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Manual Componente Profissional

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1 Índice

1 Índice …………………………………………………………………………………………………………………………………………….… 1

2 Introdução ……………………………………………..……………………………………. 3

3 Objectivos do Manual ……………………………..……………………………………… 6

4 Notas Prévias ……………………………………………………………………………….. 8

5 Medicamentos / Produtos de Saúde ………………………………………………. 10

Identificação do Medicamento / Produto de Saúde ……………………………………………………………… 11


Informação Sifarma ………………………………………………………………………………………………………………… 14
Forma Farmacêutica ………………………………………………………………………………………………….. 14
Genérico ……………………………………………………………………………………………………………………… 15
Classificação estatística (Família e Sub-Família) ……………………………………………………… 15
Tipo de Conservação …………………………………………………………………………………………………. 16
Tipo de Receita ………………………………………………………………………………………………………… 17
Classificação ATC …………………………………………………………………………………………………….. 18
Distribuidor ………………………………………………………………………………………………………………… 21
Detentor AIM ……………………………………………………………………………………………………………… 21
Informação Científica ………………………………………………………………………………………………... 21
6 Informação Científica ………………………………………………………………..... 23

Composição Qualitativa e Quantitativa ……………………………………………………………………………….. 25


Indicações terapêuticas ……………………………………………………………….………………………………………… 27
Posologia e Doses ………………………………………………………………………………….………………………….…… 28
Precauções ………………………………………………………………………………………………………………………………. 31
Reacções Adversas ……………………………………………………………………………………………………….………… 35
Informação para o Farmacêutico ……….…………………………………………………………………………………. 37
Contra-Indicações …………………………………………………………………………………………………………………… 39
Interacções ……………………………………………………………………………………………………………………………… 45
Produtos de Saúde e Medicamentos de Uso Veterinário …….…………………………………………….... 52
7 Serviço Informação Saúde – iSaúde …………………………………………….… 54

Consulta de Folhetos .…………………………………………………………………………………………………………….. 55


iSaúde no Atendimento ……………………………………………………………………………………..…………………… 60
8 Classificação ATC ……………………………………………………………………..…. 63

9 O Utente …………………………………………………………………………………..… 68

Requisitos prévios ……………….……………………………………………………………………………………………….. 68

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Adesão e Registo dos Utentes ………………….…………………………………………………………………………… 68
O que significa ….….……………………………………………………………………………………………….…… 68
Âmbito da autorização concedida pelo Utente …………………………………………………………. 69
Como proceder …………………………………………………………………………………………………………… 69
Construção da Ficha do Utente – Como proceder ……….……………………………………………………….. 70
Ficha de Utente ………………….…………………………………………………………………………………………………… 74
Dados Biográficos …………………………………………………………………………………………….………… 74
Observações do Utente …….…………..………………………………………………………………….……... 77
Perfil Farmacoterapêutico ……………………………………………………………………………….………… 78
Histórico …………………………….…………..………………………………………………………………….……... 91
Determinações ……………………..………………………………………………………………………….………… 98
Registo de Avisos …………….…………..……………………………………………………………….……... 111
Listagem de Utentes com Acompanhamento ……………………………………………………………………... 113
10 Atendimento …………………………………………………………………………… 114

Identificação do Utente ……………….………………………………………………………………………………….….. 114


Identificação dos medicamentos ou produtos de saúde na dispensa ………………….…………… 120
Pesquisa por Grupo Activo …………………………………………………………………………………………….…… 121
Posologia no Atendimento ……………………………………………………………………………………………………. 125
Avisos de Segurança no Atendimento …………………………………….…………………………………………… 133
Reacções Adversas (RA) ………………………………………………………………………………….……… 139
Contra-Indicações (CI) ….…………..………………………………………………………………….……... 142
Interacções (IN) ……………………………………………………………………………….……………………… 143
Terapia Duplicada (TD) …………………………….…………..…………………………………………….... 145
Consulta de Avisos no Atendimento …………………………………………………………………………………... 147
11 Conclusões ……………………………………………………………………………… 152

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2 Introdução

O Sifarma 2000 é o suporte das farmácias, dirigido à prestação individualizada de


serviços a cada utente, e à intervenção profissional, focada no aconselhamento e
na segurança na dispensa de medicamentos de uso humano e produtos de saúde.
O Sifarma 2000 promove a resposta às exigências de uma prática cada vez mais
voltada para o utente e a diferenciação da farmácia pela qualidade do serviço
prestado. Assume, por isso, uma importância crescente, sendo um instrumento
cada vez mais imprescindível à prática profissional em farmácia de oficina.

A farmácia, enquanto espaço de saúde, trabalha para a melhoria da qualidade de


vida e para a obtenção de ganhos em saúde dos utentes, com quem diariamente
contacta.
Neste espaço, o medicamento ocupa um lugar de destaque pelo impacto que
assume no aumento da esperança e da qualidade de vida.

O Sifarma 2000 é o instrumento para a gestão integrada do utente, que traz como
mais-valia o facto de privilegiar a intervenção profissional junto de cada um. Leva a
que cada utente reconheça valor acrescido na intervenção da equipa da farmácia,
na medida em que dá resposta às suas necessidades, contribuindo
comprovadamente para:

• O uso seguro do medicamento e outros produtos de saúde;


• Obtenção de benefício terapêutico;
• Diminuição do desperdício.

A “chave” do Sifarma 2000 é a aposta numa forte componente de informação ao


serviço da prática, mediante o cruzamento dos elementos informativos associados a
cada medicamento e/ou produto de saúde, disponibilizados no dicionário, com o
perfil de cada utente, construído localmente em cada farmácia.

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na dispensa
Segurança
UTENTE MEDICAMENTO

Benefício Terapêutico Diminuição do Desperdício

Dá suporte a uma intervenção profissional sólida, baseada no aconselhamento e


acompanhamento dos utentes.

Esta plataforma de informação promove o aconselhamento no acto da dispensa,


possibilitando uma maior participação da farmácia e do utente na gestão do risco
associado às terapêuticas.

Assim, a acessibilidade dos utentes aos medicamentos e produtos de saúde,


através da equipa da farmácia dá-se nas melhores condições de segurança,
qualidade e efectividade.

Vectores do Sifarma 2000

Contribuindo para o desenvolvimento e inovação na componente profissional, o


Sifarma 2000 aposta em vectores que determinam o rumo para uma prestação de
qualidade, que se reflecte em ganhos efectivos junto dos utentes.

 Através de um atendimento personalizado permite o acompanhamento


individualizado do utente, aproximando a equipa da farmácia das reais
preocupações de cada utente.

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 Com o suporte de informação que disponibiliza, prepara a farmácia para o
desafio que constituem os novos medicamentos, e mantém-na actualizada
com os novos dados de segurança para todos os medicamentos.
Atinge-se assim uma maior segurança na dispensa.

 Permite ainda uma efectiva demonstração dos ganhos obtidos mediante o


registo dos serviços prestados e da intervenção aquando da dispensa, junto
dos utentes, pela equipa da farmácia.

Desta forma, o Sifarma 2000:

- Permite uma prática voltada para o utente ao promover a dispensa com


aconselhamento em todos os atendimentos
- Assegura o acesso do utente aos medicamentos e produtos de saúde nas
melhores condições de segurança, qualidade e efectividade
- Disponibiliza informação de natureza técnica e científica adequada e
actualizada sobre os medicamentos de uso humano e outros produtos de
saúde (ex. suplementos alimentares, medicamentos de uso veterinário)
- Permite o registo da intervenção da farmácia na prática profissional e
demonstra de forma efectiva os ganhos em saúde obtidos.

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3 Objectivos do Manual

Este manual, disponível no Sifarma 2000, acompanha a fase de formação na


Componente Profissional do programa. Esta engloba todos os aspectos relativos à
plataforma de informação, constituída por elementos de caracterização de natureza
técnica e científica associada aos medicamentos e outros produtos de saúde, por
elementos que caracterizam o perfil do utente e ainda pela componente da
intervenção profissional a que o Sifarma 2000 dá suporte.

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Figura1 – Manual da Componente Profissional no Sifarma 2000

Este manual tem por objectivos:


- Fundamentar a origem, o significado, a forma como é construída e explorar
a utilidade prática da informação de natureza técnica e científica associada
ao medicamento de uso humano, medicamento de uso veterinário e outros
produtos de saúde;
- Demonstrar a importância e mais-valias da criação do perfil dos utentes e da
sua identificação com acompanhamento em cada atendimento, bem como
orientar para a melhor forma de o fazer;
- Construir e analisar situações práticas de atendimento.

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4 Notas prévias

Existem conceitos no Sifarma 2000 que importa fundamentar e reter para uma
melhor compreensão deste sistema de informação.

Assim:
Grupo Activo
Conceito desenvolvido com o objectivo de agrupar medicamentos que apresentem
as seguintes características em comum:
- Mesma(s) substância(s) activa(s);
- Em igual dosagem;
- Na mesma forma farmacêutica;
- Sujeitos à mesma regra de dispensa.

Ex Diclofenac 50 mg comp rev (Cataflam ®;Voltaren rapid ®, …)


Ibuprofeno 50 mg/g gel bisn (Nurofen Gel ®, Ozonol ®, ...)

A designação do Grupo Activo é composta pela designação da(s) substância(s)


activa(s) constituinte(s) do medicamento (por ordem alfabética), até um máximo
de duas substâncias activas, acompanhada(s) pelo(s) respectivo(s) teor(es)
quantitativo(s) (sempre que bem definidos) e forma farmacêutica.

Quando o medicamento tem na sua composição mais de duas substâncias activas,


a designação do Grupo Activo adquire a designação da marca comercial que lhe deu
origem (ex. Ilvico®).

Assim, um Grupo Activo engloba um conjunto de medicamentos com as mesmas


características - composição qualitativa e quantitativa em substâncias activas, na
mesma forma farmacêutica e sujeito às mesmas regras de dispensa (por ex. os GA
do Paracetamol 500 mg MSRM e Paracetamol 500 mg NSRM são diferentes).
Sempre que aplicável, e pertinente, a referência à forma do sal na designação do
Grupo Activo é contemplada (ex. “Amlodipina (besilato)”, “Amlodipina (mesilato)”,
“Diclofenac (sódio)”, Diclofenac (potássio)”).

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Quando os teores quantitativos das substâncias activas não se encontram bem
definidos, variando na mesma embalagem (ex. terapêutica hormonal de
substituição), não são expressos na designação do Grupo Activo.

A Forma Farmacêutica é outro dos elementos que condiciona Grupos Activos


distintos. A designação da Forma Farmacêutica pode ter associada referência à via
de administração e forma de apresentação dos medicamentos englobados no Grupo
Activo que caracteriza, sempre que pertinente para a utilidade prática inerente ao
conceito de Grupo Activo e aplicável, dando assim origem a grupos activos
diferentes (ex. “Pó para inalação (cápsula)”, Pó para inalação (inalador)”, Pó para
inalação (recarga)”, “Solução injectável SC (ampola)”, “Solução injectável SC
(caneta pré-cheia)”).

Tal como os medicamentos de uso humano, também os medicamentos de uso


veterinário e produtos de saúde com informação científica, têm Grupo Activo
associado, que obedece aos mesmos princípios já descritos.

No caso dos medicamentos de uso veterinário, os Grupos Activos estão


identificados com a sigla VET.

Atendimento
Conceito desenvolvido com o objectivo de melhor retratar a actividade da farmácia.

No Sifarma 2000, o Atendimento é constituído por componentes, “S/ Compart.”,


“C/ Compart.”, ”Serviços”, ... .

Outra característica do Atendimento e que deve orientar a prática profissional é a


identificação dos utentes para os quais se destina a dispensa de medicamentos,
produtos de saúde e/ou serviços.

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5 Medicamento / Produto de Saúde

A ficha do produto, para além dos elementos de gestão que tradicionalmente lhe
são característicos, contém informação suporte adicional associada ao medicamento
ou ao produto de saúde (ex. suplementos alimentares, medicamentos de uso
veterinário).

Figura 2 - Ficha do Produto

Esta informação é consultada no separador Informação Sifarma e compreende:

• Identificação do medicamento ou produto de saúde (número de código e


designação da linha de venda);
• Identificação do grupo activo (DCI + dosagem + forma farmacêutica);
• Informação relativa à classificação enquanto medicamento genérico;

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• Forma farmacêutica (designação por extenso) complementada, quando
aplicável, com a forma de apresentação;
• Família e sub-família estatísticas (descreve a classificação quanto à
dispensa do medicamento);
• Forma de conservação na farmácia;
• Tipo de receita;
• Titular da AIM;
• Classificação ATC associada à(s) substância(s) activa(s) que faz(em) parte
da composição do medicamento.

Identificação do Medicamento / Produto de Saúde

Figura 3 – Cabeçalho da Ficha do Produto

Código
Número de código atribuído pelo Infarmed ao medicamento aquando da concessão
da autorização de introdução no mercado (AIM). No caso dos medicamentos de uso
veterinário e produtos de saúde, o número de código que lhes está associado é
atribuído centralmente (CNP – Código Nacional de Produto).

Designação
A designação é composta por 4 elementos encadeados da seguinte forma:

“Denominação comercial, dosagem x quantidade forma farmacêutica abreviada”

Exemplo:
Clavamox DT, 875/125 mg x 16 comp

A dosagem é discriminada sempre que o medicamento ou produto de saúde é


constituído por 1 ou 2 substâncias, cada uma com dosagens únicas e bem
definidas.

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Reflecte, na maioria dos medicamentos, a concentração tal como mencionada pelo


titular da AIM, no Resumo das Características do Medicamento (RCM) ou Folheto
Informativo (FI).

A quantidade pode traduzir:


• Número de unidades (comprimidos, cápsulas, saquetas de pó,
supositórios) por embalagem;
• Volume/capacidade do material de acondicionamento primário. Sempre
que a capacidade do material de acondicionamento primário não é
expressa na dosagem associada ao produto (ex. Noostan, 1200 mg/6 mL
x 30), consta na descrição da quantidade.

Logo, nem sempre a quantidade se refere ao número de unidades na embalagem


(ex: número de ampolas bebíveis ou injectáveis por embalagem), podendo fazer
referência à capacidade do material de acondicionamento primário. (ex. Atarax, 2
mg/mL x 200).

A forma farmacêutica, que integra a linha de venda, é a abreviatura da designação


da forma farmacêutica, incluindo a forma de apresentação quando aplicável, (ex:
“comp” para comprimido, “cáps” para cápsula, “xar frasco” para xarope
acondicionado em frasco).

Grupo Activo
Identificação do grupo activo (DCI + dosagem + forma farmacêutica)

Situação actual
No caso dos medicamentos de uso humano, corresponde à descrição da situação da
AIM do medicamento, o que condiciona a sua comercialização.
Esta informação é veiculada pelo Infarmed.

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Comercialização
Situação actual
Autorizada
Situação Inicial Sim
Código nacional substituído Sim
Desactivado (NARC/ANF) Sim
Autorizado Sim
Esgotado Sim
Activo Sim
Excluído da comparticipação Sim
Suspenso Não
Descontinuado Não
Retirado por perigo para a Saúde Pública Não
Suspenso por perigo para a Saúde Pública Não
Retirado por descomparticipação Não

Comercialização autorizada
Permite identificar se o medicamento pode ou não ser dispensado na farmácia.
Sempre que a comercialização esteja autorizada, é assinalado um visto () na
caixa associada à “Situação actual”.
Está directamente relacionada com o campo “Situação Actual” (como reflectido na
tabela anterior).

Exemplo:
Um medicamento cuja Situação actual é “Situação inicial”, é um
medicamento criado na base de dados, disponível no dicionário, cuja
situação nunca sofreu qualquer alteração, estando a sua comercialização
autorizada.
Pelo contrário, um medicamento cuja Situação actual é “Retirado por
perigo para a saúde pública”, não tem comercialização autorizada.

IVA
Indica a taxa de imposto sobre o valor acrescentado a que o produto está sujeito.

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Informação Sifarma
O conteúdo do separador Informação Sifarma que faz parte da Ficha do Produto,
não é passível de ser alterado na farmácia. Esta informação é constituída por
elementos de caracterização, que fazem parte do dicionário, associados ao
medicamento.

Figura 4 - Separador Informação Sifarma da Ficha do Produto

Forma Farmacêutica
Considera-se Forma Farmacêutica, o estado final que as substâncias activas
apresentam depois de submetidas às operações farmacêuticas necessárias, a fim
de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico desejado1.

A forma farmacêutica visível neste campo é a forma farmacêutica descrita por


extenso (ao contrário da forma abreviada, que surge na linha de venda no ecrã de
atendimento), associada à forma de apresentação e via de administração do
medicamento, sempre que aplicável.

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Estatuto do Medicamento
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Exemplos:
- A forma farmacêutica “Suspensão oral (sobremesa)”,com referência à
forma de apresentação, indica tratar-se de uma suspensão oral, cuja
frase de posologia, associada refere dever ser administrada em colher
de sobremesa (10 mL).
- A forma farmacêutica “Solução injectável IM”, com referência à via de
administração, indica a via privilegiada para a administração do
medicamento como sendo a intramuscular.

Para os medicamentos de uso humano, a forma farmacêutica reflecte o descrito no


RCM ou FI, relativo à forma de administração / toma do medicamento, informação
complementada pela descrição da AIM.

Genérico
Identifica a classificação do medicamento enquanto medicamento genérico, através
da existência de um visto () na caixa respectiva.

Classificação estatística (Família e Sub-Família)


Família estatística
Classificação do medicamento ou produto de saúde que visa o seu enquadramento
enquanto Parafarmácia ou Alopatia.

Sub-Família estatística
Sub-divisão das famílias estatísticas que visa agrupar dentro de uma mesma sub-
família, medicamentos ou produtos de saúde com características comuns.

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Família estatística Sub-Família estatística

Medicamento sujeito a receita médica


Manipulado sujeito a receita médica
Alopatia
Manipulado não sujeito a receita médica
Medicamento não sujeito a receita médica

Produtos de Higiene
Puericultura
Acessórios
Matérias Primas
Parafarmácia
Produtos Cosméticos
Dietética Infantil
Suplementos Alimentares
Medicamentos e Produtos de Veterinária

Na família estatística Alopatia, onde estão incluídos todos os medicamentos


de uso humano, estão criadas as sub-famílias que reflectem a classificação
quanto à dispensa de medicamentos de uso humano:
- Medicamento sujeito a receita médica
- Manipulado sujeito a receita médica
- Manipulado não sujeito a receita médica
- Medicamento não sujeito a receita médica

Margem (%)
Margem de comercialização (em percentagem) associada à sub-família estatística,
aconselhada para a comercialização do medicamento. Esta informação pertence ao
dicionário.

Tipo de Conservação
Descrição da forma de conservação necessária para manter o medicamento nas
melhores condições, evitando que este se degrade dentro do prazo de validade que
se lhe encontra atribuído.

Trata-se da Forma de Conservação indicada para manter o medicamento, podendo


não ser a mesma que a indicada para a fase de utilização do medicamento em
casa, após abertura da embalagem. Esta informação é veiculada pelo RCM e/ou FI.

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Manual Componente Profissional
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Exemplos: “Manter em local seco, fresco e ao abrigo da luz”, “Conserve


a temperaturas inferiores a 25ºC. Proteja da luz e da humidade”,
“Conserve entre 2 ºC e 8ºC”.

Tipo Receita
Só aplicável a medicamentos. Requisito legal necessário para proceder à dispensa
do medicamento, elemento característico da AIM atribuída pelo Infarmed.

Exemplos:
- Normal
- Sem Receita
- Restrita
- Restrita a)
- Restrita b)
- Restrita c)

Estão sujeitos a receita médica restrita os medicamentos cuja utilização deva ser
reservada a certos meios especializados por preencherem, designadamente, uma
das seguintes condições:
a) Destinarem-se a uso exclusivo hospitalar, devido às suas características
farmacológicas, à sua novidade, ou por razões de saúde pública (MSRM restrita -
Alínea a) do Artigo 118º do D.L. 176/2006);
b) Destinarem-se a patologias cujo diagnóstico seja efectuado apenas em meio
hospitalar ou estabelecimentos diferenciados com meios de diagnóstico adequados,
ainda que a sua administração e o acompanhamento dos pacientes possam
realizar-se fora desses meios (MSRM restrita - Alínea b) do Artigo 118º do D.L.
176/2006);
c) Destinarem-se a pacientes em tratamento ambulatório, mas a sua utilização ser
susceptível de causar efeitos adversos muito graves, requerendo a prescrição de
uma receita médica, se necessário emitida por especialista, e uma vigilância
especial durante o período de tratamento (MSRM restrita - Alínea c) do Artigo 118º
do D.L. 176/2006).

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Os medicamentos sujeitos a receita médica restrita que não sejam de uso exclusivo
hospitalar podem ser dispensados nas farmácias de oficina em termos a definir por
regulamento do INFARMED2.

Permite renovação
Indica se determinado medicamento permite receita renovável, através da
existência de um visto () na caixa respectiva.

De acordo com o artigo 4º do DL 209/94, de 6 de Agosto, os medicamentos


sujeitos a receita médica, podem ainda ser classificados como sendo de receita
médica renovável ou não renovável.

Os medicamentos de receita médica renovável são os que, de acordo com o artigo


6º do mesmo DL, não sendo sujeitos a receita médica especial, nem de receita
médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados, têm
indicação para determinadas patologias ou tratamentos prolongados e possam, no
respeito pela segurança da sua utilização, ser adquiridos mais de uma vez, sem
necessidade de nova prescrição médica.

Classificação ATC

Figura 5 - Classificação ATC no separador Informação Sifarma

Classificação anatómica, terapêutica e química, atribuída às substâncias activas.


Sistema de classificação universal adoptado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) no qual as substâncias activas são classificadas segundo o órgão ou sistema

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Estatuto do Medicamento
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Manual Componente Profissional
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no qual actuam e de acordo com as suas propriedades químicas, farmacológicas e
terapêuticas.

As substâncias activas são classificadas em 5 diferentes níveis de acordo com:


• Órgão ou sistema no qual actuam, o que corresponde ao 1º nível,
Grupo anatómico (ex. A – Tracto alimentar e metabolismo; D –
Dermatológicos; H – Preparações hormonais sistémicas, excluindo as
sexuais);
• Características terapêuticas, que correspondem ao 2º nível – Grupo
terapêutico, e ao 3º nível – Sub-grupo terapêutico;
• Características químicas e terapêuticas, o que equivale ao 4º nível -
Grupo químico terapêutico.
Substâncias activas classificadas no mesmo 4º nível não devem ser
consideradas farmacoterapeuticamente equivalentes, uma vez que o
seu modo de acção, efeito terapêutico, interacções medicamentosas e
perfil de reacções adversas pode ser diferente.
• Características químicas da molécula corresponde ao 5º nível – Grupo
da substância química.

A classificação ATC é atribuída aos medicamentos de acordo com a principal


indicação terapêutica da substância activa nesse medicamento, segundo o princípio
básico através do qual existe apenas uma classificação ATC para cada substância
activa incluída numa formulação, ou seja, uma substância activa em determinada
dose, numa dada formulação tem apenas uma classificação ATC associada.

No entanto, a mesma substância activa pode ter várias classificações ATC


associadas, uma vez integrada em diferentes formulações, em diferentes doses,
com indicações terapêuticas distintas.

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Exemplo 1:
A substância activa prednisolona tem associadas diferentes
classificações ATC, consoante a dose e a formulação em que se
encontra:
A07EA01 – Agente anti-inflamatório intestinal
C05AA04 – Anti-hemorroidário para uso tópico
D07AA03 – Preparação dermatológica
H02AB06 – Corticosteróide de uso sistémico
R01AD02 – Descongestionante nasal
S01BA04 – Oftalmológico
S02BA03 - Otológico

Exemplo 2
O ácido acetilsalicílico em doses mais elevadas, está indicado como
analgésico e antipirético, associado à classificação ATC N02BA01.
Em doses mais baixas, é um agente antitrombótico associado à
classificação ATC B01AC06.

O principal objectivo da classificação ATC, é ser um instrumento de auxílio na


produção de estatísticas sobre a utilização dos fármacos, por forma a melhorar o
seu uso.

Esta classificação é criada e mantida pela Organização Mundial de Saúde, sendo


que nem todas as substâncias activas presentes nos medicamentos têm
classificação ATC associada. Muitas vezes, esta situação é temporária.
O grupo de trabalho responsável pela manutenção do sistema de classificação ATC
(WHO International Working Group) reúne 2 vezes por ano, sendo um dos
propósitos discutir e aprovar novas classificações ATC propostas, e possíveis
alterações a classificações ATC já atribuídas.

No entanto, o número de alterações a que é sujeita a classificação ATC procura ser


mantida a um mínimo, por forma a ser um sistema o mais estável possível, mas
que reflicta a situação actual.
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Manual Componente Profissional
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Alterações à classificação ATC podem ser motivadas por:


• introdução de formulações importantes no mercado, ou novos grupos de
fármacos;
• alterações nos perfis terapêuticos;
• novo conhecimento acerca do mecanismo de acção;
• divisão de grupos ATC muito grandes e complexos;
• correcção de classificações inadequadas.

Botões Anterior e Próximo


Nos casos em que o medicamento é constituído por mais de uma substância activa,
cada uma com a respectiva classificação ATC associada, os Botões Anterior e
Próximo estão activos, permitindo visualizar as classificações ATC de todas as
substâncias activas do medicamento em análise.

Distribuidor
Empresa/laboratório farmacêutico responsável pela distribuição do medicamento ou
produto de saúde. Pode ou não ser a mesma empresa Detentora da AIM (no caso
de uma empresa/laboratório estrangeiro, o distribuidor pode ser o seu
representante em Portugal).

Detentor AIM
No caso dos medicamentos de uso humano, é a empresa/laboratório farmacêutico
requerente, ao qual foi concedido pelo Infarmed a autorização de introdução no
mercado (AIM), do medicamento.

Informação Científica
É também possível aceder à consulta da informação técnica e científica associada
ao medicamento ou produto de saúde no Sifarma 2000 a partir da Ficha do
Produto, do botão “Info. Científica”.

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Figura 6 - Acesso à informação científica a partir da Ficha do Produto

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6 Informação Científica
Os elementos de caracterização que constituem a Informação Científica associada a
medicamentos de uso humano, de uso veterinário e a produtos de saúde,
disponibilizada através do Sifarma 2000, são um conjunto de informação de
natureza técnica e científica e formam a plataforma suporte ao aconselhamento
durante o atendimento e ao acompanhamento dos utentes.

A informação associada aos medicamentos disponibilizada através do Sifarma 2000,


apresenta as seguintes características:
• rigor;
• ponderação;
• real significado clínico e relação de causalidade perfeitamente
estabelecida;
• valoriza cada elemento informativo individualmente e para tal é
disponibilizada a informação necessária;
• utilidade prática.

No que diz respeito aos medicamentos de uso humano, o estudo, desenvolvimento


e criação desta informação segue o seguinte fluxo de trabalho:

 Os medicamentos são autorizados pelo Infarmed e mediante análise e


tratamento da informação emitida pela autoridade reguladora (RCM’s / FI’s)
e, sempre que aplicável, outras fontes suporte, são criados na base de
dados do Sifarma 2000, os principais elementos de caracterização dos
medicamentos (composição qualitativa/quantitativa, forma farmacêutica,
excipientes, frases de precaução), e a informação relativa ao perfil de
reacções adversas, contra-indicações e interacções a eles associada.

 O conjunto de documentação relativa à informação associada aos


medicamentos de uso humano disponibilizada no Sifarma 2000, respectivas
fontes e evidência de tratamento, é fisicamente organizada em processos de
estudo. A documentação organizada nos processos de estudo fundamenta
assim toda a informação veiculada pelo Sifarma 2000.

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Manual Componente Profissional
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 A informação do Sifarma 2000 é continuamente actualizada em função da


informação associada aos novos medicamentos autorizados e/ou de novos
dados clínicos ou de segurança.

O objectivo deste contínuo processo de tratamento e actualização da informação é


assegurar a robustez da informação suporte à prática profissional com o Sifarma
2000.

No contexto do ecrã do Atendimento, a informação associada ao medicamento de


uso humano, uso veterinário ou suplemento alimentar pode ser acedida
directamente a partir da linha de venda através do botão Info.Cient. ou das teclas
de acesso rápido Ctrl + V.

Figura 7 - Acesso rápido à informação científica a partir da linha de venda do medicamento no atendimento.

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Manual Componente Profissional
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Desta forma acede-se a um ecrã com 8 separadores de informação distinta:

Informação científica associada ao medicamento /


Produto de Saúde

“Composição Qualitativa e Quantitativa”

“Indicações Terapêuticas”
“Posologia e Doses”
“Precauções”
“Reacções Adversas”
“Informação para o Farmacêutico”
“Contra-indicações”

“Interacções”

Composição Qualitativa e Quantitativa

Figura 8 - Separador Composição Qualitativa e Quantitativa do ecrã Informação Científica

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Manual Componente Profissional
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O separador – Composição Qualitativa e Quantitativa, apresenta os seguintes


elementos que caracterizam o medicamento:
• composição qualitativa e quantitativa em substâncias activas,
• excipientes constituintes da formulação.

Assim, este separador permite a identificação das substâncias activas que fazem
parte da composição do medicamento, classificação ATC associada (caso exista), e
respectivas doses ou teores quantitativos, acrescida da composição qualitativa em
substâncias excipientes.

Substância activa
Por substância activa entende-se toda a matéria de origem humana, animal,
vegetal ou química, à qual se atribui uma actividade apropriada para constituir um
medicamento3, dotando-o de actividade farmacológica.

Qt. + Unid. Medida (dose)


Composição quantitativa do medicamento, ou seja, a dosagem da(s) substância(s)
activa(s) constituinte(s) do medicamento em análise.

A dose é expressa pelos elementos Quantidade, valor numérico correspondente à


dosagem, e respectiva Unidade de Medida (ex: mg, dL; mL).

ATC
Classificação ATC associada à(s) substância(s) activa(s).

Excipientes
Por excipiente entende-se toda a matéria-prima que, incluída nas formas
farmacêuticas, se junta às substâncias activas ou suas associações para servir-lhes
de veículo, possibilitar a sua preparação e a sua estabilidade, modificar as suas
propriedades organolépticas ou determinar as propriedades físico-químicas do
medicamento e a sua biodisponibilidade3.

3
Estatuto do Medicamento
26
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
Este campo apresenta as substâncias excipientes, consideradas pelo titular da AIM,
no respectivo RCM.

Indicações terapêuticas

Figura 9 - Separador Indicações Terapêuticas do ecrã Informação Científica

O separador – Indicações Terapêuticas, transmite informação referente às


indicações terapêuticas aprovadas pelo Infarmed para o medicamento e veiculadas
no RCM.

Dada a necessidade de a informação transmitida no Sifarma 2000 ser sucinta, de


fácil e rápida leitura, por forma a facilitar a sua utilização durante o atendimento,
os elementos que constituem as indicações terapêuticas são, sempre que
pertinente, um balanço do descrito no RCM, transmitindo da forma mais completa e
clara possível as indicações terapêuticas associadas a cada medicamento.

27
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Posologia e Doses

Figura 10 – Separador Posologia e Doses do ecrã Informação Científica

A posologia associada ao medicamento é a referida pelos titulares da AIM, através


dos RCM’s, para o conjunto de medicamentos (marcas comerciais) com igual
composição qualitativa e quantitativa e igual forma farmacêutica (ou seja, incluídos
no mesmo Grupo Activo).
É assim um elemento comum ao conjunto dos medicamentos englobados no
mesmo Grupo Activo.

A frase de posologia que surge associada ao medicamento, tanto no separador


Posologia e Doses como no ecrã do atendimento na continuidade da linha de venda,
é a mais baixa, para a principal indicação terapêutica, mencionada nos RCM’s.
Mesmo quando não é possível identificar a principal indicação terapêutica, e
estando descrita mais do que uma, a opção é sempre a posologia mais baixa.

28
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
Normalmente é a indicada para um utente adulto, sem compromissos orgânicos, a
menos que se trate de uma formulação pediátrica.

No caso de formulações pediátricas ou com indicação em pediatria, a posologia


pode ser a indicada para determinado grupo etário ou peso (ex.: 1-5 anos; 6-11
anos; maiores de 12 anos). Também neste caso é indicada a posologia adequada
ao grupo etário mais baixo ou peso mais baixo.

A frase de posologia é construída tendo em atenção a forma farmacêutica, a via de


administração indicada para o medicamento em causa, assim como a melhor forma
de efectuar a referida administração.

Assim, esta frase é constituída por 4 componentes principais:

 Verbo – reflecte a forma farmacêutica e a via pela qual o medicamento deve


ser administrado.

Ex: Tome, Dilua, Ingira

 Quantidade – unidades de medicamento a tomar que reflectem a dose por


toma.

Ex: “n” comp.; “n” colheres de chá; “n” ampolas; “n” porção (ões) de
creme

 Forma Farmacêutica que pode ter implícita a forma de apresentação ou de


administração.

Ex: colher (xarope), saqueta (susp oral)

 Frequência da toma – reflecte o número e o momento das tomas.

A posologia aconselhada pelo médico prescritor, ou no caso de um medicamento


não sujeito a receita médica (MNSRM), a posologia aconselhada pelo farmacêutico,
constitui um elemento informativo individualizado para o utente, o qual, por este
motivo, não pode ser impresso na cartonagem pelo fabricante, sendo uma
informação que tem necessariamente de ser transmitida pela farmácia que
dispensa o medicamento.
29
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Por este motivo, a frase apresentada pode ser alterada a qualquer altura durante a
dispensa através do ecrã – Editor de Posologia, disponível em contexto com o ecrã
de Atendimento (ver Atendimento).

A frase de posologia pode ainda ser impressa numa etiqueta autocolante, destinada
a ser colada na cartonagem do medicamento, com informação individualizada ao
utente e ao medicamento que vai tomar (ver Atendimento).

Nem sempre é aplicável a associação de uma frase de posologia a todos os


medicamentos, devido a situações como:
 As opções de posologia não são indicadas pelo RCM por serem
particularmente dependentes do estado clínico, tendo necessariamente de
ser uma posologia individualizada, indicada pelo médico;

 Os regimes posológicos têm uma descrição complexa, não suportada por


uma frase simples (ex.: terapêutica hormonal de substituição).

Nestes casos, é possível encontrar indicações mais pormenorizadas sobre as


posologias e regimes terapêuticos, no separador Posologia e Doses, no campo que
contempla a informação complementar à posologia. O mesmo se aplica a
informação que complementa as frases de posologia propostas pelo sistema.

Assim, no separador Posologia e Doses é possível encontrar informação relativa a:


• Regimes posológicos mais complexos (ex. terapêutica hormonal de
substituição), que não é possível veicular através de uma frase simples,
como a frase de posologia, que se pretende concisa (por forma a ser
impressa numa etiqueta autocolante);
• Doses mais baixas (iniciais) recomendadas;
• Doses máximas recomendadas;
• Necessidade de titulação de doses ou de desmame progressivo;
• Recomendações de dosagens específicas (segundo o método ou via de
administração, ou segundo a indicação terapêutica);
• Ajustes posológicos por faixa etária e em grupos de doentes;
30
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
• Duração normal do tratamento ou restrições à duração do tratamento
• Opções de posologia que dependam do estado e/ou da condição clínica do
doente, com necessidade de indicação pelo médico;
• Necessidade de complementaridade da terapêutica;
• Nível de libertação da substância activa na formulação em particular (ex.
sistemas transdérmicos);
• Excepção à indicação posológica associada a uma marca comercial em
particular.

Esta informação provém dos RCM’s das marcas comerciais que fazem parte de cada
Grupo Activo, complementada por fontes adicionais suporte, sempre que
necessário.

Precauções

Figura 11 - Separador Precauções do ecrã Informação Científica

31
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
Informação de carácter prático, redigida em linguagem simples, acessível e concisa,
passível de ser transmitida directamente ao utente, que se destina essencialmente
a assegurar a correcta e segura utilização do medicamento.

É uma informação suporte ao aconselhamento e ao esclarecimento de questões que


o utente coloca durante o atendimento.

Constitui um dos mais relevantes elementos informativos suporte ao


aconselhamento durante o atendimento, dada a boa acessibilidade e possibilidade
de rápida consulta durante a dispensa, a partir do ecrã do atendimento.

O teor da informação contemplada nas frases de precaução e aplicável ao contexto


da dispensa, deve ser sempre explicado e bem fundamentado ao utente, devendo o
responsável pelo atendimento assegurar que o conteúdo da informação que
transmite e a sua importância são plenamente apreendidos.

Assim, por forma a promover a segura e correcta utilização do medicamento, a


informação contemplada nas Frases de Precaução, recai sobre 4 principais âmbitos:
• Conselhos/instruções de toma;
• Precauções a tomar aquando do uso do medicamento;
• Situações em que a administração do medicamento deve ser efectuada com
precaução;
• Aspectos relativos à segurança da toma e à adesão à terapêutica.

Precauções – Tipo de informação abrangida:

 Uso do medicamento
(ex. “Prepare, guarde no frigorífico. Use até 7 dias”, frase associada a
preparações extemporâneas da associação de amoxicilina e ácido
clavulânico, por forma a assegurar a estabilidade do ácido clavulânico na
formulação).

32
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
 Excipientes/substâncias particulares associadas a precauções na toma
(ex. “Contém cloreto de benzalcónio”, frase associada a broncodilatadores
com cloreto de benzalcónio como excipiente que, quando administrados por
inalação, podem provocar broncoconstrição severa, por hipersensibilidade).

 Relação dos alimentos com a toma do medicamento


(ex. “Se doer o estômago tome com alimentos”, frase associada a
medicamentos agressivos para a mucosa gástrica, em que o facto de serem
tomados com alimentos, minimiza este efeito adverso).
(ex. “Evite bebidas (chá) ou alimentos com hipericão”, frase associada a
medicamentos com substâncias activas como a carbamazepina, associação
de etinilestradiol e levonorgestrel, fluoxetina, zolmitriptano, entre outras,
uma vez que o hipericão, presente, por exemplo, no vulgar chá para o
fígado, é um indutor das enzimas que metabolizam estes fármacos,
provocando uma diminuição das suas concentrações séricas).

 Relação com a toma de outros medicamentos


(ex. “Afaste 5 minutos o uso de outros colírios”, “Evite antiácidos. Afaste a
toma 2 horas”, “Tome meia hora antes de qualquer outro medicamento”
frase de precaução associada, por exemplo, ao alendronato de sódio).

 Capacidade de condução e utilização de máquinas


(ex. “Pode dificultar condução de carros e máquinas”, “Se sentir sonolência
não conduza”, frases associadas a medicamentos que de alguma forma
podem colocar em risco a capacidade de vigilância e operacionabilidade.
Trata-se de um âmbito de frases de precaução de particular relevância na
gestão do risco associado à toma de medicamentos).

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
 Grupos de doentes aos quais não é aconselhada a administração
(ex. “Não aplique em recém-nascidos com menos de 1 mês”, frase associada
a formulações tópicas com iodopovidona, uma vez que recém-nascidos com
menos de 1 mês são mais susceptíveis à absorção sistémica do iodo, dada a
relação superfície corporal/peso, podendo afectar o desenvolvimento da
tiróide, com hipotiroidismo consequente por inibição da produção das
hormonas da tiróide).

 Situações particulares, como a gravidez e amamentação


(ex. “Não deve aplicar no primeiro trimestre de gravidez”, “Não amamente
se aplica este medicamento”).

 Riscos particulares associados ao tratamento (início do tratamento,


interrupção súbita/repentina, forma de administração)
(ex. “Pode causar sonolência ou tonturas”, “Não pare de tomar
bruscamente”).

 Alertas específicos que possam afectar a adesão à terapêutica


(ex. “Pode alterar a cor da urina”, “O comprimido vazio pode aparecer nas
fezes”).

 Situações decorrentes de reacções adversas para as quais é necessário estar


alerta por forma a tomar medidas preventivas
(ex. “Pode aumentar sensibilidade à luz solar e UV”).

 Doses máximas / Duração tratamento


(ex. “Dose máxima recomendada: 2 comprimidos por dia”, “Não use mais
que 3 dias, salvo indicação médica”).

A informação veiculada através das frases de precaução tem origem no RCM,


podendo também provir de fontes adicionais de informação suporte.

34
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Reacções Adversas

Figura 12 - Separador Reacções Adversas do ecrã Informação Científica

Entende-se por reacção adversa uma “Qualquer resposta prejudicial e indesejada a


um medicamento que ocorre com doses habitualmente usadas para profilaxia,
diagnóstico ou tratamento ou para modificação de funções fisiológicas”4

O perfil de Reacções Adversas que caracteriza um determinado medicamento, é um


elemento de caracterização definido ao nível do Grupo Activo, o que significa que é
comum, ao conjunto de medicamentos englobados nesse Grupo Activo.
As Reacções Adversas contempladas, apresentam relação causal perfeitamente
estabelecida com o(s) medicamento(s) estando sempre que possível, classificadas
quanto à frequência de ocorrência de acordo com a classificação do MedDRA:

4
Organização Mundial de saúde
35
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
Medical Dictionary for Regulatory Activities ( ≥ 10% – muito comum; 1 % - 10 % –
comum; 0,1 % - 1 % – ocasional; 0,01 % - 0,1 % – raro; < 0,01 % – muito raro).

Para além da frequência com que ocorre, cada reacção adversa é ainda, sempre
que pertinente e aplicável a cada caso, classificada de acordo com:
• Altura em que ocorre (ex. início ou fim do tratamento);
• Indivíduos mais predispostos (ou seja, se ocorre apenas em pessoas que
apresentam uma maior predisposição para desencadear aquela reacção
adversa em particular – há reacções adversas mais comuns em crianças
e idosos, por exemplo);
• Relação com a dose (ex. reacções adversas decorrentes da utilização de
doses elevadas e/ou situações de sobredosagem);
• Reversibilidade do efeito (ex. reacções adversas reversíveis, que só
ocorrem numa fase inicial do tratamento e adaptação ao medicamento e
à dose, passando de seguida – importante para assegurar a adesão à
terapêutica);
• Interrupção do tratamento (ex. reacções adversas que dada a sua
gravidade obrigam a uma interrupção do tratamento e reavaliação da
terapêutica).

Para facilitar a pesquisa no Sifarma 2000 de determinada reacção adversa


associada a um medicamento, a descrição da reacção adversa é constituída
primeiro pelo termo que identifica o órgão ou parâmetro afectado, seguido da
descrição do evento (ex. “transaminases hepáticas aumentadas”, “visão turva”,
“apetite diminuído”).
É ainda possível que a reacção adversa que se procura identificar, esteja
contemplada através de um sinónimo (ex. rash é sinónimo de erupção cutânea).

As reacções adversas associadas a cada medicamento encontram-se ordenadas


alfabeticamente.

As reacções adversas, para além de serem um dos elementos que fazem parte do
conjunto da informação científica associada aos medicamentos, constituindo um
potencial suporte para a notificação de reacções adversas ao Centro Nacional de
Farmacovigilância do Infarmed ou às Unidades Regionais de Farmacovigilância, são
também um elemento presente na construção do perfil farmacoterapêutico do

36
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
utente, fazendo parte do conjunto de alertas personalizados ao utente no
atendimento.

Toda esta informação baseia-se essencialmente no descrito nos RCM’s para o


conjunto de medicamentos englobados no mesmo Grupo Activo.

Quando a informação dos RCM’s não é suficiente para a construção do perfil de


reacções adversas, por ser omissa nas reacções adversas reportadas, quanto ao
seu fundamento, ou na clara relação de causalidade associada ao(s)
medicamento(s), por um lado e por outro, na classificação das reacções adversas, a
informação é complementada recorrendo a fontes auxiliares.

Informação para o Farmacêutico

Figura 13 - Separador Informação para o Farmacêutico do ecrã Informação Científica

Informação transmitida em linguagem mais técnica que, dada a sua especificidade


e grau de importância, deve ser interpretada e julgada quanto à relevância e
adequação ao utente em causa.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Abrange aspectos relativos a:


• Classes de fármacos (ex. IECA’s, AINE’s, Anti-histamínicos);
• Substâncias activas em particular;
• Marcas comerciais individualizadas;
• Situações particulares associadas a determinados tratamentos (ex.
precauções relativas a assegurar uma contracepção eficaz).

A Informação para o Farmacêutico deve ser sempre analisada, de forma crítica,


caso a caso, tendo em conta a indicação terapêutica para a qual o medicamento
está a ser dispensado, e as características do utente.

Exemplo Prático de Informação para o Farmacêutico:


“Em caso de sensibilidade gástrica a salicilatos ou a AINEs é conveniente a
administração simultânea de um protector da mucosa gástrica.
Os salicilatos prolongam o tempo de hemorragia por inibição da agregação
plaquetária. Para reduzir o risco hemorrágico suspender a terapêutica 5 a 7
dias antes de qualquer intervenção cirúrgica ou extracção dentária.
No caso de uso de dispositivo intra-uterino, usar com precaução por
aumentar o risco hemorrágico. Possível diminuição da eficácia
anticoncepcional.”

Esta informação está associada aos medicamentos com ácido acetilsalicílico.


Assim, no caso de dispensa a um utente do sexo masculino, a quem se destine o
medicamento, a informação faz sentido, embora não seja aplicável a referência aos
DIU’s - informação que não deve ser transmitida.
Ainda, o risco hemorrágico em caso de intervenção cirúrgica só se coloca se, de
facto, o utente for submetido a tal, o que não representa uma situação comum.

38
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Contra-Indicações

Figura 14 - Separador Contra-indicações” do ecrã Informação Científica

As Contra-indicações englobam todas as situações, estados fisiopatológicos, nas


quais as substâncias activas constituintes do medicamento estão contra-indicadas,
ou em que é necessário alguma precaução na sua administração.

Entende-se por Contra-indicação a descrição de uma situação na qual o fármaco


não deve ser utilizado, por risco da sua administração claramente ultrapassar
qualquer possível benefício5.
Nesta definição enquadram-se as contra-indicações classificadas com grau Grave.

5
Food and Drug Administration (FDA)
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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Como Precaução, considera-se a informação relativa a qualquer cuidado especial a


tomar por forma a garantir o uso efectivo e seguro do fármaco.

A administração de um medicamento numa situação em que é claramente contra-


indicada, pode resultar em consequências graves, que devem obviamente ser
evitadas.

As contra-indicações surgem no Sifarma 2000 como parte do estudo a que são


sujeitas todas as substâncias activas constituintes dos medicamentos, estudo este
que passa por várias etapas:
• Pesquisa e selecção de fontes;
• Análise da informação,
• Elaboração da informação,
• Contínua actualização da informação.

A principal fonte desta informação, à semelhança de toda a informação descrita


anteriormente, é o RCM.

Sempre que necessário o estudo das contra-indicações associadas ao medicamento,


é complementado e consolidado com outras fontes de informação, como as
monografias do DrugDex® e o Martindale, parte integrante do Micromedex®
Healthcare Series, Thomson Healthcare, por forma a melhor fundamentar os
mecanismos de acção, e mesmo as mensagens a transmitir ao utente, assim como
estabelecer graus e acções recomendadas associados a cada contra-indicação.

Figura 15 - Contra-Indicação/Precaução de Utilização do separador Contra-Indicações

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Este bloco encontra-se ordenado por ordem decrescente de grau de gravidade,


aparecendo primeiro as contra-indicações de grau grave, seguidas das de grau
moderado e por fim as precauções de grau ligeiro.

Substância
Substância activa componente do medicamento, que está contra-indicada, ou em
que é necessária alguma precaução na administração, em determinado(s) estado(s)
fisiopatológico(s).

Estado Fisiopatológico
Termo descritivo do estado fisiopatológico relativo à contra-indicação/precaução de
utilização em causa.
Entende-se por estados fisiopatológicos, o conjunto de situações classificadas como
Alergia, Patologia, e Condição Particular (Gravidez, Amamentação, Geriatria,
Pediatria).

Abrev
Abreviatura do estado fisiopatológico correspondente à contra-Indicação/precaução
de utilização.
Cada estado fisiopatológico está associado a uma abreviatura, por forma a facilitar,
no atendimento, a identificação do aviso.

Tipo
Os estados fisiopatológicos correspondentes à contra-indicação/precaução de
utilização são classificados em diferentes tipos:
PAT - patologias
ALE - alergias
CDP – condições particulares - contemplam estados fisiológicos com
particularidades que influenciam a acção do medicamento (Gravidez,
Amamentação, Geriatria, Pediatria).

41
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Grau
A cada contra-indicação está associado um grau de gravidade, que podendo ser
grave, moderado ou ligeiro, se encontra identificado por um sistema de
“semáforos”:
• - Verde assinala o grau Ligeiro.
O grau ligeiro deve ser entendido como um aviso com carácter informativo,
que sugere algum tipo de precaução a ter em atenção aquando da
administração do medicamento.

• - Amarelo representa o grau Moderado.


O grau moderado diz respeito a um aviso que assume uma gravidade
intermédia entre uma contra-indicação absoluta (grau grave) e o aviso de
precaução (grau ligeiro).
• - Encarnado representa o grau Grave.
O grau grave torna necessário o registo de uma justificação por forma a
prosseguir com o atendimento.
Diz respeito a situações cujas potenciais consequências são suficientemente
graves, tornando imperativa a sua análise durante o atendimento:
• Quando, a utilização do medicamento possa colocar a vida em
grave risco, ou há proibição da utilização da substância activa em
determinado estado fisiopatológico;
• Quando, é referida como contra-indicação absoluta no RCM / FI,
ou quando uma das fontes de informação suporte refere que a
substância activa não pode ser administrada em determinado
estado fisiopatológico.

Mecanismo

Figura 16 - Mecanismo no separador Contra-Indicações

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

O mecanismo, estabelece uma base farmacológica de suporte ao aviso, de modo a


que este possa ser melhor compreendido, avaliada a sua aplicabilidade, facilitando
a comunicação com o utente, podendo ser um ponto de partida para uma eventual
necessidade de diálogo com o médico prescritor ou com o médico assistente.
As contra-indicações com a gravidez, referem ainda no mecanismo, sempre que
estabelecido e aplicável, o trimestre ao qual diz respeito o aviso.

Mensagem para o Doente

Figura 17 - Mensagem para o Doente do separador Contra-Indicações

Constitui informação suporte ao aconselhamento a prestar ao utente, sendo por


isso expressa numa linguagem acessível, prática, de fácil compreensão, associada a
algum equilíbrio de conteúdo, por forma a não ferir susceptibilidades nem incorrer
no risco de alarmismo.

A construção e os elementos que constituem a mensagem para o utente, dependem


principalmente do grau da contra-indicação, mas também, do estado fisiopatológico
em causa (com referência, sempre que possível, a eventual sintomatologia
pertinente), e da classificação quanto à dispensa do medicamento (sujeito/não
sujeito a receita médica).

É uma orientação para o diálogo a estabelecer com o utente; devendo ser


assegurada a compreensão da mensagem resultante do aviso, e a adesão a
indicações destinadas a prevenir, minorar ou mesmo controlar possíveis
consequências associadas à contra-indicação/precaução de utilização do
medicamento.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Sempre que adequado e aplicável, são descritas na mensagem para o utente


situações (como sintomatologia característica), que a surgirem como resultado da
contra-indicação, devem levar à consulta/contacto com o médico.

Os avisos de contra-indicação associados às condições particulares gravidez e


amamentação, devem ser sempre interpretados tendo em conta a possibilidade de
a utente, não se encontrando ainda em nenhuma das condições particulares
referidas, poder vir a enquadrar-se nelas, no período previsto para a duração da
terapêutica ou no período referido como comportando risco para uma possível
gravidez / amamentação. Assim, ao transmitir a informação à utente, pode ser
necessário salvaguardar um período no qual o tratamento tenha já terminado, mas
se mantenha ainda algum risco face a uma situação de gravidez ou amamentação.

Acção Recomendada

Figura 18 -Acção Recomendada no separador Contra-Indicações

A acção recomendada transmite uma informação complementar ao grau de


gravidade que caracteriza a contra-indicação, assumindo apenas um carácter
orientador.

Pode apresentar 3 formas:


• “Informe o doente sobre os efeitos que podem ocorrer e como deve
proceder”
• “Informe o médico e o doente sobre os efeitos que podem ocorrer”
• “Não dispense sem falar com o médico”

A indicação para o contacto com o médico destaca a importância de intervir neste


sentido, caso se venha a constatar o desconhecimento, por parte do médico
assistente ou por parte do utente, da contra-indicação em causa e de quais os
cuidados a ter relativos à toma do medicamento.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Interacções

Figura 19 - Separador Interacções do ecrã Informação Científica

Entende-se por interacção medicamentosa, a “resposta farmacológica ou clínica à


administração de uma associação de fármacos diferente da prevista face aos efeitos
conhecidos dos dois agentes quando administrados isoladamente”6.

Alguns aspectos importantes para diminuir a ocorrência de interacções


medicamentosas, focam:
• O conhecimento dos mecanismos farmacológicos das interacções
medicamentosas;
• O conhecimento dos grupos de medicamentos mais susceptíveis de
provocar interacções medicamentosas;

6
Tatro, David S. Drug Interaction Facts, 2004
45
Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
• Adopção de programas de detecção e prevenção de interacções
medicamentosas, que identifiquem o risco de ocorrência de interacções
com significado clínico.

As interacções associadas ao medicamento resultam do estudo e tratamento da


informação associada a cada uma das substâncias activas suas constituintes.

Todo o perfil de interacções associadas a determinado medicamento, engloba


apenas interacções com relevância e significado clínico.
À semelhança das contra-indicações, as interacções são constituídas por todo um
conjunto de informação que as caracteriza. Encontram-se assim associadas a um
grau de gravidade, uma acção recomendada, um mecanismo e uma mensagem
para o doente.

A principal fonte da informação é também o RCM, procurando-se complementar a


informação contemplada nas interacções associadas ao medicamento com outras
fontes de informação (Hansten and Horn’s – Drug Interactions, Analysis and
Management St Louis, Missouri: Facts and Comparisons; Micromedex® Healthcare
Series, Thomson Healthcare; Stockley’s Drug Interactions, PhP Pharmaceutical
Press), por forma a melhor estabelecer graus de gravidade e acções recomendadas
que as caracterizam, assim como fundamentar mecanismos de acção, e elaborar as
mensagens a transmitir ao utente.

Substância

Figura 20 – Substância no Separador Interacções

Identifica as substâncias activas constituintes do medicamento em análise.

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Interacções

Figura 21 - Interacções no Separador “Interacções”

Substância A
Substância activa constituinte do medicamento A em análise que interage com a(s)
substância(s) activas de um medicamento B.

Substância B
Substância activa constituinte de um medicamento B e que interage com a(s)
substância(s) activas do medicamento A em análise.

Grau
Tal como acontece nas contra-indicações, a cada interacção está associado um grau
de gravidade, o qual vai desde a interacção absoluta (grau grave) ao aviso que
sugere algum tipo de precaução a ter em atenção aquando da administração do
medicamento (grau ligeiro).
Os graus de gravidade que caracterizam as Interacções, encontram-se identificados
por um sistema de “semáforos”:
• - Verde assinala o grau Ligeiro.
O grau ligeiro associado a um aviso de interacção, deve ser entendido como
uma chamada de atenção, como uma precaução, um aviso com carácter
informativo a ter em atenção aquando da associação das substâncias activas.

• - Amarelo representa o grau Moderado.


O grau moderado diz respeito a um aviso que assume uma gravidade
intermédia entre uma interacção grave e o aviso de precaução.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
• - Encarnado representa o grau Grave.
O grau grave associado a uma interacção, justifica-se sempre que:
• a administração simultânea dos dois fármacos deve ser evitada ou
efectuada sob estreita monitorização, ou coloca a vida em grave risco;
• a interacção é referida como potencialmente grave, ou a associação
dos dois fármacos é contra-indicada no RCM.

Medicamento
Marcas comerciais associadas à substância activa B.

Mecanismo

Figura 22 - Mecanismo no Separador Interacções

O mecanismo estabelece, sempre que possível, uma base farmacológica de suporte


ao aviso, de modo a que este melhor possa ser compreendido, avaliada a sua
aplicabilidade, facilitando a comunicação com o utente, podendo ser um ponto de
partida para uma eventual necessidade de diálogo com o médico prescritor ou com
o médico assistente.

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Manual Componente Profissional
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Fundamento Farmacológico dos mecanismos das interacções

As interacções podem ocorrer por um mecanismo de potenciação ou de


antagonismo dos efeitos farmacológicos de cada um dos medicamentos.

Podem ainda ser farmacodinâmicas ou farmacocinéticas.


Farmacodinâmicas: ocorrem entre fármacos com acção farmacológica
similar ou antagonista. Pode dever-se a um fenómeno de competição
pelos mesmos receptores, ou pode ocorrer entre fármacos que actuam
sobre os mesmos sistemas fisiológicos.
Normalmente, este tipo de interacção verifica-se para fármacos dentro
da mesma classe.

Farmacocinéticas: ocorrem quando um fármaco altera a absorção,


distribuição (por alteração da ligação às proteínas plasmáticas),
metabolismo, ou excreção de outro, modificando a sua
biodisponibilidade.
Este tipo de interacções não podem ser assumidas para todos os
fármacos pertencentes à mesma classe, a não ser que esteja
comprovado terem as mesmas propriedades farmacocinéticas.

Mensagem para o Doente

Figura 23 - Mensagem para o Doente no Separador Interacções

Constitui informação destinada a ser transmitida ao utente, sendo por isso expressa
numa linguagem cuidada, acessível, prática e pouco técnica, de fácil compreensão,
associada a algum equilíbrio de conteúdo, por forma a não ferir susceptibilidades
nem incorrer no risco de alarmismo.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

A construção e os elementos que constituem a mensagem para o doente,


dependem do grau da interacção, da classificação quanto à dispensa dos
medicamentos envolvidos (sujeito/não sujeito a receita médica) e fazem, sempre
que possível, referência a eventual sintomatologia pertinente.

É uma orientação para o diálogo a estabelecer com o utente, devendo ser


assegurada a compreensão da informação, e a adesão a indicações destinadas a
prevenir, minorar ou mesmo evitar possíveis consequências nefastas associadas à
interacção entre os medicamentos.

Acção Recomendada

Figura 24 - Acção Recomendada do Separador Interacções

A acção recomendada transmite uma informação complementar ao grau de


gravidade que caracteriza a interacção, assumindo-se apenas como uma
orientação.

Pesquisa de Interacções

Figura 25 - Pesquisa de interacções no Separador Interacções

Permite a pesquisa rápida de interacções entre uma das substâncias activas do


medicamento em causa e outro medicamento/substância activa, utilizando critérios
específicos.

É possível, em qualquer altura, por necessidade ou por interesse formativo,


pesquisar interacções entre medicamentos, recorrendo aos critérios de pesquisa
disponíveis: Grupo Activo, Medicamento (marca comercial) ou Substância Activa.
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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

 Modo de funcionamento:
Introduzir o critério de pesquisa desejado e clicar ”Enter”.
Os critérios de pesquisa disponíveis são:
Medicamento – permite a pesquisa por número de código ou por marca
comercial;
Grupo Activo – permite a pesquisa por designação do Grupo Activo (DCI(s) +
dosagem + forma farmacêutica);
Substância activa – permite a pesquisa por designação da substância activa.
Clicar em “Enter” e aguardar pelo resultado da pesquisa.

Cada critério de pesquisa está associado a uma lista independente que apresenta
todos os registos que satisfazem o critério de pesquisa, a partir da qual deve
escolher o registo desejado através da tecla “Enter”.

Figura 26 - Exemplo da utilização do bloco Pesquisa de Interacções

Os passos podem ser invertidos, situando o cursor no campo do critério de pesquisa


pretendido, carregando em “Enter”, surge então a lista de valores independente
para o respectivo critério da pesquisa, na qual é efectuada a pesquisa do valor
pretendido.

Botão Nova Pesquisa


Permite apagar os critérios inseridos numa pesquisa anterior, permitindo a
introdução de novos critérios para pesquisa de interacções.

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Manual Componente Profissional
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O conjunto dos elementos (grau, acção recomendada, mecanismo, mensagem


para o doente) que constituem os avisos de interacção entre medicamentos, e
de contra-indicação, devem ser analisados e ponderados na sua globalidade.
Cada elemento da equipa da farmácia, pode e deve, de acordo com a sua
sensibilidade, e face ao conhecimento que tem de cada utente em particular,
avaliar o aviso e adequar a mensagem a transmitir caso a caso.
O bom senso associado ao conhecimento são peças chave para o bom uso dos
avisos.

Produtos de Saúde e Medicamentos de Uso Veterinário

No que diz respeito à informação científica disponível, associada a produtos de


saúde, nomeadamente suplementos alimentares, esta segue os mesmos critérios
de rigor e aplicabilidade à prática de farmácia, verificada para os medicamentos de
uso humano. Desta forma é possível encontrar informação nos separadores
disponíveis, após consulta do botão – Informação Científica.

Figura 27 – Informação Científica associada a Suplementos Alimentares


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Manual Componente Profissional
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No caso da informação científica associada aos medicamentos e produtos de uso


veterinário, a farmácia encontra informação nos vários separadores disponíveis,
após consulta do botão Informação Científica.
No que diz respeito aos Medicamentos de Uso Veterinário, a informação referente a
Interacções e Contra-Indicações relevantes pode ser encontrada nos separadores -
Precauções e Alerta para o Farmacêutico.

Figura 28 – Informação Científica associada a Medicamentos de Uso Veterinário

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Manual Componente Profissional
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7 Serviço Informação Saúde - iSaúde


Informar e aconselhar constituem um Serviço Essencial, parte integrante das
competências profissionais das equipas das Farmácias.
Disponibilizar informação é fundamental para reforçar competências, promover a
mudança de comportamentos e motivar uma participação mais activa dos utentes
nos cuidados com a sua saúde.
A integração dos suportes informativos iSaúde no Sifarma 2000 permite de uma
forma rápida, prática e económica:
• Informar os utentes em função do seu problema de saúde ou dos
medicamentos/produtos de saúde dispensados;
• Complementar a informação verbal com materiais informativos;
• Ter disponível, em permanência, suportes informativos sempre actuais

Informar é uma prática transversal a toda a actividade da farmácia e


grande parte do tempo da equipa da farmácia é utilizado a comunicar

Com esta funcionalidade a farmácia:


 Utiliza de forma mais rápida e fácil, no seu dia-a-dia, a informação dirigida
aos utentes, aconselhando de forma personalizada e à medida das
necessidades de cada um;
 Tem disponível de forma integrada no atendimento, conteúdos de
informação em saúde dirigidos aos utentes, o que facilita e promove a
prática do aconselhamento e a intervenção profissional da equipa da
farmácia;
 Maximiza a gestão dos diferentes temas iSaúde publicados, articulando-os
com as iniciativas ou objectivos definidos;
 Personaliza os suportes informativos a entregar, com o seu nome e o do
utente ao qual se destinam.

Assim e para além de ter permanentemente disponível a totalidade dos temas


publicados no âmbito do serviço iSaúde, a equipa da farmácia, no acto de
atendimento, pode aceder a suportes iSaúde, cujos temas se articulam com os
medicamentos, produtos de saúde ou serviços dispensados. Estes folhetos são
passíveis de impressão just-in-time, em formato simplificado (uma página A4 com
texto a uma cor).
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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

A integração do Serviço iSaúde no SIFARMA 2000 traz vantagens visíveis e


quantificáveis, diferenciando as farmácias pela cedência de informação - de forma
activa e à medida – em cada aconselhamento.

Consulta de Folhetos

A partir do menu principal no ecrã inicial da aplicação é possível aceder a várias


opções, disponíveis no âmbito das funcionalidades que caracterizam o serviço
iSaúde - no Sifarma 2000: Consultar e pesquisar de forma rápida os temas iSaúde
(Folhetos), Costumizar temas (Activar e Inactivar Sub-temas).

Figura 29 - Acesso à lista e às funcionalidades de gestão dos temas iSaúde

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Manual Componente Profissional
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Figura 30 - Lista e funcionalidades de gestão dos temas iSaúde

Ao seleccionar a opção – Folhetos, é possível visualizar a lista de todos os temas


publicados.

Figura 31 - Lista de temas iSaúde

Através da consulta desta lista é possível aceder ao documento em formato pdf


relativo a cada tema. Para tal basta seleccionar o folheto pretendido e clicar duas

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Manual Componente Profissional
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vezes na tecla “Enter” ou seleccionar a linha na qual consta o folheto, clicar na tecla
insert e confirmar no botão OK.

O ecrã encontra-se organizado por tema, sub-tema e título sendo possível


identificar os suportes com base nestes critérios (por ex. listar temas publicados no
sub-tema Bebé e Criança) por pesquisa rápida, mediante a selecção de um destes 3
critérios, que é concretizada através de um clique na coluna do critério pretendido.

Figura 32 - Critérios de pesquisa de temas iSaúde

Uma vez identificado o critério de pesquisa, o utilizador deve escrever no campo


Critério o termo a pesquisar e clicar ”Enter”.

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Manual Componente Profissional
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Figura 33 - Pesquisa de temas iSaúde

Sempre que se pesquisa por parte do nome (ex. acne), deve recorrer-se ao símbolo
% que deve ser colocado antes e no fim do nome a pesquisar (ex. %acne%).

As funcionalidades Activar e Desactivar sub-temas têm por objectivo conceder à


Farmácia a possibilidade de personalização dos temas iSaúde que visualiza de
forma proactiva no atendimento, aquando da dispensa de medicamentos, produtos
de saúde ou serviços, e ainda de personalizar a lista de temas de Folhetos
“favoritos” da Farmácia, à qual acede a partir do menu principal “Utentes” sub-
menu iSaúde.

Assim, a farmácia tem disponível a possibilidade de gerir o universo de temas que


proactivamente são sugeridos em contexto dos medicamentos, produtos e serviços
dispensados, no ecrã do Atendimento de acordo com as suas necessidades, época
do ano (ex. temas com cariz sazonal) e realidade do seu dia-a-dia. Esta gestão é
conseguida recorrendo às opões “Activar sub-temas” e “Inactivar sub-temas”. Por
omissão, a farmácia visualiza a totalidade dos temas, o que faz com que ao
consultar a lista de folhetos associados à opção Activar sub-temas, esta se encontre
vazia. Trata-se de uma opção que é alimentada mediante a inactivação de sub-
temas. A inactivação de sub-temas traduz-se na prática pela indisponibilidade
destes sub-temas na Lista de folhetos (opção Folhetos) e no acto de atendimento.

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Manual Componente Profissional
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Opção – Inactivar sub-temas

Figura 34 - selecção a partir da lista de folhetos dos temas a inactivar

Esta opção permite, por exemplo, explorar “Semanas temáticas” sendo que apenas
aparecerão sugeridos folhetos alusivos ao tema escolhido, durante o período de
tempo em que os restantes temas, permanecerem inactivados.

Opção – Activar sub-temas

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Manual Componente Profissional
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Figura 35 - Selecção da lista de temas inactivos dos temas a activar

iSaúde no Atendimento

No contexto do atendimento, a aplicação sugere, sempre que pertinente, a entrega


de suportes informativos ao utente em função dos medicamentos, produtos de
saúde ou serviços dispensados.
A farmácia é alertada para esta situação, através da mudança de cor do botão
iSaúde, que passa a estar a amarelo.
Esta funcionalidade está sempre presente, independentemente de no ecrã do
Atendimento constar um utente identificado com acompanhamento.

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Manual Componente Profissional
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Figura 36 – Exemplo de dispensa de um suplemento alimentar e activação do botão iSaúde

Ao clicar no botão iSaúde (activo, a amarelo) surge o ecrã de acesso à lista filtrada
de temas, ou seja, que mostra apenas o(s) tema(s) pertinente(s) no contexto da
dispensa.

Figura 37 – Impressão de Folheto

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Manual Componente Profissional
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Ao clicar no botão Ok, após ter seleccionado a linha do tema pretendido, é possível
visualizar o ficheiro em formato pdf do suporte informativo.

No caso de dispensa de mais do que um medicamento ou produto de saúde, ao


clicar no botão iSaúde ou através das teclas de função [shift+i] é possível visualizar
todos os temas passíveis de impressão em contexto dos medicamentos ou produtos
de saúde da dispensa em curso. Assim, a impressão de um ou mais folhetos irá
depender da avaliação do profissional e da identificação das necessidades de
informação do utente.

Figura 38 – lista de temas iSaúde associados a medicamentos e produtos de saúde presentes na


dispensa

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Manual Componente Profissional
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8 - Classificação ATC

Processo de consulta da classificação ATC associada a cada medicamento a partir


do atendimento.

No contexto do ecrã do Atendimento clicar no botão “ATC”.


Surge o ecrã com a classificação ATC no qual são visíveis os “Grupos Anatómicos”
que integram esta classificação. Com o botão esquerdo do rato, ou com as teclas de
direcção, é possível percorrer os vários níveis da classificação ATC.

Figura 39 – Acesso à Classificação ATC a partir do Atendimento

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Manual Componente Profissional
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Do lado direito do ecrã, são apresentados os medicamentos associados a cada nível


da classificação ATC, em contexto com o nível seleccionado no lado esquerdo.
Para cada medicamento é possível visualizar: código, designação, stock na farmácia
e preço de venda (caso seja um medicamento presente em ficheiro).

Figura 40 – Medicamentos em contexto da respectiva Classificação ATC

A selecção de medicamentos, a partir da classificação ATC, tanto os existentes no


inventário como no dicionário, pode ser efectuada com a tecla “Ctrl”.
Em contexto com o ecrã da classificação ATC, é ainda possível, à semelhança da
funcionalidade já implementada ao nível da linha de dispensa no ecrã do
Atendimento, efectuar pesquisas por Grupo Activo ou por Grupo Homogéneo.

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Pesquisa por Grupo Activo

Pressionando a tecla “F9” é possível aceder ao ecrã “Lista de Grupos Activos”. No


campo de pesquisa deste ecrã (situado no topo), deve ser escrita a designação da
substância activa a pesquisar (tendo em atenção a forma como a designação do
Grupo Activo é construída).

Figura 41 – Pesquisa por Grupo Activo em contexto da Classificação ATC

De seguida carregar na tecla “Enter”, sendo visualizados todos os Grupos Activos


que apresentam a substância activa em causa.

Pesquisa por Grupo Homogéneo

Pressionando a tecla “F8” é possível aceder ao ecrã “Lista de Grupos Homogéneos”.


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Manual Componente Profissional
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No campo de pesquisa deste ecrã (situado no topo), deve ser escrita a designação
do grupo homogéneo a pesquisar e pressionar na tecla “Enter”.
Por defeito, são apresentados todos os medicamentos do inventário da Farmácia.
Contudo, existe a possibilidade de visualizar os do Dicionário carregando na tecla
“Ctrl”.

Figura 42 – Pesquisa por Grupo Homogéneo em contexto da Classificação ATC

Pesquisa por Designação Comercial do Medicamento

A partir de um medicamento presente na linha de dispensa no ecrã do


Atendimento, é possível aceder directamente à classificação ATC das substâncias
activas da sua composição, clicando no botão “ATC”.

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Manual Componente Profissional
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O acesso à classificação ATC a partir de um medicamento presente na linha de
dispensa no ecrã do Atendimento, permite visualizar outros medicamentos com a
mesma composição em substâncias activas e, se pretendido, seleccionar um novo
medicamento para o ecrã do Atendimento. Esta funcionalidade não permite a
substituição do medicamento inicialmente lançado.
Não é possível aceder a esta funcionalidade fora do ecrã de Atendimento.

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9 O Utente

O Sifarma 2000 permite a construção e o acesso em cada atendimento ao perfil do


utente o que conduz a um aconselhamento personalizado e orientado para o
utente.

Ao longo deste capítulo são apresentados os conceitos e funcionalidades associadas


à construção do perfil do utente, a saber:
- Requisitos legais no âmbito da recolha dos dados do utente;
- Implementação do perfil do utente com acompanhamento;
- Recolha de dados para a construção do perfil do utente;
- Consulta dos dados do perfil do utente;
- Impacto da construção do perfil do utente no atendimento.

Requisitos prévios
A partir do momento da instalação do Sifarma 2000 e independentemente de
existir, ou não, intenção de iniciar de imediato a construção de Fichas de Utente
(com acompanhamento), a farmácia na pessoa do Director Técnico necessita
subscrever o protocolo de adesão ao Sifarma 2000 (estabelecido entre a farmácia e
a ANF) e proceder à notificação da Comissão Nacional de Protecção de Dados
(CNPD).

Adesão e Registo dos Utentes


O que significa
Mediante autorização escrita do utente – Documento Consentimento Informado - é
iniciada a construção da Ficha do Utente com Acompanhamento na base de dados
da farmácia.
A autorização dada pelo utente revela igualmente o tipo de acompanhamento
solicitado/aceite pelo próprio.
A construção do Perfil do Utente registado na sua ficha representa um salto
qualitativo em termos de prática profissional e segurança no aconselhamento, uma
vez que possibilita e promove o atendimento personalizado do utente e o
acompanhamento da evolução do seu estado de saúde, valorizando a relação entre
o utente e a equipa da farmácia.

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Manual Componente Profissional
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Âmbito da autorização concedida pelo utente


O Acompanhamento de Utentes no Sifarma 2000 é um acompanhamento local.
Este significa que a informação recolhida existe apenas na farmácia com a qual o
utente assinou consentimento informado.

Como proceder

Utente deseja registar-se

Esclarecimento do utente sobre as Registo Provisório


vantagens do acompanhamento Ficha em Pré-Registo

Registo Definitivo
Assinatura do Consentimento Informado
Ficha Activa com Acompanhamento Local

Utente com Acompanhamento

Se não existir disponibilidade imediata por parte do farmacêutico ou do utente para


o preenchimento da proposta de adesão, é possível, numa 1ª fase (pré-registo),
recolher apenas os dados essenciais do utente (nome, morada, data de
nascimento, telefone), prosseguindo posteriormente com a construção gradual da
ficha do utente com acompanhamento.

Através do documento de Consentimento Informado o utente autoriza a recolha


e o acesso aos seus dados de forma exclusiva pela farmácia.

Uma vez assinado o documento de Consentimento Informado, o qual deve ficar


arquivado na farmácia, procede-se à actualização da situação da Ficha do Utente,
que passa a Activo, sendo neste momento possível seleccionar o tipo de
acompanhamento a prestar – Acompanhamento Local.

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Manual Componente Profissional
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Neste momento, ficam disponíveis todos os separadores que caracterizam a Ficha


do Utente e são disponibilizados dois novos botões:

• C. Utente (Cartão de Utente) que permite a impressão do código de barras


de identificação do utente, impresso numa etiqueta autocolante, passível de
ser colada num cartão, e
• C.F.Port, (Cartão Farmácias Portuguesas) que permite associar o cartão FP a
uma ou mais fichas de Utente com Acompanhamento Local

Figura 43 - Separadores constituintes da Ficha do Utente com Acompanhamento

Construção da Ficha do Utente – Como proceder

Para construir nova Ficha de Utente, clicar no botão Utentes, ou tecla de função
F10, no ecrã do Atendimento ou em alternativa no botão Gestão de Utentes, no
menu principal, através do qual se acede à Pesquisa de Utentes.
Uma vez na lista Pesquisa de Utentes está disponível o botão Registar Novo Utente
através do qual se acede a uma nova Ficha de Utente.

De início, cada nova Ficha de Utente, tendo como Situação da Ficha o estado de
Pré-Registo, apresenta apenas um separador de informação disponível - Dados
Biográficos. Após o preenchimento dos dados essenciais para a correcta
identificação do utente, e ao gravar clicando no botão Gravar, fica disponível o
separador, Planos de Comparticipação e um novo botão que permite a impressão
do documento de Consentimento Informado – “Doc. Cons. Informado”.
Uma vez devidamente assinado o documento de Consentimento Informado, a
situação da ficha do utente deve ser alterada, passando a Activo. Para tal, clicar
primeiro no botão Alterar o que vai permitir a reedição de todos os campos da
ficha. Seguidamente de modo que as alterações fiquem guardadas, é novamente

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Manual Componente Profissional
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necessário gravar clicando no botão Gravar que fica disponível sempre que se clica
no botão Alterar.

Uma vez tendo o utente autorizado o acompanhamento através do preenchimento


e devida assinatura do consentimento escrito, há que seleccionar a opção
Acompanhamento Local no campo - Tipo acompanhamento. Tal como no passo
anterior, e para alterar qualquer elemento do separador Dados Biográficos, é
necessário clicar primeiro no botão Alterar e, após executar a alteração desejada,
gravar clicando no botão Gravar.

Procede-se à emissão do código de barras do utente, o qual é impresso numa


etiqueta autocolante, passível de ser colada num cartão que o utente transporte
consigo aquando das visitas à farmácia, e para tal basta clicar no botão “C.Utente”.
O ícone no canto superior esquerdo mantém-se inalterado.

Figura 44 – Impressão do Código de Barras associado à Ficha de Utente com Acompanhamento

Outra alternativa, bastante pertinente para as farmácias que aderiram ao Programa


Farmácias Portuguesas, é associar a Ficha de Utente com Acompanhamento Local
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Manual Componente Profissional
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ao Cartão das Farmácias Portuguesas. Apresenta a vantagem de este ser um
“suporte” mais resistente e duradouro, que o utente habitualmente traz consigo
quando vem à farmácia devido a ter associada a vertente de acumulação de
pontos.

Figura 45 – Cartão das Farmácias Portuguesas

Para tal, basta clicar no botão “C.F.Port.” e proceder à leitura óptica do código de
barras do cartão Farmácias Portuguesas que se pretende associar. Nessa altura, o
ícone do canto superior esquerdo altera-se, ficando com o símbolo das Farmácias
Portuguesas. É possível associar mais do que uma Ficha de Utente com
Acompanhamento ao mesmo cartão das Farmácias Portuguesas, bastando para tal
proceder da mesma forma para as diversas fichas.

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Manual Componente Profissional
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Figura 46 – Associar um Cartão Farmácias Portuguesas à Ficha de Utente com Acompanhamento

Sempre que o utente é identificado mediante leitura óptica do respectivo código de


barras ou do Cartão das Farmácias Portuguesas, no acto do atendimento, é possível
identificar o utente com acompanhamento e a sua ficha é apresentada com a
totalidade dos separadores relacionados com o Acompanhamento do Utente sendo
possível registar os dados que permitem construir o Perfil do Utente.

Se a identificação do utente se fizer apenas pelo nome, chamado a partir da lista de


pesquisa de utentes, a ficha do utente é apresentada apenas com os separadores
administrativos - Dados biográficos, Planos de comparticipação, Conta corrente
(quando aplicável).

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Manual Componente Profissional
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Ficha de Utente
A Ficha de Utente permite à farmácia registar os dados do utente, optimizando e
assegurando processos de dispensa com mais qualidade e segurança, assim como a
prestação de serviços farmacêuticos individualizados a cada utente.
Para facilitar tanto os registos como as consultas, a Ficha do Utente é composta por
separadores, cada um com informação específica.

Dados Biográficos
O separador Dados Biográficos da Ficha do Utente contém todo um conjunto de
informação que permite a mais completa e correcta identificação do utente.

Figura 47 –Separador Dados Biográficos na Ficha do Utente

N.º Sifarma
Número único de identificação da Ficha do Utente. É atribuído automaticamente no
momento de criação desta.

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Manual Componente Profissional
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Situação
Indica a situação actual da Ficha do Utente, a qual pode ser Pré-registo, Activo, ou
Anulada.

A situação Pré-registo reflecte uma situação provisória de criação da Ficha do


Utente, na qual, uma vez impresso o documento de Consentimento Informado,
se aguarda que o utente conceda a devida autorização de acompanhamento.
Por forma a associar o Acompanhamento à Ficha do Utente, a situação desta deve
ser Activo.
A Situação da Ficha pode também ser Anulado. Fichas de Utente com situação
Anulado, à semelhança de Fichas de Utente com situação Pré-registo, não constam
da listagem apresentada na Pesquisa de Utentes tendo seleccionada a opção
Clientes activos, podem no entanto ser visualizadas seleccionando a opção Todos os
clientes.

Tipo de pessoa
Indica o tipo de utente de que se trata, se individual ou se colectivo. O
acompanhamento só é possível para utentes individuais.

Nome Completo
Destina-se ao registo do nome do utente. Não obriga necessariamente ao registo
do nome completo do utente, no entanto deve haver precaução por forma a evitar
a criação de Fichas de Utente associadas ao mesmo nome, evitando desta forma
situações dúbias. O título do utente pode ser recolhido no campo para o efeito.

Tipo Acompanhamento
Define o tipo de acompanhamento associado ao utente em particular e determina
as funcionalidades a ele inerentes.

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Manual Componente Profissional
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O Acompanhamento Local determina o acompanhamento efectivo do utente, dando


acesso a um conjunto de separadores de informação que permitem a construção do
seu perfil:
“Perfil Farmacoterapêutico”
“Histórico”
“Determinações”
“Registo de Avisos”

Em situações em que tal se justifique o campo “Tipo Acompanhamento”


pode passar de Acompanhamento local a Sem Acompanhamento, sendo
que esta operação elimina a informação presente nos separadores:
Perfil Farmacoterapêutico, Histórico, Determinações e Registo de
Avisos

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Observações do Utente

Campo de edição livre, que permite o registo de observações consideradas


pertinentes associadas ao utente (ex. “Medir a pressão arterial a cada ida à
farmácia”).
Para editar neste campo é necessário clicar no botão – Editar Obs, e associar a
informação pretendida. Por fim é necessário clicar no botão – Gravar. As
observações inseridas podem ser posteriormente eliminadas, recorrendo ao botão –
Apagar.
Assinalando com um visto () a caixa associada à observação, torna-se visível no
ecrã do atendimento com o utente identificado, a existência de observações
registadas no seu perfil, permitindo a consulta destas mediante acesso à Ficha do
Utente (Ctrl + E) directamente a partir do atendimento, ou através da combinação
de teclas Ctrl + U que permitem visualizar um quadro com as observações
registadas na Ficha do Utente com a caixa associada assinalada com um visto ().
O campo Observações do Utente está sempre visível em contexto com qualquer dos
separadores da Ficha do Utente com Acompanhamento.

Figura 48 – Observações do Utente

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Manual Componente Profissional
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Perfil Farmacoterapêutico

O separador Perfil Farmacoterapêutico da Ficha do Utente permite caracterizar o


utente quanto aos seus estados fisiopatológicos e reacções adversas.

Figura 49 - Separador Perfil Farmacoterapêutico da Ficha do Utente

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Manual Componente Profissional
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Estados Fisiopatológicos

Figura 50 - Estados Fisiopatológicos no separador Perfil Farmacoterapêutico

Permite o registo de patologias, alergias ou condições particulares associadas ao


utente.
Tipo
Indica, através de siglas, o tipo do estado fisiopatológico:
• PAT - Patologia
• ALE- Alergia
• CDP – Condição Particular (contempla estados fisiológicos com
particularidades que influenciam a acção do medicamento - Gravidez,
Amamentação, Geriatria, Pediatria).

Estado Fisiopatológico
Condições ou patologias que caracterizam o utente.
Entende-se por estados fisiopatológicos, um conjunto de situações classificadas
como Alergia, Patologia, e Condição Particular (Gravidez, Amamentação, Geriatria,
Pediatria).

O registo desta informação associada ao utente está na origem do aparecimento de


avisos de Contra-indicação no atendimento, sempre que for dispensado um
medicamento ou produto de saúde contra-indicado no estado fisiopatológico em
causa.

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Manual Componente Profissional
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 Recolha dos dados do utente:

A relação entre qualquer elemento da equipa da farmácia e o utente é estabelecida


e mantida numa base de comunicação e confiança, favorecendo a tomada de
decisões em conjunto, e desenvolvendo toda uma cooperação com
responsabilidades partilhadas na gestão do estado de saúde e no cumprimento do
plano terapêutico.
É importante para tal, o registo de dados relativos ao estado de saúde do utente.
Junto do utente, a informação sobre os seus estados fisiopatológicos, deve ser
recolhida de um modo simples mas rigoroso. Para isso, deve procurar-se validar a
informação.

Exemplos:
A terapêutica seguida pelo utente dá informação sobre patologias subjacentes,
as quais é sempre necessário confirmar junto do utente.
Se o utente diz sentir dores de peito, deve procurar-se identificar o melhor
possível qual o problema em concreto e só depois associar esse elemento à
construção do seu perfil.

Perfil Farmacoterapêutico – Estados Fisiopatológicos

Inserir um novo estado fisiopatológico associado ao utente

1º Colocar o cursor no campo referente aos estados fisiopatológicos e carregar na


tecla insert do teclado, o que permite a abertura de uma lista com todos os
estados fisiopatológicos - patologias, alergias e condições particulares -
disponíveis no dicionário.

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Manual Componente Profissional
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Figura 51 - Lista dos Estados Fisiopatológicos

2º De seguida, identificar o(s) estado(s) fisiopatológico(s), que de acordo com a


informação dada pelo utente, são passíveis de produzir avisos pertinentes no
atendimento para este utente. Esta pesquisa pode ser feita percorrendo um a
um todos os estados fisiopatológicos disponíveis, escrevendo no campo
Pesquisa, as primeiras letras do termo e fazendo “Enter” ou utilizar o símbolo
“%” antes e depois de parte do termo que se pesquisa. Exemplo: %diab% para
a pesquisa de “diabetes mellitus tipo 1”.

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Manual Componente Profissional
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Figura 52 - Exemplo de pesquisa de um Estado Fisiopatológico

3º Seleccionar o estado fisiopatológico pretendido, colocando o cursor sobre a linha


respectiva e carregando no ”Enter”, ou clicando com o rato sobre o botão OK.

4º É pedida uma confirmação de que se deseja associar o estado fisiopatológico


seleccionado à ficha do utente. Ao confirmar que o estado fisiopatológico
seleccionado é, de facto, o pretendido, para prosseguir, clicar no botão Sim.

É ainda possível, em caso de engano na selecção do Estado Fisiopatológico


pretendido a partir da lista, marcá-lo como Inactivo fazendo delete sobre a linha do
registo do estado fisiopatológico seleccionado.
Desta forma, o estado fisiopatológico deixa de gerar avisos no atendimento.
É ainda possível aplicar filtros, que permitem visualizar os estados fisiopatológicos
activos e os inactivos.

Data de conhecimento
Data em que foi criado determinado estado fisiopatológico na Ficha do Utente.
Esta data é automaticamente preenchida com a data actual, apresentando o dia, o
mês e o ano respectivo.

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Manual Componente Profissional
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Ano de Início
Data (mês e ano) declarada pelo utente, como sendo o início de determinado
estado fisiopatológico que lhe está associado (ex. ano em que lhe foi diagnosticada
determinada patologia).

Para inserir o ano de início, clicar no botão aparecendo uma lista de


meses/anos para escolha.

Figura 53 - Lista de meses/anos para introdução do ano de início de um Estado Fisiopatológico

Data de Fim

Data em que o estado fisiopatológico indicado é considerado resolvido ou concluído.

Para associar uma Data de Fim, procede-se de modo semelhante à Data de Início.

A funcionalidade que resulta de associar uma data de fim a um estado


fisiopatológico, é que os avisos de contra-indicação que este possa originar no
atendimento deixam de aparecer, uma vez que não fazem sentido dado que a

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Manual Componente Profissional
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condição em causa já não se verifica (ex. término de uma condição particular como
a gravidez).
Desta forma é valorizada a informação que proactivamente surge no atendimento,
uma vez que só aparecem avisos com significado prático.

Na tabela a seguir apresentada são listados alguns exemplos dos termos descritivos
de patologias consideradas na base de dados do Sifarma 2000 e que podem
traduzir diferentes situações mais específicas, neles englobados. Nestas situações,
o descritivo da patologia deve constar das Observações do Utente, disponível na
Ficha de Utente.

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Estado Fisiopatológico Termos englobados


Anemia aplástica
Anemia ferropénica
Anemia hemolítica
Anemia
Anemia megaloblástica
Anemia falciforme
Anemia sideroblástica
Esofagite
Estenose esofágica
Disfunção esofágica Hérnia esofágica
Refluxo esofágico
Hérnia do Hiato
Artrite reumatóide
Doença auto-imune Sarcoidose
Síndrome de Sjogren
Discrasias sanguíneas (em geral)
Hemosiderose
Doença hematológica Supressão da medula
Talassemia
Hemocromatose
Hemorragia cerebrovascular
Hemorragia Hemorragia uterina
Cistite hemorrágica
Fissuras rectais
Hemorroidas
Hemorroidas ulceradas
Herpes genital
Herpes Herpes labial
Herpes ocular

Calciúria
Litíase renal Litíase cálcica
Oxalúria

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Estado Fisiopatológico Termos englobados

Hemofilia
Trombocitopenia
Perturbações da coagulação
(qualquer “perturbação da
coagulação)
Esquizofrenia
Psicose Mania
Depressão bipolar
Eczema
Queimadura solar
Eritema multiforme
Necrólise epidérmica tóxica
Dermatose Síndroma Stevens-johnson
Rosácea
Urticária crónica
Dermatite seborreica
Dermatite atópica
Neuropatia periférica
Neuropatia óptica
Neuropatia Síndroma de Eaton-Lambert
Poliomielite
Síndrome Guillain-Barré
Tuberculose pulmonar activa
Tuberculose cutânea
Tuberculose
Tuberculose ocular
Tuberculose rectal

Bradicardia
Arritmia
Taquicardia

Engloba os vários tipos de carcinoma


Cancro
nas várias localizações

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Estado Fisiopatológico Termos englobados

Colestase
Inflamação dos canais biliares
Disfunção das vias biliares Litíase biliar (“pedras na vesícula”)
Icterícia colestática
Cirrose biliar

Arteriosclerose cerebral
Cardiopatia
Doença coronária
Doença cardiovascular
Bloqueio cardíaco
Insuficiência cardíaca
Estenose aórtica

Hipertiroidismo
Hipotiroidismo
Doença da tiroide Tireotoxicose
Bócio
Nódulos na tiróide
Colite (várias etiologias)
Doença inflamatória intestinal
Doença de Crohn

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Perfil Farmacoterapêutico – Reacções Adversas

Figura 54 – Reacções Adversas no separador Perfil Farmacoterapêutico

Inclui as reacções adversas associadas ao utente.

Reacções Adversas
Reacção adversa declarada pelo utente associada a determinado medicamento ou
produto de saúde com informação científica associada.
Está na origem do aparecimento de um aviso sempre que seja dispensado um
medicamento ou produto de saúde incluído num Grupo Activo que provoca
determinada reacção adversa ao utente.

 Como recolher esta informação junto do utente:

A recolha deste tipo de informação deve procurar ser o mais rigorosa possível.

Para a melhor identificação de Reacções Adversas Medicamentosas (RAM) uma


abordagem por etapas permite, em cada caso, fazer uma avaliação preliminar da
probabilidade de determinado quadro ser na realidade a expressão de uma reacção
adversa a um medicamento ou produto de saúde.

Assim:
1º O medicamento ou produto de saúde foi tomado pelo utente?
2º A potencial RAM teve mesmo início após a toma do medicamento ou produto
de saúde e não antes?

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Manual Componente Profissional
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3º Qual o intervalo de tempo decorrido entre o início da toma e o início da RAM
suspeita?
4º O utente melhorou com a suspensão da toma?
5º A reacção suspeita repetiu-se ou agravou-se com a re-exposição ao
medicamento ou produto de saúde (nos casos em que tal é possível ou tenha
acontecido acidentalmente)?
6º A RAM suspeita vem descrita no RCM, no caso dos medicamentos de uso
humano, ou na literatura?
7º Há alguma possibilidade de ter havido uma interacção entre o medicamento
ou produto de saúde suspeito e outro que o utente estivesse a tomar, ou com
determinado alimento ou dispositivo?
8º Existe uma causa alternativa mais provável para o quadro clínico observado?7

É importante em todas estas questões a intervenção profissional do farmacêutico,


utilizando os seus conhecimentos e bom-senso, para que sejam recolhidos dados o
mais correctos e concretos possível.

 Como actualizar a informação no Perfil do Utente:

Para registar uma reacção adversa no Perfil do Utente é necessário ter estabelecida
uma relação de causalidade com o medicamento ou produto de saúde que possa
estar na origem desta.

Ou seja, o registo de uma reacção adversa no perfil do utente tem necessariamente


de estar associado a determinado medicamento ou produto de saúde.

Assim, o registo de uma reacção adversa nova no Perfil do Utente deve ser feito do
seguinte modo:

1º Em contexto com o campo Reacção Adversa, clicar na tecla Insert do teclado,


que permite aceder a um quadro com todas as reacções adversas associadas
aos vários grupos activos existentes.

7
In “Boletim de Farmacovigilância” (INFARMED) – Volume 3; número 2; 2º Trimestre 1999.
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Manual Componente Profissional
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A pesquisa do medicamento ou produto de saúde responsável pela reacção adversa
pode efectuar-se por Grupo Activo, Marca Comercial ou Grupo Homogéneo
(mesmos critérios de pesquisa presentes no atendimento).

2º Seleccionar o modo de pesquisa pretendido (Grupo Activo, Marca Comercial ou


Grupo Homogéneo) clicando sobre o respectivo campo, ou navegando entre os
campos com a tecla tab (o campo seleccionado para pesquisa fica com o fundo
branco) e escrever a designação a pesquisar no campo Pesquisa.

3º Carregar em “Enter” e seleccionar, uma vez identificado o Grupo Activo, Marca


Comercial ou Grupo Homogéneo pretendido, carregando na tecla Insert do
teclado.
É possível percorrer as listas através das setas  e  do teclado.

Figura 55 - Lista de Reacções Adversas associadas à respectiva Marca Comercial

4º Em contexto com o Grupo Activo, Marca Comercial ou Grupo Homogéneo


marcado, seleccionar, no campo Reacções Adversas, o termo descritivo da
reacção adversa pretendido (os termos descritivos das reacções adversas
encontram-se ordenados alfabeticamente), carregando novamente na tecla
Insert do teclado.
É possível percorrer a lista através das setas  e  do teclado.

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Manual Componente Profissional
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5º É pedida uma confirmação de que, de facto se deseja associar a reacção adversa


seleccionada à Ficha do Utente. Caso se verifique que tudo correu bem no
processo de selecção e se deseje prosseguir, basta clicar no botão Sim.

Data de conhecimento, Ano de Início, Data de Fim (pág. 72)


Tal como descrito para os estados fisiopatológicos, e com a mesma funcionalidade
associada no caso da data de fim, é possível registar para a cada uma das reacções
adversas, as mesmas 3 datas que as caracterizam: data de conhecimento, data de
início e data de fim.

É também possível, tal como para os estados fisiopatológicos, em caso de engano


na selecção da reacção adversa, marcá-la como registo Inactivo fazendo delete
sobre a linha do registo da reacção adversa seleccionada.
Desta forma, a reacção adversa deixa de gerar avisos no atendimento.

Através da aplicação de filtros, assinalando o botão Activos ou o botão Inactivos,


são visualizadas as reacções adversas activas ou as inactivas.

O registo de reacções adversas no caso dos produtos de saúde, só é possível para


aqueles que têm informação científica associada.

Histórico
Permite a construção do Histórico da terapêutica levada a cabo pelo utente.
É uma importante ferramenta não só para o esclarecimento de eventuais dúvidas,
como para o seguimento da terapêutica.

Condiciona ainda o aparecimento de avisos de Interacção e Terapia Duplicada


durante o atendimento.

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Manual Componente Profissional
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Figura 56 - Separador Histórico da Ficha do Utente

Construção do Histórico

O Histórico é construído automaticamente sempre que no decurso de um


atendimento o utente seja identificado, caso seja um utente com acompanhamento.
De forma a assegurar a integridade do Histórico, este é sempre construído
independentemente do modo como o utente é identificado, ou seja, por nome a
partir da lista de utentes ou mediante leitura óptica do código de barras ou do
Cartão das Farmácias Portuguesas que identifica o utente no atendimento.

Ainda com o objectivo de assegurar a integridade do Histórico, é possível actualizá-


lo através da declaração de produtos ao Histórico.
Desta forma, medicamentos ou suplementos alimentares que o utente tenha em
casa ou tenha adquirido noutra farmácia e esteja a tomar, passam a integrar o
registo do seu Histórico.
Para tal deve clicar-se no botão Declarar Produto.

Ao seleccionar o produto a declarar ao Histórico acede-se automaticamente ao


quadro (Editor de Posologia) que permite alterar a posologia, sendo possível,
sempre que aplicável, rectificar a frase de posologia associada por defeito ao
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Manual Componente Profissional
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produto que está a ser declarado, para que corresponda, de facto à forma como
este está a ser tomado. Ainda neste quadro, é possível associar uma observação ao
produto a declarar.

A rectificação da posologia associada ao produto assume elevada importância, uma


vez que condiciona o período calculado automaticamente para a Duração
Terapêutica Prevista, e logo para a geração de avisos de interacção e terapia
duplicada durante o atendimento.

Depois de declarado um medicamento ou produto de saúde ao Histórico é ainda


possível alterar o número de embalagens do mesmo (Qd.), seleccionando o número
de embalagens considerado por defeito “1” e escrevendo por cima o algarismo que
traduz a quantidade pretendida, fazendo em seguida “Enter” e confirmando, para o
que basta clicar no botão Sim.

Caso se pretenda eliminar um medicamento ou produto de saúde que conste do


Histórico, deve colocar-se um zero, na quadrícula referente ao número de
embalagens, clicar “Enter” e por fim confirmar esta operação para inactivar o
registo.

É possível também alterar a DTP calculada para cada um dos medicamentos


declarados, procedendo da mesma forma descrita para a alteração da quantidade
de embalagens por medicamento (DTP).

Em qualquer momento, podem associar-se observações aos medicamentos


constantes do Histórico, quer tenham sido declarados ou dispensados na farmácia.
Para isso, deve clicar-se no botão Observações Produto, abrindo o quadro Lista de
Observações e escrevendo a informação desejada, fazendo “Enter” para a confirmar
antes de clicar no botão Sair. É possível ter mais do que uma observação associada
a um mesmo medicamento no Histórico, sendo que, uma das observações pode ser
predefinida, clicando na check-box respectiva, por forma a ser a que se visualiza
associada ao medicamento, na consulta do Histórico. É ainda possível eliminar
observações, também no quadro Lista de Observações, seleccionando a observação
indesejada e clicando no botão Anular.

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Manual Componente Profissional
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À semelhança do que se verifica para a inserção de Reacções Adversas, também no


Histórico apenas vão constar os produtos de saúde que têm informação científica
associada.

Consulta de Registos
Por forma a facilitar a consulta dos registos que constam do Histórico terapêutico
do utente, pode recorrer-se à aplicação de filtros.
Assim, para este efeito é possível escolher uma data de início e fim de visualização
ou em alternativa solicitar apenas os registo que se encontram inactivos.

Para colocar as datas pretendidas, basta clicar no botão , aparecendo um


calendário que permite a escolha, ou em alternativa editar sobre cada elemento da
data (ano, mês, dia). Imediatamente é apresentado o resultado da pesquisa.

Visualizar os registos existentes no Histórico Terapêutico do utente


O resultado do filtro aplicado é apresentado na grelha resultados, local onde se
visualiza o Histórico de dispensas do utente.

Data
Data da dispensa ou de declaração do medicamento incluído no Histórico.

Tipo
Identifica a origem do medicamento constante do Histórico:
Os medicamentos dispensados em atendimentos identificados para o utente
em questão, tem indicação de Tipo A;
Os medicamentos declarados, têm indicação de Tipo D.

Qt.
Quantidade de medicamento dispensada ou declarada ao Histórico, na data
indicada, ao utente em análise.

Designação
Descrição do medicamento dispensado/declarado ao utente.

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Manual Componente Profissional
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Frase de posologia
Frase de posologia associada ao medicamento constante do Histórico.
Esta informação tem origem:
- Na posologia associada ao medicamento no momento da dispensa ao utente
identificado, para medicamentos provenientes do atendimento;
- Na posologia referida pelo utente como sendo a correcta, associada ao
medicamento no momento da declaração, para medicamentos declarados.

DTP
A Duração Terapêutica Prevista traduz o número de dias previsto para a utilização
do medicamento.
Para tal, a aplicação informática tem em conta o número de embalagens
dispensadas, a quantidade de medicamento contida em cada embalagem a
frequência de toma descrita na frase de posologia e a quantidade administrada em
cada toma.

A informação da DTP é importante pois:


- Permite monitorizar a correcta adesão à terapêutica por parte do utente;
- Determina o período para a geração de avisos de interacção e terapia
duplicada.

Exemplo de cálculo da DTP:


Uma embalagem do medicamento “Nimesulida Generis® 100 mg, 20
comprimidos” associada à posologia “Tome 1 comprimido 2 vezes ao
dia”
A DTP é de 10 dias, visto que a posologia se traduz em 2 comprimidos
por dia, sendo que cada embalagem contém 20 comprimidos.

Observação do produto
Notas consideradas pertinentes associadas ao medicamento constante do Histórico.
A observação é visualizada em contexto com o medicamento a que se encontra
associada.

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Manual Componente Profissional
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Relatório do Histórico
É possível imprimir o relatório relativo ao histórico do utente. Para tal está
disponível o botão Imprimir Histórico, que permite fazer filtros, por Operador e por
Data, e seleccionar a ordem pretendida, por Data ou por Produto

Por forma a facilitar a consulta de produtos associados ao Histórico, é possível


Imprimir o Histórico. Ao ser accionado o respectivo botão, é elaborada uma
Listagem do Histórico Terapêutico do utente, cujos critérios de selecção são:
 Data Inicial e Data Final – confina o período de pesquisa e, quando não
editadas, correspondem por defeito às datas, inicial e final, consideradas no
separador do Histórico;
 Operador – confina a pesquisa aos operadores seleccionados em que, por
defeito, é considerado o Operador %, que corresponde a Todos.
 Activos – apresenta os registos que se apresentam activos;
 Inactivos – apresenta os registos que tenham sido marcados como inactivos.

A listagem pode apresentar-se ordenada:


 por Data – ordena os registos por data de dispensa ou de declaração ao
histórico;
 por Produto – ordena os registos por ordem alfabética.
Este último critério e o anterior não podem ser marcados em simultâneo, mas
apenas em alternância.

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Manual Componente Profissional
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Figura 57 – Exemplo de Relatório de Histórico disponível na Ficha do Utente

Em rodapé, são apresentados 3 botões:


 F2 – ecrã (executa a pré-visualização em ecrã);
 F3 – Imprimir (executa a impressão em papel);
 Esc – Sair (sai do menu).

Mapa Terapêutico
O mapa terapêutico é a representação gráfica dos registos que constam no
Histórico. É possível consultar o detalhe destes registos posicionando o cursor na
área colorida e clicar. Permite visualizar a continuidade da terapêutica ao longo do
tempo e identificar falhas na adesão a terapêuticas crónicas, mediante
descontinuidade da área colorida.

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Manual Componente Profissional
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Figura 58 – Mapa Terapêutico disponível no Separador Histórico, da Ficha do Utente

Determinações
Este separador permite o registo e consulta das Determinações efectuadas na
farmácia (ex: glicemia, pressão arterial, colesterolemia), integrando estes
elementos no perfil do utente e permitindo a análise da evolução dos valores.

Figura 59 - Separador Determinações da Ficha do Utente

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Manual Componente Profissional
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Grupo Analítico da Determinação


Indicar o grupo de Determinações listadas.

Data/Hora
Data e hora associadas ao registo.

Operador
Nome do utilizador que identifica a pessoa que efectuou o registo. Corresponde ao
utilizador activo na aplicação.

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Manual Componente Profissional
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Teste analítico

Cada grupo de determinações inclui um ou vários testes analíticos.

Grupo de Determinações
Testes analíticos
analíticas

Ácido Láctico Ácido Láctico

Ácido Úrico Ácido Úrico

Colesterol Total
Colesterol Colesterol HDL
Colesterol LDL

Creatinina Creatinina

Gravidez Gravidez

Helicobacter pylori Helicobacter pylori

Peso
Altura
IMC IMC
Perímetro abdominal
INR (com terapêutica anticoagulante)
INR INR (sem terapêutica anticoagulante)
Glicemia em jejum
Glicemia pós prandial
Monitorização da Diabetes Glicemia ocasional
Glicosúria
HbA1c

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Grupo de Determinações
Testes analíticos
analíticas

Monóxido de Carbono no ar
Monóxido de Carbono no ar expirado
expirado
Hemoglobina
Parâmetros Hematológicos Hematócrito
Eritrócitos
Gama GT
Parâmetros Hepáticos GOT
GPT
P. Arterial Sistólica
Pressão arterial P. Arterial Diastólica
Pulsação
PSA (40-49 anos)
PSA (50-59 anos)
PSA PSA (60-69 anos)
PSA (> 70 anos)
Stress oxidativo
Radicais Livres Capacitância antioxidante
Débito expiratório máximo instantâneo
Respiratórios Volume expiratório máximo no 1º segundo
Capacidade vital forçada

Risco Cardiovascular Risco cardiovascular

Triglicerideos Triglicerideos

Ureia Ureia

Valor obtido
Indica o resultado obtido na determinação efectuada.

Observações da determinação
Campo onde são visualizadas observações consideradas pertinentes, associadas a
um registo de determinação em particular.

Analisador
Permite transferir automaticamente os resultados das determinações efectuadas
nos aparelhos de bancada CR2000 e CR3000, para o separador – Determinações,
da Ficha do Utente com Acompanhamento.

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Manual Componente Profissional
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 Registo de Determinações

Para efectuar um registo de nova determinação, clicar no botão Registar Dados,


desta forma acede-se ao quadro de recolha de resultados.

Figura 60 - Ecrã Registo dos Testes do utente

Na linha correspondente ao Grupo Teste Analítico selecciona-se o grupo de


Determinações analíticas a que corresponde o resultado que se pretende registar.
Para o efeito clicar na seta presente ao lado da linha em branco e escolher o grupo
desejado (ex: Glicemia, Pressão Arterial).
Da mesma forma, é possível escolher o dia, Data início, e a hora, Hora início, a que
o resultado a registar diz respeito.

O campo Método/técnica permite registar, sob a forma de texto livre, o método ou


técnica analítica utilizada na determinação a registar. Será assumido, por defeito o
último método ou técnica, registados para cada Grupo Teste Analítico.

É possível associar ao resultado registado uma observação no campo Observações


da determinação, um campo de edição livre por parte do utilizador.

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Manual Componente Profissional
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Estas observações, assim como os restantes elementos que constituem o histórico


de Determinações do utente, podem ser listadas sob a forma de relatório,
associadas a cada determinação.

Após verificação dos elementos criados, é necessário confirmar a informação


inserida neste ecrã, clicando no botão Ok.
O botão Cancelar permite sair do ecrã de registo de valores sem gravar a
informação introduzida.

 Consulta de registos de Determinações

Selecção do Grupo Analítico da Determinação a visualizar


Para consultar o resultado de uma determinação registado na Base de Dados, deve

clicar-se no botão que abre a lista com todos os grupos de testes analíticos (Ex:
Pressão Arterial) e escolher o teste desejado.

Figura 61 – Lista dos Grupos Analíticos das Determinações a registar

Filtrar a consulta de Registos


Uma vez seleccionado o teste analítico a visualizar, é ainda possível indicar a data
após a qual deseja visualizar os valores registados.

Para o efeito clicar no botão , aparecendo um calendário que permite a escolha.


Imediatamente é apresentado o resultado da pesquisa.

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Manual Componente Profissional
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Visualizar os registos existentes no histórico de Determinações do utente


O resultado do filtro aplicado é apresentado na grelha resultados, local onde se
visualizam os valores registados.

No campo Observações da determinação é visualizada qualquer nota associada ao


resultado registado.

 Relatórios e representação gráfica

O botão Relatório permite emitir um relatório que lista os resultados da(s)


determinação(ões).

Figura 62 – Emissão do Relatório de Determinações

Existem vários parâmetros passíveis de selecção por forma a definir o relatório de


Determinações a emitir.

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Manual Componente Profissional
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São eles:
Grupo(s) Analitíco(s) – permite seleccionar qual(ais) o(s) grupo(s) de teste(s)
analítico(s) a constar do relatório de Determinações.

Figura 63 – Lista de Grupos de Testes Analíticos passíveis de selecção para constarem do Relatório de
Determinações

Para tal clicar no botão que abre a lista de grupos analíticos disponível, a partir
da qual é possível seleccionar um ou vários através da funcionalidade de
multiselecção (selecção com a tecla Insert do teclado).

Teste(s) Analítico(s) – permite a selecção do(s) teste(s) analítico(s) a constar do


relatório de Determinações, de acordo com o(s) respectivo(s) Grupo(s) Analítico(s)
seleccionados. Ou seja, só é possível seleccionar testes analíticos englobados em
grupos de testes analíticos previamente seleccionados para constarem do relatório.
A lista disponível é acedida da mesma forma exposta para a selecção do Grupo
Analítico.

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Manual Componente Profissional
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Figura 64 – Lista de Testes Analíticos passíveis de selecção para constarem do Relatório de


Determinações

É ainda possível escolher o período de tempo a que dizem respeito os resultados


das Determinações a listar no relatório, determinando uma Data Inicial e Data Final
(mediante escolha a partir do calendário ou edição de cada elemento da data).

Listagem com observações – permite optar pela inclusão ou não de eventuais


observações associadas a registos.

Estado – permite seleccionar quais os resultados a apresentar no relatório, activos,


inactivos (registos anulados) ou todos.

O relatório obtido é personalizado ao utente e à farmácia, sendo passível de


impressão ou de ser guardado em ficheiro electrónico na farmácia.

Este relatório pode ser apresentado sob a forma de Tabela(s) ou Gráfico(s). Se


pretendemos obter uma tabela de resultados, basta clicar no botão Confirmar,
depois de definidos os parâmetros desejados. Caso se pretenda a representação
gráfica, devemos clicar no botão Gráficos.

O relatório obtido pode ser impresso, bastando para tal clicar no símbolo de
impressora presente no menu.

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Manual Componente Profissional
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Figura 65 –Relatório de Determinações

Quando escolhida a representação gráfica, são visualizados no ecrã os resultados


relativos a vários Grupos Analíticos, sendo possível seleccionar qual o gráfico que
se pretende visualizar em detalhe. Para tal deve seleccionar-se o gráfico desejado,
assinalando a check-box Ver Detalhe, e seguidamente clicar na lupa (com o sinal +)
disponível no menu.

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Manual Componente Profissional
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Figura 66 – Representação Gráfica de Determinações

Figura 67 – Representação Gráfica de Determinações

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Manual Componente Profissional
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Figura 68 – Representação Gráfica de Determinações

É possível imprimir, quer o conjunto de gráficos, quer o gráfico em detalhe,


devendo para isso clicar-se no ícone da impressora disponível no menu.

Nos Gráficos de Determinações, a visualização das Determinações, realizadas na


mesma data, que formam conjuntos de valores (ex: glicemia, pressão arterial)
pode ser optimizada, recorrendo ao campo Escolha do Dia a Visualizar. Este campo
concede ao utilizador possibilidade de introduzir uma data (escolha por calendário)
para consulta do gráfico da determinação seleccionada.

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Manual Componente Profissional
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Figura 69 – Gráfico de Determinações: detalhe por horas

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Manual Componente Profissional
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Registo de Avisos
Este separador permite a visualização de todos os avisos que surgem durante a
dispensa de medicamentos ou produtos de saúde, para o utente em causa,
independentemente do grau, de terem ou não justificação associada ou de estarem
ou não tratados.

Figura 70 – Separador Registo de Avisos disponível na Ficha do Utente

Pode ser visualizado (botão - Aviso), o detalhe de todos os avisos que integram o
separador – Registo de Avisos.

Figura 71 – Detalhe do Aviso

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Manual Componente Profissional
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Para avisos justificados (ver Consulta de Avisos no Atendimento – Justificação de


Avisos) é possível ver a justificação dada, aquando da dispensa.

Figura 72 – Justificação dada para o aviso

É ainda possível, a impressão sob a forma de relatório dos avisos que constam
neste separador.

Figura 73 – Relatório de Registo de Avisos

Os avisos tratados (ver Consulta de Avisos no Atendimento – Tratamento de


avisos) são identificados no separador – Registo de Avisos. Estes avisos
apresentam na quadrícula referente à Situação (St.) um “S” e no campo Validade,
consta o número de dias, durante os quais os avisos se encontram tratados.

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Manual Componente Profissional
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Listagem de Utentes com Acompanhamento


No Menu de Utentes pode emitir uma listagem com a identificação dos “Utentes
com Acompanhamento”.
Esta listagem permite identificar os Utentes registados com Acompanhamento, bem
como os respectivos números Sifarma, os vário(s) organismo(s) a que pertencem e
números de beneficiário.

Figura 74 – Relatório de Utentes com Acompanhamento

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Manual Componente Profissional
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10 Atendimento

O atendimento com Acompanhamento centra a dispensa no utente,


permitindo optimizar a relação estabelecida.

Representa a chave para uma dispensa segura, suportada por uma


plataforma, que cruza a informação associada ao Perfil do Utente
(construído na farmácia) com a informação associada aos medicamentos ou
produtos de saúde, disponível no Sifarma 2000.

Desta forma, o Sifarma 2000 promove o atendimento focado na qualidade


do aconselhamento e, na qualidade e segurança da toma dos medicamentos
e produtos de saúde pelos utentes.

A partir do ecrã do atendimento é possível, de forma prática e rápida,


consultar o conjunto de informação associada tanto ao utente como ao
medicamento ou produto de saúde, sendo ainda disponibilizados um
conjunto de avisos proactivos e personalizados ao utente em causa.

Identificação do utente
A Sra. Joana Silva dirige-se à farmácia para que lhe sejam dispensados os
medicamentos prescritos pelo médico.
Visto já ter autorizado e expresso por escrito a sua vontade em ser uma
utente com Acompanhamento no Sifarma 2000, inicia-se a sua identificação
no atendimento através de:

 leitura de código de barras que identifica o utente ou código de


barras do cartão das Farmácias Portuguesas do utente (desde que já
associado à sua Ficha)
 pesquisa do nome pela Lista de Utentes

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Manual Componente Profissional
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Figura 75 - Identificação do Utente no início do Atendimento

O acesso à lista de utentes é possível fazendo “Enter” sobre a linha utente


em branco ou clicando no botão Utentes, disponível no menu principal do
Atendimento.

Quando a identificação é feita mediante a leitura do código de barras, é


assinalado o facto de se tratar de um utente com acompanhamento, sendo
exibida uma barra amarela, logo abaixo da identificação do utente, que
chama a atenção para este facto. São ainda visualizadas as siglas
correspondentes aos estados fisiopatológicos registados no Perfil do Utente,
e é dado acesso a todos os separadores que compõem a Ficha do Utente.
Para relembrar o que cada sigla, significa, basta clicar com o botão
esquerdo do rato sobre qualquer uma.

Caso tenham sido registadas na Ficha do Utente, Observações assinaladas


como visualizáveis a partir do atendimento, surge ainda um aviso de utente
com Observações, também a amarelo, que alerta para a existência das
115
Manual Componente Profissional
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mesmas, sendo possível a sua consulta mediante acesso ao quadro das
Observações (escolha nas opções) utilizando as teclas de acesso rápido Ctrl
+ U, ou acedendo à Ficha do Utente.

Caso a identificação do utente seja feita apenas pelo nome, não surge a
chamada de atenção para o facto de ser um utente com acompanhamento,
nem são exibidas as siglas correspondentes aos estados fisiopatológicos
registados no seu perfil. Ainda, é possível o acesso apenas aos seus Dados
Biográficos, Planos de Comparticipação e Conta Corrente, se aplicável. No
entanto e desde que o utente seja identificado, qualquer dispensa de
medicamentos ou produtos de saúde com informação científica associada,
irá alimentar o Histórico de dispensas, permitindo que não haja perca de
informação.

O acesso à Ficha do Utente (botão Ficha Utente ou teclas de acesso rápido


Ctrl + E), directamente a partir, do atendimento, e no decorrer do mesmo,
visa permitir a consulta, para uma melhor e mais segura intervenção, e
também a actualização dos elementos que a compõem, alterando ou
associando novos elementos.

Os separadores que compõem a Ficha do Utente são:

 Dados biográficos – engloba os principais elementos de identificação


do utente (sexo, idade, contactos, ...), sendo neste separador que é
identificado o tipo de Acompanhamento e ainda registado qualquer
conjunto de observações, consideradas pertinentes, associadas ao
utente em particular.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Figura 76 - Separador “Dados Biográficos da Ficha do Utente

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Manual Componente Profissional
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 Perfil Farmacoterapêutico - inclui os Estados Fisiopatológicos
(patologias, condições particulares, alergias) e as Reacções Adversas
que o utente reporta como tendo identificado associadas a
determinado medicamento ou produto de saúde com informação
científica associada.

Figura 77 - Acesso ao perfil Farmacoterapêutico a partir do Atendimento

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
 Histórico - contempla o registo de todos os medicamentos ou
produtos de saúde, com informação científica associada, dispensados
ou declarados pelo utente ao longo do tempo, respectivas posologias e
DTP’s associadas e eventuais registos de observações consideradas
pertinentes.

Figura 78 - Separador Histórico do ecrã Ficha do Utente

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________
 Determinações – inclui o registo dos resultados de testes de
parâmetros analíticos, permitindo um melhor acompanhamento da
evolução do estado de saúde do utente.

Figura 79 - Separador Determinações do ecrã Ficha do Utente

Identificação dos medicamentos ou produtos de


saúde na dispensa

Por forma a optimizar o processo de atendimento, é possível recorrer a


várias formas de pesquisa do produto:
- Pesquisa por número de registo (digitando o código ou por leitura
óptica do código de barras);
- Pesquisa por nome comercial;
- Pesquisa por grupo homogéneo ( “ * ” seguido da DCI pretendida);
- Pesquisa por grupo activo ( “+” seguido da DCI pretendida).

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Acresce ainda a capacidade de em qualquer situação efectuar pesquisas


parciais (recorrendo ao símbolo “%”), que permite identificar qualquer um
dos elementos pesquisáveis por parte de palavra.

Pesquisa por Grupo Activo

Como referido no capítulo 4 – Notas Prévias, um Grupo Activo engloba um


conjunto de medicamentos com as mesmas características - composição
qualitativa e quantitativa em substâncias activas, na mesma forma
farmacêutica e sujeito às mesmas regras de dispensa.

A existência de Grupos Activos permite à farmácia identificar um conjunto


de marcas comerciais, tendo como ponto de partida a DCI (Denominação
Comum Internacional). Exemplo: identificação de similares de
medicamentos de outros Países, quando a farmácia tem acesso à sua
composição ou identificação de medicamentos prescritos por DCI.
A pesquisa por Grupo Activo é feita na linha de venda, com recurso ao
símbolo “+”, seguido da designação, ou parte desta, do Grupo Activo.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Figura 80 – Pesquisa por Grupo Activo no ecrã de atendimento

É ainda possível, no ecrã do atendimento saber que outros medicamentos


pertencem ao Grupo Activo de determinado medicamento. Para tal basta
clicar na quadrícula G, na linha de venda, e fazer “Enter”. Por outro lado, a
quadrícula H, dá informação referente ao Grupo Homogéneo a que
determinado medicamento pertence.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Figura 81 – Identificação de medicamentos pertencentes ao mesmo Grupo Activo

No caso dos medicamentos de uso veterinário, os Grupos Activos a que


pertencem estão identificados com a sigla VET.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Figura 82 – Identificação de Grupo Activo referente a Medicamentos de Uso Veterinário

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Manual Componente Profissional
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Posologia no Atendimento
No ecrã de atendimento, é possível visualizar a posologia associada a
determinado medicamento da linha de venda deste.

Figura 83 - Indicação da posologia para determinado medicamento

A posologia indicada pelo médico prescritor, ou no caso de um


medicamento não sujeito a receita médica (ou de indicação farmacêutica), a
posologia aconselhada no atendimento, constitui um elemento informativo
individualizado para um utente e uma dispensa específica, sendo uma
informação que necessariamente tem de ser veiculada pela farmácia que
dispensa o medicamento.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

A alteração da frase de posologia pode ser feita directamente sobre a linha


de venda, corrigindo a quantidade por toma (Qt) e seleccionando uma nova
Frequência de toma a partir da tabela correspondente, à qual se acede, em
contexto com o campo Frequência, por meio da tecla de função F8. Para
facilitar a pesquisa da frequência de toma pretendida é possível escrever o
início da frase no campo de pesquisa, situado no topo da lista, e fazer
“Enter” de seguida, filtrando assim as frequência de toma às que se iniciam
conforme o pesquisado. O botão OK permite confirmar a frase de posologia
apresentada e o botão Cancelar fecha a tabela de frequência de toma sem
efectuar qualquer alteração à mesma.

Pode também aceder-se ao quadro que permite alterar a frase de posologia,


através da tecla de acesso rápido Ctrl + G, ou através do menu Opções
(F11) e seleccionando a opção Frase de Posologia.

Figura 84 – Alteração da Frase de Posologia no Atendimento

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

Ao seleccionar Frase de Posologia, surge o seguinte ecrã:

Figura 85 - Ecrã Frase de Posologia

Instrução
Verbo indicativo da acção associada à toma (ex: Tome, Dissolva, etc.).
Trata-se de um elemento que faz parte das frases de posologia propostas
pelo sistema, sendo uma informação que consta do dicionário, não podendo
ser alterada localmente na farmácia.

Quantidade
Unidades de medicamento a tomar que reflectem a dose por cada toma (ex:
“n” comp.; “n” colheres de chá; “n” ampolas; “n” porção (ões) de creme).
Esta informação pode ser alterada, editando directamente a quantidade
(valor numérico inteiro) pretendida.

Forma
Forma de administração associada ao medicamento (ex: carteira(s);
colher(es) de chá; gota(s); medida(s)).
Trata-se de um elemento que faz parte das frases de posologia propostas
pelo sistema, sendo uma informação que consta do dicionário, não podendo
ser alterada localmente na farmácia.

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Manual Componente Profissional
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Frequência
Frequência de toma, reflecte o número e o momento das tomas. Esta
informação pode ser alterada, acedendo à Lista de Frases para posologia
através da tecla de função F4, estando o cursor posicionado na frase de
posologia por defeito:

Figura 86 - Lista de frases para posologia

Frase
Apresenta a frase de posologia completa, a qual é actualizada cada vez que
se efectua qualquer alteração.

Botão OK
Permite confirmar a frase de posologia apresentada.

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Manual Componente Profissional
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Botão Cancelar
Permite cancelar qualquer alteração de posologia efectuada no ecrã Frase
de Posologia.

Assim, dos elementos que constroem a frase de posologia – instrução de


toma (verbo) + quantidade de toma (valor numérico inteiro) + forma
farmacêutica + frequência de toma (selecção a partir de lista) – é possível
alterar localmente na farmácia dois deles – a quantidade de toma e a
frequência de toma – por forma a adequar a frase de posologia proposta
associada ao medicamento, ao pretendido, sem prejuízo de perca do cálculo
da DTP associada à toma do medicamento.
A excepção coloca-se aquando da selecção de frequências de toma pouco
precisas (ex. “1 a 2 vezes ao dia”, “em S.O.S.”), as quais não permitem
associar um factor numérico preciso que viabilize o cálculo automático da
DTP. Também no caso de formulações orais líquidas e formulações de
aplicação cutânea, o cálculo automático da DTP perde-se.

No Editor de Posologia é ainda possível alterar a frase de posologia na sua


totalidade. Para tal, basta clicar no botão assinalado com o
e substituir a frase proposta pela aplicação, pela frase de posologia
pretendida.

Figura 87 – Alteração da Frase de Posologia na sua totalidade

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Manual Componente Profissional
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Figura 88 – Alteração da Frase de Posologia na sua totalidade

Nestes casos a aplicação não faz automaticamente o cálculo da DTP,


deixando de constar este elemento associado à dispensa do medicamento.

Dada a importância da DTP associada à dispensa dos medicamentos –


determina o período durante o qual podem ser gerados avisos de interacção
e terapia duplicada com os medicamentos do Histórico, permite monitorizar
a adesão à terapêutica – é importante assegurar o mais possível a presença
desta, associado aos medicamentos dispensados. Para tal, é possível,
nestes casos ou noutros em que tal se justifique, alterar a DTP, apresentada
na continuidade da linha de venda do medicamento - DT, substituindo o
valor numérico apresentado pelo correcto, fazendo “Enter” para confirmar.

Ainda no Editor de Posologia, é também possível alterar a Frase de


Precaução impressa na Etiqueta de Posologia, clicando no botão assinalado
com o

E depois clicando no botão Ok.

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Manual Componente Profissional
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Figura 89 – Alteração da Frase de Precaução

Figura 90 – Lista das Frases de Precaução

Existe a possibilidade de imprimir etiquetas autocolantes de posologia no


fim do atendimento, sendo produzida uma etiqueta por embalagem
dispensada.

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Manual Componente Profissional
____________________________________________________________________________

A impressão de etiquetas é definida acedendo ao menu Parâmetros, opção


Configuração de número de cópias, correspondente a um quadro no qual
deve ser assinalada a check box que a determina (Etiquetas de posologia no
atendimento).

Uma vez definida a impressão de etiquetas de posologia, estas serão


emitidas em todos os atendimentos, para todos os medicamentos
dispensados.

É possível, no final de cada atendimento optar pela não impressão de


etiquetas, assinalando a check box Etiquetas de posologia disponível no
ecrã de caixa.

As etiquetas apresentam os seguintes elementos informativos:


Identificação da farmácia
Telefone da farmácia
Nome do utente dispensado
Data da Dispensa
Nome do Produto dispensado
Frase de posologia recolhida na dispensa
Frase de Precaução

A indicação de posologia constitui informação primária dirigida ao utente,


pretendendo ser a informação de partida para o início da toma do
medicamento.

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Manual Componente Profissional
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Figura 91 – Etiqueta autocolante de posologia

Tal como acontece para os medicamentos de uso humano, também os


produtos de saúde e medicamentos de uso veterinário, com informação
científica associada, apresentam posologia definida centralmente, que é
passível de ser alterada e impressa em etiqueta autocolante de posologia.

Avisos de Segurança no Atendimento

No ecrã do atendimento encontram-se disponíveis vários níveis de


informação de segurança – Grelha de Contra-indicações do medicamento,
Frases de Segurança associadas aos medicamentos não sujeitos a receita
médica e Suplementos Alimentares e um conjunto de Avisos proactivos que
resultam do cruzamento da informação associada ao utente, com a
informação associada ao medicamento.

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Manual Componente Profissional
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Figura 92 – Ecrã do Atendimento

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Manual Componente Profissional
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Contra-indicações no Atendimento
No canto inferior esquerdo do ecrã do atendimento, e em contexto com
cada medicamento ou produto de saúde dispensado, estão sempre
presentes todas as Contra-Indicações associadas a cada Medicamento.

As quadriculas indicativas de cada contra-indicação surgem coloridas em


contexto com a linha de venda a que dizem respeito.

Assim, no caso de haver vários medicamentos no mesmo ecrã de


atendimento, para visualizar as contra-indicações associadas a cada um no
quadro inferior esquerdo, o cursor deve estar situado na linha de venda que
diz respeito ao medicamento pretendido, aparecendo as quadriculas
coloridas em contexto.
Para relembrar o que cada abreviatura, associada a um estado
fisiopatológico, significa, basta clicar sobre o quadrado respectivo.

Figura 93 - Contra-Indicações associadas a cada medicamento no ecrã do Atendimento

Frases de Segurança

No que se refere à dispensa de MNSRM, o Sifarma 2000 contempla uma


funcionalidade dirigida à promoção da intervenção da equipa da farmácia no
aconselhamento efectivo, focando aspectos essenciais de segurança.

O objectivo é apoiar, de forma prática e expedita, a dispensa destes


medicamentos, assegurando que é transmitida ao utente informação
suficiente, que promova a sua correcta e segura utilização.

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Manual Componente Profissional
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Figura 94 – Frases de Segurança suporte à dispensa de MNSRM’s no Atendimento

As Frases de Segurança transmitem a informação mais relevante,


abrangendo aspectos como:

 contra-indicações “major” ou situações nas quais a toma/utilização do


medicamento não é recomendada;

 modo de administração e informações complementares à posologia


que influenciem significativamente a eficácia e segurança do
tratamento;

 duração limite da toma de alguns medicamentos por forma a


preservar a segurança do tratamento;

 situações específicas em que a utilização do medicamento se reveste


de algumas particularidades, como a gravidez, a amamentação, a
pediatria ou a geriatria;

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Manual Componente Profissional
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 excipientes relevantes no contexto da segurança da utilização do
medicamento, devido por exemplo à possibilidade de desencadearem
fenómenos alérgicos ou de intolerância em indivíduos susceptíveis.

As Frases de Segurança surgem num campo situado no canto inferior


esquerdo do ecrã do atendimento. Neste podem ser visualizadas até um
máximo de 3 frases curtas, de fácil e rápida leitura, respeitantes ao
medicamento em contexto na linha de venda. Ao posicionar o cursor na
linha de venda de outro MNSRM, ou através de leitura óptica, são exibidas
as Frases de Segurança deste novo medicamento.

A informação transmitida através das Frases de Segurança pode ser


complementada pela consulta da restante informação associada ao
medicamento em questão.

Para todos os Produtos de Saúde, nomeadamente Suplementos


Alimentares, e desde que associados a informação científica, também é
possível visualizar Frases de Segurança.

Avisos proactivos

O Sifarma 2000 gera proactivamente um conjunto de avisos que permitem


identificar, analisar e, sempre que aplicável, intervir prevenindo situações
de risco que possam ocorrer, em consequência da dispensa de
medicamentos ou produtos de saúde, que tenham informação científica
associada.

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Manual Componente Profissional
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Figura 95 – Avisos proactivos no ecrã do Atendimento

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Manual Componente Profissional
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Todos os avisos, com excepção das reacções adversas, são caracterizados


por grau de gravidade, assinalado por uma cor e letra característica:

Aviso Níveis

Valor numérico
Reacção Adversa
(indica nº de ocorrências)

Contra-Indicação G (Grave)
M (Moderado)
(L) Ligeiro

Interacção

G (Grave)
Terapia duplicada
M (Moderado)

Assim, os avisos que surgem no atendimento para além de identificarem as


situações de terapia duplicada, contra-indicação e interacção, informam
acerca do seu grau de gravidade:
 Grau Ligeiro, identifica uma precaução associada à toma do
medicamento, aviso de carácter informativo.
 Grau Moderado, assume uma gravidade intermédia entre uma
contra-indicação absoluta, e o aviso de precaução.
 Grau Grave associado a um aviso, torna necessário o registo de uma
justificação por forma a prosseguir com o atendimento.

Reacções Adversas (RA)


O Sifarma 2000 permite o registo no Perfil Farmacoterapêutico de um
utente de uma reacção adversa reportada como estando associada a
determinado medicamento. Ao ser dispensado o mesmo medicamento ou
outro contendo a(s) mesma(s) substância(s) activa(s), é gerado um aviso
automático no atendimento que identifica a situação.

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Manual Componente Profissional
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Avisos de reacções adversas são assinalados por um valor numérico, que


traduz o número de reacções adversas diferentes registadas no perfil do
utente, associadas ao medicamento em causa.

O processo mediante o qual os avisos de reacções adversas são gerados


obedece aos seguintes critérios:

Reacção adversa registada com o medicamento com a composição (X) (ex.:


Diclofenac rapid ®, 50 mg, comp)
a) Aviso na dispensa de qualquer medicamento com a substância activa
X em qualquer dosagem ou forma farmacêutica (ex.: Diclofenac 50
mg Ratiopharm ® comprimido gastrorresistente; Diclofenac Emulgel
®);
b) Ausência de aviso na dispensa de qualquer medicamento com a
composição (X+Y) (ex.: Arthrotec 75 ® – diclofenac 75 mg +
misoprostol 0,2 mg comprimido revestido) – é considerado que a
associação pode, em alguns casos minimizar o risco de ocorrência da
reacção adversa.

Reacção adversa registada com o medicamento com a composição (K+W)


(Ex: Predonium ® - Indapamida 0,625 mg + Perindopril 2 mg comprimido);
a) Aviso na dispensa de qualquer medicamento com as substâncias
activas (K+W) em qualquer dosagem ou forma farmacêutica (Ex: 'Bi
Preterax ® - Indapamida 1,25 mg + Perindopril 4 mg comprimido);
b) Aviso na dispensa de qualquer medicamento com a substância activa
K em qualquer dosagem ou forma farmacêutica (Ex: Indapamida gp
2,5 mg ® - comprimidos revestidos, Tandix L.P. ® - Indapamida 1,5
mg comprimido de libertação prolongada, Fluidema ® - Indapamida
2,5 mg cápsula);
c) Aviso na dispensa de qualquer medicamento com a substância activa
W em qualquer dosagem ou forma farmacêutica (Ex: Coversyl ® -

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Manual Componente Profissional
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Perindopril 4 mg comprimido, Coversyl Forte ® - Perindopril 8 mg
comprimido).

Para consultar o detalhe do(s) aviso(s) de reacção adversa, aceder ao


quadro de avisos fazendo “Enter” sobre o aviso.

Figura 96 - Separador Reacções Adversas no Quadro de Avisos.

No quadro de avisos, é possível consultar a informação sobre:


 O Medicamento que pode desencadear a reacção adversa;
 Possível Reacção Adversa;
 Data de conhecimento da Reacção Adversa.

É também possível obter avisos de reacções adversas referentes a


substâncias que entram na composição de produtos de saúde,
nomeadamente suplementos alimentares, desde que estes tenham
informação científica associada.

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Manual Componente Profissional
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Contra-indicações (CI)
No atendimento com o utente identificado com acompanhamento, surgem
avisos automáticos que identificam contra-indicações associadas ao
medicamento dispensado, face à informação presente no Perfil
Farmacoterapêutico do utente, relativa a Estados Fisiopatológicos -
patologias, alergias e condições particulares (gravidez, amamentação,
pediatria, geriatria) – que se lhe encontrem registados.

Estes avisos, resultam assim do cruzamento da informação associada ao


Perfil do Utente, com a informação associada ao medicamento. Para
consultar o detalhe do(s) aviso(s) de contra-indicação, deve aceder-se ao
quadro de avisos fazendo “Enter” sobre o aviso.

Figura 97 - Separador Contra-indicações no Quadro de Avisos

No quadro de avisos, é possível consultar a informação sobre:


 Medicamento que gera o aviso da contra-indicação para a respectiva
substância contra-indicada (Substância A);
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Manual Componente Profissional
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 Estado Fisiopatológico, constante do perfil farmacoterapêutico do
utente, no qual o medicamento está contra-indicado e o respectivo
tipo (PAT - Patologia; ALE – Alergia; CDP – Condição Particular);
 Grau de Gravidade do aviso em análise (encarnado - grave; amarelo
- moderado; verde - ligeiro);
 Acção recomendada, face à gravidade da Contra-Indicação (“Não
dispense sem falar com o Médico”, “Informe o médico e o doente” ou
“Informe o doente sobre os efeitos que podem ocorrer”);
 Mecanismo subjacente à Contra-Indicação;
 Mensagem para o Doente, que pretende facilitar o diálogo, sendo
sugerida uma mensagem que pode ser transmitida ao utente.

Os avisos de contra-indicação podem também surgir associados aos


produtos de saúde, nomeadamente suplementos alimentares, desde que
estes apresentem informação científica associada.

Interacções (IN)
O Sifarma 2000 alerta para potenciais interacções entre:
 Medicamentos duma mesma receita
 Medicamentos de receitas diferentes
 Medicamentos de uma receita e os adquiridos sem receita médica
 Medicamentos adquiridos num dado momento e os presentes no
Histórico terapêutico, desde que o respectivo “Prazo de Actividade”
(DTP + 60 dias) não tenha sido ultrapassado, sendo identificada a
data em que foi efectuada essa dispensa.

Para consultar o detalhe do(s) aviso(s) de interacção, deve aceder-se ao


quadro de avisos fazendo “Enter” sobre o aviso.

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Manual Componente Profissional
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Figura 98 - Separador Interacções no Quadro de Avisos

No quadro de avisos, é possível consultar informação sobre:


 Os medicamentos (A e B) cujas respectivas substâncias activas (A e
B) são responsáveis pelo aviso da interacção, sendo a substância A a
do medicamento da dispensa, cujos avisos estão em análise, e a
substância B a de um outro medicamento do mesmo atendimento ou
de um medicamento do Histórico terapêutico;
 Data da dispensa do medicamento B. Se este estiver a ser
dispensado na altura, o campo apresenta “**-**-****”. Caso faça
parte do histórico terapêutico, apresenta a data da declaração ou da
dispensa;
 Grau de Gravidade do aviso em análise (encarnado - grave; amarelo
- moderado; verde - ligeiro);
 Acção recomendada, face à gravidade da Interação (“Não dispense
sem falar com o Médico”, “Informe o médico e o doente” ou “Informe
o doente sobre os efeitos que podem ocorrer”);
 Mecanismo subjacente à Interacção;
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Manual Componente Profissional
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 Mensagem para o Doente, que pretende facilitar o diálogo, sendo
sugerida uma mensagem que pode ser transmitida ao utente.

Os avisos de interacções podem também surgir associados aos produtos de


saúde, nomeadamente suplementos alimentares, desde que estes
apresentem informação científica associada.

Terapia Duplicada (TD)


Com base na posologia inserida e na quantidade existente em cada
embalagem de medicamento (ex: número de comprimidos por caixa,
número de ampolas unidose), é efectuado o cálculo automático da DTP
(Duração Terapêutica Prevista) que traduz o número de dias previsto para a
utilização/toma da totalidade do medicamento.

Face a um determinado medicamento constante do Histórico cuja DTP ainda


não tenha sido ultrapassada, podem ocorrer dois tipos de avisos de terapia
duplicada:
Verdadeira duplicação – grau Grave – caso o utente pretenda adquirir o
mesmo medicamento ou outro com a mesma substância activa
a) Medicação crónica
b) Abuso do medicamento
c) Marcas diferentes com a mesma composição qualitativa (não
reconhecida pelo utente)
Possível duplicação – grau Moderado - caso o utente pretenda adquirir um
medicamento cuja substância activa é diferente mas pertence ao mesmo
grupo químico-terapêutico (4º nível da árvore ATC).

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Manual Componente Profissional
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Figura 99 - Separador Terapia duplicada no Quadro de Avisos

No quadro de avisos, é possível consultar a informação sobre:


 qual o medicamento da dispensa em curso;
 qual o medicamento que existe no Histórico responsável pela situação
de terapia duplicada;
 data da dispensa do medicamento do Histórico;
 severidade da situação de duplicação da terapia – Verdadeira
Duplicação (grau grave) ou Possível Duplicação (grau moderado).

Os avisos de Terapia Duplicada podem também surgir associados aos


produtos de saúde, nomeadamente suplementos alimentares, desde que
estes apresentem informação científica associada.

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Manual Componente Profissional
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Exemplo:

Um utente hipertenso, a tomar um medicamento contendo captopril,


tem uma crise hipertensiva e é tratado na urgência hospitalar. Dados os
valores elevados de pressão arterial, o médico prescreve enalapril. Se o
utente apresentar a receita na farmácia, é emitido um aviso na dispensa
que identifica tratar-se de um medicamento do mesmo grupo químico
terapêutico do que o utente estava a tomar e que ainda tem em casa. É
assim possível evitar situações de hipotensão grave.

Consulta de Avisos no Atendimento

O Sifarma 2000, cruza a informação associada aos medicamentos entre si,


e a informação do medicamento com o Perfil do Utente.
Este cruzamento de informação desencadeia proactivamente um conjunto
de avisos que caracterizam a dispensa: reacções adversas (RA), contra-
indicações (CI), interacções (IN), terapia duplicada (TD).
Na continuidade da linha de venda do medicamento, imediatamente após a
Designação comercial do mesmo, estão presentes as 4 quadrículas
correspondentes a cada um destes avisos.

Estes avisos são passíveis de consulta acedendo ao quadro “Registo de


Avisos”, bastando para tal colocar o cursos sobre uma das quadrículas dos
avisos no atendimento. Este quadro “Registo de Avisos” está organizado em
separadores, um por cada tipo de aviso gerado.

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Manual Componente Profissional
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Figura 100 – Avisos no ecrã do Atendimento

Justificação de Avisos
A possibilidade de registar uma justificação associada aos avisos que
surgem no atendimento, prende-se com a importância de implementar a
prática de fundamentar a intervenção profissional, por forma a recolher
indicadores que permitam a demonstração efectiva da mais valia da
intervenção da farmácia.

Ao consultar o quadro Registo de Avisos, é possível associar uma


justificação que traduza a intervenção após análise do(s) aviso(s) .

Esta justificação pode ser associada a mais do que um aviso, seleccionando


os avisos a justificar com a tecla insert, ou seleccionando todos os avisos
com a tecla de função F8 (como indicado no ecrã).

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Manual Componente Profissional
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Figura 101 – Consulta e Justificação de avisos no Atendimento

Clicando no botão Justificar ou através da tecla de função F4 (como indicado


no ecrã), acede-se ao bloco que permite associar uma Justificação ao aviso

Figura 102 – Justificação de avisos

Neste contexto, é possível editar livremente o texto pretendido no campo


da Justificação, ou alternativamente, através da tecla de função F4, aceder
a uma lista predefinida de frases para justificação.

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Manual Componente Profissional
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Uma vez justificado, o aviso fica assinalado com um visto () na coluna da
esquerda, permitindo assim visualizar do conjunto de avisos quais os que
têm uma justificação associada.

Para sair do quadro registo de avisos deve clicar-se no botão Finalizar por
forma a guardar a(s) justificação(ões) associadas aos avisos.

Em caso de avisos de grau grave, dada a maior importância da análise e


intervenção face aos mesmos, é necessário associar uma justificação ao
aviso por forma a prosseguir com o atendimento.

Tratamento de avisos
Para possibilitar a gestão dos avisos pela farmácia, optimizando o impacto
destes nos atendimentos, para além de associar uma justificação a cada
aviso, é ainda possível marcá-lo como tratado durante um período de tempo
definido caso a caso. Significa que a farmácia tomou conhecimento do
aviso, ponderou a informação, justificou e tratou o aviso definindo o período
de tempo para o qual esta situação é válida.

Marcar como tratado o aviso relativo a uma reacção adversa, contra-


indicação ou interacção, resulta que, durante o período de tempo definido,
estes avisos não irão aparecer no Atendimento para o utente em causa.

Relativamente aos avisos de Terapia Duplicada, estes continuarão a surgir


no atendimento, por forma a permitir monitorizar a adesão à terapêutica.
No entanto, ainda que se trate de um aviso de verdadeira duplicação, logo
de grau Grave, não exige uma justificação durante o período definido para a
validade de tratamento do aviso.

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Manual Componente Profissional
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Figura 103 – Justificação e tratamento de avisos

Para tratar um aviso, no contexto do registo de uma justificação, deve


assinalar-se a check box Tratar aviso(s), associando no campo Validade o
número de dias para os quais se pretende que a justificação registada seja
válida e o comportamento face a futuras dispensas dos mesmos
medicamentos ou produtos de saúde seja o descrito.

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Manual Componente Profissional
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11 Conclusões

O Sifarma 2000 é um instrumento inovador de apoio ao acompanhamento


farmacêutico com o objectivo de promover a segurança, a saúde e a
qualidade de vida do utente, que é, cada vez mais, o centro da actividade
da farmácia.

A equipa da farmácia, aliando os seus conhecimentos e bom senso à


informação transmitida pelo Sifarma 2000, encontra-se nas melhores
condições para dar resposta às situações da prática quotidiana.

A diversidade de elementos informativos disponíveis e os avisos gerados


pelo Sifarma 2000 devem ser contextualizados, analisados e ponderados na
sua globalidade de forma que o exercício essencial da actividade
farmacêutica se foque no utente, garantindo uma, cada vez melhor,
prestação de serviços à comunidade.

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