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OCTÓ

GONO
Uma vida feliz segundo Jesus Cristo.

Parte 4
QUARTA BEM-AVENTURANÇA

Ricardo Bitum
Evandro Correa
2024
OCTÓGONO:
ENCORAJADORES QUARTA BEM-AVENTURANÇA

QUARTA BEM-AVENTURANÇA
A felicidade dos que tem fome e sede de justiça.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de JUSTIÇA, pois serão satisfeitos.


Mt 5.6

Ser humilde/manso é saber o seu real tamanho diante da grandeza de Deus


(autor desconhecido)

Você já passou por alguma situação onde você foi injustamente acusado de fazer
algo que você nunca fez? Apontado como o autor de uma fala que você nunca
disse? Responsabilizado por um erro que você nunca cometeu? Certamente que
sim. Então você concorda comigo que a injustiça, senão a pior, é uma das piores
experiências que alguém pode vivenciar.

Ser responsabilizado por um erro, condenado a refazer todo o trabalho


novamente por uma distração, ou ainda disciplinado por algo que realmente
tivemos culpa é difícil demais, mas, por outro lado, diríamos: “foi merecido”.
Porém, ter que “pagar o pato” por algo que não fizemos traz-nos um sentimento
de indignação e revolta monstruoso. Simplesmente pelo fato de que a injustiça faz
“doer a alma” da gente.

Dói tanto que chega a nos angustiar. Enquanto isso, nosso apetite pela justiça
cresce, um forte desejo por ela toma conta de nossa alma. Nada melhor para
exemplificar este sentimento que as necessidades apresentadas acima: Fome e
sede. Assistimos nos filmes, lemos no livros relatos de náufragos que perdidos
desejam ardentemente um pouco de água e alimento para saciar sua fome e
sede. No nosso caso, fome e sede de justiça.(18)

Pois bem, pensando sobre isso, quais seriam as situações que levam alguém a
caluniar, mentir, ser injusto com o outro? Vou arriscar algumas. Minto para me
safar da culpa, ou responsabilidade. Calunio para que o meu “concorrente” não se
saia melhor do que eu na licitação e com isso alcanço um bom contrato.
Descredito o meu colega de trabalho para que ele não fique com a vaga que tanto
desejo. Participo do comentário maldoso sobre o chefe porque não tolero mais me
submeter às suas orientações.... (esta lista é grande, vou parar por aqui, creio eu
você já entendeu).

Porém, das inúmeras situações possíveis a serem elencadas, poderíamos


destacar uma que creio ser uma das mais importantes. Caso pudéssemos
perguntar a pessoa que mentiu, porque ela fez isso, ela diria: “fiz isso porque....
no fundo, no fundo... desejo ser feliz, mas não consigo.”

18 Salmo 42.1-2; Salmo 63.1-2


OCTÓGONO:
ENCORAJADORES QUARTA BEM-AVENTURANÇA

As pessoas estão atrás da felicidade, conscientes ou não desta verdade. O


problema é que estão tomando o caminho errado para isso. Alguns diriam:
“Queria muito conseguir aquela promoção, sei que ficaria feliz naquele cargo,
aliviaria muito meu problema financeiro. Conseguiria finalmente equalizar meu
orçamento. Finalmente eu conseguiria de fato, ser feliz”. Ledo engano!

De acordo com Jesus a felicidade “nunca é algo que deveríamos buscar


diretamente, antes, sempre é algo que resulta da busca de algum outro alvo”. (19)
Todas as vezes que o homem coloca a felicidade acima da justiça, essa busca
resultará em mais infelicidade. Você pode constatar isso ao seu redor. Amigos,
colegas e familiares ambiciosos e mesquinhos que literalmente fizeram de tudo,
especialmente injustiça, a fim de conseguir bons negócios e com isso a tão
sonhada felicidade, arrebentaram com suas vidas e família. Como revela o dito
popular “são apenas pobres ricos”.

Esta virtude pode ser assim parafraseada:

Felizes são aqueles que, em vez de desejarem insaciável as


posses de outras pessoas, e se esforçarem para obtê-las por
violência ou engano, têm avidamente fome e sede de justiça e
fazem dela o negócio delicioso da vida. , na dependência de todo
o mundo, para melhorar em todos os ramos da santidade e
bondade evangélica: pois, pela graça de Deus em Cristo Jesus,
nunca serão decepcionados com essas ações piedosas, mas
serão abundantemente satisfeitos com a justiça que buscam, e
ser supridos com todo o bem necessário.(20)
Jesus nos ensina que a injustiça jamais levará o homem à felicidade. Pelo
contrário, somente aqueles que têm fome e sede de justiça serão felizes. Sendo
assim, para saber melhor sobre esta quarta virtude apresentada, necessitamos
saber de que justiça estamos falando. De acordo com a Bíblia existem pelo
menos três tipos de justiça: legal, moral e social.

De uma maneira bastante simples podemos dizer que a justiça legal tem a ver
com a justificação, um relacionamento correto com Deus. A justiça moral refere-se
àquela justiça de caráter e de conduta que agrada a Deus. E, por fim, a justiça
social, refere-se à busca pela libertação do homem da opressão, junto com a
promoção dos direitos civis, da justiça nos tribunais, da integridade nos negócios
e da honra no lar e nos relacionamentos familiares.(22)

19 Lloyd-Jones, Martyn. Estudos no Sermão do Monte. Ed Fiel.


20 Comentários de Thomas Coke. Vol 5, Mateus para Atos, 1803.
21 A Justificação é um conceito teológico presente no cristianismo que trata da condição do ser humano em relação à
justiça de Deus. A "Justificação pela fé", também conhecida como sola fide, é um dos conceitos basilares do
luteranismo e de todas as denominações cristãs que advém da Reforma Protestante. “Justificação pela fé” é o nome
dado ao entendimento de Lutero da justificação. Martinho Lutero, reformador alemão, afirma que a justificação vem
somente pela fé. O que realmente acontece é que Deus nos imputa a justiça de Cristo, que age 'como um guarda-
chuva contra o calor da ira de Deus'.(Rom 2.24). Em outras palavras: “Justificação é a mesma coisa que o perdão. A
Justificação é pela graça; graça é a fonte da salvação. É um favor que o homem não merece. A graça de Deus chega
até nós gratuitamente - não nos custa nada.”
22 STOTT, John R. A Mensagem do Sermão do Monte. Ed ABU
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ENCORAJADORES QUARTA BEM-AVENTURANÇA

Durante a história alguns cristãos se levantaram e mostraram este apetite pela


justiça. Vale a pena destacar alguns deles, talvez você já até os conheça. John
Wesley (1703-1791), clérigo anglicano e teólogo cristão britânico, líder precursor
do movimento metodista, combateu ardorosamente o fim da escravidão. William
Wilberforce (1759-1833) político britânico, filantropo e líder do movimento que
lutou pela abolição da escravatura na Inglaterra. Por fim, Martin Luther King
(1929-1968) pastor batista e ativista político estadunidense, lutou contra o
preconceito racial e pelos direitos civis dos negros.

Feliz o homem que tem essa fome e essa sede.(23) Lembre-se, os mortos não
tem mais fome e nem sede. Assim como os organismos vivos têm suas
necessidades naturais, que só podem ser saciadas pelo alimento e pela água, o
mesmo acontece com a alma faminta, só pode ser saciada com a justiça chamada
moral. Que por sua vez é fruto da justiça legal, ou justificação. Um relacionamento
profundo e significativo com o Criador, que nos leva a buscar a justiça porque
fomos feitos justos por Ele e por causa de sua obra. Este processo não depende
de nós. É resultado da graça de Deus.(24)

APLICAÇÃO

Vamos passar agora por um breve check up.


Como está a sua fome e sua sede por justiça? Se pudéssemos ter algum
instrumento de medição capaz de mensurar seu apetite pela justiça, o que você
acredita que ele revelaria?

Aliás, antes mesmo disso, segundo aprendemos, como anda seu relacionamento
com Deus? Lembre-se de que a verdadeira fome e a sede pela justiça só podem
ser despertados pelo relacionamento com o Criador.

A metáfora utilizada na Bíblia nos fala sobre a necessidade da alma pela


presença de Deus. Como um suspiro da alma, sedenta de Sua presença, assim
como a corça desejosa de beber das correntes da águas, assim é a minha alma,
disse o Rei Davi(Sl 42.1-11).

Caso você não encontre este desejo dentro de sua alma, peça a Ele que o ajude
a buscar esta sede por Ele e por sua justiça.

23 Quem tem fome e sede de justiça não se conforma com a injustiça – Ele abomina o mal, ele ataca a corrupção, ele
declara guerra contra toda de esquema opressor. Ele luta pela justiça social. Ele exige justiça nos tribunais, ele
defende o direito do fraco, a causa dos oprimidos. Quem tem fome e sede de justiça luta por uma sociedade onde não
haja fraude, falso testemunho, perjúrio, roubo e lascívia. Ele deseja que o justo governe. Ele deseja que toda guerra
cesse. Ele deseja que leis justas sejam estabelecidas. (Thomas Watson)
24 Segundo Thomas Watson, puritano inglês do século XVII, o cristão jamais estará satisfeito até que compreenda
que Cristo morreu em seu lugar, em seu favor, levando sobre o seu corpo os seus pecados, encravando na cruz a sua
dívida, e comprando na cruz a sua eterna redenção. Cristo é a nossa justiça. O mais fraco dos crentes que crê em
Cristo tem tanto da justiça de Cristo como o mais forte dos santos. Em Cristo somos completos e perfeitos. Cristo é a
fonte da vida. Não precisamos das cisternas rotas. Quem nele crê tem uma fonte e rios de água viva. Essa justiça de
Cristo é gratuita. O pão da vida é de graça. A água da vida é de graça (Is 55:1; Ap 22:17).
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PRATICANDO

Depois de ter realizado seu breve check up “espiritual”, busque um lugar tranquilo
onde você possa falar com Deus. Independente dos resultados obtidos com o
checkup peça a Ele para falar ao seu coração. Algo pessoal, entre você e Ele.
Pergunte de que maneira você pode crescer nesta área.

Depois, estique um pouco mais a conversa e se coloque à disposição naquilo que


você pode ajudar outros que estão carentes de pessoas que não só busquem
mas exerçam a justiça.

Comece este exercício de aplicação da justiça pelos seus relacionamentos mais


próximos. Família, parentes, amigos e colegas de trabalho. Busque em cada
atitude checar o quanto você está crescendo nesta área e ajudando outros a fazer
o mesmo.
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DEVOCIONAL

Que a Ida ao Tribunal Seja o Último Recurso


Por Jim Mathis

Os Estados Unidos do Século XXI detém uma distinção duvidosa: esta parte da
América ficou conhecida por gerar mais processos do que qualquer outra
sociedade que já existiu. Isso se evidencia pela quantidade de anúncios na TV,
rádio e cartazes promovendo agressivamente firmas de direito em busca de novos
clientes. Algumas pessoas dizem que o problema é a existência de advogados
demais, todos ansiosos por se envolverem em algum litígio. Entretanto, o número
de advogados não é o problema central. A questão básica é o grande número de
pessoas que não estão dispostas a trabalhar numa solução amistosa ou fora dos
tribunais. Ao contrário, elas insistem em que as coisas sejam feitas do seu jeito,
preferindo processar quando não recebem aquilo que pensam merecer.

Jesus Cristo se referiu a isso em uma passagem comumente conhecida como “O


Sermão da Montanha”. Em poucas centenas de palavras, conforme relatado em
Mateus 5-7, Jesus explicou o que significa ser Seu discípulo – Seu aluno e
seguidor. Numa linguagem clara e precisa, Jesus explica como viver de forma a
honrar a Ele e confiar no poder que recebemos quando depositamos nEle a nossa
confiança.

Jesus primeiramente fala a respeito dos benefícios da generosidade e dos


malefícios da ganância. Ele fala sobre assassinato e adultério, o poder de perdoar
e não buscar vingança, e sobre não estar ansioso ou preocupado. Ele faz uma
declaração radical a respeito de amar, e não odiar, nossos inimigos.

Acerca da inclinação de ir aos tribunais para resolver conflitos, Ele disse: “Entre
em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça
isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá
entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão.”
(Mateus 5:25). Em outras palavras, devemos resolver as disputas com outras
pessoas sem termos que confiar nos órgãos governamentais para que
prescrevam remédios legais para nós.

Isso explica porque Jesus incluiu esse assunto em Seu Sermão da Montanha; ele
se insere dentro do contexto de perdão e humildade, e em não buscar vingança
contra danos que nos causam. Frequentemente nos percebemos inclinados a
exigir nossos direitos, não estando dispostos a ouvir o que os outros nos dizem ou
a negociar um acordo que seja aceitável para todos.
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Outra razão para evitar a ida aos tribunais é impedir que o julgamento se vire
contra você. Como diz Provérbios 25:7-8: “...O que você viu com os olhos não
leve precipitadamente ao tribunal, pois o que você fará, se o seu próximo o
desacreditar?”

Quando entrei no mundo dos negócios há cerca de 50 anos atrás, tinha alguns
objetivos principais. Um era ser totalmente honesto e jamais fazer alguma coisa
antiética ou ilegal. Outro objetivo era tentar resolver todas as disputas sem nunca
ter que processar alguém e também evitar ser processado. Até agora, tudo bem.

O perdão genuíno pode envolver uma perda financeira temporária em nosso


balanço. Eu experimentei isso umas poucas vezes. Entretanto, perdoar outros por
algo de errado que tenham feito também proporciona liberdade e nos isenta da
raiva e amargura que poderiam nos afligir por longo tempo.

Isso não quer dizer que não devemos buscar uma solução apropriada para os
conflitos. Jesus propôs uma abordagem alternativa: “Se o seu irmão pecar contra
você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu
irmão. Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que
qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três
testemunhas.” (Mateus 18:15-16). Adotar essas medidas pode ajudar a
economizar muito tempo e dinheiro e ainda curar relacionamentos rompidos.

Texto de autoria de Jim Mathis, dono de um Estúdio de Fotografia em Overland


Park, Kansas, USA, especializado em trabalhos corporativos, comerciais e artes
dramáticas. Também dirige uma Escola de Fotografia. Jim é autor de "Câmaras
de Alto desempenho", livro para pessoas comuns sobre fotografia digital. Foi dono
de uma Cafeteria e Diretor Executivo do CBMC, em Kansas City, Kansas,
Missouri. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan Nieto
(jcnieto20@gmail.com).

MANÁ DA SEGUNDA® é uma reflexão semanal do CBMC - Conectando


Business e Mercado a Cristo, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo
religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de
Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2021 - DIREITOS
RESERVADOS PARA CBMC BRASIL - E-mail: adm.mana@cbmc.org.br -
Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização.
Disponível também em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês.
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QUESTÕES PARA REFLEXÃO

1. Você já foi processado por outra pessoa ou já achou necessário levar alguém
ao tribunal para entrar em acordo em uma disputa ou corrigir erros? Como foi
isso?

2. Em sua opinião, por que tantas pessoas estão dispostas a adotar ações legais
ao invés de tentar resolver conflitos fora das salas de conciliação dos tribunais?

3. De que forma o ensino de Jesus sobre perdão e amor aos inimigos se aplica ao
contexto de pessoas processando-se mutuamente?

4. O que a forma pela qual optamos por resolver conflitos – seja através de
procedimentos judiciais ou acordos extrajudiciais – diz a respeito da nossa fé e do
nosso relacionamento com Deus?

Nota: Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema,


sugerimos: Levítico 19:17-18; Provérbios 25:9-10; Mateus 5:7-10, 43-48; 18:21-
35; Marcos 12: 30-31.

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