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MÓDULO 1 – AULA 8
Objetivos
• Conhecer as principais implicações decorrentes do conceito de diferen-
ciabilidade de funções reais de várias variáveis reais.
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Diferenciabilidade – continuação
e ! ∂f "
∂f
lim
x→a
(a, b) (x − a) + (a, b) (y − b) = 0,
y→b ∂x ∂y
concluı́mos que xlim
→a
f (x, y) − f (a, b) = 0, pois
y→b
! ∂f ∂f "
f (x, y) − f (a, b) = E(x, y) − (a, b) (x − a) + (a, b) (y − b) .
∂x ∂y
Exemplo 8.1
Seja f (x, y) = x + |y|. Essa função está bem definida em todo o lR 2
e é, claramente, contı́nua em todos os pontos de seu domı́nio, pois
x y
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Diferenciabilidade – continuação
MÓDULO 1 – AULA 8
Exercı́cio 1
Determine o conjunto no qual a função f (x, y) = x + |y| admite ambas
as derivadas parciais.
Exemplo 8.2
Seja
⎧
x2 y
⎨ , se (x, y) ̸= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2 ,
⎩
0, se (x, y) = (0, 0)
x2 y a2 b
lim = = f (a, b).
x→a
y→b x2 + y 2 a2 + b2
x2
Considere, agora, g(x, y) = uma função limitada, pois
x2 + y 2
x2
|g(x, y)| = ≤ 1.
x2 + y 2
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Diferenciabilidade – continuação
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Diferenciabilidade – continuação
MÓDULO 1 – AULA 8
Exercı́cio 2
Mostre que a função
⎧
⎨ x2 y 2
, se (x, y) ̸= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2
⎩
0, se (x, y) = (0, 0)
é diferenciável na origem.
Exercı́cio 3
Mostre que a função
⎧
⎨ x3
, se (x, y) ̸= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y 2
⎩
0, se (x, y) = (0, 0)
Definição 8.1:
Seja f : A ⊂ lR 2 −→ lR uma função definida num subconjunto aberto
A de lR 2 . Dizemos que f é diferenciável se f for diferenciável em todos os
pontos de A.
Após todas essas informações, você deve estar fazendo a seguinte per-
gunta: sob quais condições poderemos afirmar que uma certa função f é
diferenciável, a partir de uma análise de suas derivadas parciais? Ou seja,
há algum critério que permita detectar situações nas quais, claramente, a
função é diferenciável, evitando o uso imediato da definição?
Por exemplo, gostarı́amos de afirmar que funções tais como f (x, y) =
xy cos(x + y), ou g(x, y, z) = exyz são diferenciáveis, sem ter de calcular
os limites do quociente do erro por |(x, y) − (a, b)| ou |(x, y, z) − (a, b, c)|,
dependendo do caso.
Para responder a essa questão, vamos precisar estender um conceito
que já conhecemos das funções de uma variável.
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Diferenciabilidade – continuação
Definição 8.2:
Seja f : A ⊂ lR 2 −→ lR uma função definida num aberto A de lR 2 . Se
∂f ∂f
f admitir derivadas parciais, e , em todos os pontos do conjunto A e
∂x ∂y
se além disso as derivadas parciais forem funções contı́nuas, diremos que f é
uma função de classe C 1 .
Teorema 8.2:
Se f : A ⊂ lR 2 −→ lR é uma função de classe C 1 , então f é
diferenciável.
Exemplo 8.3
A função f (x, y) = xy cos(x + y) é diferenciável. Realmente, f está
definida em todo o lR 2 . Além disso,
∂f
(x, y) = y cos(x + y) − xy sen (x + y),
∂x
∂f
(x, y) = x cos(x + y) − xy sen (x + y),
∂y
Exercı́cio 4
Mostre que a função g(x, y, z) = exyz é diferenciável.
Demonstração do teorema
∂f ∂f
Seja (a, b) ∈ A um ponto genérico, m = (a, b) e n = (a, b).
∂x ∂y
Para mostrar que f é diferenciável em (a, b), devemos mostrar que o limite
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Diferenciabilidade – continuação
MÓDULO 1 – AULA 8
E(x, y)
de , quando (x, y) → (a, b), é zero. Lembre-se:
|(x, y) − (a, b)|
E(x, y) f (x, y) − f (a, b) − m (x − a) − n (y − b)
lim = lim &
x→a
y→b
|(x, y) − (a, b)| x→a
y→b (x − a)2 + (y − b)2
f (a + h, b + k) − f (a, b) − m h − n k
= lim √ ,
h→0
k→0
h2 + k 2
com h = x − a e k = y − b.
Note que, devido a A ser um conjunto aberto, podemos garantir que,
para valores pequenos de h e k, (a + h, b + k) ∈ A.
Nessa altura, fazer isso não parece ser uma tarefa fácil. Realmente, para
isso usaremos algumas estratégias bem conhecidas, mas para quem nunca as
viu antes, podem parecer um bocado misteriosas. É algo assim como o ovo
que Colombo colocou em pé. Parece impossı́vel antes, mas, depois de feito,
parece ser bem simples. Veremos.
Nesse tipo de situação, estaremos sempre tentando dividir o limite em
pedaços menores, que possamos controlar, usando o fato de que
|a + b| ≤ |a| + |b|.
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Diferenciabilidade – continuação
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Diferenciabilidade – continuação
MÓDULO 1 – AULA 8
h h
tendam para zero. Como as funções √ e √ , de h e k, são
h2 + k 2 h2 + k 2
limitadas, a soma
' ' ' '
' ∂f ∂f ' k ' ∂f ∂f ' h
' ' ' '
' (a + h, ξ1 ) − (a, b)' √ + ' (ξ2 , b) − (a, b)' √
' ∂y ∂y ' h2 + k 2 ' ∂x ∂x ' h2 + k 2
vai para zero, quando h e k vão para zero. Ora, isso garante que
' '
' E(h, k) '
' '
lim ' √ '
h → 0 ' h2 + k 2 '
k→0
Uma palavra final, uma vez que já há exercı́cios para você resolver,
deixados ao longo da aula.
Realmente, nesse estágio de sua vida acadêmica, não se espera que
você venha a fazer demonstrações como a que você acabou de ler. No en-
tanto, esforços para entender argumentações desse tipo acrescentarão muita
experiência à sua bagagem, enriquecendo sua cultura matemática. Além
disso, você estará fazendo um bom investimento no seu futuro como ma-
temático.
Aqui está um último exercı́cio.
Exercı́cio 5
Determine o domı́nio de continuidade e o domı́nio de diferenciabilidade
da função
&
f (x, y) = 9 − x2 − y 2 .
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