do paciente.
Além disso, a inspeção, a palpação e o toque retal podem ser fundamentais para a condução de
suspeita clínica inicial e a instituição precoce das medidas terapêuticas apropriadas. O toque
retal é ferramenta importante para a pesquisa de melena ou enterorragia.
Exames complementares
Os exames complementares vêm auxiliar no diagnóstico da (HDA) e tem como objetivo verificar
a presença da hemorragia e identificar a origem desta. Hemograma com hematócrito e
hemoglobina seriados, eletrólitos, coagulograma, função renal e hepática são indicados em
todos os casos. Os exames de imagem que podem ser utilizados são: endoscopia, cintilografia e
arteriografia.
A Endoscopia Digestiva Alta (EDA) é o método diagnóstico de escolha na HDA e deve ser
realizado nas primeiras 24 horas do início do episódio hemorrágico, após a estabilização
hemodinâmica do paciente. O uso precoce deste método contribui para a identificação da
etiologia e para aplicação precoce do tratamento, consequentemente, reduzindo a
probabilidade de recidivas. Para facilitar a visibilidade durante a endoscopia na presença de
sangramento por varizes esofágicas, pode-se utilizar análogos da somatostatina para
interromper o sangramento temporariamente.
Se, com a EDA não for possível localizar o sítio do sangramento digestivo, é indicada a
cintilografia com hemácias marcadas por Tc-99, exame capaz de detectar sangramento com
velocidade de até 0,1 mL/min. Já a arteriografia permite verificar a anatomia das artérias da área
onde ocorre hemorragia. A arteriografia é recomendada em hemorragia volumosa (a partir de
0,5 mL/min) em casos de: EDA negativa; visibilidade prejudicada na EDA; tratamento
endoscópico ineficaz ou quando não é necessário a execução de procedimento cirúrgico.
Existem escores de avaliação de risco que são utilizados com base em achados clínicos e
endoscópicos. O Escore de Glasgow Blatchford é importante para avaliação da necessidade de
endoscopia e tem como parâmetros: hemoglobina, frequência cardíaca, pressão arterial
sistólica, uréia e ausência de história hepática ou cardíaca e melena ou síncope. O paciente com
escore 0 pode ser tratado ambulatorialmente. O Escore de Rockall é o mais utilizado, devendo
ser aplicado antes e após a EDA e a soma dos valores desses dois momentos revela a taxa de
recidiva. O Escore de Rockall varia de 0 a 11, sendo que 0 representa a menor taxa (0,2%), e seu
parâmetros são idade, frequência cardíaca, pressão arterial sistólica, alterações hemodinâmicas,
comorbidades e características endoscópicas.
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial para o HDA está intimamente relacionado com sua etiologia. Sendo
assim, os principais diagnósticos diferenciais são:
Além do mais, deve se incluir como diagnóstico diferencial da HDA a hemorragia digestiva baixa,
já que dentro das suas manifestações clínicas a melena pode estar presente, mesmo a HDB não
sendo comum.
Logo, é de extrema importância durante a sua abordagem clínica estar sempre atento aos
detalhes na anamnese, no exame físico e nos exames complementares.
Ressuscitação e Transfusão
Tratamento Clínico
A garantia de proteção das vias aéreas do paciente também faz parte da abordagem terapêutica
inicial da HDA.
Tratamento Farmacológico
Na abordagem do paciente com HDA não varicosa, a medicação usada visa suprimir a acidez
gástrica, uma vez que o coágulo sanguíneo possui estabilidade reduzida em ambiente ácido. No
entanto, o uso de antiácidos, como hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio, não tem
eficiência comprovada.
Os IBP trazem benefícios pré e pós endoscopia, estando associados a menor classificação de
risco no pré e redução do risco de ressangramento no pós.
– Indicação:
Pacientes com úlcera péptica IA, IB, IIA (a indicação para úlcera IIB é controversa – Nesse caso,
é indicada a irrigação da lesão para o deslocamento do coágulo e posterior tratamento
adequado da lesão, caso necessário).
– Objetivo:
– Evitar cirurgias;
As principais modalidades de terapêutica hemostática endoscópica para HDA não varicosa são
os métodos de injeção local do agente de escolha, sendo a adrenalina a mais utilizada, os
métodos térmicos, com a produção de calor nos tecidos, ocasionando a obstrução do vaso –
técnicas de heater probe e eletrocoagulação monopolar, bipolar e multipolar ou plasma / laser
de argônio -, os métodos mecânicos, com o tamponamento do vaso sanguíneo através da
colocação de hemoclipes e os métodos tópicos – hemospray, anfored blood stopper (ABS) e o
endoclot (AMP).
Consiste em uma endoscopia de controle realizada após 24h da primeira EDA. É indicada
apenas em casos em que o tratamento inicial foi incompleto em função da impossibilidade de
identificação do sítio da hemorragia, da hemostasia ter sido apenas parcial ou quando há
evidências de ressangramento. Caso haja um novo episódio de ressangramento após o second-
look, há indicação da realização da hemostasia através da radiologia intervencionista ou pelo
tratamento cirúrgico.
A abordagem inicial em paciente com Hemorragia Digestiva Alta (HDA) consiste na manutenção
de via aérea pérvia em associação com ressuscitação volêmica. Imediatamente, deve-se obter
acesso calibroso venoso periférico para: a reposição volêmica, com soluções cristalóides e
transfusão de hemoderivados somente se necessário e para coleta de amostras de sangue para
tipagem sangüínea; dosagem do hematócrito, hemoglobina, coagulograma, uréia, creatinina e
eletrólitos.
Drogas vasoativas:
o uso dessas drogas serve para diminuir a pressão portal e devem ser administradas até mesmo
antes da realização da endoscopia e mantida por um período de dois a cinco dias ou até 48 horas
após o fim do sangramento. As principais drogas aceitas e utilizadas são Terlipressina,
Somatostatina e Octreotide.
Uso de betabloqueadores:
Após o fim do uso de drogas vasoativas, deve-se iniciar na terceira ou quarta hora após
sangramento o uso de betabloqueadores não-seletivos para evitar uma possível ruptura
varicosa. Os principais betabloqueadores usados são o Propranolol ou Nadolol, que devem ter
suas doses ajustadas para que se atinja diminuição de 20% da frequência cardíaca basal.
Endoscopia:
A realização da endoscopia digestiva alta tem como principal objetivo visualizar a lesão
causadora da hemorragia, realizar a hemostasia e determinar um prognóstico. Os principais
métodos utilizados são a de injeção com solução de oleato de etanolamina ou polidocanol, a
ligadura elástica das varizes e a injeção de adesivo tissular (cianoacrilato).
Balão de Sengstaken-Blakemore:
Uso de antibiótico:
O uso de antibiótico deve ser determinado no momento do diagnóstico, sendo considerado uma
medida obrigatória. A duração do seu uso deve ser por pelo menos uma semana após o começo
do quadro, com a intenção de diminuir as taxas de infecção no local da lesão ou por embolia
séptica, ressangramento e mortalidade. Os principais antibióticos utilizados são as Quinolonas
e as Cefalosporinas. Os esquemas como administração de Norfloxacino 400 mg a cada 12 horas,
por via oral, ou Ceftriaxona 1 g a cada 12 horas, por via intravenosa, são bastante utilizados e
aceitos.
São herniações intestinais que podem ser congênitas ou adquiridas, estas acontecem
geralmente nos orifícios por onde as arteríolas penetram na parede muscular, que são pontos
de fraqueza.
Como grande parte dos divertículos estão associados às artérias penetrantes, que podem
romper no trauma mecânico por fecalitos, por exemplo, e ocasionar uma erosão da mucosa e
rompimento arterial.
Angiodisplasia
Ectasia de pequenos vasos submucosos intestinais com origem venosa na maioria das vezes. Os
grupos que possuem mais chance de sangrar são idosos e quem possui doença renal terminal,
estenose aórtica ou doença de Von Willebrand.
Divertículo de Meckel
Anormalidade congênita que ocorre no íleo terminal próximo a válvula ileocecal. O sangramento
ocorre como complicação da presença da mucosa gástrica ectópica, que é capaz de produzir
ácido gástrico e lesionar a parede intestinal.
Relato de hematoquezia de pequeno até grande volume com quadro clínico variável, alguns dos
sintomas são:
• Constipação crônica;
• Mudança do hábito intestinal;
• Perda de peso;
• Dor anal ou retal;
• Diarreia e febre.
•
• História de câncer pélvico, submetido radioterapia, possui associação com colite
actínica.
• Na inspeção anal, podem ser visualizados lacerações, fissuras ou hemorroidas com
presença de sangramento ativo.
• O toque retal com a presença de sangue vivo indica a maior probabilidade de HDB de
cólon esquerdo ou retossigmoide, enquanto o coagulo pode indicar uma HDA ou no
intestino delgado. Massas palpáveis no reto podem ser descobertas ao toque e podem
indicar câncer colorretal.
Como diagnosticar a HDB?
A endoscopia digestiva alta (EDA) possui alta sensibilidade, especificidade e baixa morbidade
associada. O ideal é que seja realizada dentro das primeiras 24h quando o paciente
estiver estável.
Nos pacientes com sangramento com melhora espontânea ou ativo que dificultem a
visualização a EDA, é recomendado repetir 24h após o sangramento.
A ausência de sangramento não elimina HDA, mas a presença de conteúdo biliar sem
sangramento, diz mais a favor de HDB.
A colonoscopia é o método diagnóstico e tratamento inicial das HDB, nos pacientes estáveis,
deve ser realizada após o preparo do colón e até as primeiras 24h. Após afastar HDA, a presença
de sangue não coagulado no íleo terminal ou depois da válvula ileocecal, indica hemorragia no
intestino delgado.
Pacientes com HDB e sangramento volumoso deve ser primeiro investigado com EDA. Lembre-
se que 10-15% da HDB são causadas por HDA e, geralmente, o sangramento da HDA é mais
volumoso e causam mais morbi-mortalidade para o paciente.
Caso a EDA e a colonoscopia não consigam diagnosticar, dois métodos podem ser utilizados a
depender do volume do sangramento:
• Hemorragias leves (até 0,1 mL/min): estudo radioisotópico (cintilografia) que mapeia
hemácias marcadas com tecnécio.
• Hemorragias volumosas (> 0,5 mL/min): arteriografia permite identificar a localização,
delinear a lesão e indicar a possível etiologia, principalmente divertículo e
angiodisplasias, com possibilidade de tratamento.
• Perda de volume < 15% não apresenta hipotensão ou taquicardia. Obs.: pacientes em
uso de betabloqueador e idosos podem não apresentar taquicardia, enquanto grávidas
e crianças podem apresentar sintomas.
• Taquicardia em repouso (> 100 bpm) e hipotensão postural, indicam uma perda de 15-
30% do volume sanguíneo.
o Ressuscitação volêmica com cristaloides até 2L, mais do que isso pode
aumentar o sangramento ativo ou voltar a sangrar.
o Pacientes que não melhoram, idosos e com sinais de falência orgânica,
necessitam de concentrado de hemácias.
• PAS < 90 mmHg, agitação, confusão ou letargia, com extremidades frias, indica choque
hipovolêmico com > 40% de perda do volume sanguíneo.
o Transfusão sanguínea com concentrado de hemácias.
Realizar EDA precocemente (12h a 24h após admissão) após estabilização hemodinâmica e
medidas iniciais.
É preciso monitorizar o paciente, solicitar exames laboratoriais, como tipagem sanguínea, prova
cruzada, hemograma, coagulograma e função hepática.
Aqueles com sangramento ativo e coagulopatia (RNI > 1,5) e/ou plaquetas < 50.000/mm3,
devem receber plasma fresco congelado e/ou plaquetas. De modo geral, objetiva-se manter Hb
> 7 mg/dL. Hemotransfusões acima de > 10 U de concentrados de hemácia, devem ser repostos
também plasma fresco, plaquetas e cálcio.
Ressecção cirúrgica:
Nos casos em que o local do sangramento é oculto ou possui fontes colônicas bilaterais e difusas,
é necessário realizar colectomia subtotal com ileorretoanastomose ou ileostomia.
Opinião da aula dada:
No dia 04/05 a aula foi ministrada de forma online, por conta de uma greve de ônibus, a aula
teve o método de interação dos alunos, com perguntas e respostas e foi passado o assunto de
abdome agudo e hemorragia digestiva.
Infarto Agudo do Miocárdio com Supra de ST
Segundo ao sanar médico ( 2023), O Infarto Agudo do Miocárdio com supra de ST (IAM com
supra de ST) é uma condição médica grave que ocorre quando há um bloqueio repentino do
fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco. Ele corresponde a uma das principais
causas de mortalidade por doença cardiovascular.
Durante um IAM com supra de ST, uma artéria coronária que fornece sangue rico em oxigênio
ao músculo cardíaco fica completamente obstruída devido à formação de um coágulo
sanguíneo. Isso resulta em uma falta aguda de oxigênio e nutrientes para a região do coração
suprida por essa artéria.
Principais etiologias
As etiologias do Infarto Agudo do Miocárdio com supra de ST podem variar, mas a causa mais
comum é a doença arterial coronariana (DAC).
A DAC é caracterizada pela formação de placas de colesterol e outras substâncias nas paredes
das artérias coronárias, o que pode levar à obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo.
Além das causas mencionadas acima, outras condições menos comuns podem levar a um IAM
com supra de ST. Alguns exemplos são a embolia coronária (obstrução da artéria por um
êmbolo), espasmo arterial secundário a drogas ou substâncias químicas, inflamação das artérias
coronárias (arterite coronária) e condições genéticas que afetam a coagulação do sangue.
Infarto é um processo de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento arterial. Após
a interrupção do fluxo sanguíneo, os níveis de O2 caem e o miocárdio começa a realizar
metabolismo anaeróbico com liberação de lactato e redução do pH.
Como esse metabolismo não é suficiente para as demandas do miocárdio, a bomba Na-K para
de funcionar levando ao acúmulo de Na intracelular que causa edema celular e o acúmulo
extracelular de K que altera o potencial elétrico transmembrana podendo levar a alterações do
ritmo cardíaco.
Os sintomas de um IAM com supra de ST podem incluir dor intensa no peito que pode se
espalhar para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou costas. Os pacientes podem ter
dificuldade em respirar, sudorese excessiva, náuseas, vômitos e ansiedade.
É importante lembrar que nem todos os pacientes apresentam os mesmos sintomas e que
algumas pessoas, especialmente mulheres e idosos, podem ter sintomas atípicos ou menos
óbvios.
A grande maioria dos casos o paciente apresenta a clássica dor torácica anginosa:
Em geral o exame físico é pouco informativo podendo ocorrer hipertensão, presença de B3,
taqui ou bradicardia (ritmo irregular).
O diagnóstico de IAM com supra de ST é feito por meio de uma combinação de história clínica,
sintomas, exame físico, ECG e exames laboratoriais, como a medição dos níveis de enzimas
cardíacas no sangue, como troponina.
ECG
OBS: Supra de ST pode estar presente em outras patologias: angina de Prinzmetal; aneurisma
ventricular; cardiopatia chagásica.
Marcadores de necrose miocárdica
Os marcadores de necrose miocárdica usados para diagnóstico do IAM são: CK-MB, mioglobina,
troponina T e troponina I. Devem ser dosado na admissão do paciente, após 6 horas e após 12
horas.
CK-MB: o CK-MB atividade tem cerca de 90% de sensibilidade, porém sua elevação ocorre após
12 horas do evento isquêmico. A CK-MB massa tem sensibilidade de 50% nas primeiras 3 horas
e 80% nas 6 horas seguintes. Sendo assim, a CK-MB massa é mais utilizada para o diagnóstico de
IAM.
Troponinas T e I: são as enzimas mais específicas para o IAM porque são exclusivas do
cardiomiócito. Eleva-se de 4 a 8 horas e tem pico de 12 a 48 horas e normalização entre 4 a 12
dias.
Esse gráfico é fundamental para a interpretação dos marcadores de necrose miocárdica após
um evento isquêmico. A detecção da CK-MB e troponina é quase simultânea.
A queda da CK-MB no entanto é bem mais rápida. A troponina tende a mante-se elevada por
até 10 dias nas lesões mais extensas. A mioglobina é o mais precoce, porém possui baixa
especificidade.
• Angina instável;
• Dissecção de aorta;
• Pericardite;
• Embolia pulmonar;
• Insuficiência cardíaca descompensada.
Tratamento do infarto agudo do miocárdio com supra de ST
O tratamento do IAMCSST deve ser o mais precoce possível, por isso é importante seguir alguns
passos fundamentais na abordagem do paciente com suspeita de IAM:
2º: ECG de 12 derivações (em casos de suspeita de IAM de parede inferior devem ser solicitadas
as derivações: V3R, V4R, V7 e V8).
3º: Exames laboratoriais: troponina, CK-MB massa, eletrólitos, hemograma, função renal e
função hepática.
Mnemônico MONABCH:
São objetivos do tratamento inicial do paciente com Síndrome Coronariana Aguda (SCA):
É importante ter em mente que já existem terapias bem estabelecidas que reduzem
drasticamente a mortalidade na SCA. Dentre elas temos os “Ases” da SCA, que devem ser
iniciadas o mais precocemente possível:
Antiagregação plaquetária
Primeiramente, sem ainda ter o eletrocardiograma em mãos e apenas com a caracterização da
dor torácica tipicamente anginosa, solicita-se ao paciente que mastigue três comprimidos de
100 mg do ácido acetilsalicílico, isto é, uma dose inicial de 300mg – com indicação de dose de
manutenção de 100 mg por dia, visando profilaxia secundária a um novo evento isquêmico.
Uma mudança importante das recomendações no manejo do doente com SCASSST se refere
ao pré-tratamento com o segundo antiagregante plaquetário, o inibidor de ADP (bloqueadores
de P2Y12), entendendo-se por “pré-tratamento” o tratamento estabelecido antes do
conhecimento da anatomia coronariana, ou seja, antes da angioplastia. As novas diretrizes não
recomendam mais o pré-tratamento rotineiro da dupla antiagregação em pacientes
classificados como de muito alto risco, com necessidade de estratégia invasiva precoce (em
menos de 24 horas). Isto se deve a ausência de constatação de claro benefício da terapia
rotineira versus o aumento do risco de sangramento e, consequentemente, um reconhecido e
relevante aumento da morbimortalidade na SCA. Desse modo, a escolha para realizar o pré-
tratamento com dupla antiagregação deve ser individualizada e deve levar em consideração a
estratificação de risco cardiovascular e de sangramento.
Figura 1. Terapia antitrombótica inicial nas síndromes coronarianas agudas sem supradesnível
do segmento ST. CAT: cateterismo; HNF: heparina não fracionada; SH: sala de hemodinâmica.
Fonte: Nicolau et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e
Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST – 2021.
Outra etapa que deve ser feita o quanto antes é a terapia com anticoagulantes, que também
reduz a mortalidade relacionada à SCA. As novas diretrizes pontuam que a escolha e o momento
da anticoagulação devem ser determinados pelotipo de estratégia de tratamento
definitivo(abordagem invasiva ou conservadora), a gravidade da apresentação clínica da
SCA e as particularidades de cada serviço.
Nos pacientes com programação de estratégia invasiva para o tratamento, têm a possibilidade
de utilizar tanto a Enoxaparina, Fondaparinux quanto a HNF; ambas terapias apresentam
semelhante eficácia. O que não é recomendado pelas diretrizes é a transição de Enoxaparina
para HNF (cross over) que ocorre quando se faz enoxaparina em pacientes que irão
precocemente para a hemodinâmica, devido ao maior risco hemorrágico que esta prática
apresenta. Além disso, o Fondaparinux não deve ser utilizado como terapia isolada na
Intervenção Coronária Percutânea.
Angiografia coronariana
Na SCA sem SST, o risco de morte e eventos adversos do paciente devem ser estabelecidos
precocemente. Isso guiará a estratégia de estratificação de risco: se invasiva ou não, e, no caso
da estratégia invasiva, o tempo máximo para a realização da angiografia coronariana – também
chamada de Intervenção Coronariana Percutânea (ICP).
Nos pacientes de alto risco a estratégia invasiva deve ser precoce: coronariografia em até 24
horas. Se indisponível, a transferência para um centro hemodinâmico deve ser feita no mesmo
dia. Nos pacientes de intermediário risco a estratégia invasiva pode ser retardada em até 72
horas. Em caso de indisponibilidade, a transferência deve ser feita em tempo hábil.
Outras terapias
Além de todas as medicações já citadas e discutidas, temos aquelas terapias que devem
ser estabelecidas em até 24 horas:
• betabloqueador;
• inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina, IECA) OU bloqueadores do
receptor de angiotensina II (BRA);
• estatina de alta potência;
• espironolactona.
Cabe ressaltar também, as medicações que não reduzem a mortalidade, embora muitas vezes
sejam prescritas excessivamente: morfina e nitrato. Vale ressaltar que há contraindicações
formais de nitrato sob uso recente de inibidores da fosfodiesterase tipo 5, e de ambos os
medicamentos se o paciente estiver com pressão sistólica abaixo de 100 mmHg ou sinais de
falência do ventrículo direito. Lembrando que nada disso deve vir antes do atendimento inicial:
monitorização, dois acessos venosos calibrosos e a oxigenioterapia, em saturação menor que
90%.
A higienização da ferida é um fator muito importante, pois garante que a mesma seja limpa e
preparada para receber a cobertura mais adequada. Para a limpeza, recomenda-se o soro
fisiológico 0,9%, aquecido e aplicado em jatos com uma agulha 40×12, promovendo uma boa
irrigação. Contudo, a solução de Polihexametileno Biguanida (PHMB) é uma excelente aliada e
tem sido padronizada em vários serviços de saúde, pois a mesma fornece uma boa limpeza,
hidratação e age como antisséptica não citotóxica, removendo agentes microbianos, por isso é
muito indicada para feridas crônicas. ( Paulo Fuculo, 2021).
Devemos lembrar que todo tecido desvitalizado retarda a cicatrização e por isso deve ser
removido, seja por meio do desbridamento autolítico, enzimático, instrumental ou cirúrgico,
sendo o último realizado pelos profissionais médicos. A ferida quando limpa e livre de tecido
desvitalizado, tem maior potencial de cicatrização, por isso, parâmetros como limpeza (livre de
infecção), temperatura ideal, umidade e tempo de troca das coberturas devem ser priorizados.
( Paulo Fuculo, 2021).
Entre as coberturas mais utilizadas, destacam-se os Ácidos Graxos essenciais, a hidrofibra com
prata, o alginato de cálcio sem prata e com prata, o carvão ativado com prata, sulfadiazina de
prata, o hidrogel, a papaína, curativo hidrocoloide, pasta de hidrocoloide, bota de unna,
membranas de celulose e filmes. Em meio a tantas opções, devemos recordar que a ferida “fala”
e que sempre haverá uma cobertura mais adequada para o momento. O tempo de troca vai
depender de cada cobertura e do comportamento da mesma sobre a ferida (saturação). ( Paulo
Fuculo, 2021).
Outro ponto importante, é que as bordas devem ser protegidas, para que não sofram
maceração, sendo assim, a utilização de cremes barreiras é uma ótima opção. Além disso, a
hidratação corporal, seja ela oral ou tópica, deve ser uma prática rotineira de autocuidado e
cuidado. ( Paulo Fuculo, 2021).
O tratamento de uma ferida crônica envolve um trabalho árduo, porém é importante que ocorra
de forma multiprofissional, que o cuidado esteja alinhado em diferentes áreas, como
enfermagem, fisioterapia, medicina, nutrição, psicologia, entre outras, pois em alguns casos, o
pessoa precisará de intervenção motora, cirúrgica, psicológica e nutricional. ( Paulo Fuculo,
2021).
Alternativas
Além do tratamento convencional, atualmente a terapia a laser (laserterapia) tem trazido boas
respostas para o reparo/cicatrização de feridas crônicas, o laser de baixa frequência age como
um biomodelador nas células e nos tecidos e influencia diretamente na proliferação celular,
neoformação, revascularização e como consequência a melhora da circulação sanguínea,
fazendo com que o meio fique nutrido e oxigenado. Ainda, possui efeitos benéficos na dor. (
Paulo Fuculo, 2021).
Quando associada a técnica de Terapia fotodinâmica (PDT), é ainda mais benéfica, pois a
combinação de um agente fotossensibilizador (FS), com luz (laser), gera espécies reativas de
oxigênio que são citotóxicos para microorganismos que causam desordem celular. O agente FS
mais utilizado atualmente é o azul de metileno, que é aplicado em toda a extensão da lesão e
exposto ao laser. ( Paulo Fuculo, 2021).
Por fim, em todas as consultas o paciente deve passar por uma nova anamnese focada em
alterações que possam ter ocorrido e a ferida precisa ser reavaliada constantemente, pois e
terapêutica adotada “ontem” pode não ser ideal para o “hoje” e pode não ser a mesma de
“amanhã”. Com isso, um olhar crítico e reflexivo do enfermeiro e de outros profissionais faz toda
a diferença no tratamento. ( Paulo Fuculo, 2021).
De acordo com a secretaria de saúde primeiro se deve tratar a ameaça maior a vida
3º Uma história detalhada não era essencial para iniciar a avaliação de um traumatizado
Preparação
Triagem
Exame Primário
(E) Exposição Total do Paciente: análise da extensão das lesões e o controle do ambiente
com prevenção da hipotermia. O socorrista deve analisar, entre outros pontos, sinais de
trauma, sangramento e manchas na pele.
•As condições que implicam em risco de vida devem ser identificadas e seu tratamento
deve ser instituído simultaneamente
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