Sei sulla pagina 1di 33

HIDROTERAPIA NO ATENDIMENTO DO PACIENTE

NEUROLÓGICO

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
SUMÁRIO

HIDROTERAPIA NO ATENDIMENTO DO PACIENTE NEUROLÓGICO ........................................................ 1


INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4
BREVE HISTÓRICO DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA ..................................................................................... 6
OS PRINCÍPIOS FÍSICOS DA ÁGUA ........................................................................................................... 9
A DOENÇA DE PARKINSON .................................................................................................................... 13
PROTOCOLO DE TRATAMENTO COM FISIOTERAPIA AQUÁTICA........................................................... 15
Fase 1 do protocolo: aquecimento .............................................................................................. 16
Fase 2 do protocolo: alongamento .............................................................................................. 16
Fase 3 do protocolo: exercícios ativos e proprioceptivos ........................................................ 16
Fase 4 do protocolo: relaxamento/socialização......................................................................... 17
ANÁLISE ESTÁTISTICA ............................................................................................................................ 17
RESULTADOS ................................................................................................................................ 17
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE
DOWN ................................................................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 30

3
INTRODUÇÃO

A utilização da água com finalidades terapêuticas consiste em uma prática


antiga das civilizações, e que, através de novas técnicas, mantém-se em constante
redescoberta.
A aplicação desse elemento pode ocorrer na Hidroterapia em seus três estados
físicos e parte ou todo o corpo poderá ser tratado.
A imersão do corpo em meio líquido tornou-se a técnica mais abrangente,
proporcionando benefícios terapêuticos amplos; tantos físicos quanto psicológicos.
Tais efeitos podem ser justificados pelas influências fisiológicas resultantes das
propriedades físicas da água durante a imersão em piscina terapêutica (BIASOLI,
2006).
O uso da água para obtenção da cura vem sendo descrito desde a civilização
grega (500 a.C.), com escolas de medicina criadas próximo às fontes para aplicação
de técnicas aquáticas e sua utilização em tratamentos físicos específicos.
Antes de uso exclusivo de atletas romanos, os banhos tornaram-se
posteriormente centros para a saúde, higiene, repouso e atividades intelectuais,
recreativas e de exercícios, de acesso coletivo.
Em meados de 330 d.C., a principal finalidade dos banhos romanos era curar
e tratar doenças reumáticas, paralisias e lesões.
Considerado na Idade média como ato pagão, o uso das forças físicas e os
banhos sofreram um declínio, o qual persistiu até o século XV, quando ocorreu um
ligeiro ressurgimento.
A hidroterapia é um dos recursos mais antigos da fisioterapia, sendo definida
como o uso externo da água com propósitos terapêuticos (CAROMANO, 2002).
Quando relacionado a programas de exercícios, o ambiente aquático apresenta
inúmeras vantagens comparadas ao solo. Grande parte delas é mediada pelos efeitos
fisiológicos do meio, advindos principalmente dos efeitos físicos da água
(CAROMANO, 2007).
Segundo Candeloro e Caromano (2006) este é um recurso fisioterapêutico que
utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos, advindos da imersão do corpo
em piscina, como recurso auxiliar da reabilitação, ou na prevenção de alterações
funcionais.

4
Os efeitos fisiológicos podem somar-se aos desencadeados pela prática de
exercício físico na água, tornando as respostas mais complexas.
Certamente estas respostas e seus efeitos terapêuticos em um organismo
sadio, são diferentes das que ocorrem num corpo doente.

5
BREVE HISTÓRICO DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA

Também chamada de hidroterapia ou reabilitação aquática, a fisioterapia


aquática é a utilização da água de forma terapêutica em seus estados sólido, líquido
ou gasoso, como a crioterapia, os banhos térmicos e as saunas, respectivamente.
O emprego da água como um meio de terapia tem registros muito antigos,
porém o seu verdadeiro início é desconhecido.
Existem alguns documentos sobre instalações higiênicas na cultura proto-índia
que datam de antes de 2400 a.C. e outros sobre os Hindus que combatiam a febre
através da água em 1500 a.C. e que, em 800 a.C., na cidade de Bath, Inglaterra, as
águas eram usadas com fins curativos.
Na Grécia, por volta de 334 a.C., foram desenvolvidos centros de banhos
próximos a fontes naturais e rios, porém a principal finalidade era a recreação.
Entretanto, em torno de 500 a.C., a água deixou de ter um caráter místico e
passou a ser utilizada para tratamentos físicos específicos, sendo criadas escolas de
medicina ao redor dessas estações de banhos.
Reumatismos, icterícia, paralisias, espasmos musculares e doenças articulares
eram tratados por Hipócrates (460 – 375 a.C.) por meio da imersão em água quente
e fria, sendo que a civilização grega foi a primeira a estabelecer a relação entre o bem-
estar físico e mental.
Durante o império romano, o sistema de banhos desenvolvido pelos gregos foi
expandido e deixou de ser utilizado apenas para higiene dos atletas e passou,
também, a ser centros de banho para saúde, repouso, atividades intelectuais, de
recreação e de exercícios físicos e, por volta de 330 d.C., começaram a ter como
finalidade principal a cura e o tratamento de doenças reumáticas, paralisias e lesões.
Entretanto, com o declínio do Império Romano e a influência religiosa na Idade
Média, os elaborados sistemas de banhos romanos caíram em declínio,
desaparecendo totalmente por volta do ano 500, mas ressurgindo como forma de
tratamento no século XV.
Entre os séculos XVII e XVIII, a prática de banhar-se com a finalidade de
higiene não era popularmente aceita. Porém, o uso da água como um meio de cura
começou a aumentar gradativamente e, no início dos anos 1700, Sigmund Hahn, um

6
médico alemão, e seus filhos, propuseram a ideia do uso da água com fins
terapêuticos.
Foi quando surgiu a hidroterapia, assim definida por Wyman e Glazer, que
consistia na utilização da água em todos seus estados físicos para tratamento de
doenças.
Em meados do século XVII, a água como forma de tratamento não era muito
utilizada, pois grande parte dos médicos se dedicava ao diagnóstico de doenças, sem
dar maior atenção aos protocolos de cura.
Em 1697, na Grã Bretanha, Sir John Floyer, após anos de dedicação ao estudo
da hidroterapia, publicou o tratado intitulado An inquiry into the right use and abuse of
hot, cold and temperature baths (Uma investigação sobre o uso correto e o abuso de
banhos quentes, frios e temperados).
Esse fato é apontado por Baruch como o início da hidroterapia científica, visto
que as doutrinas de Floyer passaram a ser incluídas nos ensinamentos do professor
Friedrich Hoffmann na Heidelberg University e daí levadas para a França. Na
Inglaterra, o Dr. Currie tentou dar uma característica mais científica à hidroterapia por
meio de pesquisas, sendo que seus estudos foram publicados em várias línguas,
tendo maior aceitação na Alemanha.
Em 1747, John Wesley publicou um livro enfocando o uso da água como meio
de cura para doenças, passando a ser considerado como o fundador do metodismo.
Nessa mesma época, os banhos frios após banhos de vapor quente foram
popularizados pelos russos e escandinavos, enquanto que os banhos quentes
seguidos de frios tornaram-se tradição e assim permaneceram por várias gerações.
Por volta do século XIX, a hidroterapia era uma técnica de caráter passivo e
incluía banhos de lençol, compressas úmidas, banhos frios de fricção e banhos de
dióxido de carbono, social e não terapêutica, para as classes mais abastadas, até que
médicos treinados na Europa iniciaram a introdução da cura pela água.
Durante o Século XX, o uso da hidroterapia em spas foi decrescendo nos
Estados Unidos, até que, Baruch conquistou sua primeira cátedra de hidroterapia em
1907 e, na década de 1930, concluiu outro livro sobre o assunto, incitando, na
população, a ideia de que o uso da água como terapia era benéfico.
Nesta mesma época, na Europa, os spas prosperavam e os pacientes eram
exercitados na água através da flutuabilidade, surgindo, em meados de 1900, um

7
tanque que incluía um turbilhão (Tanque de Hubbard). Mais tarde, foram criados dois
dos métodos atualmente mais utilizados: Bad Ragaz e Halliwick.
Com a epidemia de poliomielite, em 1916, a hidroterapia começava a ganhar
popularidade na Geórgia, devido a um fato imprevisto: um jovem, portador de
sequelas da doença, caiu em uma piscina e conseguiu movimentar suas pernas, o
que lhe era impossível em solo.
Esse jovem permaneceu em tratamento com exercícios terapêuticos na água e
passou da condição de cadeirante para a deambulação independente com apenas
uma bengala.
Após as duas grandes guerras, a hidroterapia passou a ser mais empregada
em programas de reabilitação nos Estados Unidos, mas não somente em spas, como
também em clínicas, tornando-se uma modalidade terapêutica térmica e química.
Na Geórgia, em 1924, o uso de piscinas para hidroterapia e hidroginástica foi
popularizado pelo Presidente Franklin D. Roosevelt, quando ele mesmo foi submetido
ao tratamento de sequelas de poliomielite. Esse fato contribuiu para o início de um
serviço de reabilitação física e natação terapêutica, em 1927, na Georgia Warm
Springs Foundation.
Em 1830, o camponês Vincent Priessnitz desenvolveu programas de
tratamentos compostos de banhos ao ar livre com água fria, chuveiros e compressas,
mas foi desacreditado pelos médicos da época e considerado como charlatão.
Porém, na Áustria, o professor Winterwitz (1834-1912) fundou uma escola de
hidroterapia e realizou pesquisas na área, principalmente em relação às respostas dos
tecidos na água em diversas temperaturas, baseado nos estudo de Priessnitz e Currie.
Por volta de 1890, após as contribuições dadas por Priessnitz e seus discípulos,
o médico americano Dr. Simon Baruch publicou livros sobre a utilização da água como
tratamento para algumas condições como gripe, insolação, tuberculose, reumatismos
e outras, sendo o primeiro professor a ensinar hidroterapia na Columbia University.
Ainda no século XIX, começaram a surgir os spas americanos, mas com
finalidade 10 Na Inglaterra, em meados da década de 1960, a fisioterapia aquática foi
incluída no currículo de aspirantes a membro da Chartered Society of Physioterapy,
tornando-se componente essencial em programas de reabilitação na Europa.
Entretanto, entre 1970 e 1980, a terapia aquática foi fortalecida, principalmente
após a publicação da terceira edição do livro Therapeutic Exercise (Exercício

8
Terapêutico) de John V. Basmajian em 1978, no qual foi reservado um capítulo que
aborda o exercício na água e seus benefícios.
Com isso, as pesquisas relacionadas com os efeitos fisiológicos e respostas à
imersão em meio líquido obtiveram um aumento considerável de 1970 a 1990, quando
a fisioterapia aquática passou a ser incorporada em muitos centros de reabilitação
física.
No Brasil, a Fisioterapia Aquática teve início em 1922, na Santa Casa do Rio
de Janeiro, com o Dr. Artur Silva, sendo que, na época, eram utilizados banhos de
água doce e salgada (provinda do mar).
Entretanto, nos últimos 10 anos, sua evolução foi considerável e consta como
disciplina na matriz curricular de vários cursos de graduação em Fisioterapia.
Atualmente, muitas patologias são tratadas em ambiente aquático
paralelamente a outros serviços de reabilitação, embora as pesquisas científicas na
área sejam escassas, o que prejudica o desenvolvimento de protocolos de tratamento.

OS PRINCÍPIOS FÍSICOS DA ÁGUA

De acordo com Candeloro (2002), a hidroterapia é um dos recursos mais


antigos da fisioterapia, sendo definida como o uso externo da água com propósitos
terapêuticos.
A hidrostática, hidrodinâmica e termodinâmica são áreas da física que
fundamentam a hidroterapia.
As forças físicas da água que agem sobre um organismo imerso, provocam
alterações fisiológicas extensas, afetando quase todos os sistemas do organismo.
Os efeitos fisiológicos podem somar-se aos desencadeados pela prática de
exercício físico na água, tornando as respostas mais complexas (MORRIS et al, 2000).
Os princípios hídricos podem ser divididos em hidrostática e hidrodinâmica, que
estudam o comportamento dos líquidos em repouso e em movimento,
sucessivamente.
As principais propriedades físicas da água de maior alcance clínico sobre o
corpo imerso são: densidade, empuxo, pressão hidrostática, turbulência, viscosidade,
tensão superficial e refração (FINHOLDT, 2007).

9
A densidade é a relação entre a massa e o volume do corpo imerso. Determina
a capacidade que o mesmo possui de flutuar ou submergir ao comparar a sua
densidade com a da água.
A densidade da água é igual a 1, já a de um corpo humano é de 0,93, por isso
ele flutua. No caso do organismo humano, a densidade relativa varia com a
composição corporal, de maneira que pessoas com maior quantidade de gordura
flutuam com maior facilidade (CHÃO, 2004).
O autor acima (2004) afirma que o empuxo ou flutuação é uma força de sentido
contrário à gravidade, confere ao corpo imerso um efeito de sustentação.
Contrapõe-se ao acúmulo venoso nos membros inferiores, auxiliando na
redução de edemas e facilitando a circulação venolinfática.
A principal vantagem do empuxo é a redução do peso suporte. A pressão
exercida pelo líquido sobre o corpo submerso é denominada como pressão
hidrostática (Lei de Pascal).
Segundo Morris (2000), quanto maior a profundidade em que o corpo se
encontra, maior será a pressão exercida sobre ele.
Em um indivíduo que esteja em pé, a pressão hidrostática será maior na região
de maior profundidade, ou seja, os pés.
Se o objeto estiver em repouso, como em um relaxamento, a pressão exercida
em todos os planos será igual, porém se o mesmo estiver em movimento juntamente
com a água, a pressão apresenta-se reduzida, com um afundamento parcial
provocado pelo empuxo. Esta propriedade permite a melhora da condição respiratória
dos pacientes imersos, uma vez que existe uma resistência à expansão torácica,
assim como o aumento do débito cardíaco e da diurese.
A turbulência consiste no fluxo irregular das moléculas de água, está
relacionado com a pressão e a velocidade através de um fluxo de corrente.
Quanto maior a velocidade do movimento maior a turbulência. Aplicada em
outras técnicas, a turbulência pode funcionar como uma massagem profunda,
provocando a pressão e o alongamento dos tecidos tensos, bem como da estimulação
dos mecanorreceptores levando ao alívio da dor (CANDELORO, 2002).
A viscosidade ou resistência do fluido é outra propriedade resultante da fricção
entre as moléculas do fluido, que tendem a aderir-se à superfície do corpo que se
move através dele, causando resistência ao seu movimento.

10
O aumento da temperatura reduz a viscosidade do líquido, logo piscinas
aquecidas apresentam menor viscosidade que piscinas frias.
A refração é a deflexão de um raio ao passar de um meio menos denso a um
mais denso ou vice-versa (CHÃO 2004).
De acordo com Chão (2004), os efeitos físicos da água são mecânicos e
térmicos, e a combinação destes aos efeitos do exercício em imersão resulta nas
respostas fisiológicas do corpo imerso por duas vias: condução e convecção.
A primeira ocorre pelo movimento normal de energia do corpo mais quente em
direção ao mais frio, enquanto a segunda consiste na perda que ocorre pelo
movimento da água contra o corpo, mesmo em temperaturas idênticas.
Os efeitos variam com a duração do exercício, seu tipo, progressão e
intensidade, temperatura da água, postura adotada, e patologia do paciente.
No sistema cardiovascular observa-se, como consequência da pressão
hidrostática, o deslocamento de aproximadamente 700 ml de volume sanguíneo dos
membros inferiores para a região do tórax e coração. Há um aumento de 60% do
volume central e redistribuição dos fluidos extra vasculares para o espaço vascular,
que caracteriza uma hipervolemia central.
O retorno venoso proporcionado ocorre quando o nível da água está acima do
processo xifóide. O aumento no débito cardíaco é proporcional à temperatura, e ocorre
principalmente pelo aumento no volume sistólico, já que a frequência cardíaca quase
não se altera.
A frequência cardíaca altera-se proporcionalmente à intensidade do exercício
e temperatura da água, permanecendo, porém menor que nos exercícios realizados
no solo (BECKER; COLE 2000).
A pressão hidrostática auxilia na diminuição da descarga de peso sobre os
membros inferiores, na resolução de edemas e pode servir como exercício respiratório
em algumas doenças respiratórias (CAROMANO, 2002).
No sistema respiratório as alterações são originadas pela compressão da caixa
torácica e abdome. A pressão intratorácica aumenta e há o deslocamento do
diafragma cranialmente.
Tais alterações elevam o trabalho respiratório em até 65%, proporcionando
uma melhora na capacidade aeróbica e trocas gasosas mais efetivas (BECKER;
COLE 2000).

11
Os exercícios no meio aquático estimulam o metabolismo e o relaxamento da
musculatura esquelética.
Os resultados incluem a redução do espasmo e da fadiga muscular, analgesia,
facilitação do alongamento, melhora da amplitude de movimento, do condicionamento
físico e da força muscular, assim como uma recuperação das lesões (BIASOLI, 2006).
Os efeitos predominantes nos sistema nervoso são a sensação de relaxamento
e a influência sobre a percepção da dor.
Terminações nervosas são afetadas, incluindo receptores de temperatura, tato
e pressão; e a exposição prolongada é capaz de diminuir a sensibilidade e condução
da fibra nervosa lenta.
A modulação álgica aumenta com a temperatura e a turbulência da água. A
imersão afeta os sistemas reguladores renais de acordo com a pressão hidrostática,
proporcionando aumento da diurese, da natriurese e da potassiurese.
A ação do peptídeo natriurético atrial (PNA) associada à inibição do hormônio
antidiurético (ADH), da aldosterona e do sistema renina-angiotensina ocasionará um
aumento do volume do sangue central, do retorno venoso e débito cardíaco.
O fluxo de sangue para os rins aumenta e se eleva o transporte de sódio
tubular.
A pressão renal venosa aumenta levando à maior excreção de sódio em
indivíduos com o sódio corporal total normal.
Essa excreção é acompanhada por água livre, criando parte do efeito diurético
da imersão, sendo este um efeito de contraindicação para paciente com incontinência.
(FINHOLDT, 2007)
Alguns estudos relatam a ação da aplicação do calor úmido no sistema
imunológico, no qual este poderia penetrar até 3,4 cm, atingindo inclusive camadas
musculares superficiais.
Promove o aumento do número de leucócitos, além da melhora das condições
tróficas, levando a um quadro geral mais saudável do paciente (BIASOLI, 2006).
A maioria das alterações fisiológicas relacionam-se à temperatura da água, cujo
valor ideal não é unânime entre os diversos autores, mas de forma geral varia entre
33ºC a 39ºC.
Numa temperatura de 34ºC, há a estimulação da circulação arterial periférica,
que melhora quando associada aos exercícios terapêuticos.

12
A 25º C, a frequência cardíaca cai aproximadamente 20% enquanto em
temperatura termoneutra essa queda é menor que 15%. Em temperaturas quentes a
frequência cardíaca eleva-se, contribuindo para o principal aumento no débito
cardíaco em temperaturas altas (FINHOLDT, 2007).
A realização de exercícios vigorosos em água aquecida (35°C) resulta em
aumento da temperatura central para 39°C e fadiga prematura. O exercício vigoroso
em água fria (18°C) resulta em diminuição da temperatura corporal central para
aproximadamente 36°C, associada com a inabilidade de realizar contração muscular.
Um corpo imerso numa massa de água torna-se um sistema dinâmico. Se a
temperatura da água exceder a temperatura do corpo submerso, o sistema equilibra-
se. Se a temperatura da água exceder a temperatura do corpo, o corpo submerso
aquece-se através de transferência de energia calórica da água para o corpo
(CAROMANO, 2002).
Além de todos os benefícios fisiológicos do meio aquático, as atividades
realizadas neste ambiente por si só, oferecem um momento de lazer e descontração,
que promove a interação social e o bem estar psíquico aos seus adeptos.
Seus efeitos nos sistemas corporais têm sido aproveitados no processo de
reabilitação das mais diversas áreas, entre elas: ortopedia, neurologia, pediatria e
gineco-obstetrícia.

A DOENÇA DE PARKINSON

A doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa e progressiva do


sistema nervoso central (SNC) que se caracteriza pela perda neuronal de células
dopaminérgicas da porção compacta da substância negra do mesencéfalo. Ocorre
uma disfunção da via nigroestriatal, com diminuição da concentração de dopamina ao
nível dos receptores dopaminérgicos situados no corpo estriado.
O diagnóstico da DP é estabelecido com a presença de dois dentre os
seguintes sinais cardinais: tremor de repouso, bradicinesia (acinesia ou hipocinesia),
rigidez muscular do tipo plástica e instabilidade postural.
Associados a essas alterações, o comprometimento físico-mental, emocional,
social e econômico decorrente e relacionados aos sinais e sintomas da DP interferem
no nível de capacidade do indivíduo e podem influenciar negativamente a qualidade

13
de vida (QV) do mesmo, levando-o ao isolamento e à diminuição da sua participação
na vida social.
O conceito de QV é multidimensional e reflete a avaliação subjetiva de
satisfação pessoal em relação ao bem-estar físico, funcional, emocional e social. É
importante ressaltar que os estudos não têm investigado detalhes a respeito da
qualidade de vida na DP.
Entretanto, o conhecimento de tais aspectos é fundamental para melhorar o
planejamento das intervenções terapêuticas direcionadas a esses pacientes, uma vez
que o principal foco do tratamento em indivíduos com doenças crônicas como a DP
deve ser a manutenção da QV.
Dos instrumentos específicos utilizados para avaliar a QV em pacientes com
DP, destaca-se o questionário da doença de Parkinson 39 (PDQ-39), indicado como
ferramenta mais apropriada para esta finalidade6.
Para melhorar os sintomas da DP e a QV dos pacientes, tem-se como base a
instituição e acompanhamento da terapia farmacológica, entretanto outras estratégias
terapêuticas devem fazer parte da assistência ao paciente com DP.
A fisioterapia constitui um importante recurso, pois promove exercícios que
mantém a atividade muscular e preservam a mobilidade, minimizando e retardando a
evolução dos sintomas e gerando consequente melhoria da QV.
A fisioterapia aquática (FA) é um recurso terapêutico que utiliza os efeitos
físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em piscina
aquecida como recurso auxiliar da reabilitação ou prevenção de alterações funcionais.
A ação terapêutica da água aquecida acarreta aumento do metabolismo e
diminuição da tensão muscular, proporcionando um ambiente agradável, confortável
e relaxante.
Além disso, um dos efeitos provocados pela imersão em meio hídrico seria o
aumento dos níveis de dopamina no sistema nervoso central, que se mantêm por
algumas horas após a imersão.
Os estudos que utilizaram a FA como recurso fisioterapêutico no tratamento da
DP têm como foco a melhora do equilíbrio, da instabilidade postural e do risco que
queda, porém são escassos na literatura estudos que mensurem a repercussão desse
tratamento na percepção da QV dos pacientes.
Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da FA na QV
de pacientes com DP nos estágios de leve a moderado utilizando-se do PDQ-39.

14
Este estudo de intervenção de caráter longitudinal foi realizado com pacientes
cadastrados no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Pernambuco (HC/UFPE), em Recife (PE).
Foram incluídos neste estudo pacientes de ambos os gêneros, com idade entre
45 e 74 anos, com diagnóstico clínico da DP idiopática, nos estágios leve a moderado
(gravidade entre 1 a 3) de acordo com a versão original da escala de Hoehn & Yahr
(HY), avaliados pelo médico neurologista do HC/UFPE.
Sendo excluídos os pacientes com outra patologia neurológica, ortopédica
limitante ou cardiológica associadas, como também aqueles que estavam sendo
submetidos a outro tipo de recurso fisioterapêutico ou que necessitaram mudar o
calendário da medicação.
Foram recrutados aleatoriamente para compor a amostra 18 pacientes; destes,
5 foram excluídos, 4 por não apresentarem o parecer de aptidão dermatológica
obrigatório para uso da piscina terapêutica e 1 por abandonar o tratamento,
perfazendo uma amostra com 13 pacientes, sendo 6 do sexo masculino e 7 do sexo
feminino.
Todos os pacientes, antes e após o tratamento com FA, responderam o PDQ-
39, que compreende 39 itens distribuídos em oito dimensões: mobilidade, atividades
de vida diária (AVD), bem-estar emocional, estigma, suporte social, cognição,
comunicação e desconforto físico, onde escores mais altos indicam uma percepção
ruim da QV.

PROTOCOLO DE TRATAMENTO COM FISIOTERAPIA


AQUÁTICA

O protocolo de tratamento com FA foi elaborado a partir de adaptação de


protocolos encontrados na literatura.
Os pacientes foram submetidos ao tratamento com FA, que consistiu de 16
sessões ocorridas num período de 2 meses, 2 vezes por semana em dias não
consecutivos; cada sessão teve duração de 1 hora.
A FA foi realizada em uma piscina terapêutica adaptada, com 6 m de largura,
11 m de comprimento, com dois níveis de profundidade, 1,40 e 1,00 m, aquecida com

15
temperatura entre 32° a 33°C, localizada na Clínica Escola de Fisioterapia da
Faculdade Maurício de Nassau, em Recife.
Os pacientes foram tratados na parte da piscina com profundidade de 1,40 m.
Para aqueles com baixa estatura, foi utilizado um step, de modo que para todos os
pacientes a água ficou ao nível dos mamilos.
O protocolo de tratamento utilizado foi único, seguindo sempre a mesma
sequência para facilitar o seu aprendizado.

Fase 1 do protocolo: aquecimento

Esta fase teve a duração de cinco minutos, sendo composta por duas voltas de
caminhada frontal, lateral e posterior dentro da piscina, associadas a atividades de
coordenação de membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII), e
dissociação de cinturas escapular e pélvica com auxílio de bolas de baixa densidade.

Fase 2 do protocolo: alongamento

Na fase 2, com duração de 20 minutos, foram inicialmente realizados


alongamentos (mantidos por 30 segundos) passivos, que evoluíram para ativos
quando possível, das musculaturas: MMSS (músculo peitoral maior e menor, deltoide,
bíceps braquial, tríceps braquial, flexores e extensores do punho); MMII (músculos
isquiostibiais, tríceps sural, quadríceps femural, adutores e abdutores da coxa com
auxílio do aquatubo); tronco (músculo abdômen, grande dorsal, psoas e quadrado
lombar); pescoço (músculo trapézio, esternocleidomastoideo, escalenos e
paravertebrais).

Fase 3 do protocolo: exercícios ativos e proprioceptivos

A fase 3 durou 25 minutos; nela, foram realizados exercícios ativos resistidos


na posição ortostática (três séries de dez repetições respectivamente).
MMSS: flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna, rotação externa,
adução e abdução horizontal de ombro, flexão e extensão de cotovelo; MMII: tríplice
flexão, adução, abdução e hiperextensão do quadril, step (subidas frontais e laterais),
dorso flexão e flexão plantar do tornozelo.

16
O aumento da resistência foi progressivo e ajustado nos exercícios de
fortalecimento, priorizando a musculatura extensora.
A princípio foram realizados exercícios apenas com a resistência da água, sem
uso de flutuadores.
Posteriormente, evoluiu-se para outros três níveis de resistência, com
flutuadores, a cada quatro sessões, se o potencial físico do paciente assim permitisse.
Foram acrescidos, na nona sessão, exercícios proprioceptivos de descarga de
peso na cama elástica e caminhada sobre aquatubo, ambos submersos. Durante os
exercícios foi solicitado aos participantes que associassem a respiração às repetições
dos exercícios.

Fase 4 do protocolo: relaxamento/socialização

Esta fase teve duração de dez minutos e alternou-se entre uma sessão com
relaxamento e outra com socialização.
O relaxamento era promovido através de flutuadores e massagens de
turbilhonamento. A socialização era feita por meio de dinâmicas de grupo que
estimulassem a memória e o entrosamento do grupo.

ANÁLISE ESTÁTISTICA

Os dados obtidos a partir dos escores do PDQ-39 foram analisados


estatisticamente no programa XlStat, através de análise de variância (ANOVA) não
paramétrica de Kruskal-Wallis com comparações a posteriori através do teste de
Dunn, com p=0,05, crítico.

RESULTADOS

A Tabela 1 apresenta uma descrição da amostra referente à classificação dos


pacientes pelo estágio da DP segundo Hoehn & Yahr (HY), à média da idade ± desvio
padrão e à média do tempo de acometimento da doença ± desvio padrão.

Tabela 1. Descrição da amostra

17
HY: Hoehn & Yahr; n: número de pacientes

Depois da FA, houve uma redução significativa (p<0,0001) do escore total do


PDQ-39, e em todos os três estágios da DP avaliados (Tabela 2).
Essa redução foi maior nos pacientes do estágio 3, onde o percentual de
melhora foi de 57%, enquanto nos estágios 2 e 1 foi de 48 e 46%, respectivamente.

Tabela 2. Escore total do questionário da doença de Parkinson 39 (média ± desvio


padrão)

HY: Hoehn & Yahr; FA: fisioterapia aquática; teste Kruskal-Wallis: *p<0,0001

A QV, mensurada pelo escore total do PDQ-39, foi afetada em função do


estágio da doença, onde quanto maior o estágio da DP, maior os escores do PDQ-39,
tanto antes como após a FA.
Observa-se ainda, pela verticalização da reta, que o maior ganho após a FA
ocorreu no estágio 3 da DP (Figura 1).

18
Figura 1. Médias do escore total do questionário da doença de Parkinson (PDQ-
39) antes e depois da fisioterapia aquática. Correlação dos estágios da doença de
Parkinson com os escores do PDQ-39 (p=0,009)
Os escores de cada domínio do PDQ-39 apresentaram uma redução
significativa (p=0,032) depois da FA nos três estágios avaliados.
As maiores diferenças entre as médias de cada domínio do PDQ-39, antes e
depois da FA, ocorreram, respectivamente, nos domínios de desconforto físico,
estigma, mobilidade e comunicação (Tabela 3).
Quanto à graduação da resistência dos exercícios ativos, apenas três
indivíduos do sexo masculino atingiram o quarto e último nível, sendo 2 no estágio 2
e 1 no estágio 1 da escala de HY.
A QV na população estudada parece ser afetada pela gravidade da doença,
visto que quanto maior o estágio, maiores foram os escores do PDQ-39.
Então, antes da FA, a QV de vida era pior no estágio mais avançado da doença,
e apesar da melhora dos escores de QV depois da FA, o estágio mais avançado
continuou apresentando pior percepção da QV, corroborando as afirmações de Souza
et al., que também encontraram escores maiores do PDQ-39 em estágios mais
avançados da DP.
No entanto, não é possível afirmar que os pacientes tiveram sua percepção de
QV afetada pela DP, pois como afirmam Lana et al. em relação ao escore total do
PDQ-39, ainda não está disponível na literatura um ponto de corte que indique quais
valores representam uma boa ou ruim percepção da QV.

19
Com isso, o instrumento fica mais adequado para avaliar e monitorar as
respostas de intervenções.
Depois da FA, houve uma redução significativa no escore total do PDQ-39,
concordando com os achados de Baatile et al., que utilizaram um programa de
atividade em solo, durante 8 semanas, e Filippin, Costa e Mattioli, que realizaram um
treinamento em esteira ergométrica com carga adicional do corpo durante 18
semanas, ambos os estudos avaliaram a QV pelo PDQ-39.
Outros autores também encontraram melhora na QV utilizando o Nottingham
Health Profile (NHP) para avaliar a QV de indivíduos com DP, como Goulart et al., que
realizaram um programa de exercício em solo durante 12 semanas, e Paula et al., que
em 36 sessões em grupo, combinou programa de condicionamento aeróbio e
fortalecimento muscular.
No estudo de Reuter et al., os exercícios foram realizados na água e no ginásio
durante 14 semanas, mas não foi avaliada a QV, e sim disfunções motoras, sensação
de bem-estar e cognição, que se manteve estável, enquanto as demais apresentaram
diferenças significativas.
Alguns autores utilizaram no tratamento da DP atividades no meio aquático que
não podem ser consideradas FA. Como Pellecchia et al. que utilizaram um protocolo
com exercício em solo e na água, porém associando a prática esportiva da natação,
alcançando resultados significativos na melhora da função motora, AVD e marcha. Já
Brefel-Courbon et al. buscaram avaliar a QV de pacientes com DP, utilizando o PDQ-
39 e Short Form-36 (SF-36), porém utilizaram banhos termais, massagens e
atividades lúdicas em um Spa, melhorando significativamente a percepção da QV dos
pacientes.
Entretanto, nenhum dos estudos referidos anteriormente utilizou como recurso
terapêutico apenas a FA. A diversidade metodológica entre os autores torna difícil a
comparação dos resultados e restringe a força da evidência sobre as intervenções
propostas.
Já Vivas, Arias e Cudeiro realizaram um estudo propondo a elaboração de
protocolos de tratamento para a DP.
Para tal, aplicaram protocolos fisioterapêuticos em solo e na água, porém estes
não contemplavam a percepção da QV.
Tinham como foco atividades funcionais, sintomas motores, marcha e
equilíbrio, e observaram melhores resultados na função motora dos protocolos

20
realizados na água e alterações significativas apenas no equilíbrio dos pacientes que
realizaram a FA, corroborando achados de Andrade, Silva e Corso, que encontraram
melhora significativa no equilíbrio de pacientes com DP submetidos a FA.
A influência da FA sobre o equilíbrio pode ter contribuído para melhora da
percepção da QV dos pacientes do presente estudo, pois, segundo Jankovic 27, a
instabilidade postural é o sinal da DP com o maior impacto na QV, por estar
relacionada a alterações da marcha e risco de quedas.
Analisando os escores dos domínios do PDQ-39 do presente estudo
isoladamente, observa-se que as maiores diferenças percentuais entre as médias de
cada domínio, antes e depois da FA, ocorreram em desconforto físico, estigma,
mobilidade e comunicação.
Já no estudo de Filippin, Costa e Mattioli, os domínios que apresentaram
redução significativa dos escores foram: mobilidade, AVD e cognição.
Baatile et al. afirmam que, em seu estudo, todos os indivíduos melhoraram nos
domínios de mobilidade e atividades da vida diária, o que seria uma explicação viável
para o declínio nos resultados desses indivíduos no bem-estar emocional, estigma e
comunicação.
Além de repercutir sobre domínios motores, a FA também pode ter influenciado
os domínios não motores, uma vez que a melhora de domínios como o desconforto
físico e mobilidade pode influenciar aspectos psicológicos e emocionais.
A forma do tratamento, propiciando um ambiente lúdico e de interação social,
também pode ter sido um fator importante para a redução no escore comunicação.
A abrangência da FA sobre os aspectos que envolvem a QV pode estar
relacionada às propriedades físicas e ao aquecimento da água, que desempenham
um papel importante na melhoria e na manutenção da amplitude de movimento das
articulações, na redução da tensão muscular e da dor.
A água é um meio diferente que permite o atendimento individual e em grupo,
diminui a ação da gravidade, permitindo exercícios tridimensionais, sem risco de
quedas, e permite a realização de exercícios com os dois membros superiores e
inferiores ao mesmo tempo.
Além disso, este tipo de intervenção está associado à atividade prazerosa de
relaxamento, num ambiente agradável e de fácil socialização. Todos esses fatores em
conjunto contribuem para a melhora da confiança e autoestima dos pacientes.

21
A falta de padronização dos estudos em relação às escalas de avaliação da QV
na DP dificulta a comparação dos resultados.
O uso de escalas específicas como o PDQ-39 aumenta a confiabilidade dos
resultados, tendo em vista que se trata de uma ferramenta mais apropriada para essa
finalidade.
Segundo Souza et al., o PDQ-39 é um instrumento capaz de detectar declínio
da QV de pacientes com DP.
O estudo de Lana et al., que também utilizou o PDQ-39 para avaliar a QV de
parkinsonianos, encontrou uma pior percepção da QV nas dimensões mobilidade e
AVD.
Sasco et al. afirmaram que altos níveis de dopamina foram encontrados durante
o exercício moderado, sugerindo que um programa regular de exercício de
intensidade moderada pode servir para reduzir a progressão da DP.
Já Goetz et al. colocaram que a absorção de levodopa pode ser alterada pelo
exercício.
Ainda assim, estudos afirmam que têm sido pouco documentados na literatura
os efeitos de programas de exercícios na QV de indivíduos com DP, embora os
aspectos físicos tenham sido considerados um dos principais responsáveis pela piora
da QV dos parkinsonianos, pois agem como precursores de limitações em outras
áreas, como a mental e a emocional.
São escassos os estudos que avaliam os efeitos da FA na QV de sujeitos com
DP. Com o PDQ-39, foi possível identificar uma melhor percepção da QV dos
pacientes após participar do programa de exercícios na FA, principalmente com
relação aos domínios de estigma, desconforto físico, mobilidade e comunicação.

BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA


REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE DOWN

Considerada atualmente a causa genética mais comum de deficiência


intelectual, a Síndrome de Down (SD) tem uma incidência de aproximadamente um
para cada 700-1000 nascidos vivos. Na maioria dos casos, essa síndrome está

22
associada à “trissomia do 21”, que é à presença de três cromossomos 21, ao invés de
dois, em todas as células do organismo.
Essa alteração na dosagem genética, por sua vez, é responsável por uma série
de comprometimentos no desenvolvimento neurológico dessas crianças, destacados
pelo atraso.
Para identificar as alterações celulares se utiliza, como diagnóstico o exame do
cariótipo, mas o mesmo não determina qual será a protuberância das características
nesse indivíduo, sejam elas físicas ou intelectuais, uma vez que, não existem graus
classificatórios para a SD.
Em países considerados desenvolvidos a expectativa de longevidade das
pessoas que possuem essa patologia está compreendida de cinco a seis décadas,
em média 56 anos no Brasil esses dados não se alteram, já que a expectativa de vida
está em torno dos 50 anos de idade.
Porém, vale lembrar que as pessoas que possuem a SD estão constantemente
mais longevas por conta dos avanços em sua qualidade de vida e atendimentos
especializados (TRINDADE; NASCIMENTO, 2016).
Como principais características físicas encontradas em pessoas com SD temos
as faciais, a braquicefalia (diâmetro fronto-occipital bastante reduzido), fissuras nas
pálpebras inclinadas superiormente, pregas epicânticas (pregas de pele que cobrem
os cantos interiores das pálpebras) base do nariz achatada, face com diminuição
acentuada na atividade de formação de tecidos em sua porção medial e sua língua é
hipotônica e levemente deslocada para frente.
Outras características ligada à pessoa com SD são notoriamente o pescoço
encurtado, clinodactilia (deformação) do 5º dedo das mãos, distância aumentada que
compreende o 1º e 2º dedos dos pés e geralmente apresentam baixa estatura.
Crianças com esta síndrome apresentam hipotonia muscular, articulações mais
fragilizadas e uma hipermobilidade, alterações motoras e no sistema endócrino
(principalmente relacionados a tireóide) e extrema sonolência (TRINDADE;
NASCIMENTO, 2016).
As inúmeras características presentes na SD como o atraso mental, a hipotonia
generalizada em diferentes graus e a hiperflexibilidade das articulações, limitam as
experiências visuais, vestibulares, táteis e proprioceptivas, refletindo em um baixo
repertório motor.

23
A hipotonia muscular, a hipermobilidade articular e os déficits no controle
postural limitam a velocidade e a coordenação dos movimentos.
O atraso no desenvolvimento mental influência a capacidade de aprender
novas habilidades motoras, uma vez que falta a curiosidade de conhecer o ambiente
e com isso falta a motivação para explorá-lo.
Os déficits sensoriais podem interferir no controle da postura, dos movimentos,
do equilíbrio e da coordenação, assim como na aprendizagem motora (TOBLE et al,
2013).
Em suma, a mais preocupante característica ligada a esta patologia está
relacionada às duas primeiras vértebras da cervical (articulação atlanto – axial), pois
devido à sua maior instabilidade e hipermobilidade requerem cuidados na mesma
proporção, visto que traumas nessa região podem causar lesões raqui medulares e
consequente tetraplegia (TRINDADE; NASCIMENTO, 2016).
Em decorrência da obstrução das vias aéreas superiores, indivíduos com SD
tem tendência a apresentarem complicações respiratórias, cardiopatias congênitas,
hipertensão pulmonar, hipoplásia pulmonar, apneia obstrutiva do sono,
imunodeficiência, obesidade relativa e hipotonia, que podem ser agravadas pela
fraqueza generalizada da musculatura do tronco e das extremidades, bem como aos
desvios posturais adotados por estes indivíduos (CASTOLDI et al.,2012).
Fatores ambientais influenciam diretamente o desenvolvimento motor nos
primeiros anos de vida, visto que os ambientes ricos em estímulos favorecem o
desenvolvimento motor, com destaque para habilidades motoras finas, e por outro
lado, crianças criadas em ambientes super protetores podem ser tornar mais
dependentes de seus cuidadores, se tornando assim, menos independentes.
Além disso, fatores de risco como nascimento pré-termo, síndromes e outras
condições podem interferir no desenvolvimento da motricidade fina, possivelmente
afetando a participação das crianças em tarefas do dia-a-dia como se vestir, se
alimentar e até mesmo brincar (COPPEDE et al.,2012).
Um recurso terapêutico bastante utilizado é a fisioterapia aquática (FA) com
seus efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em
piscina aquecida como recurso auxiliar da reabilitação ou prevenção das alterações
funcionais.

24
A ação terapêutica da água aquecida acarreta no aumento do metabolismo e
na diminuição da tensão muscular, proporcionando assim um ambiente agradável,
confortável e relaxante.
Além disso, um dos efeitos provocados pela imersão na água, seria o aumento
dos níveis de dopamina no sistema nervoso central, que se mantêm por algumas
horas após a imersão (SILVA et al., 2013).
Em ambiente aquático o empuxo tem como efeito a redução do peso corporal,
e a força de arrasto aumenta a resistência à caminhada. Sendo assim, suportar o peso
corporal em ambiente aquático se torna mais fácil, quando comparado ao ambiente
terrestre, pois diminui o impacto no sistema musculoesquelético causando uma maior
facilidade em controlar os movimentos.
A atividade física treinada dentro da água tem proporcionado benefícios físicos
em diferentes populações.
A literatura mostra que a mesma permite a manutenção do condicionamento
aeróbico, pois os exercícios hidroterápicos ocasionam o uso correto da mecânica
corpórea e a pratica de exercícios conduzidos ao problema (CARVALHO et al., 2015).
Com o passar dos anos, o valor do uso da água como procedimento terapêutico
em um programa de tratamento foi elevado. Tal confirmação se dá pelo fato da água
apresentar características físicas, como densidade, flutuação e pressão hidrostática,
que favorecem a movimentação do corpo de forma mais leve e livre, e estar embasada
nos princípios indispensáveis da hidrodinâmica e da termodinâmica, com as quais
estão relacionados quase todos os efeitos biológicos da imersão.
Tais características destacam a importância da água como meio rico em
estímulos táteis e proprioceptivos para a intervenção terapêutica ocupacional,
comprovado que estes estímulos são essenciais para a percepção do esquema
corporal (PÔRTO; IBIAPINA. 2010).
Procurando a melhoria da qualidade de vida destes sujeitos, a fisioterapia está
incluída como parte de um programa de atendimento multiprofissional do portador de
SD.
Esta deve salientar o tratamento do baixo tônus muscular, que dificulta os
processos e aquisição do controle dos movimentos voluntários contra a gravidade, a
melhora da capacidade respiratória, da força muscular, da coordenação motora, da
forma física em geral e das atividades funcionais através de diferentes métodos,

25
incluindo estimulação precoce, atividades aeróbias, equoterapia e hidroterapia, dentre
outras (CASTOLDI et al., 2012).
As propriedades físicas da água como turbulência, pressão hidrostática,
empuxo, viscosidade e tensão superficial viabilizam que os movimentos dos
indivíduos se tornem mais lentos, proporcionando desta forma, que sua reação seja
mais eficaz, gerando ao indivíduo um tempo menor para estabelecer respostas e
reação ao desequilíbrio.
O lúdico utilizado nos exercícios aplicados estimulou o interesse e a
participação na realização dos exercícios por tempo maior, gerando assim, alterações
no sistema neural, aumentando a capacidade funcional do cérebro na organização e
processamento de informações sensoriais, estimulando o desenvolvimento motor
(MATIAS et al .2016).
A dificuldade da seleção sensorial, o déficit de equilíbrio apresentado pelos
indivíduos com SD também é influenciado por outros fatores, tais como: atraso da
maturação cerebelar, tamanho diminuído do cerebelo, e o tronco cerebral, co-
contração inadequada causada por fraqueza muscular, disfunção do processo de
integração sensorial e pela hipotonia (MATIAS et al, 2016).
As restrições intrínsecas como a hipotonia muscular e a hipermobilidade
articular contribuem para o atraso no desenvolvimento motor, para a lentidão na
realização dos movimentos e para alterações no controle postural.
Essas características diminuem a possibilidade de experiências motoras e de
exploração do ambiente, o que prejudica o desempenho das habilidades motoras finas
e destreza manual (COPPEDE et al, 2012).
Os efeitos fisiológicos que a imersão e água aquecida favorecem sobre o corpo
e a homeostase podem ter resultados imediatos e tardios. Sendo assim, a água pode
ser utilizada como fins terapêuticos, trazendo como consequência benefícios para
pacientes neurológicos (ORSINI et al, 2010).
Os aspectos motivacionais e as propriedades terapêuticas da água estimulam
o desenvolvimento, a aprendizagem cognitiva e o poder de concentração, pois o
aprendiz descobre seu próprio corpo dentro da água buscando compreender os
movimentos que o mesmo realiza.
Na atividade aquática são solicitados canais exteroceptivos, proprioceptivos e
interoceptivos (Pôrto et al, 2010).

26
O padrão de marcha desses indivíduos apresenta-se alterado. Ocorre aumento
da base de sustentação, oscilação do tronco e cabeça, aumento da flexão dos quadris,
dos joelhos e do tronco, rotação externa de quadril e ligeira diminuição na dorsiflexão
de tornozelo.
A fraqueza muscular dos músculos principais para a realização da marcha,
apresentada por indivíduos com SD, é um fator importante para que realizem
compensações, tais como a perda de velocidade, da amplitude de movimento, queda
passiva do pé, atraso no balanço inicial e inclinação do tronco durante a deambulação.
O déficit de equilíbrio e proprioceptivo também contribui para alterações na
marcha, privando o indivíduo de estabelecer conhecimento da posição do joelho,
quadril e tornozelo (BORSSATTI et al, 2013).
Os indivíduos com SD, apresentam dificuldades para escolher a modalidade
sensorial adequada para o controle da postura, principalmente quando existem
diferentes informações a respeito da posição do corpo sobre o espaço, influenciando
diretamente no aumento do tempo de resposta da reação de endireitamento.
Os déficits sensoriais podem interferir no controle postural, na coordenação e
na aprendizagem motora (MATIAS et al, 2016).
As dificuldades de equilíbrio causam limitações nas habilidades funcionais dos
indivíduos com SD, como, por exemplo, vestir-se sozinho, participar de jogos,
brincadeira escolares, deambular, subir e descer escadas, sendo, portanto,
necessárias intervenções precoces para melhorar a independência desses indivíduos.
As crianças com SD possuem afinidade natural com a água, sendo fundamental
utilizar o ambiente ao máximo para melhorar o seu desenvolvimento psicomotor
(MATIAS et al, 2016).
A Fisioterapia Aquática em indivíduos com SD promove a liberdade dos
movimentos, e aumenta a sociabilização, sendo representada por um ambiente
agradável e rico em estímulos, auxiliado por atividades lúdicas envolvidas por
objetivos terapêuticos (JANAINA et al, 2011).
As anormalidades anatômicas e fisiológicas nos portadores de SD expõem
estes indivíduos a maior sensibilidade ao desenvolvimento de infecções respiratórias.
São os problemas respiratórios as principais causas de internações hospitalares e de
mortalidade (CASTOLDI et al, 2012).

27
Moura et al. (2009) relataram que devido ao hipotireoidismo, as crianças com
SD tendem a obesidade, o que geralmente influencia principalmente no desempenho
de atividades motoras grossas.
A obesidade como patologia associada está diretamente relacionada ao baixo
tônus muscular do sistema digestório com ênfase no duodeno e o pâncreas anular,
que ocorre quando o tecido pancreático sobrepõe o duodenal.
Assim como a obesidade, cardiopatias também são bastante comuns nesse
público (MARTIN; MENDES; HESSEL, 2011).
Dentre os métodos utilizados na Fisioterapia Aquática, o método Bad Ragaz
presente neste estudo e citado por Castoldi (2012) fornece a resistência pela
viscosidade e pela turbulência da água, e as mudanças frequentes na direção do
movimento também exercem resistência.
Os objetivos do tratamento aquático são: alongar e fortalecer a musculatura,
aumentar ou melhorar a amplitude de movimento, reduzir a dor, corrigir posturas,
melhorar a respiração, a propriocepção, a circulação periférica, as condições
cardiovasculares e metabólicas, melhorar a resistência aeróbia, as atividades
funcionais com o desenvolvimento de capacidade funcionais, além de benefícios
psicológicos (MATTOS, 2004).
Apesar de esta síndrome ser uma das mais comuns de alteração genética, os
estudos que mostram o acompanhamento do desenvolvimento motor e os efeitos das
diversas intervenções nesse paciente são escassos, limitando-se muitas vezes em
estudos de caso, com metodologia não reproduzível e resultados vagos, contribuindo
para despertar o interesse para novos estudos neste campo de atuação.
Os achados na literatura têm objetivos diferentes em determinada fase do
desenvolvimento motor e para as alterações desta síndrome, sendo observado pelas
diferentes faixas etárias nas amostras dos estudos.
O desenvolvimento motor pode ser descrito como processo natural que altera
o comportamento de um indivíduo, podendo ser influenciado por diversos fatores
como o nível de exigência da tarefa a ser executada, fatores intrínsecos ao indivíduo,
como a sua predisposição genética ou fatores extrínsecos, geralmente relacionados
ao ambiente no qual o sujeito cresceu e se desenvolveu.
Assim como as oportunidades e os estímulos aos quais foram submetidos ao
longo desse período (ANDRADE et al. 2004; RODRIGUES et al. 2013).

28
Dentre estes fatores a correlação entre ambiente e características genéticas
ganha destaque, pois são de suma importância para a compreensão do
desenvolvimento motor (GALLAHUE; OZMUN, 2013).
Ornellas e Souza (2001) relatam a indispensabilidade de um processo de
estimulação cognitivo e motor em crianças com SD.
Pacanaro, Santos e Suehiro, (2008) além de colaborarem com essa visão,
propõem que quanto mais precocemente for à intervenção multidisciplinar, maior será
a probabilidade de êxito e mais rapidamente aparecerão os resultados.
O propósito terapêutico realizado por Pôrto (2010) e Matias (2016) são bem
similar, pois mostram que estratégias utilizadas na fase de assimilação, e adaptação
do corpo em ambiente aquático a medida que imergida gradativamente, com atividade
de interação, estimulando sua atenção com diferentes percepções corporais leve
ganho em relação a autonomia de atitude com o portador de SD.
Já o desenvolvimento motor analisado por Toble (2013) verificou que a terapia
realizada em ambiente aquático apresentou uma pontuação mais elevada,
fortalecendo os músculos do tronco, aperfeiçoando o controle de tronco do indivíduo
e o autor também enfatizou a importância de o trabalho fisioterapêutico ser iniciado
de forma imediata, ou seja, ainda lactente, contribuindo assim para maior ganho das
respostas sobre seu envolvimento.
Para as alterações respiratórias Castoldi (2012) afirma que a água é um recurso
para estimulação e redução destas alterações utilizando o método Bad Ragaz, tendo
resultados promissores para o aumento da força muscular e capacidade respiratória
resultando em um aumento da pressão expiratória máxima (PEmax), onde pode estar
relacionado a posição horizontal na realização das técnicas contribuindo na melhora
dos grupos musculares respiratórios, da mobilidade diafragmática e expansibilidade
torácica.
A Fisioterapia Aquática apresenta características importantes para a sua
utilização em um programa terapêutico para pacientes com SD, minimizando efeitos
negativos da própria disfunção genética, favorecendo em aspectos motores com
ganhos de força muscular associadas a resistências oferecidas pela água, sendo
disponível por fim, vários métodos que podem ser utilizados, trazendo resultados em
diferentes fases da vida do indivíduo, desde o desenvolvimento motor, aquisição de
posturas e ganho funcional, favorecendo a qualidade de vida e melhor desempenho
físico, psicológico e social.

29
REFERÊNCIAS

1. Meneses MS. Neuroanatomia aplicada. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;


2006, p. 225. [ Links ]

2. Meneses MS, Teive HAG. Doença de Parkinson. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan; 2003, p. 1. [ Links ]

3. Jankovic J, Tolosa E. Parkinson's disease & movement disorders. 5. ed.


Philadelphia: Williams & Wilkins; 2007, p. 79. [ Links ]

4. Lana RC, Álvares LMRS, Nasciutti-Prudente C, Goulart FRP, Teixeira-Salmela LF,


Cardoso FE. Percepção da qualidade de vida de indivíduos com Doença de Parkinson
através do PDQ-39. Rev Bras Fisioter. 2007;11(5):397-402. [ Links ]

5. Camargos ACR, Cópio FCQ, Sousa TRR, Goulart F. O impacto da doença de


Parkinson na qualidade de vida: uma revisão de literatura. Rev Bras Fisioter.
2004;8(3):267-72. [ Links ]

6. Goulart F, Pereira LX. Uso de escalas para avaliação da doença de Parkinson em


fisioterapia. Fisioter Pesq. 2005;11(1):49-56. [ Links ]

7. Tredus GMAS, Fonseca LC, Kange PM. Parkinson's disease impact of clinical and
cognitive aspects on quality of life. Dement Neuropsychol. 2010;4(2):131-
7. [ Links ]

8. Kwakkel G, Goede CJT, van Wegen EEH. Impact of physical therapy for Parkinson's
disease: a critical review of the literature. Parkinsonism Relat Disord. 2007;13:S478-
S87. [ Links ]

9. Sant CR, Oliveira SG, Rosa EL, Durante JSM, Posser SR. Abordagem
fisioterapêutica na Doença de Parkinson. RBCEH. 2008;5(1):80-9. [ Links ]

10. Haase DCBV, Machado DC, Oliveira JGD. Atuação da fisioterapia no paciente
com doença de Parkinson. Fisioter Mov. 2008;21(1):79-85. [ Links ]

30
11. Bates A, Hanson N. Exercícios aquáticos terapêuticos. São Paulo: Manole; 1998,
p. 6-7. [ Links ]

12. Campion MR. Hidroterapia: princípios e prática. São Paulo: Manole; 2000, p.
3. [ Links ]

13. Sacchelli T, Accacio LMP, Radi ALM. Fisioterapia aquática. São Paulo: Manole;
2007, p. 21. [ Links ]

14. Andrade CHS, Silva BF, Corso SD. Efeitos da hidroterapia no equilíbrio de
indivíduos com doença de Parkinson. Conscientiae Saúde. 2010;9(2):317-
23. [ Links ]

15. Vivas J, Arias P, Cudeiro J. Aquatic therapy versus conventional land-based


therapy for Parkinson's disease: an open-label pilot study. Arch Phys Med Rehabil.
2011;92(8):1202-10. [ Links ]

16. Pellecchia MT, Grasso A, Biancardi LG, Squillante M, Bonavita V, Barone P.


Physical therapy in Parkinson's disease: an open long-term rehabilitation trial. J
Neurol. 2004;251(5):595-8. [ Links ]

17. Hoehn MM, Yahr MD. Parkinsonism: onset, progression and mortality. Neurology.
1967;17(5):427-42. [ Links ]

18. Rito M. Doença de Parkinson: instrumentos avaliativos. Arq Fisioter. 2006;1(2):27-


45. [ Links ]

19. Mello MPB, Botelho ACG. Correlação das escalas de avaliação utilizadas na
doença de Parkinson com aplicabilidade na fisioterapia. Fisioter Mov. 2010;23(1):121-
7. [ Links ]

20. Souza RG, Borges V, Silva SMCA, Ferraz, HB. Quality of life scale in Parkinson's
disease: PDQ-39 - (Brazilian Portuguese version) to assess patients with and without
levodopa motor fluctuation. Arq Neuropsiquiatr. 2007;65(3-B):787-91. [ Links ]

31
21. Baatile J, Langbein WE, Weaver F, Maloney C, Jost MB. Effect of exercise on
perceived quality of life of individuals with Parkinson's disease. J Rehabil Res Dev.
2000;37(5):529-34. [ Links ]

22. Filippin NT, Costa PHL, Mattioli R. Efeitos do treino da marcha em esteira com
aumento da carga corporal sobre a qualidade de vida de sujeitos com doença de
Parkinson. Rev Bras Fisioter. 2010;14(4):344-50. [ Links ]

23. Goulart FRP, Barbosa CM, Silva CM, Teixeira-Salmela L, Cardoso F. O impacto
de um programa de atividade física na qualidade de vida de pacientes com doença de
Parkinson. Rev Bras Fisioter. 2005;9(1):49-55. [ Links ]

24. Paula FR, Teixeira-Salmela LF, Faria CDCM, Brito PR, Cardoso F. Impact of an
exercise program on physical, emotional, and social aspects of quality of life of
individuals with Parkinson's disease. Mov Disord. 2006;21(8):1073-7. [ Links ]

25. Reuter I, Engelhardt M, Stecker K, Baas H. Therapeutic value of exercise training


in Parkinson's disease. Med Sci Sports Exerc. 1999;31(11):1544-9. [ Links ]

26. Brefel-Courbon C, Desboeuf K, Thalamas C, Galitzky M, Senard JM, Rascol O, et


al. Clinical and economic analysis of spa therapy in Parkinson's disease. Mov Disord.
2003;18(5):578-84. [ Links ]

27. Jankovic J. Parkinson's disease: clinical features and diagnosis. J Neurol


Neurosurg Psychiatry. 2008;79:368-76. [ Links ]

28. Candeloro JM, Caromano FA. Efeito de um programa de hidroterapia na


flexibilidade e na força muscular de idosas. Rev Bras Fisioter. 2007;11(4):303-
9. [ Links ]

29. Franchimont P, Juchmes J, Lecomte J. Hydrotherapy: mechanisms and


indications. Pharmacol Ther. 1983;20(1):79-93. [ Links ]

30. Candeloro JM, Caromano FA. Elaboração, aplicação e avaliação de um programa


de ensino de adaptação ao meio aquático para idosos. Acta Fisiátrica. 2007;14(3):170-
5. [ Links ]

32
31. Fibra T, Sá TSTF, Fontes SV, Driusso P, Prado GF. Avaliação da qualidade de
vida de idosos submetidos à fisioterapia aquática. Neurociências. 2006;14(4):182-
4. [ Links ]

32. Sasco AJ, Paffenbarger RS Jr, Gendre I, Alwin WL. The role of physical exercise
in the occurrence of Parkinson's disease. Arch Neurol. 1992;49(4):360-5. [ Links ]

33. Goetz CG, Thelen JA, MacLeod CM, Carvey PM, Bartley EA, Stebbins GT. Blood
levodopa levels and Unified Parkinson's Disease Rating Scale function: with and
without exercise. Neurology. 1993;43(5):1040-2.

33

Potrebbero piacerti anche