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TESTI E

TRADUZIONI
// NOTA
Le seguenti traduzioni hanno l’obiettivo di far comprendere a chi
non conosce la lingua portoghese i contenuti dei brani che andrete
ad ascoltare. Nel tradurre i testi abbiamo cercato perlopiù di
rimanere fedeli all’originale, limitandoci a modificare solo alcuni
versi con l’unico fine di renderli più comprensibili. Naturalmente
questo approccio va a scapito di una forma poetica nella nostra
lingua, per questo, a volte, le versioni italiane potranno apparire
ostiche o un po’ forzate rispetto alla musicalità del portoghese.
Timoneiro
(Rit.) Não sou eu quem me navega / Quem me navega é o mar /
Não sou eu quem me navega / Quem me navega é o mar / É ele
quem me carrega / Como nem fosse levar / É ele quem me carrega
/ Como nem fosse levar. // E quanto mais remo mais rezo / Pra
nunca mais se acabar / Essa viagem que faz / O mar em torno do
mar / Meu velho um dia falou / Com seu jeito de avisar: / Olha, o
mar não tem cabelos / Que a gente possa agarrar // (Rit.) //
Timoneiro nunca fui / Que eu não sou de velejar / O leme da minha
vida / Deus é quem faz governar / E quando alguém me pergunta /
Como se faz pra nadar / Explico que eu não navego / Quem me
navega é o mar // (Rit.) // A rede do meu destino / Parece a de um
pescador / Quando retorna vazia / Vem carregada de dor / Vivo
num redemoinho / Deus bem sabe o que ele faz / A onda que me
carrega / Ela mesma é quem me traz.//

Timoniere
(Rit.) Non sono io quello che naviga / chi mi naviga è il mare. / Non
sono io quello che naviga / chi mi naviga è il mare, / è lui che mi
trasporta / come se nulla fosse, / è lui che mi trasporta / come se
nulla fosse. // E quanto più remo più prego / perché non finisca mai
/ questo viaggio che fa / il mare intorno al mare. / Mio padre un
giorno mi disse / con il suo modo di mettermi in guardia: / attento,
il mare non ha capelli / cui ci si possa aggrappare. // (Rit.) // Non
sono mai stato un timoniere, / perché non mi piace navigare, / il
timone della mia vita / è governato da Dio. / E quando qualcuno mi
chiede / come si riesca a nuotare, / spiego che non sono io che
navigo / ma chi mi naviga è il mare. // (Rit.) // La rete del mio
destino / sembra quella di un pescatore / che quando si tira su
vuota / viene riempita di dolore. / Vivo in un vortice, / Dio sa bene
quel che fa, / l’onda che mi trascina / è lei stessa che mi
trasporta.//
Dança da solidão
Solidão é lava que cobre tudo / Amargura em minha boca / Sorri
seus dentes de chumbo / Solidão palavra cavada no coração /
Resignado e mudo / No compasso da desilusão, / Desilusão,
desilusão / Danço eu, dança você / Na dança da solidão // (Rit.)
Desilusão, desilusão / Danço eu dança você / Na dança da
solidão // Camélia ficou viúva / Joana se apaixonou / Maria tentou a
morte / Por causa do seu amor / Meu pai sempre me dizia / Meu
filho tome cuidado / Quando eu penso no futuro / Não esqueço o
meu passado. // (Rit.) // Quando chega a madrugada / Meu
pensamento vagueia / Corro os dedos na viola / Contemplando a
lua cheia / Apesar de tudo existe / Uma fonte de água pura / Quem
beber daquela água / Não terá mais amargura, ô // (Rit.) //

Danza della solitudine


La solitudine è lava che copre tutto, / amarezza nella mia bocca, /
sorride con i suoi denti di piombo. / Solitudine, parola scolpita nel
cuore / rassegnato e muto / al ritmo della disillusione. // (Rit.)
Disillusione, disillusione / ballo io e balli tu / nella danza della
solitudine. // Camelia rimase vedova, / Giovanna si innamorò, /
Maria tentò il suicidio / per il suo amore. / Mio padre mi diceva
sempre, / figlio mio fai attenzione / quando penso al futuro / non
dimentico il passato. // (Rit.) // Quando arriva la notte / il mio
pensiero vaga, / accarezzo le corde della chitarra / contemplando la
luna piena. / Nonostante tutto, esiste /una fonte di acqua pura, /
chi da lì berrà / non avrà più amarezze. // (Rit.) //
Para ver as meninas
Silêncio por favor / Enquanto esqueço um pouco a dor / Do peito /
Não diga nada sobre meus defeitos / Eu não me lembro mais /
Quem me deixou assim /Hoje eu quero apenas / Uma pausa de mil
compassos / Para ver as meninas / E nada mais nos braços / Só
este amor / Assim descontraído. / Quem sabe de tudo não fale /
Quem não sabe nada se cale / Se for preciso eu repito / Porque
hoje eu vou fazer / Ao meu jeito eu vou fazer / Um samba sobre o
infinito. //

Per vedere le bambine


Silenzio, per favore / mentre dimentico un po' il dolore / che ho nel
petto. / Non dire niente a proposito dei miei difetti, / non ricordo
più chi mi ha ridotto così. / Oggi io vorrei solo / una pausa di mille
battute / per vedere le bambine, / e nient'altro tra le braccia, / solo
questo amore, / così sereno. / Chi già sa tutto, non parli / chi non /
sa nulla, stia in silenzio / se è necessario, ripeto. / Perché oggi farò,
/ a mio modo, farò / un samba sull'infinito. //
Coração leviano
Trama em segredo teus planos / Parte sem dizer adeus / Nem
lembra dos meus desenganos / Fere quem tudo perdeu // (Rit.) Ah
coração leviano não sabe o que fez do meu / Ah coração leviano
não sabe o que fez do meu. // Este pobre navegante meu coração
amante / Enfrentou a tempestade / No mar da paixão e da
loucura / Fruto da minha aventura / Em busca da felicidade / Ah
coração teu engano foi esperar por um bem de um coração leviano
que nunca será de ninguém. //

Cuore frivolo
Trama in segreto i tuoi piani, / parti senza dire addio, / neanche
pensi alle mie sofferenze, / ferisci chi ha già perso tutto. // (Rit.)
Ah, cuore frivolo, non sai come hai ridotto il mio, ah, cuore frivolo,
non sai come hai ridotto il mio. // Questo povero navigante, il mio
cuore amante, / nel mare della passione e della follia, / ha
affrontato la tempesta, / frutto della mia avventura / alla ricerca
della felicità. / Ah, cuore mio, il tuo errore è stato sperare nel bene
di un cuore frivolo, che non apparterrà mai a nessuno. //
Nos horizontes do mundo
Nos movimentos do mundo / Cada um tem seu momento / Todos
têm um pensamento / De vencer a solidão / E quem pensar um
minuto /Saberá tudo dos ventos / E se tiver sentimento
Estenderá sua mão / Nos movimentos do mundo / Quem não teve
um sofrimento / E não guardou na lembrança / Os restos de uma
paixão / Coração, recolha tudo / Essas coisas são do mundo / Só
não guarde mais o medo / De viver a vida, não / Nos movimentos
do mundo / Requerer perdas e danos / É abrigar desenganos / Sem
amor e sem perdão / Nos horizontes do mundo / Não haverá
movimento / Se o botão do sentimento / Não abrir no coração. //

Negli orizzonti del mondo


Nei movimenti del mondo / ognuno ha il suo momento, / tutti
hanno il desiderio / di vincere la solitudine. / E chi si fermerà un
minuto a pensare / saprà tutto dai venti / e se avrà sentimento
porgerà la sua mano. / Nei movimenti del mondo, / c’è anche chi
non ha mai sofferto / e non ha conservato nella memoria
quel che resta di una passione. / Cuore mio, accetta tutto, / queste
sono le cose del mondo, / lascia andar via solo la paura / di vivere
la vita. / Nei movimenti del mondo, / reclamare per perdite e
danni / vuol dire accogliere delusioni, / senza amore né perdono. /
Negli orizzonti del mondo / non ci sarà alcun movimento / se il
bocciolo del sentimento / non sboccerà nel cuore. //
Pecado capital
Dinheiro na mão é vendaval / É vendaval / Na vida de um sonhador
De um sonhador / Quanta gente aí se engana / E cai da cama /
Com toda a ilusão que sonhou / E a grandeza se desfaz / Quando a
solidão é mais / Alguém já falou / Mas é preciso viver / E viver não
é brincadeira não / Quando o jeito é se virar / Cada um trata de
si / Irmão desconhece irmão / E aí dinheiro na mão é vendaval /
Dinheiro na mão é solução / E solidão / Dinheiro na mão é vendaval
/ Dinheiro na mão é solução / E solidão. //

Peccato capitale
Avere soldi tra le mani è una tempesta, / è una tempesta, / nella
vita di un sognatore, / di un sognatore. / Quanta gente si inganna
e cade dal letto / con le illusioni che ha sognato. / E la grandiosità
svanisce / quando la solitudine è troppa, / è risaputo. / Ma è
necessario vivere / e vivere non è uno scherzo, no. / Quando
bisogna cavarsela / ognuno pensa a sé stesso, / i fratelli rinnegano
i fratelli. / Avere soldi tra le mani è una tempesta, / i soldi tra le
mani sono una soluzione, / sono solitudine. / Avere soldi tra le mani
è una tempesta, / i soldi tra le mani sono una soluzione, / sono
solitudine. //
Sinal Fechado
Olá, como vai? / Eu vou indo, e você, tudo bem? / Tudo bem, eu
vou indo correndo / Pegar meu lugar no futuro, e você? / Tudo
bem, eu vou indo em busca / De um sono tranquilo, quem sabe? /
Quanto tempo, pois é, quanto tempo / Me perdoe a pressa / É a
alma dos nossos negócios / Pô, não tem de quê / Eu também só
ando a cem / Quando é que você telefona? / Precisamos nos ver
por aí / Pra semana, prometo / Talvez nos vejamos, quem sabe? /
Quanto tempo, pois é, quanto tempo / Tanto coisa que eu tinha a
dizer / Mas eu sumi na poeira das ruas / Eu também tenho algo a
dizer / Mas me foge à lembrança / Por favor, telefone, eu preciso
beber / Alguma coisa rapidamente / Pra semana, o sinal / Eu
procuro você, vai abrir, vai abrir / Prometo, não esqueço / Por favor
/ não esqueça, não esqueça / Não esqueço, adeus. //

Semaforo Rosso
Ciao come va? / Si va avanti, e tu, tutto bene? / Tutto bene,
correndo per / conquistare il mio posto nel futuro, e tu? / Tutto
bene, alla ricerca / di un sonno tranquillo, chissà… / Quanto tempo,
eh già, quanto tempo. / Scusami, la fretta / è alla base delle nostre
cose. / Ma figurati, / anch’io vado sempre di fretta. / Quando ti fai
sentire? / Dobbiamo vederci, / in settimana, promesso. / Forse ci si
vede, chissà. / Quanto tempo, eh sì, quanto tempo / Tante cose /
avrei voluto dire / Ma sono scomparso tra la polvere delle strade /
Io anche ho qualcosa da dirti, / ma ora mi sfugge. / Ti prego,
chiamami, ho bisogno di bere / qualcosa al più presto, / in
settimana, il semaforo! / Ti cerco io, sta per diventare verde. /
Promesso, non me lo dimentico. / Per favore, non ti dimenticare,
non ti dimenticare. / Non mi dimentico, ciao. //
// Brani strumentali

Choro negro

Um choro pro Waldir

Sarau para Radamés


Para um amor no Recife
A razão porque mando um sorriso / E não corro / É que andei
levando a vida / Quase morto / Quero fechar a ferida / Quero
estancar o sangue / E sepultar bem longe / O que restou da camisa
/ Colorida que cobria minha dor / Meu amor eu não me esqueço /
Não se esqueça por favor / Que eu voltarei depressa / Tão logo a
noite acabe / Tão logo este tempo passe / Para beijar você. //

Per un amor a Recife


La ragione per cui ti sorrido / e non corro / è che ho trascinato la
vita / come morto. / Voglio rimarginare la ferita, / voglio fermare il
sangue / e seppellire lontano / quel che è rimasto della camicia
colorata / che copriva il mio dolore. / Amore mio, io non dimentico /
non dimenticare per favore / che tornerò in fretta
non appena questa notte sarà finita, / non appena questo tempo
sarà trascorso / per baciarti. //
Minhas madrugadas (con Candeia)
Vou pelas minhas madrugadas a cantar / Esquecer o que passou /
Trago a face marcada / Cada ruga no meu rosto / Simboliza um
desgosto / Quero encontrar em vão o que perdi / Só resta
saudade / Não tenho paz / E a mocidade / Que não volta nunca
mais / Quantos lábios beijei / Quantas mãos afaguei / Só restou
saudades no meu coração / Hoje fitando o espelho / Eu vi meus
olhos vermelhos / Compreendi que a vida / Que eu vivi foi ilusão. //

Le mie nottate
Trascorro le mie nottate cantando, / dimenticando ciò che è
successo. / Il mio volto è segnato / ogni ruga sul mio viso /
rappresenta un dolore. / Inutilmente cerco di ritrovare ciò che ho
perduto, / resta solamente la nostalgia, / non ho pace; / e la
gioventù / che mai più tornerà. / Quante labbra ho baciato, /
quante mani accarezzato, / ma nel mio cuore resta solo la
nostalgia. / Oggi fissando lo specchio / ho visto i miei occhi rossi, /
e ho capito che la vita / che ho vissuto è solo un'illusione. //
Ainda mais (con Eduardo Gudin)
Foi como tudo na vida que o tempo desfaz / Quando menos se quer
/ Uma desilusão assim / Faz a gente perder a fé / E ninguém é
feliz, viu / Se o amor não lhe quer / Mas enfim, como posso
fingir / E pensar em você como um caso qualquer / Se entre nós
tudo terminou / Eu ainda não sei mulher / E por mim não irei
renunciar / Antes de ver o que não vi em seu olhar / Antes que a
derradeira chama que ficou / Não queira mais queimar / Vai, que
toda verdade de um amor / O tempo traz / Quem sabe um dia você
volta pra mim / E amando ainda mais. //

Ancor di più
E' stato come tutte quelle cose della vita che il tempo dissolve /
quando meno lo si desidera, / una delusione del genere / fa perdere
la speranza, / e nessuno è felice / se l’amore non c’è. / Ma
comunque, come posso fingere / e pensare a te come un caso
qualsiasi, / se tra di noi tutto è finito, / io ancora non lo so,
ragazza, / ma non vorrei rinunciare / prima di vedere ciò che
ancora non ho visto nel tuo sguardo, / prima che l'ultima fiamma
che è rimasta / non smetta di ardere. / Vai, che tutta la verità di un
amore / la porta il tempo. / Chissà se un giorno tornerai da me, /
amandomi ancor di più. //
Coisas banais (con Candeia)
Repare bem, não é assim / Que a gente faz com o que tem / Se a
gente ama de verdade / Orgulho, vaidade, desamor / São coisas
banais que só têm utilidade / Pra machucar o nosso amor. / Se
quiseres ir embora, leve a saudade / Leve a dor e deixe a paz /
Quando o amor é de verdade, não se implora / Nem se prende a
coisas banais. //

Cose banali
Guarda che non è così / che si fa con quel che si ha. / Se si ama
davvero, / l'orgoglio, la vanità, l'indifferenza / sono cose banali, utili
solo / a ferire il nostro amore. / Se vuoi andar via, portati la
tristezza, / il dolore e lascia qui la pace. / Quando l'amore è sincero
non si implora / né lo si imprigiona a cose banali. //
Moema morenou (con Elton Medeiros)
(Rit.) Moema morenou / A água do mar quem molhou / O Sol da
Bahia te queimou / Teu corpo morena morenou // No samba de
roda / Morena faceira / Mexeu a cadeiras / Foi um desacato / Tirou
o sapato / Dançou miudinho / E quase que mata / Um pobre mulato
// (Rit.) // Eu fui à Bahia / Paguei a promessa / Estava com
pressa / Queria voltar / Mais uma morena / Num samba de roda /
Me deu uma volta / Que me fez ficar // (Rit.) //

Moema “morenò”
(Rit.) Moema “morenò” / è stata l’acqua del mare che ti ha
bagnato, / il sole di Bahia ti ha scottato, / il tuo corpo morena
“morenò”. // In un samba di roda / la morena accattivante / ha
iniziato a danzare, / è stato uno smacco. / Si è tolta le scarpe / ha
ballato un miudinho / e quasi mi ammazza / un povero mulatto. //
(Rit.) // Sono stato a Bahia / ho mantenuto la promessa, / andavo
di fretta, / volevo tornare, / un’altra morena / in un samba di roda /
mi ha fatto girare / e convinto a restare. // (Rit.) //
Eu canto samba
Eu canto samba / Porque só assim eu me sinto contente / Eu vou
ao samba / Porque longe dele eu não posso viver / Com ele eu
tenho de fato uma velha intimidade / Se fico sozinho ele vem me
socorrer / Há muito tempo eu escuto esse papo furado / Dizendo
que o samba acabou / Só se foi quando o dia clareou / Há muito
tempo eu escuto esse papo furado / Dizendo que o samba
acabou / Só se foi quando o dia clareou / O samba é alegria /
Falando coisas da gente / Se você anda tristonho / No samba fica
contente / Segure o choro criança / Vou te fazer um carinho /
Levando um samba de leve / Nas cordas do meu cavaquinho. //

Io canto samba
Io canto samba / perché solo così mi sento felice. / Io vado al
samba / perché lontano da lui non posso vivere. / Con il samba ho
una certa confidenza / e se resto solo, lui viene in mio soccorso. /
Da molto tempo ascolto le solite storie / che dicono che il samba è
finito, / ma in realtà termina solo quando arriva l'alba. / Da molto
tempo ascolto le solite storie / che dicono che il samba è finito, /
ma in realtà termina solo quando arriva l'alba. / Il samba è allegria,
/ racconta le nostre storie, / se ti senti triste, / nel samba ti sentirai
felice. / Trattieni il pianto, ragazzo, / ti farò una carezza / suonando
un samba delicato / sulle corde del mio cavaquinho. //
Coisas do mundo, minha nega
Hoje eu vi minha nega / Como venho quando posso / Na boca as
mesmas palavras / No peito o mesmo remorso / Nas mãos a
mesma viola onde eu gravei o teu nome / Nas mãos a mesma viola
onde eu gravei o teu nome / Venho do samba há tempo, nega /
Venho parando por ai / Primeiro achei zé fuleiro que me falou de
doença / Que a sorte nunca lhe chega / Que está sem amor e sem
dinheiro / Perguntou se não dispunha de algum que pudesse dar /
Puxei então da viola / Cantei um samba pra ele / Foi um samba
sincopado / Que zombou de seu azar / Hoje eu vim, minha nega /
Andar contigo no espaço / Tentar fazer em teus braços um samba
puro de amor / Sem melodia ou palavra pra não perder o valor /
Sem melodia ou palavra pra não perder o valor / Depois encontrei /
seu bento, nega / Que bebeu a noite inteira / Estirou-se na
calçada / Sem ter vontade qualquer / Esqueceu do compromisso
que assumiu com a mulher / Não chegar de madrugada / E não
beber mais cachaça / Ela fez até promessa / Pagou e se arrependeu
Cantei um samba pra ele que sorriu e adormeceu / Hoje eu vim,
minha nega / Querendo aquele sorriso / Que tu entregas pro céu /
Quando eu te aperto em meus braços / Guarda bem minha viola, /
meu amor e meu cansaço / Guarda bem minha viola, meu amor e
meu cansaço / Por fim achei um corpo, nega / Iluminado ao redor /
Disseram que foi bobagem / Um queria ser melhor / Não foi amor
nem dinheiro a causa da discussão / Foi apenas um pandeiro / Que
depois ficou no chão / Não tirei minha viola / Parei, olhei, fui-me
embora / Ninguém compreenderia um samba naquela hora. / Hoje
eu vim, minha nega / Sem saber nada da vida / Querendo aprender
contigo a forma de se vivere / As coisas estão no mundo só que eu
preciso aprender / As coisas estão no mundo só que eu preciso
aprender / As coisas estão no mundo só que eu preciso
aprender. //
Cose del mondo, piccola mia
Oggi sono qui, piccola mia, / come sempre quando posso, / sulla
bocca le stesse parole, / nel petto lo stesso rimorso, / tra le mani la
stessa chitarra dove ho inciso il tuo nome, / tra le mani la stessa
chitarra dove ho inciso il tuo nome. / È da un po’ che sono di
ritorno dal samba, / mi sono fermato qua e là, / per primo ho
incontrato Zé Fuleiro / che mi ha raccontato delle sue disgrazie,
/che non è mai fortunato, / che non ha un amore né denaro, / e mi
ha chiesto se ne avessi un po’ da dargliene. / Allora ho preso la
chitarra / e gli ho cantato un samba, / è stato un samba sincopato,
che canzonava la sua sfortuna. / Oggi sono qui, piccola mia,
per andare in giro con te, / tentare di fare tra le tue braccia un /
samba puro pieno di amore, / senza melodia né parole perché non
perda valore / senza melodia né parole perché non perda valore. /
Poi ho incontrato Bento, piccola, / che aveva bevuto tutta la notte,
si stiracchiava sul marciapiede / senza aver voglia di far nulla, /
aveva dimenticato dell’impegno preso / con la moglie, di non
tornare tardi / e non bere più cachaça. / Lei aveva fatto anche una
promessa, / che ha mantenuto e si è pentita, / gli ho cantato un
samba, lui ha sorriso e si è addormentato. / Oggi sono qui, piccola
mia, / in cerca di quel sorriso / che tu mandi verso il cielo / quando
ti stringo tra le mie braccia, / custodisci bene la mia chitarra, il mio
amore e la mia stanchezza, / custodisci bene la mia chitarra, il mio
amore e la mia stanchezza. / Alla fine mi sono imbattuto in un
corpo, piccola, illuminato tutto intorno. / Hanno detto che è stato
per una stupidaggine, / qualcuno voleva sentirsi più forte. / Non è
stato né l’amore né il denaro la causa della discussione, /
è stato appena un pandeiro, / che poi è rimasto a terra. / Non ho
preso la chitarra, / mi sono fermato, ho guardato e sono andato
via. / Nessuno avrebbe capito un samba in quel momento. /
Oggi sono qui, piccola mia, / senza saper nulla della vita, / volendo
imparare con te il modo di vivere al meglio. / Le cose sono nel
mondo, tocca a me capirle. / Le cose sono nel mondo, tocca a me
capirle. / Le cose sono nel mondo, tocca a me capirle. //
Não posso negar
Dizem que não tenho muita coisa pra dizer / Por isso eu quero, sem
favor, me apresentar / Eu sou de uma Escola diferente / Onde todo
mundo sente / Que vaidade não há / Em termos de arte negra, é
comigo / Faço aquilo que posso fazer / Samba para mim não é
problema / Se você me der um tema / Eu faço samba pra você /
Você sabe que sou quilombola / E não posso negar / Quem não é
do pagode / Comigo não deve brincar / Deixe de lado essa dor /
Pára de me provocar / E mora no meu coração, Iaiá... //

Non posso negare


Dicono che non abbia molto da dire / per questo vorrei, senza /
favori, presentarmi. / La mia, è una scuola differente, / dove tutti
percepiscono / che non c’è alcuna vanità. / Quali siano le mie arti
magiche lo so, / mi limito a quello che so fare, / il samba per me
non è un problema, / se tu mi dai un argomento / creo subito un
samba per te. / Tu sai bene che sono del quilombo / e non posso
negarlo. / Chi non è pratico del pagode / con me non deve
scherzare. / Lascia da parte questo dolore, / smettila di
provocarmi / e vieni stare nel mio cuore, piccola... //
Argumento
(Rit.) Tá legal / Eu aceito o argumento / Mas não me altere o
samba tanto assim / Olha que a rapaziada está sentindo a falta /
De um cavaco, de um pandeiro / Ou de um tamborim // (Rit.) //
Sem preconceito / Ou mania de passado / Sem querer ficar do
lado / De quem não quer navegar / Faça como um velho marinheiro
/ Que durante o nevoeiro / Leva o barco devagar / Faça como um
velho marinheiro / Que durante o nevoeiro / Leva o barco
devagar. //

Argomentazione
(Rit.) Va bene, / accetto questa argomentazione, / ma non mi
modificare il samba così tanto, / guarda che tutti sentono la
mancanza di un cavaco, di un pandeiro / o di un tamborim. // (Rit.)
// Senza preconcetti / o manie di passatista, / senza voler restare
dalla parte / di chi non vuole navigar. / Fai come un vecchio
marinaio / che quando c’è la nebbia, / conduce la barca
lentamente, / fai come un vecchio marinaio / che quando c’è la
nebbia, / conduce la barca lentamente. //
Onde a dor não tem razão (con Elton Medeiros)
Canto / Pra dizer que no meu coração / Já não mais se agitam as
ondas de uma paixão / Ele não é mais abrigo de amores
perdidos / É um lago mais tranquilo / Onde a dor não tem razão /
Nele a semente de um novo amor nasceu / Livre de todo rancor,
em flor se abriu / Venho reabrir as janelas da vida / E cantar como
jamais cantei / Esta felicidade ainda / Quem esperou, como eu, por
um novo carinho / E viveu tão sozinho / Tem que agradecer /
Quando consegue do peito tirar um espinho / É que a velha
esperança / Já não pode morrer. //

Dove il dolore non ha ragione di esistere


Canto / per dire che nel mio cuore / non si agitano più le onde di
una passione, / non è più un rifugio per amori perduti, / ma è un
lago più tranquillo, / dove il dolore non ha ragione di esistere. /
Dentro di lui è nato il seme di un nuovo amore, / libero dal rancore
si è dischiuso in un fiore. / Riapro le finestre della vita / e canto
come non ho mai fatto prima / questa ritrovata felicità! / Chi, come
me, ha atteso a lungo un nuovo affetto, / e ha vissuto una così /
grande solitudine, / deve essere grato. / Quando riesce a togliersi
dal petto questa spina vuol dire / che la vecchia speranza / non
potrà mai morire. //
Foi um rio que passou na minha vida
Se um dia / meu coração for consultado / Para saber se andou
errado / Será difícil negar / Meu coração tem mania de amor /
Amor não é fácil de achar / A marca dos meus desenganos ficou,
ficou / Só um amor pode apagar / A marca dos meus desenganos
ficou, ficou / Só um amor pode apagar / Porém (a, porém) / Há um
caso diferente / Que marcou num breve tempo / Meu coração para
sempre / Era dia de carnaval / Carregava uma tristeza / Não
pensava em outro amor
/ Quando alguém que não me lembro anunciou / Portela!
Portela! / O samba trazendo alvorada / Meu coração conquistou /
Ai, minha Portela / Quando vi você passar / Senti o meu coração
apressado / Todo o meu corpo tomado / Minha alegria voltar / Não
posso definir aquele azul / Não era do céu, nem era do mar / Foi
um rio que passou em minha vida / E meu coração se deixou
levar / Foi um rio que passou em minha vida / E meu coração se
deixou levar //

E' stato come un fume che ha


attraversato la mia vita
Se un giorno / il mio cuore verrà interrogato / per sapere quante
volte si sia illuso, / sarà difficile mentire. / Il mio cuore ha manie
d’amore, / l’amore non è facile da trovare. / Il segno delle mie
delusioni è rimasto, / solo un amore può cancellarlo, / Il segno delle
mie delusioni è rimasto, / solo un amore può cancellarlo. / Però
(ah, però), / c’è stato un caso diverso / che ha segnato in pochi
istanti / il mio cuore per sempre. / Era il giorno di carnevale. /
Portavo dentro una tristezza, / non pensavo ad un nuovo amore, /
quando qualcuno che non ricordo annunciò: / Portela! Portela! / Il
samba portando con sé l’aurora / ha conquistato il mio cuore. / Ah
Portela mia, / quando ti ho visto sfilare, / ho sentito il mio cuore
eccitato, / tutto il mio corpo rapito, / la mia allegria tornare. / Non
so definire quell’azzurro, / non era del cielo, non era del mare, / è
stato come un fiume che ha attraversato la mia vita, / e il mio
cuore si è lasciato trascinare.
// Hanno partecipato:

Lorenzo Andraghetti / Massimo Aureli / Euflavio Baiano


Leonardo Bevilacqua / Valeria Bottiglieri
Gabriel Caporali / Roberto Di Paolo / Margherita Failla
Mel Freire / Giovanni Guaccero / Gaetano Meola
Marta Micheli / Simone Paoletti / Raffaele Parisella
Gonzalo Perea / Roberta Piccirillo / Edward Rosa
Giulia Salsone / Eugenio Varcasia / Aldo Verducci //

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