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➔ Comprovação de idoneidade;
➔ Ocupação lícita,
➔ Capacidade técnica ; e
➔ Aptidão psicológica;
➔ Idade de 25 anos completos, salvo os integrantes das Forças Armadas;
Forças Armadas : Exército, Marinha e Aeronáutica.
Os integrantes das Forças Armadas e os Policiais podem adquirir arma de fogo mesmo com
idade inferior a 25 anos.
Ex.: Uma pessoa conseguiu passar para um concurso de policial com 22 anos, então ela
poderá ter o porte de arma de fogo, mesmo com menos de 25 anos, pois a arma recebida
por ela é do Estado.
➔ Os guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000
habitantes;
➔ Os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento
de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
➔ Os integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria - Fiscal
do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário;
➔ Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais,os integrantes das
escoltas de presos e as guardas portuárias; e
● Polícia Penal.
➔ Os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da
Constituição Federal.
● Polícia Civil,
● Polícia Militar,
● Polícia Federal,
● Polícia Rodoviária Federal
● Polícia Ferroviária Federal; e
● Força Nacional de Segurança Pública.
➔ As armas de fogo adquiridas fora dos casos em que é permitido porte, é só para posse.
● O cidadão comum adquire posse de arma de fogo.
➔ Estádio;
➔ Fóruns; e
➔ Igreja
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos
em legislação própria e para:
II – Os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 da Constituição
Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP);
● Polícia Civil,
● Polícia Militar,
● Polícia Federal,
● Polícia Rodoviária Federal
● Polícia Ferroviária Federal; e
● Força Nacional de Segurança Pública.
III – Os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
IV – Os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e
menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;
VI – Os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição
Federal;
VII – Os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas
de presos e as guardas portuárias;
➔ Polícia Penal.
VIII – As empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta
Lei;
Medida Cautelar
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5948 - Autoriza a suspensão dos efeitos de trecho da Lei
10.826/2003
O Estatuto do Desarmamento proíbe o porte de arma para integrantes das guardas municipais de
municípios com menos de 50 mil habitantes e permite o porte nos municípios que têm entre 50 mil e
500 mil habitantes apenas quando em serviço. Com base nos princípios da isonomia e da
razoabilidade, o relator disse que é preciso conceder idêntica possibilidade de porte de arma a todos
os integrantes das guardas civis, em face da efetiva participação na segurança pública e na
existência de similitude nos índices de mortes violentas nos diversos municípios:
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos
em legislação própria e para:
III – Os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; e
IV – Os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e
menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço.
Suspensão
Cassação
Exclusão de ilicitude
➔ Estado de necessidade
➔ Legítima defesa
➔ Exercício regular de direito; e
➔ Estrito cumprimento do dever legal.
Lei estadual não pode outorgar direito de porte aos seus servidores,pois se trata de competência
exclusiva .
O bem jurídico tutelado pelo Estatuto do Desarmamento é a segurança pública e a paz pública, que
são interesses vinculados a um corpo social, tendo a coletividade como titular, e não uma pessoa
isolada. Ou seja, os crimes tratados pelo Estatuto são crimes vagos de ação penal pública
incondicionada.
ADI 3112 declarou a inconstitucionalidade dos parágrafos únicos dos artigos 14, 15 e 21 da Lei
10.826/2003.
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Pacote Anticrime
Crimes - Classificação
Crime de Perigo : Há uma probabilidade de dano que não precisa ocorrer para consumar o delito.
Competência
Exceções : Justiça Federal quando se tratar de disparos de arma de fogo de funcionário federal em
razão de suas funções, de tráfico internacional de arma de fogo, de crimes previstos na Lei de Armas
ou de crimes em conexão.
A Lei 13.491/2017 estabelece que será competência da Justiça Militar quando se tratar de crimes
praticados por militares durante o exercício da sua função, ainda que não previstos no Código Penal
Militar.
O Estatuto do Desarmamento trata de uma norma penal em branco na qual se fazem necessárias as
seguintes definições:
Arma de Fogo : Arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos gases gerados
pela combustão de um propelente confinado em uma câmara que, normalmente, está solitária a um
cano que tem a função de propiciar continuidade à combustão do propelente, além de direção e
estabilidade ao projétil - Decreto 3.665/2000.
Uso Permitido : Arma cuja utilização é permitida a pessoas físicas em geral, bem como às pessoas
jurídicas, de acordo com as normas do Exército.
Uso Restrito : Arma que só pode ser utilizada pelas Forças Armadas, por algumas instituições de
segurança, e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Exército.
Uso Proibido : São as armas que não se encaixam no conceito de arma de fogo de uso permitido
nem no conceito de arma de fogo de uso restrito. São os grandes armamentos utilizados no cenário
de guerra, de alto calibre e alto poder de destruição.
Arma de Fogo Caseira: A arma de fogo caseira deverá ser analisada por uma perícia para que seja
testada a compatibilidade dela com algum calibre. Logo, na situação de flagrante de arma de fogo
caseira, aplica-se a norma mais favorável para o réu.
Acessório : Engenho primário ou secundário que suplementa um artigo principal para possibilitar ou
melhorar o seu emprego.
Munição : Artefato completo, pronto para carregamento e disparo de uma arma, cujo efeito desejado
pode ser:
➔ Destruição,
➔ Iluminação;
➔ Ocultamento do alvo;
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Arma Imprópria : É aquela produzida sem a finalidade específica de ataque ou defesa, mas pode ser
utilizada para tais fins.
Crimes
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência
desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
estabelecimento ou empresa.
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório
ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,
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acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
● Uma pessoa recebeu uma arma de fogo de herança, mas não atende às condições para ter
porte. Logo, ela deverá entregar a arma à polícia, sob pena de responsabilização.
Posse x Porte
Posse : Consiste em manter a arma intra muros, no interior de residência ou local de trabalho.
Registro Vencido
O registro vencido de arma de fogo configura mera infração administrativa (STJ AP n. 686/AP
29.10.15).
O registro vencido de arma de fogo configura mera infração administrativa (STJ AP 686/AP
29.10.15), e não crime.
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Residência ≠ Domicílio
➔ Residência é estrito.
➔ Domicílio é mais amplo juridicamente.
Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos
em legislação própria e para:
➔ A posse de arma de fogo se restringe à casa ou ao local de trabalho desde que o agente seja
o responsável ou proprietário desse local.
➔ A posse abrange unicamente a casa do indivíduo e não a casa de terceiros.
➔ Caso o indivíduo esteja com a arma em casa de terceiros configura-se o crime de porte ilegal
de arma de fogo.
Local de Trabalho
Vendedores Ambulantes
Os casos de vendedores não se enquadram nas situações em que são permitidas que o agente leve
a sua arma de fogo para o local de trabalho, pois não possuem um local fixo de trabalho.
Jurisprudência - o local de trabalho deve ser um ambiente compartimentado, fechado e restrito, pois
a posse de arma de fogo é idealizada para restringir o âmbito de alcance e de movimentação.
➔ O veículo utilizado profissionalmente não pode ser considerado local de trabalho para tipificar
a conduta de posse de arma de fogo.
➔ O transporte de arma de fogo no interior do veículo configura o delito de porte ilegal de arma
de arma de fogo.
➔ O Táxi não configura residência, nem local de trabalho, mas sim um instrumento de trabalho,
dessa maneira, configura o crime de porte ilegal de arma de fogo .
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➔ A Boleia de caminhão e Motorhome não configura residência, nem local de trabalho, dessa
maneira, configura o crime de porte ilegal de arma de fogo.
● A espingarda de chumbinho não é considerada arma de fogo, razão pela qual o fato é
atípico.
O veículo utilizado profissionalmente não pode ser considerado local de trabalho para tipificar a
conduta como posse de arma de fogo.
A pessoa que possui arma de fogo e registro, que transitar, dentro de sua casa ou de seu local de
trabalho, com ela em coldre, velada ou oculta, haverá crime de porte de arma de fogo.
Há três correntes:
1. Corrente majoritária - para configurar posse ilegal de arma de fogo, a arma deve estar em
disponibilidade dentro de uma gaveta, um guarda-roupa, um cofre, mas se estiver portada
dentro do corpo, seria configurado fato atípico.
2. Corrente - determina que se a arma estiver portada dentro do corpo, configuraria o crime de
porte ilegal de arma de fogo.
3. Corrente - determina que a conduta de levar a arma contigo,configuraria o crime de posse
ilegal de arma de fogo.
Questões Controversas
A arma de fogo desmuniciada : STF - É apta para a configuração de crime de porte ou posse de
arma de fogo (RHC n. 90.197/DF. STF).
A arma de fogo defeituosa ou munição inapta : Deve ser analisada por uma perícia; se for constatado
que a arma é completamente inapta e defeituosa, não pode-se configurar o crime de porte ou posse
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de arma de fogo ,pois se trata de um crime impossível decorrente de uma absoluta impropriedade do
objeto.
➔ Essa impropriedade deve ser absoluta, pois se ela for relativa, a arma de fogo pode disparar
e oferecer risco ao bem jurídico tutelado, configurando, portanto, crime.
A arma de fogo obsoleta : A munição ou os elementos não são mais produzidos ou o modelo é muito
antigo,geralmente essas armas são utilizadas em museu,não é apta para configurar crime de porte
ou posse, pois ela não tem uso, servindo meramente como objeto de colecionador e de relíquia.
A arma de fogo de brinquedo ou simulacro : Não é apta para configurar crime de porte ou
posse,apesar de ser útil para a configuração dos crimes de assalto e roubo, mas ela não serve como
qualificadora para aumentar a pena desses crimes.
A arma de pressão : Pode ser por ação de gás comprimido ou ação de mola, não se enquadra no
conceito de crimes cometidos com arma de fogo.
Dessa maneira, é importante manter por perto os documentos referentes a arma, para se resguardar,
principalmente quando a arma for comprava de terceiros.
Princípio da Insignificância
Não é possível aplicar o princípio da insignificância dentro dos crimes do Estatuto do Desarmamento.
Ainda que se trate de porte ou posse de uma única munição,entendimento majoritário. Todavia, há
uma corrente minoritária que discorda, baseando-se em algumas decisões do STF e do CNJ, que
entenderam que caberia a aplicação do princípio da insignificância em alguns casos de porte ou
posse de munição.
O primeiro caso relativo a isso foi o de uma pessoa que utilizava uma munição como pingente em
seu colar (STF HC 154.390/SC STJ RESP 1735871/AM).
Apreensão e Perícia
➔ Em regra, se uma arma for apresentada e apreendida, ela deverá passar por uma perícia.
➔ Se ela não foi apreendida, deve haver a realização do exame de corpo de delito indireto,
mediante testemunhas,imagens ou documentos .
● Corpo de delito indireto é o exame pericial que não recai imediatamente sobre o objeto do
crime.
➔ Se a arma era de brinquedo ou estava estragada, então será ônus da defesa provar isso.
➔ Em regra não é indispensável a perícia para a configuração dos arts.12,14 e16 ou qualquer
crime de arma de fogo.
● A perícia é prescindível/ dispensável nas armas de fogo para configurar o crime.
Apreensão e Perícia
Renato Brasileiro : A testemunha deve ter visto a arma ser disparada, para garantir o processo de
ampla defesa do acusado.
Concurso de Crimes
Posse ou porte de mais de uma arma em um único contexto: Haverá um crime único.
Ex.: Uma pessoa com 12 armas de fogos em seu carro responderá por um único crime de porte de
arma de fogo; uma pessoa com 12 armas de fogos em sua residência responderá por um único crime
de posse de arma de fogo.
Receptação de arma de fogo que sabe ser produto de crime: Responderá pelo crime de porte e de
receptação.
Ex.: Uma pessoa que porta uma arma que foi roubada ou furtada de um policial responderá pelo
crime de porte e de receptação.
Porte ilegal de arma de fogo e roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo:
Se a pessoa só recebeu a arma na ocasião da prática do crime de roubo, não tendo nenhum contato
anterior, ela responderá apenas pelo crime de roubo.
Se a pessoa já tinha essa arma anteriormente ao roubo, ela responderá pelo crime de porte de arma
de fogo e de roubo circunstanciado,com a causa de aumento da arma de fogo.
Não há bis in idem.
Porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa armada: Se os contextos fáticos forem
diferenciados, haverá concurso material de crime.
Não há bis in idem.
Posse ou porte de arma de fogo e homicídio: Se a pessoa só recebeu a arma na ocasião da prática
do crime de homicídio, não tendo nenhum contato anterior, ela responderá apenas pelo crime de
homicídio.
Se a pessoa já tinha essa arma anteriormente ao homicídio, ela responderá pelo crime de porte de
arma de fogo e de homicídio.
Não há bis in idem.
A abolitio criminis temporária ou vacatio legis indireta, foi um período dentro do Estatuto do
Desarmamento em que foi possibilidade que aquelas pessoas que fossem entregar as armas que
possuíam em casa não seriam criminalizadas pela conduta de porte ou posse de arma de fogo:
2003 Vigora o Estatuto do Desarmamento e os arts.12 posse ilegal de arma de fogo,14 porte ilegal
de arma de fogo e 16 posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e permitido.
A arma de fogo poderia ser entregue e a posse de arma de fogo de uso permitido e com a
numeração raspada não configuraria nenhum desses crimes.
➔ Abolitio criminis para arma de fogo de uso permitido e com numeração raspada.
A abolitio criminis temporária prevista na Lei 10.826/2003 aplica-se ao crime de posse de arma de
fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado,
suprimido ou adulterado, praticado somente até 23/10/2005.
Como nem todas as armas foram devolvidas, então houve essa nova abolitio criminis, que envolvia
apenas a posse de arma de fogo de uso permitido,não valia mais para as armas com a numeração
raspada.
Ao estabelecer prazo para a regularização dos registros pelos proprietários e possuidores de armas
de fogo, o Estatuto do Desarmamento criou situação peculiar e temporária de atipicidade das
condutas de posse e porte de arma de fogo de uso permitido e restrito.
Omissão de Cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja
de sua propriedade.
Doutrinadores
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Renato Brasileiro
Modalidades de Culpa
➔ Negligência;
➔ Imprudência e
➔ Imperícia
➔ Síndrome de Down ;
➔ Deficiente físico;
➔ Cadeirante ;
➔ Paraplégico;
➔ Surdo; e
➔ Mudo.
Quando uma pessoa que tem arma de fogo permite que uma pessoa inexperiente utilize a arma de
fogo, ela não se enquadra no art 13 de omissão de cautela, por que o requisito é a deficiência mental
e idade menor de 18 anos, mas subsiste a contravenção do art.19 da Lei de Contravenções Penais -
LCP:
Art. 19. § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos
mil réis a um conto de réis, quem, possuindo arma ou munição:
b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa inexperiente no manejo de arma a tenha
consigo;
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se apodere facilmente alienado, menor de 18
anos ou pessoa inexperiente em manejá-la.
Ex.: O menor de 18 ou deficiente mental que se apoderar de uma arma de fogo em virtude da
desídia (falta de cautela) do proprietário e com ela efetuar um disparo contra si próprio, o dono da
arma responderá pelo art. 13 omissão de cautela e por homicídio culposo.
Se uma pessoa tem uma arma guardada dentro de algum local seguro, como um cofre, e mesmo
assim o menor de dezoito ou deficiente consegue pegar a arma, essa pessoa não será
responsabilizada, pois não há previsibilidade objetiva do resultado.
Omissão de Cautela
Art. 13. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 horas depois de ocorrido o fato.
Renato Brasileiro : discorda da corrente majoritária,pois afirma que a comunicação à Polícia Federal
já gera uma ocorrência policial, e vice-versa.
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório
ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar.
➔ Tipo misto alternativo: basta que o agente se enquadre em alguma dessas condutas do
artigo 14, e ainda que se enquadre em mais de uma conduta, o agente responderá somente
por um único crime.
➔ É afiançável e com possibilidade de liberdade provisória.
➔ O transporte da arma até a delegacia de polícia para entregá-la configura fato atípico.
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➔ Arma com funcionamento imperfeito, haverá a prática do delito (não haverá somente se a
arma for absolutamente ineficiente).
Ex.: Uma pessoa possui uma arma de fogo ilegal de uso permitido. Ela cava uma cova em seu
quintal e enterra ela lá. Haverá o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
A doutrina majoritária entende que o verbo “ocultar” só está previsto no artigo 14 ,porte ilegal.
Portanto, nesse caso, haveria o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Portaria 28 do COLOG - Transporte de arma de fogo de CAC’s: Atiradores têm direito de portar uma
única arma de fogo municiada nos locais de guarda do acervo até o local de treinamento.
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em
via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de
outro crime.
➔ Funciona como soldado de reserva que atira para matar, ele responderá por homicídio ou
homicídio tentado, não por disparo de arma de fogo.
➔ Lugar habitado ou em sua adjacências ou em via pública.
➔ Morar sozinha e disparar a arma de fogo dentro de casa não se enquadre nesse artigo, a não
ser que de dentro de casa ele dispare para a rua, pois nessa situação estará fazendo em via
pública ou em direção a ela .
➔ Disparar em via pública responde.
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O Pacote Anticrime aumentou todas as penas, mas as condutas equiparadas do parágrafo único da
antiga redação e § 1º da nova redação continuaram as mesmas.
As armas de fogo com a numeração raspada são absolutamente armas de fogo de uso restrito,
independentemente se são de calibre de uso permitido.
Condutas Equiparadas
Art. 16. III – Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
➔ Coquetel molotov.
➔ Álcool e fósforos por si só não configuram-se como artefatos incendiários.
Qualificadora do art.16
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§ 2º Se as condutas descritas no caput e no §1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso
proibido, a pena é de reclusão, de 4 a 12 anos.
➔ O § 2º é uma qualificadora apenas para as armas de fogo de uso proibido, pois não incluiu
os acessórios e as munições de uso proibido,cuja posse ou porte configuraria apenas fato
atípico.
A posse ou porte de arma de fogo de uso proibido passou a ser crime hediondo,inafiançável e
insuscetível de graça, anistia e indulto:
II – O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei
10.826/2003.
O porte ou a posse de arma de fogo de uso proibido virou uma qualificadora do art. 16 do Estatuto do
Desarmamento, de acordo com as mudanças do Pacote Anticrime. Assim, se enquadra tanto nas
condutas do caput, que é a qualificadora, quanto nas figuras equiparadas.
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou
explosivo a criança ou adolescente.
A venda, a entrega ou o fornecimento de arma de fogo para a criança ou o adolescente vai, pelo
princípio da especialidade, se enquadrar no art. 16.
A arma de fogo seja de uso permitido, de uso restrito ou proibido, conforme a doutrina se enquadrará
no art. 16, parágrafo 1º, inciso V.
O crime de porte ou posse de arma de fogo de uso proibido,comércio ilegal de arma de fogo e o
tráfico internacional de arma de fogo são crimes hediondos.
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter um depósito, desmontar, montar,
remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
§1º.Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência.
➔ A pessoa que comete o crime de comércio ilegal de arma de fogo, ou seja, se ela alugar,
receber, adquirir, vender ou expor a venda dentro da sua residência, vai tratar de um
comércio ilegal de arma de fogo.
Gustavo Junqueira - Quando se fala no exercício da atividade, tem-se a ideia de habitualidade, que é
o desempenho de uma profissão, de uma arte ou de um ofício.
Renato Brasileiro de Lima - A doutrina majoritária entende que não é necessário que esse crime de
comércio seja habitual, ele é, na verdade, um crime instantâneo.
O art. 17, sobre o comércio de arma de fogo, trata-se de crime instantâneo para a maioria da
doutrina, e não como crime habitual.
§2º.Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
Condutas
A pessoa que irá vender e a que irá entregar arma de fogo, acessório ou munição para o policial
disfarçado.
O policial se disfarça de comprador e vai até a residência em que ele acha que ocorre o crime de
comércio ilegal de arma de fogo, sendo sempre resguardado pelos elementos probatórios razoáveis
de conduta criminal preexistente. Ou seja, não basta o policial se disfarçar e pedir informação sobre
onde se faz a venda de armas e já cometer o flagrante. O policial deve ter condutas criminais
preexistentes, como uma investigação criminal que iniciou, indícios de autoria, indícios de
razoabilidade.
Situações de Razoabilidade
c) Ausente o elemento de conduta criminal preexistente, o agente policial disfarçado solicita arma ao
comerciante e este vai buscá-la em outra localidade, a prisão em flagrante será considerada,
inevitavelmente, ilegal, nos termos da Súmula 145 do STF.
Súmula 145 do STF - Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a
sua consumação.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
Competência para julgamento: será da justiça federal, por haver lesão ao interesse da
União,transnacionalidade.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 - comércio ilegal de arma e fogo e 18 - tráfico internacional
de arma de fogo, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de
uso proibido ou restrito.
➔ Aumento de pena para crimes de comércio ilegal de arma de fogo e tráfico internacional de
armas.
➔ Crimes de comércio ilegal e tráfico internacional de armas de fogo são hediondos.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
● O art. 14 trata de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido;
● O art. 15 trata sobre disparo de arma de fogo;
● O art. 16 trata do porte ou posse de arma de fogo de uso restrito e proibido;
● O art. 17 trata do comércio ilegal de arma de fogo; e
● O art. 18 trata do tráfico internacional de arma de fogo.
I – forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou