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acesso por parte dos escolares a esses alimentos contribui para uma menor aceitação e
adesão à alimentação escolar, podendo provocar desvios nutricionais que interferem no
crescimento e no desenvolvimento (GROSS; CINELLI, 2004). Assim, estudos apontam
que atualmente o ambiente escolar pode contribuir de forma sistemática para a adoção de
práticas alimentares consideradas não saudáveis. Do mesmo modo, a existência de cantinas
escolares gera uma profunda incoerência entre o que é aprendido em sala de aula e as
práticas e posturas da escola, principalmente com relação ao tema “alimentação saudável”.
Segundo Silva e Boccaletto (2009) no ambiente escolar a cantina configura-se como um
entrave para a educação nutricional e a formação de hábitos alimentares saudáveis.
Sturion et al (2005) com o objetivo de avaliar o nível de adesão dos alunos ao
Programa de Alimentação Escolar e identificar as principais variáveis que o afetam,
realizaram pesquisa, tendo por base amostra de 2.678 escolares, com no máximo 14 anos
de idade. A maioria (70%) dos escolares que afirmou não participar do Programa
frequentava unidades de ensino que apresentavam cantinas escolares. Em relação à adesão
dos estudantes de escolas públicas ao PNAE, as variáveis de renda familiar per capita,
escolaridade dos pais, idade e estado nutricional dos alunos e a maior frequência de
consumo de alimentos nas cantinas escolares se revelaram inversamente associadas à
adesão diária ao PNAE.
Este cenário associado a outros elementos contribui para o aumento da incidência
da obesidade infantil, que é um problema de saúde pública presente em todas as classes
sociais (OLIVEIRA; RUIZ; WILLHERM, 2010). Dados da última Pesquisa Nacional de
Orçamentos Familiares - POF, indicam que 1 entre cada 3 crianças brasileiras apresentam
sobrepeso e 1 entre cada 5, apresentam obesidade (IBGE, 2010).
Diante do exposto, inúmeras alternativas e estratégias vem sendo lançadas no
sentido de intervir nos crescentes índices de sobrepeso e obesidade. O debate em torno da
regulamentação ou da adoção de medidas que possam transformar as cantinas escolares em
locais que garantam o fornecimento de alimentos e refeições saudáveis, principalmente no
que ser refere ao aumento da oferta de frutas, legumes e verduras e restrição de alimentos
de baixo valor nutricional vem tomando dimensão internacional (BRASIL, 2007).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, C.C.; BOCALETTO, E.M.A. Educação para alimentação saudável na escola. In:
BOCCALETTO, E.M.A.; MENDES, R.T (org.). Alimentação, Atividade física e
qualidade de vida dos escolares do município de Vinhedo/ SP. Campinas: Ipes
Editorial, 2009. p.23-39. Disponível em:
http://www.fef.unicamp.br/departamentos/deafa/qvaf/livros/alimen_saudavel_ql_af/estrate
gias/estrategias_cap3.pdf. Acesso em julho de 2010.