Sei sulla pagina 1di 12

VINICIUS NUNES DE AMORIM

RAPHAEL MARQUES DE ABREU

COMPARAÇÃO ENTRE O SISTEMA DE DETECÇÃO SONAR


DOS MEIOS DA ESQUADRA E O ATUAL ESTADO DA ARTE

CIAA - MARÇO 2023


2T VINICIUS NUNES DE AMORIM
2T RAPHAEL MARQUES DE ABREU

COMPARAÇÃO ENTRE O SISTEMA DE DETECÇÃO SONAR


DOS MEIOS DA ESQUADRA E O ATUAL ESTADO DA ARTE

Artigo científico apresentado ao Curso de


Aperfeiçoamento em Eletrônica e Comunicações.

Orientador: CMG (RM1) Henrique.

CENTRO DE ELETRÔNICA, COMUNICAÇÕES E TECNOLOGIA DA


INFORMAÇÃO
MARÇO 2023
AUTOR: 2T Vinicius Nunes de Amorim e 2T Raphael Marques de Abreu
ORIENTADOR: CMG (RM1) Henrique.

RESUMO
O Sonar é um equipamento secular, no qual sua invenção deveu-se a melhorar a
segurança da navegação no início do século XX. O princípio do funcionamento do sonar é
através da utilização das ondas sonoras através do meio (água) para detecção de objetos
submarinos. Com a chegada da primeira guerra mundial e a crescente evolução dos submarinos
as pesquisas na área acústica foram intensificadas cada vez mais criando assim uma corrida
tecnológica. Neste artigo, será apresentado um breve histórico de sua criação, sua aplicação e
uma associação entre os equipamentos usados nos meios navais da Marinha do Brasil e os
equipamentos de ponta utilizados hoje em dia.

PALAVRAS-CHAVE: Sonar, Marinha do Brasil, Meios navais.


1 INTRODUÇÃO

Um dos maiores desafios para a Marinha do Brasil é a permanente vigilância e a


exploração do seu vasto e rico litoral. A necessidade de se manter atualizada
tecnologicamente é de suma importância.

A utilização de sonares pode ser para fins bélicos através de navios varredores para
localização de minas submarinas e como forma de fazer frente a uma das armas navais mais
letais da atualidade, o submarino, para fins de Salvamento, pois através do sonar é possível
encontrar destroços de submarinos e outras embarcações, a exemplo desse tipo de faina temos
o NSS Guillobel, para fins político-econômico, pois esse é a principal ferramenta utilizada
para se justificar a expansão da plataforma continental brasileira e para obtenção de dados
importantes através de levantamentos hidrográficos que implicarão na confecção de cartas
náuticas da costa brasileira que serão utilizadas por diversos navios mercantes de todo o
mundo, fonte da maior parte da economia do país, e para fins científicos, auxiliando na
exploração de nossa rica fauna e flora marítima.

Diante desse cenário é nítido que o desenvolvimento tecnológico e a necessidade de se


investir em equipamentos sonares é fundamental para a construção de uma esquadra e navios
hidroceanográficos modernos e versáteis trazendo, assim, benefícios para a nossa força e
contribuindo para capacidade de dissuasão, exploração e soberania do país.
Esta pesquisa destina-se a apresentar brevemente a história da criação sonar, expor de
forma simplificada o funcionamento geral de um equipamento sonar e comparar os sistemas de
detecção sonar dos meios da esquadra com o que temos hoje em dia como o estado da arte em
termos de sonar, sendo assim, será mais explorado neste artigo a vertente da utilização bélica
do equipamento, uma vez que uma das principais funções do sonar nos navios escolta da
esquadra é a guerra antissubmarino.
Hoje como equipamentos sonares dos navios da esquadra temos os sonares EDO 997(F)
que equipam as fragatas classe Niterói e a corveta Barroso. Como visão de futuro o Brasil possuí
o projeto de construção das fragatas classe Tamandaré, esta que será um grande salto
tecnológico para a indústria nacional de defesa devido a implementação de modernos
equipamentos nestes novos meios, sendo assim, as classes Tamandaré será o “estado da arte”
da esquadra brasileira, por isso esta será a base do outro parâmetro desta comparação proposta
por este artigo acadêmico.
2 Sonar e seu funcionamento geral.

O sonar é um acrônimo em inglês para Sound Navigation and Ranging, é um


equipamento usado para localizar objetos pela reflexão das ondas sonoras emitidas no meio em
que está inserido. Na natureza é possível fazer um paralelo com a eco localização usada por
morcegos e golfinhos para localizar alimentos e obstáculos.

2.1 A invenção e evolução do Sonar.


Os cientistas desenvolveram o Sonar como um método prático para identificação de
perigos submersos (icebergs e submarinos) e para medição de profundidade da área navegada.
O primeiro protótipo desse equipamento foi desenvolvido pelos cientistas franceses Constantin
Chilowski e Paul Langevine e com colaboração do cientista R.W Boyle durante a primeira
guerra mundial que se tratava de um hidrofone que usava as reflexões de ondas ultrassônicas
para a localização de submarinos, esse não pode ser usado ainda com muita eficiência durante
a grande guerra pois ainda estava na fase de criação de protótipos.
Com a chegada da segunda guerra mundial, é acompanhada também da evolução dos
submarinos e a necessidade da evolução dos equipamentos capazes de os detectarem, o sonar
já pode ser utilizado eficientemente e foi posto à prova equipando os navios escolta dos aliados
atravessando o atlântico realizando a proteção de grandes comboios de suprimentos contra os
temíveis u-boats alemães.
Com passar do tempo, após a duas grandes guerras, essa evolução se deu de forma a
auxiliar na área da ciência como forma de explorar o fundo do mar e na área militar, onde seu
desenvolvimento nunca mais parou.

2.2 O Funcionamento básico do Sonar voltado para guerra AS.


Na Guerra Antissubmarino uma unidade deverá detectar e localizar o alvo (submarino)
e ainda determinar suas posições subsequentes, de modo a proporcionar ao Sistema de Armas
a ser empregado o melhor desempenho possível. (PEREIRA, 2018)
A detecção e determinação da posição do alvo submarino pode ocorrer através de dois
modos:

a) Através da troca de energia entre o alvo e a unidade A/S; e

b) Pela perturbação de um campo estático natural (campo magnético terrestre) devido à


presença do alvo.
Por sua maior eficiência, é o primeiro modo o de uso corrente em navios de guerra.
Neste caso, ondas de pressão acústica são transmitidas na água do mar a distâncias
operativamente significativas, daí ser o SONAR o mais importante sensor na Guerra
Antissubmarino. (PEREIRA, 2018).

O desempenho do Sonar está diretamente ligado ao parâmetro “propagação do som no


mar” que é influenciado pelas características do meio, pois o mar é um meio finito (possui limite
superior, a superfície, e limite inferior, o fundo e não homogêneo, pois suas características irão
variar com a pressão, temperatura e salinidade do local. A seguir será exposto um gráfico que
apresenta o comportamento da velocidade de propagação de acordo com a ação simultânea da
pressão, salinidade e temperatura:

Dois tipos gerais de sonar são empregados na detecção submarina – os ativos e os


passivos. Os ativos são os análogos aos sonares utilizados pelos animais, estes transmitem
sons que incidem sobre alvos e retornam como ecos, permitindo a indicação da distância e da
marcação daqueles alvos, enquanto os passivos não transmitem, mas simplesmente “escutam”
sons produzidos pelos alvos para obterem a marcação dos mesmos e suas distâncias
estimadas, dessa forma se preservando de se expor ao inimigo. Os sonares ativos são
normalmente associados aos navios de superfície, enquanto submarinos possuem os dois
tipos. (PEREIRA, 2018)

2.3 Sonares Modernos para a Guerra Antissubmarino

Um dos maiores desafios das operações A/S ou ASW é o combate a submarinos de


águas profundas devido a sua alta capacidade furtiva e ofensiva no teatro de operações
marítimas. O aumento do número de submarinos nucleares trás cada vez mais uma
necessidade de modernização nos sistemas de sonares para identificação e o combate contra
essas ameaças.
A maior parte dos sonares desenvolvidos antigamente não possuem alta eficácia
contra submarinos convencionais silenciosos. A operação Antissubmarino na superfície
apresenta uma elevada dificuldade devido a reflexão das ondas sonoras e “falsos contatos”
que surgem mostrando-se um ambiente instável e desfavorável para detecção, classificação
dos contatos e possível engajamento caso este ofereça risco.

Observando a atuação das Marinhas que se destacam na atualidade, percebe-se que os


sensores passivos não têm uma alta eficácia na detecção de submarinos modernos
convencionais, sendo mais eficiente nessa situação a utilização de sensores ativos para este
tipo de ameaça.

Além disso, destaca-se a importância da coordenação por plataformas aérea, de


superfície e submarinas para auxiliar e aumentar a possibilidade de êxito. Apenas navios
utilizando sonares de casco tem uma menor chance de detectar e rastrear alvos submarinos
por tempo suficiente para realizar o disparo.

Devido aos avanços tecnológicos, surge na guerra antissubmarino as operações


biestáticas e multiestáticas, onde na operação biestática um sonar ativo emite um “ping” e o
som refletido é recebido por um navio ou aeronave.

Já nas operações multiestáticas empregam-se mais sonares (sonares de mergulho,


sonobóias lançadas de aeronaves e embarcações) e que permitem visões do alvo de diferentes
aspectos facilitando a determinação da natureza do alvo assim como sua posição, velocidade e
profundidade. Os sonares de profundidade variável, rebocados por navio, estão utilizando
sensores multiestáticos proporcionando uma redução na carga de trabalho do operador.

2.4 Sonar EDO 997(F).

O sonar EDO 997(F) utilizado pelos navios escolta da Marinha do Brasil é um sonar
implementado no projeto de modernização das fragatas classe Niterói, ModFrag. O projeto de
modernização foi realizado efetivo do projeto ModFrag ocorreu em 1º de outubro de 1971
quando a F-43 Liberal foi docada, aproveitando-se o seu PMG. Previa-se um período de
trabalho de 21 meses para esse primeiro navio. No entanto, por problemas de integração do
sistema, houve um atraso significativo e os primeiros testes de mar só ocorreram em 2001.

Segundo o Manual de Procedimentos Operativos (MPO) das fragatas classe Niterói o


Sonar EDO 997 (F) é um sonar de casco, de média frequência, projetado para instalação a
bordo de navios de superfície. O sistema permite, simultaneamente, busca ativa e passiva,
detecção, acompanhamento e classificação de alvos por um único operador. Computadores
internos auxiliam o operador nessas tarefas por meio do controle da transmissão, recepção,
modo de operação, apresentação e manuseio do alvo (contato). A interação do operador com o
computador se faz por meio do Console do Operador, localizado no COC.

Os modos de transmissão disponíveis ao processo de busca ativa e acompanhamento


são emitidos na forma de transmissões onidirecionais (ODT) e de transmissões direcionais
rotativas (RDT).

No modo RDT, as transmissões podem ser direcionadas para um setor em particular,


resultando o aumento na capacidade de detecção do sistema.

Bandas de Freqüência Central de Freqüência Central de


Banda Total
Frequência CW FM

Banda 1 (F1) 5772 - 6736 (964 Hz) 6100 Hz 6418 Hz

Banda 2 (F2) 6518 - 7482 (964 Hz) 6845 Hz 7164 Hz

Banda 3 (F3) 7264 - 8228 (964 Hz) 7900 Hz 7581 Hz

Tabela 2 Bandas de freqüências FM e CW

2.5 Sonar de Casco Kingklip.

O Projeto Tamandaré tem como objetivo promover a renovação da Esquadra com


quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica, construídos no País. O Programa
é um elemento fundamental e um meio indispensável, não só para o controle de áreas
marítimas de interesse, evitando o acesso de meios não desejáveis pelo mar, como também na
proteção de áreas afastadas compondo Grupos de Ação de Superfície ou como Unidades de
Busca e Ataque a submarinos.

A THALES, empresa global de tecnologia e inovação, está ajudando a Marinha do


Brasil a modernizar suas capacidades submarinhas graças ao excelente desempenho oferecido
pelo sonar Kingklip MK2. É de sua fabricação também o sistema de sonares do submarino
Riachuelo onde se tem um alto nível tecnológico em radares e sonares de última geração,
além da transferência da tecnologia para o país, que é uma das exigências do Projeto
Tamandaré (quarenta por cento do projeto tenha conteúdo nacional) visto que a transferência
da tecnologia é de suma importância para a soberania nacional assegurando o domínio da
tecnologia adquirida.

No Projeto Tamandaré, as empresas THALES e Omnisys (subsidiária brasileira da


THALES) serão responsável pela fabricação, integração completa dos sonares, aceitação de
ensaios, teste de aceitação e suporte logístico dos transdutores que são fundamentais para
emitir e ouvir os sons nos sonares.

O Sonar Kingklip é um sonar de alto desempenho especialmente para missões de


guerra submarina, escolta de unidades de alto valor permitindo o acompanhamento de alvos e
autoproteção dos navios da Marinha. O sonar kingklip MK2 é um sonar de casco ativo e
passivo de média frequência ideal para corvetas e fragatas de múltiplos propósitos.

Além disso, é particularmente eficiente para detectar submarinos em estados agitados


do mar e em águas costeiras / litorâneas, onde prevalecem condições difíceis de reverberação.
Ele complementa um sonar de profundidade variável Captas para fornecer uma boa cobertura
acima e abaixo da camada térmica.

Recursos do sistema:

- Projetado para navios de combate de superfície de tamanho médio.

- Conjunto cilíndrico instalado dentro de uma cúpula acusticamente transparente (montada em


quilha).

- Vigilância geral ASW.

- Várias configurações de transmissão permitindo a operação com dois navios na mesma área.

- Capacidade integrada de treinamento a bordo.

- Função de termo termógrafo incorporado e previsão de desempenho para otimização do


sonar.

- Capacidade abrangente de diagnóstico de panes (BITE)


A importância estratégica da proteção e pesquisa no espaço marítimo do Brasil
necessita de uma demanda crucial: a de sensores para monitorar os futuros estaleiros e Base
de Submarinos de Itaguaí.

3 CONCLUSÃO

Como conclusão podemos realizar um comparativo entre os dois equipamentos sonar


expostos neste artigo. As fragatas classe Tamandaré apresentam uma grande vantagem em
relação as classe Niterói, pois sua construção será inteiramente em território nacional,
diferente desta, que seus 4 primeiros navios(Niterói, Defensora, Constituição e Liberal) foram
construídas pelo estaleiro britânico Vosper Thornycroft, ou seja, além da fomentação de
empregos e aquecimento na economia nacional é importante para uma força armada que ela
detenha os meios de seus meios navais.

O KingKlip sonar opera no modo ativo na faixa de frequência média entre 5250 e
8000 Hz nos pulsos FM Hiperbólico, CW e combo, uma faixa de frequência maior que a do
sonar EDO 997(F), O Kingklip é particularmente eficiente para detectar submarinos em
estados agitados do mar e em águas costeiras / litorâneas, onde prevalecem condições difíceis
de reverberação. Ele complementa um sonar de profundidade variável Captas para fornecer
uma boa cobertura acima e abaixo da camada térmica.

O sonar EDO possuí em suas características ambientais para operar a temperatura 0° a


45 ° C, dados retirados do datasheet do sonar. Sendo assim no que se refere a guerra A/S e
possível perceber uma evolução na detecção submarina do sonar EDO para o Kingklip.
REFERÊNCIAS

Pereira, Agostinho Fortes Bittencourt , Apostila de Detecção, Marinha do Brasil, Escola


Naval, Centro Técnico-Científico, .

Manual de Procedimentos Operativos (MPO) das Fragatas Classe Niterói.

Sonar Kingklip, Poder Naval,Disponível em:


https://www.naval.com.br/blog/2018/06/24/sonar-kingklip-e-incluido-na-lista-de-produtos-
estrategicos-de-defesa/,2018.

Padilha, Luiz. Desempenho de sonar kingklip, Defesa Aérea e Naval, Disponível em:
https://www.defesaaereanaval.com.br/naval/desempenho-de-sonar-kingklip-da-thales-
saudado-pelas-marinhas-do-brasil-e-da-indonesia/amp,2018.

Galante, Alexandre, Sonares modernos Guerra A/S, Poder Naval, Disponível em:
https://www.naval.com.br/blog/2018/01/21/sonares-modernos-para-guerra-
antissubmarino/,2018.

Sonar Kingklip, Omnisys,Disponível em: https://www.omnisys.com.br/data-seet/sonar-


kingklip.pdf, 2023.

Ross, David I. Sonar. Disponícel em :


https://www.thecanadianencyclopedia.ca/en/article/sonar#:~:text=Sonar%20was%20first%20
developed%20%2D%20as,BOYLE.

Martini, Fernando. Sonar KingKlip é incluído na lista de Produtos Estratégicos de Defesa.


Disponível em: https://www.naval.com.br/blog/2018/06/24/sonar-kingklip-e-incluido-na-
lista-de-produtos-estrategicos-de-defesa/

Padilha, Luiz. PqM – Buscando a Independência Nacional através da Capacidade


Tecnológica, Disponível em: https://www.defesaaereanaval.com.br/ciencia-e-
tecnologia/ipqm-buscando-a-independencia-nacional-atraves-da-capacidade-tecnologica.

Potrebbero piacerti anche