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GONO
Uma vida feliz segundo Jesus Cristo.
Parte 4
QUARTA BEM-AVENTURANÇA
Ricardo Bitum
Evandro Correa
2024
OCTÓGONO:
ENCORAJADORES QUARTA BEM-AVENTURANÇA
QUARTA BEM-AVENTURANÇA
A felicidade dos que tem fome e sede de justiça.
Você já passou por alguma situação onde você foi injustamente acusado de fazer
algo que você nunca fez? Apontado como o autor de uma fala que você nunca
disse? Responsabilizado por um erro que você nunca cometeu? Certamente que
sim. Então você concorda comigo que a injustiça, senão a pior, é uma das piores
experiências que alguém pode vivenciar.
Dói tanto que chega a nos angustiar. Enquanto isso, nosso apetite pela justiça
cresce, um forte desejo por ela toma conta de nossa alma. Nada melhor para
exemplificar este sentimento que as necessidades apresentadas acima: Fome e
sede. Assistimos nos filmes, lemos no livros relatos de náufragos que perdidos
desejam ardentemente um pouco de água e alimento para saciar sua fome e
sede. No nosso caso, fome e sede de justiça.(18)
Pois bem, pensando sobre isso, quais seriam as situações que levam alguém a
caluniar, mentir, ser injusto com o outro? Vou arriscar algumas. Minto para me
safar da culpa, ou responsabilidade. Calunio para que o meu “concorrente” não se
saia melhor do que eu na licitação e com isso alcanço um bom contrato.
Descredito o meu colega de trabalho para que ele não fique com a vaga que tanto
desejo. Participo do comentário maldoso sobre o chefe porque não tolero mais me
submeter às suas orientações.... (esta lista é grande, vou parar por aqui, creio eu
você já entendeu).
De uma maneira bastante simples podemos dizer que a justiça legal tem a ver
com a justificação, um relacionamento correto com Deus. A justiça moral refere-se
àquela justiça de caráter e de conduta que agrada a Deus. E, por fim, a justiça
social, refere-se à busca pela libertação do homem da opressão, junto com a
promoção dos direitos civis, da justiça nos tribunais, da integridade nos negócios
e da honra no lar e nos relacionamentos familiares.(22)
Feliz o homem que tem essa fome e essa sede.(23) Lembre-se, os mortos não
tem mais fome e nem sede. Assim como os organismos vivos têm suas
necessidades naturais, que só podem ser saciadas pelo alimento e pela água, o
mesmo acontece com a alma faminta, só pode ser saciada com a justiça chamada
moral. Que por sua vez é fruto da justiça legal, ou justificação. Um relacionamento
profundo e significativo com o Criador, que nos leva a buscar a justiça porque
fomos feitos justos por Ele e por causa de sua obra. Este processo não depende
de nós. É resultado da graça de Deus.(24)
APLICAÇÃO
Aliás, antes mesmo disso, segundo aprendemos, como anda seu relacionamento
com Deus? Lembre-se de que a verdadeira fome e a sede pela justiça só podem
ser despertados pelo relacionamento com o Criador.
Caso você não encontre este desejo dentro de sua alma, peça a Ele que o ajude
a buscar esta sede por Ele e por sua justiça.
23 Quem tem fome e sede de justiça não se conforma com a injustiça – Ele abomina o mal, ele ataca a corrupção, ele
declara guerra contra toda de esquema opressor. Ele luta pela justiça social. Ele exige justiça nos tribunais, ele
defende o direito do fraco, a causa dos oprimidos. Quem tem fome e sede de justiça luta por uma sociedade onde não
haja fraude, falso testemunho, perjúrio, roubo e lascívia. Ele deseja que o justo governe. Ele deseja que toda guerra
cesse. Ele deseja que leis justas sejam estabelecidas. (Thomas Watson)
24 Segundo Thomas Watson, puritano inglês do século XVII, o cristão jamais estará satisfeito até que compreenda
que Cristo morreu em seu lugar, em seu favor, levando sobre o seu corpo os seus pecados, encravando na cruz a sua
dívida, e comprando na cruz a sua eterna redenção. Cristo é a nossa justiça. O mais fraco dos crentes que crê em
Cristo tem tanto da justiça de Cristo como o mais forte dos santos. Em Cristo somos completos e perfeitos. Cristo é a
fonte da vida. Não precisamos das cisternas rotas. Quem nele crê tem uma fonte e rios de água viva. Essa justiça de
Cristo é gratuita. O pão da vida é de graça. A água da vida é de graça (Is 55:1; Ap 22:17).
OCTÓGONO:
ENCORAJADORES QUARTA BEM-AVENTURANÇA
PRATICANDO
Depois de ter realizado seu breve check up “espiritual”, busque um lugar tranquilo
onde você possa falar com Deus. Independente dos resultados obtidos com o
checkup peça a Ele para falar ao seu coração. Algo pessoal, entre você e Ele.
Pergunte de que maneira você pode crescer nesta área.
DEVOCIONAL
Os Estados Unidos do Século XXI detém uma distinção duvidosa: esta parte da
América ficou conhecida por gerar mais processos do que qualquer outra
sociedade que já existiu. Isso se evidencia pela quantidade de anúncios na TV,
rádio e cartazes promovendo agressivamente firmas de direito em busca de novos
clientes. Algumas pessoas dizem que o problema é a existência de advogados
demais, todos ansiosos por se envolverem em algum litígio. Entretanto, o número
de advogados não é o problema central. A questão básica é o grande número de
pessoas que não estão dispostas a trabalhar numa solução amistosa ou fora dos
tribunais. Ao contrário, elas insistem em que as coisas sejam feitas do seu jeito,
preferindo processar quando não recebem aquilo que pensam merecer.
Acerca da inclinação de ir aos tribunais para resolver conflitos, Ele disse: “Entre
em acordo depressa com seu adversário que pretende levá-lo ao tribunal. Faça
isso enquanto ainda estiver com ele a caminho, pois, caso contrário, ele poderá
entregá-lo ao juiz, e o juiz ao guarda, e você poderá ser jogado na prisão.”
(Mateus 5:25). Em outras palavras, devemos resolver as disputas com outras
pessoas sem termos que confiar nos órgãos governamentais para que
prescrevam remédios legais para nós.
Isso explica porque Jesus incluiu esse assunto em Seu Sermão da Montanha; ele
se insere dentro do contexto de perdão e humildade, e em não buscar vingança
contra danos que nos causam. Frequentemente nos percebemos inclinados a
exigir nossos direitos, não estando dispostos a ouvir o que os outros nos dizem ou
a negociar um acordo que seja aceitável para todos.
OCTÓGONO:
ENCORAJADORES QUARTA BEM-AVENTURANÇA
Outra razão para evitar a ida aos tribunais é impedir que o julgamento se vire
contra você. Como diz Provérbios 25:7-8: “...O que você viu com os olhos não
leve precipitadamente ao tribunal, pois o que você fará, se o seu próximo o
desacreditar?”
Quando entrei no mundo dos negócios há cerca de 50 anos atrás, tinha alguns
objetivos principais. Um era ser totalmente honesto e jamais fazer alguma coisa
antiética ou ilegal. Outro objetivo era tentar resolver todas as disputas sem nunca
ter que processar alguém e também evitar ser processado. Até agora, tudo bem.
Isso não quer dizer que não devemos buscar uma solução apropriada para os
conflitos. Jesus propôs uma abordagem alternativa: “Se o seu irmão pecar contra
você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu
irmão. Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que
qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três
testemunhas.” (Mateus 18:15-16). Adotar essas medidas pode ajudar a
economizar muito tempo e dinheiro e ainda curar relacionamentos rompidos.
1. Você já foi processado por outra pessoa ou já achou necessário levar alguém
ao tribunal para entrar em acordo em uma disputa ou corrigir erros? Como foi
isso?
2. Em sua opinião, por que tantas pessoas estão dispostas a adotar ações legais
ao invés de tentar resolver conflitos fora das salas de conciliação dos tribunais?
3. De que forma o ensino de Jesus sobre perdão e amor aos inimigos se aplica ao
contexto de pessoas processando-se mutuamente?
4. O que a forma pela qual optamos por resolver conflitos – seja através de
procedimentos judiciais ou acordos extrajudiciais – diz a respeito da nossa fé e do
nosso relacionamento com Deus?