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Editora Fiel
2 Corintios - Série Comentários Bihlicos
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pnhlipa(la por VL m. Ii. I'.(nln)ank I'nhlíkhíng Cotn-
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A VP(aão híhli( a ntílíz')(l>a nekt() ohr>a P nnl>a


variarão (la tra(furão f( ita por.loão Calvino

I;(litor:,Iatnea ltí( har(l l)s nham .Ir.


r lei Coor(h nar;ão I;(litoriak 'I'ía<>o S>anton
Editora Fiel I;(litor (la Séri( .Ioão Calvino: I>r>anklín I>( rr( ira
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I3()k(tll(' (tok Fll('atit)(ok Capa: I:.(Ivãnio Silva
S)o .I()k() (tok t m>>t)()k.!3t' ltía»ram )r;ã)o: VL irlpy Corr( a p I'.(Ivãnio Silva
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www.editorafiel.com.hr ISI3I)k !)iit-tt )-!)0 I 0 )-.)0-I)
Sumário

Prefácio a edi/;.ãn em português.


Dedicatória..
0 Argumento

Capítulo 1 Ver s í culos 1 a 5. 2;)


Versículos 6 a 11. 31
Versículos 12 a 14 40
Versículos 15 a 20 46
Versículos 21 e 22 ;)4
Versículos 23 e 24

Capítulo 2 Ver s í culos 1 e 2. .61


Versículos 3 a 5. .62
Versículos 6 a 11. .6;)
Versículos 12 e 13.. .69
Versículos 14 a 1/ ./0

Capítulo 3 Ver s í culos 1 a 3. .Hl


Versículos 4 a 11.
Versículos 12 a 14 9;)
Versículos 15 a 18 .. 96

Capítulo 4 Ver s í culos 1 a 6. .10;)


Versículos / a 12. .118
Versículo 13.. .123
Versículos 14 a 18 .. .124
Capítulo 5 Versículos 1 a H. 133
Versículos 9 a 12. 142
Versículos 13 a 17 14/
Versículos 18 a 21 1;) 2

Capítulo 6 Versículos 1 a 10.


Versículos 11 a 18..

Capítulo 7 Versículo 1 183


Versículos 2 a 5. 18;)
Versículos 6 e 7. 186
Versículos 8 e 9. 191
Versículos 10 a 11 192
Versículos 1 lh a 16.. 199

Capítulo 8 Versículos 1 a 7. 20;)


Versículos 8 a 12. 211
Versículos 13 a 16.. 21;)
Versículo 17 216
Versículos 18 a 24.. 221

Capítulo 9 Versículos 1 a 5. 22i


Versículos 6 a 9. 231
Versículos 10 a 15..

Capítulo 10 Versículos 1 a 6. 241


Versículos 7 e H. 2;)0
Versículos 9 a 11. 2;) 1
Versículos 12 a 14..
Versículos 15 a 18..
Capítulo 11 Versículos 1 a 6. 263
Versículos 7 a 12. 271
Versículos 13 a 15.. 27;)
Versículos 16 a 21 277
Versículos 22 a 24.. 281
Versículos 24 a 29.. 282
Versículos 30 a 33.. 288

Capítulo 12 Versículos 1 a 5. 291


Versículos 6 a H. 297
Versículos 9 e 10. 298
Versículos 11 a 15.. .......30íi
Versículos 16 a 21 .......3 1 2

Capítulo 13 Versículos 1 a 4. .......3 1 7


Versículos 5 a 9.
Versículos 10 e 11 .......32 i
Versículos 12 a 14..
Prefácio aEdiçãoemPortuguês

João Calvino "está um nível acima cle qualquer comparaqão, no


que cliz respeito a ínterpretaqão cia f'scrítura. Os seus comentários pre-
cisam ser muito mais valorizaclos cio que quaisquer cios escritos que
recebemos cios pais cia igreja". f'sse enclosso entusiasmaclo cle Calvino
e cle seus clons como comentarista e intérprete bíblico foi emiticlo por
aquele que é consicleraclo o seu grancle antagonista: Jacobus Arminius!
Charles Haclclon Spurgeon, registra isso e classifica o comentarista Cal-
vino como "príncipe entre os homens" e apresenta, aincla, a cítaqão
favorável cle um paclre católico romano (Símon): "Calvino possui um
gênio sublime".
0 que levaria Arminius, que clivergiu com tanta intensiclacle cia
compreensão calvinista cia soberania cle Deus e cia extensão cia escra-
viclão ao pecaclo na qual se encontra a humaniclacle, ou mesmo um
católico romano, com sua cliscorclância cio moclo cle salvaqão clefencli-
clo pela reforma, pronunciar tais elogios sobre João Calvíno?
Certamente eles se rencleram a precisão, clevoqão e serieclacle
com as quais Calvino aborclava a Palavra Sagracla, em seus escritos.
Spurgeon clestaca a "sincericlacle" cle Calvino e a tôníca que o classifica
como um exegeta, em paralelo a to(ias as suas (lemaís qualifi c açõe.
1'le (lísse: "A sua intenção honesta foi a (le tra(luzir o texto original,
(lo hebraico e (lo grego, com a maior precisão possível, partín(lo
(lesse ponto para expor o signifi c (lo contí(lo nas palavras gregas e
hebraicas: ele se empenhou, na realí(la(le, em (leclarar não a sua pró-
pria mente acima (ias palavras (lo 1'spíríto, mas a mente (lo 1'spíríto
abriga(la naquelas palavras". 1' por isso que Ríchar(l Haxter (leu esse
testemunho: "Não conheço outro homem, (les(le os (lias (los apósto-
los, que eu valorize e honre mais (lo que João Calvino. 1'u me aproximo
e tenho grarnle estima (le seu juízo sobre to(ias as questões e sobre
seus (letalhes".
1' nessa linha e atríbuín(lo esse valor, que (levemos receber e apre-
ciar este Comentário sobre a Segun(la Carta (le Paulo aos Coríntios.
Romanos foi o primeiro comentário escrito, em 1540, seguín(lo-se as
(lemaís cartas (le Paulo. 1'ste livro foi, portanto, o terceiro que ele es-
creveu, na sequência, concluí(lo em agosto (le 154fi (1 Coríntios foi
concluí(lo em janeiro (le 1546; os comentários as (lemaís epístolas (le
Paulo foram concluí(los em 1548). Seu último comentário foi publica-
(lo em 1563, to(los escritos, originalmente, em latim. 1:icaram faltan(lo,
(los livros bíblicos: Juízes, Rute, 1 e 2Samuel, 1 e 2Reís, 1 e 2Crônícas,
1's(iras, Neemías, 1'ster, Jó, Provérbios, 1'clesíastes, Cântico (los Cânti-
cos, 2 e 3João e Apocalipse. Calvino faleceu escrevernlo o comentário
(le 1'zequíel.
Seguín(lo o seu costume, Calvino inicia este comentário com
uma (le(lícatóría, (lesta feita a Melchior Wolmar Rufus, um alemão
muito famoso, professor (le Direito Civil, alvo (le sua profun(la grati-
(lão. 'I'eo(loro Heza escreveu o seguinte sobre Melchior Wolmar, em
sua "Ví(la (le João Calvino": "A sua eru(líqão, píe(la(le e outras virtu-
(les; em conjunto com suas habílí(la(les a(lmíráveís como professor
(le jovens, não po(lem ser suficientemente (lestaca(ias. 1'm função (le
uma sugestão sua e por sua atuaqão, Calvino apren(leu a língua gre-
ga". Assim, em meio aos seus estu(los (le a(lvocacía, Calvino, aos
22 anos (le í(la(le, apren(leu a (lomínar uma (ias línguas originais (la
Bíblia, forman(lo o alicerce (le sua ví(la eclesiástica, como exegeta,
hermeneuta e teólogo.
João Calvino é, reconheci(lamente, um exegeta, um hermeneuta
e um mestre em poímêníca, mas ele é, antes (le tu(lo, um teólogo sis-
temático. Certamente mais famoso por seu trata(lo (le teologia — A»
In»tituta» da Re(igião Cristã —on(le ele (lemonstra o apreço que tem para
a fonte (le sua sístematízaqão teológica, a Bíblia, com esses (líversos
comentários que escreveu ao longo (le sua curta ví(la. Os Comentários
são importantíssimos, pois (lerrubam a caricatura (le que Calvino foi
um racionalista cujas ilações contrariam não somente o bom senso,
mas o próprio ensino (la Palavra (le Deus. ¹ o p o (le ser aceita, por-
tanto, a visão propagaria por oponentes (le Calvino, (le que ele (leíxa
a visão orgânica (lo Reino para trás e embarca em um (lelírío racional,
que o leva a conclusões sobre a soberania (le Deus não encontrarias
nas f'scríturas. Ora, é exatamente na Palavra (le Deus, estu(lan(lo texto
a texto, on(le Calvino encontrará a base para reafirmar e extrair to(ias
as suas convicções e ensinamentos. ¹ o ( l eve nos surpreen(ler que
Calvino, o teólogo sistemático, começasse comentan(lo Romanos (que
ele consí(lerava a chave para a ínterpretaqão correta (ias f'scríturas)
e as cartas (le Paulo aos Coríntios. f'stes livros são sistemáticos na
apresentaqão (le (loutrínas fun(lamentaís (la fé cristã, ínterpretan(lo e
aplícan(lo os ensinamentos (los f'vangelhos; explícan(lo os fun(lamen-
tos (lo Antigo 'I'estamento; firman(lo os passos (la igreja (le Cristo na
Nova Aliança.
f' interessante, também, que mesmo quan(lo Calvino se envolve
em um mergulho profun(lo nos livros (la Bíblia, trecho por trecho, para
(lesven(lar o seu signific(lo e na busca (ias ilações
supremas registra-
(las por Deus, ele não penle a visão sistemática (ias (loutrínas. Assim,
em seus comentários (e é também (lessa forma nesse comentário (le
2 Coríntíos) ele não se contenta apenas em (lar um resumo (lo livro
que passaráa examinar, mas também apresenta "o argumento" que
norteou o autor na escrita (lo livro: o (lesenvolvímento sistemático (lo
raciocínio (lo autor, e a lógica argumentativa (los pontos que necessi-
tavam ser estabelecí(los pela carta.
Nesta carta (le I'aulo, possivelmente a terceira que escrevia aos
Coríntios (I Co 5.9 faz referência a uma primeira, anterior a I Coríntios,
possivelmente não inspira(la, no senti(lo canôníco), temos a conti-
nuí(la(le (le ínstruqão a uma igreja marca(la por graves problemas (le
con(luta, eiva(la (le incompreensões (loutrínárías, que havia motiva(lo
(luras repreensões (la parte (lo apóstolo. As notícias mais recentes, en-
tretanto, são encoraja(loras (7.S-7), e é nesse clima que I'aulo, em meio
as suas ínstruqões práticas, abre o seu coraqão, (lefen(le sua autorí(la-
(le apostólica e prepara aqueles irmãos para uma futura visita.
Calvino penetra no espírito (lessa carta a Igreja (le Corinto. I'x-
plícan(lo palavra a palavra, ou frase a frase, conforme a necessí(la(le
— recorren(lo ao seu extenso conhecimento (la língua grega e fazen(lo
comparações elucí(latívas — ele nos auxilia o enten(límento. Através
(lo comentarista, passamos a enten(ler I'aulo melhor, não somente os
seus sentimentos, mas as (loutrínas cabais que procura passar aos
seus leitores, como a abnegaqão (lo "eu", ensína(la em 1.3-11. I'm Cal-
vino, neste Comentário, encontraremos exposições magistrais, como,
por exemplo, o ensino (la pureza (la Igreja, regístra(lo em 6.14-7.1, on(le
ele nos (lá o contexto completo (la sítuaqão (le envolvimento com (les-
crentes, víví(la por alguns membros (laquela igreja. Nesse trecho ele
mostra que I'aulo trata (le questões que transcen(lem a comum aplica-
qão ao matrimônio (" jugo (lesígual"), referín(lo-se a penla (le foco (lo
povo (le Deus e a promíscuí(la(le relacional (leste com o murilo.
Que Deus pro(luza fruto (le santí(la(le e luz em sua ví(la, pela leitu-
ra e uso (lesse Comentário, é o nosso (lesejo e a nossa oraqão.

I' .5olano Portela


Presbítero da Igreja Presbiteriana de 5anto hntaro
São Paulo, outubro de 2008
Dedicatória

Epístotu De(ticul(íriu (to Autor


A.t(tel(hior tolmur Rufus,
homem mui emittettte e
u(tt,ottu(to (te Jo(io Cului(to,
sutí(te.

Se me acusasses não só rle negligência, mas também rle incivili-


rlarle, por não haver-te escrito por tanto tempo, confesso que seria
rlífícíl justificar-me. Vols, se ousasse alegar que estamos separa(los
um rio outro pela rlístâncía e que nos últimos cinco anos não encon-
trei ninguém que fosse em tua rlíreqão, isso rleveras seria procerlente,
porém reconheço que seriam escusas esfarraparias f' assim pareceu-
me que o melhor a fazer seria oferecer-te alguma compensaqão a fim
rle reparar minha anterior negligência e eximir-me rle to(la culpa. A ti,
pois, ofereqo este meu comentário a Segunrla f'pístola aos Coríntíos,
em cuja preparaqão não poupei nenhum esforço.' f'stou plenamente
seguro rle que tu serás suficientemente magnânimo em aceitá-lo como
justa compensaqão e tenho, além rle outras razões mais importantes,
o prazer rle rlerlícá-lo a ti.
Antes rle tu(io, lembro-me rle quão fielmente-' cultivaste e robus-
teceste a amízarle que existe entre nós, a qual teve seus primeiros

l "('nmitosP Pt órPSSP' ftar moy, a((P( IP ftf((s gran(f snin Pt óPstPritP no'il m'a este ftossthfP."-
"(:omttnsta p itrpftaraóa ttnr mim (nm n mastmo (atióaón p hahilióaóp (ÍIlp 111p silo t)ossÍvpts."
Z "f)p (lIlpllp ilfh ( tino." - "( om (top afpt(, ao."
16 6 "I')ant,Ill" ;'' .2 6" l lati":

passos já faz muito tempo; fie quão generoso tens sírio em pôr-te,
bem como teus servi(„os, a minha rlísposí(„ão, sempre que achavas
uma chance fie (lar provas fie tua amízarle; e fie quão assírluamente
ofereceste tua assistência' para promover meu progresso, embora
meu chamamento, naquele tempo, me ímperlísse fie aceitá-lo. A prin-
cipal razão, porém, está em minha lembran(„a fie como, a primeira
vez que meu pai enviou-me a esturlar as leis cívicas, foi por tua ins-
tíga(„ão e sob tua ínstru(„ão que também encetei o esturlo rio grego,
rio qual tu eras o mais eminente (los mestres. ¹ o f o i por tua culpa
não haver eu alcan(„afio maior progresso. f'm tua bonrlarle estarias
pronto a ajurlar-me, até que meu curso se completasse, não houvera
a morte fie meu pai reclama(io meu regresso, quanrlo apenas o inicia-
va. ¹ o o b stante, minha rlívírla para contigo, neste senti(io, é rleveras
granrle, pois me propiciaste uma boa base nos rurlímentos (la língua,
o que mais tanle me foi fie granrle valia. Assim, não po(leria rlescan-
sar satisfeito sem rleíxar para a posterírlarle algo extraí(io fie minha
gratírlão para contigo e, ao mesmo tempo, mostrar-te que teu esfor(„o
em meu favor não ficou sem prorluzír algum fruto.' Arleus.

Genebra, I" de agosto de 1,546,

:I "VotrP crP(lit." - "(ossa influência."


0 "l)P vostlP lal)POI'aíl(ÍPíl, (lo(IOPI iP sPns Pn(olP a(ílo(ír(I l)OX IP 1)rollfit."- " l)P tPO anti(n) lahor.
(lo qual nestes (lias sinto ain(la o 1)ro(lrPsso."
0 Argumento

5«gur«ta Epí»tola (t«Paulo aos Corííttio»

Até nude pndemns julgar da conexão existente entre as duas epísto-


las [ 1 e 2 Cnríutins]. pnderuns inferir que a priureiru Epístola surtiu efeito
posltlvo plltrp.os coríutins. l ainda qup. Ilã0 corlrn 0 psppradn: e. alprlr
disso. que alguns ímpins continuavam irredutíveis em reconhecer a au-
toridade de Paulo e persistiaru eru sua nhstinacã0. 0 fato de Paulo ainda
insistir tanto sobre sua própria bona hd«» e a autoridade de seu ofício é
um sinal de que a cnnfianca dns cnríutins nele uã0 estava ainda de tndn
rPstahPlPcida. ElP.IIIPsrlrn sP.quPixa PxprPssarlrPrltP. dP. algurls quP. tirlharlr
tratadn sua prirueira epístnla cnru escáruin. eru vez de aceitareru 0 auxí-
lio nela cnutidn. Assim que Paulo compreendeu que esta era a situa(;.ã0
prevaleceute ua igreja de Cnriutn. e que ele mesmo seria impedidn. pnr
nutras ocuf)acões. de visitá-lns tã0 lngn cnmn inicialmente pretendera.
escreveuestaepístola enquanto estava ua Macedõnia. Agora euteudemns
que seu prop(í»ito em escrever fni 0 de courpletur u(tuilo (tu»jú iniciuru.
a fim deque. assim que chegasse a Cnriutn, pude»»««ncontrur tudo «ur
perfeita ordeur uli.
Ele inicia.segundo seu costume. cnm acões de grat;.as. lnuvaudn a

I "3'a>n>it tn>int este ó» t<n>t inntile et sans iroit." - "I>'ao foi t»tala>ente intítil e intr>>titero."
18 : . I i ; nt,iii. ;.; 2 :.Iintiíu

Deus pelos maravilhosos livrameutns de perigos tãn imensos. ElP. Pstá dP.-
terminado a informar ans cnríutins corno fni que todas as suas aflit;.()es
e dificuldades contribuíram. de fato, para n benefício e hem-estar deles.
etuhnra ns ítupins as teuhatu usadn cntun pretexto para tuiuar sua auto-
ridade: todavia. prntuete sua solidariedade) para cntu eles. a fitu de ser
restahelecidn an seu favor.
Etll sPgUIda. PlP.pPdP. dPscUlpas poí sPU atraso Ptll vlsltá-los. Illas
assegura-lhPs qUP. Ilão IIIUdoU sPUs planos pnr uãn cnusiderá-lns impor-
tantes nu pnr raz()es frívnlas. nem pretendia eugauá-lns un tncaute as
suas intent
;.()es.a pnis eles eucnutrarãn em suas prnmessas a mesma cnu-
sistêucia que já haviam encontrado em sua doutrina. Aqui ele salienta. de
fnrtlla hrpvp..quãn cprta p. sólida p.a vprdadp. qup. lhps tptll atlutlciadn, cujo
fuudatueutné Cristo. através de quetu todas as prntuessas de Deus estãn
confir mada e ratificadas — n mais sublime eualtecimeutn dn evangelho.
Eutãn lhes relata que a razãn pnr que ainda uãn ns visitara era que.
tias circutlstâtlcias Ptll quP. SP.Ptlcntltrava. PlP.tlãn titlha cntlln Pstar PtltrP.
PlPs IIUIII Pspíítto dP. caltlla P. alPgíla: P.assltll íPcíltllltla aqUPlPs qUP.Usa-
ram sua mu(fant;.a de plaun cnmn desculpa para denegrir seu hnm unme.
Ele lant;.Ou sobre ns próprios cnríutins a responsabilidade de seu atra-
so. poíqUP.. IlaqUPlP. tPtllpo. PlPsIlão Pstavatll píPpaíados paía íPcPhP.-lo.
Ao IIIPstllo tPtllpo. PlP. Illostía cotll qUP.pacIPIlcla patPíllal os tíataía. ao
manter-seafastado de sua cidade. uma vez que. caso tivesse idn naquela
época. poderia ter sido fnrt;.adn a tratá-lns cnm severidadp..
Adernais. para que uiuguétu nhjetasse. dizeudn que ua pritueira
ppístnla ele uãn fora cntuedidn. e situ veetueute etn sua reprova(;.ãn ans
cnríutins. ele explica que tal severidade lhe fora imposta pnr outros. con-
tra asua própria vontade. Ele lhPs íPVPla qUP. por trás desta aparente
aspereza esconde-seutu espírito afável. pediudn-lhps qUp.ípstaurassetu
a comunhão n homem incestuoso, contra quem fora tãn duro em sua pri-
meira carta. mas que desde eutãn dera ele algum indício de ter abrandado

8 "Afin qllP ('Plil lu)' sPíIIP ó vli gilgP Pt ílollllPilll liPnt)1)ur PntrPr Pn IPur honnP graPP." - "(2OP
isso sirva óP garantia P I)ovo la(o f)ilíil Pstill)PIP('P.los Pln sllils l)oils gía(as."
:I "(2u'll n'a 1)oint 1)rPtvnóu óP IPs trnml)Pr. Iiuir ónnnant 1 PntPnórP ó'vn, Pt l)Pnsant ó'autrP."
-
"()uP nán tinha a intPIII lo óP Pligali í-los. IPvanóo-os a PntPimlvr uma I oisa, enquanto estava
I)Pl)sal)Il() POI o lit íii.
seu cora(;.ã0. Ele fnrrlpcp. Inajs píova dp. spU arnní poí plps. afirmandn que
nuo tiueru (tescunso d» «spírito [2CO 2.13]. enquanto nã0 ouviu de Titn
cornn Pstavarn as coisas PrltíP. PlPs. 1ã qUP. tal arlsIPdadP. só) podia sPr fruto
dn amor.
Depois de mencionar sua viagem a Maced()nia. contudo. ele passa a
discutir a glória de seu ministério pessoal. Ele lembra quã0 meticulosos
foram alguns falsos apóstolos. an difamar seu ministério. e quã0 facilrnPII-
tP logíaíarn vltó)íla sol)íP PlP.. an carltaíPrn sPUs píó)pílos 10UvoíPs. E. com
0 fim de mostrar que nã0 se lhes assemelhava e. an mesmo tempo. refutar
seu tnln orgulho. ele declara que sua reputa(;.ã0 repousa nns futos4 e que
Pla nã0 depende dn louvor dns hnrnens. Na rnesrna passagem. ele enaltP.-
ce em termos magnificentes a efi
cácia de sua prega(;.ã0 e p()e em relevo a
dignidade deseu apostolado. an comparar 0 evangelho com a lei. Antes
dP. tUdn. poíPrn. PlP. traz a lume 0 fato de que nã0 está reivindicandn nada.
cornn sP. tUdn foía íPallzadn poí PlP. IUPsrnn. ruas íPcorlhPcP. qUP. tUdn vPrn
de Deus.
Outra vez. lembra cnm que fidelidade e integridade desincumhira 0
ofício que lhe fora cnnfiadn e. assim fazendo. reprova aqueles que fizeram
acusac()es maliciosas contra ele: e. inspiradn pnr sua santa cnnfiant;.a. vai
além. declarandn que aqueles que nã0 discerniam a glória de seu evange-
lho foramcegadns pelo diabo. Percehendn que a humildade de sua pessoa.
corno alguém julgadn cnm despreznfi pelos hnmens. é grandemente di-
rnlrlUfda dn dPvldn íPspPIto paía com sPU apostoladn. PlP. apíovPIta Psta
oportunidade nã0 só para rprnovpr a causa da ofensa. mas tarnhérn para
cnrlvPrtP.-la Prn varltagPrn. Innstrandn quP. a excelPncia da grat;.a dP. Deus
resplandece cnm seu maisintenso fulgor.porque este precioso tesouro é
oferecido «ur I:uso» d» burro [2CO4.7].E assim transforma em seu louvor as
humilhantes alegac()es que seus inimigos tinham pnr hábito assacar con-
tra ele. porque. embora estivesse premidn pnr tã0 numerosas trihulat;.()Ps.
a semelhant;.a da palmeira.6 quanto mais atingido pnr elas. mais ele emerge

4 "l)e I allaneetnent óe I'<el)l)re. — I)esóe 0 âvan(o óa nhra."


1 "(:omme rle laiet il estnit ru)ntemptihle au monóe." -"(:omn, rle lato, era óespreli) el ans olhos
rln munón."
ti A palmeira e uma óas mais helas )rvnres nn reino vegetal; e ereta, alta, venle e rle linrla rama-
gem. (:res~ e junto an riheiro nu a uma lagoa. Ih srsnnón tnóns nsnu<t opem s riu< n n(mn rt<rruhri-(u
20 • (ar); ntau. ;'.; 2 (auntia:

vitorioso acima de todas elas. Ele discute este assunto nn meio dn quarto
capítulo. ¹ 0 o b stante. uma vez que a verdadeira glória dn cristão está
alPIII dPstP. IIIUIldn. Paulo nns lembra que. mediante 0 desprezo dn mundo
presentee a rnnrtifi caCã0 dn homem exterior.precisamos converter toda
a inclina(;.ã0 de nossas mentes em medita(;.ã0 na bendita imortalidade.
Adernais. já perto dn início dn quinto capítulo. ele se glnria nisto: 0
nhjptn dp. seu desejo rlã0 pra rlprlhurll nutro, senã0 0 dp. tpr seus servi-
I;.Os
ap rovados pelo Senhor e nutrira pspprant;
.a dp.qUp.tpria ns cnríntins
corno testemunhas desua sinceridade. Visto, porém. que corria 0 risco
de ser suspeito de orgulho nu vaidade. ele repete. novamente. que fni a
insolência de seus perseguidores que 0 impeliu a dizer tudo isso. e que
nada fezpnr interesse pessoal. em defesa de sua pró)pria reputa(;.ã0.mas
unicarllPIltP. paía 0 l)PIII dos coíírltlos. Urlra VPz qUP.. paía a varltagPIII dP.-
les.deviam saber a verdade sobre este assunto: e lhes diz que sua única
píPocUpat;.ã0 Pra 0 l)PIII-Pstar deles. Para confirmar isto. ele acrescenta a
declara(;.ã0 universal de que ns servos de Cristo devem ter pnr seu alvo
— tirar ns olhos de si mesmos e viver para a honra dn seu Senhor: e final-
mente conclui que nada. senã0 a ru)vidade de vida. tem algum real valor.
de mndn que ninguém merece qualquerestima. senã0 aquele que a si
IIIPsrlrn sP. IIPga. Deste fato ele passa a apresentar a suma da rnensagern
PvarlgPlica: quP. pPla rllagrlitudP. P. PxcPlPrlcia dPla f)u(lesse PlP. (fesf)ertar
ns ministros e 0 pnvn a uma solicitude piedosa. Ele faz isto nn início dn
sexto capítulo.
Aqui. uma vez mais. depois de notar quã0 fielmente desincumhira
spU ofício. censura amavelmente ns cnríntins pnr nã0 terem tiradn pleno
proveito dn trabalho dele. A esta censura ele anexa imediatamente uma
Pxortat;.ã0: quefugixx(u(r du i(tolutriu —dn que transparece que ns cnríntins
nã0 haviam aindachegadn an ponto que ele tanto desejava. Daí.nã0 sem
l)na íazã0. PlP. larlrPIlta qUP. PlPs IIIPsrlros Pram culpadns. uma vez que nã0
prestararn atent;.ã0 a urna doutrina tã0 clara. Mas. para evitar desânimo e

ou ) n(cru)-la, snh) óir) tn rumo ao ) éu, 'lalu) z pnr essa razan, ) la sempre lni rnnsió) raóa pelos
antigos )uunn uma port)liarióaóe sagraóa e, por isso, mui ami()óe. é usaóa para aóornar os tt m-
plos. I:. n simhnln es) nlhióo para a nnnstân) ia, Irutifinaqao, pa) tôn(ia e vit()ria. Quanto mais (
oprimirla, mais ela flor) srp p s) inri)a u)ais alta, mais h)rtp p u)ais resistente."— I'axtnn's Illustra-
t inns (I:.óinhurgn, lll42), unl, II, p, 1 l.
alienar;.ã0 de suas mentes tã0 tenras. pelo efeito de uma censura tã0 cnr-
tante. lhes assegura novamente sua dispnsii;.ã0 positiva para com eles e
íPsUIUP. sPU pPdldn dP. dPscUlpas por sua sPYPíldadP.. 0 qUal PlP. IrltPííorn-
pPía dP rnarlPIía tã0 al)íUpta: P sPgUP íUrnn a Urna corlclUsã0. poíPrn agoía
de maneira distinta. Pois. assumindo maior cnnfiani;.a. ele reconhece que
nã0 ficara pesaroso de ns haver entristecido. visto que 0 fizera para 0
píó)prin l)Prn dPlPs.' Corlgratulando-sP. com PlPs pPlo fPllz íPsUltadn dP. sUa
censura.ele lhes mostra quã0 cordialmente deseja ns melhores interesses
deles. Ele trata dessas coisas nn final dn sétimo capítulo.
Dn início dn oitur;o capítulo. até 0 final dn nono. ele ns estimula a
alegria de dar ofertas. tema que já fizera meni;.ã0 nn último capítulo da Pri-
rnPira Epístola. É verdadP. qUP. PlP. os Plogla poí havPíPrn cornP(;.adn l)Prn.
mas. paraque 0 ardor dP.sPU ZPlo Ilã0 aííPfPcPssP. Iln píocPsso dn tPrnpo.
corno sucpdp. com frpquprlcia. plp. lhps prlcnraja com urna varipdadp. dp. ar-
gUIUPIltos poí qUP. dPYPrn pPísPYPrar na mesma trajetória na qual haviam
iniciadn.
Nn (técirrro capítulo, ele comei;.a defendendo a si e a seu ofício das
acusai;.()escomque ns írnpins 0 assaltavam. E. em primeirolugar. ele rnns-
tra que está adrniravelrnente equipadn com a armadura requerida para a
manuteni;.ã0 da guerra de Cristo." Adernais. ele declara que a autoridade
qup. pxprcpra ria Prirnpira Epístola pstava furldada ria cprtpza dp. urna hna
consciênciae. entã0, lhes mostra que nã0 tinha menos poder em suas
ac()es.quando presente. dn que autoridade em suas palavras. quando
ausente. Finalmente. an instituir uma cnrnf)aracã0 entre ele e eles. lhes
mostra quã0 fútil é sua vanglória."
Nn (técirrro pritrr(ir«capítulo, ele convoca ns cnríntins a renunciar
aquelas inclinai;.()es depravadas. pelas quais se deixaram corromper.
mnstrandn-lhPs qUP. Ilada é mais perigoso dn que deixar-se afastar da sirn-

2 "I our PP quP PP qu il Pn auoit lait, Pstoit ti>urnP'1 IPur qranó I>ri>uf>t." -"I onlllP 0 illlP f1IPrillu
PPÍO il rPvPrtPr Plu '.sPll qranóP hPnP(irio."
il "I'o ur at
h a ill iPr s<ais I PnsPignP (IP.IPsos (: hrist." - "I'or lutar soh as hanóPiras óP .IPsu s(:ri sto."
!I "I:inalPmPnt, laisant Pon>i>araisi>n óP sanPrsonnP auPP tPIIPs gPns, il monstrP quP1'Pst loliP
1 Pt>x óP s'PslP>>Pr Pt uantPr ainsi, sans anuir óPq»i>y." "I>inalmPntP, ao trarar uma Comi>ara()o
-

entre si P tais l>Pssoas, PIP mostra quP P' tolii P (IPlas Pxaltarmn-sP P jai tarmn-sP, ('oluo 0 Iilliillll,
nao tPmlo qualquer hasP l>ara aqirP>n assim."
plicidade dn evangelho. A falta dP. Pstima para cnm ele e a preferência
pnr outros indivíduos. que alguns demonstravam. Uã0 se deviam a alguma
falta existente nele. e sim a arrogância deles nu pnr uã0 ser-lhes atraente.
Os outros uã0 lhes trouxeram nada melhor nu mais excelente. enquanto
ele era desprezível a seus olhos. porque uã0 lhes apresentava nenhuma
vatltagplll dp.plpgâtlcia p. dp. litlguagplll nu pnrqup.. pnru)li atn dp. sujeicã0
voluntária. delunustrara indulgência para cnlu as fraquezas deles e uã0
reclamara 0 que lhe era devidn. A maneira ir()nicau cnm que fala suheu-
tende urna censura iudireta a ingratidão deles: pois. era justo qUP. PlPs 0
sUI)PstllllassPIII. só) poíqUP. sP. adaptaía a PlPs. FlltíPtatlto. toítla-sP. ó)l)vlo
qUP. a íazã0 poí qUP. Ilã0 acPItaía a íPIIIUIIPíat;.ã0 qUP.lhP. Pra devida da par-
te dns cnríutins -' uã0 era que ns amava menos dn que as nutras igrejas.
Illas qUP. os falsos apóstolos estavalu usaudn a questã0 da rellluneracã0
corno um meio de desacreditá-ln: e uã0 queria dar-lhes qualquer vauta-
gelu sobre ele.
Tendo reprovado 0 juízo irracional e maligno dns cnríutins. ele se
exalta num refrã0 de piedosa glorifica;.ã0, lemhraudn-lhes 0 quanto ele
te)u ainda de se glnriar. caso estivesse tã0 inclinado a isso. Mas. antes es-
clarPcP.qUP.P.por causa deles que nra cnmete a loucura" de cantar assim
sPUs píó)pílos loUvoíPs. FillalllletltP.. íPfíPatldo-sP.. por assim dizer. Un meio
dP. sPU cUíso. cotlfPssa qUP. sPU principal motivo para glnriar-se é a própria
humildade que ns orgulhosos desprezam. porque 0 Senhor lhe nrdptloU
Ilã0 gloriar-sP.P)li coisa alguma. seuã0 em suas próprias fraqUPzas.
Nn final dn dé(ir(Io segundo capítulo. ele ns censura novamente pnr
foít;.á-lo a fazPí 0 papPl dP. tolo. PtlqUatlto PlPs IIIPslllos sP. PtltíPgavalll.
collln pscíavos. aos lídpíps a)Ill)lclosos p p los qUals pram alieuadns de
Cristo.Adernais. ele investe cnm forterepreensão contra ns que persis-

10 "I'ar vne eloriuenr e óe 1>aroles nrnees et magnifirlues." -"I'nr meio rle uma eli>(li)envia óe
palavras elegantes e magnifii entes."
11 "(2ui est vne la(on óe parler par ir(>nie (('est 1 rlire par maniere rle mo(rluerie)." "()lle e ill)i -

exemplo óe ironia, ou seja, 1 guisa óe motejo."


lg "(2lle(rirei".s. Ies >lllt res I:.glises." "l)n rlue as outras igrejas."
-

I:I "()ile polir' I >lliinlll' \I ci)x Íl est ('ni)tr>)li)t rle f>lire ri>rsnt." - "()ile e pni' >)li)or >leles ri)re 0 tolo
se vei nnstrangirlo a agir."
14 "lls se laissoyent manier et gouuerner 1 un tas ó'amhitieux." -"l)eixaram-se óirigir e gover-
nar por um ha)mio óe amhieinsns."
tiam obstinadamente em seu audacioso ataque contra ele. acrescentando
as suas faltas auterinrPs Psta illlpudência de sua npnsit;.ãn. '

Nn décirílo terceiro capítulo. ele inflige severa ameat;.a a tais indivídu-


os. convidatodos ns hnmeus. em geral.a reconhecerem seu apostolado,
realCandn que lhes será vantajoso que faCalll isso. visto ser arriscado
Illptlospípzaíplll ulll holllplll que sal)plll poí pxppítptlcia própria ser n in-
contestável e fiel embaixador dn Senhor.

la "Ne se eorltelttarls f)oint rle leurs fautes passees, sinon rtu'ifs poursuyuissent rle lu) resister
impurlemment." "Nao contentes eom suas faltas anteriores, sem persistir em opor-se-lhe impu-
-

rlentmnente."
Capitulo 1

l. I'aulo, ap(ístolo óe .lesos Cristo pela von- I. I'auh>s Apostoh>s IPsu ('hristi per volun-
taóe óe l)m>s, e 'I'im(íteo, nosso Ír>nao. a igreja tatmn l)ei, et 'I'imotheus lrater, I:.cclesia l)ei
óp l)pus qup pst "í en1 (.Oíinto. ('OO1 toóos os quíe Pst ( olÍnthÍ, ('um sanctis omnihus qui
santosque se acham em toóa a Acata: sunt in tola Achata;
>. (Ííaga '1 v(>s p pal. óp l)pus, nosso I'ai, e óo 2, (iratia vohis Pt pa» a l)eo I'atre nostro, Pt
Senhor.lesos ('risto. l)omino leso Christo,
:I. Hpnóito seja o l)pus e I'ai óp nosso .>p- 3. Heneói(tus l)PO'.s, Pt I'ater l)on1ÍOÍ nostíÍ
nhor.lesos ('risto. o I'ai óe miseri>uínlias e o leso ( híisti. I'âteí nliseíi('oíóiaíun1, Pt l)Pus
l)eus óe toóo conforto. omnis consolationis,
quP ílos ('ou(o(hl Pnl toó(l a noss(l afli- 4, ()ui consolatur nos in omni trihulatione
(nlo. puía quP sPI(unos ("1p(llPs óP ('onloítaí nostra, ut possimus (onsolari Pos qui in omni
aqueles que tém alguma af)t(ao, através óo trihulatione sunt, per consolationmn qua (on-
(onlorto (om qup n(ís mesmos somos (onfor- solatuí nos l)Pus,
taóos por l)m>s,
S>. I'onlue, assim como os sofrimentos óe S>. Juta si>a>ti ahumlant passiones ('hristi in
('risto transhoróam mn n(ís, tamhém o nosso nos: ita per ('hristum ahunóat etiam consola-
(onlorto transhoróa através óe Cristo. tio nostra.

1. Paulo, apóstolo. Suas razões para (lesignar-se af)o»tolo d» Cristo


e esclarecer que obtivera essa honra fr(.la I'ontade d» D(.u»po(lem ser
encontra(ias na epístola anterior, on(le foi real(;a(lo que as únicas pes-
soas que têm o (lireito (le ser ouvi(ias são aquelas que Deus enviou e
falam a palavra (le sua boca. Assim, para assegurar autori(la(le a alguém,
(luas coisas são necessárias: a voca(;ão e o (lesempenho fiel (lo ofício
por aquele que foi chama(lo. Paulo reivin(lica para si ambas as coisas.
f' ver(la(le que os falsos apóstolos faziam o mesmo; visto, porém, que
reívín(lícavam um título ao qual não têm nenhum (lireito, eles na(la con-
seguem entre os filhos (le Deus, os quais po(lem, com a maior facili(la(le,
convencê-los (le impertinência. Daí, o mero título não é suficiente, se
não traz consigo a realidade; (le mo(lo que aquele que alega ser apóstolo
(leve também provar sua pretensão por meio (le sua obra.
A igreja de Deus.I' preciso que tenham sempre em vista o fato (le
que I'aulo sempre reconhece a existência (la Igreja mesmo on(le havia
tantos males em seu seio. Uma Igreja' que tem em si as marcas genu-
ínas (la religião po(le ser reconheci(la a (lespeito (las falhas (le seus
membros in(livi(luais. Mas, o que ele quis (lizer com a expressão com
todos o».santos? I'stes santos não estavam associa(los a igreja? Minha
resposta é que esta frase se refere aos crentes que viviam (lispersos
aqui e ali, nos (liversos (listritos (la província. I' bem provável que
naqueles tempos conturba(los, quan(lo os inimigos (le Cristo viviam
enfurecen(lo a to(los ao re(lor, muitos crentes se achassem espalha(los
por lugares on(le não po(liam manter convenientemente as assem-
bléias sacras.
3. Bendito seja Deus.I'le come<„a (como já observamos) com esta
nota (le a<„ão (le gra<„as, em parte com o propósito (le enaltecer a bon-
(la(le (le Deus; em parte, para estimular os coríntios, por meio (le seu
exemplo, a suportarem perseguí<„ões (le maneira resoluta; e, em parte,
para magnificar-se num refrão (le pie(losa glorifica„ão, em oposí<„ão
as calúnias malignas (los falsos apóstolos. I'oís tal é a (leprava<„ão (lo
mun(lo, que trata com escárnio os mártires,z a quem (leveriam ter em
a(lmíra<„ão, e tu(lo fazem para encontrar motivo (le censura nos es-
plên(li(los troféus (los pie(losos.' Bendito .seja D(.u»,(liz ele. I'or qual
razão? Que nos conforta.' 0 pronome relativo que tem aqui um senti(lo

1 "1:m gPnuino filho óP l)<uis p<ulP cair <un tristPI<ls, sPgiuulo vPIilos Plil I )Pó<o P l)avi. > õPs-
peito óP tudo isso, PlP náo é Pscluióo óo pacto óa graca; PIP náo pPróP sua filia(áo, mesmo ante
essas tristes transgrPss<>Ps; porém l)<uis seria mais severo com t<ufa uma igreja óo quP com uma
pPssoa"."—tfi<rg)< ss<usohrP 2 ('orintios 1. f). iti (I.onórPs, l(i(il).
2 "l)Ps nau t) rPs Pt afflictions óPs fióPIPs." -"()s martirios P as aflicõPs óos crentes."
:1 "('hPn IIP matiPrP óP mPspris Pt óiffamation aus PnsPignPs magnifiquPs óP victoirP. 1PsquPllPs
l)i<ni órpssp ) sps pnfans." "lins< a assunto óp mpnosprpzo p óifamacáo nesses pspléimlióos pm-
-

hl<unas óP vit<)ria, os quais l)Pus fornP<'P il sP<ls filhos."


4 "Que éconsotador (6 ltapacQ&v) — quenunca cessa de consolar, que nunca retira suas con-
sofaçães. Está em sua natureza ser semp>e consotador — como o diabo é chamado 6 Itripaf;u>ft,
porque ele está sempretentando" —Burgesse, sobre 2 Corfntios, p. 157.
causal" e equivale a porquê. Paulo suportou suas aflí<„ões com ânimo
e alegria e atribui a Deus essa sua intrepi(lez, porque era (levi(lo ao
suporte oriun(lo (la consola<„ão (livina que ele não (lesfalecia.
Paulo 0 (lenomina (le o Pai d(. nosso 5enhor Jesu» Cristo, e não sem
boa razão, quan(lo se refere as bên<„ãos, pois, on(le Cristo não está, ali
também não existe nenhuma bên<„ão. 1'm contraparti(la, on(le Cristo
intervém, por cujo nome é chama(la to(la a família, no céu e na terra
[1'f 3.15], ali se acham presentes to(ias as misericór(lias e consola<„ões
(le Deus e, mais ain(la, está presente seu amor paterno, a fonte (le on(le
emanam to(ias as (lemais bên<„ãos.
4. Para que sejamos capazes de confortar. ¹o h á (lúvi(la (le que,
assim como um pouco antes ele (lefen(lera suas aflí<„ões (ias humilha-
<„ões e calúnias com que fora cumula(lo, assim agora ele instrui os
coríntios, (lizen(lo que a vitória que conquistara através (lo conforto
(livino foi em favor (leles mesmos e para que (leias tirassem proveito,
a fim (le que fossem encoraja(los e partilhassem (le sua paciência, em
vez (le, arrogantemente, (lesprezarem seus conflitos. 1'ntretanto, como
o apóstolo não vivia para si mesmo, e sim para a igreja, assim ele con-
si(lerava que to(ias as bên<„ãos que lhe foram conce(li(ias por Deus
não visavam a si próprio,' e sim que ele tivesse mais possibili(la(le
(le auxiliar outrem. Porque, quan(lo o Senhor nos aben<„oa, também
nos convi(l
aa seguirseu exemplo e sermos generosos para com nosso
próximo. Portanto, as riquezas (lo 1'spíríto não (levem ser guar(la(ias
somente para nós, mas ca(la um comunicar aos (lemais o que recebeu.
1' venla(le que isto (leve ser consi(lera(lo como uma aplica<„ão especial
aos ministros (la Palavra, mas também tem uma aplica<„ão geral a to-

(.e mot. (2ui, est mis pour ( al; ou, I ou<< e <lue, — I'.'.st<>
p<>l<>vra, ()uen>, e usaó<> em lugar óe
I o<s ouPuí<I«e"
Ii "I'our son proufit particulier." -"I'ara sua vantagem pessoal."
< "I>'ao hasta <Iue os ministros óo evangelho tenham se óevotaóo a muitos livros, para serem
< apazes óe óecióir <Iuest<>es polemicas sohre teologia, convencer os <Iue <u>ntraóilen> '> serem óou-
tores angelicos, astutos <u> proh>nóos: e sermnn>uft« fu ret<coru<u — os n<ur<<fos <I<fu reg>ev A nao ser
<Iue tamhem tenham as ohr>us esperin>untais óo I:.spirito óe l)eus em suas pr<>prias almas, nao serao
< apazes óe aplicé-ias aos < ora(<>es óe outrmn, I'aulo nao teria sióo capaz óe<onfortnrn o«fren>, se o
Senhor nao o lamiliarizasse <u>mas consola<;<> s <elestiais." —tturg<<ss< . sohre 2 ( orintios I, p. I ill.
dos os homens, cada um em sua própria medida. Portanto, aqui Paulo
reconhece que tem sido sustentado pela consolatão diuina, frara riu»
ele mesmo fossecafraz d» consolar outro».
5. Porque, assim como os sofrimentos de Cristotransbordam.
Esta afirmaqão pode ser tomada em sentido ativo ou passivo. Se for
tomada em sentido ativo, o significado será: "De um lado, sou atormen-
tado com várias afliqões; do outro, tenho a oportunidade de confortar
outrem." Não obstante, me inclino mais a tomá-lo no sentido passi-
vo — no sentidode que Deus multiplicava suas consolaqões segundo
a medida de suas tribulaqões. Davi também reconheceu que foi isso
mesmo que lhesucedera: "Na multidão de minhas ansiedades, tuas
consolaqões deleitaram minha alma" [Sl 94.19]. Mas este ensino é mais
claro nas próprias palavras de Paulo, porquanto ele chama as afliqões
do piedoso de os sofrimentos de Cristo, justamente como diz em ou-
tra passagem que ele "preenche em seu próprio corpo o que faltava
nos sofrimentos de Cristo" [C11.24].
É verdade que tanto os bons quantos os maus participam das mi-
sérias e dificuldades desta vida; porém, para os ímpios, os sofrimentos
são sinais da maldição divina, porquanto resultam do pecado; sua única
mensagem éa ira deDeus enossa comum participaqão na condenaqão
de Adão; e seu único resultado é o abatimento da alma. No entanto,
por meio de seus sofrimentos os crentes estão sendo conformados a
Cristo e produzem em seus corpos o morrer de Cristo, para que a vida
dele um dia se manifeste neles [2Co 4.10]. Estou falando das afliqões
que eles suportam em virtude do testemunho de Cristo [Ap 1.9], por-
que, ainda que as disciplinas que o Senhor lhes impõe, em virtude de
seus pecados, lhessejam benéficas,eles não podem, com justiça,dizer
que participam dos sofrimentos de Cristo, a menos que sofram por sua
causa, como lemos em 1 Pedro 4.13. Portanto, o que Paulo quer dizer é
que Deusestásempre presente com eleem suas tribulaqões e que, em
suas fraquezas,
é sustentado pelas consolaqões de Cristo,de modo a
ser impedidode se veresmagado pelas calamidades.
Ii..ip formos aflivións. é para vossa conso- (i, !iive autem affliv)ill<lr pío vPstía <ollso-
la<aiop salvacao, a qu<ll p pfl('al. 0<l tolprflíl<'Ía latione Pt saiote.' qua' Pfficitur in tnlerantia
óns mesmos sofrimentos que tamhém snfre- Ípsaíunl f)assÍollllln, quas Pt ílos pa)Ílnuí: sÍvP
nloS: oll, Sp fol'Iilol CollfoítaóoS, P para voSSa < onsnlatinnem accipinuls pn) vestía <'ollsola-
< onsnla(an p salva(an. t ione Pt saiote:
i. I'. Ooss<l psf)píall(a pln (pia(ao a v<)s pst í i, .ipPs <lustra firma Pst óe vohis. ' s< ientes,
firme, sahemlo que, como snis participantes quoó quplilaómnóum socii pstis passionpm.
óns snfrimpntos, assim tamhém n sereis óa ita Pt cnnsnlatinnis.
consola('an.
)l. I'onlup nao quprmnns, irnmos, qup sejais II. Nolo pnim vos nps< irp, fratrps, óp trihula-
ignorantes nn tocante a nossa afliran que nns tinne nostra, qua a<n ióit nnhis in As)a; nmnf)P
sohíPvPÍo lia ASÍa, a qual nos prostr<ni P>u Ps- quoó p(ac)Pr nloóuln gíavatÍ f<IPíÍlnus s<ip(a
sivamente, além óe nossas for(as, a ponto óe vires, ita ut óp vila qu<ulup anxii psspliuls.
ópspspprannns óa pr<)pria vióa.
!). Atas tivmnns pm n<ís a sent pn(a óp morte, !), ()uin Ptiam' ipsi in nohis ipsis senten-
para qup nao confiemos mn n<ís mesmos, p sim tiam mnrtis ac< eperamus: ne cnnfióeremus
mn l)eus que ressuscita os mortos, in nnhis, seó in l)en, qui aó vitam suscitat
mnrt uns:
10. () qual nos livrou. p nos livía, óp tao 10. ()OÍ Px ta<l)<l Iilol'IP PíÍpuit nns, Pt Pripit.
vía<HIP Iilol'IP. Pln q<IPIII <'ollflalilos quP aÍ<lóa in qunsp<un fixam hahmnus, qunó ptiam pos-
nos livrara; t ha'< Pripiet ;
11. Ajuóanóo-nns tamhém v<)s, < nm ora(<>ps 11.!iimul aóiuvantihus Pt vohis per óepre-
pnr n<ís, para qup, pelo ónm qup nos foi nutor- <atinnem pro nnhis: ut ónnum. Px multis
vaón pnrmeio óp muitas pessoas,sejam óaóas pPI".SollÍS erva lins colat lllil, gl at Íal li<n a<'tÍoílP
vía(as poí nlIIÍ)os Plil ílosso favor. pPI' nlultos ( PIPhíPt ill' pn) nohÍs.

6. Se formos afligidos. 0 termo e foi inseri(lo antes (la frase "nossa


esperan<„a em rela<„ão a vós está firme", e isso levou f'rasmo a crer que
(levemos supor a existência (lo vocábulo é antes (le "para vossa con-
sola<„ão e salva<„ão", fican(lo assim a re(la<„ão: "f', se somos afligi(los é
para vossa consola<„ão". f'ntretanto, parece-me mais provável que este
conectivo e significa, aqui, "assim também" ou "em ambos os casos".
Paulo já havia (lito que recebeu conforto para que pu(lesse comunicá-lo

)I "I ollí vos) IP ( oílsolat io<l Pt sahlt, ou, ( Pst pollí vos) IP. — I al a vossa ( oílsola(ao P salva(ao.
oll, I; f)'u"I voss'I , pt('.
!) "Mostre Psperan< P Pst fenne óe v<ais. Ou, I:.t I'Psperan< P que nous aunns óe vous Pst fernie.
s< achans." "Nossa psppran(a esta firme a< pn a óp v<ís, <ui, I:. a psppranca qup tmnns acerca óp
-

v<í)s esta firme, sahpmlo."


10 "Nlpsmp, ou, Riais." -"AÍnóa mais, ou, I'orém."
11 "I'our I'Psvaró óe plusieurs personnes, ou, I'ar le moven óe plusi<uirs personnes." -"I'nr
< ausa óe muitas pessoas, <ui, I'nr meio óe muitas pessoas."
30 • (.i'i; nt,iii. ;'.; 2 (.<intiin

a outrem. Agora vai além e (liz que tem a firme esperan<„a (le que eles
participarão (lesse conforto. Além (lo mais, alguns (los mais antigos có-
(lices gregos acrescentam logo após a primeira cláusula esta senten<„a:
"f' nossa esperan<„a em rela<„ão a vós está firme",'-' removen(lo, assim, a
ambigíii(la(le. Porque, quan(lo esta vem no meio, temos (le tomá-la com
as cláusulas antece(lente e proce(lente. De qualquer mo(lo, se alguém
prefere ter uma ora<„ão completa com o acréscimo (le um verbo em am-
bas as cláusulas, não haverá nenhum prejuízo, nem gran(le (líferen<„a (le
significa(lo. Vols, se você a tomar como uma afirma<„ão contínua, aín(la
terá que explicar as (luas partes (leia como significan(lo que o apóstolo
está aflito e será reanima(lo com o conforto que será para o bem (los co-
ríntios; e, por isso, sua esperan<„a" é que eles finalmente participarão (lo
mesmo conforto que lhes está guanla(lo. Quanto a mim, tenho segui(lo
a re(la<„ão que acre(lito a(lequar-se melhor.
Deve-se observar, porém, que a palavra afligido refere-se não
apenas a angústia externa, mas também a miséria interior (lo cora-
<„ão, pois ela (leve correspon(ler em significa(lo ao termo confortado
(w«f)«):i.ri<)0«t), ao qual se opõe. Assim, o significa(lo é que o cora<„ão
humano é oprimi(lo pela ansie(la(le, em virtu(le (la miséria" que sente.
No grego, a palavra que tra(luzimos por conforto é w«f)<(r:r.ri<)t:, que
também SignifiCa eXOrtarãO. VaulO, pOrém, a uSa aqui SignifiCan(lO O
tipo (le conforto por meio (lo qual o cora<„ão (le alguém é alivia(lo (le
sua (lor e eleva(lo acima (leia. Por exemplo, Paulo mesmo teria (les-
morona(lo sob um terrível fanlo (le aflí<„ões, caso Deus não o tivesse
reanima(lo e levanta(lo pela instrumentali(la(le (le seu conforto. Des-
ta forma, os coríntios recebem for<„a e coragem (los sofrimentos' (le
Paulo e extraem conforto (le seu exemplo. Sumarían(lo: Paulo per-

1Z () l)r. Hlnomficló, ctuc ó< a esta rcóa<ao óa t>assagc<n sua t>ref rên< ia óc< ióióa, óia a res<>cito
ócla; ".> cvióência cn> seu favor é excessivamente forte, cnctuantn a cvióên< ia <un favor óil rpóa<ilo
< omum é cx< cssivamcntc fra< a".
1:< "(2u'll ha ccrtain csf>oir." -"I'ara ctuc cfc tenha uma Psf>Pran <a sP<lura."
14 ()<.ut i., óia n l)r. Hfnnn>ficfó, <un suas Notas snhrc f<latais Z>4.!),"signifu a propriamentecnin-
pr<ssóio c, figuraóan>cntc, constran<lin>cntn, nprcssao, af<i<ao c pcrscgui<ao".
1S "Vovans lcs passinns óu sain< t > postrc." -"(:nntcn>planóo ns snfrinmntns óo santo ap<istnlo."
cebeu que alguns rlentre os coríntios estavam usanrlo suas aflíqões
como pretexto a fim rle tratá-lo com rlesprezo e se põe a corrigir seu
erro," rlemonstranrlo-lhes, primeiramente, que rleveríam pensar nele
rle forma mais rlígna, porquanto seus sofrimentos se lhes tornaram
numa granrle vantagem; e, em segunrlo lugar, ele os associa consigo,
rle mo(io que consírlerem suas aflíqões como se fossem rleles mesmos.
f; como se rlíssesse: "Se sofro aflíqões, ou se experimento consolaqão,
é tu(io em vosso benefício, e minha firme esperança é que continueis a
rlesfrutar (lesta vantagem".'
Vols as aflíqões rle Paulo, bem como suas consolaqões eram rle
tal natureza, que teriam contribuí(io para a erlíficaqão (los coríntios,
não tivessem eles se priva(io, por iniciativa própria, (la vantagem re-
sultante (leia. Paulo, porém, rleclara que rleposítava nos coríntios uma
confia nç tão granrle, que estava plenamente certo, em sua esperança,
rle que não sofreu por eles, nem foi conforta(io em vão. Os falsos após-
tolos envírlaram to(io esforço para reverter o que sucerlera a Paulo em
rletrímento rlele. Se tivessem tf(io êxito, teriam transforma(io em nuli-
rlarle as aflíqões rle Paulo em favor rleles, nem teriam tira(io vantagem
rlaqueles confortos com os quais o Senhor os aliviara. f m face rle tais
artifícios, Paulo reafirma sua confia nç nos coríntios.
As aflíqões rle Paulo eram uma fonte rle conforto para os crentes,
porque po(liam ser fortaleci(los, ven(io-o sofrer voluntariamente e su-
portar bravamente tantas necessírlarles por amor rio evangelho. Vols,
conquanto po(lemos concorrlar prontamente que (levemos suportar
aflíqão por amor rio evangelho, a conscíentízaqão rle nossas próprias
fraquezas nos faz tremer, e concluímos que seremos incapazes rle fazer
o que (levemos." Quanrlo assim sucerler, lembremo-nos rio exemplo
(los santos; isso nos ajurla a nos sentirmos mais encoraja(los. Arle-
mais, a consolaqão pessoal rle Paulo fluía para a Igreja to(la, porque

I ti "Alin (I'ostPr aos ('orfnthfPns1este manoaisP fantasiP." - "Com vistas a poopar os inlrlntios
(IPssa perversa fantasia."
Ii "l(ts(t((PS Pn la fin." - "%IP o fim."
Ill "I:.I OP f)Pílsons f)oiílt Pstl(' 'lssPI.Inl ts. — I; nilo pPnsaí (IOP sonlos sltrlt('ÍPOIPnlPíltP foíIPs."
(leia os crentes (lescobriam tu que o Deus que sustentava o apóstolo e
o renovava no tempo (le suas necessi(la(les jamais falharia em rela<„ão
a eles também. Desta forma, sua salva<„ão era favoreci(la tanto por seu
sofrimento como por seu conforto. f' o que ele traz a lume, quase en-
tre parêntesis, ao (lizer que é (.6c(/z n(/ tolerância, etc. f'le acrescenta
esta cláusula para impe(li-los (le concluírem que os sofrimentos que
ele suportava, sozinho, não tinham, absolutamente, na(la a ver com
eles. f'rasmo toma o particípio «v«j),r(» tt«vrj: no senti(lo ativo,-" porém
o significa(lo passivo é melhor,-' uma vez que a única ínten<„ão (le Pau-
lo, aqui, é explicar como tu(lo que lhe suce(lia visava a salva<„ão (leles.
f'le (liz que, embora fosse o único a sofrer, seus sofrimentos eram úteis
para a salva<„ão (leles, não porque eram expia<„ões ou sacrifícios pelos
peca(los (leles, mas porque os fortaleciam e os e(lificavam. Conse-
qiientemente, ele associa conforto e salva<„ão para mostrar como a
salva<„ão (leles (levia ser consuma(la.
7. Sabendo que, como sois participantes dos sofrimentos. f' pro-
vável que alguns (los coríntios tenham, temporariamente, se afasta(lo
(le Paulo em razão (ias calúnias (los falsos apóstolos, (le mo(lo que
sua reputa<„ão fora rebaixa(la aos olhos (leles pela maneira como ele
estava sen(lo humilhantemente trata(lo (liante (lo mun(lo. Apesar (le
tu(lo isso, Paulo ain(la os associa consigo tanto na comunhão (le suas
aflí<„ões como na esperan<„a (le suas consola<„ões.-'-' Desta forma, sem

I!) "I.es fióeles re< ueilloyent óe la, et s'asseurn)ent." -"()s crentes inh riram óesse fato e se
accpgul"I< alu,
ZH "'I'raóuisant, ()ui o uure nu hesongne." -"'I'raóuainóo-o: as quais ohras ou lahnres."
Zl () l)r. Hlnnmfieló, em suas Antas sohre I Iessalnnicenses Z).13, Pspli< aI vi <i', <il<ii nn sentióo
óe"<i f< irn < f/< u "ou "se mostra mn seus efeitos Pa< íPS< Pnta: Achei este ponto óe vista emlnssa-
ón 1>pla opiniio óp!i< ott, n qual mantém qup ivi/vi il<ri nunca é usaón no Novo testamento < omo
uma forma óa vna mgr/ru < om um sentión ativn, mas semi>rp (psl>ecialmentp nos escritos óe I'auln)
<uunn vna/)<isl<i'<i. Ali)s. Iip. Hull, «:sam., p.!), vai ai(ala mais longe e assevera que óifi< ilmente
Pla ainóa é usaóa assim, n>esmo nns es< ritores < ltssi< os (< reio que Ple pnóeria ter óito nur<F<i). e
'.Splilf>íp íuuu '.Spntión passivo".
)Z) -Os corint los... eram >.o<v<>v<il, priíri< iprmu.c ó«ui eru F<irnun/uii>c<ari r /< eru cura r<ff «ri< c
(2upin é mais humilóe e servil (><n Silv<i<j><>vi<ill <i<<v) óo ql>p I nulo plu sua pxf>ípcc<ln, ( ris<>stomo
óia — ns que n)o tinham, mn mínima meóióa, <uunpartilhaón <uun ele nos snfrimentns, mas os I a
1>arti< ipantes <uun ele. I les sio, < nmn.'ialnlpínn 0 pxl>ípccnll. Fo/)rlíníi/)<lr</ec For>l / uu/<i n<ic /u< íoc
r riuc pr íó<is I les se aventuraram (pnr assim óiaer) juntos nn mesmo harc<>"—/fuígi< >c<.
expô-los a uma censura pública, ele corrige suas opiniões perverti(ias
e maliciosas a seu respeito.
8. Porquenão queremos, irmãos, que sejais ignorantes. Ele faz
men<„ão (la gravi(la(le e (lificul(la(le (le seus conflitos, para que a gló-
ria (la vitória com isso viesse a lume mais sobejamente. Des(le que
enviara a última epístola, ele ficou sempre exposto a gran(les perigos
e suportou violentos ataques. É bem provável que aqui sua referência
seja aos eventos (lescritos por Lucas, em Atos 19.2:1, embora a agu(leza
(la crise não seja enfatiza(la nesta passagem (le forma tão clara. Lucas,
contu(lo, afirma que to(la a ci(la(le ficou em polvorosa, e não é (lifícil
(le(luzir o resto, pois sabemos como é o costumeiro resulta(lo (le uma
subleva<„ão popular, uma vez eclo(li(la. Ele (liz que fora oprimi(lo por
esta perseguí<„ão, excessi('amente, além d(. nossa» for(;as, (le tal mo(lo
que já não po(lia levar a carga. Esta metáfora é toma(la (le uma pessoa
que sucumbe sob a pressão (le um far(lo pesa(lo ou (le navios que
afun(iam em razão (le sua sobrecarga — não que Paulo mesmo tenha re-
almente (lesfaleci(lo, mas sentia que suas for<„as teriam exauri(lo, caso
o Senhor não o tivera supri(lo com novas for<„as.-"
A ponto dedesesperarmos da própria vida. Ou seja,"(le mo(lo
que cheguei a pensar que minha vi(la já estivesse per(li(la ou, pelo
menos, que pouca esperan<„a me restava. Senti como se tivesse si(lo
tranca(lo em uma prisão, sem a mínima possibili(la(le (le escape".

21 "I n s(inruiói> <i urro r(u rru rtió<i ()o()' i ni(<l <or 1)v t l«i(<>j(frfiir v). As palavras l<«t)o. e Il<it)o< iir <
sao apli('atlas, as vezes, ao atn<le.(upnrlur urrui <'ur ni jl«lt 20.12; (il (i.2 j, (luer seja uma ('arga telli-
poral ou espiritual. Neste lugar. a ióéia parece ser tnmaóa óns (arregaóores que têm uma carga
imposta sohre eles. a qual é maior óo que suas próprias fnr(as; ou, (nmn óiz ('ris<)stomo, óos
navios que san supercarregaóns e assim cnrr<un o ris(o óe naufrtgfn. I:.. (nmn se nan h<uivesse
ênfase sufi( iente na pala(ra ))n ((óio, ele a( rescenta outra para int ensffict la — )o()' ) nr )tl <ni 1)v —r>FI-
rrui óii r>reóróii u<'rrrui r(u fur e<i (f ni() <í)'v<i)u. ). Cris()stnmn ohserva que esta óih're óa nutra. I'nis
<Ill)il ('illgil f)nóe ex('eóer el)i f)esn. Il)i<s f)il<il illg<lns homens óe muita resistência pnóe nan evceóer
sua fnr(a, ()uamln Xnns<in ( Iz 1(i 0) ( arregnu ns port<)es óa cióaóe óe (iillil (ni)i os hotel) tes e I <lón
mais, sohre seus nmhrns, ali estava uma ( arga além óa meóióa; nenhum hnmmn <uunum pnóeria
fazer isso; maspara Xun(óii>nan estava acima óe sua forra. Assim o(nl re<l (ni)i I il<<In. (file pnóe sel'
('hamaóoXnnsrio <'V>rn(unf, porque aquela forra e poóer celestiais com ns quais f)eus o investira
(apa(itaram-nn a enfrentar os assaltos óâs f)n)vil<;()es q<re f)esilvam nao simplesntente óe forma
Iriperf>ríhcu,mas tamhém <i urro óe suus fi>rcus I'aulo nan tinha mais poóer para manter-se óehaiso
óaquelas prova(<>es"—f)urg><ss<. sohre 2 Cnrintins I, pp. 2(í!). 220,2) <I(.
Porventura, esse corajoso sol(la(lo (le Cristo, tão bravo atleta, seria re-
almente (leixa(lo sem for<„as, sem a menor esperan<„a, senão a morte?-'
Vols ele mencionou o fato como sen(lo a razão (lo que já nos informou:
que (lesesperou (la própria vi(la. Já enfatizei que, ao avaliar seus re-
cursos, Paulo não está levan(lo em conta o auxílio (livino, e sim está
nos (lizen(lo que avaliava suas próprias con(lí<„ões, e não há (lúví(la
(le que to(la a for<„a humana vacila ante o temor (la morte. A(lemais,
mesmo os santos precisam sentir-se amea<„a(los por um total colapso
(ias for<„as humanas, a fim (le apren(lerem, (le suas próprias fraquezas,
a (lepen(ler inteira e unicamente (le Deus. Isto é o que Paulo insiste
em (lizer. Vrefiro tomar a palavra «'-«woí»i(30«(, que ele usa aqui, como
significan(lo simplesmente ansiedade em alerta, e não seguir f'rasmo,
que a tra(luz comod esespero.Paulo quer (lizer apenas que estava su-
cumbin(lo em meio as maiores (lificul(la(les, (le tal forma que não havia
como impe(lir sua vi(la (le perecer.-"'
9. Mas tivemos em nós a senten~ de morte —ou (liríamos: "Creio
que minha morte está estabeleci(la e (letermina(la". f'le fala (le si como
alguém con(lena(lo a morte, que não tem na(la (liante (le seus olhos,
senão a hora (le sua execu<„ão. Mas ele prossegue (lizen(lo que esta
sentení;a>u(le morte foi auto-imposta, sígnífican(lo que somente em sua
própria visão sua morte era iminente, visto que não recebera nenhu-

Z>4 "'(n ( hampion si prpux et magnanimp, ppróoit il <uuiragp at temlant la mort"." — "I m ( amppilo
tilo valPntP P nlagnânimo óesfale( e o corarao, naóa visualiaalmlo senao a morte"."
Z) I:-on(íiíl iíí(tol significa, propriamente, estar <uunpletamente paraóo, nao sahelmlo <uuno
pro(eóer. I:.m .'Íalmos tl«l.il, mn que l3avi afirma: "I:.stou Pn(erraóo P nao posso sair", as palavras
hphí'IÍc'is %ANN~l (i <lo < (se) sao traóuaióas, na spptuaginta, pol' I.(íi (íiit. I -11(ítíi I'ííiulv — p ílilo
puóe sair". Í óigno óe nota que, na versao met ri( a. a Íóeta expressa por ( alvino, como impli( ita no
verho I -In(u íi uí(tol, P pIPíliunPOÍP S IIÍPíltaóil — nilo Píu oíltío Pvilsilo p líil nlÍnl",
Z«i "> palilvíil glPgil P (ín íít t>ita>. (Isilóil sonlPntP il(ll>Í, Pnl toóo o Novo lestamento... > traóu(ao
mais genuina P'.(Pnlenrn pois e assim que ll(exlcluus Pspli(il il pillilvl il I oloi t>ita> — li'Il(i)o . 'I
(ÍOPm/(>I'oíí>lus sPgl>P literalmente tanto neste <uuno em muitos <ultros particulares. )í palavra.
pois, signifi(a uma senten(a emitióa contra Vueí>ió(('< m<>rní. I'aulo a havia recehióo, mas óe
(teclo'" .Nao óe l3eus, pois I:.ste o livr<ul: nmn óo magistraóo; nao lemos que h<ulvesse tal óe( reto
<u>ntra Ple. I'ortanto, Ple provinha unicamente óe seus tmnores pessoais, óe se(is pí<íprtos pensa-
mentos, (Íup o levaram a óiser: < le n rec<I>(íu < í>i (I í>i< (í>u>,Os pensamentos óp l)eus eram outros
óiferentes óos pensamentos óe I'aulo, I:.ste <u>ncluill ahsollltiunPntP (ll>P nlo>IPria, mas l)el>s tinha
pío posto0 ( ont I'ííÍo — H ilígPssP.
ma revela<„ão (le Deus. Esta maneira (le falar vai além (la «-«woj»i<)0«t
[ansíe(la(le] (lo versículo anterior. Ali, ele apenas (lísse que não estava
certo se viveria; aqui, ele (líz que está certo (le morrer. No entanto, a
í(léía principal a ser nota(la, aqui, é sua explica<„ão (la razão por que fora
re(luzi(lo a essa situa<„ão - frara que não confiemo» em nrí» mesmos. ¹o
concor(lo com o ponto (le vista (le Crisóstomo, (le que Paulo não neces-
sitava realmente (le uma lí<„ão (le humíl(la(le (le tal natureza e que se
apresenta a outros como pa(irão meramente na aparência.-' Vols ele era
um homem que, em outro senti(lo, estava sujeito aos mesmos sentimen-
tos humanos que qualquer outro homem, não só em rela<„ão a coisas
tais como calor e frio, mas em experiências tais como confian<„a mal
orienta(la, precípíta<„ão e coisas afins. ¹ o sei se ele se sentia inclina(lo
a esses vícios, porém sei que po(lía ser tenta(lo por eles, e a experiência
que ele (lescreve aqui era a cura que Deus provi(lencíara no tempo, para
que essesvíciosnão penetrassem em sua mente.-
'"
Consequentemente, (luas coisas (levem ser nota(ias aqui. Em pri-
meiro lugar, a confian<„a carnal com que somos ensoberbecí(los é tão
obstína(la, que a única forma (le (lestruí-la é cairmos em extremo (le-
sespero.-"' Vols a carne é orgulhosa, não se rernle voluntariamente e
nunca cessa (le ser insolente, até que seja fortemente constrangi(la.
'1'ampouco somos leva(los a uma venla(leira submissão, enquanto não
somos humilha(los pela esmaga(lora mão (le Deus [1Ve ).f)]. Em se-
gun(lo lugar, (levemos notar que os resí(luos (lesta (loen<„a chama(la
orgulho persistem mesmo nos santos, (le mo(lo que eles mui amíú(le
precisam sentir-se re(luzi(los a extremos, a fim (le (lespírem-se (le to(la
autoconfian<„a e apren(lerem humíl(la(le. As raízes (leste mal são tão
profun(ias no cora<„ão humano, que aín(la o mais perfeito (lentre nós

Z)i "II sP proposP aux aut rPs <uumnP pour exemple, non pas <tu'll Pn fust ainsi <toa»t i) lu)".-
"I:.IP sP aprPsPnt<u>, por assim <liaPr, ) maneira <IP Pxmnplo —ao
n <tuP fora assim no to< ante a PIP
mesmo."
Z)H "l)P p<u>r <tu'ils nP saisissPnt plPnPmPnt son Psprit Pt son «Pur"; -"I'ara <tuP n)o tomassPm
possP <'o»l f)IPta <IP su>>
»1P<>>P P .'sPu <'ora(ao.
Z!) "!iinon <tuP nous tomhions Pn tPIIP PxtrPmitP <tuP n<u>s nP vo)ons aura>nP PspPramP Pn
nous." "I:.x< Pto por Painnos mn tal PxtrPmo, <tuP j) nao vPmos <un n<ís nenhuma PspPran<;a."
-
36 ( " I ' l ent,Ill" ;'' 2. ("lia(l" >

jamais se livra inteiramente (leias, até que Deus o confronte com a


morte. E (lisso po(lemos inferir o quanto nossa autoconfian(.a (lesa-
gra(la a Deus, quan(lo, com o propósito (le corrigi-la, é necessário que
sejamos con(lena(los a morte.
E sim em Deus que ressuscita os mortos. Antes (le tu(lo temos (le
morrer,'" a fim (le que, renuncian(lo a nossa autoconfian(.a, e cônscios
(le nossa fraqueza pessoal, não reivin(liquemos nenhuma honra para
nós mesmos,como se fôssemos auto-sufi
cientes.No entanto,isso não
basta,a menos que (lemos um passo além. Devemos come(.ar penlen(lo
a esperança em nós mesmos, mas visan(lo (lepositar nossa esperan(.a
em Deus.'I'emos (le nos rebaixar aos nossos próprios olhos, para que
sejamos enalteci(los por seu po(ler. Assim, Paulo, tão logo o orgulho
carnal se transformou em na(la, estabelece em seu lugar a confian(.a que
repousa em Deus. Aã o em nrí» mesmos, observa ele, ma» em Deu».
Ao abor(lar a questão (lo po(ler (le Deus que ressuscita os mor-
tos, Paulo tem em vista a emergência (le seu argumento, (la mesma
forma como em Romanos 4.1 7,on(le trata (le Abraão. 1>orque, "crer no
Deus quechama a existência as coisas que não são como se fossem"
e "esperar no Deus que ressuscita os mortos" é um convite a me(litar
no po(ler (lo Deus que gera seus eleitos (lo na(la e vivifica os que já
morreram. Portanto, Paulo está (lizen(lo que a morte foi posta (liante
(le seus olhos com o fim (le con(luzi-lo a um maior reconhecimento (lo
po(ler (le Deus, por meio (lo qual ele foi ressuscita(lo (lentre os mortos.
0 primeiro passo, sem (lúvi(la, seria reconhecer Deus como o autor
(la vi(la pela f orniaque Ele nos (lá, porém nossa obtusi(la(le é tal, que
a luz (le vi(la ofusca amiú(le nossos olhos, (le tal mo(lo que temos (le
encarar a morte, antes (le sermos con(luzi(los a Deus."
10. 0 qual nos livrou... de tão grande morte. Aqui 1>aulo (lá a sua
(leclaraqão geral uma aplicaqão pessoal; e, ao louvar a gra(.a (le Deus,

:30 "('omme il noos est ne(essaire premierement óeIenir ln>mme 6 moorir"; - "('omo primeira-
nlpntp np('essitamos, por assim óiaer, vir a nloíípí.
:II "II n(nls est ne(essaire poor estre amenea 6 l)ieo, ó'estre reóoits â telle est rmnitP (IOP nons
I oyons la mort present óeoant nos ) ens." "I:. ne(esssrio, a fim óe (tne sejamos re(onóoaióos a l)eos.
-

(IOP sPlanlos IPvlóos 'I tal PxtíPnlo, (II>e vejan>os a nloítP hPnl píPsPntP óiante óe nossos olhos."
declara que não se viu frustrado em sua expectativa, porquanto foi sal-
uo da rfií>rte — ede uma maneira notabilíssima. f'ste uso de hipérbole
não é incomum na f'scrítura. l'reqiientemente, ocorre tanto nos i'ro-
vérbios quanto nos Salmos, e a linguagem cotídíana faz bom uso dela.
Cada um deve aplicar a seu próprio caso o que i'aulo díz aqui.
Em quem confiamos queainda nos livrará. f' le se assegura de
que a bondade deDeus, que tão amiúde experimentara no passado,
continuará no futuro; nem é sem boa razão, pois o Senhor, ao cum-
prir em parte o que prometera, nos convida a esperar com otimismo o
que ainda resta. Mais ainda, em propor(„ão ao número de favores que
recebemos df'le, por tantas garantias, ou penhores, por assim dizer,
eleconfi
rma suas promessas.'- 'Ainda que i'aulo não tivesse dúvidas
quanto a dísposí(„ão de Deus em se fazer presente com ele, exorta os
coríntios a orarem por sua seguran(„a, e sua esperan(„a de que o ajuda-
rão através de suas ora(„ões realmente corresponde a essa exorta(„ão.
0 que ele quer dizer é que farão isso não só como o cumprimento de
um dever, mas também com real proveito para ele."
"Vossas ora(„ões também me ajudarão"," díz ele. i'orque, uma vez
que Deusnos ordena que oremos uns pelos outros,suavontade é que
não faremosissoem vão.Ao lermos que nossas ora(„ões são agradá-
veis a Deus e proveitosas a nós mesmos, isso deve encorajar-nos muito
a buscarmos aintercessão de nossos irmãos,"' quando nos vemos em

.IZ (il>ulville I'Pnn lé a passagem assim: "()uem nos lihertou óe t)o graimle morte e nnsfil> rru-
rri. Pm (f«em Psperamns que nos liherte" (manuscritos Vati('ano P I'.phrein), I'.Ie ohserva: lei)-se
Í>li(>>Tt>I, P nlo Í>li>Tt>I, (nulo no I('.(nis 7(((ef>rir(. A sPgtulÉII reóar)n parece ter sióo suhstitufóa.
poí(f(IP Í>l (>I Tt>I 0( oíIP o(>tl >I vPI ílil senten(a sPg(IÍOIP: nlils 0 >l f)()stolo IPÍIPí>l il f)illilvlil, p>«il Éf(IP
possa nualifi( )ala pnr iji.at>.tifi> v ("psperamns").
:I:I "IVlafs aussi aue( honne issue, Él'autant Éfu'Íls seront Px>ul('Pl. ; — (Vias tamhénl ('onl honl
'.stl('Ps(o. vÍsto Éf«P PIPs sPI'rio ni>vi(lns."
:IA "I:aióe, óit il, que vous me feriea par vns prieres, ne sera point sans Ir«it." -"O auxilio. (lia
plp. Éfup nlp píopÍ('Í lípÍs f)oí voss Is oí>lt;()ps n>lo spí í spnl f)íovpÍto.
.Is) 'íl)uónnór> rn>s irn«I>érn I'iis i i>rn rim«>r s p>ir nií( (= I vtnni iv OI vlt >v >.(>I I f«>v i n> f»jf«i>vC
T>j at Ifi>> I). A Pl> ti( tll I I t>I P Pnfíti("I (rr>ir>f>é>rr I iis>, inlf)licln(l() Éf«P nenl 'I PronlPSSI (le l)P(ls. Oenl
seu pnóer granjeariam esta miseriiuínlia soainha, sem a oras;)o óeles. Além óa hnimlaóe óe l)eus.
Éla parte ól:.Ie, Élevia haver oras;)o óa parte (los cnrintins. IXo original, a palavra tra(luaióa por
nj l>óirnói>é eni)tfca, se>min óuplamente composta. bat>t tv t>év)t >v óenota o (I n'i « i e o mmi(réno
(los que estio nl>n>vi> rtrntís; P assim implica Éfue a igreja (leve, como um óéhitn para com os guias
aperturas, bem como a lhes prestarmos, reciprocamente, o mesmo
auxílio." ¹ o é por falta de fé que o apóstolo se vê impelido a pedir
a assistência de seus irmãos, mas, ainda que estava plenamente certo
de queDeus cuídaría de sua segurança, mesmo que fi casse privado de
todo apoiohumano, elereconhecia que avontade de Deus era que fosse
assistido pelas orações da igreja. f'le ainda levou em conta a promessa
de que oapoio deles não seria vão; e,uma vez que não desejava negli-
genciar nenhuma fonte de ajuda que Deus, porventura, quisesse que ele
recebesse, desejava que seus irmãos orassem por sua preservaqão.
A suma da matéria é esta: sigamos a í>alavra de Deus, obedecendo
a seus mandamentos e aderindo as suas promessas. Isto não é feito
por aqueles que recorrem a assistência dos mortos,' porquanto tais
pessoasnão se sentem satisfeitas com os meios de graqa que Deus
designou,porém introduzem algo novo que não conta com o apoio da
f'scrítura. í>ortanto, o que aqui lemos acerca de orar uns pelos outros
não inclui os mortos, senão que se restringe explicitamente aos vivos.
Consequentemente, é pueril a tentativa de alguém de encontrar nesta
passagem apoio para suas práticas supersticiosas."
11. Pelo dom que nos foi outorgado por meio de muitas pessoas.
Há aqui algumas dificuldade nas palavras de í>aulo e nas interpretações
que se diversific a d elas. ¹ o m e detereí a refutar outras traduções,
pois,se podemos concordar com o verdadeiro significad, que neces-
sidade haveria para isso? í>aulo já dissera que as orações dos coríntios
lhe seriam assistenciais. f'le agora acrescenta uma segunda vantagem

Pspirituais, orar cnm aróor pnr eles, I:.ntân, a palavra e acres(ióa óa preposi<;âo <»'v, que óenota
nâo s<i as ora<;<>esefi( azes óelps, mas sua óisposicân p ( oncoíóância nas ora<;<>es, e isso, <un suas
assemhleias piíhli(as p solenes. I:ma ver mais. a palavra signifi(a frui>ufhur, fnf>ulur, óenntanóo
(I»ill P il lliltllíela óil ol il< ilo — ílil (filai a alma lahuta — P I rvnrosa, saturaóa óe agonias; isso mostra
(IOP ils oía<;()es ('ostllmeiramente formais óa maioria óas pessoas nâo sâo óignas ón nome: nelas
nâo liâ luta, nem fervor óa alma. I:.Ies lahutavam em nrn(<in,I)'âolahutavam usanóo amigosa
soli(itarem (lue n magistraóo f;lvoíP('PS(P il I il<lio, pois óeles naóa poóiam esperar; no entanto.
óepositaram s<»is peóióos óiante óe l3eus"— lturgesse.
:l(i "I2ue l3ieu auroit soin óe son sal»t Pt prnufit."-"I2ue l3eus cuióaria óe sua seguran<;a e
vantagem."
.Ii "I2(IÍ out IP»ís íP( oul 3 il»x f)íiPíPS óPS siliíl( I 3 tíP(pilssPI., — I2(leio, f)oívPíltul il. IP( oíIP fls
ora<;()es óos santos falecións."
:II3 "I'our óesguiser Pt faróer fluir superstitinn," -"líisfar<;ar e camuflar sua supersti<;ân."
que virá (ias ora(;ões (leles — para maior manifesta(;ão (la glória (le Deus.
"Vols, se a bên(;ão que Deus me conce(le", (liz ele, "é obti(la em resposta
a muitas ora(;ões, muitos glorificarão a Deus por isso". Ou, po(lemos ex-
pressar (le outra forma: "Muitos (larão gra(;as a Deus por minha causa,
porque, ao aju(lar-me, 1'le terá respon(li(lo as ora(;ões não (le apenas
uma pessoa, mas (le muitas". Uma vez que nosso (lever é não permitir
que nenhum (los favores (le Deus flua sem ora(;ão, somos obriga(los,
especialmente, a agra(lecer-Lhe suas míserícónlías, quan(lo 1'le res-
pon(ler favoravelmente nossas ora(;ões, segun(lo a or(lem que temos
no Salmo 511.15. 1' isto se aplica não somente quan(lo estão envolvi(los
nossos próprios interesses particulares, mas se aplica também as ques-
tões relativas ao bem-estar geral (la igreja ou (le qualquer um (le nossos
irmãos. Desta forma, quan(lo oramos uns pelos outros e recebemos o
que pe(limos, a glória (le Deus se manifesta muito mais claramente, e
to(los reconhecemos, com grati(ião, a bon(la(le (le Deus tanto para com
os in(liví(luos quanto para com to(lo o corpo (la igreja.
¹o há na(la for(;a(lo nesta interpreta(;ão. 1' venla(le que, no grego,
o artigo está inseri(lo entretror muitas tr<r»»oa»e <> doma mim concedido;
e po(le-se pensar em separar as (luas frases."' Mas na venla(le não se
po(le fazer isso, como se (lá comumente entre frases tão estreitamente
conecta(ias. Aqui, o artigo está aplica(lo em lugar (le uma partícula
a(lversativa," pois, ain(la que o (lom tivesse sua fonte em muitas pes-
soas, ele foi conce(li(lo somente a Paulo. 'I'ornar <>I<< w<>r.r.<,>v como
neutro,"como o fazem alguns, não se encaixa no contexto.
Vo(le-se perguntar por que Paulo (liz d<r muita» pessoas, e não d<r
muitos hom<rn», e o que a palavra pessoa significa aqui. Minha resposta

:I!) "('ar a suyure I'nróre óu texte ()rec il y auroit aiosi mnt a mot, >fin <Iue óe I>lusieurs l>erson-
nes. a nnus le óonlonfere, l>ar l>lusieurs snit rel ognu en aetion óe granes l>nur nnus." "I'ornue,
-

seguimlo a oróem ón texto grego. literalmente seria assim; > fim óe que, óe muitas l>essnas, n ónm
I onferión a u(>s seja. I>nr muitos, reennl>eeión enm a<ao óe gra(as óe nossa l>arte."
40 "I m liml óenuelnue l>art i< le aóuersatixe <Iu' no al>l>elle, eomme 'l out est ois ou IXeant molas."
-
"I:.m lugar óe alguma l>art ieula aóxersatixa,I omn e I hamaóa, como, l>nr e»e>ni>ln..> óesl>eito óe
ou Nilo ol>stal>te.
41 "l>e raf>l>orter < P Iuot t <Ir )>tus<<'U>s.aux ( l>uses. — Iolllal' esta frase, I ol <ne<o <te <lio<los,
luuun se ref rimlo u ro<s<ls."
40 ' ("I'I 'ut,ul" ". ' 2 ("Ilutl":

é que isso era como se Paulo estivesse (lizen(lo: Corr) resfreito a rtlui tos,
porque o favor foi conce(li(lo para que fosse (la(lo a muitos. Portanto
já que Deus tinha muitos em mente. Paulo (liz que muitas fr( ssoas esta-
vam envolvi(ias. Alguns có(lices gregos trazem ) I-rl í) )Ill(,)v, er)l nosso
fal'or, o que parece ficar mais (listancia(lo (lo que Paulo quis (lizer e
(lo contexto (ias palavras, mas que po(le ser esclareci(lo em plena har-
monia, como que significan(lo: "Quan(lo Deus tiver respon(li(lo vossas
orações em favor (lo meu e (lo vosso próprio bem-estar, muitos (larão
graqas em vosso favor".

I Z>. I'oíque nossa gl()ria ê esta: o t est enlunho 12. Mam gloriatio nostra ha( est; testimo-
óe nossaIonsciência,óp que Iom santióaóp p nium Iu>nscient i(p nostl av quoó in simplicitatp
sincerióaóe óe l)eus, nao mn saheóoriaI arnal, Pt puritate'- l)ei, non in sapientia carnali, seó
mas na gra(a óe l)eus, tmnos nos I onóuzióo in gratia l)ei versati sumos in mumlo; ahun-
no mumlo pmais amplamente para convosco. óantÍus autPOI P)gl vos.
I:I. I'o(que npnhuma outra coisa vos es- 111, Hon POÍOI alia scrihimus vohis quam qua
('ípvpnlos. alêm óas qup íp('oílhp('pÍs p aÍnóa rel ognoscitis vel ptiam agnos( itis; sppío au-
apíovlÍs, P PspPío quP 'ls apíovaíPÍs atP o fim; IPnl, quoó usquP Ín fulPOI agílos('PIÍs:
14. Como tamhêm mn parte nosI ompreen- ld. ()OPnlaónloóunl Pt agílovÍstÍs ílos Px paí-
óestes que somos vossa gllíria, assim como tP: siquiómn gloriatio vestra sumos: sicuti Pt
igualn)ente sereis a nossa no óia óe nosso Se- vos nost ra in óip l)omini leso.
nhor .Ipsus.

1 2. Porque nossa glória é esta.f'le explica por que seu bem-estar


seria (lo interesse geral (le to(los — porque ele se con(luzira" com
.santidade ( sinc( ridad( entre to(los eles. f'ntão, merecia a plena afei(.ão
(leles, e teria si(lo mesquinho não sentir ansie(la(le em favor (le um
ministro (lo Senhor (le sua enverga(lura, para que ele fosse preserva-
(lo mais tempo para o benefício (la igreja. f; como se quisesse (lizer:
"'I'enho me con(luzi(lo (le tal maneira (liante (le to(los, que não me sur-

AZ>
"I'urete, ou, integrite." - "I'ureza ou integrióaóe,"
0:I "'ll nu>s >n>s Iolvtu 1(to" (Ilvlotpilnttu v), O verho I vl.olt )1'l>l I ê composto óe l)vi' ((tl' nol'o)
(I ol(ur) — um retorno continuo ao ponto óo qual saira — uma cir(u>la(ao —I omecanóo.
p ott)ll>l I
Iu>ntinualmlo P tenninanóo tuóo para a gl(íria óe l)Pus; coo>e(anóo ('onl asvÍs()Ps óivinlus P ainóa
pennanecenóo nelas; come(;a>mio no I:.spirito e tenninanóo no I:.splrito; aginóo eln re(PI Pncia a l)eus.
Iu>mo (azem os p)uni (nsem referência ao sol, óerivanóo ól:.Ip toóa sua luz p movimento e rpvolven-
óo, ilu Pssante P regularm
ente, em torno óele. I'aulo agia assim; os crist aos p
rimitvios agiam assim;
P 'lssÍOIóPvPagir caóa I ristao q ue espera ver l)eus Pm sua gl(íria"— l)r. > óam Clarl P.
: ,>pdt(.la I 4 1

preenrle se to(los os homens rle bem me rlerliquem sua estima e seu


amor". Por amor aqueles para quem estava escrevenrlo, Paulo usa esta
oportunirlarle para fazer uma rlígressão para rlefenrler sua integrirlarle.
No entanto, uma vez que não era o bastante o ter a aprovaqão (los
homens e que Paulo mesmo era a vítima (los juízos nocivos e malicio-
sos que alguns rlirigiam contra ele, arrebata(los como estavam pelos
afetos corruptos e cegos," ele apeia ao testemunho rle sua própria
consciência; e isso era como se ele estivesse citanrlo Deus mesmo e
apelanrlo para a veracirlarle rle sua alegaqão perante seu tribunal.
Não obstante, como porle este gloriar-se em sua própria integri-
rlarle e ainrla ser consistente com o que ele mesmo rliz em 2 Coríntíos
1 ij. 1 7: "Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor" ? Ainrla mais,
quem é tão reto"' que ousaria vangloriar-se rliante rle Deus? Primeira-
mente, Paulo não está se ponrlo contra Deus, como se possuísse algo
rle si mesmo ou que algo se originasse rlele mesmo. 1' m segunrlo lugar,
ele não faz sua salvaqão rlepenrler (la integridade que alega possuir,
nem põe qualquerconfia nç nela. 1:inalmente, é nos rlons rle Deus que
ele se gloria, rle mo(io a glorificar a Deus como o único autor a quem os
coríntios rleveriam atribuir tu(io. u Há três conrliqões sob as quais to(la
pessoa pierlosa porle gloriar-se corretamente em to(ias as bênqãos rle
Deus, enquanto os ímpios não porlem, rle forma alguma, gloriar-se em
Deus, senão falsa e perversamente. 1'm primeiro lugar, (levemos re-
conhecer que to(la coisa que existe em nós foi recebirla rle Deus e
que na(la provém rle nós mesmos. 1'm segunrlo lugar, (levemos guanlar
firme este funrlamento: que a certeza rle nossa salvaqão rlepenrle uni-
camente (la misericórrlía rle Deus; e, finalmente, (levemos rlescansar>í
no único autor rle to(ias as coisas boas. Assim, po(leremos gloriar-nos,

AA "I'ar les afh Ptions (tu'ils porto)ent a ó'aut res pour óes raisons friuoles, Pt (Iuasi sans seaouir
pouí(tuo)'. -
"I elos afetos (IOP nutílnlos p(lía (on1 outn)s sohlP h(l(Ps tíiviais e óe uma maneira (IOP
nem n)esmo sahmnos por (Iue."
0> "pui est Pelo), tant pur Pt Pnt ier soit il"." -"()tule esta o homem (Iue seja fao puro P perfeito"."
At> Ilt I(lpf)ol'IP toutPs ('ho(Ps a sa honte." "I:. atrihui tuóo a sua Ix>nóaóe."
-

0i "AííPstons nous Pt íPposons óu tout." - "()ue permaneílnlos P íPpousPnlos totaln>ente."


42 ( " «' eut,u<"'2;' .("«ut<">

com grati(ião, em tu(lo que é bom.'"


De que com sinceridade" de Deus.Esta expressão é usa(la aqui
no mesmo senti(lo (le "a glória (le Deus", em Romanos 3.23, e (le "a
glória (le Deus e a (los homens", em João 12.43. Aqueles que amam a
glória (los homens buscam a a(lmira<„ão (leles e se enqua(lram bem no
julgamento (leles. "A glória (le Deus" é o que alguém tem aos olhos (le
Deus. Assim Vaulo não está satisfeito em mostrar que sua sinceri(la-
(le tem si(lo nota(la pelos homens, mas acrescenta que ele tem si(lo
sincero também (liante (le Deus. I-:iz.tr:í)tvt:í(( (que tra(luzi por trureza
ou.santidad(.) significa o mesmo que.sinc(.ridad(., porque é uma forma
aberta e franca (le comportamento que revela claramente o que está
no cora<„ão (lo homem."' Ambos os termos são o oposto (le falsidade
astuta e ntaquinap)es .secretas.
¹o e m sabedoria carnal.Aqui, Vaulo está antecipan(lo acusa-
<„ões que po(leriam ser suscita(ias contra ele, pois a(imite prontamente
e, (leveras, (leclara publicamente, ou, seja, que ele é carente (le algu-
mas quali(la(les (lesejáveis, porém acresce que foi (lota(lo com a gra<„a
(le Deus, a qual é muito melhor. "Concor(lo", (liz ele, "que sou caren-
te (le sabe(loria carnal, porém tenho si(lo agracia(lo com o po(ler (le
Deus, e to(lo aquele que não se satisfaz com isto não tem o (lireito
(le lan<„ar escárnio sobre meu apostola(lo. Mas, se a sabe(loria carnal
não possui nenhuma importância, não care<„o (le na(la que merc<„a real
louvor". Vor.sat2(.daria carnal, ele quer (lizer tu(lo aquilo que não está
em Cristo e que po(leria granjear-nos a reputa<„ão (le sábios. Vara uma
explica<„ão mais completa, vejam-se o primeiro e segun(lo capítulos (la

AH "l)onne et saio<'te." -"l)on> e santo."


0!) "O manos< rito mais antigo traz «, u>tqt< (snnt«furte), e nao «ni <>tn><(suupt<a<tn<t< )
íq ".>< palavra usaóa aqui —i<u.t><v<i« —.Iraóuzióa por sn>«nóuó<, óenota proprieóaóe, < tur< n.
tal como e jufllaóa <u>óis< ernióa na luz solar (óe < «>t, fu; óo sol, e >>«v<> j«t<>ur); e,óaf, pureza, inte-
llrióaóe. Í: mais prov)vet que a frase aqui óenote aquela sita erióaóe que l)eus pr<uluz e aprova; e o
sentimento P que a re(il(fao pura, a re)il(fao óe l)eus, proóuz sita erióaóe no < oraSao. Seu prop<ísito
e alvo sao ahertos e manifestos,< o>no querastos a<lu. <to sol. ()s planos óo mo>mio sao ohseuros,
enganosos e trevosos,< o>noque fe«os a<no<t< " —Harnes. () mesmo termo e usaóo por I'aulo mn l (:o-
rintios S> ft e 2 ( orintios 2.1<, ( omparanóo os v)rios esem f>los en> que este tem>o P en> f>rel( lóo pelo
ap<ístolo. tmnos <u asiao óe ohservar a aón>ir)vet harmonia entre suas esortae<í s e sua pr)ti<'a.
( ,< ()<
I(.IU I 43

Primeira 1'pístola. Portanto, temos (le enten(ler por g)raí;a d» D(.u», a


qual ele contrasta com sabe(loria carnal, tu(lo aquilo que se acha além
(la natureza e (la capaci(la(le (lo homem e to(los os (lons (lo 1'spíríto
Santo que, por meio (le sua presen(;a, revelam francamente o po(ler (le
Deus nas fraquezas (le nossa natureza carnal.
Mais amplamentepara convosco. Não que elefossem enos íntegro
em outro lugar, e sim que permanecera mais tempo em Corínto a fim (le,
entre outras razões, (lar-lhes uma prova mais plena e clara (le sua boa fé.
1'le o expressa (lelibera(lamente assim para mostrar que não havia ne-
cessi(la(le (le testemunhas em virtu(le (la (listância, porque eles mesmos
eram as melhores testemunhas (le tu(lo quanto (lissera.
13. Porque nenhuma outra coisavos escrevemos. Aqui ele está
censuran(lo in(liretamente os falsos apóstolos que se enalteciam con-
tinuamente com imo(lera(ias ostenta(;ões, que pouca ou nenhuma
substância tinham. 1', ao mesmo tempo, ele ataca as calúnias que lhe
eram (lirigi(ias, para que ninguém, porventura, pensasse que ele rei-
vin(licava para si mais (lo que (levia. Portanto, ele (liz que, em suas
palavras, não se gloria (le na(la além (lo que não pu(lesse provar por
seus feitos; afirma também que os coríntios são suas testemunhas (le
que isso é assim.
1'ntretanto, a ambigíii(la(le (ias palavras tem (la(lo ocasião a inter-
preta(ão equivoca(la (lesta passagem.'.4v((;)(v(,')(1«:«(v, em grego, as vezes
significa ter e, as vezes, identificar. I-:w(;)(v(,')(1«:«(v significa, as vezes,
descobrir e, as vezes, tem a mesma signific(;ão (lo verbo latino ag)noce-
r» — reconhecer —,por exemplo, num senti(lo legal (le "reconhecer uma
crían(;a"," como Hu(laeus igualmente observou. Assim, «w(;)(v(,')(1«:«(v
é mais forte que ((v((;)(v(,')(1«:«(v. Uma pessoa po(le identificar algo, ou
seja, estar particularmente convenci(la (le sua reali(la(le em sua própria
mente e,mesmo assim, não o reconhecer, ou seja, apresentar expres-
são pública (le que o aceita. Agora po(lemos examinar as palavras (le
Paulo. Alguns as tra(luzem: "Na(la escrevemos senão o que vós le(les

»1 "(P noP óisons:<UUU(r (om)1)P on óiín luouní<n Pnfnnt"; - "O ((IIP Px()(Pssnl))os f)Plo vPíl)o
f)UI IUUI Fo(lio ((Ilol)(lo 4lol))os (IP f)UIVOU(í Unln Fínn)('n,
e reconheceis". Esta tra(luqão, porém, é muito (lúbia e completamen-
te ina(laptável. Ambrósio (lá a seguinte forma: "Vós não só le(les, mas
também reconheceis"; porém, esta tra(lu( ão (ias palavras é obviamente
impossível. A ínterpretaqão (íue ofere( o é simples e natural, e a única
(lificul(la(le em enten(lê-la consiste na confusão provoca(la pelos (life-
rentes significa(los (ias palavras. Resumín(lo, fa( o í)aulo (lizer (íue os
coríntios já conhecem e sem (lúvi(la po(lem (lar testemunho (le tu(lo
o (íue ele está (lizen(lo. A primeira palavra é r< co(>noc< r<,(íue significa
estar conuencido d» uma coisa atrai és da experiência; e a segun(la é ag-
nocere, (lue significa dar assentimento público a I;< rdad< "z
E espero que as aprovareis até o fim. Os coríntios aín(la não ti-
nham recupera(lo completamente seu juízo são, (le mo(lo a estarem
habilita(los a formar uma opinião e(íuílíbra(la" e justa (ias boas in-
tenções (le Paulo; no entanto, já tinham come( a(lo a corrigir a i(léia
errônea e preconcebi(la antes forma(la. Conse(íuentemente, o (íue
Paulo está (íueren(lo (lizer aqui é (íue lhe nasceram esperan( as al-
vissareiras a respeito (leles, para o futuro. Ele está (lizen(lo: "Já me
aprovastes em parte e espero (íue venhais a aprovar-me mais e mais no
(íue tenho si(lo e como tenho agi(lo entre vós"." Disso se torna mais fá-
cil enten(ler o (íue ele quer (lizer com «'-r<, Iv<'>ol-« lv (reconhecimento)."'
Esta passagem se refere ao tempo (íuan(lo os coríntios voltarão a seu

íz .>> palavra l)V<F Ivl «ll.l <I "Signifu a propriamente <onll< F<r u uru<tunlente, ól«ln <>ulr. I'rovavpl-
mente seja usaóa, aqui, no sent ióo óe conlte< pr a<alraóampntp <«I <uun certeza, óer«v>n)l« <mento
óe sua familiarióaóe com Ple". 'I nl Ivl «ll.l Iv "signifu a, aqui, que re< onhe< Priam plenamente <«I
saheriam inteira P satisfatoriamente que os sentimentos espressaóos por I'aulo eram tais, que
<u>nconlavam <uun sua maneira geral óe vióa"— l)ames. O l)r. Itloomfieló, que aprova o ponto óe
vista assumióo por ('alvino quanto ao significaóo óo verho lívo "lv<Í«lu<l, ohserva que a palavra
P Pnlf)íPgaóa no n>esmo sentióo por Xenofonte IAnah.. v, lf. «I), hmn < omo mn outras partes óos
Ps< rit ores < lassfcos
S):I "("est a óire, pour Pn iuger óroitement." -"I:.quivale a óizer; julga-la corretamentP."
S)4 "<)OP vous <'ognoÍ SIIPI. óP f)hls Pnl f)hls ('onln1P Í av' ('oílvPI".SP Pnt íP vous. Pt <'onlnlP ÍP nl )
suis gouuerne, Pt ainsi auouerez ce que maintenant i'en ói." "<)ue v<>s reconl>Peeis mais P mais
-

<«uno tenho me <u>nóuzióo entre v<)s Pomo


< tenho regulaóo a mim mesmo, e assim v<ís assentireis
'Io qup pu óÍgo 'lgol"l.
<2ue (' Pst qu il a Pntemlu par le óernier óes ómls mots óesquels nous auons parler, lequel
nous auons traóuit :tuou<r" ; - "<) que ele quis óizer pelas Iíltimas óuas palavras óas quais temos
falaóo, as quais traóuzinlos poí íeconlleclnlento."
bom senso outra vez. Inicialmente, tinham aprova(lo l )aulo plenamen-
te; posteriormente, seu juízo ficou tol(la(lo por nuvens escuras, "' em
virtu(le (le alegaqões (lissimula(las; mas agora come(.aram parcialmen-
te a rea(lquirir o bom senso.
14. Que somos vossa glória. Já consi(leramos sucintamente como
os santos po(lem gloriar-se corretamente nas bên(.ãos (livinas, ou seja,
quan(lo (lescansarem unicamente em Deus, não ten(lo qualquer ou-
tro alvo. Assim, I aulo estava certo em gloriar-se no fato (le que seu
ministério con(luzira os coríntios a obe(liência a Cristo; assim como
era correto para os coríntios o gloriarem-se no fato (le terem si(lo ins-
truí(los tão fiel e honrosamente por um apóstolo (le tal enverga(lura
— um privilégio não conce(li(lo a to(los. I'sta maneira (le gloriar-se nos
homens não é, (le to(lo, inconsistente com o gloriar-se somente em
Deus. Assim, I aulo (liz aos coríntios que lhes é muitíssimo vantajoso
reconhecê-lo como genuíno e sincero servo (le Cristo, porque, se rom-
perem com ele, penlerão sua maior glória. Com estas palavras, ele os
acusa (le levian(la(le, porque (leram (lemasia(la aten(.ão a ín(lísposí(.ão
e a (lesconfianqa e, assim, se privaram voluntariamente (le sua princi-
pal glória.
No dia de nosso Senhor. 'I'omo isso no senti(lo (le o último (lia em
que se porá um fim a to(las as glórias transitórias" (lo mun(lo. I )aulo
está queren(lo ensinar que a glória (le que aqui fala não é a vanglória
passageira que tanto impressiona e fascina os homens, mas aquela
que é permanente e eterna, porque ela será inabalável no (lia (le Cristo.
l)or isso, I aulo celebrará o triunfo (levi(lo as muitas vitórias que ele
conquistou sob a ban(leira (le Cristo e guiará em solene procissão a to-
(los quantos foram trazi(los sob o glorioso jugo (le Cristo, por meio (le
seu ministério. I' a igreja (le Corinto triunfará, uma vez que foi fun(la(la
e instruí(la por um apóstolo tão a(lmirável.

Sli "()l)s( ur( i pt al)l)astanli pn pus par lps propus ol)li(inps (lps faus-.) f)ostl ps pt autrps malins."
- "()l)s('urP('i(los P ( orrompi(los pPlas injustas afirma(;()Ps (los falsosaf)()stolos, l)POI ( onlo ou(l as
(IP pessoas mali(iosas."
S) "Vafnps pt ('a(lu(fups; — Vallos p p(anps('pntps."
16). Ii ílpsta <'onfuln(a pu me óispus a ir IS). I!I ha<' fióu( ia volui primunl aó vos vP-
pl'ÍOIPÍn) a v<)s, f)aía (tuP f)uóPssPÍs IPí uni sP- nire, ut secuilla " gratiam haheretis, Pt per
gunóo heneff< io; vos transire in 1(laceóontam:
1(i. Ií p<)í vosso intennéói<) píussaí 6 1(laceó<P l(i. Iít rursum e 1(laceóonta venire aó vos, Pt
nia. e<vit ra ver óa íta< eó<>nia i r tpr convosco, ppor a vohis ópóuci in luóa am.
v<ís spr pm aminhaóo em minha viagem s.luóéia.
Ii. I'ortânto, ao assim me óispoí, IPvPlei le- li. Iloc igitur quum animo propositum ha-
viaimlaó" .()u aquilo qup pretenóo, o preteimlo hPíPOI, íuui('uhÍ IPvÍtatP usos suai, aut (tuíe
spgunóo acarne,óp moóo qup <un mim hajao cogtto, secuimlum carnmn cogito" .ut sit apuó
sim,sim e o nso.Oso" . me I!liam, et iam: et Non, non.
f)l. ítas, como l)e<is é fiel, nossa palavra I)l. I )ióelis l)mis, quoó senno noster apuó
pal'a ('oílvos<'0 n<lu p s)ni p n<Io. vos non fuit I!t iam Pt non.
I!). I'ois o I )ilho óp l)e<is, .lesos Cristo, que I!). 1)et Pnim I)ilius lesos ('hristus in vohis
foi por n<)s anunciaóo entre v<)s, sim, por mim per nos pra óicatus, f)Pí OIP. Pt !iilvanunl, Pt
p !iilvano e 'I'im<íteo, nso foi sim p nao, mas 'I'imotheum, non fuit I!t iam et non: seó I!t iam
nele Psts o sim. I'ortanto, quaisquPí (IOP sP)anl fui in ipso.
as f)n)nlPssas óP l)Pus, í)PIP Psts o '.sÍOI:
20. I'Plo que. tamhém, através óele é o 20. (2uíecunque enim sunt l)et promissiones.
gunéni, puía a gl<)íÍa óP l)e<ls, f)oí ílosso Íí)IPí- in illo sunt I!t iam: quare et per ipsum sit Amen
méó io. l)eo aó gloriam per nos.

15. E nesta confia nç.Após lhes haver razão para esperarem que
ele viria, mu(lou subseqiientemente sua intenção. 0 fato (le que agora
ela tinha que (lefen(ler-se, por haver mu(la(lo (le intenção, revela que
isso foi feito com base em falsa acusaqão contra ele. Ao (lizer que pla-
nejara visitá-los, em virtu(le (le sua confian(.a neles, Paulo transfere
in(liretamente a responsabili(la(le para os coríntios, já que foram eles
que impe(liram a i(la (lele, ao privá-los (le .sua confian(.a, em face (la
ingrati(ião (l eles.
Para que pudésseis ter um segundo benefício. 0 primeiro be-
nefício foi que Paulo gastara um total (le (lezoito meses [At 18.1 1 ] em
conquistá-los para o Senhor; o segun(lo foi que, com sua i(la, eles se-
riam confirma(los na fé já recebi(la e seriam motiva(los a fazer mais
progresso nela, por intermé(lio (le suas santas a(lmoestaqões. Os co-
ríntios se privaram (leste [segun(lo benefício], não permitin(lo que o
apóstolo fosse ter com eles. Em consequência, eles se viam punin(lo-se
a si mesmos em razão (le sua própria falta, (lestituin(lo-se (le qualquer

S)tl .)p('onóp, ou <foUJ)f<' — Spgunóo ou<tuplo."


razão para responsabilizar a Paulo. (>e alguém preferir Crisóstomo e ler
y(íf) Iv (benefício) em vez (le Kí(f)(ív (aleg>ria), não faqo muita objecção a
isso,'"' porém minha própria explicaqão é mais simples.
17. Revelei leviandade? Há (luas razões primonliais por que os
planoshumanos não são realiza(los com êxito,nem suas promessas se
cumprem fielmente. A primeira é que os homens mu(iam seu mo(lo (le
pensar quase que (le um momento para outro; e a segun(la é que eles
são mui precipita(los no (lesempenho (le seus compromissos. l:azer
planos ou promessas, para logo (lepois voltar atrás, é sinal (le insta-
bili(la(le. Paulo está (lizen(lo que ele estava livre (le tais fracassos. Diz
ele: "¹ o é uma questão (le levian(la(le o haver eu volta(lo atrás na pro-
messa que fiz". f' le também alega estar livre (le autoconfia nç temerária
e injustifica(la, pois esta é a maneira como interpreto a expressão frre-
tendo segundoa carne. Porque este, como já (lisse, é um hábito comum
nos homens, ou, seja, tomar suas (lecisões sobre o que farão, (le forma
precipita(la e presunçosa, como se não (lepen(lessem (la provi(lência (le
Deus, nem estivessem sujeitos a vonta(le (lf' le. A fim (le punir sua pre-
sunção, Deus re(luz seus planos a na(la e, amiú(le, os expõe ao ri(lículo.
A expressão "segun(lo a carne" po(le ser enten(li(la num senti(lo
mais geral, (le incluir suas maquinações perversas, não (lireciona(ias
a quaisquer bons propósitos — aqueles, por exemplo, (lireciona(los
por ambição, ou por avareza, ou por outros motivos perversos.
Contu(lo, em minha opinião, ele não estava preocupa(lo com essas
coisas, nesta passagem, mas tão-somente com a levian(la(le que é tão
evi(lente, em to(lo tempo, na forma como os homens fazem seus pla-
nos. Portanto, "preten(ler segun(lo a carne" é (leixar (le reconhecer o
governo (le Deus sobre nós e afastá-lo (le nós, substituin(lo-o por uma

.)!) .>>maioria óos eomentaristas moóernos esplieam yi'iiiv Pomo ó(íón(«ni t>en fino; mas os ('o-
mentaristas antigos. e mesmo alguns moóernos, iu>mo 5olf e!I( hlplls, f)íph íplil 0tpíluog>í(>l>fl<i>(l>o
para traóuair y( t>(>v. I'ilíPPPria signifi( arI» u fi>ni> emgeral, t(ula vantagem e spi ritualou g(at ff>(a(ao
óe sua soeieóaóe, eomuni( aóa por sua presen(a"— ltloomf>eló. I:m manos( rito traz yi>iii' v. Kgpl.e,
(fl>P t l ilólll /lit>lv f)oí (lfegín>,( itil PxPlu f)los P>Il il f)ofo óe seu signifieaóo óe yi' iu :, ai(mia (tue re( onhe-
( esse ser inusitaóo, ('om h>use mn I'lutar('o, I'olfhio e I:.urfpeóes. A frase P traóuaióa por"u>ii píu;ir
i>li>io( l)il vpísilo óp I vílilillp ( I ) id), hplil (o>lio l)il s vpís()ps óp ( I illulllpí ( I )!I!)) e (ipílphí 1 ( I))7).
48 ( " I ' l eu(,ul" ;''2. ("l<u(l" )

presun(.ão temerária, que Deus pune com justí(.a e expõe ao ridícu-


lo. Vara eximir-se desta falta, Vaulo coloca esta pergunta na boca de
seus oponentes, pois é bem provável, como já me referi, que boatos
maliciosos estivessem circulando.
De modo que em mim haja o sim, sim, e o não, não?Há quem tome
esta declara(.ão com o que vem antes, explícarnlo-a da seguinte maneira:
"Como se estivesse em meu poder realizar sempre o que pretendo" As-
sim, oshomens decidem fazer tudo quanto vem a sua mente e ordenam
seus próprioscaminhos, quando não podem governarnem mesmo sua
língua, como disse Salomão [Vv 16.1]. Certamente, as palavras signifi-
cam que uma intenção, uma vez ratíficada, deve permanecer inabalável,
e o que foi uma vez rejeitado não deve ser feito. Assim, 'I'iago díz em
sua epístola [>.12]: "Que vosso sim seja sim, e vosso não seja não, para
não caírdes em dissimulaqão". Essa interpreta(.ão se ajusta muito bem
com o quevem antes,pois querer que nossas decisões tenham, sem ex-
ce(.ão, a for(.a de oráculos"' é, sem dúvida, pretender segundo a carne.
Entretanto, não se ajusta com o que segue imediatamente - "Deus é fiel",
etc. —, pois
quando Vaulo quer asseverar que não agia com leviandade
em sua pregação, ele usa a mesma forma de palavras; e seria absurdo
se,quase no mesmo versículo,ele considerasse uma falha que seu sim
fosse sim, e seu não fosse não e, então, prosseguisse reívírnlícando-o
como sendo sua maior virtude Eu sei que tipo de resposta seria dada
por aqueles que têm predile(.ão por dístín(.ões sutis, porém não tenho
inclina(.ão por algo que não possui nenhuma solidez.
¹o tenho nenhuma dúvidade que, embora estas palavras pos-
sam produzir um significado diferente, Vaulo realmente as utilizou
para reprovar a inconstância e para livrar-se da acusa(.ão de prometer
habitualmente o que ele não podia cumprir." Desta forma, a repeti(.ão

típ "(2ue nos óeliherations et <'onseils so>ent <'omme ora<'les et r<uielations ljíuínes." -"()ue
nossos prop<isitos e planos sejam como oró<uilos e revelar<>es óíeínas."
til "I:.le (0 ap<) stolo) ante< ipa e repele uma reprimenóa óe í<,u<,)I)íu, ou(el'I<inó<ió«' te prol)<isl<o,
naquela muóan<;a óe mente, < omo se ele fosse um hom< m ó< suu < mio (Shal.est>eare), <un <uija
palaera não se poóe óepositar nenhuma conf>an<;a. No versiculo seguinte, ele óenomina l)Pus
óe testmnunha óe que sua palavra óír(8<íóa a eles não era 'sim e não'; e, no iní< io óo capítulo
rio»irn e rio não rleíxa fie ter a mesma for<„a que em Mateus 5.37 e
em 'I'iago 5.12, mas significa "que, agora, »irn porle ser»irn, para mim,
e, quanrlo me parecer bem, não porle ser não". Ao mesmo tempo, é
possível que a repeti(;ão se (leva a um erro fie copista, visto que a
Vulgata não repete as palavras.'-' 1'ntretanto, não é necessário que fi-
quemos tãoansiosos no tocante a essas palavras, contanto que nos
apeguemos ao que Paulo quer significar, o que, como já rlísse, se faz
plenamente claro no que vem a seguir."'
18. Deus é fiel. Ao usar o termo fralal'ra (»ermo), Paulo quer rlízer
doutrina, como se manifesta pela razão que ele acrescenta, quanrlo rlíz
que o Filho de Deu», que ele anuncia( a, era invariável. 1'le rleseja que
sua íntegrírlarle pessoal seja julgarla com base na plena consistência fie
algum ponto (la rloutrína e, assim, refuta a rlesfavorável insinua<„ão fie
levíanrlarleut ou má fé que lhe foi rlesferírla. No entanto, não se conclui
necessariamente que um homem firlerlígno em sua rloutrína seja igual-
mente firlerlígno em to(la palavra que ele fale. Paulo, porém, (lá pouco
valor ao que os homens venham a pensar rlele, pessoalmente, contanto
que a autorírlarle fie seu ensino seja preserva(la, e sua principal preo-
cupa<„ão é que os coríntios se lembrem (leia. 1'le rlíz realmente que tem
mostra(io a mesma boa ínten<„ão ao longo fie to(la sua vi(la, como os co-

seguinte, ele ll>es explica que fora por causa <teles que ele se ahstivera <le executar sua primeira
intenrao."— I'enn.
ti2 > traóu(ao óa Vulgata p esta: "I t sit a«u<l mpes( pt in>n" "Qup comigo houvesse iuu e ni)<>".
-

I:.sta reóacao — T<>


v<il 1.<il T<i oi (sim e nao), se encontra em um manuscrito grego, <u>mo afirma<lu
por sp>nlpr.'Avcliff (I:1)to), seg«in<lu a 4ilgata, reóige: "que em mim seja<s(o óp i<ti>ru)o".
til "I:.ntre os juópus uma maneira <lp caracterizar uma pessoa óe estrita prohióa<lp e hoa fp
pl"i óizer: '!leu inn e .inri, p seu nih> p mio' — isto eq vo< p poóe óppemlpr óe sua palavra; <uuno plp
<teclara, assim p; e, < omo plp pron>ete, assim (ar TqNosso!ipnhor ópvp, f>ois, spl' <'onsiópraóo aqui
(alt :>.)lij liilo <'oll>o (lilP p<Ps<'rPvPn<lo os termos «re< isos pelos quais <levmnos afirmar ou negar.
Nesse caso, se ajustaria melhor T simplicióa<lp <le seu estilo e óizer meramente: vi>i >.o< oi'(inn
Pmio), sem p<>r Pm óiívi<la as palavras. atas. I:.Ie <leve ser entemli<lo < omo que prescreven<lo um
<ps«pilo tao llilhit <>ill p iliflpxfi pl pplil vprilil(fp, (l<Ip tornilriil 0 IIII illllplitoóesnecess írio. I ill > ( <>
1.2>0 temos outro exemplo <le que essa maneira <le < onverter aóverhios em suhstantivos estava
prpsplitp lio i<lioma <los escritorps sa< ros: 'I'ois tortas as promessas óe l)eus sao, nele, o .iuu p,
nele, o;\m«m' (i'v i>i'n:> Ti> vi>i >.o< i v <ii T<:> n> i«qqv) — isto eq i< róuó<.i <>pr<ni e infnfíi'eii, l)p fato,
uma Pxpressao <uunum no i<lioma grego e converter, por meio óo artigo, alguma <las partes <lo
<lis<uirso num suhstantiv<>"—(1»nf>f> ff on tl>e (>OV>efs, v(>l, II, f>. 2ift.
ti4 "N'a point óit I'vn, puis I'autre"; -"Nao óiz uma <u>isa p. <Iepois, outra."
50 ' t" I'I 'ut,ul" ". ' 2 t" Ilutl":

ríntios mesmos têm presencia(io em seu ministério. Conturlo, ao tratar


rias acusações feitas contra ele, parece que rlefenrle rlelíberarlamente
antes a sua doutrina, e não a sua ir(.ssoa, uma vez que jamais permitiria
que seu apostolarlo fosse rlífamarlo, mesmo ínrlíretamente, e que, por
outro la(io, não se importava com sua reputaqão pessoal.
Observe-se com que zelo ele se aplica a isto. Ele toma Deus por
testemunha rle quão reto e sincero tem sírio o seu ensino; não é um
ensino ambíguo, nem variável, nem contemporízarlor. Ele rleclara que
o seu ensino é tão venlarleíro como o próprio Deus, como se rlíssesse:
"A venlarle rle minha pregação é tão certa e infalível como é venlarleí-
ro e firlerlígno o próprio Deus". V. isto não surpreenrle, uma vez que a
Palavra rle Deus, como rlísse Isaías, (lura para sempre [Is 411.8] ; e esta é
a mesma Palavra que os profetas e apóstolos proclamaram ao mun(io,
como Verlro também o explica [1Ve 1.2;>]. Esta é a fonte (la confianqa us
ousarla que Paulo revela em Gálatas [1.8], quanrlo pronuncia umaná-
tertla sobre os anjos, caso se atrevessem a apresentar outro evangelho
que fosse contrário ao rio próprio apóstolo. Quem ousaria fazer os
próprios anjos celestiais sujeitos a sua rloutrína, se não tivesse Deus
como o seu autor e rlefensor? Os ministros"' (la Palavra rleveríam ter a
mesma segurança rle consciência, ao subirem ao púlpito para falar em
nome rle Cristo, ten(io a consciência rle que sua rloutrína não porle ser
rlestruírla, assim como Deus mesmo não o porle.
19. Pois o Filho de Deus. 'I'emosaqui a prova (la ousarla alegaqão
rle Paulo — sua pregaqãou não era outra coisa senão Cristo, que é a
eterna e imutável verrlarle rle Deus. A frase "que foi por nós anuncia-
(io" é enfática. Vorle acontecer, e frequentemente acontece, que Cristo
seja rlesfigurarlo pela ímagínaqão (los homens e sua venlarle arlultera-

tíS> "l)P 15 viPnt aussi quP!I, I'aul Pst hiPn si harói." -"l)aí tamhPm pr(u PóP por quP Sao I'nulo
p I'lo ousaóo,
t>t> Ill annorl('Ía>PO>s óP la pan>IIP óP I)ÍPO." "I:. ;I(autos ó>l palavra óP l)Pus."
-

tít' "II óit óon( quP sa parollP n'a point este oui Pt non, ('Pst a óirP variahlP; pourcP quP sa
prPói( ation". Ptc. "I:.IP óiiu pois, quP sua palavra nunca loi sim P nao, ou seja, varíóvPI; porque
-

sua prpga5ao , pt('.


(la por seus artifícios.'" 1>aulo nega que ele ou seus associa(los tenham
feito isso e alega que, com sinceri(la(le e to(la a integri(la(le, (lefen(le-
ram o Cristo puro e evi(lente. Não está plenamente claro por que ele
omite Apoio, ao mencionar 'I'imóteo e Sílvano, mas, provavelmente,
esses tenham si(lo os mais sujeitos a (lífama(.ões anlílosas,"u e assim
Paulo se revela mais cui(la(loso em (lefen(lê-los.
Nestas palavras, 1>aulo mostra que to(lo seu ensino consistia
tão-somente no simples conhecimento (le Cristo, porque nele to(lo o
evangelho está realmente inseri(lo. Assim, aqueles que ensinam algo
que não seja Cristo peram bulam por territórios proibi(los, embora mui-
tos (leles venham a orgulhar-se (le sua (lemonstra(.ão (le sabe(loria.
Porque Cristo é o hm da f(i [Rm 10.4], bem como o cerne, a suma e
perfeí(.ão (le to(la (loutrina espiritual.
1 m segun(lo lugar, 1>aulo notifica que sua (loutrina acerca (le Cristo
não era alterável nem ambígua, como se apresentasse Cristo em (life-
rentes formas e em (liferentes tempos, como 1>roteus. "Alguns chegam
mesmo a tratar Cristo (lesta forma,' fazen(lo jogo (le seu ensino, como
alguém que passa uma bola (le uma mão para outra, meramente para
ostentar sua habili(la(le. Outros, queren(lo agra(lar aos homens, apre-
sentam Cristo sob (liferentes (lisfarces; e ain(la outros ensinam uma
coisa hoje e outra, amanhã, sem nenhum recato. 1'sse não era o Cristo
(le 1>aulo, nem o Cristo (le qualquer um (los apóstolos legítimos. -' 1;
falsa a alega(.ão (los homens que pintam Cristo em cores (liversifica-
(las, visan(lo a sua própria vantagem como ministros (le Cristo. 1>oís o
único e ver(la(lei ro Cristo é Aquele em quem se po(le contemplar este
invariável e perpétuo .sim, que 1>aulo (leclara ser característico (lele.

(>)I "I!t mensonges." -"I:. falazes".


ti!) "I)es ealomniateurs et mesrlisans." -"I'or ealuniaóores e rlifamaóores."
i0 "I n sortenu il I ait transfigt>re, maintenant en vne sorte, tillitost eli vi>P illlt re. ( Ollillie Ies I oi tes
rlisent 0ue I'roteus se transformoit en óiuerses sortes." "l)e moóo a apresenté-lo em rliferentes for-
-

mas; agora, em uma forma; (lei>ois, em <nitra,i omo os poetius óizem 0ue I'ri>te>>sse t ransformava em
óif rentes formas." ()s seguintes 1>i> tas (entre outros) fazem n>corai> rle I'ri>te>>s, que mo(lava sua
forma: t irgf lio (()eorg., iv., Agi), ()vi(lio (Atet., viii., i 10), lloraeii> (!iat., ii. 3, il; I I>., I, i,!)0).
il "I!n toutes manieres." -"l)e turfa maneira."
iz "( elui óe tous vrais et fióeles ministres." -"Q»e rle t<@los os ministros veróarleiros e fieis."
52 f " I ' )ant,(ii" ;'' .2 f" Iinti" )

20. Portanto,quaisquer que sejam as promessas de Deus. Aq ui,


uma vez mais, ele confirma quão fi rme e infl
exívela proclamação de
Cristo deve ser, visto que f le mesmo é o fundamento ' de todas as
promessas de Deus. Seria completo absurdo se Cristo, em quem se
asseguram todas as promessas de Deus, fosse vacilante. ' f'mbora
esta declaraqão seja geral, como logo se verá, é aplicável a questão
em mãos para confirmar a estabilidade da doutrina de í)aulo. Aqui ele
não está falando apenas do evangelho em termos gerais, e sim está
reivindicando esta distinção para o seu próprio evangelho, ou seja:
"Se aspromessas de Deus são seguras e bem fundadas então,minha
doutrina tem de ser igualmente segura, uma vez que esta não leva em
contanada mais,senão Cristo mesmo, em quem todasestas promes-
sas estão estabelecidas". Já que sua única intenção era mostrar que o
evangelho por ele proclamado é puro e não dístorcído por qualquer
adiarãoestranha, " consideremos a doutrina geral de que todas as
promessasde Deus dependem tão-somente de Cristo.f'sta é um a asse-
veraqão notável e um dos principais artigos de nossa fé. f'le depende
sucessivamente, de outro princípio: é unicamente em Cristo que Deus
o Vai se inclina graciosamente para nós. Suas promessas são as tes-
temunhas deseu beneplácito paternal para conosco. Assim, segue-se
que elas são cumpridas unicamente em Cristo.
As promessassão evidências da graqa divina, porque, ainda que
Deus fazo bem também aos ímpios,quando as promessas são soma-
das a estas benevolências, seu propósito especial é revelar-lhes a si
mesmo como Vai. f'm segundo lugar, somos incapazes de apropriar-
nos daspromessas de Deus, se ainda não recebemos a remissão de
nossos pecados que nos vem através de Cristo. f'm terceiro lugar, a
principal de todas as promessas de Deus é aquela pela qual f'le nos

(:I "I.P fnnóPmPnt Pt la I nnPtP." - "() hiimlamPnto P il sP(fllíiln5il."


iA "I211P (Pior Pn (t(ii tootPs IPs promPssPs óP l)imi snnt PstahliPs Pt ratifi(Ps, hist cnmmP vn
hnmmP chan(Plant Pt incnnstant." "I211P PIP, mn (fl)PIO tnóas as promessas óP l)Pns Pstilo PstilhP-
-

IP( ióas P ratificaóas, fnssP como om hnmmn (fl)P P' im nnstantP P Inst 5(PI."
i ) II I pIPs( IH' I(' víilt Pt p(Il IhângÍIP, ( I sin)s 5 ailoir riPn aófolistP(fil fl ait (nrrnmpn oo falsffiP'."
-

"I:.IP f)íP(foll 0 Pvan(IPl fio PróaóPiro


v Ppoío, sPIII aói( ionar Il)P naóa (ÍOP o( nrrnmpPssP nn aó oit PrassP."
: utntula I 5 3

a(lota como seus filhos, sen(lo Cristo a causa e a raiz (le nossa a(lot„ão
(causa et radix adofrtionis). Porque Deus é Vai unicamente (laqueles
que são membros e irmãos (le seu I:ilho Unigênito. 'I'u(lo nos vem (lesta
única fonte. 'I'o(ias as promessas (le Deus proce(lem (le seu amor por
nós, mas fora (le Cristo somos mais o(liosos (lo que aceitáveis a seus
olhos. Assim, não é (le a(lmirar que aqui Paulo (liga que to(ias as pro-
messas (le Deus são confirma(ias e ratifica(ias em Cristo.
Surge, porém, a pergunta: antes (la vin(la (le Cristo, as promessas
eram incertas e inúteis, visto que Paulo, aqui, parece falar (le Cristo
como manifestado na carne [I'I'm 1.16]? Minha resposta é que to(ias
as promessas (la(ias aos crentes, (les(le o princípio (lo mun(lo, tinham
em Cristo seu fun(lamento. Portanto, sempre que Moisés e os profetas
tratam (la reconciliat„ão com Deus, ou (la esperant„a (la salvat„ão, ou (la
certeza (la grat„a, (le alguma maneira eles fazem ment„ão (le Cristo e, ao
mesmo tempo, proclamam sua vin(la e seu reino. Outra vez, (ligo que
as promessas sob o Antigo 'I'estamento foram cumpri(ias em relat„ão
aos fiéis, até on(le eram um bem para eles, porém, ao mesmo tempo,
elas foram, em certo senti(lo, a(lia(ias até que Cristo viesse, porque foi
através (ll'le que elas alcant„aram seu real cumprimento. Os crentes
que confiaram nas promessas, eles mesmos a(liaram seu venla(leiro
cumprimento até o aparecimento (lo Me(lia(lor e retiveram sua espe-
rant„a até aquele tempo. Resumin(lo, se alguém consi(lera a eficácia (la
morte e ressurreit„ão (le Cristo, ele mesmo facilmente enten(lerá como
as promessas (le Deus, que (le outra forma não teriam ti(lo um cumpri-
mento seguro, foram sela(ias e confirma(ias em Cristo.
Pelo que, também, através dele, é o Amém.Aqui, os manuscritos
gregos estão em (lesaconlo. Alguns têm as (luas cláusulas reuni(ias
numa só - "'I'o(ias as promessas (le Deus são, através (lele, o sim e,
através (lele, o Amém, para a glória (le Deus, por nosso intermé(lio". 'A

iti As vi rs()es v os manas~ ritos mais antigos lêem o verslrttto assim: lio' i "hti t.rr v "pi ioi (it hl L'
t v oêtlil Th vol hlh uuI hl oêtoê Toê :ltutv tlil (lu > lt>ó. hh-uv hl ItluilV — I'ois toóas as f)nunvs-
sas óvt)mts nele sao o sim ,porque sao atravês óAquele que ê o Amêm, para a glória óe t)m
ts, por
nosso intvnnêóio" — I'enn.
outra rerlaqão, que tenho segui(io, é mais simples e nos fornece um sig-
nifica(i mais completo. Paulo já rlíssera que Deus ratificou em Cristo
to(ias as suas promessas e nos rlíz que agora é a nossa vez rle assentir
a esta ratifi c açã. 1:azemos isso quanrlo rlescansamos em Cristo em
certeza rle fé, confirmanrlo assim que Deus é fiel, segunrlo lemos em
João 3.33, e quanrlo fazemos isso para a glória rle Deus, visto que este
é o propósito a que to(ias as coisas servem [1'f 1.13; Rm 3.4].
A(imito que a outra rerlaqão geralmente é mais arlotarla, porém
forqarla; e não tenho nenhuma hesítaqão em preferir aquela que con-
tém um ensino mais completo e se ajusta melhor ao contexto. Portanto,
Paulo lembra os coríntios que, visto terem sírio instruí(los na simples
venlarle rle Deus, é seu rlever responrler com seu "amém". No entanto,
se alguém se sente relutante em afastar-se (la outra rerlaqão, (leve ex-
trair (leia uma exortação," a um aconlo mútuo em rloutrína e fé.

Zl.()ía, a(tllPIP (I(IP ílos Pst(lhPIP('Pil convos- Zl. ()oi aotmn confinnat nns vohismim in
('0 Pnl Cíisto P ílos ling,illP l)Plls; Christn, Pt (t(li onsit nos. 1)Plls Pst:
Z2. <) (Illal tanlhpnl nos '.Sploll p nos ópll o pp Z2, t)oi Pt nhsignavit nns, Pt óPóit arrhaho-
nhor ón I:.spirito Pm nossos cllrar<IPS. nmn!ipiritos in conlihos nost ris.

Deus é, realmente, sempre verrlarleíro e fiel em to(ias as suas


promessas; tão logo 1'le fale, tem sempre presente o seu Arnérn. No
entanto, tal é nossa ignorância, que só lhe responrlemos com o nosso
Amém quanrlo1le nos mune com um testemunho seguro,em nossos
corações, por meio rle sua Palavra. 1'le faz isso através rle seu 1'spíríto;
e isso é o que Paulo está rlízenrlo aqui. 1'le ensinou previamente que
esta é uma harmonia cornlízente — quanrlo, rle um la(io, a vocação é
sem arrepenrlímento [Rm 11.29]; e nós, por nossa vez, com uma fé
inabalável, aceitamos a bênção (la a(loção que 1'le nos oferece. Não é
rle arlmirar que Deus se mantenha fiel a sua rlárlíva, porém, quanto a
sermos, por nós mesmos, igualmente inabaláveis em nossa fé, isso é

"t)o'il s( ache tnosioors (til'll Pn laot tirPr vnP Pshortation." - "t)OPPIP sempre saiha isto;
ópvpnlos ópólllir ópla Inll(l pxoítaCao."
algo que está além (lo po(ler humano. " 'I'o(lavia, Paulo nos ensina que
Deus tem a cura para nossa fraqueza oudefeito (como ele o chama),
porque corrige nossa infi(leli(la(le e nos fortalece através (le seu f'spí-
rito. Assim po(lemos glorificá-lo por meio (le uma fé firme e constante.
í)aulo está, aqui, associan(lo-se explicitamente com os coríntios com o
fim (le con(íuístar seu favor e criar uma uni(la(le mais sóli(la.
21. Aquele que... nos ungiu é Deus.Paulo (liz a mesma coisa fa-
zen(lo uso (le palavras (liferentes e fala (le ungir e.>>(dar, bem como (le
estabelecer. f, por meio (lesta (lúplíce metáfora,"" ele ilustra mais clara-
mente o que já (lissera sem qualquer figura (le linguagem. Vols, quan(lo
Deus (lerrama sobre nós o (lom celestial (le seu f spíríto, esta é sua
maneira (le selar a infalibili(la(le (le sua Palavra em nossos cora(.ões.
f'ntão, ele estabelece uma quarta maneira, ao (lizer que o f spíríto nos
conce(leu um frenhor- uma compara(.ão que ele usa com frequência e
que é a mais a(lequa(la." Como o f'spíríto é a nossa segurança, porque
testifica acerca (le nossa a(lo(.ão, e o.s(do ((fq)f)«', 't: ), porque estabelece
a fé genuína nas promessas, assim f'le é chama(lo (le nosso frenhor,"-'
porque é obra sua ratificar o pacto (le Deus (le ambas as partes; e, sem
o frenhor, o pacto pairaria suspenso no ar."

>tf "lr'apporter óe nostre cnstê vne corresponóam P mutuelle 5 la vncation óe lrieu Pnper-
'.SPOPíililt ('oíi stilillillPíit Pil lil fo r'. — I ill <I Illil<IIPI' óP íiossil f)ilí(P <ill)il ('oííPspoilóeil<'Íil Illlít l>il ll
vncarío óp lrpli'.s,ppl".Spvpíiliulo firmemente na fê."
i!) "I spressmnent afin óe les gaigner et attirer a vrare vnite." "I spressamente <«un o prnp<)si-
-

to óe ganh)-lns e atrai-lns a uma unióaóe veróaóeira."


HO "I ar lesóPOSIllots (tuÍ sn>It óits plí IIIPtilphoíPPt sÍIllilituóe." - "I or estas três palavras que
sío mnpregaóas s maneira óe met 5(ora P similit uóe."
)fl ":ít>t><.ft<'>v p o latim nrrhnl)o sp óprivam óo hehrai(o j) " (g»«>r<>f>on) — um penhor nu ga-
íillltÍII; Ísto P. ulllil pill IP óP qllillql>Pí f)íP< o il< oíóilóo Pl)<I >nf)ilíil ratifi< ar o acnrón; em alemío.
Il<ni<(g>i(f' —lflonmfieló. "I uóo it«li< a que a palavra fni transferióa, provavelmente, óe um termo
<«unen ial, óo hehrai<«> ou (enleio, para os ióinmas o< iópntais"— (jpsp<IÍus.
HZ "!Íe lrelis, havenóo outrora óaóo estepe«li«r. nío houvesse tamhêm óaóo o resto óa heran-
<;a, sofreria a peróa óe se<i penhor, como ('ris<)stomo mui elegante e sonoramente argumenta"
— tnot<>f<i< <.óe l.eigh.
tf!I "I:m selo Pra usaón para óih rentes prop<ísitns: man ar a prnprieóaóe óe uma pessoa, garan-
tirr seus tesouros ou aut enti< ar uma escritura. Nn pr«>«in> sent ióo, n Ijspiritn óistingue ns < rentes
<«unn o povo pe<a>liar óp lreus; no s<»unóo, ele ns guaróa como suas j<íias prp< insas; nn I<r« iro,
Ple <«>nfirma ou ratifi< a n óireitn óeles 5 salva(5O... I:m p<nl«>r ê uma parte óaóa <«unn seguran(a
óa posse futura óp tuóo, (I Ijspfrito!janto ê o penhor óa hpran(a < plestial, porque comp<;a aquela
santióaóPill illlllil ql>PsPíí 'lf)Prh Í(naóa no < êu e repartP a(tl>PI is 'IIPgíÍ ls (tl>P sin pIPliha«í s óe
Aqui (levemos observar primeiramente a rela(.ão"' que Paulo re-
quer entre o evangelho (le Deus e a nossa fé. Uma vez que tu(lo o que
Deus (liz é absolutamente certo, Paulo (leseja que o recebamos em
nossa mente com um assentimento firme e resoluto. Em segun(lo lugar,
(levemos olrservar que, visto que este grau (le certeza está além (la
capaci(la(le (la mente humana, é fun(.ão (lo Espírito Santo confirmar
(lentro (le nós o que Deus promete em sua Palavra. Essa é a razão por
que Ele é chama(lo (le Un(ão, Penhor, Ret;igorador, (>( lo. Em terceiro
lugar, (levemos notar que to(los aqueles que não têm o testemunho
(lo Espírito Santo, para que possam (lizer Arnérn a Deus, quafulo Ele os
chama para uma esperan(.a segura (le salva(.ão, não têm (lireito algum
(le serem chama(los (le cristãos.

2>:I. I:.u, porém, por minha alma tomo a lreus 2.I, I(go ailtPIIl IPstPIII Ínvo('0 lrPlun Ín anÍ-
pol' tPstPIiliulha óP (f(IP, f)al"I vos [x)llpaí. IIIP mam meam, nuoó pan ens vohis nomlum
ahstiue óe voltar a ('orinto. uenerim ('orint hum.
2>4.Nao sup tenhamos óominio sohrp nossa 2<. Won nuoó óominmnur fióei uestrae, seó
fP, alas solilos ('oopPíaóol'Ps óP vossa alPgíÍIX aóiutores sumos" gauóii uestri: fióe Pnim
poí(filaílto, f)Pla fP. Is Pstais firmaóos. statÍs.

23. Eu, porém... tomo a Deus por testemunha. l:inalmente, agora


Paulo come(.a a explicar por que mo(lificou seus planos. Até aqui ele es-
teve simplesmente repelin(lo as falsas alega(.ões (le seus inimigos, mas,
quan(lo (liz que os froufrou, ele está lan(.an(lo (le volta, implicitamente,
a responsabili(la(le sobre eles e lembran(lo-os (le que seria injusto que
estivesse a sofrer por causa (le suas faltas, mais injusto ain(la se eles
permitissem que ele sofresse, e ain(la muito mais injusto se eles aceitas-
sem uma alega(.ão tão injustifica(la e fizessem um inocente sofrer pelos
peca(los (los culpa(los- os coríntios. Com a (lecisão (le não voltar, ele os
poupou, porque, se tivesse volta(lo, teria si(lo for(.a(lo a repreefulê-los
aifula mais severamente; assim, ele escolhe antes (leixá-los voltar ao seu

sua hem-auenturan(a"—lrirkg 'lfu ofoglii vol. i i. p, S)24 S)2>S)


.
fff "l.a (oíIPPsf)oIHIPíuP nllltilPIIP. — 1 (oíIPsf)onóen('Ía Iiiiltlla."
IIS) "Sous sommps aóiutpurs óp vostrp ior p; ou, nous aióons 6." ".'fomos auxiliares óp vossa
-

alegria (xl ajuóamos."


( atntula I 5 7

bom senso, para (lepois ir, porquanto po(leria não haver mais necessi-
(la(le (le um remé(lio tão (lrástico."' Essa atitu(le revela em Paulo mais
que uma amabili(la(le paternal para com os coríntios, pois era um sinal
(le gran(le ín(lulgêncía não aproveitar uma oportuni(la(le como esta para
repreen(lê-los, quan(lo tinha boas razões (le estar ira(lo contra eles.
Ele faz isso também na forma (le juramento, para (leixar bem cla-
ro que não inventara nenhuma escusa com o fim (le não voltar. Vols a
questão envolvia em si certa conseqíiência, e era (la maior importân-
cia que ele estivesse inteiramente livre (le to(la suspeita (le falsi(la(le
ou pretensão. Há (luas coisas que tornam um juramento legítimo e re-
ligioso — aocasião e a intenrão. Por ocasião, quero (lizer quan(lo um
juramento não é feito levianamente, por meras futili(la(les ou por ques-
tões (le nenhuma importância, mas tão-somente em conexão com algo
realmente importante. Por int(.nrão, quero (lizer que não se (leve tirar
vantagens pessoais, senão que tu(lo (leve ser para a glória (le Deus e
o bem-estar (los irmãos. Devemos ter sempre em mente o fato (le que
o propósito (le um juramento é promover a glória (le Deus e socorrer
nosso próximo numa causajusta.'
Devemos observar aín(la a forrrta (lo juramento. Primeiramente, ele
toma a Deus por sua testemunha e, em segui(la, agrega a expressão fror
rrtinha alrrta. Em coisas (luvi(losas ou obscuras, nas quais o conhecimen-
to oua percep(;ão humana falham, nos volvemos para Deus, o único que
é a ver(la(le e po(le testificar (la ver(la(le. A expressão "por minha alma"
significa "que Deus me castigue se estou mentin(lo". Mesmo que não
esteja explicitamente expresso, é preciso compreen(ler sempre um fato
sério em conexão com um juramento, porque, se formos infiéis, Deus
permanece fiel e não negará a si mesmo [O'I'm 2.13], (le tal sorte que não
permitirá que fique impune a profana(;ão (le seu Nome.
24. ¹o que tenhamos domínio.Aqui, ele antecipa uma possível
obje(;ão sobre o que talvez lhe seria (lito: "0 quê! Então, ages (le ma-

Hti "t<emeóe ttlus asttru et rigouruus." -"l tm r+n(óio mais órasti~ o e mais rigoroso."
inste ut raisonahle." - "('ontanto rtue suja nllllla (tllPstao
Hi "Atoyennant riu' ~ e soit en chusma
justa u ra~ ional."
neira tão tirânica," a ponto (le tua aparência ser tão apavorante? f'ssa
não (leve ser a serie(la(le (le um pastor cristão, e sim a cruel(la(le (le
um tirano feroz". Paulo refuta esta obje<„ão, primeiro indir(.tarnente, ao
afirmar que não era assim. f'm segui(la, diretarnente, ao alegar que sua
(lísposí<„ão paternal para com eles foi o que o levou a tratá-los tão se-
veramente. Quan(lo ele (liz que não era o senhor (la fé (los coríntíos,
mostra que um exercício (le senhorio (le tal enverga(lura seria injusto
e intolerável e que equivaleria a um ato (le tirania sobre a igreja. A fé
(leve ser completamente livre (le qualquer escravi(ião humana."'Obser-
vemos bem quem (lisse isso, pois, se existia algum mortal com o (líreíto
(le reivin(licar tal senhorio, esse homem era Paulo. Portanto, concluí-
mos que a fé não (leve ter sobre si nenhum senhor, exceto a Palavra (le
Deus, a qual não está sujeita ao controle humano.'"' f'rasmo observou
que, se agregarmos a partícula grega f'vrl:«, a ora<„ão po(le ser leva(la a
signifi
car:"¹o que exercemos senhorio sobre vós no tocante a vossa

IIII I(s l<i sÍ Íiislif)f)ol l<lhIP,Pt '.SÍ olgi)PÍIIPI>x, — I II Pstâo Ínsuport ível P olglilhoso.
II!) "II < nnfesse fran< hement." -"Iíle < onfessa fran< amente."
!)0 Os pontos óe vista aqui Pspressns por ('alvino sân severamente < riti< aóns pelos romanistas
nos seguintes termos, ns quais p<ulem ser lióos nas >nota(<>es acrescentaóas â versân l(hPÍlus
ón Novo Ipstamento: "('alvino e seus se< târios seóiciosos, juntamente <nm outros que óespre-
aam n óomínin, tal como!Íân.luóas óes< reve, quermn lihertar-se óe tnón jugo óns magistraóos P
governantes espirituais; a saher, que, nn tocante a sua fé, nâo se sujeitam a ninguém, nem para o
Px<lluP P prov<l óP s<i<l óoiill'Íii<l, >nas '.SoluP<itP a l)PusP íi sua f)alavra. I; nâo é óe aómirar qi)P os
malfeitores P rehelóes óa igreja nâo venham ao trihunal, senân an óe f)eus, para que assim penna-
necam impunes pelo n)enos óurante esta vióa. I ois aimla que as I s< rit <il as < oiióP<)Plu < lar<lluP<itP
suas hPIPsías,<'orit<ulo f)oóPm óíssímular <'olu falsas glos<ls, <'o<isl<ii(<)Ps, <'ni I'iip(<)PsP i)Pg<l(<)Ps
óns livros < an<>oiros, se nân fossmn normas ou spntpn<;as juói< iais óe hnmpnsql)p os govpl'iiplu p
os reprimam". > estas afirma(0 s. n f)r. I ulke, em sua primorosa ohra em refuta(âo óns erros óo
papaóo (l.omlres, lti01). p, ââ!), replica oportunamente nestes termos: "Isto naóa mais é óo que
uma óifamaeân inóecente e iin onseqiiente óe Calvino P óe t<ulns n<>s. a saher, que óespresamos
o sP<ihol'Ío '.s<) porque nâo nos suhmetmnns â tirania óo Antícrísto, qi)P qi)Pr sPr sP<ihor óP riossa
fé P arrnga para si autnrióaóe óe formular novos artigos óe fé, que nâo tém hase nem autorióaóe
na palavra óe f)eus, ('alvino, porém, óe hom graón re< onhe< ia tnóa a autorióaóe óns ministros óa
igreja, a autorióaóe que a Iíscritura lhes outorga. e tanto praticava <nunn se suhmetia 8 óisciplina
óa igreja e seus governantes legítimos, ainóa que nâo sP rPnóia ao jugo tirâni< o ón papa, que nâo
é sohprann óa igreja, nmn veróaóeiro m<unhro óa mpsma..'Íim, Calvinn p n<>s mesmos nns suh-
metemos nân s<í â autorióaóe óa igreja, mas tamhém â puni(ân óns magistraóos civis, se formos
Pn<ontraóns a ensinar <ui a faaer alguma <nisa contrâria â óoutrina óa fé, re< ehióa e aprnvaóa
pela igreja, enquanto osclérigos papitas,
s em causas óe religiân, nâo se sujeitam ans governantes
tmnpnrais, ao juiao e â < nrrp(ân."
fé"; mas isso tem quase o mesmo significad, porquanto ele díz que o
senhorio espiritual não pertence a ninguém, senão a Deus somente. 1'ís
um princípio perenemente estabelecido: que os pastores não exercem
nenhum senhorioespecial sobre a consciência dos homens,'n porque
são ministros e cooperadore», e não»enhore» [1Ve ).3].
0 que Paulo, pois, confia a si e a outros para que fa(„am? 1'le díz
que sãocooperadore» de nossa alegria — pelo que, entendo eu, significa
felicidade. 1'le contrasta essa alegria com o terror que é despertado
pela crueldade de tiranos e pelos falsos profetas,'-' que agem como
tiranos que "domínam com rigor e pela for(„a", tal como díz 1'zequíel
[34.4]. 1'le mostra que seu relacionamento com os coríntios tinha sido
completamente diferente, porque ele jamais reívíndícou qualquer do-
mínio sobre eles, senão que procurou estabelecer com eles a paz, a
liberdade e a plena alegria.
Porquanto, pela fé, já estais firmados.Geralmente, deixa-se em
silêncio ou explica-se insuficientemente a razão por que Paulo acres-
centaisso.Como o vejo,Paulo está ainda argumentando com base
nos opostos. Porque, se a natureza ou o resultado da fé é dar-nos
talsuporte que nos tornemos capazes de fi car fi
rm es sobre nossos
próprios pés," é absurdo nos sujeitarmos aos homens. 1', assim, ele
remove aquele domínio injusto do qual um pouco antes ele declarou
não ser culpado.

!)I "t)OP IPs I'astm(rs sPt I!(Ps(IOPS n'ont l)ofnt óP iorisóirtion l)rol)rP sor IPs Pons(iPn('Ps."-
"t)OP os l)astoíPS P l)Ísl)os n)o PxPí(Pnl OPnlnlln(l Inl ÍsóÍSf)o f)P( OIÍ(ll' '.Sol)íP as ( ons( ÍPO( Ías."
!)Z "I!t IPs fana-al)ostrPS aossi." -"I! tamhPm falsos al)()stolos."
!):I "%fin (ÍOP noos óP(nPnrtons IPnnPS." -"A fim (IP l)oóPnnos l)PrmanP(Pr SP(foros."
Fot r)f)ía l I ' (I)f) s(1 ('(11('f)('ll('l)f) l)11(10.: 11.: .Ítt) ) ('
ll1)f)l(Ns I

f) I () II ) 1f)1)Í ' ( í1f)(1 (' F(llt í ) 5 l ) í ( ' f)1f)( I .) I)111)l)ff' :" (11 .

f)r)ír) F(ff(r)ía Fir'I. I'm (f(v( mf)ín (lr' )(l(li(.

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