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Paolo VI, Udienza Generale, 23 maggio 1973

Veni, Creator Spiritus...Consolator optime...Dulcis Hospes animae»

[…]

Noi tutti ci dobbiamo mettere in sopravvento al soffio misterioso, ma ora, in certo modo,
identificabile dello Spirito Santo. Non è senza significato il fatto che proprio nel giorno felice di
Pentecoste l’Anno Santo apre le sue vele nelle singole Chiese locali, affinché una nuova
navigazione, vogliamo dire un nuovo movimento, veramente «pneumatico», cioè carismatico,
spinga in unica direzione e in concorde emulazione l’umanità credente verso le nuove mete della
storia cristiana verso il suo porto escatologico.

Ben sappiamo che la stagione psicologica e sociologica del nostro mondo non è la migliore per
l’audace avventura. Tempeste, scogli e opposizioni formidabili si oppongono al nostro sereno e
sicuro veleggiare. Noi sentiamo fischiare ai nostri orecchi le raffiche di invadenti e violenti venti
contrari. Non ne facciamo adesso la descrizione, anche perché è ormai comune l’esperienza
dell’irreligiosità, che si è impadronita, in non poche nazioni, in non poche scuole di pensiero, in non
pochi fenomeni sociali dell’uomo moderno. Dio non è di moda. La nostra visione della realtà resta
abbagliata dallo splendore e dall'interesse della scienza; la cui applicazione pragmatica dà, sì,
risultati stupefacenti, ma soverchia la vita di ricchezze incalcolabili e disputatissime, tanto da
spingere e da dividere gli uomini in una lotta continua ed in una equivoca smania di liberazione;
non c’è più la tranquillità di spirito per mettere la nostra esperienza a confronto di principii stabili e
superiori, sub specie aeternitatis, ma tutto è ridotto alle dimensioni del tempo, cioè della relatività
contingente e mobile della storia, che come ,il Saturno mitico, genera e divora i suoi figli. In
questa situazione la concezione cosmica della terra e dell’uomo come un «regno di Dio» in fieri
(adveniat regnum tuum) incontra cento terribili difficoltà, che l’uomo religioso sperimenta non
come stimoli alla sua ascensione, perché tali sono, ma come ostacoli supposti insuperabili.

Per venire a confronto con questo mondo agitato ed ostile, l’uomo di Chiesa, il «fedele», avrebbe
bisogno almeno di idee chiare e sicure, cioè d’una razionalità naturale autentica ed operante, d’un
pensiero filosofico, d’un senso comune capace di verità basilari e di funzionalità veramente logica e
normale, di cui oggi egli non si sente più padrone, narcotizzato com’è da dubbi d’ogni genere, che
solo gli studi scientifici da un lato e gli istintivi ragionamenti del buon senso, empirico e utilitario,
dall’altro, valgono a calmare. Noi dovremmo auspicare che la forza della ragione fosse ristabilita
nella sua integrità; è questo uno dei grandi e ricorrenti bisogni della cultura, veramente
umanistica. Ma ci basti, per ora, esprimerne l’auspicio. Diremo piuttosto, allo scopo che ora ci
preme, che esiste un’altra sorgente di conoscenza, oltre quella puramente razionale troppo fiacca e
vulnerabile per risolvere tutti i problemi dell’umana esistenza; un’altra sorgente non a
mortificazione, ma a fortificazione del pensiero razionale, sorgente estrinseca per la sua origine,
intrinseca per la sua operazione: ed è lo Spirito Santo, è «la fede che opera mediante la carità»
(Gal. 5, 6; cfr. Phil. 2, 13; 1 Cor. 12, 11). Di questa infusione di capacità di comprendere ,la Verità,
nella sua espressione soprannaturale e vitale, propria dell’economia cristiana (Cfr. Io. 1, 4-5), di
questa illuminazione interiore, retaggio degli umili e dei semplici (Cfr. Matth. 11, 25-26), di questo
dono dai sette raggi dello Spirito Santo noi abbiamo bisogno per affrontare il grande esperimento
dell’Anno Santo, se vogliamo che esso davvero sia rinnovamento e riconciliazione. Ricordiamolo.
Todos temos que nos antecipar ao misterioso, mas agora, de certa forma, sopro
identificável do Espírito Santo. Não é sem significado que precisamente no feliz
dia de Pentecostes (10.06.1973), o Ano Santo (de 1975) abrirá as suas velas em
cada uma das Igrejas locais, de modo que uma nova navegação, queremos dizer,
um novo movimento, verdadeiramente “pneumático”, isto é, carismático,
conduzirá numa mesma direção e em emulação concordante, a humanidade que
cré, rumo aos novos objetivos da história cristã, em direção ao seu porto
escatológico.

Bem sabemos que o contexto psicológico e sociológico do nosso mundo não é o


melhor para aventuras ousadas. Tempestades, rochas e oposições formidáveis se
opõem à nossa navegação tranquila e segura. Ouvimos rajadas de ventos contrários
intrusivos e violentos assobiar aos nossos ouvidos. Não os descreveremos agora,
também porque é por demais comum a experiência de irreligiosidade, que se
consolidou em muitos países, em muitas escolas de pensamento, em muitos
fenômenos sociais do homem moderno. Deus não está na moda. A nossa visão da
realidade estáe deslumbrada diante do esplendor e do interesse da ciência; cuja
aplicação pragmática dá, sim, resultados surpreendentes, mas subjuga a vida de
riquezas incalculáveis e tão disputadas, a ponto de empurrar e dividir os homens
numa luta contínua e num desejo equívoco de libertação. Não existe mais
tranquilidade de espírito para comparar nossa experiência com princípios estáveis e
superiores, sub specie aeternitatis, mas tudo se reduz às dimensões do tempo, ou
seja, da relatividade contingente e móvel da história, que como o mítico Saturno,
gera e devora seus filhos. Nesta situação, a concepção cósmica da terra e do
homem como “reino de Deus” in fieri (adveniat regnum tuum) encontra uma
centena de terríveis dificuldades, que o homem religioso experimenta não como
estímulos para sua ascensão, porque tais são, mas como obstáculos supostamente
insuperáveis.

Para se confrontar com este mundo agitado e hostil, o homem de Igreja, o “fiel”,
necessitaria pelo menos de ideias claras e seguras, isto é, de uma racionalidade
natural autêntica e eficaz, de um pensamento filosófico, de uma senso comum
capaz de verdades básicas e de funcionalidade verdadeiramente lógica e normal, da
qual hoje não se sente mais o dono, narcotizado que está por dúvidas de toda
espécie, que apenas os estudos científicos por um lado e o raciocínio instintivo do
bom senso, empírico e utilitário, por outro lado, servem para acalmar. Devemos
esperar que a força da razão fosse restaurada em sua integridade; esta é uma das
grandes e recorrentes necessidades da cultura, verdadeiramente humanística.

Mas, por enquanto, basta expressarmos nossa esperança.


Em vez disso, diremos, para o propósito com o qual estamos agora preocupados,
que existe outra fonte de conhecimento, além daquela puramente racional, muito
fraca e vulnerável, para resolver todos os problemas da existência humana; outra
fonte não de mortificação, mas de fortalecimento do pensamento racional, fonte
extrínseca pela sua origem, intrínseca ao seu funcionamento: é o Espírito Santo, é
“a fé que opera pela caridade” (Gl 5,6; cf. Fil.2,13; 1Cor. 12,11). Desta infusão de
capacidade de compreensão, a Verdade, na sua expressão sobrenatural e vital,
própria da economia cristã (cf. Jo. 1,4-5), desta iluminação interior, herança dos
humildes e dos simples (cf. Mt 11, 25-26), deste dom dos sete raios do Espírito
Santo, necessitamos para enfrentar a grande experiência do Ano Santo, se
realmente queremos que seja renovação e reconciliação. Recordemos disso!

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