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VII — A sociedade salarial | _, Condigéo proletéria, condisio operéria, condigéo salarial | més formas dominantes de cristalizagio das relagées de traba- | tho na sociedade industrial, © também erés modalidades das ‘relagbes que © mundo do trabalho mantém com a sociedade slobal. Se, esquematicamente falando, elas se sucedem, seu encadeamento nao é linear. Quanto 3 questio aqui levantada do estatuto da condigao de assalariado enquanto suporte de identidade social e de integracio comunitéria, apresentam so- bretudo trés de suas figuras irredutives a a A condigio proletéria representa uma situagio de quase- exclusio do corpo social. O proletirio é um elo essencial no processo de indu a ttabalhar para se izagao ~tampouco, em sentido inverso, a0 irio — comparar sua situagao com a dos ope~ \eiras concentragbes industriais quanto ao modo; habitagio, educacio, lazer... Mais do que da hierarquia, se entio de considerar um mundo clivado pela dupla opo- sigdo do capital edo trabalho, da seguridade-propriedade eda yb tulnerabilidade de massa, Clivado mas também ameagado, A “questio social” € entéo, exatamente, atomada de consciéncia <3" de que essa fratura central, posta em cena através das deseri- © & & MSY [AS METAMORFOSES NA QUESTAO SOCIAL s6es do pauperismo, pode levardissociagio do conjunto da sociedade', ‘A relagio da condicio opersria com a sociedade'conside- rada como um todo é mais complexa. Constituiu-se uma nova relagio salarial e, através dela, o salirio deixa de ser a retti- buigio pontual de uma tarefa. Assegura direitos, dé acesso a subvengées extratrabalho (doengas, acidentes, aposentadoria) «uma participagio ampliada na vida social: consumo, instrugio e até mesmo, a partir de 1936, lazer. Ima- sgom, dessa vez, de uma integracao na subordinagio. Porque até 08 anos 1930, momento em que tal configuracao se cris taliza na Franga, a condigdo de assalariado corresponde essen cialmente ao conjunto de assalariados operarios. Remunera as tarefas de execusio, as que esto situadas na base da pirdmide social. Porém, a0 mesmo tempo, esboga-se uma estraificagio mais complexa do que a oposigio dominantes-dominados que teUMORFOSES NA QUESTAO SOCIAL e lagdo salarial que prevalecia no comego da indust relacao salarial “fordista”, a reuniao das cinco condigées se- sguintes. Primeira condigdo: uma nitida separagao entre os que tra- balham efetiva e regularmente e os inativos on os semi-ativos que devem ser ou excluidos do mercado do trabalho ow inte- grads sob formas regulamentadas. A defini¢io moderna da surar aqueles que estio ocupados e aqueles que nao 0 esti a8 atividades intermitentes ¢ as atividades de tempo integr ‘05 empregos remunerados ¢ 08 Empreen- dimento de grande folego, edifi jode terras, uum latfundiario e uma pessoa que vive de rendas io “ativos"? Eamulhereosfilhos do artesio ou doagricultor? Que esatuto conferir a esses numerosos trabalhadores intermitentes, saz0- nais, cue povoam tanto as cidades como © campo? Pode-se falar de emprego ¢, correlativamente, de nio-emprego, de de- ‘semprego, Se nao se pode definir 0 que verdadeiramence sig- nifica estar empregado? E somente na virada do século ~ em 1896 na Franga, em 1901 na Inglaterra ~e aps muitas hesitagées, que a nogio de populscio ativa € definida sem ambigtiidade, permitindo 0 . “Os ativos serio mercado do sobre esa gusto) De minha pa ‘ké mesmo para o tment "fordsta", com cadeia de montagem, conta ropriamente dis, eem 32% proporgio teabalham com miquinas ancomatizadss). 20 A SOCIEDADE SALARIAL trabalho ow mercado dos bens ou servigos”. Assim, a situagao de assalariado, distinta da de fornecedor de mercadorias ou de servigos, torna-se claramente identifiegvel, mas também a de desempregado involuntitio, distinta de todos aqueles que ‘mantém uma telacio errética com o trabalho. Mas uma coisa € poder localizar e contabilizar os trabs- thadores; uma coisa melhor seria poder regular este “mercado de trabalho”, controlando seus fluxos. Os ingleses dedicaram-se seriamente a isso desde o inicio do século. William Beveridge, desde 1910, tinha visto de modo justo que o principal obstéculo Aracionalizagio do mercado do trabalho era a existéncia desses trabalhadores intermitentes que se recusam a se submeter ‘uma disciplina rigorosa. Também é preciso domé-los: Para quem quisertrabalhar uma vez por semana eficar na ca © resto do tempo, a agéncia de empregos tornara esse des vel. Para quem quiser encontrar um emprego preci 3pos em tempos, a agéncia de colocagio tornaré pouc ppouco impossvel esse géneto de vida. Pegaré essa jomnada de trabalho que ele queria ter ¢ a dati a qualquer outro que jf trabalhe quatro dias por semana e, assim, permiinsa este timo sganhar decentemente sua vida" A agéncia de empregos deve efetuar uma divisio do tra- balho que consiste em tragar uma linha diviséria entre os ver- dadeiros empregados em tempo integral 08 que serio completamente exciuidos do mundo do trabalho e passario para a esfera das formas coercitivas de asssténcia, previstas para os indigentes vidos. Igualmente, os Webb fazem apelo de-Bretagne et aux Erats-Unis", mimeografado, 1993, p. 24, ¢ Neksance di chime, 1880-1910, op. c “8 We Beverge, Royal Commission om Poor Law and Rli Distress, App dix VB. House of Commons, 1910, citado in C. Topalox. “Invention homage et politiques sociales au debut du siéle, Les temps modernes, 496-497, nocd, de 1987. Aabra de Beredig publcada na epoca, User Ployment, A Problem of Industry, Londres, 1908, & que comeca 4 tornar ‘onecido o futuro organizadore reslizador da Segusidade Socal ingles, a AS METAMORFOSES NA QUESTAO SOCIAL “uma instituigio em que osindividuos devem ser condenados a viver isolados, cumprindo pena e mantidos sob vi {.-] absoluramente essencial para qualquer programa eicaz de ‘atamento do deemprego™ - Se foi impossvel realizar rigorosamente tal “ideal”, as ins- tituigdes implantadas na Gra-Bretanha, nas primeiras décadas do século XX, aproximaram-se dele. As agéncias municipais de emprego ¢ 08 poderosos sindicatos de trabalhadores que praticam o closed shop - monopolio do emprego para os sin- dicalizados~ conseguiram, no a dominar o desemprego, blema endémico na Gri-Bretanha, mas a controlar melhor a contratacéo para os empregos disponiveis. Em razio principalmente do atraso no desenvolvimento i condigao de assalariado industrial em relacio 3 Gri-Breta- tha’, esse tipo de politica de emprego antecipada nunca as- smi na Franga semelhante cardter sistemstico. Durante muito tempo, a contratacio foi deixada 3 iniciaiva dos traba- Ihadores, em prinefpio “livres” de irem alugar-se a seu grado, A esperteza de “contratadores” ou de “empreiteiros”®, & "5, ¢ B. Webb, The Prevention of Destitution, op. ct. Em relagio a esse ponte hi nanimidade ene os eformadore soca inglres Ck Alen, Te Unemployed a National Question, Lonires, 1906 ena aeestaslo Sees ds polices of deesuasation™ = que podeia ser tadida como @ conjnto de meas tomas para acaba om owabal fim de consiir um verdaeio mercado do tablno “Labour Exchange andthe Labour Reserv in Tan ofthe Relorn, fount of Social Pay, 21,4, Cambridge University Pes, Em maio de 1911, a populagio ativa francesa tem 4796 de as o de 3 pattbs pata 7 aslariadon, so paso quea proporsso dlosasslariados na GrSretnh apronimase dor 9096 (CB, Gurbaud, De le nataatte le sce social op. p39 "CEB, Moten, Systemes de salar poltigues patronales, ais edgfo do ‘CNRS, 1967.0 empretero, ou osubempeieto & pago pelo pario para 2 execosio de ma obra c papa ox wabaladres que contra detament isa pecs pouco aces pelos operation logo depois edefendia incusve pl wt ela ua plat a "ios plo empreisco¢ permit a promos peuenos empresriora par da contigo de salarado( BLstoy Be Hea até hriguce patigue economia, 494-495) eury Socal 32. m ASOCIEDADE SALARIAL nalidade das agéncias privadas de emprego, as quais é nects- sirio acrescentar raras agéncias municipais, e is tentativas: dicais de controlar ¢ as vezes de monopolizar, a contratagto. Fernand Pelloutier esgota-se em impl Iho que devem, entre outras coisas, coletar todos os pei de emprego e organizar a admissi0 sob c :ntada pelos “republicanos progressistas” e pel idependentes, interessa-se pela quest3o. Léon Bourgeois, em especial, compreende a relacio existente entre a regulagio do mercado de trabalho ¢ a questo do desemprego, que se toraa preocupante no inicio do século com uma estimativa de 300 Mas os remédios que preco- le um seguro contra o desempr deixa esta responsabilidade aos agrupamentos profiss Os poderes pablicos terdo assim, e por muito tempo, ape nas um papel muito modesto na organizacio do mercado de trabalho ena luta contra 0 desemprego. O Oficio do Trabalho, ctiado em 1891, dedica-se a reunir uma importante documes- tagio ea elaborar estatisticas confidveis. Esta atividade se pro- longa no quadro do Ministério do Trabalho, criadoem 1906”, Jacques direce, "1 Bourgeois, “Le 1", discurso no congr dde Normandie, em Caen, no dia 7 de jlo de oyancs sociale op “3 AS METAMORFOSES NA QUESTAO SOCIAL ‘mas ndo é nada que possa funcionar como verdadeira politica do emprego. © que funcionou como tal durante muito tempe foi 0

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