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Organizadores
Adeneri Nogueira de Borba Leiliane Silva (AubDesigner)

Autores
Adeneri N. de Borba Adriana Rocha
Benjamim A. do Nascimento Bernardino Quessongo
Dany Amado Vasco Eliane Rodrigues
Erika Aparecida Ester Alves
Florinda E. Balanga Gabriela C. Floriano
Gratia Cynthia Guilherme dos Anjos Nascimento
Gutyerrez Filho Jacilene B. de Arruda
José F. M. Lumbo Keyfani Bonfim/Lucinda Price
Kimberli Senna Lara Machado
Lauriano Paixão Leiliane Silva
Luana Leites Luciana do Rocio Mallon
Maria A. de Souza Silva Matheus Roberto/ “Reirazinho”
Michelly Jardim Vanessa Cadó
Renivaldo de Jesus Sílvio Romão Liliputiano
Tainá F. Lemos Uberam Santos
Wellington N. de Oliveira

Uni-Verso Poético
Uma Antologia Lusófona

Uni-Verso Poético
°2023°

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“Somos sementes de uma planta perene e, quando


nosso coração se torna maduro e pleno, somos doados ao
vento e espalhados por toda parte.”
Khalil Gibran (1883-1931), poeta, filósofo e artista
libanês.

“E enquanto nosso coração peregrino amadurece, no


solo pedregoso da existência, nossa alma ressoa versos
poéticos que nos trazem bonança”
Adeneri Nogueira de Borba

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Uni-verso poético : quando as palavras ganham


versos e unem mentes : uma antologia lusófona /
[organização Adeneri Nogueira de Borba]. –
1. ed. -- Barra Velha, SC : Ed. dos Autores,
2023.

Vários autores.
ISBN 978-65-00-76066-8

1. Literatura lusófona 2. Literatura –


Coletâneas I. Borba, Adeneri Nogueira de.

23-166243 CDD-808.8
Índices para catálogo sistemático:

1. Antologia : Literatura 808.8

Aline Graziele Benitez – Bibliotecária - CRB-1/3129

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Sumário
Prefácio .......................................................................... 8
Apresentação ............................................................... 11
Florinda Especalo Balanga .......................................... 12
Maria Antonia de Souza Silva ....................................... 20
Dany Amado Vasco ...................................................... 24
Lara Machado ............................................................... 30
Matheus Roberto “Reirazinho” ...................................... 34
Ubertam Santos ............................................................ 39
Luciana do Rocio Mallon, ............................................. 44
Erika Aparecida ............................................................ 49
Benjamim Apolonio do Nascimento .............................. 57
Jacilene B. Arruda ........................................................ 60
Gabriela Cristina Floriano ............................................. 62
Gratia Cynthia............................................................... 66
Adriana Rocha .............................................................. 72
José Francisco Manuel Lumbo ..................................... 76
Lauriano Paixão ............................................................ 83
Luana Leites ................................................................. 87
Renivaldo de Jesus ...................................................... 90
Keyfani Bonfim ou Lucinda Price .................................. 94

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Ester Alves ................................................................... 98


kimberli Senna ........................................................... 102
Michelly Jardim .......................................................... 106
Tainá F. Lemos .......................................................... 112
Guilherme dos Anjos Nascimento .............................. 121
Eliane Rodrigues ........................................................ 127
Gutyerrez Filho .......................................................... 135
Wellington Nunes de Oliveira ..................................... 141
Adeneri Nogueira de Borba ........................................ 153
Poetisa Vanessa Cadó............................................... 161
Leiliane Silva .............................................................. 165
Silvio Romão Liliputiano ............................................. 169
Bernardino Quessongo .............................................. 176
Posfácio ..................................................................... 185

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Prefácio
Um início...
Faz pouco tempo que criei coragem para expor meus
versos, antes restritos aos meus cadernos e pastas do
computador. Eles são para mim uma linguagem da alma, um
desnudar do universo íntimo, um mergulho em si, um
autoconhecimento. Atenho-me aos clássicos como Camões, e
aos contemporâneos como Fernando Pessoa, Vinícius de
Moraes, Manoel de Barros, Adélia Prado, entre outros que me
inspiram nessa linguagem em que me identifico. Não tenho o
talento destes poetas, de provocar imersão atemporal, mas
tenho as palavras que me escapam em versos.
Ver os colegas expondo seus versos, muitos dos quais
me identifico em silencio, me incentivou a fazer o mesmo.
Durante a quarentena (2020) surgiram muitos grupos atraídos
pela mesma afinidade, foi onde aceitei o desafio de plasmar os
pensamentos que rugiam dentro de mim. Escrevi contos,
crônicas, algumas poesias. Timidamente fui rabiscando linhas
e mais linhas que brotavam feito água borbulhante da fonte.
É incrível como a literatura une as pessoas, pela
afinidade, por sua plasticidade estética, numa leitura, no ato de
compor e no ato de recitar. As palavras ganham vida na voz do
declamador. Nunca esqueço a primeira vez que um colega
recitou uma poesia minha. Nem parecia um texto meu. Naquele
momento entendi o sentido da morte do autor de Roland
Barthes, é quando o leitor toma o texto para si.
Quando entrei para o grupo “Uni-Verso Poético”, ele
ainda não possuía esse nome representativo, ainda éramos “O
povo da poesia”, escritores de vários lugares do país e de
outros países se reuniam na lusofonia pelo mesmo objetivo. O

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tempo e a interação, nos fez buscar uma identidade, e daí


surgiu o que somos hoje, o Uni-Verso Poético.
E cá estamos.
Antes de encerrar quero deixar meu agradecimento a
todos os Poetas e Poetisas do grupo por acreditarem neste
projeto, nos enviando seus estimados textos.
Ao jovem amigo, José Lumbo, o Poeta menor, por confiar
a esta brasileira que aqui escreve, a organização deste primeiro
volume antológico. Confesso que temi diante do convite, mas
em contrapartida, vi a oportunidade de realizar o sonho de
muitos colegas do grupo. Daí veio minha motivação. Aceitei
mesmo sem nunca ter realizado algo deste nível. Desejo que
apreciem sem moderação.
Adeneri Nogueira de Borba

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Apresentação
Olá, para si que vai ler essa antologia.
Essa antologia foi feita com o objetivo de engrandecer a
poesia no mundo todo. À medida que ler vai deparar-se com
belíssimas poesias feitas por diversos poetas da lusofonia,
espero que possa tirar um belo proveito da obra, aprecia!
José Lumbo, Poeta Menor

Através da poesia, os poetas presentes nesta antologia


exploram as diferentes facetas da experiência humana, abrindo
janelas para o mundo interior do ser humano, bem como para
a realidade social e cultural em que estamos inseridos. "Uni-
verso Poético" é, portanto, uma obra que convida o leitor a
mergulhar na riqueza e complexidade da poesia lusófona,
descobrindo novos horizontes e reflexões através da palavra
poética.
Eliane Rodrigues

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Florinda Especalo Balanga

Florinda Especalo Balanga, natural de Luanda Província


e Capital de Angola. Tenho 23 anos e sou estudante do 4° ano
Biologia. Comecei a escrever versos cedo, com as coisas que
aconteciam no dia a dia. Em 2014 passei a escrever mais
organizado. Assino meus textos como FBDalji.

“O azedo sabor do ressentimento roubou-nos o gosto da vida”

Redes sociais:
Facebook: Florinda Balanga
Instagram: @fbdaljiescritoraaprendiz

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Olho por olho, Dente por dente

Chamamos de reciprocidade dicreta


Deve-se punir áqueles que nos ofendem
Tudo deve ser pago na mesma moeda
Está na Bíblia, no livro de Êxodo 21:24, defendem

Mas então também está na bíblia em Mateus 5:38


E olha que este ensinamento foi dado por Jesus
Não se vinguem dos que lhes fazem mal;
se alguém lhe der um tapa na cara, vire também o outro
Disso o mestre fez jus

Olho por olho e o mundo acabará cego


Máxima do grande Gandhi
Mas dizemos: a causa é justa por isso me vingo
Nesse momento nos afastamos da bondade

Raça rancorosa essa nossa


Nossas amarguras necessitam de rezas
Para que se tornem imaculadas nossas almas

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O azedo sabor do recentimento


roubou-nos o gosto da vida

Nem os irracionais se suicidam por gosto


Entregando-se de braços abertos às armadilhas
Mas os humanos, não deixam nada assim
sem dar o troco
Se suicidam com a sede de vingança
Enquanto isso as magrezas do amor boiam-nos no peito

Preferimos viver na escuridão interior


Negando dispensar perdão
Chegando mesmo a caminhar
em nossas lágrimas de dor
Que Deus apague com sua misericórdia
As cicatrizes do nosso coração

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Futuro

Muitas vezes não nos deixam ser criança


Mesmo carregando o doce néctar da esperança
Nosso crescimento plácido quase ninguém acompanha
Mas nos chamam o futuro do amanhã

Envaidecidos com nossa miudeza


Sabemos bem o que é delicadeza
Não nos importamos em andar vestindo farrapos
O infinito significado de afetividade extrapolamos

Sorriso é nossa identidade


Desfrutamos da companhia de nossos companheiros;
experimentando a verdadeira felicidade
Na verdade, não precisamos de muito
Ninguém nos ensinou, mas aprendemos
o que é amor mútuo

Tentam endurecer-nos os corações


Com diferenças e desavenças

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Que só têm causado muitas divisões


Mas para nós, homem é homem;
não precisamos de criar excepções

Pintamos o mundo com a nossa alegria


Encontramos satisfação em coisa considerada ingênua
Como brincar na chuva enquanto caía
Conseguimos fazer valer a pena a nossa existência

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Hoje

Despertei com uma vontade maluca


De gritar que amo-te sem medida
Sem sequer me importar com quem vai ouvir
Ou se alguém vai se incomodar com o estrondo
Quero dizer que você fez eu me apaixonar
Você é tão estranho, cremoso
Mas você é muito melhor assim

Você faz eu me sentir exclusiva


Consegue me fazer flutuar sem tirar o pé do chão
Sempre que falo contigo
Eu me encontro nessa coisa de te amar
Que nunca me preocupei
Em outra pessoa encontrar

Amo o jeito que nos conectamos


A forma como os meus olhos reluzem
Ao percorrer cada letra
Cada palavra que escreve para mim

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Amo o jeito como fala comigo


Como se no mundo só eu existisse
Como se visse além desse corpo carnal
Aquilo que nem eu mesma vejo

Hoje simplesmente pensei em tudo


Que contigo vivi
E por isso descobri
Que amo-te por várias razões
Especialmente pelas suas paixões
Que são sempre belas e divinais
Desejei que nosso momento nunca tivesse terminado
Aquele em que beijou-me
Até meus lábios ficarem dormintes
Hoje... hoje eu só queria estar com você

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Maria Antonia de Souza Silva

Maria Antonia de Souza Silva é uma poetisa natural de


Tuparetama, município do Sertão do Pajeú - PE. Administra
o blog Circunflexamente - onde publica poesias autorais -,
além de utilizar o Instagram para a mesma finalidade.

“Talvez o grandioso seja pequenino”

Redes sociais:
Instagram: @mariantonia_ss

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Pernambuco tem o luar mais abundante,


Aqui não tem escassez de constelações

(Mote e glosa de Antonia Souza)

Quando as nuvens abraçam o céu nordestino


E os grilos entoam canções ao luar,
Um ponto minúsculo se faz cintilar
Traçando um mapa, mapeando o meu destino.
Talvez o grandioso seja pequenino
E as coisas pequenas sejam minhas paixões.
É que os meus bem-quereres são as aparições
De estrelas refulgentes no azul deslumbrante.
Pernambuco tem o luar mais abundante,
Aqui não tem escassez de constelações.

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Passarela

Folha que cai,


tapete que se forma;
passarela natural.

Efêmera, vulnerável, perigosa,


esvair-se-á
a qualquer segundo.

Ventanias,
ventos rápidos e intermitentes,
cuja ação é desfazer
os caminhos graciosos.

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Haikai do Marinheiro

Delicadamente
as folhas voam
enquanto
caem,

a liberdade se
esvai
por uma ventania.

Será que seria covardia


se relutassem
contra a brusquidão do voo
e ficassem
presas aos galhos?

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Dany Amado Vasco

Dany Amado Vasco, nascido no dia 20 de dezembro de


2003 em Moçambique, África. É escritor e poeta. do momento
não tem nenhuma obra pronta "livro" mais está trabalhando.

“A colisão de pensamentos
Torna o ser humano mais desejável”

Redes Sociais:
Instagram: @danny_oficina_das_artes

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Na lei da mente

Tudo o que vem da mente é implacável


Porque tudo quanto a gente pensa, a gente cria
E tudo quanto a gente sente, a gente atrai
E tudo quanto a gente acredita, torna-se realidade

Na lei da mente
Tudo é incrível
A colisão de pensamentos
Torna o ser humano mais desejável
Tal como sentimentos
cada vez mais incrível

Na lei da mente
Tudo deve ser dividido
Como sílabas e períodos da vida
Porque existem momentos
Maus e bons
Que não devem ser compartilhados pela mente.

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Tem gente com fome

Lá na rua
Tem gente com fome
Não importa a raça nem cor
Tem gente com fome
Que merecem atenção
Mais sem pressão

Tem gente doente


Tem gente sem lar
Tem gente sem proteção
Tem gente sem jantar
Que sobrevivem de restos do chão

Tem gente com fome


Que tentaram de tudo
Mais a vida deu lhes golpes maiores
Que gente com capital não entende
O tamanho sofrimento
Que à na lixeira

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Lamento

Tem gente sem fome


Que não olha o lixo
Mais tem gente com fome
Que olha o lixo como luxo
Porque alimentação sai dela
Porque as vestes que eles usam saem dela

Tem tem com fome


Que gritam por socorro
Mais ninguém os ouve
São desprezados
São maltratados
Sem piedade
Que dói na pele de quem vê
Tem gente com fome.

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Tempo

Só representado pelo tempo


Em tempo e hora
Vivendo o sentimento

Sentimento sem tempo


Correndo no corredor do tempo

Vôo em tempo corrente


Para trazer sentimentos
Mais profundos da minha mente
Guiados com lamentos

Vôo tempo a tempo


Para trazer inspiração
Na minha criação

Uma hora o tempo é duro


Outra hora o tempo é puro
Então cabe a nos estudar o tempo

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Tempo a tempo
Como o vento
Que sopra sem tempo.

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Lara Machado

Lara Machado é uma jovem escritora. Estuda Letras na


UNILAB. É colunista no site Entre Poetas e Poesias. Já
participou de algumas antologias. Pretende continuar
espalhando suas letras para quem quiser ler.

“A humanidade recebe fragmentos”.

Redes sociais:
Instagram: @laramachado345

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Lua cheia

Lua cheia.
Eu cheia.
Lotada de você.
Digo para a lua.
Ela explode de amor.
A humanidade recebe fragmentos.
O mundo se cura.
Eu continuo doente.
Te amar é minha tortura.
Mergulhe nessa loucura.
Viva essa aventura.
Tire minha amargura.
Me entregue sua doçura.
O amor perdura ....

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Dor

Todos sentimos dor.


A minha é de dar dó.
Existir sem amor.
Te peço sem pudor.
Seja minha cura.
Mais do que uma aventura.
Tudo sem censura.

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Cuidado

Tenha cuidado!
Eu estou apaixonado.
Te peço uma chance.
Note minha nuance.
Eu estou avermelhado.
Te quero do meu lado.
Fuja enquanto dá tempo.
Ou divida todo seu tempo.
Me diga sim para sempre.
Veremos todo sol poente.
Seremos eternamente.

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Matheus Roberto “Reirazinho”

Proclamado como Matheus Roberto reside em Mogi


Guaçu, São Paulo. Apaixonado por poesia e pintura, vê a
amálgama entre essas artes, como Adélia Prado dizia. Membro
do grupo Coletivo Escribas, que reúne diversos tipos escritores
brasileiros.

“Caminhemos contra a luz


Enquanto a lâmpada persegue”

Redes Sociais:
Instagram: @_reirazinho

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Costureira

A costureira mais voraz


Com sua agulha tão profunda
Espeta segredos das pessoas
Ela dá uma nova roupagem
Para a mentira adornada
Estética mais bela e fugaz
Para o homem verdadeiro
Esquecido em solitude
O sangue pinga no véu
Impetuosamente ela
Entende: para a virtude
Sorrir, manchas devem
Existir

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A realidade dura

Sou bom na verdade,


mas me esforço pra não ser.
Me esforço pra ser, como
desisto em deixar de querer.

Um conjunto de confusões
na perturbação torta
das conclusões; como a riqueza
consome a pobreza morta.

Ultimamente me banho
na correnteza de rio claro
índigo o todo na cor forte
porque vida não é um sonho.

Realidade me deixa mal


pois o cansaço é diário.
Lutar contra a fatalidade
é o destino do mais falho

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Vícios

Bastou-se uma única noite


Para todos na tentação cair.
A ermo as promessas somem,
Fitados no vazio da lua.

Se o brilho do luar queimasse,


Derreteria o sol da paixão,
Aquele que vos engana
Ardendo o teu fraco coração.

Caminhemos contra a luz


Enquanto a lâmpada persegue,
Ao menos ela se acende
E a moral apaga tua prece.

Valeu a pena tudo isso?


Nefastos dias após o prazer,
Adestrado o macaco maluco,
‘’Vivendo’’ afoito no lazer.

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Queres fugir de si mesmo,


Mas o medo te maltrata.
Sem vícios pra ter a esmo:
Da dor solta que te destrata.

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Ubertam Santos

Ubertam Santos tem 36 anos, nascido em Canoas RS.


Escreve desde os 8 anos. Laçou seu primeiro livro Rabiscos
em 2019, pela BíblioEditora e tem participação em seis
coletâneas, entre elas Cartografias do Coração, e Cinquenta
Vozes Poéticas 2 e 3, ambas pela Bíblio Editora.

“Que se façam ouvir as canções e o povo saia da babilônia,


respirando a liberdade”

Redes Sociais:
Instagram: @princice_dos_poetas;
Instagram: @ubertam

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Talyta

Busco em alguns versos escrever sobre alegria,


harmonia, sobre você!

Que as palavras dá sentido e a cada frase uma razão!


És tu doce Talyta, que hoje trás inspiração ha estas linhas
que componho!

Menina de tão belo sorriso que faz da realidade um sonho!

Dá a cada dia uma nova cor, és o motivo pelo qual poetas


falam sobre amor!

Em todo o amanhecer, um anjo de nome Talyta,


que a todos cativa com seu olhar,
tão meigo e profundo, por vezes sereno como o mar!

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A esperança

Que se façam ouvir as canções e o povo saia da


babilônia, respirando a liberdade.

Deixem de ser escravos, escravos de conceitos e de


preconceitos.
Acordem e encontrem o único Deus enquanto se pode
achar.

Que a nação ainda possa se unir em busca da paz


verdadeira e que sacrifiquem o orgulho e a intolerância, óh
amado povo, deixem a babilônia, unam-se para que haja um
futuro melhor.

Acreditem ou não, haverá um amanhã, existirá uma


nação livre! Encham-se de amor por Deus, por si e por todos
aqueles que ainda têm fé, ergam-se uns pelos outros, vivam
dentro de si a esperança e se prostrem aos seus pés.

Porque é hora de se alegrar e entoar um cântico novo, óh


nação, pois o Senhor a tornou livre.

Ele retirou seus grilhões, ouviu suas orações e veio em


seu socorro, nos deu nova vida, novos sonhos, então, não se

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portem como escravos, pois vocês agora foram escolhidos e as


coisas velhas já passaram.
A esperança
Nele extingue a tristeza!
Portanto, regozijai-vos ao senhor, pois Ele os fez
renascer!

Seguir, só!

Sozinho em meu quarto, observo enquanto passa o


tempo.

Em meu coração enclausurado organizo aos poucos cada


sentimento, e penso será a liberdade uma ilusão?

Ou sou apenas eu que nunca soube ser livre! São tantas


as perguntas, e quase nenhuma sei responder.
Nem o que hoje de fato me obriga a ficar longe de você.

Por muito dias seu abraço foi meu abrigo, no entanto,


agora só restam nossos sonhos, e as lembranças que trago
comigo.
Nesse instante tudo, e nada tem o mesmo valor, pois sou
prisioneiro, primeiro de uma vida sem amor.

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A esperança aos poucos, se perdendo e minha mente já


confusa se recusa a te esquecer,

enquanto meu coração tenta encontrar sentido pra minha


vida sem você!

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Luciana do Rocio Mallon,

Luciana do Rocio Mallon é formada em Letras pela UFPR.


Lançou os livros Lendas Curitibanas I em 2013 e Lendas
Curitibanas 2 em 2019. Eleita Miss Literatura Curitibana em
2022 e trouxe a Vesteterapia, terapia através das roupas, para
o Brasil.

“Às vezes ele é fênix, outras vezes é rouxinol”

Redes Sociais:
Instagram: @lucianamallon

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O Pássaro da Poesia

O pássaro da Poesia
Tem asas de querubim
Pois voa com maestria
Pelo Éden e todo o jardim

O néctar das flores são seu alimento


Causando inveja na borboleta e no colibri
Ele seduz cada gota com sentimento
Pois uma asa é de lá e a outra é do aqui!

Às vezes ele é fênix, outras vezes é rouxinol


Porque ele renasce a cada pôr do Sol
Na Biblioteca, ele vira um sabiá
Cantando uma sonata em lá!

Mas num bordel


Ele vira bem-te-vi
Entre as cortinas cor de mel
Feitas com tecido de organdi!

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Na floresta ele é uma garça


Porém quando está na praça
Vira um cinza quero-quero
Atrás do balanço amarelo

O pássaro da Poesia
Voa com melodia.
Luciana do Rocio Mallon

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A Sereia da Poesia

A proibida sereia da Poesia


Tem um canto que causa arrepio
Pois ela seduz com melodia
Seja no mar ou seja no rio
Fingindo estar no cio

Seus cabelos são rimas cintilantes


Que viram estrelas brilhantes
Até nas noites sem luar e escuras
Com perfumes de mil ternuras

As vezes a sereia caí na rede


De um pescador humilde
Acabando com sua longa sede
De beber do corpo de uma fada sílfide

Assim o pescador vira poeta


Com alma de atleta esteta
Pois suas linhas são ondas do mar

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Porque a sereia ousou amar


Essa sereia arranca a cabeça do rapaz
Colocando sua mente no universo
Entre a guerra e a paz
Assim vive o poeta que uni o verso
Pois deixou de lado algo perverso.

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Erika Aparecida

Erika Aparecida tem 16 anos, é natural de Minas Gerais e


atualmente está cursando o Ensino Médio; uma garota
sonhadora, planejando seu futuro já mantendo o desejo de
lançar seu primeiro livro.
Acredita que as rimas podem fazer deste mundo um lugar
melhor.

“Coexistir é uma primazia para se eternizar”

Redes sociais:
Instagram: @erika_aparecida_561

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Apenas igualdade

Apenas igualdade
Para a nossa felicidade.

Não escolhemos raça


Nem idade, nem tamanho ou cor,
Queremos apenas harmonia
E com o próximo muito amor.

Isso é ser humano com emoção!


Isso é ser um bom e justo cidadão!

Caminhamos por vezes,


Longe do próximo, fora do caminho
E a vida se forma entre boas escolhas.
É melhor estar unido que sozinho.

É sobre os mínimos detalhes avaliar


Em uma balança abstrata para mediar.

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Em um lado o que você faz de certo


No outro o que faz de errado,
Seja justo consigo mesmo, pelas pessoas
E veja se para viver você está atrasado.

Não é tão simples quanto parece,


Medir nossas ações às vezes desvanece.

Mas é preciso saber mais pelo mundo,


Há tantas pessoas quando a sua extensão;
Algumas sofrem, se tornam sensíveis
Por nossa falta de atenção.

Sendo plantinhas em desenvolvimento


Floriremos juntos no conhecimento.

Chega de desrespeito,
Chega de discriminação;
Adeus bullying e cyberbullying,
Seguiremos uma única e digna direção.

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É que um verdadeiro sorriso é formoso.


Aquele abraço momentâneo é valioso...

E tudo é colorido
Quando conhecemos corações puros;
E assim lutaremos felizes
Para a quebra dos divisórios muros.

Já se passa o tempo de se conscientizar,


Coexistir é uma primazia para se eternizar.

Que seja um por todos


E todos por um;
De mãos dadas pelo arco-íris da vida,
A união terá sua beleza a ser comum.

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Teste de pensamentos

A vida é como uma exigente


Professora a ensinar,
Trazendo lições difíceis
Que devemos estudar.

Vem a mente pela cabeça


E decide nos alucinar,
Em certo acontecimento
Insiste a nos controlar.

Caímos nas profundezas dos pensamentos,


No imenso mar a flutuar;
Em busca de apoio,
Só boas emoções podem salvar.

Mas como ter boas emoções?


A positividade precisa irradiar;
Mas nuvens negras insistem
Em cobrir a beleza do sonhar.

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Perseverança e um toque
De alegria deve reinar,
Assim a visão dos bons pensamentos
Irá á realidade transformar!

Vamos, você consegue


E em cada canto pode achar,
Seu toque de motivação,
Para o pensamento desorientado acalmar.

Desafie sua compreensão,


Teste seu jeito de pensar;
Aprenda ser grato e tolerante,
A cada devaneio a enfrentar!

Os resultados serão surpreendentes,


Você irá se admirar;
Com o poder dessa vontade,
Tudo poderá te impulsionar!!

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Tome um banho

Tome um banho,
Ouça sua playlist favorita;
Corra por aí,
Dá um salto e acredita.

Se está difícil, lembre-se:


É só uma pedra do caminho
Para a vitória, pra realização,
Acalme seu coração.

Está tudo bem


Em não acertar o alvo
O tempo todo, há algo além...
Crescer exige seu tempo,
Exige autoestima também.

Às vezes é preciso repousar,


Olhar bem de pertinho
E só assim retornar;

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A vida é uma professora diferente,


Ela está a te desafiar.

E às vezes é preciso lavar


O que permanecera desgastado,
Sabe, recuperar aquele brilho apagado,
Há muita beleza que pode estar ofusca.

Se persistir está difícil,

Tome um banho...

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Benjamim Apolonio do Nascimento

Benjamim Apolonio do Nascimento reside em Santa Rita


– PB, formado em Processos Gerenciais - UNOPAR, pós-
graduado em Gestão e Normatização de Trânsito e Transporte
– IBRA e Gestão de Metros e Transportes Ferroviários. Membro
Acadêmico na AILB, Acadêmico Internacional na FEBACLA,
Membro Acadêmico na ABHL.

“Discordo por mera abstração”


Redes sociais:
Facebook: Benjamim Apolonio
Instagram: @benjamim_poeta
Tiktok: @benjamimpoeta
Youtube: Benjamim Poeta

57
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Não consigo

Por mais que eu tente


Não consigo dizer sim
Nem consigo concordar
Não sou eu, apenas
Quanta ingratidão
É a minha mente

Discordo por mera abstração


Por medo, então
De me doar demais
De ser aquele velho bestão
Tenho um trauma enorme
Me entregarei jamais

Não confio, desculpe-me


Pois tem um preço acessível
Posso ser entitulado: terrível!
Mas é minha economia surreal
Meu escudo intransponível

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------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Perdoe-me!

59
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Jacilene B. Arruda

Escrevo pensamentos há 5 anos, sou terapeuta,


escritora, turismóloga e youtuber, a criatividade e apreciação
do novo sempre estiveram presentes em minha vida, desde a
infância, havia muita imaginação e também curiosidade, sou
idealizadora da página @evolucaoeconhecimento.

“As melhores conexões é você quem faz”

Rede social:
Instagram: @evoluçaoeconhecimento

60
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Ir à igreja não faz de você santo


Ler a bíblia ou decorá-la, também não
Além de palavras, a vida de um cristão
é baseada nas ações
No caminho reto e direito.

⁠O amor não tem cor


O amor não tem idade
O amor não tem gênero
O amor não tem religião
O amor não tem classe social
O amor é e pode estar em qualquer lugar.

As melhores conexões é você quem faz.


Ou somos autores de nossos destinos
ou somos conduzidos pelos pensamentos alheios.

ARRUDA, J.B. de.

61
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Gabriela Cristina Floriano

Nasceu no dia 9 de janeiro de 2007, em Joinville, Santa


Catarina. Gabriela escreve desde pequena e com 16 anos é
dona de uma página de poemas no Instagram chamada
@poesias_da_primavera. Escrever sempre foi uma maneira de
extravasar os sentimentos para ela, que sempre levou a escrita
como hobby até o início deste ano quando mostrou para o
mundo seu trabalho.

“tudo o que eu quero é aprender a voar”

Redes sociais:
Instagram: @poesias_da_primavera.

62
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Pássaro livre

Eu quero ser livre


me libertar das minhas gaiolas
me libertar do que me prende
me libertar de todas as correntes
voar pelo mundo e viver intensamente
Eu quero sair do ninho
aprender a bater as asas
voar até lugares desconhecidos
e quem sabe um dia voltar para casa
Eu quero enfrentar o medo
já que só assim se tem liberdade
porque ele te aprisiona
e rouba toda a sua felicidade
Eu quero cantar os mais belos cantos
e por onde passar todos quero encantar
mesmo que eu caía e me machuque
tudo o que eu quero é aprender a voar

63
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Desconhecidos

Em um tempo distante
nós dávamos tantas risadas
tantas histórias foram contadas
tantos momentos especiais foram vividos
Parecia que duraria para sempre
e por ironia do destino
hoje você não está aqui comigo
Agora, as estações mudaram
e nós mudamos também
nos encontramos na rua
trocamos alguns olhares
jogamos palavras ao vento
somos meros desconhecidos
Como podem conhecidos se tornarem estranhos?
Quando foi que nos afastamos?
Como não percebi as coisas mudando?
Não sei as respostas, mas sei que é tarde demais
eu sou um outro alguém
e você também

64
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Expresse a sua voz

Pegue papel e caneta


transforme sentimentos em palavras
escreva um texto, um poema
e quem sabe uma canção
Encha seus pulmões de ar
grite para todo mundo ouvir
faça um protesto, comece a cantar
fale tudo que tem para falar
Fale pelas minorias
e por quem teve sua voz apagada
fale pelos que tem medo
e por quem não tem liberdade
Um grito na garganta
uma voz no coração
um fagulha de esperança
todos trazem mudança
basta expressar a sua voz

65
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Gratia Cynthia

Sou carioca, advogada e professora de Inglês. Aprecio o


belo em todas as manifestações artísticas. Qualquer expressão
que acaricie e faça aflorar meus sentidos, me move e comove.
Adoro música e ir a shows. Na escrita me encontro e me perco.
Existo e Sou.

“Feliz daquele que consegue ir além”

Redes Sociais:
Contatos: gratiacynthia@gmail.com
Facebook: Gratia Cynthia Maia Porto
Instagram: @gratia_cynthia

66
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Poema do desgaste

Vida curta,
Às vezes ingrata.
Quem não come,
Às vezes mata.
Difícil conviver,
Sem ter nenhum tipo de prazer.
Passam dias e anos,
Passa o tempo e o vento,
E a gente não consegue mais se ver.
Sempre fizemos planos,
Mas tem sido difícil entre tantos desenganos.
A vida é corrida,
Não dá para controlar o tempo.
Quando percebemos estamos envelhecendo.
O vento leva e traz memórias de momentos,
Deixa alguns deles para trás,
Mas todos permanecem guardados,
Mesmo que um pouco desbotados.
Nada é esquecido ou deixado totalmente de lado...

67
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Há algum tempo eu tive esperança,


Era o meu lado criança,
Alimentava uma crença,
A de que o verdadeiro amor jamais se perderia.
Nem o vento mais devastador o apagaria.
Que uma união genuína jamais se perderia.
O desgaste foi enorme!
Tanto emocional quanto físico,
Uma luta incessante para se manter fiel a uma quimera.
Simplesmente não há como fazer o processo parar.
O destino de tudo e de todos é se desgastar!
O planeta está a se desgastar também,
E nesse eterno vai e vem,
Não sobrará ninguém.

68
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Poema mensagem

Todo poema deveria ser revelador.


Talvez devesse ser consolador.
Deveria significar amor,
A cada linha lida,
Várias mensagens escondidas,
Nas que não foram lidas,
Por estarem apenas subentendidas.
Feliz daquele que consegue ir além.
Aquele que lê e entende o que está escrito,
E o que está oculto também.
Mesmo sem o leitor saber,
Há sempre mensagens visíveis e ocultas,
Cabe a ele escolher,
Como irá reagir à mensagem que acabou de ler.

69
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Esgotamento do avesso

Existem dias lentos,


Quase cinzas,
Quase noite,
Sem distinção ou personalidade.
Sem motivação é difícil abrir a janela,
Levantar-se da cama com algum motivo para prosseguir.
Algum fé e um pedaço de pão,
Sem vinho e sem oração.
Os outros são os outros,
Estão sempre celebrando e postando fotos vazias de
alegria incontida,
De vida bem vivida.
Enquanto alguns assassinos cortam bebês em
pedacinhos.
Indisciplina e falta de respeito nas escolas.
Adolescentes que não sabem ler nem escrever.
Educação utopia,
Escola quase família,
Segundo lar,
Há muito já deixou de ocupar esse lugar.

70
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

É o avesso do avesso do avesso,


Total desassossego.
Se for parar para pensar,
Como fazer para não surtar?

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------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Adriana Rocha

Adriana Rocha nasceu na Bolívia. Ela é psicóloga.


Poesia, fotografia e psicologia educacional são suas paixões.
Sua jornada no mundo das palavras começou em 2019. Ela
participou de diferentes eventos literários na América Latina,
Espanha, Índia, Canadá, Nigéria, Austrália e Estados Unidos.

“somos uma força”

Redes Sociais:
https://www.facebook.com/adrianaclaudiar?mibextid=ZbWK
wL

72
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

A Luna

A luna tem muitas estrelas,


elas são benditas,
elas são amigas,
elas são guias,
elas são crianças
dá noche,
fazendo luz de noite
e fazendo silêncio de dia.

73
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Pessoas

Nós somos pessoas,


somos uma comunidade,
somos uma verdade,
somos uma humanidade,
somos uma força,
nós fazemos muita cosa,
nos falamos muita cosa,
nós somos uma força,
nós somos uma história,
nos tenemos uma crônica
e nos tenemos uma verdade.

74
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Amor

Amor por as letras,


Amor por as pessoas,
Amor por as comunidades,
Amor por as verdades,
Amor por as virtudes,
Amor por as artes.

75
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

José Francisco Manuel Lumbo

José Francisco Manuel Lumbo, cujo pseudônimo é Poeta


Menor, é escritor há cerca de 7 anos. Natural de Angola, reside
na capital Luanda. É criador do grupo Uni-Verso Poético, onde
integra poetas de língua portuguesa nas redes sociais,
divulgam seus textos, livros e atividades.

“E se o mundo fosse de suposição”

Redes sociais:
https://www.facebook.com/juselhofrancisco.
Instagram: @joselumbo1

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------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

No dia da minha morte

No dia da minha morte


Não chore por mim
Nem diz que me amava
Não me jogue flores
Nem diz que não era pra ser assim

No dia da minha morte


Guarde as suas palavras
Não diz que me considerava
Finja que nunca me conheceu
Finja que nunca fui seu...

No dia da minha morte


Guarde as lágrimas no rosto
Não fique de luto por mim
Nem põe nada no posto
Não diz que é o fim

No dia da minha morte

77
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Nem pense no funeral


Não diga que fui legal
Esqueça que fui alguém
Não chore o zé ninguém

78
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Se eu pudesse voltar no tempo

Se eu pudesse voltar no tempo


Nada seria assim
Mudaria tudo
Mudaria minhas acções
Mudaria tudo em mim

Se eu pudesse voltar no tempo


Valorizaria o que não valorizei
Amaria o que não amei
Faria diferente desta vez

Se eu pudesse voltar no tempo


Não perderia minha família
Não machucaria a virilha
Estaria tudo bem
Agora, até mais além

Se eu pudesse voltar no tempo


As pessoas que eu amava não morreriam

79
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Não perderia ninguém


Todos estariam aqui também

Se eu pudesse voltar no tempo


Mudaria desta vez
As lágrimas não cairiam
Os sentimentos não sofreriam
Não existiria réves

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------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Se

E se o mundo fosse de suposição


Se o mundo fosse bom ao invés de mal
Se alguém não se achasse estranho, mas sim especial

E se a vida não fosse o que é


Se o silêncio soubesse dizer
Se o homem soubesse perder

E se o amor fosse o que é


Se o tempo pudesse parar ao invés de correr
Se as flores pudessem cheirar
ao invés de serem cheiradas
Se a terra fosse trocada

E se o mar cuidasse da terra


Se a paz falasse pra guerra
Se a mente voasse
Se o corpo aterrasse

81
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

E se o vazio dissesse ao cheio


Se o sombrio fosse verdadeiro
Se o amor ganhasse o dinheiro
Se o mundo fosse sincero

E se o mundo fosse uma suposição


Se o "se" existisse
Se as letras partissem
Se as palavras falassem
Se o mundo mudasse

82
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Lauriano Paixão

Lauriano Paixão, nascido em Luanda, Sambizamga,


Compositor e Escritor, eletricista de profisão, ando na Escola
Simione Mucune, reside actualmente na Provincia do
Muxico...

“Do nosso amor todo mundo quer fazer remix”

Redes sociais:
https://www.facebook.com/profile.php?id=10006389625977
4

83
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Livre dos obstáculos

Km de distância separavam gente, mas, hoje o nosso


Amor já não é dependente porque algumas vezes me sentia Só
outras carente

Sempre tinha alguém que impedeia o Amor Da gente não


deixava falar a gente, mas quêm vive do passado é museu,
tudo isso ficou guardado lá no museu

Agora Sem nenhum obstáculo, Não tenho glossofobia de


falar quê es Minha, por isso eu quero emergir contigo para tudo
e todos saberem, quê es minha Mulher

84
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Livre pra Ti

Contigo Eu Rio de Janeiro a dezembro, porque es o meu


Porto seguro, A Avenida Paulista é o Centro de negócio então,
Vamos pra lá, o nosso Amor é recíproco tipo negócio então
toma lá Da cá.

Eu sou tipo as aves no céus, estou sempre livre, livre para


te Amar para te protege e cuidar, porquie sou ao teu lado é o
meu Lugar

Eu não deixo a chama do Amor acabar, nada contra as


equipe de futebool, mas Eu corto as palmeiras e boto foga para
chama do Amor continuar

Nosso Amor é tipo Ronaldo somos fenomenal, parece as


jogadas de Gaucho somos anormal, Amor histotico Tipo Rei
Pele mas actualmente ninguém no para como o Vini Jr, Sem
esquece o crack Da balada Neymar Jr..

85
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Só falei por fala

Tipo somos da cuyuyu misk


Do nosso amor todo mundo quer fazer remix

Aí como eu gosto, não consigo exprimir o tamanho do


gosto
Não é por ser de agosto que te gosto, mas o teu gosto tá
acima do gosto que eu gosto

Tipo Cage e a Elizabeth somos doutro nível, quando


passamos pelas ruas, as pessoas imaginam Miguel, sendo neto
dele todo mundo grita, alto nível

Já falei com Edgar neste domingo, sou o teu senhor


incrível
Tipo na saúde, Lutucutamente falando, o nosso DNA é
compatível

Não se preocupe, com os cafuiya porque eles virão,


Da mesma forma que virão, irão,
escudo no amor, quêm tentar destruir vai bater Mali
Amor tipo estado, porque nós, somos mas unidos.

86
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Luana Leites

Luana Leites, natural de Porto Alegre. Desde cedo


demonstrou interesse por assuntos literários. Estudou
linguagem e comunicação, introdução e fundamentos a
biblioteconomia. Cursou sistema para internet na escola
técnica QI. Dedicada à leitura e escrita participou do projeto
Galera curtição e do livro Tecendo palavras construindo ideias.
Membro da confraria poetas livres de Bagé com muito orgulho.

“Se você passar a entender que minha riqueza é própria a arte


de versar ... então voltaremos a [con]versar! “

Redes sociais:
Instagram: @DiárioPoéticoDiário

87
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

O que ganhei com meu livro?

muitas pessoas me perguntam:


“o que ganhou com seu livro?”
então paro, penso e respondo:
” Depende, depende do que entende você por ganhar?!"
Se você entende que ganhar é adquirir bens materiais,
tenho que, sinceramente, lhe dizer que não sou a mais
afortunada das mulheres!
Se você passar a entender que minha riqueza é própria a
arte de versar ... então voltaremos a [con]versar!
A riqueza se conceitua de forma diferente, para nós,
poetas, da vã filosofia à qual chamamos de vida!!!
O quanto vale a minha poética?
O quanto vale a vida?
O quanto vale um sonho para um sonhador eterno que
contempla a vida…?
A vida!
vivemos para sonhar? Ou sonhamos para viver?!
O poeta é um ser inato… um ser inatamente poético!
O poeta é este ser sonhador sobre o qual versam os
homens e as mulheres!
então retornamos a pergunta inicial, por favor!
o que ganhei com meu livro?!
88
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Resposta: ganhei batidas mais felizes para o meu


coração!
o meu coração, hoje, pulsa alegria, então isso pra mim já
me [re]compensa a caminhada!
A caminhada na qual você que está lendo é o farol!
Hoje
acordo sorrindo e durmo sonhando…
isso me basta!!!
ganhei também 5 amizades!
Amizades!
Será que ainda se pergunta o que ganhei com meu livro?
Se sim, [re] pense a sua vida!!!

89
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Renivaldo de Jesus

Natural da Cidade de Simão Dias em Sergipe. Renivaldo


de Jesus sempre foi amante da poesia e começou a escrever
sua primeira poesia em 1974. Fez uma longa pausa sem
escrever, mas sempre lendo poesias de outros autores. Mas a
partir 2000 voltou a escrever.

“Quero dormir o teu sono


E acordar em teu coração”

Redes sociais:
Instagram: @poetarenivaldodejesus

90
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Meu querer

Quero dormir o teu sono


E acordar em teu coração
Quero ser o teu sonho
E ser o teu descanso

Quero ser a tua vida


E ser o teu alimento
Do frio ser o teu cobertor
Da noite ser a tua cama

Quero ser o que eu não sou


O desejo que não tens
Ser o amor que tu mereces
A felicidade por te sonhada

Quero acordar do pesadelo


De querer e não ser
De ser tudo e o nada em sua vida
De tua vida sonhada

91
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Ter empatia

Temos que enxergar as pessoas


Com os olhos do coração
Temos que ser cegos aos seus defeitos
E enxergar que temos defeitos malfeitos
Temos que ouvi-las não com ouvidos
Mas com o coração
Temos que tocá-las e sentir seus medos
Desejos e aflições
Sentir o frio que elas sentem
Abraçar não apenas o seu corpo
Mas os seus sentimentos
Temos que sentir a sua dor
O seu frio, e o seu calor
A sua fome, e a sua sede
Temos que sentir não apenas o seu doce
Mas o seu amargo
Temos que sentir os seus medos
Sentir a sua dor
Seus desejos, e suas decepções

92
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Sentir seus sofrimentos e, suas alegrias


Temos eu ser empáticos
Se colocar no lugar dos outros
Trocar os papeis
Só assim entenderemos
O que é ser humano
Sendo humano verdadeiramente

93
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Keyfani Bonfim ou Lucinda Price

Keyfani Bonfim ou Lucinda Price é poetisa nascida em 10


de maio de 2001, em Jequitinhonha, no interior de Minas.
Participou de várias antologias, "Submerso - crônicas poéticas
introvertidas, Liberdade e independência poética, "Rabiscos de
Rudolph" e "Mulheres em poesia - Volume 3", "Mais que
poesia". Lançou o seu livro Amor e outros poemas - Poemas
sem título.Vol.1."

“Não deixe que nenhum detalhe dela


Lhe escape aos olhos”.

Redes sociais:
Instagram: @lucindaprice44

94
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Se eu lhe falasse…

Atrevo-me a dizer-lhe coisas


Que não poderia dizer.
Coisas que os meus lábios diriam
Ao beijar-te, coisas que os meus olhos
Diriam ao te ver.
Não, não posso, não devo!
O que sabe as palavras, do amor?
O que cabe a um amante dizer?
Nada, nada, deixa esquecer.

95
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Ame-a…

Ame-a. Profundamente.
Não deixe que nenhum detalhe dela
Lhe escape aos olhos.
Olhe-a com admiração, tanto nos momentos
Em que se mostrar resiliente,
Quanto nos em que se mostrar vulnerável.
Não pense que ela precisará de você,
Mas em alguns momentos ela voltará para ti
Como um filho que retorna a casa dos pais,
Mas que encontra-se de passagem.
Ela te olhará com profunda afeição,
Mas sem jamais se prender a ti.

Porque dela, tu terás sempre o coração,


Mas a alma, esta será sempre do vento
E do segredo.

96
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Instante

Beije-me, amado,
Como quem toma uma flor
E inspira o seu perfume.
Como o sol a banhar o mundo;
Como o tempo: com urgência
E sem limites.
Beije-me, sem pressa,
Mesmo que breve seja a vida.
Que o amor não se mede com o tempo,
É somente espaço.

97
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Ester Alves

Recém-chegada neste Uni-verso encantador do mundo


da poesia. Tenho 56anos, gosto de ler, sou autônoma e
Mentora de Mulheres. Apesar do pouco tempo já me vejo como
uma poeta autoral, faço declamações de amigos poetas. Me
encontrando entre Poesias e Crônicas.

“Na noite alguns se perdem


Em meios a escombros”
Redes Sociais:
Instagram: @verdades_empoesias
Versos &Poesias
Facebook:
https://www.facebook.com/EsterAASilva?mibextid=ZbWKw
L

98
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Emoções

Abra o coração
Deixe o amor entrar
Fazer morada
Roubar seus sentidos
Se entregue ao sentimento
Viva as emoções
Faça loucuras
Seja insana
Seja intensa
Haja como adolescente
Seja mulher
Tenha consciência
Mas seja menina
Seja feliz
Fazendo o outro feliz

99
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Os segredos da Noite

Na noite alguns se perdem


Em meios a escombros
Na noite alguns se encontram
Em meio aos prantos

A noite carrega consigo


Os mais sórdidos segredos
É cúmplice das mais diversas situações
Pra noite não há sim e não

Ela é companheira do trabalhador


E assusta aqueles que dela tem pavor

A noite pode ser sua parceira


Mas as vezes é noite traiçoeira

100
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Meteoro

Elevo os meus olhos para o alto


e posso contemplar a beleza do universo
E ver as estrelas fugazes a abrilhantar
Chapiscando o céu azul
Olhar para esses corpos celestes
Que atingem a atmosfera terrestre
As chuvas de meteoros nos mostra
A imensa beleza visual
Que os fragmentos deste fenômeno
Causam afinal...

101
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

kimberli Senna

kimberli Senna, tem 27 anos, é estudante de Tecnologia


em alimentos pelo IFSUL (Instituto Federal Sul Rio grandense)
em Bagé, técnica em agroindústria. É portadora de paralisia
Cerebral, mas nunca deixou de lutar pelos seus objetivos. O
maior sonho é a docência. Integrante do NAPNE- Núcleo de
Apoio à Pessoas com Necessidades específicas.

“Lugar de mulher é onde ela quiser”

Redes sociais:
Instagram: @kimsenna12
https://www.facebook.com/profile.php?id=10001002733186
7

102
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Pausa

Às vezes é importante parar para respirar,


Para reorganizar a cabeça
Para cuidar da nossa mente,
Do nosso emocional
Às vezes queremos bancar os super-heróis ou
Super heroínas
Queremos dar cem por cento de nós as outras pessoas,
Para as atividades diárias, entretanto não conseguimos
dar nem
Vinte por cento de nós para nós mesmos
Por isso pausar é importante e necessário,
Pois se não estamos bem tanto fisicamente como
emocionalmente
De nada adianta
Concentração vai embora
Entramos no piloto automático
Fazemos as coisas por que temos que fazer,
Estudamos porque temos que estudar,
Limpamos a casa por que temos que limpar, enfim.
Tudo se torna somente uma obrigação a cumprir

103
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

O prazer e a alegria em fazer desaparecem


E você só vai seguindo o fluxo das coisas
Conforme os dias passam.
Muitas vezes mesmo sendo muito fortes
A gente desaba
Porque existem situações
Que mesmo que a gente não queira
Exercem muito impacto sobre nós.
Não é fácil esquecer, ou apagar da mente
Fingir que não aconteceu
Que você não ouviu, não viveu
E tem coisas que por mais que o tempo passe
Você não esquece por que o ferimento pode fechar,
Mas fica a cicatriz.

104
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Respeito às mulheres

Lugar de mulher é onde ela quiser,


Em casa, no escritório, na presidência, no laboratório.
Nós mulheres merecemos respeito, nosso corpo, nossas
regras!

Casamento? Sim! Se assim desejarmos!


Filhos com certeza teremos!
Se for nossa decisão!
A mulher deve ser sempre compreendida
em toda em qualquer situação
principalmente quando diz não!
Justificativas não se fazem necessárias pois um não! Não
precisa de explicação.
Não é não!

105
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Michelly Jardim

Sou Michelly Jardim, tenho 24 anos. Porto Alegrense


residindo em Bagé, apaixonada pelas palavras desde 2012.
Sou compositora e poetiza, membro da Confraria de poetas
livres de Bagé, em breve lançará o livro, “Meus eternos
rascunhos”, que está no prelo. Em 2016 teve participação na
peça teatral "Conflito". E criadora do projeto,”Quatro Amigas,
poucas palavras e um café”.

“Seja tu mulher, fogo e paixão


Seja chuva mulher, de inverno e verão”
Redes sociais:
Instagram: @miiih_jardim
Instagram: @meuseternosrascunhos
https://www.facebook.com/michelly.jardim.9

106
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Mulher

Te liberta mulher vai e mostra teu poder


Te movimenta faz acontecer
Te liberta mulher mostra teu valor
Te supera, te reinventa sem temor

Vai pra cima mulher e goza da tua arte


Te representa ser fogo que queima e arde
Vai pra cima mulher e ganha teu lugar
Te apresenta, te exibe, despir a alma não é ser vulgar

Seja tu mulher, fogo e paixão


Seja chuva mulher, de inverno e verão
Seja tu mulher, tampa e panela
Seja tu mulher, perigo e donzela

Te liberta, movimenta, te supera


Seja luz, inteligência e aquarela
Vai pra cima, se apresenta e representa
Seja açúcar, seja sal ou seja pimenta.

107
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Seja tu mulher, tua melhor versão

Seja a loucura entre a razão


Seja lua e emocione com suas fases
Seja você com o encanto que trazes
Seja tu mulher, a luz do sol que irradia
Seja tu mulher poema, verso e poesia.

108
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Aquela voz

Ah aquela voz, mas que bela voz


Me faz ficar fora do ar
Muitas vezes quando estou escrevendo
gosto de imaginar
Tua voz alta, clara e levemente rouca
Me fazendo perguntas óbvias
Que já sabe bem a resposta,
então é sim!

Voz estonteante que me embriaga


Me faz imaginar coisas que pensei ser incapaz.
Te imagino das minhas canções mais românticas
Aos contos mais picantes
Mas que bela voz, me faz incendiar

Quero poder te ouvir contar seus contos preferidos


Quero te ouvir falar besteiras
Antes de dormir
E ter como despertador tua risada

109
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

para me fazer acordar sorrindo

mas que bela voz é a tua voz


Que insiste em atiçar
meu lado incontrolável
Que faz eu me perder em mim mesma
Até me encontrar na versão
que mais te satisfaz.

110
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Pela última vez

Pela última vez senti calor


Pela última vez sinto frio
Pela última vez levantei
E agora permaneço deitada

Pela última vez eu disse te amo


Pela última vez toquei minha guitarra
Pela última vez sinto dor
Pela última vez senti amor

Pela última vez lembrei dos olhares


Pela última vez lembrei daquelas palavras, tão amargas
Pela última vez sinto meu coração bater
Pela última vez senti minhas lagrimas escorrer

Pela última vez sentirei um abraço


Pela última vez irei ouvir aquela voz
Pela última vez serei vazia
Pela última vez serei companhia...

111
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Tainá F. Lemos

Poetiza por amor, formada em letras-Português e


respectivas literaturas pela Universidade Federal do Pampa
(UNIPAMPA). Membro da confraria poética “Poetas Livres de
Bagé” desde 2022. A paixão pelas Letras veio em meados de
2012. Tem um livro “TEMPOS DE POEMAS. Faz parte do livro
que está prestes a ser publicado, “Quatro amigas, poucas
palavras e um café”.

“Seu sorriso me faz continuar”

Redes sociais:
Instagram: @taina.f.lemos
@tempodepoema
https://www.facebook.com/tainalemos

112
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Olhos que me enxergam

As pessoas me olham
Com ar de pura reprovação
Como se fosse errado amar
Como se dissessem não
Com os olhos e o franzir do nariz

Me olham com um olhar


Como se estivessem a me julgar em pensamento
Me assusto, pois não aprendi
A não observar as pessoas
A não ver na alma delas
O preconceito enraizado
Anos a fio em cabeças fechadas

Nos olham como pecadores


Como um monstro horripilante
Que ninguém deve chegar perto
Porque não param um instante?
Temos muito a dizer!

113
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Vejo em rostos insatisfeitos


Muita estranheza e julgamentos
Julgam algo tão natural que é o amor

Somos tão diferentes assim?


Somos pessoas, vivemos tal qual as pessoas
Temos direito de viver
De não se esconder
Para olhos discriminatórios
Eu, por horas, me sinto acuada
Como se eu fosse errada
De ser como eu sou

Eu sou como eu sou


Sou uma menina que ama outra menina
Se orgulha de ser o que é
Esses olhos maus
Nunca vão nos calar
Nossa voz será ouvida
Até nós confins da vida

114
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

A quem quiser ouvir


O grito da liberdade.

115
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Sentimentos de uma ansiosa

Sinto dor! Estou com dor no peito!


Sufoca muito,
Me chega um cansaço
Um monte de pensamentos aleatórios
Um sentimento que pensei ter acabado,
Mas não! Ainda aparece como fantasma
E me perturba toda a vez
Ainda assim resisto
Pessoas estão comigo
E isso me aquece
Me faz querer continuar
Seu sorriso me faz continuar
O quanto se preocupa comigo
O quanto tenho sorte de te ter
Obrigada por ser ombro amigo, por ser amor,
por ser um porto seguro
Obrigada por deixar meu corpo encostar no teu peito
E me aconchegar quando não consigo carregar esse
peso nas costas,
Mesmo com problemas, mil coisas também,

116
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Você vem me acolhe,


Me ama, me encoraja
Sei lá, as vezes acho que acertei na loteria,
Então não posso desistir,
Mesmo que as vezes eu tenha muita vontade
Mas ainda há muito pra viver aqui,
Segura firme, querida!
Você consegue!

117
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Educação Especial

Estudar...
Estudar dignifica
É conhecimento
Não é só talento
É dedicação, é amor.

Estudar, ler e ensinar


É o que nasci pra fazer e ser
Não há melhor lugar
Que deveria estar

Um carinho diferente
A quem precisa mais de nós
Professores e educadores
Ponham em mente
Que todos tem direito e podem aprender,
Cada um de um jeito especial,
Único!
E com paciência e dedicação

118
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Tudo pode acontecer

Ensinar não é fácil


Ainda mais pessoas com deficiência,
Mas pra mim é gratificante
Mesmo com qualquer deficiência
Ver um sorriso gentil
De alguém que aprendeu algo novo
Ao seu modo, a seu estilo único
Assim, todo mundo é incluso

Incluir de verdade,
Não meia boca,
Tem que saber na real
O que é incluir
E nós educadores especiais
Temos essa grande missão
De levar à todos
O respeito e a inclusão

Não somos diferentes

119
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Somos únicos
E temos que saber lidar
Com todos os tipos
De pessoas únicas
E suas particularidades
Para que possamos
Ser únicos juntos..

120
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Guilherme dos Anjos Nascimento

Guilherme dos Anjos Nascimento atua como laboratorista


no IFSULDEMINAS campus Poços de Caldas, cidade onde
mora. Aliado à sua paixão por natureza, tem de berço a paixão
pela música, que certamente o inspirou na arte da “pá-lavra”, a
poesia.

“Ah como eu queria, que estivesse por mim fascinado!”

Redes sociais: não possui


Email: guilherme.nascimento@ifsuldeminas.edu.br

121
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Desgraça infernal

Quando o meu destino estiver cerrado


e me encaminharem ao purgatório,
hei de, sofrendo, pagar meu pecado
no vai e vem de um burocrático cartório!

Se, de vez, do paraíso eu for expulso


todo dia no inferno por não ser santo,
hei de visitar meu doloroso percurso,
a complicação de um moroso banco!

Por fim, o Senhor sombrio deste lugar


se fará presente eternamente pelo sinal,
do serviço de atendimento ao cliente no celular,
e a tudo passarei de desgraça infernal!

122
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Para todo sempre findado

Ah como eu queria, que estivesse por mim fascinado!


que me mostrasse os detalhes da natureza
chegar em minha casa, de surpresa
e ouvir meu coração tocante, quando deitados!

Ah como eu queria, que me tivesse amado!


assim, de graça e com clareza
Ser par até ao chorar minha tristeza,
e na hora me fazer rir desconcertado!

Ah como queria, ser por você acordado!


com um beijo calmo e toque de leveza
Retirar do nosso silêncio a exclusiva beleza,
de estarmos sempre em um mútuo cuidado!

Ah como queria, ser por você devotado!


em juras, que de tão grandes, eu não mereça
Te apoiar na sua falta de certeza,
no que eu já fiz de cor e salteado!

123
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Ah como queria ser por você olhado!


com o canto do olho, no que quer que aconteça,
Para descobrir no meu jeito, graça acesa,
ao te notar tão feliz e agradecido ao meu lado!

Ah como já não queria nada do que tenho aqui falado!


é que tudo somente é válido, quando é sua proeza.
Destes versos o que fizer já fiz primeiro em minha cabeça,
no meu poema nunca vivido e para todo sempre findado!

124
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Poesia esperança

Quando a tristeza ou a raiva surgir


me cegando de escuridão
e não encontrar o caminho a seguir
não vendo a frente uma solução

Eu sei que sempre me guia,


a luz da poesia!

Correndo contra o tempo, no que está por vir


quando fico ansioso e perco a razão
Quando procuro loucamente o que não perdi
e o desespero acelera minha pulsação

Me vem em calmaria,
a minha paz, a poesia!

Quando tenho tanta coisa pra não cumprir


ou estou sozinho, sem uma mão
Quando me viram as costas sem eu partir

125
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

e ameaça ficar ao meu lado, a solidão

Recorro a sua companhia,


minha parceira, a poesia!

126
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Eliane Rodrigues

Eliane Rodrigues, casada, comerciante, mãe, poetisa,


suas poesias são marcadas por uma profunda reflexão e uma
busca constante por significado. Ela explora os sentimentos na
sua essência, mergulha onde muitos não ousaria se aventurar,
sempre em busca de transcender os limites da mente e
alcançar um estado de elevação espiritual.

“Mudar gera desconforto”

Redes Sociais:
Instagram: @eliane.rodrigues8
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------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Provoca-ação

Quer respostas para suas fantasias?


Coisas criadas alimentando ilusões!
Você tem coragem ou ousadia
Para quebrar suas prisões?
Tem coragem te chutar o balde
E essa vida começar a viver?
Tem coragem de olhar no espelho
E de procurar o ser que habita em você?
Furaria a bolha e soltaria para fora
A vida que acredita viver.
Seria muito ousado da minha parte te pedir
para se conhecer?
Você tem coragem de analisar suas verdades
E reconhecer quem sabota você?
E se eu te dissesse que a sua máscara
Não combina com a vida que sonha em viver.
Que sua alma transparece uma leveza
Que eu tenho certeza que nunca vi no
Humano transparecer.

128
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Quer respostas?
Qual a pergunta?
Se lembra
do que
Faz questão de saber?

129
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Ironias

Vamos mudar?
Mudar pra que
Se o fim é acabar.

Mudar gera desconforto


E não estou a fim
De me desconfortar

Para mudar preciso


Focar em mim
E de egoísta vão me chamar.

Não dá para trabalhar


Meu auto conhecimento
E os outros agradar.

Quero ser aceito


Mesmo que para isso
Precise me encaixar.

130
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Se não sigo a multidão


Eles não vão me amar
Serei a ovelha negra

E os ditados populares
Dizem que sozinha
Vou ficar
Meu desconforto hoje
É grande pois minha
Voz estou sempre a calar
Mas prefiro o desconforto
Que já sei lidar
Mudar dá muito trabalho

Eu teria que me auto gerenciar


Deixo esse trabalho para os
Manipuladores, não quero atrapalhar.

Deixo que ditem a roupa


O corte de cabelo que devo usar

131
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Ditem a forma que devo me comportar

Já estamos acostumados com isso


Da menos trabalho
Assim, não precisamos pensar.

Vamos seguindo esse fluxo


Mesmo sem saber
onde isso vai nos levar

Tenha fé, confia no líder


Deixe o vento te levar.
mas quem está a liderar?

132
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Palavras fluidas

Viva de forma fluida


deixe a vida escorrer em você
vai seguindo as gotinhas
que caem no chão
jorradas de seu coração.

Deixe as palavras fluírem


apaixone se mais e mais
deixe elas brotarem na sua boca
borbulhar em suas mãos
deixe que escora do mais
profundo do seu coração.

Deixa as palavras livres para voar


não tente impedi-las
espalhe sementes por aí
deixa as águas fluírem
dos olhos de quem
sensível está para ouvir.

133
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Goteje suas medicinas por aí


Não se preocupe se para distante
de você elas forem explorar
elas sempre voltam honrando
a sua origem próspera
sempre haverá palavras que podem curar.

134
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Gutyerrez Filho

Gutyerrez Filho, Manaus-Am. Analista e Desenvolvedor


de Sistemas. Nas horas vagas finge que é escritor, nas horas
não vagas também. Possui diversas parcerias literárias e é
autor de dois livros de contos, participou de algumas antologias
coletivas e atualmente escreve a série Clube da Noite que
possui uma pequena comunidade em desenvolvimento.

“A vida que habita em mim quer habitar tua solidão.”

Redes sociais:
https://linktr.ee/gutyerrezfilho
Instagram: @gutyerrezfilho

135
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Angel, Light and Shadows


(Anjos, Luzes e Sombras)

Há uma luz em mim, ardente e calorosa


paciente e ansiosa
que quer tocar tua escuridão e
cada centímetro dela.
A vida que habita em mim
quer habitar tua solidão.
E passear por ela, da mesma forma que se passeia
com os dedos no ventre durante a quietude em nudez,
depois de alguns minutos de êxtase
em perplexa languidez

A luz que há em mim,


quer alcançar tuas
sombras esparramadas,
tais quais fios de cabelos
No lençol branco de um quarto escuro.
Quer aplacar a insensatez
E mergulhar na lucidez

136
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Desse lugar seguro


Ao penetrar na solidez
E espalmar a maciez
Que está além do muro.

Ah! Mas esses meus raios de luzes, tão teimosos e


sinceros, querem adentrar a janela do teu aposento,
sutis como o vento,
por uma fresta que a cortina não protegeu.

e tocar teus lábios de penumbra e esses


teus olhos sempre e sempre emergidos no breu.

O calor que jaz em mim,


quer percorrer as alcovas de tuas costas,
e costelas, tua cintura e quadril,

quer segurar teus cabelos,


quer alcançar os teus ombros
E aquecer o teu frio.

137
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

A chama que há em mim,


deseja queimar tuas curvas,
escalar os dois montes
Incendiar o castelo
E adentrar teu jardim

E ao arder nas trevas


Explorar cada espaço
Com o calor de um beijo
E a voracidade da língua.
Na bela flor de jasmim.

138
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Sombras no lugar secreto

Eu estive esperando para ouvir algo.


Qualquer coisa.
Que me trouxesse paz.
Mas não houveram tais palavras.
Nem mesmo um "nunca mais".

O olhar no espelho e encarar a realidade.


Ao ver uma criança chorando fraca,
ferida e perdida na floresta.

-Onde você estava?


Por onde você andou?
-Eu disse a mim mesmo-
-Tudo isso não é um sentimento familiar?

-Ah ira! Ah a sua ira que despedaça os caminhos!


Caminhos que você mesmo construiu!
-Ah ira! Ah a sua ira!
Queimando como chamas.

139
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Revirando mesas e montanhas.


Matando e ferindo com a sua gloriosa espada
feita das mais duras palavras.

-Resigna-te!
A observar o não observável.
A gritar o inefável.
Manifestar no silêncio
o inexprimível.
E se ater ao invisível.
A tocar o intangível.
E por fim depois de tanto lutar
Substituir o insubstituível.

140
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Wellington Nunes de Oliveira

Wellington é um jovem universitário, poeta, escritor e


aspirante a compositor. Seus poemas são conhecidos por
serem criativos em demasia, sua arte pode ser encontrada em
suas redes sociais e no seu livro virtual com mais de 19 mil
acessos.

“Escrevo por que falar é demais pra mim”

Redes sociais:
Instagram: @well.poemas

141
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Então, tudo bem?

Não, não
Isso não é um poema
Só queria dizer oi e como vai você
Palavras simples, pequenas
Mas com muito a dizer.

Poetas escrevem
Mas não falam
Tem que ser corajoso demais
Pra pronunciar palavras que cortam a alma
Depois do sangramento, vem o formigamento
Momento de êxtase e descanso.

Diga-me o que pensas


Não consigo desabafar assim
Escrevo por que falar é demais pra mim
Se fosse falar tudo que escrevo
Passaria horas gritando
Prefiro escrever

142
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Do que mendigar pranto.

Mas você tem que dizer pra mim


Como você vai e por onde anda
Me preocupo com você
Pois aprendi a escrever
Desabafo comigo mesmo.

Tenho o papel e a caneta


E alguns não tem ninguém
Posso não ter amigos
Porém sou um pra quem precisa também
Então, tudo bem?

143
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Escrito em primeira e última pessoa

Escrevo em primeira pessoa


Pois na fila de ajuda a mim
Sou o primeiro e o último
Não escrevo sob o ponto de vista do outro
Se não tem ninguém pra chorar no meu túmulo
Sem terceira pessoa
Apenas único.

Passo por tudo isso


Me machuco e me atiço
Vivo o meu sofrimento e me fortifico
Saiu da jaula o monstro lírico.

Doze sessões de levantamento com caneta


Poeta treinado escreve sem borracha
Não uso rodinhas
Na bike feita de mola de caderno
Percorro todas as linhas.

144
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Indo ladeira abaixo


Atrás do meu abismo
Desço de rolimã
Visito o inferno
Junto daquele cara de branco no divã.

Sem chifres e sem um tridente


Apenas um rapaz de branco sorridente
Minha vontade é amassar aquela caderneta
Ele se acha um deus
Buscando a cura pra minha doença.

Quero que se dane


Bato na depressão feito Zidane
Se ele me encarar
Encaro de volta
Poeta que usa uma linha reta inteira
Não sabe o que é meia-volta.

Não aceito ser tratado


Não me venha com remédios genéricos

145
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Sou um poeta genérico


Acham mais um de mim
Mas minha arte é única e melhor do que eu
O que faço não pertence a mim
Quem ler uma única palavra a ponto de fazer um elogio
Está louco à beira de um hospício.

Não sou eu nesses poemas


É essa voz que alguns chamam de inspiração
Chamo de loucura
E prefiro ser visto assim
Sou como aquele filme de terror
Que só assusta quando se descobre que é baseado em
fatos reais
Então, não, esse não sou eu e não sinto nada
A não ser ódio de mim mesmo.

Mil poemas a esmo


Escritos por uma divindade
Que outrora adorou seu demônio interior
deus do Olimpo
Adorando um titã

146
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

deus do Olimpo
Pecando sem ver o amanhã.

deus do sol e de tudo que brilha


Faço um amanhecer em minha poesia
De noite lua cheia
Lua cheia de mim
De madrugada maré cheia
Me afogo nas minhas águas de Poseidon
Discuta se isso é talento ou dom.

No fim das contas


Só eu escuto o meu último choro
Grito que nesse quarto ecoa
Último pedido de socorro
Feito em primeira e última pessoa.

147
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Poetinha fajuto

Estou cego lutando contra algo que não vejo


Meu corpo suado e marcado em tom vermelho
A justiça é cega pois ela não me enxerga
Estou horas dando soco em alguma coisa
Quero matar aquilo que me mata
Cada vez que soco
Em mim acho mais feridas e marcas
Sangue escorrendo nas sardas.

Pois o ódio quando distribuído


Também deixa marcas
Não sei contra quem estou lutando
Se é contra o espelho que tanto renego
Pois tenho medo de conhecer a face do meu ego.

Cacos nos meus punhos


E sangue nos olhos
Minha alma em cacos
E meu reflexo dividido

148
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Sou o reflexo do ódio que tenho cultivado


Sou uma máquina de matar; de olho vendado.

Estou com ódio e nem sei o motivo


Justiça faço com as minhas mãos
Me firo ao passo que me odeio
A partir do momento que odeio alguém
Odeio a mim mesmo
Maldito o homem que não se ama
Nem um pouco a esmo.

Não sei quem sou pois nunca me olhei no espelho


O amor é cego e enxergo então não sinto amor
Sei que não tenho lugar no pódio
Meu corpo fraqueja e já penso em desistir
Estou lutando contra o meu reflexo
Prefiro me ferir do que ferir o outro
Derrubo as imagens do templo do meu corpo.

Não me adoro mais


Não quero viver mais

149
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Queria fazer justiça e agora só quero paz


Era poeta canetando amor
Hoje com palavras desejei ver a vida do outro sem cor
Amaldiçoei sua vida com um nome impronunciável
Não queria fazer isso, mas foi inevitável.

Eu estava cego e peço desculpas por isso


Ser poeta era o meu compromisso
Mas não passo de um poetinha fajuto
Que não pratica as palavras aqui ditas
Malditas palavras que foram mal ditas.

Quero transparecer bondade olhando com ódio


Meu Deus, me dê um dia de ócio
Estou tão ansioso
Eu não sou mais o mesmo
Já não me reconheço.

Com esses cacos em meus punhos


Soco esse espelho
Odeio o meu reflexo

150
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Odeio o que eu me tornei


Queria ser melhor do que agora
Queria ser como antes e deixar a coroa de rei
Não sou quem dita a lei.

Rei com a coroa manchada de sangue


Mais do que ter um título
Depois do meu sentimento enrustido
Não quero ser chamado de poeta
Antes de por a coroa de prata
Precisa aprender a usar a de espinho
Bendito o homem que se sacrifica
E maldito aquele que o mal pro próximo pratica.

Se disse algo impensado agora me desculpo


Só eu sei o peso das minhas palavras
E minha consciência pesa
Só você que escutou sabe o tamanho da ferida
E por mais que eu sinta dor nessa vida
Nada se compara com o seu sofrimento.

151
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Nem mesmo depois de cem poemas


Vou conseguir aceitar o meu arrependimento
Essa carta é como aquelas frases que te disse
Perda de tempo.

152
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Adeneri Nogueira de Borba

Adeneri Nogueira de Borba é natural de Morretes/Paraná.


Pedagoga, Mestra em Educação, mãe e esposa. Cadeira 11 na
Academia Brasileira de Letras- Seccional Barra Velha, litoral
norte Catarinense, onde reside. Amante da literatura, se
descobriu nos versos, onde deixa a alma transbordar.

“Fiz um pedido e soprei aos ventos


E as plumas seguiram seus preterimentos...”

Redes sociais:
Instagram: @ade_e_a_literatura_magica

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------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Confesso que me derramei

Ali, parada na pia


Entre a faca e a cenoura
Entre o afazer e a agonia
Cheia de um tudo que me afligia
Cortei a última fatia do legume
E vendo tudo fatiado, me vi tão dilacerada quanto
Como se um véu descortinasse minha mente.

Percebi o quanto me desmonto


toda vez que tento me encaixar
Percebi em quantas partes me faço para abarcar tudo
Percebi que a infelicidade me engolfa nessa insistência
De ser a responsável por tudo.

O nó brotado na garganta
Entala e fica por um tempo numa ruminancia,
enquanto os olhos marejam, se enevoam.
Parada fico, como quem estanca diante do absurdo
Que é viver e não viver
Me vi tão cheia, estufada da luta
E sem querer buscar mais nenhum suporte

154
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

que justifique essa luta, me desarmei


Deixei a exaustão me encontrar no afazer do almoço.

Fiz da pia um apoio, um consolo


Como quem solta as rédeas da carroça
Em minutos entre a sensatez e a insanidade
Deixei-me chover,
Primeiro, como quem corta uma cebola
Depois, chovi como quem deságua a alma
Me derramei, inundei as querelas que me incomodavam
Abri as comportas de meu mundo
E ali, desagüando, boiei entre os meus destroços
Averiguei o entulho que usurpava minha a paz
Me vi tão leve nas entranhas
Tão pequena em Gaya
Tão frágil criança que se perde da mãe.

Olhei as fatias suculentas na tábua,


Respirei fundo
Coloquei a cenoura na panela.
De vez em quando, não se deixe explodir,
Como panela de pressão

155
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Permita-se se derramar…
Notas sobre o amor

Me ame, sem me sufocar no espaço


Me ame e me deixe dançar ao vento
sem o veneno do ciúme
Me ame, a ponto de sorrir com minha ecleticidade
Me ame, sabendo que a solidão
é minha amiga, companheira
Me ame, com todas as imperfeições
que a arte da vida fez em mim
Me ame, colhendo a ressonância dos meus sorrisos
que se expandem ao te ver
Me ame, como a leveza e rebeldia de meus cabelos,
que mudam de intensidade, não de essência

Posso ser às quatro fases da lua num dia,


Ou acompanhar as fases no ritmo certo
Sou feita de água, amor e luz e o espírito do mundo
me conduz.
Por isso, me ame como eu Te amo, com leveza

156
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Baile comigo quando sobre a lua


Cante comigo as cadências desta vida,
ora agudo, ora soprano
Navegue comigo sobre as águas,
ora calmas, ora revoltas
Faça amor comigo independente do terreno.

Tudo pulsa meu bem,


Tudo segue seu ritmo, como ondas sonoras
Então, sintoniza comigo
A vida é tão curta, breve, efêmera
Ouça, me acompanhe, baile comigo
Vou te amar como ninguém.

157
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Mente

Ei! Mente, você quer parar?


Para de me deixar agitada
Com a pele tensa e a aparência cansada
O corpo todo a gritar.

Ei, mente?
Vamos desapegar dessas preocupações
Deixar fluir o peso dormente
Essas culpas e anseios latentes
Criar soluções permanentes.

Ei, mente?
Tenha dó de mim
Fala para o ego que não precisa ser assim.
Estou ciente que no jogo da disputa
há sempre dois lados
O que perde e o que ganha
Eu não quero perder.
Sabes que desejo a equidade,

158
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Unir o yn e o yang, assim ninguém perde


Vira uma amalgama que se complementa.

Ei, mente?
Eu vim aqui fazer um acordo, manejar esse engodo
Tirar essa bagunça da cabeça, te esvaziar
Estou cansada dessa guerra, desse latejar
Quero meus sorrisos de volta,
e não essa dor, quero pulsar, mas na dança.

Ei, mente?
Já descobri o que fazer
Entregarei tudo ao Divino universo
Ele sabe resolver
Entrego-me a ele em alma e essência
Para que minha vida siga em veemência

Ei, mente?
Te vi num dente de leão,
Uma cabeça robusta de pensamentos
Cortei no canteiro um perfeito

159
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Fiz um pedido e soprei ao vento


E as plumas seguiram seus preterimentos...

Ei, mente?
........................
Agora fluiu, como um rio.

160
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Poetisa Vanessa Cadó

Poetisa Vanessa Cadó, pseudônimo Pimenta Poética, é


Gaúcha de Porto Alegre, bióloga e poetisa. Trabalha como
Assessora Especial no Conselho Estadual de Educação do RS.
Participou de várias Antologias e em breve pretende lançar seu
livro. Capaz de externar os sentimentos contidos no mais
profundo da sua alma sente-se realizada neste embarque nos
caminhos da Poesia.

“Te entorpeço e me transporto”.


Redes Sociais:
Instagram: @pimentapoetica
https://www.facebook.com/pimentapoetica
https://www.facebook.com/profile.php?id=10008950678095
5&mibextid=ZbWKwL

161
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Entre tantos fatos, acasos, descasos.

Entre ribanceiras, nuances, abismos.


Entre vielas, desencaixes e incertezas.
Arriscou-se voar...
Aterrizando como um facho de luz, uma faísca, num
piscar imperceptível,
Veio, chegou, sem mais ir.
Ficou, preencheu, conduziu
Reluzente, sem freio, avassalador.
E do nada se constituiu a primeira letra, na primeira
página com a escrita do olhar.
E assim se fez e assim se faz...
Pra eternizar o sentir,
Na cumplicidade do amor que pulsa, está longe de ser
perfeito, mas é verdadeiramente vivido, tem fome de felicidade,
e sim...
É liberto, recíproco, inteiro.
Existe,
Resiste.
E está sendo escrito entre as reentrâncias de cada poro,
que cobre nosso existir, no preencher da nossa história!

162
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Decifras meus sonhos

Meus desejos,
Meus limites.
Te entorpeço e me transporto.
Estreito espaços,
Acaloro,
Encaixo.
No compasso das tuas linhas,
Te faço,
Me refaço,
Nos compomos.
Revivo,
Reviro.
Sem remendos, costuro teu cheiro no meu,
Meu gosto no teu.
Num laço, em nó consistente
Sentimos.
Em transbordância existimos e nos temos.

163
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Meus lábios sinalizam,

Meus olhos entregam,


Enquanto minhas mãos te conduzem pelos caminhos do
meu prazer.
Ah, bem que tua língua podia fazer morada em mim,
Viveria banhada pelo jorrar evidente do meu deleite.
Cada curva desvendada por ti preenche os espaços
fazendo-me flutuar num único pensamento: Faço-me tua!
Sou tua, em contrações involuntárias, no pulsante libertar
do meu desejo.
Não há o que dizer, nem precisa
Tens todas as respostas.
Intensamente entregue:
Meu corpo responde!

164
------------------------ Uni-Verso Poético ------------------------

Leiliane Silva

Leiliane Silva é natural de Diadema, São Paulo. Garota


entusiasta, amante da Psicologia e da Filosofia, aos 13 anos
iniciou o traçado de suas palavras, como Hobby, transbordou
em poesias, que a acompanham desde sempre. E aos 21
publicou suas primeiras obras literárias: Obra Poética I e
Contos em Vida, uma Antologia de diversos contos.

“Sou a pedra no caminho, tão resistente e insistente. Sou fé”

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Ciclos

De todas as vezes que desejei,


A vida complicada e confusa
Me deu em formas orquestrada todo o esperado.

Ainda falta,
Mas o que falta, além de satisfazer-se em si mesmo?
Se para o completo,
Tudo que preciso é viver o simples.

E do simples,
O completo se torna, tudo.

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Que a força esteja com você

Aparentemente, ainda que perdida no espaço,


Ainda que o ar me falte,
Busco então, nesta vasta imensidão
A luz que irá me guiar,
Da plataforma onde meus pés se apoiaram.

Pois, deste vazio, grande vazio


Não deixarei que o medo me tome
Me devore.

Sou dona de mim,


Sou a pedra no caminho, tão resistente e insistente.
Sou fé,
E moverei essas montanhas.

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Sob a terra

De lado a lado,
Caminhei sob a seca
E sob a lama.
Vi aos montes a canção ao vento,
Presenciei a verdade
Que dela tocou-me o coração.

Pude e posso sentir como nuvens aos céus,


O toque,
As carícias,
O que tanto o destino me guardou.

Não sei se mereço,


Mas peguei para mim como um velho egoísta
E então enxuguei as lágrimas,
E me ergui,
A chuva estava linda.

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Silvio Romão Liliputiano

Sílvio Romão Liliputiano é o pseudônimo literário de Sílvio


Romão, escritor, poeta e declamador. É o CEO da Romão
editora, formador, mentor de projectos sociais e literários. Autor
do livro de poemas QUANDO O AMOR SE CALA. Nascido em
Luanda, no município do Cazenga. Todavia, foi no município de
Viana onde paixonou-se pela literatura aos 15 anos de idade,
escrevendo versos e poemas.

“Tínhamos os espelhos como contador das nossas histórias”

Redes Sociais:
Facebook: Sílvio Romão Liliputiano
Facebook: Romao-editora

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Matumbos

Volve-se as eras, os tempos


Compram-se as terras dos brancos campos
Trocam-se os minerais por um colar de cascais
Não havia guerra para quem dissesse paz
Tínhamos os espelhos como contador das nossas
histórias
Aqui vai a minha, a tua, a nossa história
Já alguém dizia: "povo sem memória está sujeito a repetir
história"
E da história viam as nossas raízes com braço forte
Tínhamos sangue e vida, ninguém tinha pudor da morte
Éramos matumbos, tal como nos diziam
Em falar a língua do leite das nossas mães
As correntes e fivelas ferrujadas nos reprimiam
Para eles a música tinha que ser da terra dos cães
Até mesmo com o silêncio da nossa voz se intrometiam
Mas éramos nós os Matumbos sem mentes
Dementes inconsequentes
Activistas pelo erguer da liberdade
Os indoutos sem livros de literatura da cidade

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Somos nós os Matumbos deste século, que ainda vê


preconceito
Nos nossos cabelos somos matumbos
Nas nossas línguas somos matumbos
Na nossa cor, vista com ardor, somos Matumbos
Eu sou matumbo, tu és matumbo, nós somos matumbos.

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Culpem a panela de barro

Panela de barro
Onde a mamã cozinha
Sempre passa das 4
Que o cheiro do refogado sai da casa da vizinha
Cá na mamã a panela está toda vazia
Só o cheiro da casa ao lado nos alimenta
Fingimos estar repletos
Fome que é fome ninguém aguenta
E não é que ficávamos mesmos satisfeitos
Ninguém aqui come, fazíamos tudo pela fome
Panela de barro que é posto na lenha
Chora para que a comida venha
Reclama de tanto cozer o vazio
Pobre panela enchem os nossos olhos de rio
Até a nossa gata nunca esteve mais no cio
Quando a panela entra em greve
A casa entra em briga
Há um manifesto das lombrigas como nunca teve
Há guerra das barrigas

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Há geração das intrigas


Tudo por causa da panela de barro
A prostituição vertigenisa o bairro
Os Kandengues idolatram os cigarros
Os taxistas paralisam os carros
Tudo por culpa da panela de barro.

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Se for para amar, que seja de verdade

Não quero um amor louco


Nem já que morre pouco-a-pouco
Quero um amor de verdade
Sim, que não me aprisiona
Em momentos difíceis não me abandona
Quero um amor que não polua
Que não me quer só nua
Mas um coração que seja puro
Com metas para o futuro
Que sente a minha ausência
Entre a terra e o céu
Que o amor seja o nosso troféu
E um dia ver-te com véu
Oscular os teus lábios roçando o teu labeu
Fazer da tua alma um corpo meu
Se for para amar que digas agora
Eu sei que tu me amas
Então, porquê a demora?
O que sentimos é muito forte, porquê ainda te enganas?

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Vamos aproveitar a hora


Concorrentes tu e eu temos
Olha para o tempo e veja quão felizes seremos
Vamos, aceita o meu pedido
Meu coração diz que quer ser teu marido
Para sempre seres minha, minha amada Mulher.

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Bernardino Quessongo

Ndungula yo tchissola, é nome artístico de Bernardino


Quessongo. Nasceu no Município do Bailundo, Província do
Huambo-Angola. É estudante do II° Ano de Filosofia da
Faculdade de Administração e Economia (FAE), Brasil. Poeta,
escritor, declamador.

“Ela existe desde o começo da nossa existência”

Redes sociais:
Instagram: @bernardinoeuclidesquessongo
Bernardino Euclides Quessongo | Facebook

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Itinerário existencial

Diante do itinerário existencial


a missão é estugar não sobrestar
na expectativa de ser triunfador
alcançando uma meta ideal
conquistando um bom lugar
com auxílio de um bom instrutor.

Aí está o arquétipo da vida


bem definida
para alicerçar a estrada da vida
de um bom campeão
que busca uma óptica de compreensão
e de boa adesão.

O tempo faz encurralar a minha vida


a sombra tende a escurecer a entrada
o cansaço tende ganhar espaço
a visão tende se abaçanar
as curvas e serras, não me deixam descansar

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a estrada parece estar em um pedaço.

Esta viagem parece caótica


não se enquadra a obra poética
nem sequer a ética
o escritor vê fumo manter estética
parece tudo estar fora da dinâmica
em mim habitou a visão cética.

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Estrada da vida

Muitas pessoas percorrem na estrada da vida


uma vez percorrida
torna-se inesquecível
e indestrutível
parece enchente

Ela existe desde o começo da nossa existência


e permanência
enquanto somos entes viventes
até o nossos desgastes
nela tudo se faz presente
faz sentir sua presença

Diante da estrada da vida


é importante estar atento
manter bom zelo e não andar tanto
deixar se encantar pelo pensamento
não perder o encanto
e nem se prender na batalha perdida

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Não se deve a colher


nem se envolver
em tudo que o mundo
nos oferece e promove
para não estar constrangido
e adentrar em algo que se remove

Cada tempo concedido é um dever


é uma oportunidade
de seguir em frente
procurar se fortalecer
carregar bem a nossa bandeira
mesmo com muita poeira
dentro da nossa trincheira

É importante manter o nosso ser natural


abdicar de tudo que é artificial
a fim de não estar dependente
nem tomar o rumo decrescente

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O canto certo é difícil construir


a obra digna é difícil redimir
mas basta andar seguro
e depositar a fé ao futuro

O pouco irá de ser concretizado


e bem idealizado
não adianta arquivar
ou noutro lado curvar
nem esperar até desaparecer
mas faça o pouco acontecer

Cada tipo de obra, deve ser bem fabricada


bem utilizada
para se obter uma obra bem glorificada
bem procurada
e não rejeitada.

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O alfabeto da integração

Ainda é urgente semear o alfabeto da solidariedade


Alfabeto que vela pela conformidade
O alfabeto que traz uma pedagogia
da corresponsabilidade
que cria uma justiça social
sem cometer uma ação crucial

Haja oportunidade de manifestar em comunhão os


talentos
Haja mais oportunidade de fazer uma transformação
juntos
A nossa nação tem que caminhar na unidade
precisamos plantar o espírito de fraternidade

Sejamos para o próximo fonte de paz


onde o diálogo jaz
e tudo condiz
construindo uma bela matriz

A nossa mão tem de ser uma resgatadora

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que traz o espírito de inclusão


e procura extirpar a distinção
para ser ter uma nação integradora

Não devemos sepultar a pedagogia


da ética humanitária
nem a lógica da empatia
da nossa identidade cultural Bantu
que está ligada à ancestralidade do Ubuntu

Sua mão diante da sociedade


deve ser pilar da solidariedade
que cria universidade de várias especialidades
para incluir cursos centrados
no respeito pelas religiosidades
individualidade e particularidade dos outros

A natureza humana do Ubuntu implica união


em tudo, revela compaixão
mesmo noutra região
ainda que for no Sudão

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Ubuntu é um ser com-os-outros


por isso, prima pela necessidade da união
A sua decisão e implementação
é de dar nova coesão
e mitigar no meio do povo uma lesão.

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Posfácio

O universo foi feito por um artista que com seu dedo


uniu os versos do seu espírito e fez um universo. Daí
nasceram poetas de várias nações que com toda sua força
expressam as suas emoções e os seus sentimentos.
A poesia não é somente uma forma literária em que o
poeta exprime a sua arte, é de facto um produto cultural pelo
qual une povos, une línguas, une nações, servindo-nos de
terapia através da palavra falada.

Silvio Romão Liliputiano

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