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Em 1967, Estados Unidos, Ron Jones realizou um experimento social (denominado de

“Terceira Onda”) com os seus alunos do segundo ano do Ensino Médio. Seu objetivo era
demonstrar como os alemães atraíram e se submeteram ao regime nazista. Trezes anos depois,
Alvin Toffler publicou o livro best-seller “A Terceira Onda” baseado neste fato.
É com essa premissa que surge “A Onda”, filme alemão de 2008 dirigido por Dennis
Gansel. O longa segue Rainer com a responsabilidade de ensinar sobre a autocracia durante
uma semana. Vendo os alunos desmotivados, o professor decide colocar na prática os elementos
de uma ditadura fascista através de um grupo denominado de “A Onda”. Contudo, no decorrer
da semana, “A Onda” se transforma num movimento além da sala de aula.
O ser humano é um ser social e como tal desde o nascimento já está incluso num grupo.
No decorrer do seu desenvolvimento, ele interage e convive em diferentes grupos (da
comunidade, da escola, do trabalho). Nem sempre o agrupamento é de forma espontânea, às
vezes são forças exteriores que obrigam a interação de várias pessoas para atingir determinado
objetivo. E isso é o que ocorre com os adolescentes do longa que são incentivados a terem que
interagir um com o outro. Num primeiro momento, o encontro é permeado por conflitos que
posteriormente são superados quando cada um deles começar a se afetarem.
Aliás, uma das características do grupo é esta interdependência. No filme, observa-se
isso quando os alunos além de desenvolver respeito pela figura do líder, também respeitam e
cooperam entre si mesmos. Além disso, há um grande investimento afetivo para aquele grupo
evoluir suas potencialidades, como melhorar as notas, apoiar o time jogos escolares e a
realização de festas.
Para manter a unidade grupal, os comportamentos individuais devem se adaptar até se
tornarem uniformes. Observa-se isso na postura por eles assumidos durante as aulas de
autocracia, assim como os movimentos sincronizados ao se levantarem e fazerem a saudação.
Entre eles, também, desenvolve-se comportamentos autoritários e agressivos. Percebe-se essa
mudança através do personagem Rainer que começa o filme com uma postura despojada, e
então assumindo posteriormente uma atitude autoritária e alheia as críticas. E seguindo um
caminho semelhante, há o personagem Marco que, só depois de agredir a namorada por se
recusar a se submeter no grupo, tem percebe mudança do próprio comportamento assim como
a dos seus colegas.
E como qualquer outro grupo, os membros buscam manter a coesão do todo. Uma delas,
no filme, consistia em reprimir qualquer opinião contrária ao movimento, sendo um deles o
recolhimento dos jornais de alerta. De forma mais extremo, o personagem Tim utiliza de meios
agressivos para obrigar todos a permanecerem. Isso acontece porque a sua única identidade
estava relacionada a pertencer ao coletivo, e o único grupo em que ele encontra isso é fazer
parte da “A Onda”. Vale destacar que a identidade do jovem era centrada em ser parte de um
agrupamento, tanto é que em diversos momentos ele adotava comportamentos para ser aceitos
pelos outros (compartilhar drogas, queimar seus objetos pessoais). “A Onda” foi o único grupo
em que Tim desenvolveu seu self e o término dele significa a voltar a uma posição de
invisibilidade perante os outros e a si mesmo.
Grupos possuem seus símbolos para serem identificados. Podem se utilizar uma jaqueta
de couro, corte de cabelo ou até mesmo piercings pelo corpo. Para distinguir os integrantes dos
não integrantes, foi eleita a camisa branca. E assim também é a saudação e a forma de se
comunicar na sala de aula seguir uma ordem (respirar fundo, pensar e então falar de forma
breve) se tornou a linguagem desse grupo. Qualquer um que tentasse fugir dessa uniformização,
se tornaria pária e perderia direitos de frequentar alguns locais (como no caso da personagem
Karo)
Por fim, “A Onda” demonstra tanto o lado negativo e quanto positivo da dinâmica do
grupo. Por este, os membros tendem a equilibrar aspectos positivos e negativos para a evolução
do grupo. Assim como é necessário a passagem por diversos grupos no desenvolvimento
biopsicossocial do ser humano. No negativo, a película levanta questionamentos que não estão
tão distantes da realidade social, principalmente quando se fala de grupos extremistas e
movimentos fascistas que estão vem crescendo ultimamente.

não é apenas um filme que demonstra o funcionamento da dinâmica de grupo, mas


também levanta questionamentos não tão distantes da realidade social contemporânea,
principalmente quando se diz respeito aos movimentos que tem como ferramenta o extremismo
para atingir seus objetivos.

ameaça os outros com um revólver ao perceber que o grupo onde encontrou aceitação
será dissolvido. No fim, o jovem não suporta o fim de “A Onda” e comete o suicídio, pois ele
não tinha uma identidade individual para apoiar, apenas uma coletiva.
Uma outra é o de convocar todos para assistir ao jogo de polo aquático na escola,
estabelecendo o uso comum da camisa branca para todos.
Daqui em diante a multidão passa por uma transformação para um ser unitário,
eliminando assim a autonomia em favor de uma “mente coletiva”. Uma exemplificação disso
ocorre na cena em que eles se reúnem durante a noite para vandalizar a cidade com pichamentos
e adesivos onde os integrantes afetam e são afetados pelos outros. Isto é percebido no decorrer
do filme quando os jovens tornam comportamentos mais violentos, tais como vandalizar a
cidade e a briga com o time rival do polo aquático.
Eles também criam um a linguagem restrita a eles mesmo. Primeiro com a camiseta
branca para identificar os integrantes, para depois ir evoluindo para símbolos e cumprimentos
de mão particulares.
O uniforme do grupo também é uma outra autoafirmação do todo, tanto é que a
personagem Karo é excluída pelos outros por não concordar em se vestir como os demais.
os alunos de Rainer são obrigados a interagir com os outros integrantes daquilo que é o
princípio do grupo. E com o decorrer dos dias, já se vê a modificação de comportamento de
cada um deles.
Pode-se compreender esse desenvolvimento de “A Onda” através das teorias grupais e
dinâmicas de grupo. O ser humano é social e como tal no percorrer da sua vida interage e
convive em diferentes grupos (familiar, da comunidade, escolar).

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